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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ 
INSTITUTO DE LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES 
MESTRADO PROFISSIONAL EM LETRAS-PROFLETRAS 
Elaboração de projetos e 
tecnologia educacional 
www.proedutec.blospot.com
Noções básicas sobre pesquisa 
científica 
Profª Tânia Maria Moreira 
Novembro de 2014
CONHECIMENTOS PRÉVIOS 
O que vocês pensam quando a palavra ciência ou cientista é 
mencionada? Quais as imagens de ciência que vemos em 
propagandas na TV?
Imagens mais comuns 
Gênio, louco, que inventa coisas 
fantásticas. 
Excêntrico (fora do centro), manso, 
distraído. Pessoa que pensa sobre 
fórmulas incompreensíveis para 
muitos. 
Alguém que fala com autoridade, que 
sabe o que está falando e que os 
outros devem ouvir e obedecer. 
Só o cientista pensa, cria, 
fala com autoridade? Será 
que ele realmente sabe 
tudo?
SENSO COMUM CIÊNCIA 
SENSO COMUM CIÊNCIA 
ACADÊMICA 
CIÊNCIA 
ESCOLAR
SENSO COMUM 
• É um tipo de conhecimento que vamos acumulando no 
nosso dia-a-dia. Trata-se de um conhecimento 
intuitivo,espontâneo, de tentativas e erros que construímos 
na nossa vida diária. Sem esse conhecimento seria muito 
complicado viver. 
• Exemplos: 
– A dona de casa sabe por quanto tempo, quando usa uma garrafa 
térmica mantém o café quente, sem fazer nenhum cálculo 
complicado e, muitas vezes, desconhecendo as leis da 
termodinâmica. 
– Quando alguém, em casa, reclama de problemas no fígado, ela 
faz um chá de boldo, que é uma planta medicinal usada pelos 
avós de seus avós, sem, no entanto, conhecer nenhum estudo 
farmacológico.
CARACTERÍSTICAS 
• Percorre um caminho que vai do hábito à 
tradição, a qual, quando estabelecida, é 
passada de geração para geração, para facilitar 
a vida das pessoas.
APRENDEMOS.. 
a atravessar a rua com nossos pais. a fazer o liquidificador 
funcionar 
a plantar alimentos na época e de 
maneira certa a conquistar a pessoa que 
desejamos...
• O senso comum é uma forma de 
conhecimento que mistura e recicla outros 
saberes muito mais especializados produzidos, 
por exemplo, pela ciência, pela filosofia, pela 
religião, e os reduz a um tipo de teoria 
simplificada, produzindo uma determinada 
visão de mundo.
O senso comum se agarra à magia, ao 
milagre.O senso comum nasce da visão de um 
universo no qual os desejos e emoções podem 
alterar os fatos.
COMO FUNCIONA O SENSO 
COMUM? 
Imaginemos... 
Alguém está dirigindo um carro. Repentinamente ele 
deixa de funcionar e a pessoa não tem como chamar 
um mecânico. Vamos imaginar a cena e tentar 
visualizar as mãos e o seu cérebro dessa pessoa. 
OU 
Na sua frente há um monte de peças de um quebra-cabeças. 
Sua tarefa é armá-lo sem ter um modelo. 
Como você procederia para resolver a tarefa?
ALGUNS MODO DE RESOLVER AS SITUAÇÕES 
COLOCADAS NÃO TÊM A VER COM A COM 
SENSO COMUM E COM CIÊNCIA? 
O quebra-cabeça do senso 
comum é muito 
semelhante ao quebra-cabeça 
da ciência, a 
despeito das diferenças 
que podemos encontrar 
em cada modo de 
conhecimento. 
A CIÊNCIA NASCEU DE ATIVIDADES 
COMO ESSAS. 
Ser bom em ciência e no senso 
comum é ser capaz de inventar 
soluções. 
O senso comum e a ciência são 
expressões da necessidade de 
compreender o mundo para viver 
melhor e sobreviver. 
O senso comum e a ciência começam 
com um problema, passam pela 
análise e a construção de 
modelos/representações 
Fazer ciência se assemelha 
a cozinhar, a andar de 
bicicleta, a brincar, a jogar, a 
adivinhar.
CIÊNCIA É ... 
Souza Santos (1989, p. 13) - é uma prática social de 
conhecimento. 
Morin (2005, p. 24) - Karl Popper - é um campo aberto, onde 
as teorias, os princípios de explicação, as visões de mundo e 
os postulados metafísicos ou ideologias são combatidas a 
partir de regras, como o respeito aos dados, por exemplo. 
Moreira (2014) – é uma atividade sócio-cultural em que as 
pessoas se engajam para conhecer as coisas do mundo.
Japiassú (1975, p. 10) ... pode ser tanto uma procura 
metódica do saber, quanto um modo de interpretar a realidade; 
tanto pode ser uma instituição, com seus grupos de pressão, 
seus preconceitos, suas recompensas oficiais, quanto um metiê 
subordinado a instâncias administrativas, políticas ou 
ideológicas; tanto uma aventura intelectual conduzindo a um 
conhecimento teórico (pesquisa), quanto um saber realizado 
ou tecnicizado.
Motta-Roth (2009, p. 132) um conhecimento de qualquer 
objeto ou fenômeno que se efetiva por intermédio da 
observação, da identificação, descrição, investigação ordenada e 
explicação de um fenômeno com base em um paradigma 
vigente. 
Kuhn (2006, p. 356) Um modelo universalmente aceito 
por uma comunidade. Um paradigma científico, ou um 
modelo de ciência é “um princípio que controla as 
visões do mundo” (MORIN, 2005, p.22), servindo como 
referência para todo um fazer científico durante uma 
determinada época ou um período de tempo, até que 
outro modelo passe a existir e disputar espaço de 
hegemonia na construção do conhecimento.
Moreira (2011, p. 55) é uma prática social constituída por sujeitos 
que realizam atividades, bem como compartilham saberes, 
recursos e regras estabelecidas social e culturalmente de modo a 
estabelecer conhecimentos teóricos, metodológicos e tecnológicos 
a partir de modelos científicos vigentes no desenvolvimento de 
uma pesquisa.
COMO FUNCIONA A CIÊNCIA? 
É um conjunto de conhecimentos, obtidos de maneira 
programada, sistemática e controlada para que permita a 
verificação da sua validade, sobre fatos ou aspectos da 
realidade (objetos de estudo), expresso por meio de uma 
linguagem precisa e rigorosa.
PESQUISA CIENTÍFICA 
• É um processo de investigação sistemático e metódico. 
• É um conhecimento produzido a partir de procedimentos 
sistemáticos, baseados no raciocínio lógico, com o objetivo de 
encontrar soluções para os problemas propostos mediante o 
emprego de métodos científicos e a definição de tipos de 
pesquisas (CERVO; BERVIAN, 2002; ALVES, 1999). 
• É uma atividade desenvolvida por investigadores para novas 
descobertas, melhoria da qualidade da vida intelectual e da 
vida material.
Pesquisa 
É um conjunto de ações determinadas para o propósito de se 
investigar, analisar e avaliar uma determinada questão ou 
problema em uma dada área do conhecimento 
É um processo planejado de investigação que consiste em três 
momentos: 1) o levantamento de perguntas, hipóteses ou 
problemas; 2) a coleta de dados; e 3) a análise e interpretação 
dos dados. (MOTTA-ROTH, 2006, p. 67).
CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA 
CIENTÍFICA 
• gera um saber/conhecimento que pode ser transmitido, verificado, 
utilizado e desenvolvido. Ex. motor movido a álcool. 
• envolve a abertura de horizontes e a apresentação de diretrizes 
fundamentais, que podem contribuir para o desenvolvimento do 
conhecimento (OLIVEIRA, 2002, p. 62). 
• um premissa para o desenvolvimento do ser humano e a pesquisa como a 
consolidação da ciência. 
• aspira à objetividade. Suas conclusões devem ser passíveis de verificação 
e isentas de emoção. Objetivo específico, linguagem rigorosa, métodos e 
técnicas específicas, processos cumulativos do conhecimento, 
objetividade fazem da ciência uma forma de conhecimento que supera o 
conhecimento espontâneo do senso comum.
Marconi e Lakatos (2009, p. 80) - A pesquisa científica é 
factual (real), porque lida com todas as formas ocorrências ou 
fatos que se manifestam de algum modo. 
um conhecimento contingente, pois suas proposições ou 
hipóteses têm uma veracidade ou falsidade conhecida por 
meio de experiências. 
sistemática, visto que se trata de um saber ordenado 
logicamente, formando um sistema de ideias (teoria) e não 
conhecimentos dispersos e desconexos. 
verificabilidade, a tal ponto que as afirmações que não podem 
ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência. 
um conhecimento falível, em virtude de não ser definitivo, 
absoluto ou final e 
aproximadamente exato: novas proposições e o 
desenvolvimento de técnicas podem reformular o Acervo de 
teoria existente.
PASSOS DE UMA PESQUISA 
No desenvolvimento de uma pesquisa científica compreende 
seis passos: 1) seleção do tópico ou problema para 
investigação; 2) definição e diferenciação do problema; 3) 
definição do método de pesquisa; coleta, sistematização e 
classificação de dados; 5) análise e interpretação dos dados e 
6) sistematização dos resultados da pesquisa.
PESQUISADOR/CIENTISTA 
• pessoa que utiliza conhecimentos teóricos e práticos, 
bem como utiliza métodos e procedimentos precisos, 
planejamento eficaz, critérios e instrumentos 
adequados que passem confiança e credibilidade tanto 
aos envolvidos no processo quanto no resultado do 
trabalho. (MENEZES; VILLELA, 2006). 
• necessita ter habilidades para a utilização de técnicas 
de análise, entender os métodos científicos e os 
procedimentos com o objetivo de encontrar respostas 
para as perguntas formuladas.
Método científico 
De origem grega, significa o conjunto de etapas e 
processos a serem vencidos ordenadamente na 
investigação dos fatos ou na procura da verdade. 
É a um processo racional que se segue para chegar a um 
fim, um modo ordenado de proceder ou um conjunto de 
procedimentos.
MÉTODO 
É um conjunto de procedimentos definidos para que a 
pesquisa seja adequadamente conduzida e capaz de levar a 
conclusões válidas, isto é, que se prestam efetivamente a 
verificar o que o pesquisador se propôs a investigar. 
É um processo racional que se segue para chegar a um fim, um 
modo ordenado de proceder ou conjunto de procedimentos 
técnicos e científicos (MOTTA-ROTH, 2006, p. 68). 
.
UMA PESQUISA PODE SER... 
Dedutiva - partir pela elaboração de perguntas ou hipóteses e, 
a partir daí, buscar evidências que respondam às perguntas ou 
confirmem ou refutem as hipóteses levantadas. Nesse caso, ela 
parte da teoria para os dados. 
Indutiva – inicar pela análise dos dados para chegar a uma 
teoria ou princípios que parecem reger a organização dos 
dados. Nesse tipo de pesquisa, parte-se dos dados para a 
teoria.
É válido destacar que 
os diversos passos empregados em qualquer pesquisa não são 
estabelecidos apriori; de fato, os pesquisadores procuraram agir cientificamente 
e, só depois, param para examinar o caminho que conduzira seu trabalho ao 
êxito. 
o uso de um método científico confere segurança e é fator de economia 
na pesquisa, no estudo, na aprendizagem. 
.
ALGUNS MÉTODOS 
Um método é estabelecido e aprimorado pela contribuição 
cumulativa dos antepassados. 
Há várias maneiras de se classificarem os métodos de 
investigação. Em determinado tipo de pesquisa um método 
pode ter maior predomínio do que outro. 
Cordeiro (1999), há várias tendências metodológicas. Nas 
ciências sociais, é possível mencionar que os mais usados são: 
o histórico, o comparativo, o estudo de caso, a pesquisa-ação, 
o estatístico ou matemático e o etnográfico.
O método histórico leva em conta o passado e remete os pesquisadores à 
necessidade de resgatarem as raízes daquilo que se pretende pesquisar (DIAS, 
2005). 
pode ser aplicado no estudo da vida, das instituições, dos costumes do passado 
(BONAVIDES, 2003, p. 406). Ele também pode ser empregado no estudo da 
história de proposições legislativas. 
O pesquisador pode investigar como se originou uma lei, pode procurar 
encontrar as pessoas realmente participaram na elaboração de uma lei, trazendo 
à luz os fatores políticos, econômicos e sociais que influenciaram na 
elaboração de uma lei. Em resumo, esse método busca a compreender a 
natureza, a origem das coisas e sua funcionalidade.
• O método comparativo envolve a comparação entre dois ou 
mais variações de um fenômeno. Desse modo, ele tem por 
objetivo reconhecer semelhanças ou diferenças observáveis em 
diferentes situações, tais como, em grupos culturais, 
comunidades, instituições e fenômenos sociais, por exemplo. 
(DIAS, 2005).
O estudo de caso consiste no estudo intensivo e detalhando de um 
indivíduo ou grupo, com vistas a obter generalizações a partir de uma 
análise compreensiva do tópico da pesquisa como um todo 
(CORDEIRO, 1999, p. 55). 
Envolve a investigação de um tema de estudo empírico e o uso um 
conjunto de procedimentos pré-especificado, geralmente, envolvendo 
observação direta e uma série sistemática de entrevistas (YIN, 2005). 
Exige do pesquisador grande equilíbrio intelectual e capacidade de 
observação, além de parcimônia quanto à generalização dos resultados 
(1999, p. 29). A título de exemplo, destaca-se o estudo do 
comportamento de uma tribo indígena em termos de sua aculturação 
por posseiros da região.
ESTUDO DE CASO 
Envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se 
permita o seu amplo e detalhado conhecimento. (GIL, 1999). 
Pode abranger análise de exame de registros, observação de acontecimentos, 
entrevistas estruturadas e não-estruturadas ou qualquer outra técnica de pesquisa. Seu 
objeto pode ser um indivíduo, um grupo, uma organização, um conjunto de 
organizações ou, até mesmo, uma situação. (DENCKER, 2000). 
A maior utilidade do estudo de caso é verificada nas pesquisas exploratórias. Por sua 
flexibilidade, é sugerido nas fases iniciais da pesquisa de temas complexos para a 
construção de hipóteses ou reformulação do problema. É utilizado nas mais diversas 
áreas do conhecimento. 
A coleta de dados geralmente é feita por mais de um procedimento. Entre os mais 
usados estão: a observação, a análise de documentos, a entrevista e a história da vida. 
(GIL, 1999).
PESQUISA-AÇÃO 
Concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a 
resolução de um problema coletivo. 
Os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema 
estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (GIL, 1999). Implica 
o contato direto com o campo de estudo, envolvendo o reconhecimento visual 
do local, a consulta a documentos diversos e, sobretudo, a discussão com 
representantes das categorias sociais envolvidas na pesquisa. 
É delimitado o universo da pesquisa e recomenda-se a seleção de uma 
amostra. O critério de representatividade dos grupos investigados na pesquisa-ação 
é mais qualitativo do que quantitativo. 
É importante a elaboração de um plano de ação envolvendo os objetivos que 
se pretende atingir, a população a ser beneficiada, a definição de medidas, 
procedimentos e formas de controle do processo e de avaliação de seus 
resultados. (GIL, 1996). Não segue um plano rigoroso de pesquisa, pois o 
plano é readequado constantemente de acordo com a necessidade, os 
resultados e o andamento das pesquisas. O investigador se envolve no 
processo e sua intenção é agir sobre a realidade pesquisada. (DENCKER, 
2000).
• A pesquisa-ação possibilita a participação dos membros da 
comunidade estudada, durante a pesquisa, na análise e 
interpretação dos dados de modo que os resultados possam 
influenciar a comunidade no sentido de propor soluções para os 
problemas detectados. Um caso exemplar é o estudo de uma 
comunidade que participa do levantamento sócio-econômico da 
cidade, identificando problemas e utilizando esses dados para 
propor soluções.
O método estatístico ou matemático é também conhecido como 
método qualitativo. Esse método reúne procedimentos estatísticos 
para medir ou manipular o objeto de pesquisa ou dados. Sua principal 
característica é a credibilidade nos números. Em um estudo sobre as 
mães de adolescentes no Brasil, por exemplo, não é possível 
entrevistar todas as mães existentes. Dessa maneira, o pesquisador 
pode recorrer a uma amostragem que seja representativa desse todo. 
Serão, então, definido um número pequeno de mães, que torne 
possível a realização de entrevista. Para que o resultado chegue o mais 
próximo possível da realidade, o grupo de amostragem deve conter 
todas as características encontradas em mães adolescentes em todo o 
Brasil (DIAS, 2005, p. 39).
A etnografia é o estudo de pessoas e de grupos, em primeira mão, 
durante um período de tempo, que utiliza a observação 
participante ou entrevistas para desvendar o comportamento 
social. Esse tipo de pesquisa procura revelar os significados que 
sustentam as ações sociais e é realizada por meio do 
envolvimento direto do pesquisador nas interações que constituem 
a realidade social para o grupo de estudo (GIDDES, 2004, p. 
514).
• A escolha do método de pesquisa sempre será selecionado de 
acordo com e a área de atuação e o gênero textual (TCC, 
monografia, dissertação, tese, artigo científico, resenha...) que 
o pesquisador desenvolve, já que os resultados das 
investigações podem ser encontrados sob a forma de trabalhos 
técnico-científicos, publicados em revistas científicas, em 
eventos e em instituições de Ensino Superior. 
• Na realização de estudos relativos ao seu curso de formação e 
na definição do método de pesquisa, converse com os seus
OUTROS MÉTODOS DE PESQUISA
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 
Utiliza material já publicado, constituído basicamente de livros, 
artigos de periódicos e, atualmente, com informações 
disponibilizadas na internet. 
Quase todos os estudos fazem uso do levantamento bibliográfico e 
algumas pesquisas são desenvolvidas exclusivamente por fontes 
bibliográficas. 
Sua principal vantagem é possibilitar ao investigador a cobertura de 
uma gama de acontecimentos muito mais ampla do que aquela que 
poderia pesquisar diretamente. (GIL, 1999). 
A técnica bibliográfica busca encontrar as fontes primárias e 
secundárias e os materiais científicos e tecnológicos necessários 
para a realização do trabalho científico ou técnico-científico. 
Pode realizar-se em bibliotecas públicas, faculdades, universidades 
e, atualmente, nos acervos que fazem parte de catálogo coletivo e 
das bibliotecas virtuais. (OLIVEIRA, 2002).
PESQUISA DOCUMENTAL 
Elaborada a partir de materiais que não 
receberam tratamento analítico, documentos de 
primeira mão, como documentos oficiais, 
reportagens de jornal, cartas, contratos, diários, 
filmes, fotografias, gravações etc., ou, ainda, 
documentos de segunda mão que, de alguma 
forma, já foram analisados, tais como: relatórios 
de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas 
estatísticas etc. (GIL, 1999). Normalmente se 
encontram no interior de órgãos públicos ou 
privados como manuais, relatórios, balancetes e 
outros.
LEVANTAMENTO 
Envolve a interrogação direta de pessoas cujo 
comportamento em relação ao problema estudado se 
deseja conhecer para, em seguida, mediante análise 
quantitativa, identificar as conclusões correspondentes 
aos dados coletados. O levantamento feito com 
informações de todos os integrantes do universo da 
pesquisa origina um censo. (GIL, 1999). O 
levantamento usa técnicas estatísticas, análise 
quantitativa, permite a generalização das conclusões 
para o total da população e, assim, para o universo 
pesquisado, permitindo o cálculo da margem de erro. 
Os dados são mais descritivos que explicativos. 
(DENCKER, 2000).
PESQUISA PARTICIPANTE 
Realizada através da integração do investigador, que 
assume uma função no grupo a ser pesquisado, mas sem 
seguir a uma proposta pré-definida de ação. A intenção é 
adquirir conhecimento mais profundo do grupo. O grupo 
investigado tem ciência da finalidade, dos objetivos da 
pesquisa e da identidade do pesquisador. Permite a 
observação das ações no próprio momento em que 
ocorrem. (DENCKER, 2000). Esta pesquisa necessita de 
dados objetivos sobre a situação da população. Isso 
envolve a coleta de informações sócio-econômicas e 
tecnológicas que são de natureza idêntica aos adquiridos 
nos tradicionais estudos de comunidades. Estes dados 
podem ser agrupados por categorias como: geográficos, 
econômicos, educacionais e outros. (GIL, 1996).
PESQUISA EXPERIMENTAL 
Quando se determina um objeto de estudo, 
selecionam-se as variáveis que seriam capazes de 
influenciá-lo, definem-se as formas de controle e 
de observação dos efeitos que a variável produz 
no objeto. (GIL, 1999). A pesquisa experimental 
necessita de previsão de relações entre as 
variáveis a serem estudadas e o seu controle. 
Desta forma, na maioria das situações, é inviável 
quando se trata de objetos sociais. (GIL, 1996). É 
geralmente utilizada nas ciências naturais.
PESQUISA EX-POST-FACTO 
Quando o “experimento” se realiza depois dos fatos. O 
pesquisador não tem controle sobre as variáveis. (GIL, 
1999). É um tipo de pesquisa experimental, diferindo 
apenas pelo fato do fenômeno ocorrer naturalmente 
sem que o investigador tenha controle sobre ele, ou 
seja, nesse caso, o pesquisador passa a ser um mero 
observador do acontecimento. Por exemplo: a 
verificação do processo de erosão sofrido por uma 
rocha por influência do choque proveniente das ondas 
do mar. (BOENTE; BRAGA, 2004). Esta pesquisa é 
geralmente utilizada nas ciências naturais.
LINGUÍSTICA 
• é uma ciência pós-moderna, voltada para o estudo da 
linguagem humana; 
• está voltada à descrição e à explicação de como a linguagem 
humana funciona e de como são usadas as línguas em 
particular, para beneficiar outras ciências e artes que usam, 
de algum modo, a linguagem falada ou escrita. 
20/11/14 ANÁLISE DA CONVERSAÇÃO 45
ÁREAS DE PESQUISA DA 
LINGUÍSTICA: 
• há várias áreas de 
interesse, 
dependendo do ponto 
de vista como é 
observada a 
linguagem; 
20/11/14 ANÁLISE DA CONVERSAÇÃO 46
TIPOS DE PESQUISA 
As pesquisas podem ser classificadas quanto: 
• à natureza da pesquisa (básica ou aplicada); 
• à abordagem do problema (qualitativa ou quantitativa, ou 
ambas combinadas); 
• à realização dos objetivos (descritiva, exploratória ou 
explicativa); 
• aos procedimentos técnicos ou métodos de pesquisa 
(bibliográfica, documental, levantamento, estudo de caso, 
participante, pesquisa-ação, experimental e ex-post-facto).
Do ponto de vista da sua natureza
PESQUISA BÁSICA 
Objetiva produzir conhecimentos novos, úteis para o 
avanço da ciência sem aplicação prática prevista. 
Envolve verdades e interesses universais (GIL,1999). 
Assim, o pesquisador busca satisfazer uma necessidade 
intelectual pelo conhecimento e sua meta é o saber. 
(CERVO; BERVIAN, 2002).
PESQUISA APLICADA: 
Gera conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à 
solução de problemas específicos. Envolve interesses 
locais (GIL, 1999). A pesquisa visa à aplicação de suas 
descobertas na solução de um problema (COLLIS; 
HUSSEY, 2005).
Da forma de abordagem do problema
PESQUISA QUANTITATIVA 
Considera que tudo pode ser quantificável, o que 
significa traduzir em números opiniões e informações 
para classificá-los e analisá-los. Requer o uso de 
técnicas estatísticas e de recursos (percentagem, média, 
moda, mediana, desvio padrão, coeficiente de 
correlação, e outros) (GIL, 1999). Assim, a pesquisa 
quantitativa é focada na mensuração de fenômenos, 
envolvendo a coleta e análise de dados numéricos e 
aplicação de testes estatísticos (COLLIS; HUSSEY, 
2005).
PESQUISA QUALITATIVA 
Considera que há uma relação dinâmica entre o mundo 
real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o 
mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não 
pode ser traduzido em números. A interpretação dos 
fenômenos e a atribuição de significados são básicas no 
processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de 
métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a 
fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o 
instrumento chave (GIL, 1999). A pesquisa qualitativa 
utiliza técnicas de dados como a observação 
participante, história ou relato de vida, entrevista e 
outros(COLLIS; HUSSEY, 2005).
Do ponto de vista de seus objetivos
Pesquisa Exploratória 
Proporciona maior proximidade com o problema, 
visando torná-lo explícito ou definir hipóteses. Procura 
aprimorar ideias ou descobrir intuições. Possui um 
planejamento flexível, envolvendo, em geral, 
levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas 
que tiveram experiências práticas com o problema 
pesquisado e análise de exemplos similares. Assume as 
formas de pesquisas bibliográficas e estudos de caso 
(GIL, 1996; DENCKER, 2000). Esse tipo de pesquisa é 
voltado para pesquisadores que possuem pouco 
conhecimento sobre o assunto pesquisado, pois, 
geralmente, há pouco ou nenhum estudo publicado 
sobre o temaB (COLLIS; HUSSEY, 2005).
PESQUISA DESCRITIVA 
Visa descrever as características de determinada 
população ou fenômeno ou o estabelecimento de 
relações entre variáveis. A forma mais comum de 
apresentação é o levantamento, em geral realizado 
mediante questionário ou observação sistemática, que 
oferece uma descrição da situação no momento da 
pesquisa. Metodologia indicada para orientar a forma 
de coleta de dados quando se pretende descrever 
determinados acontecimentos (GIL, 1996; DENCKER, 
2000). É direcionada a pesquisadores que têm 
conhecimento aprofundado a respeito dos fenômenos e 
problemas estudados.
PESQUISA EXPLICATIVA 
Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica 
a razão, o porquê das coisas e, por isto, é o tipo mais 
complexo e delicado, já que o risco de cometer erros 
aumenta consideravelmente. Visa identificar os fatores 
que determinam ou contribuem para a ocorrência dos 
acontecimentos. Caracteriza-se pela utilização do 
método experimental (nas ciências físicas ou naturais) e 
observacional (nas ciências sociais). Geralmente, utiliza 
as formas de Pesquisa Experimental e Ex-post-facto. 
Método adequado para pesquisas que procuram 
estudar a influência de determinados fatores na 
determinação de ocorrência de fatos ou situações. 
(GIL, 1996; DENCKER, 2000).
ETAPAS DA PESQUISA 
• Elaboração do projeto da pesquisa 
• Desenvolvimento da pesquisa 
• Sistematização da pesquisa 
• Divulgação da pesquisa
SITES DE DIVULGAÇÃO DE PESQUISAS 
CIENTÍFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
• MOTTA-ROTH; HENDGES, G. H. Produção 
textual na universidade. São Paulo : Parábola 
Editorial, 2010. 
• SILVA, R. ; URBANESKI, V. Metodologia do 
trabalho científico. Centro Universitário 
Leonardo Da Vinci – Indaial : Grupo 
UNIASSELVE, 2009.

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Noções básicas sobre pesquisa científica

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ INSTITUTO DE LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES MESTRADO PROFISSIONAL EM LETRAS-PROFLETRAS Elaboração de projetos e tecnologia educacional www.proedutec.blospot.com
  • 2. Noções básicas sobre pesquisa científica Profª Tânia Maria Moreira Novembro de 2014
  • 3. CONHECIMENTOS PRÉVIOS O que vocês pensam quando a palavra ciência ou cientista é mencionada? Quais as imagens de ciência que vemos em propagandas na TV?
  • 4. Imagens mais comuns Gênio, louco, que inventa coisas fantásticas. Excêntrico (fora do centro), manso, distraído. Pessoa que pensa sobre fórmulas incompreensíveis para muitos. Alguém que fala com autoridade, que sabe o que está falando e que os outros devem ouvir e obedecer. Só o cientista pensa, cria, fala com autoridade? Será que ele realmente sabe tudo?
  • 5. SENSO COMUM CIÊNCIA SENSO COMUM CIÊNCIA ACADÊMICA CIÊNCIA ESCOLAR
  • 6. SENSO COMUM • É um tipo de conhecimento que vamos acumulando no nosso dia-a-dia. Trata-se de um conhecimento intuitivo,espontâneo, de tentativas e erros que construímos na nossa vida diária. Sem esse conhecimento seria muito complicado viver. • Exemplos: – A dona de casa sabe por quanto tempo, quando usa uma garrafa térmica mantém o café quente, sem fazer nenhum cálculo complicado e, muitas vezes, desconhecendo as leis da termodinâmica. – Quando alguém, em casa, reclama de problemas no fígado, ela faz um chá de boldo, que é uma planta medicinal usada pelos avós de seus avós, sem, no entanto, conhecer nenhum estudo farmacológico.
  • 7. CARACTERÍSTICAS • Percorre um caminho que vai do hábito à tradição, a qual, quando estabelecida, é passada de geração para geração, para facilitar a vida das pessoas.
  • 8. APRENDEMOS.. a atravessar a rua com nossos pais. a fazer o liquidificador funcionar a plantar alimentos na época e de maneira certa a conquistar a pessoa que desejamos...
  • 9. • O senso comum é uma forma de conhecimento que mistura e recicla outros saberes muito mais especializados produzidos, por exemplo, pela ciência, pela filosofia, pela religião, e os reduz a um tipo de teoria simplificada, produzindo uma determinada visão de mundo.
  • 10. O senso comum se agarra à magia, ao milagre.O senso comum nasce da visão de um universo no qual os desejos e emoções podem alterar os fatos.
  • 11. COMO FUNCIONA O SENSO COMUM? Imaginemos... Alguém está dirigindo um carro. Repentinamente ele deixa de funcionar e a pessoa não tem como chamar um mecânico. Vamos imaginar a cena e tentar visualizar as mãos e o seu cérebro dessa pessoa. OU Na sua frente há um monte de peças de um quebra-cabeças. Sua tarefa é armá-lo sem ter um modelo. Como você procederia para resolver a tarefa?
  • 12. ALGUNS MODO DE RESOLVER AS SITUAÇÕES COLOCADAS NÃO TÊM A VER COM A COM SENSO COMUM E COM CIÊNCIA? O quebra-cabeça do senso comum é muito semelhante ao quebra-cabeça da ciência, a despeito das diferenças que podemos encontrar em cada modo de conhecimento. A CIÊNCIA NASCEU DE ATIVIDADES COMO ESSAS. Ser bom em ciência e no senso comum é ser capaz de inventar soluções. O senso comum e a ciência são expressões da necessidade de compreender o mundo para viver melhor e sobreviver. O senso comum e a ciência começam com um problema, passam pela análise e a construção de modelos/representações Fazer ciência se assemelha a cozinhar, a andar de bicicleta, a brincar, a jogar, a adivinhar.
  • 13. CIÊNCIA É ... Souza Santos (1989, p. 13) - é uma prática social de conhecimento. Morin (2005, p. 24) - Karl Popper - é um campo aberto, onde as teorias, os princípios de explicação, as visões de mundo e os postulados metafísicos ou ideologias são combatidas a partir de regras, como o respeito aos dados, por exemplo. Moreira (2014) – é uma atividade sócio-cultural em que as pessoas se engajam para conhecer as coisas do mundo.
  • 14. Japiassú (1975, p. 10) ... pode ser tanto uma procura metódica do saber, quanto um modo de interpretar a realidade; tanto pode ser uma instituição, com seus grupos de pressão, seus preconceitos, suas recompensas oficiais, quanto um metiê subordinado a instâncias administrativas, políticas ou ideológicas; tanto uma aventura intelectual conduzindo a um conhecimento teórico (pesquisa), quanto um saber realizado ou tecnicizado.
  • 15. Motta-Roth (2009, p. 132) um conhecimento de qualquer objeto ou fenômeno que se efetiva por intermédio da observação, da identificação, descrição, investigação ordenada e explicação de um fenômeno com base em um paradigma vigente. Kuhn (2006, p. 356) Um modelo universalmente aceito por uma comunidade. Um paradigma científico, ou um modelo de ciência é “um princípio que controla as visões do mundo” (MORIN, 2005, p.22), servindo como referência para todo um fazer científico durante uma determinada época ou um período de tempo, até que outro modelo passe a existir e disputar espaço de hegemonia na construção do conhecimento.
  • 16. Moreira (2011, p. 55) é uma prática social constituída por sujeitos que realizam atividades, bem como compartilham saberes, recursos e regras estabelecidas social e culturalmente de modo a estabelecer conhecimentos teóricos, metodológicos e tecnológicos a partir de modelos científicos vigentes no desenvolvimento de uma pesquisa.
  • 17. COMO FUNCIONA A CIÊNCIA? É um conjunto de conhecimentos, obtidos de maneira programada, sistemática e controlada para que permita a verificação da sua validade, sobre fatos ou aspectos da realidade (objetos de estudo), expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa.
  • 18. PESQUISA CIENTÍFICA • É um processo de investigação sistemático e metódico. • É um conhecimento produzido a partir de procedimentos sistemáticos, baseados no raciocínio lógico, com o objetivo de encontrar soluções para os problemas propostos mediante o emprego de métodos científicos e a definição de tipos de pesquisas (CERVO; BERVIAN, 2002; ALVES, 1999). • É uma atividade desenvolvida por investigadores para novas descobertas, melhoria da qualidade da vida intelectual e da vida material.
  • 19. Pesquisa É um conjunto de ações determinadas para o propósito de se investigar, analisar e avaliar uma determinada questão ou problema em uma dada área do conhecimento É um processo planejado de investigação que consiste em três momentos: 1) o levantamento de perguntas, hipóteses ou problemas; 2) a coleta de dados; e 3) a análise e interpretação dos dados. (MOTTA-ROTH, 2006, p. 67).
  • 20. CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA CIENTÍFICA • gera um saber/conhecimento que pode ser transmitido, verificado, utilizado e desenvolvido. Ex. motor movido a álcool. • envolve a abertura de horizontes e a apresentação de diretrizes fundamentais, que podem contribuir para o desenvolvimento do conhecimento (OLIVEIRA, 2002, p. 62). • um premissa para o desenvolvimento do ser humano e a pesquisa como a consolidação da ciência. • aspira à objetividade. Suas conclusões devem ser passíveis de verificação e isentas de emoção. Objetivo específico, linguagem rigorosa, métodos e técnicas específicas, processos cumulativos do conhecimento, objetividade fazem da ciência uma forma de conhecimento que supera o conhecimento espontâneo do senso comum.
  • 21. Marconi e Lakatos (2009, p. 80) - A pesquisa científica é factual (real), porque lida com todas as formas ocorrências ou fatos que se manifestam de algum modo. um conhecimento contingente, pois suas proposições ou hipóteses têm uma veracidade ou falsidade conhecida por meio de experiências. sistemática, visto que se trata de um saber ordenado logicamente, formando um sistema de ideias (teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos. verificabilidade, a tal ponto que as afirmações que não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência. um conhecimento falível, em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final e aproximadamente exato: novas proposições e o desenvolvimento de técnicas podem reformular o Acervo de teoria existente.
  • 22. PASSOS DE UMA PESQUISA No desenvolvimento de uma pesquisa científica compreende seis passos: 1) seleção do tópico ou problema para investigação; 2) definição e diferenciação do problema; 3) definição do método de pesquisa; coleta, sistematização e classificação de dados; 5) análise e interpretação dos dados e 6) sistematização dos resultados da pesquisa.
  • 23. PESQUISADOR/CIENTISTA • pessoa que utiliza conhecimentos teóricos e práticos, bem como utiliza métodos e procedimentos precisos, planejamento eficaz, critérios e instrumentos adequados que passem confiança e credibilidade tanto aos envolvidos no processo quanto no resultado do trabalho. (MENEZES; VILLELA, 2006). • necessita ter habilidades para a utilização de técnicas de análise, entender os métodos científicos e os procedimentos com o objetivo de encontrar respostas para as perguntas formuladas.
  • 24. Método científico De origem grega, significa o conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente na investigação dos fatos ou na procura da verdade. É a um processo racional que se segue para chegar a um fim, um modo ordenado de proceder ou um conjunto de procedimentos.
  • 25. MÉTODO É um conjunto de procedimentos definidos para que a pesquisa seja adequadamente conduzida e capaz de levar a conclusões válidas, isto é, que se prestam efetivamente a verificar o que o pesquisador se propôs a investigar. É um processo racional que se segue para chegar a um fim, um modo ordenado de proceder ou conjunto de procedimentos técnicos e científicos (MOTTA-ROTH, 2006, p. 68). .
  • 26. UMA PESQUISA PODE SER... Dedutiva - partir pela elaboração de perguntas ou hipóteses e, a partir daí, buscar evidências que respondam às perguntas ou confirmem ou refutem as hipóteses levantadas. Nesse caso, ela parte da teoria para os dados. Indutiva – inicar pela análise dos dados para chegar a uma teoria ou princípios que parecem reger a organização dos dados. Nesse tipo de pesquisa, parte-se dos dados para a teoria.
  • 27. É válido destacar que os diversos passos empregados em qualquer pesquisa não são estabelecidos apriori; de fato, os pesquisadores procuraram agir cientificamente e, só depois, param para examinar o caminho que conduzira seu trabalho ao êxito. o uso de um método científico confere segurança e é fator de economia na pesquisa, no estudo, na aprendizagem. .
  • 28. ALGUNS MÉTODOS Um método é estabelecido e aprimorado pela contribuição cumulativa dos antepassados. Há várias maneiras de se classificarem os métodos de investigação. Em determinado tipo de pesquisa um método pode ter maior predomínio do que outro. Cordeiro (1999), há várias tendências metodológicas. Nas ciências sociais, é possível mencionar que os mais usados são: o histórico, o comparativo, o estudo de caso, a pesquisa-ação, o estatístico ou matemático e o etnográfico.
  • 29. O método histórico leva em conta o passado e remete os pesquisadores à necessidade de resgatarem as raízes daquilo que se pretende pesquisar (DIAS, 2005). pode ser aplicado no estudo da vida, das instituições, dos costumes do passado (BONAVIDES, 2003, p. 406). Ele também pode ser empregado no estudo da história de proposições legislativas. O pesquisador pode investigar como se originou uma lei, pode procurar encontrar as pessoas realmente participaram na elaboração de uma lei, trazendo à luz os fatores políticos, econômicos e sociais que influenciaram na elaboração de uma lei. Em resumo, esse método busca a compreender a natureza, a origem das coisas e sua funcionalidade.
  • 30. • O método comparativo envolve a comparação entre dois ou mais variações de um fenômeno. Desse modo, ele tem por objetivo reconhecer semelhanças ou diferenças observáveis em diferentes situações, tais como, em grupos culturais, comunidades, instituições e fenômenos sociais, por exemplo. (DIAS, 2005).
  • 31. O estudo de caso consiste no estudo intensivo e detalhando de um indivíduo ou grupo, com vistas a obter generalizações a partir de uma análise compreensiva do tópico da pesquisa como um todo (CORDEIRO, 1999, p. 55). Envolve a investigação de um tema de estudo empírico e o uso um conjunto de procedimentos pré-especificado, geralmente, envolvendo observação direta e uma série sistemática de entrevistas (YIN, 2005). Exige do pesquisador grande equilíbrio intelectual e capacidade de observação, além de parcimônia quanto à generalização dos resultados (1999, p. 29). A título de exemplo, destaca-se o estudo do comportamento de uma tribo indígena em termos de sua aculturação por posseiros da região.
  • 32. ESTUDO DE CASO Envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. (GIL, 1999). Pode abranger análise de exame de registros, observação de acontecimentos, entrevistas estruturadas e não-estruturadas ou qualquer outra técnica de pesquisa. Seu objeto pode ser um indivíduo, um grupo, uma organização, um conjunto de organizações ou, até mesmo, uma situação. (DENCKER, 2000). A maior utilidade do estudo de caso é verificada nas pesquisas exploratórias. Por sua flexibilidade, é sugerido nas fases iniciais da pesquisa de temas complexos para a construção de hipóteses ou reformulação do problema. É utilizado nas mais diversas áreas do conhecimento. A coleta de dados geralmente é feita por mais de um procedimento. Entre os mais usados estão: a observação, a análise de documentos, a entrevista e a história da vida. (GIL, 1999).
  • 33. PESQUISA-AÇÃO Concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (GIL, 1999). Implica o contato direto com o campo de estudo, envolvendo o reconhecimento visual do local, a consulta a documentos diversos e, sobretudo, a discussão com representantes das categorias sociais envolvidas na pesquisa. É delimitado o universo da pesquisa e recomenda-se a seleção de uma amostra. O critério de representatividade dos grupos investigados na pesquisa-ação é mais qualitativo do que quantitativo. É importante a elaboração de um plano de ação envolvendo os objetivos que se pretende atingir, a população a ser beneficiada, a definição de medidas, procedimentos e formas de controle do processo e de avaliação de seus resultados. (GIL, 1996). Não segue um plano rigoroso de pesquisa, pois o plano é readequado constantemente de acordo com a necessidade, os resultados e o andamento das pesquisas. O investigador se envolve no processo e sua intenção é agir sobre a realidade pesquisada. (DENCKER, 2000).
  • 34. • A pesquisa-ação possibilita a participação dos membros da comunidade estudada, durante a pesquisa, na análise e interpretação dos dados de modo que os resultados possam influenciar a comunidade no sentido de propor soluções para os problemas detectados. Um caso exemplar é o estudo de uma comunidade que participa do levantamento sócio-econômico da cidade, identificando problemas e utilizando esses dados para propor soluções.
  • 35. O método estatístico ou matemático é também conhecido como método qualitativo. Esse método reúne procedimentos estatísticos para medir ou manipular o objeto de pesquisa ou dados. Sua principal característica é a credibilidade nos números. Em um estudo sobre as mães de adolescentes no Brasil, por exemplo, não é possível entrevistar todas as mães existentes. Dessa maneira, o pesquisador pode recorrer a uma amostragem que seja representativa desse todo. Serão, então, definido um número pequeno de mães, que torne possível a realização de entrevista. Para que o resultado chegue o mais próximo possível da realidade, o grupo de amostragem deve conter todas as características encontradas em mães adolescentes em todo o Brasil (DIAS, 2005, p. 39).
  • 36. A etnografia é o estudo de pessoas e de grupos, em primeira mão, durante um período de tempo, que utiliza a observação participante ou entrevistas para desvendar o comportamento social. Esse tipo de pesquisa procura revelar os significados que sustentam as ações sociais e é realizada por meio do envolvimento direto do pesquisador nas interações que constituem a realidade social para o grupo de estudo (GIDDES, 2004, p. 514).
  • 37. • A escolha do método de pesquisa sempre será selecionado de acordo com e a área de atuação e o gênero textual (TCC, monografia, dissertação, tese, artigo científico, resenha...) que o pesquisador desenvolve, já que os resultados das investigações podem ser encontrados sob a forma de trabalhos técnico-científicos, publicados em revistas científicas, em eventos e em instituições de Ensino Superior. • Na realização de estudos relativos ao seu curso de formação e na definição do método de pesquisa, converse com os seus
  • 38. OUTROS MÉTODOS DE PESQUISA
  • 39. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA Utiliza material já publicado, constituído basicamente de livros, artigos de periódicos e, atualmente, com informações disponibilizadas na internet. Quase todos os estudos fazem uso do levantamento bibliográfico e algumas pesquisas são desenvolvidas exclusivamente por fontes bibliográficas. Sua principal vantagem é possibilitar ao investigador a cobertura de uma gama de acontecimentos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. (GIL, 1999). A técnica bibliográfica busca encontrar as fontes primárias e secundárias e os materiais científicos e tecnológicos necessários para a realização do trabalho científico ou técnico-científico. Pode realizar-se em bibliotecas públicas, faculdades, universidades e, atualmente, nos acervos que fazem parte de catálogo coletivo e das bibliotecas virtuais. (OLIVEIRA, 2002).
  • 40. PESQUISA DOCUMENTAL Elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico, documentos de primeira mão, como documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas, contratos, diários, filmes, fotografias, gravações etc., ou, ainda, documentos de segunda mão que, de alguma forma, já foram analisados, tais como: relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas estatísticas etc. (GIL, 1999). Normalmente se encontram no interior de órgãos públicos ou privados como manuais, relatórios, balancetes e outros.
  • 41. LEVANTAMENTO Envolve a interrogação direta de pessoas cujo comportamento em relação ao problema estudado se deseja conhecer para, em seguida, mediante análise quantitativa, identificar as conclusões correspondentes aos dados coletados. O levantamento feito com informações de todos os integrantes do universo da pesquisa origina um censo. (GIL, 1999). O levantamento usa técnicas estatísticas, análise quantitativa, permite a generalização das conclusões para o total da população e, assim, para o universo pesquisado, permitindo o cálculo da margem de erro. Os dados são mais descritivos que explicativos. (DENCKER, 2000).
  • 42. PESQUISA PARTICIPANTE Realizada através da integração do investigador, que assume uma função no grupo a ser pesquisado, mas sem seguir a uma proposta pré-definida de ação. A intenção é adquirir conhecimento mais profundo do grupo. O grupo investigado tem ciência da finalidade, dos objetivos da pesquisa e da identidade do pesquisador. Permite a observação das ações no próprio momento em que ocorrem. (DENCKER, 2000). Esta pesquisa necessita de dados objetivos sobre a situação da população. Isso envolve a coleta de informações sócio-econômicas e tecnológicas que são de natureza idêntica aos adquiridos nos tradicionais estudos de comunidades. Estes dados podem ser agrupados por categorias como: geográficos, econômicos, educacionais e outros. (GIL, 1996).
  • 43. PESQUISA EXPERIMENTAL Quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definem-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. (GIL, 1999). A pesquisa experimental necessita de previsão de relações entre as variáveis a serem estudadas e o seu controle. Desta forma, na maioria das situações, é inviável quando se trata de objetos sociais. (GIL, 1996). É geralmente utilizada nas ciências naturais.
  • 44. PESQUISA EX-POST-FACTO Quando o “experimento” se realiza depois dos fatos. O pesquisador não tem controle sobre as variáveis. (GIL, 1999). É um tipo de pesquisa experimental, diferindo apenas pelo fato do fenômeno ocorrer naturalmente sem que o investigador tenha controle sobre ele, ou seja, nesse caso, o pesquisador passa a ser um mero observador do acontecimento. Por exemplo: a verificação do processo de erosão sofrido por uma rocha por influência do choque proveniente das ondas do mar. (BOENTE; BRAGA, 2004). Esta pesquisa é geralmente utilizada nas ciências naturais.
  • 45. LINGUÍSTICA • é uma ciência pós-moderna, voltada para o estudo da linguagem humana; • está voltada à descrição e à explicação de como a linguagem humana funciona e de como são usadas as línguas em particular, para beneficiar outras ciências e artes que usam, de algum modo, a linguagem falada ou escrita. 20/11/14 ANÁLISE DA CONVERSAÇÃO 45
  • 46. ÁREAS DE PESQUISA DA LINGUÍSTICA: • há várias áreas de interesse, dependendo do ponto de vista como é observada a linguagem; 20/11/14 ANÁLISE DA CONVERSAÇÃO 46
  • 47. TIPOS DE PESQUISA As pesquisas podem ser classificadas quanto: • à natureza da pesquisa (básica ou aplicada); • à abordagem do problema (qualitativa ou quantitativa, ou ambas combinadas); • à realização dos objetivos (descritiva, exploratória ou explicativa); • aos procedimentos técnicos ou métodos de pesquisa (bibliográfica, documental, levantamento, estudo de caso, participante, pesquisa-ação, experimental e ex-post-facto).
  • 48. Do ponto de vista da sua natureza
  • 49. PESQUISA BÁSICA Objetiva produzir conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais (GIL,1999). Assim, o pesquisador busca satisfazer uma necessidade intelectual pelo conhecimento e sua meta é o saber. (CERVO; BERVIAN, 2002).
  • 50. PESQUISA APLICADA: Gera conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve interesses locais (GIL, 1999). A pesquisa visa à aplicação de suas descobertas na solução de um problema (COLLIS; HUSSEY, 2005).
  • 51. Da forma de abordagem do problema
  • 52. PESQUISA QUANTITATIVA Considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-los e analisá-los. Requer o uso de técnicas estatísticas e de recursos (percentagem, média, moda, mediana, desvio padrão, coeficiente de correlação, e outros) (GIL, 1999). Assim, a pesquisa quantitativa é focada na mensuração de fenômenos, envolvendo a coleta e análise de dados numéricos e aplicação de testes estatísticos (COLLIS; HUSSEY, 2005).
  • 53. PESQUISA QUALITATIVA Considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento chave (GIL, 1999). A pesquisa qualitativa utiliza técnicas de dados como a observação participante, história ou relato de vida, entrevista e outros(COLLIS; HUSSEY, 2005).
  • 54. Do ponto de vista de seus objetivos
  • 55. Pesquisa Exploratória Proporciona maior proximidade com o problema, visando torná-lo explícito ou definir hipóteses. Procura aprimorar ideias ou descobrir intuições. Possui um planejamento flexível, envolvendo, em geral, levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos similares. Assume as formas de pesquisas bibliográficas e estudos de caso (GIL, 1996; DENCKER, 2000). Esse tipo de pesquisa é voltado para pesquisadores que possuem pouco conhecimento sobre o assunto pesquisado, pois, geralmente, há pouco ou nenhum estudo publicado sobre o temaB (COLLIS; HUSSEY, 2005).
  • 56. PESQUISA DESCRITIVA Visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. A forma mais comum de apresentação é o levantamento, em geral realizado mediante questionário ou observação sistemática, que oferece uma descrição da situação no momento da pesquisa. Metodologia indicada para orientar a forma de coleta de dados quando se pretende descrever determinados acontecimentos (GIL, 1996; DENCKER, 2000). É direcionada a pesquisadores que têm conhecimento aprofundado a respeito dos fenômenos e problemas estudados.
  • 57. PESQUISA EXPLICATIVA Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o porquê das coisas e, por isto, é o tipo mais complexo e delicado, já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente. Visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos acontecimentos. Caracteriza-se pela utilização do método experimental (nas ciências físicas ou naturais) e observacional (nas ciências sociais). Geralmente, utiliza as formas de Pesquisa Experimental e Ex-post-facto. Método adequado para pesquisas que procuram estudar a influência de determinados fatores na determinação de ocorrência de fatos ou situações. (GIL, 1996; DENCKER, 2000).
  • 58. ETAPAS DA PESQUISA • Elaboração do projeto da pesquisa • Desenvolvimento da pesquisa • Sistematização da pesquisa • Divulgação da pesquisa
  • 59. SITES DE DIVULGAÇÃO DE PESQUISAS CIENTÍFICAS
  • 60. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • MOTTA-ROTH; HENDGES, G. H. Produção textual na universidade. São Paulo : Parábola Editorial, 2010. • SILVA, R. ; URBANESKI, V. Metodologia do trabalho científico. Centro Universitário Leonardo Da Vinci – Indaial : Grupo UNIASSELVE, 2009.