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Instituição




      Assunto




Ferraz de Vasconcelos

        2012


                        1
Instituição

      nome Nº




      PP de Lpl

     1º Bimestre

                        Esta pesquisa destina-se
                        a obtenção de nota da
                        disciplina     (diciplina)
                        (professor).




Ferraz de Vasconcelos

        2012
SÚMARIO




Parte I- Linguagem, língua e fala, Elementos da comunicação, Funções da
linguagem e Denotação e conotação.

Parte II- Variação linguística e literatura de Cordel.

Parte III – Figura de Linguagens.

Parte IV – Gêneros e tipos textuais, textos teatrais.

Parte V – Uso do Hífen.
Parte I



LINGUAGEM: é todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de
comunicação. Pode ser verbal e não verbal.



(a). Verbal: aquela cujos sinais são as palavras

(b). Não verbal: aquela que utiliza outros sinais que não as palavras. LIBRAS – Linguagem
Brasileira de Sinais, o conjunto dos sinais de trânsito, mímica etc. constituem tipos de
linguagem não verbal.



LÍNGUA: é um tipo de linguagem; é a única modalidade de linguagem baseado em palavras. O
alemão e o português são línguas diferentes.



Língua é a linguagem verbal utilizada por um grupo de indivíduos que constitui uma
comunidade.



FALA: é a realização concreta da língua, feita por um indivíduo da comunidade num
determinado momento. É um ato individual que cada membro pode efetuar com o uso da
linguagem.




                                   NÍVEIS DE LINGUAGEM



        A linguagem tem normas, princípios que precisam ser obedecidos. Geralmente,
achamos que essas regras dizem respeito apenas à gramática normativa. Para a grande
maioria das pessoas, expressar-se corretamente em língua portuguesa significa não cometer
erros de ortografia, concordância verbal, acentuação etc. Há, no entanto, outro erro, mais
comprometedor do que o gramatical, que é o de inadequação de linguagem ao contexto.

          Em casa ou com amigos, nós empregamos uma linguagem mais informal do que nas
provas da escola ou em uma entrevista para emprego. Ao conversar com os avós, não convém
utilizar algumas gírias, pois eles poderiam ter dificuldades em nos compreender. Numa
dissertação solicitada num vestibular ou um concurso público já precisamos empregar um
vocabulário mais formal. Esses fatos nos levam a concluir que existem níveis de linguagem.
Vejamos alguns níveis de linguagem:

    d) NÍVEL FORMAL-CULTO OU PADRÃO: trata-se de uma linguagem mais formal, que
       segue os princípios da gramática normativa. É empregada na escola, no trabalho, nos
       jornais e nos livros em geral. Observe este trecho de jornal:



A polêmica não é nova, nem deve extinguir-se tão cedo. Afinal qual a legitimidade e o limite do
uso de recursos públicos para salvaguardar a integridade do sistema financeiro? (...)

                                 (Folha de São Paulo, 14 de março de 1996, Editorial)



b) NÍVEL COLOQUIAL-POPULAR: é a linguagem empregada no cotidiano. Geralmente é
informal, incorpora gírias e expressões populares e não obedece às regras da gramática
normativa. Veja estes exemplos:

“Sei lá! Acho que tudo vai ficar legal. Pra que então ficar esquentando muito? Me parece que
as coisas no fim sempre dão certo”.



Estou preocupado. (norma culta)

        To preocupado. (língua popular)

        To grilado. (gíria, limite da língua popular )




c) PROFISSIONAL OU TÉCNICO: é a linguagem que alguns profissionais, como advogados,
economistas, médicos, dentistas etc. utilizam no exercício de suas atividades.



d) ARTÍSTICO OU LITERÁRIO: é a utilização da linguagem com finalidade expressiva pelos
artistas da palavra (poetas e romancistas, por exemplo) alguma gramática já incluem este item
na linguagem culta ou padrão.



Dominar uma língua, portanto, não significa apenas conhecer normas gramaticais, mas,
sobretudo empregar adequadamente essa língua em várias situações do dia-a-dia: na escola,
no trabalho, com os amigos, num exame de seleção, no trabalho.
Elementos da Comunicação



Emissor – o que emite a mensagem.


Receptor – o que recebe a mensagem.


Mensagem – o conjunto de informações transmitidas.


Código – a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A
comunicação só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem.


Canal de Comunicação – por onde a mensagem é transmitida: TV, rádio, jornal, revista,
cordas vocais, ar…


Contexto – a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente.


Ruído – qualquer perturbação na comunicação.




                                   Funções da Linguagem

Função Referencial: também chamada de denotativa ou informativa, é quando o objetivo é
passar uma informação objetivas e impessoal no texto. É valorizado o objeto ou a situação de
que se trata a mensagem sem manifestações pessoais ou persuasivas.


Função expressiva: também chamada de emotiva, passa para o texto marcas de atitudes
pessoais como emoções, opiniões, avaliações. Na função expressiva, o emissor ou destinador
é o produtor da mensagem. O produtor mostra que está presente no texto mostrando aos olhos
de todos seus pensamentos.


Função conativa: é quando a mensagem do texto busca seduzir, envolver o leitor levando-o a
adotar um determinado comportamento. Na função conativa a presença do receptor está
marcada sempre por pronomes de tratamento ou da segunda pessoa e pelo uso do imperativo
e do vocativo.


Função fática: é o canal por onde a mensagem caminha de quem a escreve para quem a
recebe. Também designa algumas formas que se usa para chamar atenção.


Função metalinguística: é quando a linguagem fala de si própria. Predominam em análises
literárias, interpretações e críticas diversas.
Função poética: é usada para despertar a surpresa e prazer estético. É elaborada de forma
imprevista e inovadora.




                                    Denotação e conotação

A Conotação: é uma palavra que tem significado distinto do original. Exemplo: Hoje estou em um mar de

rosas.


A Denotação: A palavra é usada em seu próprio significado. Ex: O mar e as rosas são lindos.


Toda palavra ou signo abrange duas faces:


Significado: que é o aspecto conceitual; corresponde a uma imagem mental abstrata.

Significante: que é o aspecto concreto; corresponde a imagem acústica ou gráfica.


Quando não sabemos o significado de uma palavra, a significação torna-se incompleta, pois só

conhecemos o significante. Ao unir a palavra ao seu significado, ela deixará de ser apenas um conjunto

sonoro ou gráfico (significante).
Existe uma pluralidade de significados, chamada polissemia, pois podemos atribuir a uma palavra mais

de um significado, ou seja, uma palavra pode adquirir sentidos diferentes dependendo do contexto em

que é empregada.


Ao escrever, utilizamos o significado das palavras para expressar nossas ideias. Quando o propósito for
escrever um texto objetivo, devemos usar uma linguagem denotativa, na qual o significado é encontrado

no dicionário.

Quando escrevemos um texto em que pretendemos colocar nossas ideias emotivas e subjetivas,
utilizamos a linguagem conotativa, na qual transfere o significado real da palavra para um sentido

figurado.


Exemplo:


Por causa da chuva o rio da cidade transbordou. (linguagem denotativa)


Marina chorou um rio de lágrimas. (linguagem conotativa)
Parte II

Variação linguística

Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades
linguísticas, as quais representam as variações de acordo com as condições sociais,
culturais, regionais e históricas em que é utilizada. Dentre elas destacam-se:

Variações históricas:

Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do tempo.
Um exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, se levarmos em consideração a
palavra farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se à linguagem
dos internautas, a qual se fundamenta pela supressão do vocábulos.


Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito
prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,
mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam
longos meses debaixo do balaio." Carlos Drummond de Andrade

Variações regionais:

São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões.
Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras
nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade estão os
sotaques, ligados às características orais da linguagem.


Variações sociais ou culturais:

Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de
instrução de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o
linguajar caipira.

As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas, cantores
de rap, tatuadores, entre outros.

Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico.
Representando a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de
informática, dentre outros.

Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor sobre o assunto:··.

Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
CHOPIS CENTIS
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra “mode” a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro
aipim.
Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade é um crediário nas
Casas Bahia.
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns
“rolezinho”,
Quando eu estou no trabalho,
Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
E também o Van Damme.
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)




                                      Literatura de Cordel

Literatura de Cordel é uma modalidade impressa de poesia, original do Nordeste do Brasil, que
já foi muito estigmatizada mas hoje em dia é bem aceita e respeitada, tendo, inclusive, uma
Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Devido ao linguajar despreocupado, regionalizado
e informal utilizado para a composição dos textos essa modalidade de literatura nem sempre foi
respeitada, e já houve até quem declarasse a morte do cordel, mas ainda não foi dessa vez.

A cada dia os textos são mais valorizados por todo o Brasil e pelo mundo. Os textos são
publicados em livretos fabricados praticamente de forma manual pelo próprio autor. Eles têm
geralmente 8 páginas mas podem ter mais, variando entre 8 e 32. As páginas medem 11x16cm
e são comercializadas pelos próprios autores. Há alguns livros publicados, mas no geral a
venda acontece dessa maneira. Leandro Gomes de Barros e João Martins de Atahyde são dois
dentre os primeiros poetas; e estes já possuem livretos publicados por editoras, sendo
vendidos e reeditados constantemente. Não há como contar a quantidade de exemplares, pois
a cada tiragem milhares de exemplares são vendidos.

Assim como muitos itens dos que compõem a nossa cultura, a literatura de cordel tem origem
em Portugal. Os autores das poesias se denominam trovadores e geralmente quando as
declamam são acompanhados por uma viola, que eles mesmos tocam.

Este tipo de literatura marcou também a cultura francesa, espanhola e portuguesa, através dos
trovadores. Estes eram artistas populares que compunham e apresentavam poesias
acompanhadas de viola e muitas vezes com melodia. Se apresentavam para o povo e falavam
da cultura popular da localidade, dos acontecimentos mais falados nas redondezas, de amor,
etc. Assim como no trovadorismo, movimento literário que abriga essa prática, hoje é a
literatura de cordel. Até mesmo as competições entre dois trovadores, com suas violas, é
presenciada hoje por nós e já foi muito praticada nos três países citados, especialmente em
Portugal.
No Brasil prevalece a produção poética, mas em outros locais nota-se a forte presença da
prosa. A forma mais frequentemente utilizada é a redondilha maior, ou seja, o verso de
sete sílabas poéticas. A estrofe mais comum é a de seis versos, chamada sextilha. E o
esquema de rimas mais comum é ABCBDB.

Os temas são os mais variados, indo desde narrativas tradicionais transmitidas pelo povo
oralmente até aventuras, histórias de amor, humor, ficção, e o folheto de caráter jornalístico,
que conta um fato isolado, muitas vezes um boato, modificando-o para torná-lo divertido. Ao
mesmo tempo em que falam de temas religiosos, também falam de temas profanos. Escrevem
de maneira jocosa, mas por vezes retratam realidades desesperadoras. Outra característica é
o uso de recursos textuais como o exagero, os mitos, as lendas, e atualmente o uso
de ironia ou sarcasmo para fazer críticas sociais ou políticas. Usar uma imagem estereotipada
como personagem também é muito comum, às vezes criticando a exclusão social e o
preconceito, às vezes fazendo uso dos mesmos através do humor sarcástico. Além dos temas
“engajados”, se assim podemos chamá-los, há também cordéis que falam de amor,
relacionamentos pessoais, profissionais, cotidiano, personalidades públicas, empresas,
cidades, regiões, etc.

Uma das características desse tipo de produção é a manifestação da opinião do autor a
respeito de algo dentro da sua sociedade. Os cordéis não tem a característica de serem
impessoais ou imparciais, pelo contrário, na maioria das vezes usam várias técnicas de
persuasão e convencimento para que o leitor acate a ideia proposta.

Ai! Se sêsse!…
Autor: Zé da Luz

Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dois se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas porém, se acontecesse
qui São Pêdo não abrisse
as portas do céu e fosse,
te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse
e tu cum insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do céu furasse?…
Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge tôdas fugisse!!!
Parte - III

                                  Figuras de Linguagem

Entre os vários modos de se falar uma língua, existe um que se institui como língua-padrão e
corresponde ao modo de falar das pessoas de mais prestígio dentro do grupo social. É a partir
desse uso que a Gramática determina as normas daquilo que seria “falar corretamente” uma
língua.

Essas normas, estabelecidas pelo uso das pessoas de prestígio e explicitadas pela Gramática,
estão sujeitas ao que a própria Gramática chama de “desvios”, podendo ocorrer pelo
desconhecimento que o falante tem das normas. Isso a Gramática considera como “erro
linguístico” ou “vício de linguagem”.

Entretanto, há quem use esse suposto desvio de maneira intencional. Ou seja, o
falante conhece as regras da Gramática, mas desvia-se delas com o intuito de imprimir
expressividade ao seu discurso. A esse recurso denominamos figuras.

O ramo da Linguística que estuda essa expressividade é a Estilística. Leo Spitzer, linguista,
define como seu objeto de estudo “a organização verbal da obra literária e o modo como o
escritor usa a língua para realizar uma obra de arte”.

As figuras de linguagem são divididas em três tipos pela Gramática:

1. Figuras de palavras ou tropos – ocorre quando um vocábulo adquire um significado novo,
diferente daquele comumente conhecido.

2. Figuras de construção – ocorre quando a lógica da organização frasal é alterada.

3. Figuras de pensamento – ocorre no campo das ideias, imprimindo um sentido novo àquele
convencional.

Em outras palavras, figura de linguagem é uma forma de expressão que consiste no emprego
de palavras ou expressões no sentido figurado, isto é, assumem um sentido diferente daquele
em que são normalmente empregados.
Parte IV

Gênero e tipos textuais


Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis e dinâmicos.
Passemos para uma simples observação histórica do surgimento dos gêneros que revela um
conjunto limitado dos mesmos. Após a invenção da escrita alfabética por volta do século VII
A.C., multiplicam-se os gêneros, surgindo os tipos da escrita; os gêneros expandem-se com o
surgimento da cultura impressa e atualmente a fase denominada cultura eletrônica,
particularmente computador (internet) aparece como uma explosão de novo gênero e forma de
comunicação, tanto na oralidade como na escrita.
Os gêneros textuais caracterizam-se muito mais por suas funções comunicativas; cognitivas e
institucionais, do que por suas peculiaridades linguísticas e estruturais.
Este artigo trás estudos sobre três gêneros textuais relacionados ao meio de comunicação e
analisa-os em sua funcionalidade, apontando aspectos de interesse do educador e do
educando.

                               DEFINIÇÃO E FUNCIONALIDADE.
Muito se tem falado sobre a diferença entre “tipos textuais” e “gêneros textuais”.
Alguns teóricos denominam narração; descrição e dissertação como “modos de organização
textual”, diferenciando-os das terminologias que são considerados “gêneros textuais”.
Partindo desse pressuposto e pautando-se no estudo de Marcuschi definimos a seguir:
Tipos textuais: sequencia definida pela natureza linguística de sua composição (narração,
descrição e dissertação);
Gêneros textuais: são os textos encontrados no nosso cotidiano e apresentam características
sócio-comunicativas (carta pessoal ou comercial, diários, agendas, e-mail, Orkut, lista de
compras, cardápio entre outros).
Com referência a Bakhtin (1997), concluímos que é impossível se comunicar verbalmente a
não ser por um texto e obriga-nos a compreender tanto as características estruturais (como ele
é feito) como as condições sociais (como ele funciona na sociedade).

       TIPOS TEXTUAIS VOLTADOS PARA AS FUNÇÕES SOCIAIS DOS TEXTOS.

Informativos;
Expositivos;
Numerados;
Prescritivos;
Literário;
Argumentativo.
Segundo Bakhtin (1997), os gêneros são tipos relativamente estáveis de enunciados
elaborados pelas mais diversas esferas da atividade humana. Por essa relatividade a que se
refere o autor, pode-se entender que o gênero permite certa flexibilidade quanto à sua
composição, favorecendo uma categorização no próprio gênero, isto é, a criação de um
subgênero.

                          TIPOS TEXTUAIS COMO FERRAMENTA.

Para Bakhtin (1997), quando um indivíduo utiliza a língua, sempre o faz por meio de um tipo de
texto ainda que possa não ter consciência dessas, ou seja, a escolha de um tipo é um dos
passos- se não o primeiro- a ser seguido no processo de comunicação.
Por isso, os tipos textuais podem ser uma ferramenta que está a disposição do falante, sendo
por ele escolhidos da maneira que melhor lhe convém para, no processo de comunicação,
auxiliá-lo na sua expressão linguística.
Tomar um tipo textual como uma estrutura básica normalmente usada em uma determinada
situação o torna uma valiosa “ferramenta” que o falante procura, guia e controla para poder
expressar a função maior da linguagem que é atingir uma comunicação, em maior ou menor
grau argumentativo, ou seja, uma comunicação cujo objetivo é efetivamente alcançado e
concretizado; daí dizer que a argumentação está inscrita no uso da língua.
QUADRO 1 – Tipos de composição textual:

Descrição                    Narração                       Dissertação

                                                            (é um texto de defesa de um
(é um texto narrativo com    (texto narrativo em 1ª ou 3ª
                                                            argumento “tese” que possui
predomínio de verbos de      pessoa que contém enredo,
                                                            introdução, desenvolvimento e
ligação que retratam         conflito, cenário, tempo e
                                                            conclusão; a linguagem é objetiva
detalhadamente               espaço com predomínio de
                                                            prevalecendo à denotação; ele pode
personagens, ambientes e     verbos de ação, portanto o
                                                            ser expositivo ou argumentativo de
objetos).                    diálogo direto é frequente).
                                                            caráter científico).

Retrato de pessoas,          Relato de fatos;               Defesa de um argumento;
ambientes, objetos;
                             Presença de narrador,         Apresentação de uma tese que será
Predomínio de atributos;     personagens, enredo, cenário, defendida;
                             tempo;
Uso de verbos de ligação;                                  Desenvolvimento ou a argumentação;
                             Apresentação de um conflito;
Frequente emprego de                                       Fechamento:
metáforas, comparações e Uso de verbos de ação;
outras figuram de                                          Predomínio da linguagem objetiva;
linguagem;                   Geralmente, é mesclada de
                             descrições;                   Prevalece
Tem como resultado a
imagem física e psicológica. O diálogo direto é frequente. Denotação.




                                        Textos Teatrais

O texto teatral assemelha-se ao narrativo quanto às características, uma vez que o mesmo
se constitui de fatos, personagens e história (o enredo representado), que sempre ocorre em
um determinado lugar, dispostos em uma sequência linear representada pela introdução (ou
apresentação), complicação, clímax e desfecho.

A história em si é retratada pelos atores por meio do diálogo, no qual o objetivo maior pauta-se
por promover uma efetiva interação com o público expectador, onde razão e emoção
se fundem a todo momento, proporcionando prazer e entretenimento.

Pelo fato de o texto teatral ser representado e não contado, ele dispensa a presença do
narrador, pois como anteriormente mencionado, os atores assumem um papel de destaque no
trabalho realizado por meio de um discurso direto em consonância com outros recursos que
tendem a valorizar ainda mais a modalidade em questão, como pausas, mímica, sonoplastia,
gestos e outros elementos ligados à postura corporal.

A questão do tempo difere-se daquele constituído pelo narrativo, pois o tempo da ficção, ligado
à duração do espetáculo, coincide com o tempo da representação.
Parte V –

Hífen

O Hífen é um sinal utilizado sobre/entre algumas letras/palavras para alterar a pronúncia ou
o resultado fonético.


O que mudou com o novo acordo ortográfico

        Quando a palavra termina vogal e o segundo termo começa com “r” ou “s”, passa-se
        a duplicar as consoantes.

Exemplo:

 Interreligioso
 Minissaia
 Microssistema

        Quando o prefixo ou o pseudoprefixo termina em vogal e o segundo termo começa
        com vogal diferente, não se usa o hífen.

Exemplo:

 Extraescolar
 Coeducação
 Autoestrada

        Nas palavras que contem os prefixos dês – e in – e o segundo elemento perdeu o “h”
        inicial:

Exemplos:

 Desumano – (Dês-Humano)
 Inábil – (In-Hábil)
 Desabilitar (Des-Habilitar)




        Nas palavras com o prefixo co-, mesmo quando o 2º palavra começar com a letra “o”

Exemplos:

 Cooperação – (Co-operação)
 Coobrigação – (Co-obrigação)
 Coordenar – (Co-ordenar)
Em certas palavras que com o uso adquiriram noção de composição

Exemplos:

 Pontapé
 Girassol
 Paraquedista




       Em algumas palavras com o advérbio “bem”.

Exemplos:

 Benquerer
 Benquerido

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  • 1. Instituição Assunto Ferraz de Vasconcelos 2012 1
  • 2. Instituição nome Nº PP de Lpl 1º Bimestre Esta pesquisa destina-se a obtenção de nota da disciplina (diciplina) (professor). Ferraz de Vasconcelos 2012
  • 3. SÚMARIO Parte I- Linguagem, língua e fala, Elementos da comunicação, Funções da linguagem e Denotação e conotação. Parte II- Variação linguística e literatura de Cordel. Parte III – Figura de Linguagens. Parte IV – Gêneros e tipos textuais, textos teatrais. Parte V – Uso do Hífen.
  • 4. Parte I LINGUAGEM: é todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de comunicação. Pode ser verbal e não verbal. (a). Verbal: aquela cujos sinais são as palavras (b). Não verbal: aquela que utiliza outros sinais que não as palavras. LIBRAS – Linguagem Brasileira de Sinais, o conjunto dos sinais de trânsito, mímica etc. constituem tipos de linguagem não verbal. LÍNGUA: é um tipo de linguagem; é a única modalidade de linguagem baseado em palavras. O alemão e o português são línguas diferentes. Língua é a linguagem verbal utilizada por um grupo de indivíduos que constitui uma comunidade. FALA: é a realização concreta da língua, feita por um indivíduo da comunidade num determinado momento. É um ato individual que cada membro pode efetuar com o uso da linguagem. NÍVEIS DE LINGUAGEM A linguagem tem normas, princípios que precisam ser obedecidos. Geralmente, achamos que essas regras dizem respeito apenas à gramática normativa. Para a grande maioria das pessoas, expressar-se corretamente em língua portuguesa significa não cometer erros de ortografia, concordância verbal, acentuação etc. Há, no entanto, outro erro, mais comprometedor do que o gramatical, que é o de inadequação de linguagem ao contexto. Em casa ou com amigos, nós empregamos uma linguagem mais informal do que nas provas da escola ou em uma entrevista para emprego. Ao conversar com os avós, não convém utilizar algumas gírias, pois eles poderiam ter dificuldades em nos compreender. Numa dissertação solicitada num vestibular ou um concurso público já precisamos empregar um vocabulário mais formal. Esses fatos nos levam a concluir que existem níveis de linguagem.
  • 5. Vejamos alguns níveis de linguagem: d) NÍVEL FORMAL-CULTO OU PADRÃO: trata-se de uma linguagem mais formal, que segue os princípios da gramática normativa. É empregada na escola, no trabalho, nos jornais e nos livros em geral. Observe este trecho de jornal: A polêmica não é nova, nem deve extinguir-se tão cedo. Afinal qual a legitimidade e o limite do uso de recursos públicos para salvaguardar a integridade do sistema financeiro? (...) (Folha de São Paulo, 14 de março de 1996, Editorial) b) NÍVEL COLOQUIAL-POPULAR: é a linguagem empregada no cotidiano. Geralmente é informal, incorpora gírias e expressões populares e não obedece às regras da gramática normativa. Veja estes exemplos: “Sei lá! Acho que tudo vai ficar legal. Pra que então ficar esquentando muito? Me parece que as coisas no fim sempre dão certo”. Estou preocupado. (norma culta) To preocupado. (língua popular) To grilado. (gíria, limite da língua popular ) c) PROFISSIONAL OU TÉCNICO: é a linguagem que alguns profissionais, como advogados, economistas, médicos, dentistas etc. utilizam no exercício de suas atividades. d) ARTÍSTICO OU LITERÁRIO: é a utilização da linguagem com finalidade expressiva pelos artistas da palavra (poetas e romancistas, por exemplo) alguma gramática já incluem este item na linguagem culta ou padrão. Dominar uma língua, portanto, não significa apenas conhecer normas gramaticais, mas, sobretudo empregar adequadamente essa língua em várias situações do dia-a-dia: na escola, no trabalho, com os amigos, num exame de seleção, no trabalho.
  • 6. Elementos da Comunicação Emissor – o que emite a mensagem. Receptor – o que recebe a mensagem. Mensagem – o conjunto de informações transmitidas. Código – a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem. Canal de Comunicação – por onde a mensagem é transmitida: TV, rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar… Contexto – a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente. Ruído – qualquer perturbação na comunicação. Funções da Linguagem Função Referencial: também chamada de denotativa ou informativa, é quando o objetivo é passar uma informação objetivas e impessoal no texto. É valorizado o objeto ou a situação de que se trata a mensagem sem manifestações pessoais ou persuasivas. Função expressiva: também chamada de emotiva, passa para o texto marcas de atitudes pessoais como emoções, opiniões, avaliações. Na função expressiva, o emissor ou destinador é o produtor da mensagem. O produtor mostra que está presente no texto mostrando aos olhos de todos seus pensamentos. Função conativa: é quando a mensagem do texto busca seduzir, envolver o leitor levando-o a adotar um determinado comportamento. Na função conativa a presença do receptor está marcada sempre por pronomes de tratamento ou da segunda pessoa e pelo uso do imperativo e do vocativo. Função fática: é o canal por onde a mensagem caminha de quem a escreve para quem a recebe. Também designa algumas formas que se usa para chamar atenção. Função metalinguística: é quando a linguagem fala de si própria. Predominam em análises literárias, interpretações e críticas diversas.
  • 7. Função poética: é usada para despertar a surpresa e prazer estético. É elaborada de forma imprevista e inovadora. Denotação e conotação A Conotação: é uma palavra que tem significado distinto do original. Exemplo: Hoje estou em um mar de rosas. A Denotação: A palavra é usada em seu próprio significado. Ex: O mar e as rosas são lindos. Toda palavra ou signo abrange duas faces: Significado: que é o aspecto conceitual; corresponde a uma imagem mental abstrata. Significante: que é o aspecto concreto; corresponde a imagem acústica ou gráfica. Quando não sabemos o significado de uma palavra, a significação torna-se incompleta, pois só conhecemos o significante. Ao unir a palavra ao seu significado, ela deixará de ser apenas um conjunto sonoro ou gráfico (significante). Existe uma pluralidade de significados, chamada polissemia, pois podemos atribuir a uma palavra mais de um significado, ou seja, uma palavra pode adquirir sentidos diferentes dependendo do contexto em que é empregada. Ao escrever, utilizamos o significado das palavras para expressar nossas ideias. Quando o propósito for escrever um texto objetivo, devemos usar uma linguagem denotativa, na qual o significado é encontrado no dicionário. Quando escrevemos um texto em que pretendemos colocar nossas ideias emotivas e subjetivas, utilizamos a linguagem conotativa, na qual transfere o significado real da palavra para um sentido figurado. Exemplo: Por causa da chuva o rio da cidade transbordou. (linguagem denotativa) Marina chorou um rio de lágrimas. (linguagem conotativa)
  • 8. Parte II Variação linguística Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais representam as variações de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. Dentre elas destacam-se: Variações históricas: Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, se levarmos em consideração a palavra farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se à linguagem dos internautas, a qual se fundamenta pela supressão do vocábulos. Antigamente “Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio." Carlos Drummond de Andrade Variações regionais: São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade estão os sotaques, ligados às características orais da linguagem. Variações sociais ou culturais: Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira. As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros. Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de informática, dentre outros. Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor sobre o assunto:··. Vício na fala Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados. Oswald de Andrade
  • 9. CHOPIS CENTIS Eu “di” um beijo nela E chamei pra passear. A gente fomos no shopping Pra “mode” a gente lanchar. Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim. Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro aipim. Quanta gente, Quanta alegria, A minha felicidade é um crediário nas Casas Bahia. Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho. Pra levar a namorada e dar uns “rolezinho”, Quando eu estou no trabalho, Não vejo a hora de descer dos andaime. Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger E também o Van Damme. (Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.) Literatura de Cordel Literatura de Cordel é uma modalidade impressa de poesia, original do Nordeste do Brasil, que já foi muito estigmatizada mas hoje em dia é bem aceita e respeitada, tendo, inclusive, uma Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Devido ao linguajar despreocupado, regionalizado e informal utilizado para a composição dos textos essa modalidade de literatura nem sempre foi respeitada, e já houve até quem declarasse a morte do cordel, mas ainda não foi dessa vez. A cada dia os textos são mais valorizados por todo o Brasil e pelo mundo. Os textos são publicados em livretos fabricados praticamente de forma manual pelo próprio autor. Eles têm geralmente 8 páginas mas podem ter mais, variando entre 8 e 32. As páginas medem 11x16cm e são comercializadas pelos próprios autores. Há alguns livros publicados, mas no geral a venda acontece dessa maneira. Leandro Gomes de Barros e João Martins de Atahyde são dois dentre os primeiros poetas; e estes já possuem livretos publicados por editoras, sendo vendidos e reeditados constantemente. Não há como contar a quantidade de exemplares, pois a cada tiragem milhares de exemplares são vendidos. Assim como muitos itens dos que compõem a nossa cultura, a literatura de cordel tem origem em Portugal. Os autores das poesias se denominam trovadores e geralmente quando as declamam são acompanhados por uma viola, que eles mesmos tocam. Este tipo de literatura marcou também a cultura francesa, espanhola e portuguesa, através dos trovadores. Estes eram artistas populares que compunham e apresentavam poesias acompanhadas de viola e muitas vezes com melodia. Se apresentavam para o povo e falavam da cultura popular da localidade, dos acontecimentos mais falados nas redondezas, de amor, etc. Assim como no trovadorismo, movimento literário que abriga essa prática, hoje é a literatura de cordel. Até mesmo as competições entre dois trovadores, com suas violas, é presenciada hoje por nós e já foi muito praticada nos três países citados, especialmente em Portugal.
  • 10. No Brasil prevalece a produção poética, mas em outros locais nota-se a forte presença da prosa. A forma mais frequentemente utilizada é a redondilha maior, ou seja, o verso de sete sílabas poéticas. A estrofe mais comum é a de seis versos, chamada sextilha. E o esquema de rimas mais comum é ABCBDB. Os temas são os mais variados, indo desde narrativas tradicionais transmitidas pelo povo oralmente até aventuras, histórias de amor, humor, ficção, e o folheto de caráter jornalístico, que conta um fato isolado, muitas vezes um boato, modificando-o para torná-lo divertido. Ao mesmo tempo em que falam de temas religiosos, também falam de temas profanos. Escrevem de maneira jocosa, mas por vezes retratam realidades desesperadoras. Outra característica é o uso de recursos textuais como o exagero, os mitos, as lendas, e atualmente o uso de ironia ou sarcasmo para fazer críticas sociais ou políticas. Usar uma imagem estereotipada como personagem também é muito comum, às vezes criticando a exclusão social e o preconceito, às vezes fazendo uso dos mesmos através do humor sarcástico. Além dos temas “engajados”, se assim podemos chamá-los, há também cordéis que falam de amor, relacionamentos pessoais, profissionais, cotidiano, personalidades públicas, empresas, cidades, regiões, etc. Uma das características desse tipo de produção é a manifestação da opinião do autor a respeito de algo dentro da sua sociedade. Os cordéis não tem a característica de serem impessoais ou imparciais, pelo contrário, na maioria das vezes usam várias técnicas de persuasão e convencimento para que o leitor acate a ideia proposta. Ai! Se sêsse!… Autor: Zé da Luz Se um dia nós se gostasse; Se um dia nós se queresse; Se nós dois se impariásse, Se juntinho nós dois vivesse! Se juntinho nós dois morasse Se juntinho nós dois drumisse; Se juntinho nós dois morresse! Se pro céu nós assubisse? Mas porém, se acontecesse qui São Pêdo não abrisse as portas do céu e fosse, te dizê quarqué toulíce? E se eu me arriminasse e tu cum insistisse, prá qui eu me arrezorvesse e a minha faca puxasse, e o buxo do céu furasse?… Tarvez qui nós dois ficasse tarvez qui nós dois caísse e o céu furado arriasse e as virge tôdas fugisse!!!
  • 11. Parte - III Figuras de Linguagem Entre os vários modos de se falar uma língua, existe um que se institui como língua-padrão e corresponde ao modo de falar das pessoas de mais prestígio dentro do grupo social. É a partir desse uso que a Gramática determina as normas daquilo que seria “falar corretamente” uma língua. Essas normas, estabelecidas pelo uso das pessoas de prestígio e explicitadas pela Gramática, estão sujeitas ao que a própria Gramática chama de “desvios”, podendo ocorrer pelo desconhecimento que o falante tem das normas. Isso a Gramática considera como “erro linguístico” ou “vício de linguagem”. Entretanto, há quem use esse suposto desvio de maneira intencional. Ou seja, o falante conhece as regras da Gramática, mas desvia-se delas com o intuito de imprimir expressividade ao seu discurso. A esse recurso denominamos figuras. O ramo da Linguística que estuda essa expressividade é a Estilística. Leo Spitzer, linguista, define como seu objeto de estudo “a organização verbal da obra literária e o modo como o escritor usa a língua para realizar uma obra de arte”. As figuras de linguagem são divididas em três tipos pela Gramática: 1. Figuras de palavras ou tropos – ocorre quando um vocábulo adquire um significado novo, diferente daquele comumente conhecido. 2. Figuras de construção – ocorre quando a lógica da organização frasal é alterada. 3. Figuras de pensamento – ocorre no campo das ideias, imprimindo um sentido novo àquele convencional. Em outras palavras, figura de linguagem é uma forma de expressão que consiste no emprego de palavras ou expressões no sentido figurado, isto é, assumem um sentido diferente daquele em que são normalmente empregados.
  • 12. Parte IV Gênero e tipos textuais Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis e dinâmicos. Passemos para uma simples observação histórica do surgimento dos gêneros que revela um conjunto limitado dos mesmos. Após a invenção da escrita alfabética por volta do século VII A.C., multiplicam-se os gêneros, surgindo os tipos da escrita; os gêneros expandem-se com o surgimento da cultura impressa e atualmente a fase denominada cultura eletrônica, particularmente computador (internet) aparece como uma explosão de novo gênero e forma de comunicação, tanto na oralidade como na escrita. Os gêneros textuais caracterizam-se muito mais por suas funções comunicativas; cognitivas e institucionais, do que por suas peculiaridades linguísticas e estruturais. Este artigo trás estudos sobre três gêneros textuais relacionados ao meio de comunicação e analisa-os em sua funcionalidade, apontando aspectos de interesse do educador e do educando. DEFINIÇÃO E FUNCIONALIDADE. Muito se tem falado sobre a diferença entre “tipos textuais” e “gêneros textuais”. Alguns teóricos denominam narração; descrição e dissertação como “modos de organização textual”, diferenciando-os das terminologias que são considerados “gêneros textuais”. Partindo desse pressuposto e pautando-se no estudo de Marcuschi definimos a seguir: Tipos textuais: sequencia definida pela natureza linguística de sua composição (narração, descrição e dissertação); Gêneros textuais: são os textos encontrados no nosso cotidiano e apresentam características sócio-comunicativas (carta pessoal ou comercial, diários, agendas, e-mail, Orkut, lista de compras, cardápio entre outros). Com referência a Bakhtin (1997), concluímos que é impossível se comunicar verbalmente a não ser por um texto e obriga-nos a compreender tanto as características estruturais (como ele é feito) como as condições sociais (como ele funciona na sociedade). TIPOS TEXTUAIS VOLTADOS PARA AS FUNÇÕES SOCIAIS DOS TEXTOS. Informativos; Expositivos; Numerados; Prescritivos; Literário; Argumentativo. Segundo Bakhtin (1997), os gêneros são tipos relativamente estáveis de enunciados elaborados pelas mais diversas esferas da atividade humana. Por essa relatividade a que se refere o autor, pode-se entender que o gênero permite certa flexibilidade quanto à sua composição, favorecendo uma categorização no próprio gênero, isto é, a criação de um subgênero. TIPOS TEXTUAIS COMO FERRAMENTA. Para Bakhtin (1997), quando um indivíduo utiliza a língua, sempre o faz por meio de um tipo de texto ainda que possa não ter consciência dessas, ou seja, a escolha de um tipo é um dos passos- se não o primeiro- a ser seguido no processo de comunicação. Por isso, os tipos textuais podem ser uma ferramenta que está a disposição do falante, sendo por ele escolhidos da maneira que melhor lhe convém para, no processo de comunicação, auxiliá-lo na sua expressão linguística. Tomar um tipo textual como uma estrutura básica normalmente usada em uma determinada situação o torna uma valiosa “ferramenta” que o falante procura, guia e controla para poder expressar a função maior da linguagem que é atingir uma comunicação, em maior ou menor grau argumentativo, ou seja, uma comunicação cujo objetivo é efetivamente alcançado e concretizado; daí dizer que a argumentação está inscrita no uso da língua.
  • 13. QUADRO 1 – Tipos de composição textual: Descrição Narração Dissertação (é um texto de defesa de um (é um texto narrativo com (texto narrativo em 1ª ou 3ª argumento “tese” que possui predomínio de verbos de pessoa que contém enredo, introdução, desenvolvimento e ligação que retratam conflito, cenário, tempo e conclusão; a linguagem é objetiva detalhadamente espaço com predomínio de prevalecendo à denotação; ele pode personagens, ambientes e verbos de ação, portanto o ser expositivo ou argumentativo de objetos). diálogo direto é frequente). caráter científico). Retrato de pessoas, Relato de fatos; Defesa de um argumento; ambientes, objetos; Presença de narrador, Apresentação de uma tese que será Predomínio de atributos; personagens, enredo, cenário, defendida; tempo; Uso de verbos de ligação; Desenvolvimento ou a argumentação; Apresentação de um conflito; Frequente emprego de Fechamento: metáforas, comparações e Uso de verbos de ação; outras figuram de Predomínio da linguagem objetiva; linguagem; Geralmente, é mesclada de descrições; Prevalece Tem como resultado a imagem física e psicológica. O diálogo direto é frequente. Denotação. Textos Teatrais O texto teatral assemelha-se ao narrativo quanto às características, uma vez que o mesmo se constitui de fatos, personagens e história (o enredo representado), que sempre ocorre em um determinado lugar, dispostos em uma sequência linear representada pela introdução (ou apresentação), complicação, clímax e desfecho. A história em si é retratada pelos atores por meio do diálogo, no qual o objetivo maior pauta-se por promover uma efetiva interação com o público expectador, onde razão e emoção se fundem a todo momento, proporcionando prazer e entretenimento. Pelo fato de o texto teatral ser representado e não contado, ele dispensa a presença do narrador, pois como anteriormente mencionado, os atores assumem um papel de destaque no trabalho realizado por meio de um discurso direto em consonância com outros recursos que tendem a valorizar ainda mais a modalidade em questão, como pausas, mímica, sonoplastia, gestos e outros elementos ligados à postura corporal. A questão do tempo difere-se daquele constituído pelo narrativo, pois o tempo da ficção, ligado à duração do espetáculo, coincide com o tempo da representação.
  • 14. Parte V – Hífen O Hífen é um sinal utilizado sobre/entre algumas letras/palavras para alterar a pronúncia ou o resultado fonético. O que mudou com o novo acordo ortográfico Quando a palavra termina vogal e o segundo termo começa com “r” ou “s”, passa-se a duplicar as consoantes. Exemplo: Interreligioso Minissaia Microssistema Quando o prefixo ou o pseudoprefixo termina em vogal e o segundo termo começa com vogal diferente, não se usa o hífen. Exemplo: Extraescolar Coeducação Autoestrada Nas palavras que contem os prefixos dês – e in – e o segundo elemento perdeu o “h” inicial: Exemplos: Desumano – (Dês-Humano) Inábil – (In-Hábil) Desabilitar (Des-Habilitar) Nas palavras com o prefixo co-, mesmo quando o 2º palavra começar com a letra “o” Exemplos: Cooperação – (Co-operação) Coobrigação – (Co-obrigação) Coordenar – (Co-ordenar)
  • 15. Em certas palavras que com o uso adquiriram noção de composição Exemplos: Pontapé Girassol Paraquedista Em algumas palavras com o advérbio “bem”. Exemplos: Benquerer Benquerido