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    FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
    FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS


               GISELE LEMES BIZO
         PEDRO LUIS CONDI BERGAMASCO
              VANESSA GRASSATO




INTERFERÊNCIA DA SAÚDE PÚBLICA NA MELHORA DA
 EXPECTATIVA DE VIDA NO MUNICÍPIO DE ÁLVARES
                  FLORENCE




                 FERNANDÓPOLIS
                     2011
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               GISELE LEMES BIZO
         PEDRO LUIS CONDI BERGAMASCO
              VANESSA GRASSATO




INTERFERÊNCIA DA SAÚDE PÚBLICA NA MELHORA DA
 EXPECTATIVA DE VIDA NO MUNICÍPIO DE ÁLVARES
                  FLORENCE


                    Monografia apresentada à FEF – Fundação
                    educacional de Fernandópolis - como requisito
                    parcial para obtenção de título de bacharel em
                    Farmácia

                    Orientador: Professor MSc. Roney Eduardo
                    Zaparoli




                 FERNANDÓPOLIS
                      2011
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                            GISELE LEMES BIZO
                   PEDRO LUIS CONDI BERGAMASCO
                           VANESSA GRASSATO




  INTERFERÊNCIA DA SAÚDE PÚBLICA NA MELHORA DA
    EXPECTATIVADE VIDA NO MUNICÍPIO DE ÁLVARES
                                 FLORENCE




                                    Monografia apresentada à FEF – Fundação
                                    educacional de Fernandópolis - como requisito
                                    parcial para obtenção de título de bacharel em
                                    Farmácia
Aprovado: ___/___/2011




Examinadores:


________________________________
Prof. Esp.Vanessa Maira Rizzato Silveira




_______________________
Prof. Maria Lais Devolio
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Aos meus pais Osvaldo e Elaine que me
proporcionaram esta grande conquista que hoje
me faz tão feliz.


                                       Gisele




A meus pais que são a razão da minha vida. A
luz dos meus olhos, o ar que respiro o sangue
que corre em minhas veias. O mundo, meus
pais, é mais bonito porque vocês existem. Amo
vocês hoje e sempre.
As minhas amigos de sala, pelos momentos
maravilhosos que passamos juntas ao longo
deste curso e pela força que demos umas as
outras nessa caminhada. Vocês são demais!


                                       Pedro




Dedico este trabalho a minha mãe Ivone, por
ser tão carinhosa e amiga, por ser a pessoa
que mais me apóia e acredita na minha
capacidade. A você só tenho a agradecer pela
dedicação e confiança em mim depositada, e
pelo grande exemplo que és. A você que não
mediu esforços para que eu chegasse até aqui.
Obrigada pelo incentivo, pela paciência e por
toda a sua disposição. Amo muito você minha
MÃE.
                                    Vanessa
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                           AGRADECIMENTOS


                Agradeço á Deus por cumprir a promessa feita a mim, por ter me
dado a chance de ser aquilo que escolhi, por ter confiado a mim o dom de cuidar e
me dar forças nos momentos difíceis e me tornar capaz de realizar meus sonhos.
Enfim não há palavras que agradeça um ser tão grandioso como meu Deus!
                Ao orientador Roney Eduardo Zaparoli, pela atenção, dedicação,
competência e pelo carinho que teve com a gente todos os momentos de duvidas.
Muito Obrigado!
                                                                          Gisele


                Agradeço em primeiro lugar à minha mãe e meu pai que me
apoiaram incessantemente na realização deste curso e deste trabalho, a meu
orientador e meus professores que também contribuíram na realização do mesmo,
me auxiliando para que ele fosse concluído com afinco e objetividade, e ainda a
todos os educadores que trabalham a linguagem social e colaboraram para que
este trabalho fosse concluído.
                                                                           Pedro


                A Deus, que está acima de todas as coisas deste mundo,
concebendo sempre os nossos desejos e vontades. Por ter me dado forças e
iluminando meu caminho para que pudesse concluir mais uma etapa da minha vida.
                Ao meu pai Julio, pela sua determinação e por seu caráter
batalhador, me ensinando sempre a percorrer os caminhos com dignidade. Ao meu
irmão Rafael, pela paciência e por sempre estar do meu lado. A minha avó Olga
pela preocupação e pelo carinho que tem comigo.
                Amo meu orientador, professor Roney, pela paciência, pelo
ensinamento e dedicação dispensados no auxílio à concretização dessa monografia.
Muito obrigada a todos vocês.
                                                                         Vanessa
4




“Senhor fez a terra produzir medicamentos: o
homem sensato não os despreza. O altíssimo
deu-lhe a ciência da medicina para ser honrado
em suas maravilhas; e dela se serve para
acalmar as dores e curá-las, o farmacêutico faz
misturas agradáveis compõem ungüentos úteis
a saúde, e seu trabalho não terminarão, até
que a paz se estenda sobre a face da terra”.
                              Ecle: 38; 4, 6,8.
5



                                   RESUMO



Analisando os índices apontados pela pesquisa realizada no Município de Álvares
Florence pelo Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) sobre três
componentes: riqueza, longevidade e escolaridade percebemos que a cidade foi
classificada como uma das piores em expectativa de vida no estado de São Paulo.
Com o intuito de entender o que a gestão municipal tem realizado e quais fatores
favoreceram esse mau desempenho foi realizada uma pesquisa bibliográfica
passando pela história da saúde pública no Brasil e retratando aspectos da Atenção
farmacêutica e PSF. Dando ênfase, aos aspectos que contribuem para o
atendimento de qualidade na farmácia e na saúde foi realizada uma pesquisa de
campo, fazendo uma análise sobre esses dados. Assim, constatamos através da
pesquisa que o município de Álvares Florence possui indicadores de qualidade tanto
no atendimento, quanto na dispensação de medicamentos e também na aplicação
de recursos com atividades sociais. Concluímos também que ter sido classificada
como uma das piores cidades em saúde pública do estado de São Paulo, não tem
como indicadores o atendimento aos pacientes em todas as áreas e nem a
dispensação de medicamentos, mas sim a falta de informação dos pacientes para
com os programas oferecidos e um fato isolado de morte natural de um nascituro
que em análise gera uma grande perda para o município por ser constituído de
poucos habitantes.




Palavras-chaves: Atenção Farmacêutica. Expectativa de vida. Qualidade de vida.
Unidade Básica de Saúde.
6



                                    ABSTRACT




Analyzing the contents found in the survey conducted in the Municipaity of Florence
by Alvares Paulista Social Responsability Index (IPRS) on three components: ealth,
longevity and education realize that the city was ranked as one of the worst in life
expectancy in the state of São Paulo. In order to understand what the municipal
administration has done and what factors favored this performance was conducted a
literature searchthrough the history of public health in Brazil and portrayingaspects of
pharmaceutical care and FHP. Giving emphasis to the aspects that contrubute to
quality care at the pharmacy and health was held in a field, making an analysis of
these data. Thus, we found through research that the City of Florence has Alvares
sindicators of quality both in attendance, as in dispensing drugsand also the
application of resourcer with social activities. We also conclude that have been
classified as one of the worrst cities in the health state of São Paulo, has no way of
patient careindicators in all areas and not dispensing of medications, but the lack of
information for patientes with programs offered and anisolated event of natural death
of an unborn child in analysis that generates a great loss to the council to be
composed of few inhabitants




Keywords: Pharmaceutical Care. Life expectancy. Quality of life. The Basic Health
7



                                              LISTA DE FIGURAS


Figura 1 – Unidade de saúde ................................................................................... 31
Figura 2 - O medicamento prescrito na rede pública é encontrado na farmácia? .... 35

Figura 3 - Avaliação da farmácia pública pelas pessoas que encontraram
medicamento na farmácia, não encontraram e encontraram ás vezes. .................... 36

Figura 4 - Pacientes adultos e idosos que fazem uso de medicamento contínuo ... 37

Figura 5 - Classificação dos medicamentos de uso contínuo divididos em adultos e
idosos ........................................................................................................................ 37

Figura 6 - Tem recursos no município que são oferecidos aos jovens, idosos para
evitar o sedentarismo e para que a expectativa de vida melhore?............................ 38

Figura 7 - Tem conhecimento do atendimento oferecido pela unidade de saúde deo
município? ................................................................................................................. 39

Figura 8 - Qual tipo de atendimento é prestado pela Unidades de saúde? ............. 40
8



                          LISTA DE SIGLAS


CEME     Central de Medicamentos

CFF      Conselho Federal de Farmácia

COMARE   Comissão Técnica e Multidisciplinar de Atualização da Relação
         Nominal de Medicamentos Essenciais.

FTN      Formulário Terapêutico Nacional

IBGE     Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

INAMPS   Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social

NOB      Norma Operacional Básica

OMS      Organização Mundial de Saúde

OPAS     Organização Pan-Americana de Saúde

PACS     Programa de Agentes Comunitários da Saúde

PSF      Programa de Saúde da Família

REMUME   Relação Municipal de Medicamentos

RENAME   Relação Nacional de Medicamentos Essenciais

SUS      Sistema Único de Saúde
9



                                                     SUMÁRIO


INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10

1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 12

1.1 História da Saúde Pública no Brasil ................................................................ 12

1.2 Surgimento e funcionamento do SUS no sistema de saúde do Brasil ......... 13

1.3 Príncipios do SUS e os direitos dos usuários ................................................ 14

1.4 A assistência farmacêutica no Brasil .............................................................. 16

1.5 Política Nacional dos Medicamentos............................................................... 19

1.6 Contexto do SUS - atenção farmacêutica ....................................................... 20

1.6.1 A reorientação da assistência farmacêutica ..................................................... 20

1.7 Definições de atenção farmacêutica................................................................ 24

1.8 Programa da Saúde da Família (PSF) .............................................................. 26

1.8.1 Formação e responsabilidades da equipe do PSF ........................................... 28

1.9 saúde pública e expectativa de vida no município de Álvares Florence...... 30

1.9.1 Município .......................................................................................................... 30

1.9.2 Saúde ............................................................................................................... 30

2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 33

2.1 Objetivo geral .................................................................................................... 33

2.2 Objetivos específicos........................................................................................ 33

3 MATERIAL E MÉTODO ........................................................................................ 34

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 35

5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 41

REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 43

APÊNDICE ................................................................................................................ 46
10



INTRODUÇÃO



        Atualmente, no Brasil, a questão da saúde pública tem sido artigo de muitas
discussões e debates nos últimos anos, ressaltando a questão de atendimento,
medicamentos utilizados e infra-estrutura das unidades de atendimento. O processo
de mudança em relação à saúde anda a passos lentos e devido a isso muitos são
afetados pela falta de orientação e o próprio atendimento.
        A temática da saúde pública e expectativa de vida      tem sido objeto de
importantes estudos na Ciências Sociais e Humanas, principalmente no campo da
Farmácia, sendo um assunto complexo e que necessita de muita sensibilização por
parte dos atores envolvidos como os agentes de saúdes, médicos, farmacêuticos e
principalmente seus clientes que são os cidadãos
        Muitos recursos e ações são repassados como RENAME, REMUME e SUS
até o momento se mostram insuficientes e em detrimento com a saúde poucas
ações sociais são feitas para que as pessoas tenham uma vida de qualidade.
        A mudança e o progresso do atendimento e melhoria de condições estão
acontecendo a longo prazo no Âmbito de Saúde Pública, mas pode ser feito a
diferença nas unidades quando o próprio farmacêutico contribui para um melhor
atendimento.
        Podemos ressaltar que apesar de todos terem o direito perante a
constituição de estar incluídos socialmente e terem um atendimento de qualidade,
são poucos os que têm essa oportunidade, principalmente pela falta de atendimento
especializado em nosso país.
        A pesquisa tem como objetivo geral discutir sobre o atendimento que é
prestado aos cidadãos de Àlvares Florence na questão de saúde pública e entender
os motivos que levaram a cidade a ter o pior índice de expectativa de vida entre
todos os municípios do estado de São Paulo.
        Os objetivos específicos foram: apresentar dados sobre a Saúde Pública no
Brasil e estado de São Paulo; abordar a história do município de Àlvares Florence e
verificar o atendimento na farmácia e na unidade de saúde e os motivos que possa
ter sugerido mau desempenho na pesquisa sobre a saúde pública – expectativa de
vida.
11



       A metodologia utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica e pesquisa
de campo.
       Abordaremos o caminho percorrido até os dias atuais sobre a Saúde Pública
no Brasil, em que veremos o progresso e os problemas que o país, o estado e o
município de Álvares Florence ainda passam.
       Abordaremos a história do município de Álvares Florence, os recursos que o
município oferece e como ele atua em oferecer subsídios para a população em
relação à saúde, destacaremos as ações e atenção farmacêutica exercida no
município.
       Focamos em uma pesquisa direcionada aos moradores, para entendermos a
opinião dos moradores quanto aos subsídios que lhes são oferecidos e investigar o
real problema que levou a cidade a estar entre as últimas em expectativa de vida do
Estado de São Paulo.
12



1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA



1.1 História da saúde pública no Estado de São Paulo E Brasil




      No dia dezenove de Fevereiro de 2001 a Assembléia Legislativa criou em
parceria com a fundação Seade criou a Índice Paulista de Responsabilidade Social
(IPRS) com o objetivo de a cada dois anos avaliarem três indicadores que podem
ser modificados conforme a qualidade da gestão municipal (riqueza, escolaridade e
longevidade da população) (Lei nº10.705/2001).
      O IPRS aponta como potencialidades as informações socioeconômicas
padronizadas juntamente com um sistema de indicadores consistente e atualizado,
incentiva a busca de soluções para problemas e competição saudável no intuito de
melhorar a condição de vida da população (IPRS,2011).
      Os componentes pesquisados pelo IPRS (2011) e apontados na pesquisa
realizada a cada dois anos são:
                    Riqueza: Consumo residencial de energia elétrica (44%),
                    Consumo de energia elétrica na agricultura, no comércio e nos
                    serviços (23%) Remuneração média dos empregados com
                    carteira assinada (19%) Valor adicionado fiscal per capita
                    (14%)
                    Longevidade: taxa de mortalidade infantil (30%) Taxa de
                    mortalidade perinatal (30%) Taxa de mortalidade das pessoas
                    de 15 a 39 anos (20%) Taxa de mortalidade das pessoas de 60
                    anos e mais (20%)
                    Escolaridade: porcentagem de jovens de 15 a 17 anos com
                    ensino fundamental completo (36%)% de jovens de 15 a 17
                    anos com pelo menos quatro anos de estudo (8%) de jovens
                    de 18 a 19 anos com ensino médio completo (36%) de crianças
                    de 5 a 6 anos que freqüentam pré-escola (20%) (IPRS, 2011).


       Dessa forma esses componentes foram avaliados na última pesquisa
realizada no município de Álvares Florence e classificou o município como um dos
três piores em expectativa de vida do Estado de São Paulo.
       Portanto refletindo sobre a repercussão dos índices e da expectativa de vida
de 48 anos apontada na pesquisa percebe-se a necessidade de responder as
indagações dos moradores quanto ao assunto destacado procurando soluções e
entendimento sobre o assunto partindo da própria história da saúde no Brasil para
mais a frente compreendermos a situação atual do município de Álvares Florence.
13



1.2 Surgimento e funcionamento do SUS no sistema de saúde do Brasil




        O SUS (Sistema Único de Saúde) conhecido no Brasil, foi criado pela
Constituição Federal de 1988 e regulamentando pelas Leis nº 8080/90 (Lei Orgânica
da Saúde) e nº 8142/90, esse projeto na área da saúde pública foi estabelecido com
o objetivo de diminuir a desigualdade social no sentido de dar assistência à saúde
da população. Dessa forma, todo ser humano passa ater o direito de ser atendido de
forma obrigatória em sistemas públicos, sem a cobrança de qualquer valor.
        O Sistema Único de Saúde tem por objetivo atender todos os cidadãos, esse
projeto é custeado pelos recursos que são advindos de impostos e contribuições que
as pessoas pagam e são destinados ao governo Federal, Estadual e Municipal.
        Como todas as políticas públicas tudo que é proposto passa por adaptações
reflexões para que seja desenvolvida da melhor qualidade, dessa forma isso
também acontece com o SUS que exige mudanças complexas e como parte de
uma Reforma da Saúde é um processo que estará sempre em aperfeiçoamento e
adaptação (RODRIGUEZ NETO, 1994).
        Uma das metas do SUS é promover a equidade no atendimento das
necessidades de saúde da população, trazendo aos usuários um atendimento de
qualidade, que apresentem fatores ligados a necessidades sem se preocupar com a
qualificação social de seu cliente.
        Dentro do programa estabelecido pelo Sistema único de saúde – SUS está
priorizado a promoção da saúde em qualquer esfera, através de ações que previnam
e ressalte as orientações, dando a população o direito de saber sobre os riscos que
compõem a sua saúde e seus direitos perante a sociedade. Cabe ao SUS
desenvolver ações que controlem a existência de doenças, a qualidade de
medicamentos, alimentação e higiene para o atendimento ao público, deixando
esses aspectos aos responsáveis pela Vigilância Epidemiológica.
        Em muitas regiões só o atendimento prestado pelo setor público não garante
o atendimento necessário a população, dessa forma seguindo a determinação da
constituição federal pode complementar as ofertas com o serviço realizado pelo
setor privado, criando contratos e convênios de prestação de serviço ao estado.
14



           Dentre os serviços privados, devem ter preferência os serviços não
lucrativos (hospitais Filantrópicos - Santas Casas), conforme determina a
Constituição.
           Nos últimos anos, os relatos mostram que o SUS tem tido um papel
importante na promoção da saúde, mas não suficiente para o atendimento
qualificado aos usuários. Um dos problemas está no sub-financiamento como
descreve a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29 e sem dúvida a
participação efetiva da receita pública que deveria ofertar a saúde pública de forma
correta.
           Muitos aspectos estão envolvidos nas mudanças que o sistema deveria
fazer para prestar um serviço de qualidade, fortalecer a rede pública, promover uma
gestão eficiente e eficaz através de profissionalização, políticas efetivas de
valorização dos profissionais da área, fortalecimento da participação da sociedade
como um todo, desse modo a base de sustentação do SUS que são seus agentes
que trabalham em favor da população estaria mais sólida.
           Tais mudanças já estão no projeto SUS desde o início de sua criação e
precisam ser estudadas e reelaboradas para que os usuários não sejam
prejudicados.




1.3 Princípios do SUS e os direitos dos usuários




           O Sistema único de saúde oferece em todo país um único padrão de
organização e mesmo regimento, dentro desse padrão são ressaltados alguns
elementos essenciais no atendimento a população como a universalização,
equidade, integralidade, descentralização, e participação popular. Embora o SUS
estabeleça um sistema único em toda a sua organização, esse sistema é adaptado
as peculiaridades de cada região e os elementos que determinam esse processo.
           Analisando o processo da história da saúde no Brasil percebemos que os
princípios que regem o SUS são necessários para um ajuste e um direito a ser
exercido para a população.
           Destacamos o princípio da Universalidade podemos dizer que por muito
tempo no Brasil poucos tinham direito ao atendimento a saúde, com a criação do
15



SUS, as pessoas passaram a ter esse direito de atendimento independente de cor,
raça, religião, local de moradia, situação de emprego ou renda, etc. Governos
Municipais, estaduais e federais tiveram que dar a oportunidade de todos os
cidadãos garantirem o seu direito a saúde na promoção da cidadania.
        Ressaltando o princípio da equidade, o SUS procura diminuir a desigualdade
mesmo sabendo que as diferenças e necessidades das pessoas são variadas e que
se deve estar atento onde a necessidade é maior, ou seja, trabalhar para que haja
uma justiça social.
        Fortalecendo o exercício pleno do projeto SUS, a descentralização como
princípio básico passa a distribuir as responsabilidades e ações a serem tomadas,
provocando uma organização do trabalho para que a eficácia seja uma
constante.Baseado na Lei 8.080/90 e as NOBs (Norma Operacional Básica do
Ministério da Saúde) que se seguiram definem precisamente o que é obrigação
de cada esfera de governo.
        Para finalizar o princípio que é essencial na vida de todos para assegura um
atendimento de qualidade é a Participação popular, onde a sociedade tem o direito e
o dever através de suas entidades representativas participarem do processo de
formulação das políticas de saúde e do controle de sua execução, em todos os
níveis desde o federal até o local.
        Para respaldar o Sistema Único de Saúde além de seus princípios que
regem o direito a saúde pública de todo ser humano foi elaborada uma carta em
consenso com as esferas de poder público Federal, Estadual e Municipal e pelo
Conselho Nacional de Saúde. Esta carta serve para que se possam conhecer alguns
dos direitos dos usuários na hora de procurar atendimento de saúde.
        Tais direitos estão assegurados em lei desde 1990 e regem a seguinte
notificação:


                      1- Todo cidadão tem direito de ser atendido com ordem e
                      organização: Quem estiver em estado grave e/ou em maior
                      sofrimento precisa ser atendido primeiro; É garantido a todos o fácil
                      acesso aos postos de saúde, especialmente para portadores de
                      deficiência, gestantes e idosos. 2- Todo cidadão tem direito a ter
                      atendimento com qualidade: Tem o direito de receber informações
                      claras sobre seu estado de saúde, juntamente com seus parentes;
                      Também tem direito a anestesia e a remédios para aliviar a dor e o
                      sofrimento quando for preciso;Toda receita médica deve ser escrita
                      de modo claro e que permita a sua leitura. 3- Todo cidadão tem
                      direito a atendimento humanizado e sem nenhuma descriminação:
16



                     Tem direito a um atendimento sem nenhum preconceito de raça, cor,
                     idade, orientação sexual, estado de saúde ou nível social. Os
                     médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde devem ter os
                     nomes bem visíveis no crachá para que o cliente possa identificá-los;
                     Os cuidados devem respeitar o corpo, a intimidade, a cultura, a
                     religião, os segredos, as emoções e a segurança de seus clientes. 4-
                     Todo cidadão deve ter respeitados os seus direitos de paciente: Tem
                     o direito de pedir para ver seu prontuário sempre que quiser; Tem
                     também a liberdade de permitir ou recusar qualquer procedimento
                     médico, assumindo a responsabilidade por isso; Não pode ser
                     submetido a nenhum exame sem saber; O SUS possui espaços de
                     escutas e participação para receber suas sugestões e críticas, como
                     as ouvidorias e os conselhos gestores e de saúde. 5- Todo cidadão
                     também tem deveres na hora de buscar atendimento de saúde:
                     Nunca se deve mentir ou dar informações erradas sobre seu estado
                     de saúde; Deve também tratar com respeito os profissionais de
                     saúde; E ter disponíveis documentos e exames sempre que for
                     pedido; 6- Todos devem cumprir o que diz a carta dos direitos dos
                     usuários da saúde: Os representantes do governo Federal, Estadual
                     e Municipal devem se empenhar para que os direitos do cidadão
                     sejam cumpridos.


       Mesmo que os princípios não tenham ainda sido atingidos na sua plenitude,
é impossível negar os importantes avanços obtidos nessa última década no
processo de consolidação do SUS, dentre os quais se destaca a descentralização
com efetiva municipalização. No entanto, precisamos reconhecer que ainda há muito
a fazer para garantir que todas as pessoas tenham acesso aos serviços de saúde. É
preciso que esses serviços estejam próximos de onde as pessoas vivem ou
trabalhem, que sejam resolutivos, oportunos e humanizados. É necessário que
sejamos capazes de provocar uma verdadeira mudança na forma como o sistema
de saúde está organizado, aliado à luta pela expansão de recursos para a saúde e
qualidade de vida.




1.4 A assistência farmacêutica no Brasil




       A saúde no Brasil durante as últimas décadas tem passado por algumas
mudanças, principalmente em relação às políticas de atendimento.
       No ano de 1971, mais precisamente no dia 25 de junho foi instituída a
instituição da Central de Medicamentos (CEME), que tinha como objetivos principais
promover e organizar as atividades farmacêuticas as pessoas mais carentes em
17



poder aquisitivo, também incrementar as pesquisas científicas, tecnológicas e
incentivar a instalação de fábricas e laboratórios.
        Ressaltava a importância de identificar indicadores de doenças, bem como
capacidade de produção de laboratórios, racionalização de medicamentos nos
laboratórios, planejamento e distribuição de vendas de medicamentos (CONSEDEY
et al., 2000). Reconhecendo o valor de trabalhar em uma prática centralizada na
gestão onde as diretrizes era o centro do trabalho, deixando os estados e municípios
fora do processo de tomada de decisão (GOMES, 2007).
        Essa política do governo federal passou por muitas mudanças desde a sua
criação, devido aos interesses políticos da época, fazendo com que seus objetivos
não fossem atendidos. Dessa forma no ano de 1975 através da portaria nº223 do
Ministério da Previdência e Assistência Social foi criada a Relação de Medicamentos
Essenciais (RENAME) com o intuito de ser analisada e revisada sempre
(CONSEDEY, 2000).
        De início a RENAME conhecida como uma lista de medicamentos prioritários
foi financiada pela CEME que mantinha convênio com o (Instituto Nacional de
Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) que depois foi extinto e
incorporado ao Ministério da Saúde (GOMES, 2007).
        Com os estudos foram identificados de inicio 305 substâncias farmacêuticas
essenciais as necessidades da população que possibilitariam um atendimento
eficiente a quase toda a população (PEREIRA, 1995).
        No entanto com o passar dos anos em 1998 a RENAME foi revisada e
atualizada sendo feita uma avaliação e constatado que os medicamentos deveriam
ser avaliados quanto a eficácia, segurança e acima de tudo disponibilidade do
mercado. Sendo assim a lista de medicamentos passou a conter 303 princípios
ativos em 545 apresentações, atendendo assim as principais posologias existentes
no país (CONSEDEY, 2000).
        Essa atualização e revisão foram realizadas por um grupo de profissionais
convidados pelo Núcleo de Assistência Farmacêutica da escola nacional de Saúde
Pública da fundação Osvaldo Cruz. Foram revistos paradigmas de seleção de
medicamentos que foram embasados em evidências científicas a nova lista foi
realizada em 2002 sendo realizadas alterações.
        Em 2006 a (COMARE) Comissão Técnica e multidisciplinar de atualização
da relação nominal de Medicamentos Essenciais obedecendo aos critérios de
18



eficácia, segurança conveniência e custo para o paciente publicaram a nova
RENAME.
       Com a criação da nova RENAME, deu-se inicio a criação de um processo de
confecção do Formulário Terapêutico Nacional (FTN). Esse formulário O FTN
contém informações científicas, isentas e embasadas em evidências sobre os
medicamentos selecionados na RENAME com o objetivo de ajudar na prescrição,
dispensação e uso dos medicamentos essenciais.
       Esse    formulário   contém   indicações   terapêuticas,    contra-indicações,
precauções, efeitos adversos, interações, esquemas e cuidados de administração,
orientação ao paciente, formas e apresentações disponíveis comercialmente
incluídas na RENAME e aspectos farmacêuticos dos medicamentos. de acordo com
OMS, esses formulários tem como base decisões políticas e de saúde pública,
mostrando um esforço em promover o uso racional de medicamentos essenciais.
       Com a criação do Formulário Terapêutico Nacional pretende-se melhorar o
uso racional do medicamento proporcionando benefícios individuais, institucionais e
nacionais, contribuindo para que o paciente tenha uma terapia com eficácia,
segurança, conveniência e menor custo. Bem como facilitar dentro da instituição
uma melhoria no atendimento e redução aos gastos. Em plano nacional, a legislação
pautada por evidências definidoras de condutas racionais acarreta conseqüências
positivas sobre a mortalidade, morbidade e qualidade de vida da população.
       Dessa forma, o FTN atualizado a cada nova edição da Rename, representa
instrumento racionalizador do uso de medicamentos no Brasil.
       O governo tentou conciliar a necessidade da população com o atendimento
de medicamentos essenciais, mas boa parte de suas políticas públicas foram
ineficientes no ano de 1990 com a institucionalização do SUS (Sistema Único de
Saúde) o governo passou a descentralizar as responsabilidades para os municípios,
mostrando claramente a ineficiência da CEME nos anos anteriores (GOMES, 2007).
No ano de 1997 o governo realizou a desativação da CEME e transferiu suas
responsabilidades para diferentes órgãos do Ministério da saúde.
       Como relata (GOMES, 2007), as políticas relacionadas a Assistência
Farmacêutica no Brasil foram ineficazes até o momento, mostrando uma grande
carência no sentido de qualificar os serviços farmacêuticos e promover a sua
orientação.
19



         Dessa forma, com tantas carências houve a necessidade de se implantar
uma nova Política Nacional de Medicamentos que conseguisse acompanhar as
mudanças e reformas na área da saúde (GOMES, 2007).




1.5 Política Nacional dos Medicamentos




         Em 30 de outubro de 1998, foi instituída através da portaria nº3. 916 a
Política Nacional de Medicamentos com o objetivo de implementar ações que visam
a melhoria das condições da assistência a saúde da população em geral (BRASIL,
2001).
         A Política Nacional de Medicamento procura desenvolver ações com a
finalidade de garantir maior eficácia e qualidade bem como a necessária segurança
em relação aos produtos, promovendo o uso racional e também o acesso a
medicamentos considerados tão importantes para a população (BRASIL, 2001).
         Dentro do processo de reestruturação da saúde a Política Nacional de
Medicamentos de acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001) traz em suas
diretrizes alguns objetivos específicos a serem alcançados como: Adoção da
Relação de Medicamentos Essenciais; Regulação Sanitária de Medicamentos:
Reorientação    da   Atenção   Farmacêutica;   Promoção   do   Uso   Racional   De
Medicamentos; Desenvolvimento Científico e Tecnológico; Promoção da Produção
de Medicamentos; Garantia de Segurança, Eficácia e Qualidade de Medicamentos;
Desenvolvimento e Capacitação de Recursos.
         Podemos destacar que o farmacêutico tem um papel importantíssimo para
que a Política Nacional de Medicamentos tenha êxito e acesso a população
(BRASIL, 2006).
         Na adoção da relação de Medicamentos essenciais podemos destacar a
RENAME - lista nacional de referência composta por medicamentos básicos e
indispensáveis a população, que atende as necessidades essenciais da população.
Como forte aliado do SUS, constitui-se de atualização dando o suporte necessário a
maioria das patologias existentes em nosso país (BRASIL, 2001).
20



       Com o objetivo de atingir a descentralização do programa de saúde essa
lista de medicamentos ajuda estados e municípios a suprir as suas redes e ofertas
de serviços (BRASIL, 2001).
       Com tais ações consegue-se padronizar a oferta de medicamentos em
âmbitos de abastecimentos, prescrição, custo e oferecimento no âmbito do SUS
(BRASIL, 2001).
       De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (2006) reorientação da
assistência farmacêutica deve dar ênfase na promoção do acesso a população dos
medicamentos essenciais, sempre estabelecendo um processo de descentralização
da gestão de assistência farmacêutica.
       Também é importante destacar que a promoção do uso racional de
medicamento trabalhando o processo de informação aos pacientes com respeito ao
receituário médico no sentido econômico e social (BRASIL, 2001), ressaltando a
importância dos medicamentos genéricos, métodos educativos com respeito a
informação, automedicação, prescrição, e a necessidade de se utilizar a receita
médica na aquisição do medicamento (BRASIL, 2006).
       Dar Assistência Farmacêutica é apoiar as ações da saúde no sentido de
realizar atividades que envolvam uma eficácia no uso e promoção do medicamento,
abastecendo em todas etapas constitutivas como controle, conservação, segurança
e eficácia, acompanhamento e avaliação de sua utilização (BRASIL, 2002).




1.6 Contexto do SUS – atenção farmacêutica




1.6.1 A reorientação da assistência farmacêutica




       O processo que envolve a Assistência Farmacêutica está voltado para o
acesso aos medicamentos, dessa forma se constitui em caráter sistêmico e
multidisciplinar. Esse processo é uma ação voltada para o âmbito de saúde pública,
compondo o sistema de saúde e dentro da Política Nacional de Medicamentos pode
ser definida como:
21



                     “Grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a
                     apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade.
                     Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma
                     de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de qualidade,
                     a segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos, o
                     acompanhamento e avaliação da utilização, a obtenção e a difusão
                     de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos
                     profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar
                     o uso racional de medicamentos” (BRASIL, 1998).


       Podemos destacar como ponto importante nessa ação as diretrizes que dão
prioridade a revisão permanente da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais -
RENAME, a reorientação da assistência farmacêutica, a promoção do uso racional
de medicamentos e a organização das atividades de Vigilância Sanitária de
medicamentos.
       Mais especificamente, a reorientação da Assistência Farmacêutica se
encontra fundamentada na descentralização da gestão, na promoção do uso
racional de medicamentos, na otimização e eficácia do sistema de distribuição no
setor público e no desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a redução nos
preços dos produtos (BRASIL, 1998).
       A integração da reorientação farmacêutica está de acordo com as diretrizes
do Plano Nacional de Medicamentos sendo uma das atividades prioritárias a saúde.
Dessa forma o uso do medicamento serve como estratégia para a melhoria das
condições da população (FONSECA, 2001).
       A partir de 1990 muitas mudanças ocorreram a partir de ações realizadas
pelos conselhos de farmácia e Vigilância Sanitária mostrando a importante tarefa
que o farmacêutico tem em efetuar suas funções no serviço a população.
       No sistema público tem se realizado um esforço para que haja tais
mudanças já é possível encontrar farmacêuticos desempenhando funções dentro
das secretarias municipais da saúde, embora seja uma quantidade muito aquém das
necessidades da população atual .Através da lei ainda não se pode garantir a
presença do farmacêutico em todas as unidades básicas de saúde, mesmo existindo
dispositivo legal que determine isto (BRASIL, 1973).
       A questão da qualidade da assistência farmacêutica podemos dizer que a
inserção dos medicamentos ao paciente tem demonstrado uma grande diminuição
da qualidade de vida (HEPLER; STRAND,1990). Partindo desse estudo começou-se
22



a desenvolver uma nova prática no sentido de elaborar uma boa Assistência
Farmacêutica.
          Destacando a importância da Atenção Farmacêutica, Hepler e Strand
conceituaram a suas idéias de forma a atingir o mundo ressaltando que: “é a
provisão responsável do tratamento farmacológico com o propósito de alcançar
resultados concretos que melhorem a qualidade de vida do paciente”.
          Com a publicação realizada pela a Organização Mundial da Saúde (OMS) no
ano de 1993 onde foi declarado e publicado o documento “Declaração de Tóquio”
(OMS, 1993), gerou-se uma nova realidade para a ampliação da prática
farmacêutica.
          O Farmacêutico passa agora a ter reais funções de atender seus pacientes
dando-lhes a devida atenção no sentido de orientá-los para uma qualidade de vida
melhor.
          Entende-se que o farmacêutico vive uma fase de se modificar as ações
quanto ao paciente e lhe oferecer subsídios responsabilizando-se pelo bem estar do
paciente, pela qualidade de vida comprometida por um problema evitável,
decorrente de uma terapia farmacológica. Ressaltando essa atitude como um
comprometimento, entendendo que os eventos adversos a medicamentos são
considerados hoje uma patologia emergente (OTERO; DOMINGUEZGIL, 2000) e
dessa forma ceifam vidas ou produzem perdas de ordem financeira.
          No Brasil, a Organização Pan Americana da Saúde (OPAS) discutiu o
processo de e chegou-se a conclusão através de uma elaboração de um documento
de nome “Proposta de Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica” (OPAS, 2002)
que é viável as necessidades da população que se uniformize os conceitos e a
prática profissional no país.
          A proposta de consenso defende que a prática da atenção farmacêutica
deve estar orientada para a educação em saúde, orientação farmacêutica,
dispensação, atendimento e acompanhamento farmacêutico, registro sistemático
das atividades, mensuração e avaliação dos resultados. O propósito da atenção
farmacêutica é reduzir a morbimortalidade relacionada aos medicamentos.
          Embora os responsáveis pelas políticas públicas estejam elaborando
diretrizes para a área da saúde percebe-se que há uma discussão muito grande
apenas sobre os medicamentos, esquecendo que eles apenas são instrumentos que
servem como prestação de serviços, deixando de lado o mais importante que é a
23



estruturação e organização deste serviço (MARIN, 2003). Cabe ressaltar que as
maiorias das unidades de atendimento possuem como responsável por esse
atendimento pessoas leiga ou um profissional que embora esteja relacionado com a
área da saúde não tem conhecimentos suficientes para realizar com qualidade o
processo de dispensação (auxiliares de enfermagem, auxiliares administrativos, de
cozinha, entre outros).
        Percebemos que é preciso mudar a prática e o contexto para que mude
então as ações por parte do Farmacêutico, pois as condições descrevem que a
situação ainda é desfavorável no sentido que dentro da estrutura das unidades de
saúde, a farmácia geralmente ocupa pequenos espaços, muitas vezes sem as
condições      mínimas    necessárias   para   o   armazenamento    adequado     de
medicamentos. Ainda é possível encontrar farmácias em que há grades separando o
usuário do serviço e o profissional que faz o atendimento. Além disso, falta pessoal
qualificado.
        O trabalho realizado de forma adequada se torna favorável, mas quando não
um serviço de farmácia adequado, que zele pelo uso racional de medicamentos isso
se constitui um problema importante de saúde pública, estudos apontam para a
grande morbimortalidade relacionada a medicamentos nos EUA, país em que todas
as farmácias possuem farmacêuticos, consequentemente em países com a situação
desfavorável as mortes estão em escala maior.
        Portanto o quadro atual deixa claro que necessita-se de se atentar para o
uso racional dos medicamentos,          de forma que os pacientes recebam os
medicamentos para a indicação apropriada, nas doses, via de administração e
duração apropriadas; que não existam contra-indicações; que a probabilidade de
ocorrência de reações adversas seja mínima; que a dispensação seja correta e que
haja aderência ao tratamento (SOBRAVIME, 2001).
        Com a prestação de serviços adequada, os custos e permanência nos
hospitais diminuem favorecendo atendimento as prioridades como pacientes com
doenças crônicas à prática de educação em saúde e, para uma intervenção
terapêutica mais custo efetiva (MARIN, 2003). Referindo a essa prática o
farmacêutico assume o papel de complementar das ações indicadas pelo médico.
Além de oferecer acesso ao tratamento prescrito também de forma qualitativa pode
ressaltar fatores que comprometem a saúde diária como: hábitos alimentares,
tabagismo, histórico de reações alérgicas, uso de outros medicamentos ou drogas,
24



outras doenças, etc., ou até mesmo a falta de adesão. Esta avaliação, com a
possibilidade de intervenção visando à efetividade terapêutica, pode ser alcançada
com a implantação da atenção farmacêutica.
        Como destaca FERRAES; CORDONI (2003) o profissional farmacêutico
acaba sendo a última pessoa a ter contato com o paciente. Portanto cabe a ele a
responsabilidade de atuar na qualidade de vida do paciente tendo como subsídios
oferecer a si próprio e ao paciente a totalidade do seu ser e por isso os conceitos de
pessoa, responsabilidade, respeito, verdade, consciência, autonomia, justiça, etc.,
devem ser interiorizados para modelar a conduta profissional (MARTINS, 2002).
        Esse trabalho de humanização do atendimento retrata todas as questões
sociais, inclusive a que se refere ao atendimento. Dessa forma além da atenção
dada pelo farmacêutico; se faz necessário que haja instalações adequadas o
suficiente para causar bem-estar e confiança. Que o farmacêutico possa atendê-lo
em sala reservada para este fim, garantindo privacidade.
        Assim, a estruturação das ações de atenção farmacêutica dentro do serviço
de farmácia constitui uma abordagem imprescindível para a promoção da saúde.




1.7 Definições de atenção farmacêutica



      Com os estudos realizados na área farmacêutica nos anos de 1980 foi
constatado que a primeira definição ocorreu através das publicações em ciências
farmacêuticas dentro do artigo publicado por Brodie et al.


                     “em um sistema de saúde, o componente medicamento é estruturado
                     para fornecer um padrão aceitável de atenção farmacêutica para
                     pacientes ambulatoriais e internados. Atenção farmacêutica inclui a
                     definição das necessidades farmacoterápicas do indivíduo e o
                     fornecimento não apenas dos medicamentos necessários, mas
                     também os serviços para garantir uma terapia segura e efetiva.
                     Incluindo mecanismos de controle que facilitem a continuidade da
                     assistência”.


        Entre outros conceitos Hepler e Strand em 1990 definiu a atenção
farmacêutica como “a provisão responsável da farmacoterapia com o objetivo de
alcançar resultados definidos que melhorem a qualidade de vida dos pacientes de
25



acordo com essa definição podemos destacar Strand partiu de uma visão filosófica
definindo a    prática farmacêutica e Hepler partiu do pressuposto referente a
responsabilidade do farmacêutico no cuidado ao paciente.
       Com o passar dos anos, as pesquisa deram origem a um conceito mais
definido por parte de Linda Strand que definiu que a atenção farmacêutica em seu
conceito estava incompleto passando a defender a seguinte definição: “prática na
qual o profissional assume a responsabilidade pela definição das necessidades
farmacoterápicas do paciente e o compromisso de resolvê-las”. Strand destaca que
a prática farmacêutica é comum como em todas as áreas, retrata uma filosofia que
defende um processo de cuidado ao paciente e um sistema de manejo. É diferente
do conceito de 1990 que foca os resultados. Mas para Strand resultados não têm
significados fora do contexto de uma prática assistencial (PHARMACEUTICAL
CARE, 1997).
       Os autores supracitados relatam aspectos como uma atenção farmacêutica
global com aplicação sistemática em todos os tipos de situações (STRAND) e Hepler
uma atenção farmacêutica orientada para doenças crônicas como asma, diabetes,
hipertensão e outras. (CIPOLLE; STRAND; MORLEY, 2000; HEPLER; GRAINGER-
ROUSSEAU, 1995).
       Ressaltando as funções do farmacêutico no sistema de atenção a saúde a
Organização Mundial de Saúde - OMS fica evidente que a população tem benefícios
com a atuação do farmacêutico e esses são bem claros no trabalho da equipe de
saúde na prevenção de doenças e promoção da saúde. Portanto na ótica da OMS a
atenção farmacêutica é:


                    “um conceito de prática profissional na qual o paciente é o principal
                    beneficiário das ações do farmacêutico. A atenção farmacêutica é o
                    compêndio das atitudes, os comportamentos, os compromissos, as
                    inquietudes, os valores éticos, as funções, os conhecimentos, as
                    responsabilidades e as habilidades do farmacêuticos na prestação da
                    farmacoterapia com o objetivo de obter resultados terapêuticos
                    definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente” (OMS, 1993).


       Sem dúvida a atenção farmacêutica tem definidos objetivos, processo e
relações, independente de onde seja praticada (HEPLER; STRAND, 1990). A
atenção farmacêutica bem definida nos Estados Unidos se difundiu para todos os
países como forma de melhoria na promoção da saúde.
26



       No Brasil tendo como referências projetos internacionais e ressaltando a
promoção da prática da atenção farmacêutica de forma articulada com a assistência
farmacêutica; no marco da Política Nacional de Medicamentos foi definido pelo
Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica que:


                     “atenção farmacêutica é modelo de prática farmacêutica,
                     desenvolvida no contexto da assistência farmacêutica. Compreende
                     atitudes,    valores    éticos,    comportamentos,      habilidades,
                     compromissos e co-responsabilidades na prevenção de doenças,
                     promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de
                     saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando
                     uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e
                     mensuráveis voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta
                     interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos,
                     respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a ótica da
                     integralidade das ações de saúde” (OPAS, 2002 a).



       Atenção farmacêutica dentro do conceito brasileiro tem como componente
essencial a promoção da saúde incluindo a educação em saúde constituindo-se um
marco referencial na adoção de uma saúde de qualidade (OPAS, 2002 a).
       A proposta de Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica é um elemento
de grande significância para a promoção e implantação deste novo modelo de
prática profissional. O consenso é resultado do Grupo de Trabalho “Atenção
Farmacêutica no Brasil” nucleado pela Organização Pan-Americana de Saúde –
OPAS com apoio de diversas instituições farmacêuticas.
       Strand deixa claro que ainda falta uma definição mais completa e universal
sobre atenção farmacêutica. Enfatiza a necessidade de na prática profissional
aplicar a mesma uniformidade de definições como ocorre com a terminologia clínico-
farmacológica (APHA, 2002).




1.8 Programa Saúde da Família (PSF)




       Segundo Fleck (2002), as políticas públicas elaboradas desde o ano de 1991
com a implantação do PNAS veicularam com o objetivo de reduzir a taxa de
mortalidade infantil e mortalidade maternal. Criado no ano de 1992 o PACS traz uma
27



nova referência para o atendimento tendo como foco central trabalhar a família como
unidade de ação programática.
         Como destaca o Ministério da Saúde (BRASIL, 2003), o PACS passou a
vigorar em muitos lugares devido às epidemias da época, utilizado assim como peça
fundamental de combate. Dessa forma com a mudança na política sua continuidade
era revista, observando a falta de consenso, a inexistência de fontes e os
mecanismos que garantissem a parte de financiamento e sustentabilidade do
programa.
         Observando as ações do PACS no país a respeito da mortalidade infantil,
aumento do aleitamento materno, melhoria dos indicadores de nutrição e taxas de
vacinação no ano de 1993 direcionou-se uma mudança de redirecionamento das
ações do programa dando prioridade a correção dos problemas e optando por
valorizar a sua potencialidade (FLECK, 2002).
         Com as mudanças de fortalecimento na municipalização dos serviços de
saúde surge em 1993 a Norma de Operação Básica (NOB-SUS/93) que institui
novos métodos e critérios. Para que os municípios trabalhem de forma responsável
na gestão municipal de saúde. Nesses anos, muitos municípios do estado brasileiro
já estão fazendo esse atendimento (BRASIL, 2002).
         Analisando as palavras destacadas em lei, a saúde é vista como um
processo, um estado dinâmico em permanente construção observa-se que este
processo “tem como fatores determinantes e condicionantes entre outros, a
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda,
a educação, o transporte, o lazer e a o acesso aos bens e aos serviços essenciais;
os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do país” (BRASIL,
1990).
         Com análise dos fatores que estão envolvidos numa boa qualidade de saúde
já não pode basear as ações apenas na atuação do médico, se faz necessário
envolver outros abrindo assim novos horizontes e novas práticas em diferentes
áreas respectivas na saúde.
         Analisando todo esse contexto e visando, enquanto estratégia setorial, a
reorientação do modelo assistencial brasileiro, o Ministério da Saúde assumiu, a
partir de 1994, como resposta intencional a essa conjuntura, a implantação do
Programa Saúde da Família - PSF.
28



        Em alguns contextos, ela se motivou mais pelo resgate de valores
profissionais; em outros, pela capacidade de melhorar os indicadores de saúde e
reordenar o modelo assistencial. Essa estratégia objetiva mudar o enfoque para o
trabalho de atenção integral a família no atendimento físico e social com o objetivo
de priorizar ações de promoção, proteção e recuperação da Saúde das pessoas da
família de forma integral, contínua e ativa (CIANCIARULLO, 2002).
        Sua estruturação parte de uma de uma unidade básica com uma equipe
multiprofissional, que assume responsabilidade por uma determinada população na
busca de ações de “promoção da saúde, prevenção, tratamento, reabilitação de
agravos” (CIANCIARULLO, 2002).
        Referindo-se a estratégia de implantação do PSF, a OMS define o programa
como:


                     ... um modelo criado para substituir o modelo tradicional centrado no
                     hospital e assumir o desafio de garantir o acesso igualitário de todos
                     os serviços de saúde, que prioriza as ações de promoção, proteção,
                     recuperação da saúde familiar, de todas as pessoas, estejam sadias
                     ou doentes de forma integral e contínua, para isso, o Programa
                     centraliza os esforços do seu trabalho não nas Unidades Básicas de
                     Saúde, que - trabalhando adequadamente – são capazes de
                     resolver com qualidade cerca de 85% dos problemas de saúde da
                     população, diminuindo o fluxo dos usuários para os níveis mais
                     especializados; 'desalojando’ os hospitais (BRASIL, 2003).


        Partindo dessas ações no ano de 1998, o PSF foi definido como a estratégia
de organização do sistema de saúde. Nesse ano criou-se o departamento de
Atenção Básica com o objetivo de acompanhar as ações do programa e monitorar
os resultados do PSF.




1.8.1 Formação e responsabilidades da equipe do PSF




        O Programa de Saúde da Família (PSF), é um programa que desenhado
focalizado e dirigido a grupos da população relativamente excluídos do acesso ao
consumo de serviços, ocupando espaço em vários municípios, com a estratégia de
reorientação da atenção primária da saúde ou do modelo de atenção como um todo.
Uma função importante e de destaque é a posição de se trabalhar em equipe, essa
29



característica é um dos pressupostos mais importantes para a reorganização do
processo de trabalho e enquanto possibilidade de uma abordagem mais integral e
resolutiva (BRASIL, 1997- 2001).
          As equipes do PSF vêm sofrendo modificações ao longo do tempo.
Inicialmente eram compostas por um médico, uma enfermeira, um auxiliar de
enfermagem e cinco a seis agentes comunitários de saúde (BRASIL, 1997). No ano
2000, as equipes passaram a incorporar um odontólogo e um atendente de
consultório dentário ou um técnico de higiene dental.
          Toda a equipe deve seguir algumas atribuições básicas na Saúde da Família
que são:


                      • conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis e
                      identificar os problemas de saúde mais comuns e situações de risco
                      aos quais a população está exposta;
                      • executar, de acordo com a qualificação de cada profissional, os
                      procedimentos de vigilância à saúde e de vigilância epidemiológica,
                      nos diversos ciclos da vida;
                      • garantir a continuidade do tratamento, pela adequada referência do
                      caso;
                      • prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e
                      racionalizada à demanda, buscando contactos com indivíduos sadios
                      ou doentes, visando promover a saúde por meio da educação
                      sanitária;
                      • promover ações intersetoriais e parcerias com organizações formais
                      e informais existentes na comunidade para o enfrentamento conjunto
                      dos problemas;
                      • discutir, de forma permanente, junto à equipe e à comunidade, o
                      conceito de cidadania, enfatizando os direitos de saúde e as bases
                      legais que os legitimam;
                      • incentivar a formação e/ou participação ativa nos conselhos locais
                      de saúde e no Conselho Municipal de Saúde (BRASIL, 2002).
      .
          Cada equipe deve desenvolver um trabalho de qualidade com o objetivo de
conhecer as famílias do território de abrangência, identificar os problemas de saúde
e as situações de risco existente na comunidade, elaborar um plano e uma
programação de atividades para enfrentar os determinantes do processo
saúde/doença, desenvolver ações educativas e intersetoriais relacionadas com os
problemas de saúde identificados e prestar assistência integral às famílias sob sua
responsabilidade no âmbito da atenção básica (BRASIL, 2002).
          O objetivo do programa da saúde para sua equipe é que eles possam
desenvolver um trabalho coletivo com mudanças na prática onde haja contribuição
30



de conhecimento em todas as áreas. Espera-se que os integrantes das equipes
sejam capazes de "conhecer e analisar o trabalho, verificando as atribuições
específicas e do grupo, na unidade, no domicílio e na comunidade, como também
compartilhar conhecimentos e informações" (BRASIL, 2001, p.74).
          De acordo com Schraiber et al. (1999), o fato de as necessidades de saúde
expressarem múltiplas dimensões, complexifica o conhecimento e as intervenções
acerca desse objeto. Sendo assim o trabalho deve ser realizado na sua totalidade.
          Portanto cabe pesquisar e identificar se as ações estão favorecendo as
necessidades da população, por isso fica evidente a necessidade de se realizar uma
pesquisa de campo para identificar se existem problemas reais na Saúde pública do
município de Álvares Florence.




1.9 Saúde pública e expectativa de vida no município de Álvares Florence




1.9.1 Município




          O município de Álvares Florence é um município Brasileiro do estado de São
Paulo. Sua população é de 3.897 habitantes (IBGE/2010). O município tem uma
área de 362.9 km². Álvares Florence localiza-se na região noroeste do estado, 538
km   da     cidade   de São   Paulo.   Pertence   à microrregião   de   Votuporanga e
à mesorregião de São José do Rio Preto, sua população é composta por 3.897
pessoas, sendo 2.648 da zona urbana e 1249 da zona rural. Atualmente estão
divididos em 1999 homens e 1898 mulheres.




1.9.2 Saúde




          O município conta com 1 unidade de Saúde, o Centro de Saúde III "Nelson
do Vale" - Álvares Florence Fundado no ano de 1975, sito à Rua Deputado Castro
de Carvalho, 333, defronte a Praça da Matriz, Fone/Fax: (17)3486-1149 e 3486-
31



1193. Atualmente, conta com uma estrutura de 3 consultórios médicos, pré-consulta,
recepção, sala de espera, sala de vacinas, sala de inalação, farmácia, secretaria,
fisioterapia, consultório odontológico, sala para coleta de sangue, sala de
esterilização, sala de observação com leitos femininos e masculinos, Vigilância
Sanitária, Diretoria, Pronto-Socorro, etc., podendo assim, ser caracterizado como um
Mini-Hospital.
        Atende a população com 6 ambulâncias, 1 van (sprinter), 1 médico
cardiologista, 1 clínico geral, 2 pediatras, 2 dentistas, 1 médico ginecologista, 1
fisioterapeuta e 1 psicóloga.




                  Figura 1 Unidade de Saúde DE Álvares Florence




                           Fonte: www.alvaresflorence.gov,br




        O município também oferece desde 2011, atendimento na unidade do PSF,
atualmente conhecido como ESF aos munícipes. Embora deve-se destacar que a
UNIDADE ainda não foi inaugurada. Consta-se na lei de aprovação todas as normas
estabelecidas pela implantação do PSF.
        De acordo com a responsável pela saúde no município a cidade caminha a
passos largos rumo a uma melhor qualidade na saúde, atendendo os padrões de
qualidade que o município deve oferecer. Na unidade de saúde são oferecidos
medicamentos que estão apontados na lista do RENAME – Relação de
Medicamentos Essenciais e também o próprio município conta com uma lista de
32



elaboração própria de acordo com as indicações do REMUME para atender as
necessidades da população.
           Observando que os padrões estabelecidos estão sendo cumpridos,
passamos a questionar os motivos que levaram a cidade a obter um índice de um
dos piores municípios em questão de Saúde Pública – Expectativa de Vida. Portanto
foi elaborado um questionário para justificar e ter como devolutiva o real motivo
apontado para essas estáticas e as possíveis soluções para a melhoria na qualidade
de vida.
33



2 OBJETIVOS



2.1 Objetivo geral




       Verificar o atendimento na Unidade de saúde de Álvares Florence, focando a
atenção farmacêutica, pois o município foi mal avaliado na pesquisa na pesquisa
sobre Saúde Pública-Expectativa de vida realizada pelo Índice Paulista de
Responsabilidade Social.




2.2 Objetivos específicos




       • Verificar atendimento na farmácia e na Unidade de saúde
       • Verificar motivos que possa ter sugerido mau desempenho na pesquisa
sobre Saúde Pública – Expectativa de vida.
34



3 MATERIAL E MÉTODO



       Aplicação de um questionário de múltipla escolha (apêndice 1) referentes ao
funcionamento da Unidade de saúde tendo como foco a farmácia e os serviços
prestados pela Prefeitura do município de Álvares Florence-SP. Confecção de
gráficos, baseados nas respostas, para ilustrar o conhecimento da população sobre
os serviços que melhoram a expectativa de vida.
35



4 RESULTADOS E DISCUSSÕ
               DISCUSSÕES



         Para verificar os possíveis motivos do município estar classificado entre as
piores cidades no estado de são paulo em expectativa de vida foram analisados
alguns dados sobre a promoção da saúde, a oferta de medicamentos ,atendimento e
atividades sociais para a Unidade de saúde. Nesta pesquisa 90 pessoas
                                             esta
responderam o questionário proposto.




       Figura 2 O medicamento prescrito na rede pública é encontrado na farmácia?


                     15,6%


     7,7%


                                                                              sim
                                                                              não
                                                                              as vezes



                                                              76,7%



Fonte: Elaboração própria



       De acordo com o figura 1, 76,7% responderam que enco
                                                       encontram o
medicamento na farmácia 15,6% responderam que não e, apenas 7,7% disseram
               farmácia,
que ás vezes encontram sendo assim fica claro que a unidade de saúde faz a sua
             encontram,
parte oferecendo medicamento a maioria da população.
36



Figura 3 Avaliação da farmácia pública pelas pessoas que encontraram o medicamento na
                        farmácia, não encontraram e encontraram ás vezes.

 90,0%

 80,0%                                       76,8%

 70,0%

 60,0%                                           57,2%
                                                     53,8%
 50,0%                                                                   46,2%

 40,0%
                                                                 28,6%
 30,0%

 20,0%
          11,6% 14,2%
 10,0%                        4,3%                            7,3%
                   0%             0% 0%                                          0% 0% 0%
  0,0%
              ótimo          muito bom           bom                ruim           péssimo
                 encontraram o medicamento             não encontraram o medicamento

Fonte:Elaboração própria



         A Figura 3 aponta que os pacientes que encontraram o medicamento na
farmácia, 11,6% avaliaram o atendimento como ótimo, 4,3% muito bom, 76,8% bom,
7,3% ruim. Pacientes que não encontraram o medicamento na farmácia avaliaram o
atendimento como 14,2% ótimo, 0% muito bom, 57,2% bom, 28,6% ruim, 0%
péssimo. Pacientes que encontram as vezes o medicamento na farmácia avaliaram
o atendimento como 0% ótimo, 0% muito bom, 53,8% bom, 46,2% ruim e 0%
péssimo. Com esses dados notamos que pacientes que fazem uso do medicamento
oferecido pela Unidade de saúde consideram a maioria sendo um atendimento de
boa qualidade. Pacientes que não encontraram e encontraram às vezes o
medicamento, mesmo assim considera que a farmácia apresenta um atendimento
de boa qualidade.
37



       Figura 4 Pacientes adultos e idosos que fazem uso de medicamento contínuo.

 70%
                 60%
 60%

 50%

 40%                                                                      faz uso de medicamento
                                                                          contínuo
 30%                                                                      não faz uso de medicamento
                                          23,3%
                                                                          contínuo
 20%                     16,7%

 10%
                                                        0%
  0%
                   adulto                       idoso
Fonte: Elaboração própria.




         Ao analisar a população entrevistada na figura 4, percebemos que 60% dos
adultos utilizam medicamento de uso contínuo e apenas 16,75 não fazem uso de
medicamentos dessa natureza. Dessa população 23,3% são idosos e todos fazem
uso de medicamentos de uso contínuo.




 Gráfico 5 Classificação dos medicamentos de uso contínuo divididos em adultos e idosos.

 35%
           32%
 30%

 25%
                                                                               18,6%
 20%
                 14,6%                                                                             adulto
 15%                                                                                               idoso
                                          12%
                                  10,6%
 10%                         8%

  5%
                                                1,4%          1,4% 1,4%
                                                                                       0%
  0%
       anti-hipertensivo antidiabético    ansiolítico        antilipidemico anticoncepcional
Fonte: Elaboração própria.
38



         Na Figura 5 analisamos que a classe de medicamentos mais utilizados pelos
adultos e idosos são os anti
                        anti-hipertensivos.




  Figura 6 Tem recursos no município que são oferecidos aos jovens, idosos para evitar o
                   sedentarismo e para que a expectativa de vida melhore?




      40%


                                                                                   sim
                                                                                   não
                                                                            60%




Fonte: Elaboração própria




         A figura 6 mostra que 60% da população relatam que há recursos oferecidos
para que a expectativa de vida melhore e que 40% responderam que não sabem
destas atividades. Ao analisar as respostas percebemos que dentro dos 60% que
relataram que existem programas que ajuda são na maioria idosos que participam
                                    ajudam     a
do grupo da terceira idade. Refletindo sobre os 40% que relataram que não, são
                             efletindo
jovens que afirmaram com clareza não existir programas sociais que favoreçam a
expectativa de vida. Embora a maioria relate que existam as atividades, é possível
perceber uma falha na comunicação sobre el
                                        elas.
39



     Figura 7 Tem conhecimento do atendimento oferecido pela unidade de saúde deo
                                     município?


                            10%




                                                                             sim
                                                                             não




                                                  90%

Fonte: Elaboração própria




         A Figura 7 aponta que 90% tem conhecimento do atendimento oferecido na
Unidade de Saúde do município e apenas 10% responderam que não.
40



          Figura 8 Qual tipo de atendimento é prestado pela Unidades de saúde?


                            50,7%
     60,0%
     50,0%
     40,0%                                 26,2%
                                                              23,1%
     30,0%
     20,0%
     10,0%
      0,0%
                  Atendimento       Emergência      Programa Saúde da
                    médico                            Família (PSF)

Fonte :Elaboração própria




         Na Figura 8 concluímos que a maioria dos pacientes procura o Posto ou
Unidade de saúde para atendimento médico
41



                                  CONCLUSÃO



        Concluímos que o trabalho mostra os desafios encontrados no processo de
atendimento a população com respeito a saúde pública e expectativa de vida .
        O que podemos relatar é que na sociedade atual a saúde tem passado por
grandes transformações principalmente na área de saúde pública e farmácia. E que
esses avanços tem apontados indicadores que possam favorecer uma melhoria na
qualidade de vida da população.
        Entendemos aqui que diante das situações apontadas na pesquisa
bibliográfica atenção básica da saúde, os novos programas e em especial a forma
de agir do farmacêutico quando aplicadas e oferecidas de forma correta são ações
que estimulam as pessoas a desenvolverem uma vida mais saudável.
        Constatamos através da pesquisa que o município de Álvares Florence
possui indicadores de qualidade tanto no atendimento, quanto na dispensação de
medicamentos e também na aplicação de recursos com atividades sociais.
        Concluímos também que ter sido classificada como uma das piores cidades
em saúde pública do estado de São Paulo, não tem como indicadores o atendimento
aos pacientes em todas as áreas e nem a dispensação de medicamentos, mas sim a
falta de informação dos pacientes para com os programas oferecidos e um fato
isolado de morte natural de um nascituro que em análise gera uma grande perda
para o município por ser constituído de poucos habitantes.
        Dessa forma, convém destacar que a cidade presta um atendimento de
qualidade e que seus munícipes estão satisfeitos com o atendimento que é
oferecido, principalmente os idosos.
        Encontramos nessa pesquisa grandes instrumentos valiosos que podem
levar os estudantes de farmácia e todos os profissionais da saúde a se doarem no
seu local de trabalho e exercerem a profissão com carinho, amor e dedicação
levando seu cliente a ter uma vida social de melhor qualidade.
        Portanto com este trabalho procuramos alertar a sociedade como todo em
especial, os atores envolvidos no processo de oferecimento de uma saúde de
qualidade (farmacêuticos) para que mudem a cara da sociedade, que entendam que
estamos vivendo em um momento de avanços nas tecnologias, mas que essas
42



devem apenas acrescentar novos instrumentos a nossa bagagem e levar-nos a
desenvolver um trabalho consciente de qualidade que façam de nossos clientes,
pessoas que tenham uma qualidade de vida melhor.
43



REFERÊNCIAS


APhA – American Pharmaceutical Association. Critically examining pharmaceutical
care. J Am Pharm Assoc. v.42 n.05 p. 518-519, 2002.


BRASIL Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação de
Saúde da Comunidade. Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do
modelo assistencial. Brasília: Ministério da Saúde, 1997.


BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia prático do
Programa de Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.


BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde, Departamento de
Atenção Básica. Avaliação da implantação do programa de saúde da família em
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BRASIL. Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a
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44



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45



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46



                                      APÊNDICE



Apêndice 1



IDENTIFICAÇÃO do entrevistado:
Idade: _______ sexo : masculino ( ) feminino ( )
Formação: ( )ensino fundamental ( )ensino médio( ) superior ( ) pós-graduação (
)outro – especifique _______________________.


Renda Familiar: (   )até 1 Salário Mínimo (       )2 á 3 Salários Mínimo (       )3 á 4
Salários Mínino.


QUESTÕES:
1. Faz uso de medicamento contínuo?
( )Sim ( ) Não
Qual: ( )Anti-hipertensivo   (   )Antidiabético    (   )Ansiolítico   (   )Glicerídeos (
)Anticoncepcional
( )Outro – especifique_________________________.


2. Quando fica doente e precisa de atendimento onde procura?
( )Centro de Saúde Álvares Florence
( )Outros


3. Tem conhecimento do atendimento oferecido pela Unidade de Saúde do
município?
( )Sim ( ) Não
Qual: ( ) Atendimento Médico (      )Emergência (        )PSF - Programa Saúde da
Família.


4. Ao ser atendido na unidade, o medicamento prescrito é encontrado na farmácia
publica?
( ) Sim ( )Não


5. Em caso de não ser encontrado o medicamento.
Qual Medicamento____________________________________
47



Classe Farmacológica_________________________________


6. A que atribui à classificação da Cidade em 642° dos 645º municípios pesquisados
no item Saúde Pública -Expectativa de Vida. A unidade de saúde oferece
atendimento?
( )Ótimo (   )Muito bom (    )Bom    (   )Ruim   ( )Péssimo.


7. Tem recursos no município que são oferecidos aos jovens, idosos e pessoas da
comunidade para que a expectativa de vida melhore, evitando o sedentarismo?
( )Sim   ( )Não
Qual:__________________________________________.



8- Sobre o atendimento da Farmácia Publica. Como pode ser classificado?
( )Ótimo ( )Muito bom ( )Bom ( )Ruim ( )Péssimo.

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Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

  • 1. 0 FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS GISELE LEMES BIZO PEDRO LUIS CONDI BERGAMASCO VANESSA GRASSATO INTERFERÊNCIA DA SAÚDE PÚBLICA NA MELHORA DA EXPECTATIVA DE VIDA NO MUNICÍPIO DE ÁLVARES FLORENCE FERNANDÓPOLIS 2011
  • 2. 0 GISELE LEMES BIZO PEDRO LUIS CONDI BERGAMASCO VANESSA GRASSATO INTERFERÊNCIA DA SAÚDE PÚBLICA NA MELHORA DA EXPECTATIVA DE VIDA NO MUNICÍPIO DE ÁLVARES FLORENCE Monografia apresentada à FEF – Fundação educacional de Fernandópolis - como requisito parcial para obtenção de título de bacharel em Farmácia Orientador: Professor MSc. Roney Eduardo Zaparoli FERNANDÓPOLIS 2011
  • 3. 2 GISELE LEMES BIZO PEDRO LUIS CONDI BERGAMASCO VANESSA GRASSATO INTERFERÊNCIA DA SAÚDE PÚBLICA NA MELHORA DA EXPECTATIVADE VIDA NO MUNICÍPIO DE ÁLVARES FLORENCE Monografia apresentada à FEF – Fundação educacional de Fernandópolis - como requisito parcial para obtenção de título de bacharel em Farmácia Aprovado: ___/___/2011 Examinadores: ________________________________ Prof. Esp.Vanessa Maira Rizzato Silveira _______________________ Prof. Maria Lais Devolio
  • 4. 4 Aos meus pais Osvaldo e Elaine que me proporcionaram esta grande conquista que hoje me faz tão feliz. Gisele A meus pais que são a razão da minha vida. A luz dos meus olhos, o ar que respiro o sangue que corre em minhas veias. O mundo, meus pais, é mais bonito porque vocês existem. Amo vocês hoje e sempre. As minhas amigos de sala, pelos momentos maravilhosos que passamos juntas ao longo deste curso e pela força que demos umas as outras nessa caminhada. Vocês são demais! Pedro Dedico este trabalho a minha mãe Ivone, por ser tão carinhosa e amiga, por ser a pessoa que mais me apóia e acredita na minha capacidade. A você só tenho a agradecer pela dedicação e confiança em mim depositada, e pelo grande exemplo que és. A você que não mediu esforços para que eu chegasse até aqui. Obrigada pelo incentivo, pela paciência e por toda a sua disposição. Amo muito você minha MÃE. Vanessa
  • 5. 3 AGRADECIMENTOS Agradeço á Deus por cumprir a promessa feita a mim, por ter me dado a chance de ser aquilo que escolhi, por ter confiado a mim o dom de cuidar e me dar forças nos momentos difíceis e me tornar capaz de realizar meus sonhos. Enfim não há palavras que agradeça um ser tão grandioso como meu Deus! Ao orientador Roney Eduardo Zaparoli, pela atenção, dedicação, competência e pelo carinho que teve com a gente todos os momentos de duvidas. Muito Obrigado! Gisele Agradeço em primeiro lugar à minha mãe e meu pai que me apoiaram incessantemente na realização deste curso e deste trabalho, a meu orientador e meus professores que também contribuíram na realização do mesmo, me auxiliando para que ele fosse concluído com afinco e objetividade, e ainda a todos os educadores que trabalham a linguagem social e colaboraram para que este trabalho fosse concluído. Pedro A Deus, que está acima de todas as coisas deste mundo, concebendo sempre os nossos desejos e vontades. Por ter me dado forças e iluminando meu caminho para que pudesse concluir mais uma etapa da minha vida. Ao meu pai Julio, pela sua determinação e por seu caráter batalhador, me ensinando sempre a percorrer os caminhos com dignidade. Ao meu irmão Rafael, pela paciência e por sempre estar do meu lado. A minha avó Olga pela preocupação e pelo carinho que tem comigo. Amo meu orientador, professor Roney, pela paciência, pelo ensinamento e dedicação dispensados no auxílio à concretização dessa monografia. Muito obrigada a todos vocês. Vanessa
  • 6. 4 “Senhor fez a terra produzir medicamentos: o homem sensato não os despreza. O altíssimo deu-lhe a ciência da medicina para ser honrado em suas maravilhas; e dela se serve para acalmar as dores e curá-las, o farmacêutico faz misturas agradáveis compõem ungüentos úteis a saúde, e seu trabalho não terminarão, até que a paz se estenda sobre a face da terra”. Ecle: 38; 4, 6,8.
  • 7. 5 RESUMO Analisando os índices apontados pela pesquisa realizada no Município de Álvares Florence pelo Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) sobre três componentes: riqueza, longevidade e escolaridade percebemos que a cidade foi classificada como uma das piores em expectativa de vida no estado de São Paulo. Com o intuito de entender o que a gestão municipal tem realizado e quais fatores favoreceram esse mau desempenho foi realizada uma pesquisa bibliográfica passando pela história da saúde pública no Brasil e retratando aspectos da Atenção farmacêutica e PSF. Dando ênfase, aos aspectos que contribuem para o atendimento de qualidade na farmácia e na saúde foi realizada uma pesquisa de campo, fazendo uma análise sobre esses dados. Assim, constatamos através da pesquisa que o município de Álvares Florence possui indicadores de qualidade tanto no atendimento, quanto na dispensação de medicamentos e também na aplicação de recursos com atividades sociais. Concluímos também que ter sido classificada como uma das piores cidades em saúde pública do estado de São Paulo, não tem como indicadores o atendimento aos pacientes em todas as áreas e nem a dispensação de medicamentos, mas sim a falta de informação dos pacientes para com os programas oferecidos e um fato isolado de morte natural de um nascituro que em análise gera uma grande perda para o município por ser constituído de poucos habitantes. Palavras-chaves: Atenção Farmacêutica. Expectativa de vida. Qualidade de vida. Unidade Básica de Saúde.
  • 8. 6 ABSTRACT Analyzing the contents found in the survey conducted in the Municipaity of Florence by Alvares Paulista Social Responsability Index (IPRS) on three components: ealth, longevity and education realize that the city was ranked as one of the worst in life expectancy in the state of São Paulo. In order to understand what the municipal administration has done and what factors favored this performance was conducted a literature searchthrough the history of public health in Brazil and portrayingaspects of pharmaceutical care and FHP. Giving emphasis to the aspects that contrubute to quality care at the pharmacy and health was held in a field, making an analysis of these data. Thus, we found through research that the City of Florence has Alvares sindicators of quality both in attendance, as in dispensing drugsand also the application of resourcer with social activities. We also conclude that have been classified as one of the worrst cities in the health state of São Paulo, has no way of patient careindicators in all areas and not dispensing of medications, but the lack of information for patientes with programs offered and anisolated event of natural death of an unborn child in analysis that generates a great loss to the council to be composed of few inhabitants Keywords: Pharmaceutical Care. Life expectancy. Quality of life. The Basic Health
  • 9. 7 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Unidade de saúde ................................................................................... 31 Figura 2 - O medicamento prescrito na rede pública é encontrado na farmácia? .... 35 Figura 3 - Avaliação da farmácia pública pelas pessoas que encontraram medicamento na farmácia, não encontraram e encontraram ás vezes. .................... 36 Figura 4 - Pacientes adultos e idosos que fazem uso de medicamento contínuo ... 37 Figura 5 - Classificação dos medicamentos de uso contínuo divididos em adultos e idosos ........................................................................................................................ 37 Figura 6 - Tem recursos no município que são oferecidos aos jovens, idosos para evitar o sedentarismo e para que a expectativa de vida melhore?............................ 38 Figura 7 - Tem conhecimento do atendimento oferecido pela unidade de saúde deo município? ................................................................................................................. 39 Figura 8 - Qual tipo de atendimento é prestado pela Unidades de saúde? ............. 40
  • 10. 8 LISTA DE SIGLAS CEME Central de Medicamentos CFF Conselho Federal de Farmácia COMARE Comissão Técnica e Multidisciplinar de Atualização da Relação Nominal de Medicamentos Essenciais. FTN Formulário Terapêutico Nacional IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INAMPS Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social NOB Norma Operacional Básica OMS Organização Mundial de Saúde OPAS Organização Pan-Americana de Saúde PACS Programa de Agentes Comunitários da Saúde PSF Programa de Saúde da Família REMUME Relação Municipal de Medicamentos RENAME Relação Nacional de Medicamentos Essenciais SUS Sistema Único de Saúde
  • 11. 9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 12 1.1 História da Saúde Pública no Brasil ................................................................ 12 1.2 Surgimento e funcionamento do SUS no sistema de saúde do Brasil ......... 13 1.3 Príncipios do SUS e os direitos dos usuários ................................................ 14 1.4 A assistência farmacêutica no Brasil .............................................................. 16 1.5 Política Nacional dos Medicamentos............................................................... 19 1.6 Contexto do SUS - atenção farmacêutica ....................................................... 20 1.6.1 A reorientação da assistência farmacêutica ..................................................... 20 1.7 Definições de atenção farmacêutica................................................................ 24 1.8 Programa da Saúde da Família (PSF) .............................................................. 26 1.8.1 Formação e responsabilidades da equipe do PSF ........................................... 28 1.9 saúde pública e expectativa de vida no município de Álvares Florence...... 30 1.9.1 Município .......................................................................................................... 30 1.9.2 Saúde ............................................................................................................... 30 2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 33 2.1 Objetivo geral .................................................................................................... 33 2.2 Objetivos específicos........................................................................................ 33 3 MATERIAL E MÉTODO ........................................................................................ 34 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 35 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 41 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 43 APÊNDICE ................................................................................................................ 46
  • 12. 10 INTRODUÇÃO Atualmente, no Brasil, a questão da saúde pública tem sido artigo de muitas discussões e debates nos últimos anos, ressaltando a questão de atendimento, medicamentos utilizados e infra-estrutura das unidades de atendimento. O processo de mudança em relação à saúde anda a passos lentos e devido a isso muitos são afetados pela falta de orientação e o próprio atendimento. A temática da saúde pública e expectativa de vida tem sido objeto de importantes estudos na Ciências Sociais e Humanas, principalmente no campo da Farmácia, sendo um assunto complexo e que necessita de muita sensibilização por parte dos atores envolvidos como os agentes de saúdes, médicos, farmacêuticos e principalmente seus clientes que são os cidadãos Muitos recursos e ações são repassados como RENAME, REMUME e SUS até o momento se mostram insuficientes e em detrimento com a saúde poucas ações sociais são feitas para que as pessoas tenham uma vida de qualidade. A mudança e o progresso do atendimento e melhoria de condições estão acontecendo a longo prazo no Âmbito de Saúde Pública, mas pode ser feito a diferença nas unidades quando o próprio farmacêutico contribui para um melhor atendimento. Podemos ressaltar que apesar de todos terem o direito perante a constituição de estar incluídos socialmente e terem um atendimento de qualidade, são poucos os que têm essa oportunidade, principalmente pela falta de atendimento especializado em nosso país. A pesquisa tem como objetivo geral discutir sobre o atendimento que é prestado aos cidadãos de Àlvares Florence na questão de saúde pública e entender os motivos que levaram a cidade a ter o pior índice de expectativa de vida entre todos os municípios do estado de São Paulo. Os objetivos específicos foram: apresentar dados sobre a Saúde Pública no Brasil e estado de São Paulo; abordar a história do município de Àlvares Florence e verificar o atendimento na farmácia e na unidade de saúde e os motivos que possa ter sugerido mau desempenho na pesquisa sobre a saúde pública – expectativa de vida.
  • 13. 11 A metodologia utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. Abordaremos o caminho percorrido até os dias atuais sobre a Saúde Pública no Brasil, em que veremos o progresso e os problemas que o país, o estado e o município de Álvares Florence ainda passam. Abordaremos a história do município de Álvares Florence, os recursos que o município oferece e como ele atua em oferecer subsídios para a população em relação à saúde, destacaremos as ações e atenção farmacêutica exercida no município. Focamos em uma pesquisa direcionada aos moradores, para entendermos a opinião dos moradores quanto aos subsídios que lhes são oferecidos e investigar o real problema que levou a cidade a estar entre as últimas em expectativa de vida do Estado de São Paulo.
  • 14. 12 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 1.1 História da saúde pública no Estado de São Paulo E Brasil No dia dezenove de Fevereiro de 2001 a Assembléia Legislativa criou em parceria com a fundação Seade criou a Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) com o objetivo de a cada dois anos avaliarem três indicadores que podem ser modificados conforme a qualidade da gestão municipal (riqueza, escolaridade e longevidade da população) (Lei nº10.705/2001). O IPRS aponta como potencialidades as informações socioeconômicas padronizadas juntamente com um sistema de indicadores consistente e atualizado, incentiva a busca de soluções para problemas e competição saudável no intuito de melhorar a condição de vida da população (IPRS,2011). Os componentes pesquisados pelo IPRS (2011) e apontados na pesquisa realizada a cada dois anos são: Riqueza: Consumo residencial de energia elétrica (44%), Consumo de energia elétrica na agricultura, no comércio e nos serviços (23%) Remuneração média dos empregados com carteira assinada (19%) Valor adicionado fiscal per capita (14%) Longevidade: taxa de mortalidade infantil (30%) Taxa de mortalidade perinatal (30%) Taxa de mortalidade das pessoas de 15 a 39 anos (20%) Taxa de mortalidade das pessoas de 60 anos e mais (20%) Escolaridade: porcentagem de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo (36%)% de jovens de 15 a 17 anos com pelo menos quatro anos de estudo (8%) de jovens de 18 a 19 anos com ensino médio completo (36%) de crianças de 5 a 6 anos que freqüentam pré-escola (20%) (IPRS, 2011). Dessa forma esses componentes foram avaliados na última pesquisa realizada no município de Álvares Florence e classificou o município como um dos três piores em expectativa de vida do Estado de São Paulo. Portanto refletindo sobre a repercussão dos índices e da expectativa de vida de 48 anos apontada na pesquisa percebe-se a necessidade de responder as indagações dos moradores quanto ao assunto destacado procurando soluções e entendimento sobre o assunto partindo da própria história da saúde no Brasil para mais a frente compreendermos a situação atual do município de Álvares Florence.
  • 15. 13 1.2 Surgimento e funcionamento do SUS no sistema de saúde do Brasil O SUS (Sistema Único de Saúde) conhecido no Brasil, foi criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentando pelas Leis nº 8080/90 (Lei Orgânica da Saúde) e nº 8142/90, esse projeto na área da saúde pública foi estabelecido com o objetivo de diminuir a desigualdade social no sentido de dar assistência à saúde da população. Dessa forma, todo ser humano passa ater o direito de ser atendido de forma obrigatória em sistemas públicos, sem a cobrança de qualquer valor. O Sistema Único de Saúde tem por objetivo atender todos os cidadãos, esse projeto é custeado pelos recursos que são advindos de impostos e contribuições que as pessoas pagam e são destinados ao governo Federal, Estadual e Municipal. Como todas as políticas públicas tudo que é proposto passa por adaptações reflexões para que seja desenvolvida da melhor qualidade, dessa forma isso também acontece com o SUS que exige mudanças complexas e como parte de uma Reforma da Saúde é um processo que estará sempre em aperfeiçoamento e adaptação (RODRIGUEZ NETO, 1994). Uma das metas do SUS é promover a equidade no atendimento das necessidades de saúde da população, trazendo aos usuários um atendimento de qualidade, que apresentem fatores ligados a necessidades sem se preocupar com a qualificação social de seu cliente. Dentro do programa estabelecido pelo Sistema único de saúde – SUS está priorizado a promoção da saúde em qualquer esfera, através de ações que previnam e ressalte as orientações, dando a população o direito de saber sobre os riscos que compõem a sua saúde e seus direitos perante a sociedade. Cabe ao SUS desenvolver ações que controlem a existência de doenças, a qualidade de medicamentos, alimentação e higiene para o atendimento ao público, deixando esses aspectos aos responsáveis pela Vigilância Epidemiológica. Em muitas regiões só o atendimento prestado pelo setor público não garante o atendimento necessário a população, dessa forma seguindo a determinação da constituição federal pode complementar as ofertas com o serviço realizado pelo setor privado, criando contratos e convênios de prestação de serviço ao estado.
  • 16. 14 Dentre os serviços privados, devem ter preferência os serviços não lucrativos (hospitais Filantrópicos - Santas Casas), conforme determina a Constituição. Nos últimos anos, os relatos mostram que o SUS tem tido um papel importante na promoção da saúde, mas não suficiente para o atendimento qualificado aos usuários. Um dos problemas está no sub-financiamento como descreve a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29 e sem dúvida a participação efetiva da receita pública que deveria ofertar a saúde pública de forma correta. Muitos aspectos estão envolvidos nas mudanças que o sistema deveria fazer para prestar um serviço de qualidade, fortalecer a rede pública, promover uma gestão eficiente e eficaz através de profissionalização, políticas efetivas de valorização dos profissionais da área, fortalecimento da participação da sociedade como um todo, desse modo a base de sustentação do SUS que são seus agentes que trabalham em favor da população estaria mais sólida. Tais mudanças já estão no projeto SUS desde o início de sua criação e precisam ser estudadas e reelaboradas para que os usuários não sejam prejudicados. 1.3 Princípios do SUS e os direitos dos usuários O Sistema único de saúde oferece em todo país um único padrão de organização e mesmo regimento, dentro desse padrão são ressaltados alguns elementos essenciais no atendimento a população como a universalização, equidade, integralidade, descentralização, e participação popular. Embora o SUS estabeleça um sistema único em toda a sua organização, esse sistema é adaptado as peculiaridades de cada região e os elementos que determinam esse processo. Analisando o processo da história da saúde no Brasil percebemos que os princípios que regem o SUS são necessários para um ajuste e um direito a ser exercido para a população. Destacamos o princípio da Universalidade podemos dizer que por muito tempo no Brasil poucos tinham direito ao atendimento a saúde, com a criação do
  • 17. 15 SUS, as pessoas passaram a ter esse direito de atendimento independente de cor, raça, religião, local de moradia, situação de emprego ou renda, etc. Governos Municipais, estaduais e federais tiveram que dar a oportunidade de todos os cidadãos garantirem o seu direito a saúde na promoção da cidadania. Ressaltando o princípio da equidade, o SUS procura diminuir a desigualdade mesmo sabendo que as diferenças e necessidades das pessoas são variadas e que se deve estar atento onde a necessidade é maior, ou seja, trabalhar para que haja uma justiça social. Fortalecendo o exercício pleno do projeto SUS, a descentralização como princípio básico passa a distribuir as responsabilidades e ações a serem tomadas, provocando uma organização do trabalho para que a eficácia seja uma constante.Baseado na Lei 8.080/90 e as NOBs (Norma Operacional Básica do Ministério da Saúde) que se seguiram definem precisamente o que é obrigação de cada esfera de governo. Para finalizar o princípio que é essencial na vida de todos para assegura um atendimento de qualidade é a Participação popular, onde a sociedade tem o direito e o dever através de suas entidades representativas participarem do processo de formulação das políticas de saúde e do controle de sua execução, em todos os níveis desde o federal até o local. Para respaldar o Sistema Único de Saúde além de seus princípios que regem o direito a saúde pública de todo ser humano foi elaborada uma carta em consenso com as esferas de poder público Federal, Estadual e Municipal e pelo Conselho Nacional de Saúde. Esta carta serve para que se possam conhecer alguns dos direitos dos usuários na hora de procurar atendimento de saúde. Tais direitos estão assegurados em lei desde 1990 e regem a seguinte notificação: 1- Todo cidadão tem direito de ser atendido com ordem e organização: Quem estiver em estado grave e/ou em maior sofrimento precisa ser atendido primeiro; É garantido a todos o fácil acesso aos postos de saúde, especialmente para portadores de deficiência, gestantes e idosos. 2- Todo cidadão tem direito a ter atendimento com qualidade: Tem o direito de receber informações claras sobre seu estado de saúde, juntamente com seus parentes; Também tem direito a anestesia e a remédios para aliviar a dor e o sofrimento quando for preciso;Toda receita médica deve ser escrita de modo claro e que permita a sua leitura. 3- Todo cidadão tem direito a atendimento humanizado e sem nenhuma descriminação:
  • 18. 16 Tem direito a um atendimento sem nenhum preconceito de raça, cor, idade, orientação sexual, estado de saúde ou nível social. Os médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde devem ter os nomes bem visíveis no crachá para que o cliente possa identificá-los; Os cuidados devem respeitar o corpo, a intimidade, a cultura, a religião, os segredos, as emoções e a segurança de seus clientes. 4- Todo cidadão deve ter respeitados os seus direitos de paciente: Tem o direito de pedir para ver seu prontuário sempre que quiser; Tem também a liberdade de permitir ou recusar qualquer procedimento médico, assumindo a responsabilidade por isso; Não pode ser submetido a nenhum exame sem saber; O SUS possui espaços de escutas e participação para receber suas sugestões e críticas, como as ouvidorias e os conselhos gestores e de saúde. 5- Todo cidadão também tem deveres na hora de buscar atendimento de saúde: Nunca se deve mentir ou dar informações erradas sobre seu estado de saúde; Deve também tratar com respeito os profissionais de saúde; E ter disponíveis documentos e exames sempre que for pedido; 6- Todos devem cumprir o que diz a carta dos direitos dos usuários da saúde: Os representantes do governo Federal, Estadual e Municipal devem se empenhar para que os direitos do cidadão sejam cumpridos. Mesmo que os princípios não tenham ainda sido atingidos na sua plenitude, é impossível negar os importantes avanços obtidos nessa última década no processo de consolidação do SUS, dentre os quais se destaca a descentralização com efetiva municipalização. No entanto, precisamos reconhecer que ainda há muito a fazer para garantir que todas as pessoas tenham acesso aos serviços de saúde. É preciso que esses serviços estejam próximos de onde as pessoas vivem ou trabalhem, que sejam resolutivos, oportunos e humanizados. É necessário que sejamos capazes de provocar uma verdadeira mudança na forma como o sistema de saúde está organizado, aliado à luta pela expansão de recursos para a saúde e qualidade de vida. 1.4 A assistência farmacêutica no Brasil A saúde no Brasil durante as últimas décadas tem passado por algumas mudanças, principalmente em relação às políticas de atendimento. No ano de 1971, mais precisamente no dia 25 de junho foi instituída a instituição da Central de Medicamentos (CEME), que tinha como objetivos principais promover e organizar as atividades farmacêuticas as pessoas mais carentes em
  • 19. 17 poder aquisitivo, também incrementar as pesquisas científicas, tecnológicas e incentivar a instalação de fábricas e laboratórios. Ressaltava a importância de identificar indicadores de doenças, bem como capacidade de produção de laboratórios, racionalização de medicamentos nos laboratórios, planejamento e distribuição de vendas de medicamentos (CONSEDEY et al., 2000). Reconhecendo o valor de trabalhar em uma prática centralizada na gestão onde as diretrizes era o centro do trabalho, deixando os estados e municípios fora do processo de tomada de decisão (GOMES, 2007). Essa política do governo federal passou por muitas mudanças desde a sua criação, devido aos interesses políticos da época, fazendo com que seus objetivos não fossem atendidos. Dessa forma no ano de 1975 através da portaria nº223 do Ministério da Previdência e Assistência Social foi criada a Relação de Medicamentos Essenciais (RENAME) com o intuito de ser analisada e revisada sempre (CONSEDEY, 2000). De início a RENAME conhecida como uma lista de medicamentos prioritários foi financiada pela CEME que mantinha convênio com o (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) que depois foi extinto e incorporado ao Ministério da Saúde (GOMES, 2007). Com os estudos foram identificados de inicio 305 substâncias farmacêuticas essenciais as necessidades da população que possibilitariam um atendimento eficiente a quase toda a população (PEREIRA, 1995). No entanto com o passar dos anos em 1998 a RENAME foi revisada e atualizada sendo feita uma avaliação e constatado que os medicamentos deveriam ser avaliados quanto a eficácia, segurança e acima de tudo disponibilidade do mercado. Sendo assim a lista de medicamentos passou a conter 303 princípios ativos em 545 apresentações, atendendo assim as principais posologias existentes no país (CONSEDEY, 2000). Essa atualização e revisão foram realizadas por um grupo de profissionais convidados pelo Núcleo de Assistência Farmacêutica da escola nacional de Saúde Pública da fundação Osvaldo Cruz. Foram revistos paradigmas de seleção de medicamentos que foram embasados em evidências científicas a nova lista foi realizada em 2002 sendo realizadas alterações. Em 2006 a (COMARE) Comissão Técnica e multidisciplinar de atualização da relação nominal de Medicamentos Essenciais obedecendo aos critérios de
  • 20. 18 eficácia, segurança conveniência e custo para o paciente publicaram a nova RENAME. Com a criação da nova RENAME, deu-se inicio a criação de um processo de confecção do Formulário Terapêutico Nacional (FTN). Esse formulário O FTN contém informações científicas, isentas e embasadas em evidências sobre os medicamentos selecionados na RENAME com o objetivo de ajudar na prescrição, dispensação e uso dos medicamentos essenciais. Esse formulário contém indicações terapêuticas, contra-indicações, precauções, efeitos adversos, interações, esquemas e cuidados de administração, orientação ao paciente, formas e apresentações disponíveis comercialmente incluídas na RENAME e aspectos farmacêuticos dos medicamentos. de acordo com OMS, esses formulários tem como base decisões políticas e de saúde pública, mostrando um esforço em promover o uso racional de medicamentos essenciais. Com a criação do Formulário Terapêutico Nacional pretende-se melhorar o uso racional do medicamento proporcionando benefícios individuais, institucionais e nacionais, contribuindo para que o paciente tenha uma terapia com eficácia, segurança, conveniência e menor custo. Bem como facilitar dentro da instituição uma melhoria no atendimento e redução aos gastos. Em plano nacional, a legislação pautada por evidências definidoras de condutas racionais acarreta conseqüências positivas sobre a mortalidade, morbidade e qualidade de vida da população. Dessa forma, o FTN atualizado a cada nova edição da Rename, representa instrumento racionalizador do uso de medicamentos no Brasil. O governo tentou conciliar a necessidade da população com o atendimento de medicamentos essenciais, mas boa parte de suas políticas públicas foram ineficientes no ano de 1990 com a institucionalização do SUS (Sistema Único de Saúde) o governo passou a descentralizar as responsabilidades para os municípios, mostrando claramente a ineficiência da CEME nos anos anteriores (GOMES, 2007). No ano de 1997 o governo realizou a desativação da CEME e transferiu suas responsabilidades para diferentes órgãos do Ministério da saúde. Como relata (GOMES, 2007), as políticas relacionadas a Assistência Farmacêutica no Brasil foram ineficazes até o momento, mostrando uma grande carência no sentido de qualificar os serviços farmacêuticos e promover a sua orientação.
  • 21. 19 Dessa forma, com tantas carências houve a necessidade de se implantar uma nova Política Nacional de Medicamentos que conseguisse acompanhar as mudanças e reformas na área da saúde (GOMES, 2007). 1.5 Política Nacional dos Medicamentos Em 30 de outubro de 1998, foi instituída através da portaria nº3. 916 a Política Nacional de Medicamentos com o objetivo de implementar ações que visam a melhoria das condições da assistência a saúde da população em geral (BRASIL, 2001). A Política Nacional de Medicamento procura desenvolver ações com a finalidade de garantir maior eficácia e qualidade bem como a necessária segurança em relação aos produtos, promovendo o uso racional e também o acesso a medicamentos considerados tão importantes para a população (BRASIL, 2001). Dentro do processo de reestruturação da saúde a Política Nacional de Medicamentos de acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001) traz em suas diretrizes alguns objetivos específicos a serem alcançados como: Adoção da Relação de Medicamentos Essenciais; Regulação Sanitária de Medicamentos: Reorientação da Atenção Farmacêutica; Promoção do Uso Racional De Medicamentos; Desenvolvimento Científico e Tecnológico; Promoção da Produção de Medicamentos; Garantia de Segurança, Eficácia e Qualidade de Medicamentos; Desenvolvimento e Capacitação de Recursos. Podemos destacar que o farmacêutico tem um papel importantíssimo para que a Política Nacional de Medicamentos tenha êxito e acesso a população (BRASIL, 2006). Na adoção da relação de Medicamentos essenciais podemos destacar a RENAME - lista nacional de referência composta por medicamentos básicos e indispensáveis a população, que atende as necessidades essenciais da população. Como forte aliado do SUS, constitui-se de atualização dando o suporte necessário a maioria das patologias existentes em nosso país (BRASIL, 2001).
  • 22. 20 Com o objetivo de atingir a descentralização do programa de saúde essa lista de medicamentos ajuda estados e municípios a suprir as suas redes e ofertas de serviços (BRASIL, 2001). Com tais ações consegue-se padronizar a oferta de medicamentos em âmbitos de abastecimentos, prescrição, custo e oferecimento no âmbito do SUS (BRASIL, 2001). De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (2006) reorientação da assistência farmacêutica deve dar ênfase na promoção do acesso a população dos medicamentos essenciais, sempre estabelecendo um processo de descentralização da gestão de assistência farmacêutica. Também é importante destacar que a promoção do uso racional de medicamento trabalhando o processo de informação aos pacientes com respeito ao receituário médico no sentido econômico e social (BRASIL, 2001), ressaltando a importância dos medicamentos genéricos, métodos educativos com respeito a informação, automedicação, prescrição, e a necessidade de se utilizar a receita médica na aquisição do medicamento (BRASIL, 2006). Dar Assistência Farmacêutica é apoiar as ações da saúde no sentido de realizar atividades que envolvam uma eficácia no uso e promoção do medicamento, abastecendo em todas etapas constitutivas como controle, conservação, segurança e eficácia, acompanhamento e avaliação de sua utilização (BRASIL, 2002). 1.6 Contexto do SUS – atenção farmacêutica 1.6.1 A reorientação da assistência farmacêutica O processo que envolve a Assistência Farmacêutica está voltado para o acesso aos medicamentos, dessa forma se constitui em caráter sistêmico e multidisciplinar. Esse processo é uma ação voltada para o âmbito de saúde pública, compondo o sistema de saúde e dentro da Política Nacional de Medicamentos pode ser definida como:
  • 23. 21 “Grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos” (BRASIL, 1998). Podemos destacar como ponto importante nessa ação as diretrizes que dão prioridade a revisão permanente da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME, a reorientação da assistência farmacêutica, a promoção do uso racional de medicamentos e a organização das atividades de Vigilância Sanitária de medicamentos. Mais especificamente, a reorientação da Assistência Farmacêutica se encontra fundamentada na descentralização da gestão, na promoção do uso racional de medicamentos, na otimização e eficácia do sistema de distribuição no setor público e no desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a redução nos preços dos produtos (BRASIL, 1998). A integração da reorientação farmacêutica está de acordo com as diretrizes do Plano Nacional de Medicamentos sendo uma das atividades prioritárias a saúde. Dessa forma o uso do medicamento serve como estratégia para a melhoria das condições da população (FONSECA, 2001). A partir de 1990 muitas mudanças ocorreram a partir de ações realizadas pelos conselhos de farmácia e Vigilância Sanitária mostrando a importante tarefa que o farmacêutico tem em efetuar suas funções no serviço a população. No sistema público tem se realizado um esforço para que haja tais mudanças já é possível encontrar farmacêuticos desempenhando funções dentro das secretarias municipais da saúde, embora seja uma quantidade muito aquém das necessidades da população atual .Através da lei ainda não se pode garantir a presença do farmacêutico em todas as unidades básicas de saúde, mesmo existindo dispositivo legal que determine isto (BRASIL, 1973). A questão da qualidade da assistência farmacêutica podemos dizer que a inserção dos medicamentos ao paciente tem demonstrado uma grande diminuição da qualidade de vida (HEPLER; STRAND,1990). Partindo desse estudo começou-se
  • 24. 22 a desenvolver uma nova prática no sentido de elaborar uma boa Assistência Farmacêutica. Destacando a importância da Atenção Farmacêutica, Hepler e Strand conceituaram a suas idéias de forma a atingir o mundo ressaltando que: “é a provisão responsável do tratamento farmacológico com o propósito de alcançar resultados concretos que melhorem a qualidade de vida do paciente”. Com a publicação realizada pela a Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano de 1993 onde foi declarado e publicado o documento “Declaração de Tóquio” (OMS, 1993), gerou-se uma nova realidade para a ampliação da prática farmacêutica. O Farmacêutico passa agora a ter reais funções de atender seus pacientes dando-lhes a devida atenção no sentido de orientá-los para uma qualidade de vida melhor. Entende-se que o farmacêutico vive uma fase de se modificar as ações quanto ao paciente e lhe oferecer subsídios responsabilizando-se pelo bem estar do paciente, pela qualidade de vida comprometida por um problema evitável, decorrente de uma terapia farmacológica. Ressaltando essa atitude como um comprometimento, entendendo que os eventos adversos a medicamentos são considerados hoje uma patologia emergente (OTERO; DOMINGUEZGIL, 2000) e dessa forma ceifam vidas ou produzem perdas de ordem financeira. No Brasil, a Organização Pan Americana da Saúde (OPAS) discutiu o processo de e chegou-se a conclusão através de uma elaboração de um documento de nome “Proposta de Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica” (OPAS, 2002) que é viável as necessidades da população que se uniformize os conceitos e a prática profissional no país. A proposta de consenso defende que a prática da atenção farmacêutica deve estar orientada para a educação em saúde, orientação farmacêutica, dispensação, atendimento e acompanhamento farmacêutico, registro sistemático das atividades, mensuração e avaliação dos resultados. O propósito da atenção farmacêutica é reduzir a morbimortalidade relacionada aos medicamentos. Embora os responsáveis pelas políticas públicas estejam elaborando diretrizes para a área da saúde percebe-se que há uma discussão muito grande apenas sobre os medicamentos, esquecendo que eles apenas são instrumentos que servem como prestação de serviços, deixando de lado o mais importante que é a
  • 25. 23 estruturação e organização deste serviço (MARIN, 2003). Cabe ressaltar que as maiorias das unidades de atendimento possuem como responsável por esse atendimento pessoas leiga ou um profissional que embora esteja relacionado com a área da saúde não tem conhecimentos suficientes para realizar com qualidade o processo de dispensação (auxiliares de enfermagem, auxiliares administrativos, de cozinha, entre outros). Percebemos que é preciso mudar a prática e o contexto para que mude então as ações por parte do Farmacêutico, pois as condições descrevem que a situação ainda é desfavorável no sentido que dentro da estrutura das unidades de saúde, a farmácia geralmente ocupa pequenos espaços, muitas vezes sem as condições mínimas necessárias para o armazenamento adequado de medicamentos. Ainda é possível encontrar farmácias em que há grades separando o usuário do serviço e o profissional que faz o atendimento. Além disso, falta pessoal qualificado. O trabalho realizado de forma adequada se torna favorável, mas quando não um serviço de farmácia adequado, que zele pelo uso racional de medicamentos isso se constitui um problema importante de saúde pública, estudos apontam para a grande morbimortalidade relacionada a medicamentos nos EUA, país em que todas as farmácias possuem farmacêuticos, consequentemente em países com a situação desfavorável as mortes estão em escala maior. Portanto o quadro atual deixa claro que necessita-se de se atentar para o uso racional dos medicamentos, de forma que os pacientes recebam os medicamentos para a indicação apropriada, nas doses, via de administração e duração apropriadas; que não existam contra-indicações; que a probabilidade de ocorrência de reações adversas seja mínima; que a dispensação seja correta e que haja aderência ao tratamento (SOBRAVIME, 2001). Com a prestação de serviços adequada, os custos e permanência nos hospitais diminuem favorecendo atendimento as prioridades como pacientes com doenças crônicas à prática de educação em saúde e, para uma intervenção terapêutica mais custo efetiva (MARIN, 2003). Referindo a essa prática o farmacêutico assume o papel de complementar das ações indicadas pelo médico. Além de oferecer acesso ao tratamento prescrito também de forma qualitativa pode ressaltar fatores que comprometem a saúde diária como: hábitos alimentares, tabagismo, histórico de reações alérgicas, uso de outros medicamentos ou drogas,
  • 26. 24 outras doenças, etc., ou até mesmo a falta de adesão. Esta avaliação, com a possibilidade de intervenção visando à efetividade terapêutica, pode ser alcançada com a implantação da atenção farmacêutica. Como destaca FERRAES; CORDONI (2003) o profissional farmacêutico acaba sendo a última pessoa a ter contato com o paciente. Portanto cabe a ele a responsabilidade de atuar na qualidade de vida do paciente tendo como subsídios oferecer a si próprio e ao paciente a totalidade do seu ser e por isso os conceitos de pessoa, responsabilidade, respeito, verdade, consciência, autonomia, justiça, etc., devem ser interiorizados para modelar a conduta profissional (MARTINS, 2002). Esse trabalho de humanização do atendimento retrata todas as questões sociais, inclusive a que se refere ao atendimento. Dessa forma além da atenção dada pelo farmacêutico; se faz necessário que haja instalações adequadas o suficiente para causar bem-estar e confiança. Que o farmacêutico possa atendê-lo em sala reservada para este fim, garantindo privacidade. Assim, a estruturação das ações de atenção farmacêutica dentro do serviço de farmácia constitui uma abordagem imprescindível para a promoção da saúde. 1.7 Definições de atenção farmacêutica Com os estudos realizados na área farmacêutica nos anos de 1980 foi constatado que a primeira definição ocorreu através das publicações em ciências farmacêuticas dentro do artigo publicado por Brodie et al. “em um sistema de saúde, o componente medicamento é estruturado para fornecer um padrão aceitável de atenção farmacêutica para pacientes ambulatoriais e internados. Atenção farmacêutica inclui a definição das necessidades farmacoterápicas do indivíduo e o fornecimento não apenas dos medicamentos necessários, mas também os serviços para garantir uma terapia segura e efetiva. Incluindo mecanismos de controle que facilitem a continuidade da assistência”. Entre outros conceitos Hepler e Strand em 1990 definiu a atenção farmacêutica como “a provisão responsável da farmacoterapia com o objetivo de alcançar resultados definidos que melhorem a qualidade de vida dos pacientes de
  • 27. 25 acordo com essa definição podemos destacar Strand partiu de uma visão filosófica definindo a prática farmacêutica e Hepler partiu do pressuposto referente a responsabilidade do farmacêutico no cuidado ao paciente. Com o passar dos anos, as pesquisa deram origem a um conceito mais definido por parte de Linda Strand que definiu que a atenção farmacêutica em seu conceito estava incompleto passando a defender a seguinte definição: “prática na qual o profissional assume a responsabilidade pela definição das necessidades farmacoterápicas do paciente e o compromisso de resolvê-las”. Strand destaca que a prática farmacêutica é comum como em todas as áreas, retrata uma filosofia que defende um processo de cuidado ao paciente e um sistema de manejo. É diferente do conceito de 1990 que foca os resultados. Mas para Strand resultados não têm significados fora do contexto de uma prática assistencial (PHARMACEUTICAL CARE, 1997). Os autores supracitados relatam aspectos como uma atenção farmacêutica global com aplicação sistemática em todos os tipos de situações (STRAND) e Hepler uma atenção farmacêutica orientada para doenças crônicas como asma, diabetes, hipertensão e outras. (CIPOLLE; STRAND; MORLEY, 2000; HEPLER; GRAINGER- ROUSSEAU, 1995). Ressaltando as funções do farmacêutico no sistema de atenção a saúde a Organização Mundial de Saúde - OMS fica evidente que a população tem benefícios com a atuação do farmacêutico e esses são bem claros no trabalho da equipe de saúde na prevenção de doenças e promoção da saúde. Portanto na ótica da OMS a atenção farmacêutica é: “um conceito de prática profissional na qual o paciente é o principal beneficiário das ações do farmacêutico. A atenção farmacêutica é o compêndio das atitudes, os comportamentos, os compromissos, as inquietudes, os valores éticos, as funções, os conhecimentos, as responsabilidades e as habilidades do farmacêuticos na prestação da farmacoterapia com o objetivo de obter resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente” (OMS, 1993). Sem dúvida a atenção farmacêutica tem definidos objetivos, processo e relações, independente de onde seja praticada (HEPLER; STRAND, 1990). A atenção farmacêutica bem definida nos Estados Unidos se difundiu para todos os países como forma de melhoria na promoção da saúde.
  • 28. 26 No Brasil tendo como referências projetos internacionais e ressaltando a promoção da prática da atenção farmacêutica de forma articulada com a assistência farmacêutica; no marco da Política Nacional de Medicamentos foi definido pelo Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica que: “atenção farmacêutica é modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da assistência farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a ótica da integralidade das ações de saúde” (OPAS, 2002 a). Atenção farmacêutica dentro do conceito brasileiro tem como componente essencial a promoção da saúde incluindo a educação em saúde constituindo-se um marco referencial na adoção de uma saúde de qualidade (OPAS, 2002 a). A proposta de Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica é um elemento de grande significância para a promoção e implantação deste novo modelo de prática profissional. O consenso é resultado do Grupo de Trabalho “Atenção Farmacêutica no Brasil” nucleado pela Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS com apoio de diversas instituições farmacêuticas. Strand deixa claro que ainda falta uma definição mais completa e universal sobre atenção farmacêutica. Enfatiza a necessidade de na prática profissional aplicar a mesma uniformidade de definições como ocorre com a terminologia clínico- farmacológica (APHA, 2002). 1.8 Programa Saúde da Família (PSF) Segundo Fleck (2002), as políticas públicas elaboradas desde o ano de 1991 com a implantação do PNAS veicularam com o objetivo de reduzir a taxa de mortalidade infantil e mortalidade maternal. Criado no ano de 1992 o PACS traz uma
  • 29. 27 nova referência para o atendimento tendo como foco central trabalhar a família como unidade de ação programática. Como destaca o Ministério da Saúde (BRASIL, 2003), o PACS passou a vigorar em muitos lugares devido às epidemias da época, utilizado assim como peça fundamental de combate. Dessa forma com a mudança na política sua continuidade era revista, observando a falta de consenso, a inexistência de fontes e os mecanismos que garantissem a parte de financiamento e sustentabilidade do programa. Observando as ações do PACS no país a respeito da mortalidade infantil, aumento do aleitamento materno, melhoria dos indicadores de nutrição e taxas de vacinação no ano de 1993 direcionou-se uma mudança de redirecionamento das ações do programa dando prioridade a correção dos problemas e optando por valorizar a sua potencialidade (FLECK, 2002). Com as mudanças de fortalecimento na municipalização dos serviços de saúde surge em 1993 a Norma de Operação Básica (NOB-SUS/93) que institui novos métodos e critérios. Para que os municípios trabalhem de forma responsável na gestão municipal de saúde. Nesses anos, muitos municípios do estado brasileiro já estão fazendo esse atendimento (BRASIL, 2002). Analisando as palavras destacadas em lei, a saúde é vista como um processo, um estado dinâmico em permanente construção observa-se que este processo “tem como fatores determinantes e condicionantes entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e a o acesso aos bens e aos serviços essenciais; os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do país” (BRASIL, 1990). Com análise dos fatores que estão envolvidos numa boa qualidade de saúde já não pode basear as ações apenas na atuação do médico, se faz necessário envolver outros abrindo assim novos horizontes e novas práticas em diferentes áreas respectivas na saúde. Analisando todo esse contexto e visando, enquanto estratégia setorial, a reorientação do modelo assistencial brasileiro, o Ministério da Saúde assumiu, a partir de 1994, como resposta intencional a essa conjuntura, a implantação do Programa Saúde da Família - PSF.
  • 30. 28 Em alguns contextos, ela se motivou mais pelo resgate de valores profissionais; em outros, pela capacidade de melhorar os indicadores de saúde e reordenar o modelo assistencial. Essa estratégia objetiva mudar o enfoque para o trabalho de atenção integral a família no atendimento físico e social com o objetivo de priorizar ações de promoção, proteção e recuperação da Saúde das pessoas da família de forma integral, contínua e ativa (CIANCIARULLO, 2002). Sua estruturação parte de uma de uma unidade básica com uma equipe multiprofissional, que assume responsabilidade por uma determinada população na busca de ações de “promoção da saúde, prevenção, tratamento, reabilitação de agravos” (CIANCIARULLO, 2002). Referindo-se a estratégia de implantação do PSF, a OMS define o programa como: ... um modelo criado para substituir o modelo tradicional centrado no hospital e assumir o desafio de garantir o acesso igualitário de todos os serviços de saúde, que prioriza as ações de promoção, proteção, recuperação da saúde familiar, de todas as pessoas, estejam sadias ou doentes de forma integral e contínua, para isso, o Programa centraliza os esforços do seu trabalho não nas Unidades Básicas de Saúde, que - trabalhando adequadamente – são capazes de resolver com qualidade cerca de 85% dos problemas de saúde da população, diminuindo o fluxo dos usuários para os níveis mais especializados; 'desalojando’ os hospitais (BRASIL, 2003). Partindo dessas ações no ano de 1998, o PSF foi definido como a estratégia de organização do sistema de saúde. Nesse ano criou-se o departamento de Atenção Básica com o objetivo de acompanhar as ações do programa e monitorar os resultados do PSF. 1.8.1 Formação e responsabilidades da equipe do PSF O Programa de Saúde da Família (PSF), é um programa que desenhado focalizado e dirigido a grupos da população relativamente excluídos do acesso ao consumo de serviços, ocupando espaço em vários municípios, com a estratégia de reorientação da atenção primária da saúde ou do modelo de atenção como um todo. Uma função importante e de destaque é a posição de se trabalhar em equipe, essa
  • 31. 29 característica é um dos pressupostos mais importantes para a reorganização do processo de trabalho e enquanto possibilidade de uma abordagem mais integral e resolutiva (BRASIL, 1997- 2001). As equipes do PSF vêm sofrendo modificações ao longo do tempo. Inicialmente eram compostas por um médico, uma enfermeira, um auxiliar de enfermagem e cinco a seis agentes comunitários de saúde (BRASIL, 1997). No ano 2000, as equipes passaram a incorporar um odontólogo e um atendente de consultório dentário ou um técnico de higiene dental. Toda a equipe deve seguir algumas atribuições básicas na Saúde da Família que são: • conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis e identificar os problemas de saúde mais comuns e situações de risco aos quais a população está exposta; • executar, de acordo com a qualificação de cada profissional, os procedimentos de vigilância à saúde e de vigilância epidemiológica, nos diversos ciclos da vida; • garantir a continuidade do tratamento, pela adequada referência do caso; • prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e racionalizada à demanda, buscando contactos com indivíduos sadios ou doentes, visando promover a saúde por meio da educação sanitária; • promover ações intersetoriais e parcerias com organizações formais e informais existentes na comunidade para o enfrentamento conjunto dos problemas; • discutir, de forma permanente, junto à equipe e à comunidade, o conceito de cidadania, enfatizando os direitos de saúde e as bases legais que os legitimam; • incentivar a formação e/ou participação ativa nos conselhos locais de saúde e no Conselho Municipal de Saúde (BRASIL, 2002). . Cada equipe deve desenvolver um trabalho de qualidade com o objetivo de conhecer as famílias do território de abrangência, identificar os problemas de saúde e as situações de risco existente na comunidade, elaborar um plano e uma programação de atividades para enfrentar os determinantes do processo saúde/doença, desenvolver ações educativas e intersetoriais relacionadas com os problemas de saúde identificados e prestar assistência integral às famílias sob sua responsabilidade no âmbito da atenção básica (BRASIL, 2002). O objetivo do programa da saúde para sua equipe é que eles possam desenvolver um trabalho coletivo com mudanças na prática onde haja contribuição
  • 32. 30 de conhecimento em todas as áreas. Espera-se que os integrantes das equipes sejam capazes de "conhecer e analisar o trabalho, verificando as atribuições específicas e do grupo, na unidade, no domicílio e na comunidade, como também compartilhar conhecimentos e informações" (BRASIL, 2001, p.74). De acordo com Schraiber et al. (1999), o fato de as necessidades de saúde expressarem múltiplas dimensões, complexifica o conhecimento e as intervenções acerca desse objeto. Sendo assim o trabalho deve ser realizado na sua totalidade. Portanto cabe pesquisar e identificar se as ações estão favorecendo as necessidades da população, por isso fica evidente a necessidade de se realizar uma pesquisa de campo para identificar se existem problemas reais na Saúde pública do município de Álvares Florence. 1.9 Saúde pública e expectativa de vida no município de Álvares Florence 1.9.1 Município O município de Álvares Florence é um município Brasileiro do estado de São Paulo. Sua população é de 3.897 habitantes (IBGE/2010). O município tem uma área de 362.9 km². Álvares Florence localiza-se na região noroeste do estado, 538 km da cidade de São Paulo. Pertence à microrregião de Votuporanga e à mesorregião de São José do Rio Preto, sua população é composta por 3.897 pessoas, sendo 2.648 da zona urbana e 1249 da zona rural. Atualmente estão divididos em 1999 homens e 1898 mulheres. 1.9.2 Saúde O município conta com 1 unidade de Saúde, o Centro de Saúde III "Nelson do Vale" - Álvares Florence Fundado no ano de 1975, sito à Rua Deputado Castro de Carvalho, 333, defronte a Praça da Matriz, Fone/Fax: (17)3486-1149 e 3486-
  • 33. 31 1193. Atualmente, conta com uma estrutura de 3 consultórios médicos, pré-consulta, recepção, sala de espera, sala de vacinas, sala de inalação, farmácia, secretaria, fisioterapia, consultório odontológico, sala para coleta de sangue, sala de esterilização, sala de observação com leitos femininos e masculinos, Vigilância Sanitária, Diretoria, Pronto-Socorro, etc., podendo assim, ser caracterizado como um Mini-Hospital. Atende a população com 6 ambulâncias, 1 van (sprinter), 1 médico cardiologista, 1 clínico geral, 2 pediatras, 2 dentistas, 1 médico ginecologista, 1 fisioterapeuta e 1 psicóloga. Figura 1 Unidade de Saúde DE Álvares Florence Fonte: www.alvaresflorence.gov,br O município também oferece desde 2011, atendimento na unidade do PSF, atualmente conhecido como ESF aos munícipes. Embora deve-se destacar que a UNIDADE ainda não foi inaugurada. Consta-se na lei de aprovação todas as normas estabelecidas pela implantação do PSF. De acordo com a responsável pela saúde no município a cidade caminha a passos largos rumo a uma melhor qualidade na saúde, atendendo os padrões de qualidade que o município deve oferecer. Na unidade de saúde são oferecidos medicamentos que estão apontados na lista do RENAME – Relação de Medicamentos Essenciais e também o próprio município conta com uma lista de
  • 34. 32 elaboração própria de acordo com as indicações do REMUME para atender as necessidades da população. Observando que os padrões estabelecidos estão sendo cumpridos, passamos a questionar os motivos que levaram a cidade a obter um índice de um dos piores municípios em questão de Saúde Pública – Expectativa de Vida. Portanto foi elaborado um questionário para justificar e ter como devolutiva o real motivo apontado para essas estáticas e as possíveis soluções para a melhoria na qualidade de vida.
  • 35. 33 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Verificar o atendimento na Unidade de saúde de Álvares Florence, focando a atenção farmacêutica, pois o município foi mal avaliado na pesquisa na pesquisa sobre Saúde Pública-Expectativa de vida realizada pelo Índice Paulista de Responsabilidade Social. 2.2 Objetivos específicos • Verificar atendimento na farmácia e na Unidade de saúde • Verificar motivos que possa ter sugerido mau desempenho na pesquisa sobre Saúde Pública – Expectativa de vida.
  • 36. 34 3 MATERIAL E MÉTODO Aplicação de um questionário de múltipla escolha (apêndice 1) referentes ao funcionamento da Unidade de saúde tendo como foco a farmácia e os serviços prestados pela Prefeitura do município de Álvares Florence-SP. Confecção de gráficos, baseados nas respostas, para ilustrar o conhecimento da população sobre os serviços que melhoram a expectativa de vida.
  • 37. 35 4 RESULTADOS E DISCUSSÕ DISCUSSÕES Para verificar os possíveis motivos do município estar classificado entre as piores cidades no estado de são paulo em expectativa de vida foram analisados alguns dados sobre a promoção da saúde, a oferta de medicamentos ,atendimento e atividades sociais para a Unidade de saúde. Nesta pesquisa 90 pessoas esta responderam o questionário proposto. Figura 2 O medicamento prescrito na rede pública é encontrado na farmácia? 15,6% 7,7% sim não as vezes 76,7% Fonte: Elaboração própria De acordo com o figura 1, 76,7% responderam que enco encontram o medicamento na farmácia 15,6% responderam que não e, apenas 7,7% disseram farmácia, que ás vezes encontram sendo assim fica claro que a unidade de saúde faz a sua encontram, parte oferecendo medicamento a maioria da população.
  • 38. 36 Figura 3 Avaliação da farmácia pública pelas pessoas que encontraram o medicamento na farmácia, não encontraram e encontraram ás vezes. 90,0% 80,0% 76,8% 70,0% 60,0% 57,2% 53,8% 50,0% 46,2% 40,0% 28,6% 30,0% 20,0% 11,6% 14,2% 10,0% 4,3% 7,3% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0,0% ótimo muito bom bom ruim péssimo encontraram o medicamento não encontraram o medicamento Fonte:Elaboração própria A Figura 3 aponta que os pacientes que encontraram o medicamento na farmácia, 11,6% avaliaram o atendimento como ótimo, 4,3% muito bom, 76,8% bom, 7,3% ruim. Pacientes que não encontraram o medicamento na farmácia avaliaram o atendimento como 14,2% ótimo, 0% muito bom, 57,2% bom, 28,6% ruim, 0% péssimo. Pacientes que encontram as vezes o medicamento na farmácia avaliaram o atendimento como 0% ótimo, 0% muito bom, 53,8% bom, 46,2% ruim e 0% péssimo. Com esses dados notamos que pacientes que fazem uso do medicamento oferecido pela Unidade de saúde consideram a maioria sendo um atendimento de boa qualidade. Pacientes que não encontraram e encontraram às vezes o medicamento, mesmo assim considera que a farmácia apresenta um atendimento de boa qualidade.
  • 39. 37 Figura 4 Pacientes adultos e idosos que fazem uso de medicamento contínuo. 70% 60% 60% 50% 40% faz uso de medicamento contínuo 30% não faz uso de medicamento 23,3% contínuo 20% 16,7% 10% 0% 0% adulto idoso Fonte: Elaboração própria. Ao analisar a população entrevistada na figura 4, percebemos que 60% dos adultos utilizam medicamento de uso contínuo e apenas 16,75 não fazem uso de medicamentos dessa natureza. Dessa população 23,3% são idosos e todos fazem uso de medicamentos de uso contínuo. Gráfico 5 Classificação dos medicamentos de uso contínuo divididos em adultos e idosos. 35% 32% 30% 25% 18,6% 20% 14,6% adulto 15% idoso 12% 10,6% 10% 8% 5% 1,4% 1,4% 1,4% 0% 0% anti-hipertensivo antidiabético ansiolítico antilipidemico anticoncepcional Fonte: Elaboração própria.
  • 40. 38 Na Figura 5 analisamos que a classe de medicamentos mais utilizados pelos adultos e idosos são os anti anti-hipertensivos. Figura 6 Tem recursos no município que são oferecidos aos jovens, idosos para evitar o sedentarismo e para que a expectativa de vida melhore? 40% sim não 60% Fonte: Elaboração própria A figura 6 mostra que 60% da população relatam que há recursos oferecidos para que a expectativa de vida melhore e que 40% responderam que não sabem destas atividades. Ao analisar as respostas percebemos que dentro dos 60% que relataram que existem programas que ajuda são na maioria idosos que participam ajudam a do grupo da terceira idade. Refletindo sobre os 40% que relataram que não, são efletindo jovens que afirmaram com clareza não existir programas sociais que favoreçam a expectativa de vida. Embora a maioria relate que existam as atividades, é possível perceber uma falha na comunicação sobre el elas.
  • 41. 39 Figura 7 Tem conhecimento do atendimento oferecido pela unidade de saúde deo município? 10% sim não 90% Fonte: Elaboração própria A Figura 7 aponta que 90% tem conhecimento do atendimento oferecido na Unidade de Saúde do município e apenas 10% responderam que não.
  • 42. 40 Figura 8 Qual tipo de atendimento é prestado pela Unidades de saúde? 50,7% 60,0% 50,0% 40,0% 26,2% 23,1% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Atendimento Emergência Programa Saúde da médico Família (PSF) Fonte :Elaboração própria Na Figura 8 concluímos que a maioria dos pacientes procura o Posto ou Unidade de saúde para atendimento médico
  • 43. 41 CONCLUSÃO Concluímos que o trabalho mostra os desafios encontrados no processo de atendimento a população com respeito a saúde pública e expectativa de vida . O que podemos relatar é que na sociedade atual a saúde tem passado por grandes transformações principalmente na área de saúde pública e farmácia. E que esses avanços tem apontados indicadores que possam favorecer uma melhoria na qualidade de vida da população. Entendemos aqui que diante das situações apontadas na pesquisa bibliográfica atenção básica da saúde, os novos programas e em especial a forma de agir do farmacêutico quando aplicadas e oferecidas de forma correta são ações que estimulam as pessoas a desenvolverem uma vida mais saudável. Constatamos através da pesquisa que o município de Álvares Florence possui indicadores de qualidade tanto no atendimento, quanto na dispensação de medicamentos e também na aplicação de recursos com atividades sociais. Concluímos também que ter sido classificada como uma das piores cidades em saúde pública do estado de São Paulo, não tem como indicadores o atendimento aos pacientes em todas as áreas e nem a dispensação de medicamentos, mas sim a falta de informação dos pacientes para com os programas oferecidos e um fato isolado de morte natural de um nascituro que em análise gera uma grande perda para o município por ser constituído de poucos habitantes. Dessa forma, convém destacar que a cidade presta um atendimento de qualidade e que seus munícipes estão satisfeitos com o atendimento que é oferecido, principalmente os idosos. Encontramos nessa pesquisa grandes instrumentos valiosos que podem levar os estudantes de farmácia e todos os profissionais da saúde a se doarem no seu local de trabalho e exercerem a profissão com carinho, amor e dedicação levando seu cliente a ter uma vida social de melhor qualidade. Portanto com este trabalho procuramos alertar a sociedade como todo em especial, os atores envolvidos no processo de oferecimento de uma saúde de qualidade (farmacêuticos) para que mudem a cara da sociedade, que entendam que estamos vivendo em um momento de avanços nas tecnologias, mas que essas
  • 44. 42 devem apenas acrescentar novos instrumentos a nossa bagagem e levar-nos a desenvolver um trabalho consciente de qualidade que façam de nossos clientes, pessoas que tenham uma qualidade de vida melhor.
  • 45. 43 REFERÊNCIAS APhA – American Pharmaceutical Association. Critically examining pharmaceutical care. J Am Pharm Assoc. v.42 n.05 p. 518-519, 2002. BRASIL Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação de Saúde da Comunidade. Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial. Brasília: Ministério da Saúde, 1997. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia prático do Programa de Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde, Departamento de Atenção Básica. Avaliação da implantação do programa de saúde da família em dez grandes centros urbanos. Síntese dos principais resultados. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. BRASIL. Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 20 de setembro, 1990, Título, 01, art.3. BRASIL. Ministério da Saúde. Programa da Saúde da Família: abrindo a porta para a dona saúde entrar, 2003. Disponível em: <www.saúde.gov.br>. Acesso em 15 de outubro de 2011. BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da Família: uma estratégia para reorientação do modelo assistencial. Brasília: Editora Oficial do Ministério da Saúde, 1997. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Medicamentos. 2001. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 40p., 2001. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Gerência Técnica de Assistência Farmacêutica. Assistência farmacêutica na atenção básica: instruções técnicas para sua organização. Brasília – DF, Abril, 113p., 2002.
  • 46. 44 BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA (CFF). Assistência Farmacêutica no Sistema Único de Saúde-Atenção Básica, Junho de 2006. CONSEDEY, M.A.et al. Assistência farmacêutica na atenção básica de saúde: a experiência de três estados brasileiros. Cadernos de Saúde Pública. Disponível em:<http:/www.scielo.br>. Acesso em 20 setembro 2011. CIAMPONE, M. H. T.; PEDUZZI, M. Trabalho em equipe e trabalho em grupo no Programa de Saúde da Família. Rev. Bras. Enferm., v.53, n. esp., p.143-7, 2000. CIANCIARULLO, T.L. Compreendendo a família no cenário de uma nova estratégia de saúde. In: CIANCIARULLO.T.L. et al. Saúde na família e na comunidade. São Paulo: Robe Editorial, 2002. CIPOLLE, D.J., STRAND, L. M., MORLEY, P.C. El ejercicio de la atención farmacéutica Madrid: McGraw Hill / Interamericana, p. 1-36, 2000. Formulário Terapêutico Nacional (FTN). Disponível em: < http://www.ebah.com.br/content/ ABAAAe lO4AF/ftn-rename>. Acesso em 20 setembro 2011. GOMES, Carlos Alberto Pereira. A Assistência Farmacêutica no Brasil: Análise e Perspectivas. Disponível em :<www.opos.org.br>.Acesso em 24 setembro 2011. HEPLER, C.D., GRAINGER-ROUSSEAU T.J. Pharmaceutical care versus traditional drug treatment. Is there a diference? Drugs. v. 49, p. 1-10, 1995. HEPLER, C.D., STRAND, L.M. Opportunities and responsabilities in pharmaceutical care. Am J. Hosp. Pharm. v. 47, p. 533-543, 1990. HEPLER, C.D. Observations on the conference: A phamarcist´s perspective. Am J. Health Syst Pharm v. 57, p. 590-594, 2000. MARIN, N. et al. (orgs.). Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro: OPAS/OMS, 2003. ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DA SAÚDE. Atenção Farmacêutica no Brasil: trilhando caminhos. Relatório 2001-2002. Brasília, Organização Pan-americana De Saúde, 46 p., 2002.
  • 47. 45 ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE. Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica: Proposta. Brasília, Organização Pan-americana de Saúde, 24 p, 2002a. ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE. Termo de Referência para reunião do grupo de trabalho: Interface entre Atenção Farmacêutica e Farmacovigilância. Brasília, OPAS, 28 p, 2002c. PHARMACEUTICAL CARE: The minnesota model. Pharm. J. v. 258, p. 899-904, 1997. SCHNEIDER, P.J., GIFT, ME, LEE, YP. Cost of medication-related problems at a university hospital. Am.J.Health Syst Pharm. v. 52, p. 2415-2418,1995. SCHRAIBER, L. B.; PEDUZZI, M.; SALA, A.; NEMES, M. I. B.; CASTANHERA, E. R. L; KON, R. Planejamento, gestão e avaliação em saúde: identificando problemas. Rev. Ciênc.Saúde Colet., v.4, n.2, p.221-42, 1999.
  • 48. 46 APÊNDICE Apêndice 1 IDENTIFICAÇÃO do entrevistado: Idade: _______ sexo : masculino ( ) feminino ( ) Formação: ( )ensino fundamental ( )ensino médio( ) superior ( ) pós-graduação ( )outro – especifique _______________________. Renda Familiar: ( )até 1 Salário Mínimo ( )2 á 3 Salários Mínimo ( )3 á 4 Salários Mínino. QUESTÕES: 1. Faz uso de medicamento contínuo? ( )Sim ( ) Não Qual: ( )Anti-hipertensivo ( )Antidiabético ( )Ansiolítico ( )Glicerídeos ( )Anticoncepcional ( )Outro – especifique_________________________. 2. Quando fica doente e precisa de atendimento onde procura? ( )Centro de Saúde Álvares Florence ( )Outros 3. Tem conhecimento do atendimento oferecido pela Unidade de Saúde do município? ( )Sim ( ) Não Qual: ( ) Atendimento Médico ( )Emergência ( )PSF - Programa Saúde da Família. 4. Ao ser atendido na unidade, o medicamento prescrito é encontrado na farmácia publica? ( ) Sim ( )Não 5. Em caso de não ser encontrado o medicamento. Qual Medicamento____________________________________
  • 49. 47 Classe Farmacológica_________________________________ 6. A que atribui à classificação da Cidade em 642° dos 645º municípios pesquisados no item Saúde Pública -Expectativa de Vida. A unidade de saúde oferece atendimento? ( )Ótimo ( )Muito bom ( )Bom ( )Ruim ( )Péssimo. 7. Tem recursos no município que são oferecidos aos jovens, idosos e pessoas da comunidade para que a expectativa de vida melhore, evitando o sedentarismo? ( )Sim ( )Não Qual:__________________________________________. 8- Sobre o atendimento da Farmácia Publica. Como pode ser classificado? ( )Ótimo ( )Muito bom ( )Bom ( )Ruim ( )Péssimo.