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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
  FACULDADES INTEGRADAS DEFERNANDÓPOLIS




            DORIVAL LUIS BUZINARO
          HUGO CESAR BRIGATO DINIZ
           THAIS FLORIAN GUIMARÃES




ESTUDO SOBRE CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO DE
MEDICAMENTOS EM DROGARIAS E DISTRIBUIDORAS EM
           FERNANDÓPOLIS E REGIÃO




               FERNANDÓPOLIS
                    2011
DORIVAL LUIS BUZINARO
          HUGO CESAR BRIGATO DINIZ
           THAIS FLORIAN GUIMARÃES




ESTUDO SOBRE CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO DE
MEDICAMENTOS EM DROGARIAS E DISTRIBUIDORAS EM
           FERNANDÓPOLIS E REGIÃO



                Trabalho de conclusão de curso apresentado à
                Banca Examinadora do Curso de Graduação em
                Farmácia      da    Fundação       Educacional  de
                Fernandópolis como exigência parcial para obtenção
                do título de bacharel em farmácia.


                Orientador: Prof.ª Esp. Rosana Matsumi Kagesawa
                Motta




   FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
             FERNANDÓPOLIS – SP
                       2011
DORIVAL LUIS BUZINARO
                       HUGO CESAR BRIGATO DINIZ
                       THAIS FLORIAN GUIMARÃES



       ESTUDO SOBRE CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO DE
      MEDICAMENTOS EM DROGARIAS E DISTRIBUIDORAS EM
                        FERNANDÓPOLIS E REGIÃO




                                Trabalho de conclusão de curso aprovado como
                                requisito parcial para obtenção do título de bacharel
                                em farmácia.

                                Aprovado em: 10 de novembro de 2011.




           Banca examinadora                  Assinatura               Conceito
Prof.ª Esp. Rosana Kagesawa
Matsumi Motta
Prof. Msc. Giovanni Carlos de
Oliveira


Profª. Esp. Vanessa Maira Rizzato
Silveira




                   Prof.ª Esp. Rosana Matsumi Kagesawa Motta
                        Presidente da Banca Examinadora
Dedicamos este trabalho de conclusão da
graduação a Deus, em primeiro por ser nosso
Mestre, que nos iluminou e guiou durante esta
grandiosa jornada. Aos nossos familiares pelo
esforço, compreensão e total dedicação em todos os
momentos desta e de outras caminhadas.
AGRADECIMENTOS

      Em primeiro lugar agradecemos a Deus por nos conceder o direito de vida,
iluminar e guiar nossos passos.

      Aos nossos pais por sempre estarem no nosso lado apoiando, confortando,
ensinando, incentivando, ajudando e levantando cada vez que caíssemos.

      Aos nossos amigos que estiveram conosco nas brigas, nas bagunças, nos
trabalhos e em todos os momentos.

      A     farmacêutica   Rosana   Matsumi   Kagesawa   Motta   nosso   carinhoso
agradecimento pelo exemplo e dedicação a profissão, obrigada pela confiança,
paciência, dedicação e orientação para elaboração deste trabalho e a nossa
formação.
“É preciso se expor sem medo de dar vexame. É
preciso colocar o trabalho na rua. É preciso saber
ouvir um não e, depois de secar as lágrimas, seguir
batalhando. Arriscar é o nome do jogo. Muitos
perdem, poucos ganham. Mas quem não tenta, não
tem ao menos o direito de reclamar”.

                                  Martha Medeiros.
RESUMO

A Assistência Farmacêutica não está restrita à produção e distribuição de
medicamentos, mas abrange um conjunto de procedimentos necessários à
promoção, prevenção e recuperação da saúde, individual e coletiva, centrado no
medicamento. Com esta concepção, a Assistência Farmacêutica engloba as
atividades de pesquisa, produção, distribuição, armazenamento, prescrição e
dispensação, esta última entendida como o ato essencialmente de orientação
quanto ao uso adequado e farmacovigilância. O objetivo principal deste trabalho foi
verificar as condições em que os medicamentos são armazenados e distribuídos em
drogarias e distribuidoras na cidade de Fernandópolis e região, pois é importante a
manutenção da integridade dos fármacos até chegar ao paciente. Foram
selecionadas 25 questões e enviadas para 25 drogarias e 15 distribuidoras. Após o
recebimento das respostas dos estabelecimentos foi realizado as análise dos dados
demonstrados através de gráficos. Alguns resultados precisam ser averiguados,
como, drogarias da região não ter manual de Boas Práticas atualizados e escritos,
além de, algumas distribuidoras não ter local adequado para produtos termolábeis e
imunobiológicos. Os resultados de forma geral mostraram que é preciso estruturação
das ações de assistência farmacêutica dentro do serviço de drogaria ou distribuidora
para a promoção da saúde na sua totalidade, a fim de que se garanta a melhoria da
utilização dos medicamentos com redução dos riscos de morbimortalidade.


Palavras-Chaves: Armazenamento. Assistência Farmacêutica. Distribuidora.
Drogaria. Medicamento.
ABSTRACT

The Pharmaceutical Assistance is not restricted to the production and distribution of
medicines, but extends to a set of necessary procedures for promotion, prevention
and recovery of health, individual and collective directed to the medicine. With this
conception, the Pharmaceutical Assistance includes the research, production,
distribution and storage, prescribing and dispensing, and the last one is understood
as the essential act and guidance on the appropriate use and how to care of the
pharmaceutical products. The main objective of this work was to check the conditions
under which drugs are stored and distributed in drugstores and distributors in the
Fernandópolis and other cities around, because it is important to maintain the
integrity of the medicines to reach the patient. 25 questions were selected and sent
to 25 drugstores and 15 distributors. After receive the answers we made an analysis
of the information by graphs. Some results have to be investigated, as why some
drugstores have no Good Practices Manual updated and written, and some
distributors have no place for substances which can be distroyed in low temperature
and immunological products. The results showed that in general it is necessary to
structure the actions of pharmaceutical care within the service drugstore or distributor
for health promotion in its entirety, in order to ensure the best way for use the
medicines with reduction of the morbimortality risks.


Keywords: Storage. Pharmaceutical Care. Distributor. Drugstore. Medicine.
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Sinais indicativos de possíveis alterações na estabilidade de
medicamentos............................................................................................................28
Tabela 2:       Faixas de temperatura segundo a classificação farmacopéica...............30
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Ciclo da Assistência Farmacêutica........................................................... 18
Figura 1a: Qual sua formação profissional?(Distribuidoras).................................... 35
Figura 1b: Qual sua formação profissional?(Drogarias)......................................... 35
Figura 2a: Qual o responsável pelo almoxarifado?(Distribuidoras)........................ 36

Figura 2b: Qual o responsável pelo almoxarifado?(Drogarias)..............................                                36

Figura 3a: Qual o tipo de estocagem?(Distribuidoras)............................................. 37

Figura 3b: Qual o tipo de estocagem? (Drogarias).................................................. 37
Figura 4a: Há separação física, bem delimitada, entre o recebimento, expedição
e a armazenagem geral?(Distribuidoras)................................................................. 38
Figura 4b: Há separação física, bem delimitada, entre o recebimento, expedição
e a armazenagem geral?(Drogarias)....................................................................... 38
Figura 5a: O local apresenta-se em boas condições?(Distribuidoras).................... 39
Figura 5b: O local apresenta-se em boas condições? (Drogarias).......................... 39
Figura 6a: O local possui forro?(Distribuidoras)....................................................... 40
Figura 6b: O local possui forro?(Drogarias)............................................................. 40
Figura 7a: A iluminação é boa?(Distribuidoras)....................................................... 41
Figura 7b: A iluminação é boa?(Drogarias)............................................................. 41
Figura 8a: Existe proteção contra entrada de roedores?(Distribuidoras)................ 42
Figura 8b: Existe proteção contra entrada de roedores?(Drogarias)....................... 42
Figura 9a: Existe proteção contra entrada de aves?(Distribuidoras)....................... 43
Figura 9b: Existe proteção contra entrada de aves?(Drogarias)............................. 43
Figura 10a: Existem registros escritos do controle de temperatura e umidade?
(Distribuidoras)......................................................................................................... 44
Figura 10b: Existem registros escritos do controle de temperatura e umidade?
(Drogarias)............................................................................................................... 44
Figura 11a: Existem extintores de incêndio?(Distribuidoras)................................... 45
Figura 11b: Existem extintores de incêndio? (Drogarias)........................................ 45
Figura 12a: O local é completamente fechado? (Distribuidoras)............................. 46
Figura 12b: O local é completamente fechado? (Drogarias)................................... 46
Figura 13a: Existem “pallets” ou estantes suficientes para a operação de
estocagem e movimentação dos estoques? (Distribuidoras).................................. 47
Figura 13b: Existem estantes suficientes para a operação de estocagem e
movimentação dos estoques? (Drogarias).............................................................. 47
Figura 14a: Existe local apropriado para a armazenagem de imunobiológicos?
(Distribuidoras)......................................................................................................... 48
Figura 14b: Existe local apropriado para a armazenagem de imunobiológicos?
(Drogarias)............................................................................................................... 48
Figura 15a: As câmaras frias têm termômetros para a medição de temperatura?
(Distribuidoras)......................................................................................................... 49
Figura 15b: As             câmaras          frias    têm       termômetros           para        a    medição           de
temperatura? (Drogarias)......................................................................................... 49
Figura 16a: Existe               local      apropriado          para      armazenagem                 de    produtos
termolábeis? (Distribuidoras)................................................................................... 50
Figura 16b: Existe               local      apropriado          para      armazenagem                 de    produtos
termolábeis? (Drogarias)......................................................................................... 50
Figura 17a: Existe local para guardar produtos controlados? (Distribuidoras)....                                             51
Figura 17b: Existe local para guardar produtos controlados? (Drogarias)........... 51
Figura 18a: Existem                procedimentos             por     escrito       para      a       expedição          de
medicamentos? (Distribuidoras)...........................................................................                    52
Figura 18b: Existem                procedimentos             por     escrito       para      a       expedição          de
medicamentos? (Drogarias)..................................................................................                  52
Figura 19a: Existem                 procedimentos             escritos        para      o     recebimento               de
medicamentos? (Distribuidoras)...........................................................................                    53
Figura 19b: Existem procedimentos escritos para o recebimento de
medicamentos? (Drogarias)...................................................................................                 53
Figura 20a: Quando de sua chegada, os medicamentos são examinados
fisicamente para se certificar que estão íntegros e nas quantidades certas?
(Distribuidoras).....................................................................................................        54
Figura 20b: Quando de sua chegada, os medicamentos são examinados
fisicamente para se certificar que estão íntegros e nas quantidades certas?
(Drogarias).............................................................................................................. 54
Figura 21a: Se houverem discordâncias quanto ás quantidades ou quanto à
integridade         física     dos       medicamentos,             qual     o    procedimento              adotado?
(Distribuidoras).......................................................................................................      55
Figura 21b: Se houverem discordâncias quanto ás quantidades ou quanto à
integridade         física     dos      medicamentos,             qual      o    procedimento            adotado?
(Drogarias).............................................................................................................. 55
Figura 22a: Na chegada, os medicamentos são examinados quanto ao número
do lote e prazo de validade? (Distribuidoras).......................................................                      56
Figura 22b: Na chegada, os medicamentos são examinados quanto ao
número do lote e prazo de validade? (Drogarias)..................................................                         56
Figura 23a: Existem procedimentos escritos para as atividades relativas ao
armazenamento dos medicamentos? (Distribuidoras)..........................................                                57
Figura 23b: Existem procedimentos escritos para as atividades relativas ao
armazenamento dos medicamentos? (Drogarias)................................................                               57
Figura 24a: Os medicamentos são estocados por lotes de produtos?
(Distribuidoras).......................................................................................................   58
Figura 24b: Os medicamentos são estocados por lotes de produtos?
(Drogarias).............................................................................................................. 58
Figura 25a: O sistema de se despachar os lotes mais antigos em primeiro
lugar é seguido rigorosamente? (Distribuidoras)..................................................                         59
Figura 25b: O sistema de se despachar os lotes mais antigos em primeiro
lugar é seguido rigorosamente? (Drogarias).........................................................                       59
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
AF – Assistência Farmacêutica.
CEME – Centro de Emergência.
CFF – Conselho Federal de Farmácia.
CPRFB – Comissão Permanente de Revisão da Farmacopéia Brasileira.
CRF – Conselho Regional de Farmácia.
DOU – Diário Oficial da União.
MS – Ministério da Saúde.
RDC – Resolução da Diretoria Colegiada.
SP – São Paulo.
SVS – Secretaria da Vigilância Sanitária.
SUMÁRIO


INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................15
1. DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................................17
1.1 ASPECTOS RELACIONADOS Á POLÍTICA DE MEDICAMENTOS NO BRASIL.............................17
1.1.1 Bases conceituadas da assistência farmacêutica.....................................................................17
1.1.2 O ciclo da assistência farmacêutica ..........................................................................................18
1.2 ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS CONFORME A LEGISLAÇÃO.......19
1.2.1 Leis de armazenamento e distribuição.......................................................................................21
1.2.2 Decretos de armazenamento e distribuição...............................................................................22
1.2.3 Portarias de armazenamento e distribuição...............................................................................22
1.2.4 Resoluções de armazenamento e distribuição..........................................................................23
1.3 ARMAZENAMENTO..........................................................................................................................26
1.3.1 Estabilidade de medicamentos ...................................................................................................27
1.3.2 Temperatura..................................................................................................................................30
1.3.3 Luminosidade ...............................................................................................................................30
1.3.4 Ventilação......................................................................................................................................31
1.3.5 Umidade.........................................................................................................................................31
1.4 DISTRIBUIÇÃO..................................................................................................................................31
2. OBJETIVOS.........................................................................................................................................33
2.1 OBJETIVO GERAL............................................................................................................................33
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO...................................................................................................................33
3. METODOS...........................................................................................................................................34
3.1 SELEÇÃO DA BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................34
3.2 AMOSTRA POPULACIONAL............................................................................................................34
3.3 ELABORAÇÃO DA PESQUISA.........................................................................................................34
3.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS..........................................................................................................34
4. RESULTADOS....................................................................................................................................35
5. DISCUSSÃO........................................................................................................................................60
6. CONSIDERAÇÕES FINAS..................................................................................................................61
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................63
APÊNDICE...............................................................................................................................................68
15



                                    INTRODUÇÃO



          A atuação do farmacêutico na área de distribuição e transporte é
relativamente nova, pois foi efetivada apenas no início da década de 90 com a
criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e consolidada no final da
década de 90, com o surgimento de normas específicas em armazenagem e
transporte, em especial a Portaria 802 de 1998. Desde então, ocorreram mudanças
na legislação, criação da Resolução 365 de 2 de Outubro de 2001 pelo CFF
(Conselho Federal de Farmácia) a regulamentação da profissão nessas áreas e
nova forma de tratamento dessas atividades como prestação de serviços de saúde,
devido à natureza de seus produtos. Desta forma, salienta-se o necessário empenho
por parte de cada profissional envolvido na cadeia de Distribuição de Produtos
Farmacêuticos,    tais   como     indústria,   operadores   logísticos,    distribuidores,
transportadores, drogarias, farmácias, hospitais e clínicas, de fazer cumprir as
normas e procedimentos estabelecidos nas legislações vigentes (BRASIL, 2009).
          A atividade de distribuição é considerada de relevância pública tanto
pelas questões de abastecimento do mercado como pelas características em que
esses produtos chegam ao usuário final. A distribuição de medicamentos, insumos
farmacêuticos, produtos para a saúde (correlatos), saneantes e cosméticos, deve ser
feita de forma a se garantir a qualidade, eficácia e segurança dos produtos oriundos
de indústrias químicas e farmacêuticas (BRASIL, 2009).
          Os medicamentos são produtos diferenciados de suma importância para a
melhoria ou manutenção da qualidade de vida da população. A preservação da sua
qualidade deve ser garantida desde sua fabricação até a dispensação ao paciente.
Desta   forma,   as   condições    de   armazenamento,      distribuição   e   transporte
desempenham papel fundamental para a manutenção dos padrões de qualidade dos
medicamentos (YOKAICHIYA et al., 2003).
          Segundo Yokaichiya (2003) é imprescindível que o ciclo logístico da
Assistência Farmacêutica (aquisição, programação, distribuição e dispensação)
tenha a qualidade e a racionalidade necessárias, de modo a disponibilizar
medicamentos seguros e eficazes, no momento certo e nas quantidades adequadas.
          O armazenamento e a distribuição são etapas do ciclo de Assistência
Farmacêutica que visam assegurar a qualidade dos medicamentos através de
16



condições adequadas de armazenamento e de um controle de estoque eficaz, bem
como garantir a disponibilidade dos medicamentos em todos os locais de
atendimento ao usuário (CONSENDEY, 2000).
            Para que isso ocorra espera-se que equipes treinadas e responsáveis
pelo armazenamento e distribuição comprometam-se com os processos de
cuidados. Onde devem assumir para si a co-responsabilidade na preparação dos
produtos de forma que as unidades usuárias os recebam, na medida do possível,
prontos para o uso (MARIN et al., 2003).
            Este trabalho apresenta uma revisão e análise da Assistência
Farmacêutica no transporte e armazenamento de medicamentos, como parte
integrante do sistema de obtenção a saúde, no qual a qualidade do uso de
medicamentos está diretamente relacionada à qualidade do serviço de saúde. Para
que um serviço tenha boa qualidade, é necessário satisfazer os objetivos de obter o
máximo benefício com pequeno risco para a saúde proporcionando bem estar aos
usuários.
            Essa qualidade está relacionada ao grau de competência profissional,
pela eficiência na utilização dos recursos, pela satisfação dos usuários e pelo efeito
favorável a saúde.
17



1 DESENVOLVIMENTO


1.1 ASPECTOS RELACIONADOS Á POLÍTICA DE MEDICAMENTOS NO BRASIL




          A Política Nacional de Medicamentos faz parte da Política Nacional de
Saúde e é capaz de melhorar muito as condições de saúde e de assistência a
população, pois visa a qualidade nos medicamentos e o acesso da população a
eles. A política de medicamentos é de extrema importância para a saúde, e a criação
do Centro de Emergência (CEME) representou uma grande iniciativa de ação do
governo na produção de medicamentos, concretizando metas do plano de governo
(BRASIL, 2000b).




1.1.1 Bases conceituadas da assistência farmacêutica




          O mercado farmacêutico brasileiro está entre os cinco maiores do mundo.
Mais se for traçar o perfil dos consumidores deste mercado, pode-se perceber que a
minoria da população e com renda superior a dez salários mínimos consomem
quarenta e oito por cento destes medicamentos, e mais da metade da polução com
renda até quatro salários mínimos consomem somente dezesseis por cento dos
medicamentos, e o restante ficam com a população com a faixa intermediária de
quatro a dez salários, através desses dados fica claro que o acesso não é realizado
de forma igual entre a população, um dos fatores que levam a população procurar os
serviços públicos é o aumento constante dos preços dos medicamentos, assim a
população de baixa renda fica comprometida (MARIN et al., 2003).
          Segundo Marin et al., (2003) existe no Brasil hoje para definir assistência
farmacêutica grupo de atividades relacionadas com o medicamento, com o intuito de
apoiar ações de saúde, e este grupo engloba também o abastecimento dos
medicamentos e a conservação e controle de qualidade e segurança dos
medicamentos.
18



1.1.2 O ciclo da assistência farmacêutica




            A assistência farmacêutica corresponde a um conjunto de atividades que
envolvem os medicamentos e tem como seu principal beneficiário o usuário, mas
para que essa prática atinja seus objetivos com sucesso é fundamental que os
medicamentos tenham qualidade e segurança, o ciclo é um sistema constituído por
etapas que são: seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição e
utilização, que são voltadas para a atenção a saúde, mais ela não depende
exclusivamente de medicamentos, e sim a outros fatores que também estão
relacionados, como a qualidade do meio ambiente, alimentação, moradia, entre
outros, e quando detectados qualquer que seja os sintomas, a atenção a saúde com
medicamentos, são necessários, por este motivo o fácil acesso da população aos
medicamentos é fundamental (MARTINS; GALATO, 2008).


                      A assistência farmacêutica, assim concebida, apresenta
                      componentes com aspectos de natureza técnica, científica e
                      operativa, integrando-os de acordo com a complexidade do serviço,
                      necessidades e finalidades. Os componentes representam as
                      estratégias e o conjunto de ações, que visam ao alcance de objetivos
                      definidos. Sua inter-relação sistêmica está representa no seguinte
                      ciclo: (MARIN et al., 2003 p. 130).


Figura 1: Ciclo da Assistência Farmacêutica




Fonte: Marin, 2003.
19



1.2 ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS CONFORME A
LEGISLAÇÃO VIGENTE



            Os produtos devem ser armazenados de forma ordenada, seguindo as
especificações do fabricante e sobre condições que garantam a manutenção de sua
identidade, integridade, eficácia, segurança e rastreabilidade, as instalações devem
possuir superfícies internas (piso, paredes e tetos) lisas e impermeáveis e
equipamentos de combate a incêndio. O ambiente destinado ao armazenamento
deve ter capacidade suficiente para assegurar o armazenamento ordenado das
diversas categorias dos produtos, devem ser mantidos limpos, protegidos da ação
direta da luz solar, umidade e calor, de modo a preservar a integridade química,
física e microbiológica, buscando a garantia da qualidade e integridade dos mesmos
(BRASIL, 2009a).
            Os locais destinados ao armazenamento de medicamentos devem ser
projetados, localizados, construídos, adaptados e mantidos de forma que suas
operações     sejam   adequadas,   devem    possuir   iluminação,   ar   condicionado
(temperatura e umidade) e ventilação onde essas devem ser verificadas,
monitoradas e registradas as instalações devem ser projetadas e equipadas de
forma a permitir a máxima proteção contra a entrada de insetos e outros animais
(BRASIL, 2002b).
            As unidades que exercem a atividade de distribuição e armazenamento
de medicamentos possuem a responsabilidade de garantir e controlar a qualidade
dos mesmos quando este for realizado pela empresa. Possuindo a responsabilidade
de:
            a) Elaborar os procedimentos operacionais padrões e assegurar que
sejam implantados;
            b) Manter atualizado os dados de distribuição de forma que garanta a
rastreabilidade dos mesmos;
            c) Distribuir os medicamentos de acordo com procedimentos apropriados;
            d) Distribuir os lotes dos medicamentos obedecendo à regra: o primeiro
que expira é o primeiro que sai;
            e) Manter registros de monitoramento ambiental (BRASIL, 2006).
20



          Empresas      que   exercem    a   atividade   de   armazenar   e   distribuir
medicamentos sujeitos a controle especial tais como Psicotrópicos e Entorpecentes
devem possuir Autorização Especial concedida pela Secretaria da Vigilância
Sanitária do Ministério da Saúde. Também deverão manter nos estabelecimentos
para efeito de fiscalização e controle, livros de escrituração como:
          a) Livro de Registro Específico – para indústria farmoquímica, laboratórios
farmacêuticos, distribuidoras, drogarias e farmácias;
          b) Livro de Receituário Geral – para farmácias magistrais (BRASIL,1999).
          Os medicamentos e os insumos farmacêuticos deverão obrigatoriamente
ser guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereça segurança, em local
exclusivo para este fim, sobre a responsabilidade do farmacêutico ou químico
responsável, quando se tratar de indústria farmoquímica (BRASIL, 1999).
          As distribuidoras de medicamentos possuem a função de tentar combater
a distribuição de medicamentos falsificados, adulterados ou roubados, devem ser
legalmente registradas no país, não poderão aceitar medicamentos sem suas
informações e também devem garantir a permanência das informações de cada
produto tais como:
          a) Nome do produto farmacêutico – nome genérico e comercial;
          b) Nome e endereço completo do fabricante/telefone do serviço de
atendimento ao consumidor;
          c) Nome do responsável técnico, número de inscrição e sigla do Conselho
Regional de Farmácia;
          d) Número de registro no Ministério da Saúde conforme publicado em
Diário Oficial da União, sendo necessários somente os nove primeiros números;
          e) Data de fabricação;
          f) Data de validade;
          g) Número de lote a que a unidade pertence;
          h) Composição dos produtos farmacêuticos;
          i) Peso, volume líquido ou quantidade de unidade, conforme o caso;
          j) Finalidade, uso e aplicação;
          k) Precauções, cuidados especiais (BRASIL, 1998b).
21



          O ato de expor a venda ou entregar ao consumidor produtos de interesse
à saúde cujo prazo de validade tenha sido expirado, ou apor-lhes novas datas,
depois de expirado o prazo, comercializar produtos biológicos, imunoterápicos e
outros que exijam cuidados especiais de conservação, preparação, expedição, ou
transporte, sem observância das condições necessárias a sua preservação é
considerado pena – advertência, apreensão, inutilização, interdição, cancelamento
do registro, da licença e da autorização e/ou multa. (BRASIL, 1977a).
          Os produtos que exijam condições especiais de armazenamento e
guarda, os veículos utilizados no seu transporte deverão ser dotados de
equipamentos que possibilite acondicionamento e conservação capazes de
assegurar suas condições de eficácia e pureza (BRASIL, 1976a).
          As áreas de armazenamento devem ter capacidade suficiente para
estocar vários tipos de produtos, devem ser projetadas de forma a assegurar
condições ideais de temperatura, umidade compatíveis com os produtos, as áreas
de recebimento e expedição devem ser protegidas das variações climáticas e
ambientais de temperatura, medicamentos devolvidos e vencidos devem ter área
especificas. Devem ser armazenados afastados do piso e das paredes, com
espaçamento apropriado para permitir a limpeza e inspeção (BRASIL, 2005c).




1.2.1 Leis de armazenamento e distribuição


          Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976


          Dispõem    sobre   a   vigilância   sanitária   a   que   ficam   sujeitos   os
medicamentos, as drogas os insumos farmacêuticos, e correlatos, cosméticos,
saneamentos e outros produtos e da outras providências (BRASIL, 1976a).




          Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977
22



          Configura infrações a legislação sanitária federal, estabelece as sanções
respectivas, e da outras providencias (BRASIL, 1977b).




          Lei nº 11.903, de 14 de janeiro de 2009


          Dispõe sobre o rastreamento da produção e do consumo de
medicamentos por meio de tecnologia de captura, armazenamento e transmissão
eletrônica de dados (BRASIL, 1999c).




1.2.2 Decretos de armazenamento e distribuição


          Decreto nº 79.094, de 05 de janeiro de 1977


          Regulamenta a lei 6.360, de 26 de setembro de 1976, que submete a
sistema de vigilância sanitária os medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas,
correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneantes e outros (BRASIL,1977a).




          Decreto nº 3.961, de 10 de outubro de 2001


          Altera o decreto nº 79.094, de 05 de janeiro de 1977, que regulamenta a
lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976 (BRASIL, 2001a).




1.2.3 Portarias de armazenamento e distribuição


          Portaria SVS/MS nº 344, 12 de maio de 1998


          Aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos
a controle especial (BRASIL, 1998a).
23



          Portaria ANVISA/MS nº 802, de 08 de outubro de 1998


          Considerando a necessidade de garantir maior controle sanitário na
produção distribuição, e que todo seguimento envolvido na produção, distribuição,
transporte e armazenagem de medicamentos é responsável solidário pela
identidade, eficácia, qualidade, e segurança dos produtos farmacêuticos (BRASIL,
1998b).


          Portaria SVS/MS nº 6, de 29 de janeiro de 1999


          Aprova a instrução normativa da portaria SVS/MS nº 344 de 12 de maio
de 1998, que institui o regulamento técnico das substâncias e medicamentos
sujeitos a controle especial (BRASIL, 1999).




1.2.4 Resoluções de armazenamento e distribuição


          Resolução RDC ANVISA/MS nº 59, de 27 de junho de 2000


          A diretoria colegiada da agencia nacional de vigilância sanitária, no uso
da atribuição que lhe confere o artigo 11, inciso IV, do regulamento da ANVISA
aprovado pelo decreto 3.029, de 16 de abril de 1999, em reunião realizada em 20 de
junho de 2000 (BRASIL, 2000a).




          Resolução RDC ANVISA nº 320, 22 de novembro de 2002


          Considerando a necessidade de garantir o sistema de controle e
fiscalização em toda a cadeia dos produtos farmacêuticos, e a necessidade de
acompanhar e monitorar nas distribuidoras, o cumprimento das normas sanitárias
para a distribuição de medicamentos, com vistas à detecção de medicamentos
24



          irregulares, os falsificados e os provenientes de cargas roubadas
assegurando as ações preventivas do sistema de controle e fiscalização (BRASIL,
2002a).


          Resolução RDC ANVISA/MS nº 346, de 16 de dezembro de 2002


          Considerando a necessidade de estabelecer as diretrizes técnicas para
concessão, renovação, alteração e cancelamento de autorização de funcionamento
ou de autorização especial de funcionamento de empresas que prestem serviços de
armazenagem de mercadorias sob vigilância sanitária em terminais aquaviários,
portos organizados, aeroportos, postos de fronteira e recintos alfandegados, e
considerando a necessidade de estabelecer as diretrizes técnicas para as boas
práticas de armazenagem a serem cumpridas pelas empresas que prestem serviços
de armazenagem de mercadorias sob vigilância sanitária em estabelecimentos
instalados em terminais aquaviários, portos organizados, aeroportos, postos de
fronteira e recintos alfandegados (BRASIL, 2002b).




          Resolução RDC ANVISA/MS nº 210, 04 de agosto de 2003


          A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso
da atribuição que lhe confere o art. 11, inciso IV, do Regulamento da ANVISA,
aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I,
alínea “b”, § 1º do Regimento Interno aprovado pela Portaria nº 593, de 25 de agosto
de 2000, republicada em 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 30 de
julho de 2003 (BRASIL, 2003).




          Resolução RDC ANVISA/MS nº 55, 17 de março de 2005


          A diretoria colegiada da agencia nacional de vigilância sanitária, no uso
de sua atribuição que lhe confere o art. 11, inciso IV, do regulamento da ANVISA
25



          aprovado pelo DECRETO nº 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111,
inciso I, alínea “b”, § 1º, do regimento interno aprovado pela Portaria nº 593, de 25
de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião
realizada dia 10 de fevereiro de 2005 (BRASIL, 2005c).




          Resolução RDC ANVISA/MS nº 176, 07 de junho de 2005


          Considerando a necessidade e controle sanitário na fabricação,
importação exportação, fracionamento, armazenamento, expedição, embalagem,
distribuição e transporte dos insumos farmacêuticos, art. 1º , fica estabelecida a
obrigatoriedade do recadastramento e prestação de informações atualizadas por
parte das empresas estabelecidas ou com representantes no país, que exerçam as
atividades (BRASIL, 2005a).




          Resolução RDC ANVISA/MS nº 249, 13 de setembro de 2005


          Considerando a necessidade de atualizar as boas práticas de fabricação
de produto intermediário e insumo farmacêutico, e considerando a necessidade de
padronizar as ações de vigilância sanitária (BRASIL, 2005b).




          Resolução RDC ANVISA nº 204, de 14 de novembro de 2006n - DOU, de
16 de novembro de 2006


          A diretoria colegiada da agencia nacional da vigilância sanitária, no uso
da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 do regulamento aprovado pelo
DECRETO nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto o inciso II, e
nos §§ 1º e 3º do art. 54 do nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006,
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 06 de
novembro de 2006 (BRASIL, 2006).
26



          Resolução RDC ANVISA nº 44, de 17 de agosto de 2009


          Dispõem sobre boas práticas farmacêuticas para o controle sanitário do
funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de
serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providencias (BRASIL,
2009a).




1.3 ARMAZENAMENTO




          O armazenamento é um conjunto de procedimentos técnicos e
administrativos que tem como objetivo assegurar a qualidade dos medicamentos por
meio de condições adequadas de estocagem e guarda, de conservação e de
controle eficaz de estoque. Quando encontrado de maneira inadequada, pode
ocasionar danos perigosos, dos mais variados tipos. Tem como principal finalidade
assegurar a qualidade dos medicamentos, dependendo do tipo do produto e também
da maneira como eles são armazenados, podem gerar simples prejuízos financeiros,
ou até mesmo levar a danos mais graves como a intoxicação de usuários. O
armazenamento garante a disponibilidade dos medicamentos em todos locais de
fornecimento e atendimento ao usuário (BRASIL, 2004).
          Um sistema falho de armazenamento proporciona um índice de danos
como utilização de medicamentos vencidos ou estragados. Os sistemas mais
modernos se comprometem mais com o processo de cuidado, estes que vão desde
a preparação dos produtos, de forma que os usuários o recebam já pronto para uso,
e devidamente rotulado (BRASIL, 2004).
          O almoxarifado é responsável na parte de estocagem dos medicamentos
com cuidados necessários para garantir a preservação desses medicamentos, dessa
forma torna-se corresponsável pela estocagem em suas unidades, provendo um
bom   trabalho   supervisionado   e   garantindo   uma   melhor   qualidade   desse
medicamento até o paciente (MARIN et al., 2003).
27



1.3.1 Estabilidade de medicamentos




          Todos os materiais com o passar do tempo sofrem alterações. São
variáveis que podem ser refletidas ou não. O que leva á perda total ou parcial de sua
atividade, ou podem formar outros produtos, cuja toxicidade pode ser mais elevada
do que a do produto original (BRASIL, 2001b).
          Estabilidade é o período pelo qual os medicamentos mantém suas
características físicas, químicas e farmacológicas, dentro dos limites estabelecidos,
desde o processo de fabricação até o período de vida útil (BRASIL, 2001b).
          A estabilidade, segundo Defilippe (1985) pode ser classificada em:


      Física - As características físicas são propriedades originais, tais como
      aparência, cor, sabor, odor, pH, viscosidade, dureza, uniformidade, etc.
      Indicando que os medicamentos não sofreram nenhum tipo de alterações,
      durante seu período de armazenamento, que impliquem em mudança das
      características físicas tornando-as praticamente inalteradas.


      Química - Cada integrante ativo deverá reter sua integridade e sua potencia
      declarada no rótulo, sendo esta a capacidade da forma farmacêutica em
      manter a identidade molecular do fármaco dentro dos limites especificados.


      Microbiológica - A resistência ao crescimento de microorganismos permanece
      dentro de limites estabelecidos, e os agentes antimicrobianos mantêm sua
      eficácia dentro dos limites especificados.


      Terapêutica - Essa atividade deve-se permanecer inalterada.


      Toxicológica - Não se deve ocorrer aumento significativo de toxicidade dos
      medicamentos.
28



Tabela 1 Sinais indicativos      de     possíveis     alterações   na   estabilidade   de
medicamentos.
 FORMAS FARMACÊUTICAS            ALTERAÇÕES VISÍVEIS
                                 Quantidade excessiva de pó
                                 Quebras, lascas, rachaduras na superfície
 Comprimidos                     Manchas, descoloração, aderência entre os
                                 comprimidos ou formação de depósitos de cristais
                                 sobre o produto
 Drágeas                         Fissuras, rachaduras, manchas na superfície
                                 Mudança        na      consistência     ou   aparência
 Cápsulas
                                 (amolecimento ou endurecimento)
                                 Presença de aglomerados
 Pós e grânulos
                                 Mudança na cor ou endurecimento
 Pós efervescentes               Crescimento da massa e pressão grossa
                                 Diminuição do volume por perda de água
                                 Mudança na consistência
 Cremes e pomadas                Presença de líquido ao apertar a bisnaga
                                 Formação de grânulos, grumos e textura arenosa
                                 Separação de fases
 Supositórios                    Amolecimento, enrugamento ou manchas de óleo
                                 Precipitação
 Soluções / xaropes / elixires
                                 Formação de gases
                                 Turbidez, presença de partículas, vazamento,
 Soluções injetáveis
                                 formação de cristais e mudança na coloração
                                 Quebra da emulsão, mudança na coloração e no
Emulsões
                                 odor
                                 Precipitação, presença de partículas, grumos,
 Suspensões                      cheiro      forte,      mudança        na    coloração,
                                 entumecimento e liberação de gases.
                                 Mudanças de coloração, turbidez e formação de
 Tinturas / extratos
                                 gases
Fonte: Defilippe,1985.
29



          Segundo Moura (1989) a estabilidade do medicamento, é de fundamental
importância para que seu efeito terapêutico seja mantido. Existem fatores intrínsecos
e extrínsecos que afetam a estabilidade dos medicamentos e sua ação natural:


          Fatores intrínsecos – Estão relacionados ao processo de fabricação do
medicamento:


          • Procedimento;
          • Métodos;
          • Técnicas;
          • Equipamentos;
          • Envase;
          • Embalagem;
          • Princípios ativos;
          • Princípios inativos (conservantes, corantes, aromatizantes);
          • Interações entre fármacos e solventes adjuvantes;
          • pH do meio;
          • Tamanho das partículas;
          • Alterações nos aspectos físicos (precipitação, presença de gases,
uniformidade da dose, recipiente, grau de pureza);
          • Incompatibilidades.


          Fatores extrínsecos - Fatores ambientais, ligados as condições de
transporte e estocagem:


          • Ligados a temperatura;
          • Luminosidade;
          • Ar (oxigênio, gás carbônico,...);
          • Umidade.
30



1.3.2 Temperatura




           As condições ambientais são as mais responsáveis pela alteração da
temperatura e deterioração dos medicamentos. Para um controle mais adequado
desta temperatura é fundamental o uso de termômetros nas áreas de estocagem, e
com um acompanhamento de registros diários em mapas de controle, e também,
gráficos que possa informar possíveis anormalidades para que estas sejam
corrigidas (NUNES; SILVA, 2001).
           Os medicamentos sempre deverão estar armazenados em locais
ventilados e com a temperatura ambiente de 25° as temperaturas elevadas são
                                              C,
contra-indicadas para os medicamentos, pois pode acelerar a indução de reação
química e biológica (NUNES; SILVA, 2001).


Tabela 2 Faixas de temperatura segundo a classificação farmacopéica.
Temperatura para conservação de medicamentos
Fria ou refrigerada                   2-8°C
Fresca                                8-15°C
Ambiente                              15-30°C
Quente                                Acima de 30°C
Fonte: Farmacopéia Brasileira.4ed.São Paulo:Atheneu, 1988




1.3.3 Luminosidade




           De acordo com Nunes, Silva (2001) se a intensidade da luminosidade
sobre os medicamentos for muito forte, principalmente os raios solares, isso pode
acarretar um elevado índice de aceleramento das reações químicas, e com isso
alterando sua estabilidade, os efeitos ocorridos pela forte luminosidade não
dependem somente da intensidade da luz, mais também do tempo de exposição, se
houver a preocupação na estocagem dos medicamentos, embalando-os de forma
adequada em papel alumínio, os problemas da estocagem podem ser amenizados,
31



por isso há uma preocupação maior na aquisição onde se deve especificar
corretamente, para que haja embalagens adequadas.




1.3.4 Ventilação




          Segundo Nunes; Silva (2001) a ventilação é fundamental para manter o
equilíbrio da temperatura em todos os pontos do ambiente, a circulação interna do ar
deve ser mantida para uma melhor conservação dos medicamentos.




1.3.5 Umidade




          Dependendo do grau de umidade isso pode afetar o nível de estabilidade
desencadeando possíveis reações químicas, biológicas e até mesmo físicas, quando
os medicamentos são armazenados em ambientes úmidos eles podem sofrer
algumas alterações tanto na consistência como em seu odor ou sabor, por isso a
recomendação de nunca deixar medicamentos próximos a paredes, teto ou chão,
pois produtos que são sensíveis a umidades devem ser preservados e conservados
em frascos fechados. O grau de umidade dos medicamentos não deve passar de
70%, e sua medição é feita por meio de higrômetros, a umidade relativa é calculada
entre a temperatura seca e a temperatura úmida (NUNES; SILVA, 2001).




1.4 DISTRIBUIÇÃO




          O processo de distribuição tem início a partir de qualquer solicitação de
medicamentos com o intuito de suprir necessidades por um tempo determinado, e
essas atividades de transporte vão desde o fornecimento da matéria-prima até a
saída do produto acabado da fábrica. O processo de distribuição de medicamentos
corretos deve ser realizado em um tempo eficaz, para que atrasos sejam evitados e
32



se cumpra todo o cronograma previsto, e para que os produtos cheguem em
segurança sem nenhum dano e nas quantidade corretas, por isso o cuidado na
escolha do transporte é de extrema importância, pois os produtos tem que ser
entregues ao destinatário em segurança levando em consideração a rota que irá
percorrer, distância etc. Toda entrega deve ser monitorada, deve-se saber sempre
dados referentes à posição dos produtos em estoques, ou seja, produtos recebidos
e distribuídos, quantidade máxima e mínima em estoque, quantidades de produtos
adquiridos, todo esse procedimento é fundamental para um bom gerenciamento.
Sendo assim o processo de distribuição deve satisfazer as necessidades dos
clientes, entregando ao consumidor final um produto de forma segura e que garanta
a qualidade, a segurança e as mesmas características com que foram produzidos
(BRASIL, 2009).
33



2 OBJETIVOS


2.1 OBJETIVO GERAL




           O Objetivo desse trabalho foi verificar as condições em que os
medicamentos eram armazenados e distribuídos em drogarias e distribuidoras na
cidade de Fernandópolis e região. Para fazer uma análise estudamos as leis que
regulamentam esses procedimentos e também manuais de órgãos vigentes, com o
objetivo de confrontar os resultados obtidos com as leis responsáveis pelos
procedimentos.




2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS




           Este trabalho tem como objetivos específicos apresentar a realidade de
como são armazenados e distribuídos os medicamentos em drogarias e
distribuidoras. Através da:


           a) A aplicação da assistência farmacêutica baseada na armazenagem e
distribuição;
           b) O papel do farmacêutico no armazenamento e na distribuição dos
medicamentos;
           c) A maneira como os medicamentos são distribuídos.
34



3 MÉTODOS


3.1 SELEÇÃO DA BIBLIOGRAFIA




          O presente trabalho teve como método inicial a revisão bibliográfica com
pesquisas em livros, artigos científicos e sites relacionados (Scielo, Google Scholar).




3.2 AMOSTRA POPULACIONAL




          A pesquisa foi realizada em 25 drogarias e 15 distribuidoras dos
municípios de Fernandópolis e região.




3.3 ELABORAÇÃO DA PESQUISA




          Foi elaborado um questionário com 25 questões relacionadas à diversas
áreas da empresa e enviado aos responsáveis técnicos das drogarias e
distribuidoras em análise.




3.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS




          Após recebimento das respostas foi realizada uma análise e após uma
triagem, as demonstrações gráficas.
35



4 RESULTADOS




           Pesquisa sobre Armazenamento de medicamentos em Drogarias e
Distribuidoras.
            Figura 1a: Qual sua formação profissional?

                                  (Distribuidoras)


                          Farmacêutico    Outras formações

                            18%




                                                 82%


          Foram pesquisadas 15 distribuidoras, onde 82% apresentaram formação
farmacêutica e 18% possuem outras formações.


            Figura1b: Qual sua formação profissional?

                                   (Drogarias)

                          Farmacêutico    Outras formações
                                    6%




                                           94%


           Das 25 drogarias pesquisadas 94% são farmacêuticos e 6% possuem
outras formações.
36



           Figura 2ª: Quem é o responsável pelo almoxarifado?

                                    (Distribuidoras)



                                 Farmacêutico   Proprietário
                                           0%




                                         100%


          As 15 distribuidoras entrevistadas 100% alegam ser o farmacêutico o
responsável pelo almoxarifado.


           Figura 2b: Quem é o responsável pelo almoxarifado?

                                     (Drogarias)

                              Farmacêutico      Proprietário

                           18%




                                                      82%



          Das 25 drogarias entrevistadas 82% alegam que o responsável pelo
almoxarifado é o farmacêutico e 18% o proprietário.
37



           Figura 3a: Qual o tipo de estocagem?

                                      (Distribuidoras)



                                Horizontal     Vertical (porta paletas)




              50%                                                               50%




          Das 15 distribuidoras entrevistadas 50% possuem estocagem em forma
horizontal e 50% possuem em forma vertical.


          Figura 3b: Qual o tipo de estocagem?

                                         (Drogarias)



                            Horizontal       Vertical (porta paletas)




               44%



                                                                          56%




          Das 25 drogarias 56% realizam o método horizontal para a estocagem e
44% o vertical (por paletas).
38



           Figura   4a:   Há   separação      física,   bem   delimitada,   entre   o
recebimento, expedição e armazenagem geral?

                                (Distribuidoras)


                                   Sim      Não


                                       0%




                                       100%

         Das 15 distribuidoras pesquisadas 100% alegam possuir separação física
bem delimitada entre o recebimento, expedição e armazenagem.


          Figura 4b: Há separação física, bem delimitada, entre o recebimento,
expedição e armazenagem geral?

                                  (Drogarias)


                                   Sim      Não


                                  6%




                                         94%

         Das 25 drogarias entrevistadas 94% alegam possuir separação física bem
delimitada entre o recebimento, expedição e armazenagem e 6% não.
39



         Figura 5a: O local apresenta-se em boas condições?

                              (Distribuidoras)

                                  Sim       Não

                                      0%




                                     100%


         Das 15 distribuidoras entrevistadas 100% alegam que possuem boas
condições de armazenamento.


          Figura 5b: O local apresenta-se em boas condições?

                                 (Drogarias)

                                     Sim    Não

                                6%




                                             94%

         Das 25 drogarias entrevistadas 94% apresentam boas condições de
armazenamento e 6% não apresentam.
40



           Figura 6a: O local possui forro?

                                (Distribuidoras)

                                     Sim    Não


                       30%




                                                    70%




           Das 15 distribuidoras 30% responderam que não tem forro na empresa e
70% responderam sim.


           Figura 6b: O local possui forro?

                                   (Drogarias)

                                    Sim    Não

                                      0%




                                     100%


           Das 25 drogarias 100% afirmaram que possuem forros nas instalações da
empresa.
41



Figura 7a: A iluminação é boa?

                      (Distribuidoras)
                           Sim    Não

                            0%




                           100%




 Das 15 distribuidoras 100% apresentam iluminação adequada.


Figura 7b: A iluminação é boa?

                         (Drogarias)
                            Sim    Não

                             0%




                            100%


 Das 25 drogarias 100% afirmam ter iluminação boa no estabelecimento.
42



          Figura 8a: Existe proteção contra entrada de roedores?

                                 (Distribuidoras)

                                     Sim        Não

                                         0%




                                         100%


          De acordo com as respostas das 15 distribuidoras, 100% possuem
proteção contra a entrada de roedores.


         Figura 8b: Existe proteção contra entrada de roedores?

                                   (Drogarias)

                                     Sim        Não

                             13%




                                                      87%


          Nota-se que apenas 87% das drogarias tem proteção contra roedores
sendo que 13% não estão protegidas, lembrando que foram questionadas 25
estabelecimentos.
43



        Figura 9a: Existe proteção contra entrada de aves?

                               (Distribuidoras)

                                    Sim    Não

                                     0%




                                    100%


         Do total das 15 distribuidoras, 100% possuem proteção contra entrada de
aves.


        Figura 9b: Existe proteção contra entrada de aves?

                                 (Drogarias)

                                   Sim     Não


                      25%




                                                    75%



         Das 25 drogarias apenas 25% não possuem proteção contra entrada de
aves sendo que 75% tem proteção contra entrada de aves.
44



         Figura 10a: Existem registros escritos do controle de temperatura e
umidade?

                                (Distribuidoras)


                                    Sim    Não




                       30%




                                                     70%



         Das 15 distribuidoras 70% afirmam existir registros escritos do controle de
temperatura e umidade, 30% não seguem esse procedimento.


         Figura 10b: Existem registros escritos do controle de temperatura e
umidade?

                                  (Drogarias)

                                     Sim   Não



                                                     25%




                        75%


         Das 25 drogarias apenas 25% mantém controle de temperatura e
umidade, as 75% restantes responderam negativamente.
45



 Figura 11a: Existem extintores de incêndio?

                      (Distribuidoras)

                          Sim     Não

                             0%




                            100%


Das 15 distribuidoras, 100% possuem extintores de incêndio.




 Figura 11b: Existem extintores de incêndio?

        Figura 11b: Existem extintores de incêndio?
                        (Drogarias)
                           Sim       Não
                                0%




                             100%


Das 25 drogarias, 100% possuem extintores de incêndio.
46



               Figura 12a: o local é completamente fechado?

                                      (Distribuidoras)

                                          Sim     Não


                          22%




                                                          78%




         Das    15   distribuidoras    questionadas      78%    alegam   ter o   espaço
completamente fechado ao contrário das 22% restantes.




         Figura12b: O local é completamente fechado?

                                      (Drogarias)

                                        Sim     Não
                                         0%




                                        100%


         Das 25 drogarias 100% afirmam ter o espaço completamente fechado.
47



         Figura 13a: Existem “pallets” suficientes para a operação de
estocagem e movimentação?


                                (Distribuidoras)


                                       Sim     Não


                                         0%




                                        100%


         Das   15   distribuidoras,    100%     possuem    “pallets”   suficientes   para
estocagem e movimentação dos produtos em estoque.


          Figura 13b: Existem estantes suficientes para a operação de
estocagem e movimentação?

                                      (Drogarias)


                                        Sim    Não



                         25%




                                                     75%

         Das 25 drogarias, 75% possuem estantes suficientes para estocagem e
movimentação dos estoques, ao contrário das 25% restantes.
48



         Figura 14a: Existe local apropriado para a armazenagem de
imunobiológicos?

                               (Distribuidoras)


                                    Sim   Não




                   50%                               50%




         Das 15 distribuidoras 50% afirmaram existir local apropriado para
armazenagem de imunobiológicos, e 50% não possuem.


         Figura 14b: Existe local apropriado para a armazenagem de
imunobiológicos?


                                  (Drogarias)


                                    Sim   Não



                                                  31%




                      69%




         Das 25 drogarias, 69% não têm local para armazenar imunobiológicos e
31% afirmaram possuir local adequado.
49



          Figura 15a: As câmeras frias têm termômetro para a medição de
temperatura?

                                (Distribuidoras)


                                    Sim   Não



                     30%




                                                   70%


         Das 15 distribuidoras 70% afirmam que as câmaras frias têm termômetro
para a temperatura e 30% não.


           Figura 15b: As câmeras frias têm termômetro para a medição de
temperatura?

                                  (Drogarias)


                                    Sim   Não




                                                   31%




                      69%


         Das 25 drogarias, 69% não têm termômetro em câmara fria e 31%
afirmaram que sim.
50



         Figura 16a: Existe local apropriado para armazenagem de produtos
termolábeis?

                                  (Distribuidoras)


                                      Sim   Não



                         22%




                                                     78%


         Das 15 distribuidoras, 78% têm local apropriado para armazenamento de
produtos termolábeis e 22% não.


         Figura 16b: Existe local apropriado para armazenagem de produtos
termolábeis?

                                    (Drogarias)


                                      Sim   Não




                   50%                                     50%




         Das 25 drogarias 50% possuem local apropriado para produtos
termolábeis e 50% não têm.
51



          Figura 17a: Existe local para guardar produtos controlados?

                               (Distribuidoras)


                                   Sim     Não


                      30%




                                                  70%



          Das 15 distribuidoras 70% afirmam ter um local específico para os
medicamentos controlados e 30 % não possuem.


         Figura 17b: Existe local para guardar produtos controlados?

                                 (Drogarias)

                                   Sim     Não


                                     0%




                                    100%


          Das 25 drogarias, 100% possuem local para guardar medicamentos
controlados.
52



          Figura 18a: Existem procedimentos por escrito para a expedição de
medicamentos?

                              (Distribuidoras)

                                  Sim     Não



                                    0%




                                   100%

          Das 15 distribuidoras 100% possuem o procedimento de expedição de
medicamentos por escrito.


          Figura 18b: Existem procedimentos por escrito para a expedição de
medicamentos?

                                (Drogarias)


                                  Sim     Não




                 50%                                 50%




          Das 25 drogarias 50% possuem os procedimentos de expedição de
medicamentos e 50% não têm.
53



         Figura 19a: Existem procedimentos escritos para o recebimento de
medicamentos?

                               (Distribuidoras)


                                    Sim    Não


                                      0%




                                     100%

         Das 15 distribuidoras 100% têm procedimentos escritos para recebimento
dos medicamentos.


         Figura 19b: Existem procedimentos escritos para o recebimento de
medicamentos?

                                  (Drogarias)


                                    Sim     Não




                                                      44%


                    56%




         Das 25 drogarias 56% não possuem os procedimentos de recebimento de
medicamentos por escrito e 44% afirmam que sim.
54



         Figura 20a: Na chegada, os medicamentos são examinados
fisicamente para se certificar que estão íntegros e nas quantidades certas?

                               (Distribuidoras)


                                    Sim     Não



                                      0%




                                     100%

         Das 15 distribuidoras 100% conferem a integridade e quantidade dos
medicamentos.


           Figura 20b: Na chegada, os medicamentos são examinados
fisicamente para se certificar que estão íntegros e nas quantidades certas?

                                 (Drogarias)


                                    Sim     Não



                                     0%




                                    100%

         Das 25 drogarias 100% conferem a integridade e quantidade dos
medicamentos.
55



         Figura 21a: Se houverem discordâncias quanto às quantidades ou
quanto à integridade física dos medicamentos, qual o procedimento adotado?

                                   (Distribuidoras)



                    Não recebem       Recebem e ficam em quarentena



                          25%




                                                      75%



         Das 15 distribuidoras 75% não recebem a mercadoria se não estiver
compatível com o pedido ou alterações na integridade do medicamento e 25%
recebem, porém ficam em quarentena até resolver o problema com o fornecedor.


          Figura 21b: Se houverem discordâncias quanto às quantidades ou
quanto à integridade física dos medicamentos, qual o procedimento adotado?

                                     (Drogarias)


                     Não recebem      Recebem e ficam em quarentena


                            19%




                                                   81%


         Das 25 drogarias 81% não recebem a mercadoria que contém alterações
na integridade física dos medicamentos ou está incompatível com o pedido e 19%
recebem, porém mantém em quarentena até resolver o problema.
56



          Figura 22a: Na chegada, os medicamentos são examinados quanto
ao número do lote e ao prazo de validade?

                              (Distribuidoras)


                                   Sim    Não


                                    0%




                                   100%


         Das 15 distribuidoras 100% conferem o lote e a validade dos
medicamentos adquiridos.


          Figura 22b: Na chegada, os medicamentos são examinados quanto
ao número do lote e ao prazo de validade?

                                (Drogarias)


                                  Sim     Não



                                    0%




                                   100%

         Das 25 drogarias, 100% conferem o lote e o prazo de validade dos
medicamento


         s.
57



          Figura 23a: Existem procedimentos escritos para as atividades
relativas ao armazenamento dos medicamentos?

                               (Distribuidoras)


                                   Sim      Não


                                     0%




                                     100%

         Das 15 distribuidoras 100%, têm procedimentos escritos para atividades
de armazenamento dos medicamentos.


         Figura 23b: Existem procedimentos escritos para as atividades
relativas ao armazenamento dos medicamentos?

                                 (Drogarias)


                                   Sim      Não




                                                  25%




                       75%


         Das 25 drogarias, 75% não possuem procedimentos escritos para
atividade de armazenamento de medicamentos e 25% afirmaram possuir.
58



          Figura 24a: Os medicamentos são estocados por lotes de produtos?

                                 (Distribuidoras)


                                        Sim   Não


                          20%




                                                    80%

          Das 15 distribuidoras, 80% estocam os medicamentos por lotes e 20%
não utilizam desse tipo de estoque.


         Figura 24b: Os medicamentos são estocados por lotes de produtos?

                                      (Drogarias)


                                        Sim   Não


                                                    25%




                         75%




          Das 25 drogarias 75% não estocam os produtos por lotes e 25% seguem
esse procedimento.
59



          Figura 25a: O sistema de se despachar os lotes mais antigos em
primeiro lugar é seguido rigorosamente?

                                 (Distribuidoras)


                                       Sim   Não



                               10%




                                              90%

          Das 15 distribuidoras 90% seguem rigorosamente o método de despachar
os lotes antigos primeiramente e 10% não.


          Figura 25b: O sistema de se despachar os lotes mais antigos em
primeiro lugar é seguido rigorosamente?

                                     (Drogarias)


                                       Sim   Não


                                     6%




                                             94%

          Das 25 drogarias 94% seguem rigorosamente o sistema de despachar os
lotes mais antigos em primeiro lugar e 6% não.
60



5 DISCUSSÃO




            O   almoxarifado   deve   ser   de   responsabilidade   do   profissional
farmacêutico, pois este tem condições de armazenar produtos de maneira adequada
identificando possíveis danificações. É importante sua função neste setor para
segurança e proteção do almoxarifado, identificamos que algumas drogarias mantêm
o proprietário como responsável, podendo trazer complicações futuras no
acondicionamento dos produtos.
            Quanto à estrutura física, algumas drogarias não têm espaço bem
delimitado para recebimento, expedição e armazenamento. Além disso, várias não
possuem proteção contra aves e roedores, normas estas que deveriam ser
fiscalizadas.
            Umas das questões mais importantes é o controle de temperatura e
umidade que muitas drogarias e distribuidoras não realizam, fator que pode provocar
alterações na composição dos medicamentos ocasionando danos à saúde do
paciente.
            É importante que as drogarias e distribuidoras tenham locais apropriados
para armazenamento de termolábeis e imunobiológicos e cumpram as normas
corretas de armazenamento, porém identifica-se que a maioria não possui.
            Os medicamentos controlados nas distribuidoras devem estar em local
separado e sob cuidado do farmacêutico responsável, porém notamos que algumas
não estão cumprindo essas regras básicas.
            Algumas drogarias não têm o Manual de Boas Práticas exigido por lei,
este é um problema que precisa ser resolvido com fiscalizações apropriadas.
61



5 CONSIDERAÇÕES FINAIS




          Assistência Farmacêutica é um conjunto de ações voltada à promoção,
proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o
medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional.
Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de
medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição,
distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços,
acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de
resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população (BRASIL,
2004).
          O armazenamento e a distribuição de medicamentos são uma das etapas
do Ciclo de Assistência Farmacêutica, onde a finalidade principal é garantir a
qualidade dos fármacos através de um acondicionamento adequado promovido pelo
profissional farmacêutico.
          O principal propósito deste estudo foi verificar as condições de
armazenamento e distribuição dos medicamentos nas drogarias e distribuidoras de
Fernandópolis e região. Nota-se em alguns gráficos, dados que em longo prazo
poderão tornar-se estatísticas problemáticas para as empresas em questão, como a
falta de registros de temperatura em 30% das distribuidoras e 75% das drogarias, já
que este é um fator extrínseco responsável por alterações nos medicamentos.
          Outro aspecto evidente na pesquisa e análise dos dados foi identificada é
69% das drogarias não armazenam os imunobiológicos em local apropriado, e
quanto aos termolábeis 50% das drogarias e 22% das distribuidoras estocam esses
produtos em locais inadequados.
          Identificamos em um dos gráficos que 30% das distribuidoras não estão
cumprindo as normas vigentes em lei que os controlados devem estar em local
específico e adequadas.
          Verificamos que várias drogarias não possuem o manual de Boas Práticas
por escrito, com os procedimentos anotados desde a chegada do medicamento até
sua dispensação constituindo uma infração, pois a legislação nos fala que todos os
estabelecimentos devem possuir por escrito todos os procedimentos realizados
pelos funcionários diariamente.
62



             A atuação farmacêutica deve estar orientada para a educação em saúde,
orientação     farmacêutica,   dispensação,   atendimento    e   acompanhamento
farmacêutico, registro sistemático das atividades, mensuração e avaliação dos
resultados. Faz-se necessário atentar para a qualificação do farmacêutico que
precisa ser direcionada para esses aspectos, o que hoje é pouco priorizado, além
disso, é preciso a conscientização do proprietário para que juntamente com o
profissional de saúde realize todos os procedimentos adequados para que os
medicamentos cheguem de forma correta ao cliente final.
             Assim, a estruturação das ações de assistência farmacêutica dentro do
serviço de drogaria ou distribuidora constitui uma abordagem imprescindível para a
promoção da saúde, a fim de que se garanta a melhoria da utilização dos
medicamentos, com redução dos riscos de morbimortalidade.
63



                         REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Decreto n° 3.961, de 10 de
Outubro de 2001a. Altera o decreto nº 79.094, de 05 de janeiro de 1977, que
regulamenta a lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976. Brasília: ANVISA, 2001.
Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/decretos/3961_01.htm >. Acesso em:
10 ago. 2011.


BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Decerto n° 79.094, de 05 de
Janeiro de 1977a. Regulamenta a lei 6.360, de 26 de setembro de 1976, que
submete a sistema de vigilância sanitária os medicamentos, insumos farmacêuticos,
drogas, correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneantes e outros. Brasília:
ANVISA,               1977.               Disponível            em:             <
http://www.anvisa.gov.br/legis/consolidada/decreto_79094_77.pdf>. Acesso em: 10
ago. 2011.


BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Lei n° 6360, de 23 de Setembro
de 1976a. Dispõem sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os
medicamentos, as drogas os insumos farmacêuticos, e correlatos, cosméticos,
saneamentos e outros produtos e da outras providências. Brasília: ANVISA, 1976.
Disponível   em:     <http://www.anvisa.gov.br/legis/consolidada/lei_6360_76.pdf>.
Acesso em: 10 ago. 2011.


BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Lei n° 6437, de 20 de Agosto de
1977b. Configura infrações a legislação sanitária federal, estabelece as sanções
respectivas, e da outras providencias. Brasília: ANVISA, 1977. Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/legis/consolidada/lei_6437_77.pdf>. Acesso em: 10 ago.
2011.


BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Lei n° 11.903, de 14 de Janeiro
de   2009c.    Disponível   em:    <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
2010/2009/Lei/L11903.htm>. Acesso em: 10 ago. 2011.


BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria n° 06, de 29 de Janeiro
de 1999. Aprova a instrução normativa da portaria SVS/MS nº 344 de 12 de maio de
1998, que institui o regulamento técnico das substâncias e medicamentos sujeitos a
controle     especial.      Brasília:    ANVISA,      1999.     Disponível    em:
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BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria n° 344, de 12 de Maio
de 1998a. Aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos
64



a     controle   especial.     Brasília:    ANVISA,     1998.   Disponível    em:
<http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/344_98.htm>. Acesso em: 10 de Agosto.


BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria n° 802, de 08 de
Outubro de 1998b. Considerando a necessidade de garantir maior controle sanitário
na produção distribuição, e que todo seguimento envolvido na produção,
distribuição, transporte e armazenagem de medicamentos é responsável solidário
pela identidade, eficácia, qualidade, e segurança dos produtos farmacêuticos.
Brasília:            ANVISA,              1998.          Disponível           em:
<http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/802_98.htm>. Acesso em: 10 ago. 2011.


BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria
Colegiada - RDC 44, de 17 de Agosto de 2009a. Dispõem sobre boas práticas
farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da
comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias
e drogarias e dá outras providencias. Brasília: ANVISA, 2009. Disponível em:
<http://cfo.org.br/wp-content/uploads/2010/02/180809_rdc_44.pdf >. Acesso em: 10
ago. 2011.


BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria
Colegiada - RDC 55, de 17 de Março de 2005c. A diretoria colegiada da agencia
nacional de vigilância sanitária, no uso de sua atribuição que lhe confere o art. 11,
inciso IV, do regulamento da ANVISA aprovado pelo DECRETO nº 3.029, de 16 de
abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “b”, § 1º, do regimento interno aprovado
pela Portaria nº 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de
dezembro de 2000, em reunião realizada dia 10 de fevereiro de 2005. Brasília:
ANVISA, 2005. Disponível em: < http://www.brasilsus.com.br/legislacoes/rdc/16089-
55.html >. Acesso em: 10 ago. 2011.


BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria
Colegiada - RDC 59, de 27 de Junho de 2000a. A diretoria colegiada da agencia
nacional de vigilância sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 11,
inciso IV, do regulamento da ANVISA aprovado pelo decreto 3.029, de 16 de abril de
1999, em reunião realizada em 20 de junho de 2000. Brasília: ANVISA, 2000.
Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2000/59_00rdc.html>. Acesso
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BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria
Colegiada - RDC 176, de 07 de Junho de 2005a. Considerando a necessidade e
controle sanitário na fabricação, importação exportação, fracionamento,
armazenamento, expedição, embalagem, distribuição e transporte dos insumos
farmacêuticos, art. 1º Fica estabelecida a obrigatoriedade do recadastramento e
prestação de informações atualizadas por parte das empresas estabelecidas ou com
65



representantes no país, que exerçam as atividades. Brasília: ANVISA, 2005.
Disponível   em:    <http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2005/rdc/176_05rdc.pdf>.
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BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria
Colegiada – RDC 204, de 14 de Novembro de 2006. A diretoria colegiada da
agencia nacional da vigilância sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso
IV do art. 11 do regulamento aprovado pelo DECRETO nº 3.029, de 16 de abril de
1999, e tendo em vista o disposto o inciso II, e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do nº 354 da
ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republica no DOU de 21 de agosto de 2006, em
reunião realizada em 06 de novembro de 2006. Brasília: ANVISA, 2006. Disponível
em:<http://www.interfarma.org.br/site2/images/Site%20Interfarma/Informacoesdoset
or/RE/Garantia%20e%20Qualidade/RDC%202042006%20BPD%20e%20Fracionam
ento%20de%20Insumos.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2011.


BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria
Colegiada - RDC 249, de 13 de Setembro de 2005b. Considerando a necessidade
de atualizar as boas práticas de fabricação de produto intermediário e insumo
farmacêutico, e considerando a necessidade de padronizar as ações de vigilância
sanitária.      Brasília:        ANVISA,        2005.       Disponível     em:
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2011.


BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria
Colegiada - RDC 320, de 22 de Novembro de 2002a. Considerando a necessidade
de garantir o sistema de controle e fiscalização em toda a cadeia dos produtos
farmacêuticos, e a necessidade de acompanhar e monitorar nas distribuidoras, o
comprimento das normas sanitárias para a distribuição de medicamentos, com vistas
à detecção de medicamentos irregulares, os falsificados e os provenientes de cargas
roubadas assegurando as ações preventivas do sistema de controle e fiscalização.
Brasília:          ANVISA,               2002.            Disponível            em:
<http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2002/320_02rdc.htm >. Acesso em: 10 ago.
2011.


BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria
Colegiada - RDC 346, de 16 de Dezembro de 2002b. Considerando a necessidade
de estabelecer as diretrizes técnicas para concessão, renovação, alteração e
cancelamento de autorização de funcionamento ou de autorização especial de
funcionamento de empresas que prestem serviços de armazenagem de mercadorias
sob vigilância sanitária em terminais aquaviários, portos organizados, aeroportos,
postos de fronteira e recintos alfandegados, e considerando a necessidade de
estabelecer as diretrizes técnicas para as boas práticas de armazenagem a serem
cumpridas pelas empresas que prestem serviços de armazenagem de mercadorias
sob vigilância sanitária em estabelecimentos instalados em terminais aquaviários,
portos organizados, aeroportos, postos de fronteira e recintos alfandegados. Brasília:
66



ANVISA,               2002.               Disponível             em:             <
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BRASIL. Ministério da Saúde Central de Medicamentos. Boas práticas para
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<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd05_05.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2011.


BRASIL. Para entender a gestão do programa de medicamentos de
dispensação      em      caráter    excepcional.    2004.    Disponível em:
<http://www.conass.org.br/admin/arquivos/documenta3.pdf>. Acesso em: 15 jul.
2011.


BRASIL. Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. Orientações para
o armazenamento de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médios.
Disponível                      em:                    <http://www.umcci.min-
saude.pt/SiteCollectionDocuments/Orientacoes_armazenamento_farmacos.pdf>.
Acesso em: 20 set. 2011.


CONSENDEY, M. A. E.. Assistência farmacêutica na atenção básica de saúde: a
experiência de três estados brasileiros. Caderno de Saúde Pública, 16 (1): 171 –
182, 2000.


DEFILIPPE, C. R. Estabilidade de medicamentos: condições ambientais
adequadas para a conservação dos medicamentos. Rio de Janeiro. [s.n.], 1985.40 p.
67



FARMACOPÉIA BRASILEIRA .4.ed. São Paulo: Atheneu. 1988.


MARIN, N.; LUIZA, V. L.; CASTRO, C. G. S. O.; SANTOS, S. M. Assistência
farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro: OPAS/OMS, 2003. 334p.


MARTINS, L. P. GALATO, D. O ciclo de assistência farmacêutica no sistema único
de saúde: estudo qualitativo em um município do estado de Santa Catarina.
Disponível                                                                em:
<http://www.revbrasfarm.org.br/pdf/2008/RBF_R3_2008/130_pag_185a188_ciclo_as
sistencia.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2011.


MOURA, R. A. Logística: suprimento, armazenamento, distribuição física. São
Paulo: Ibam, 1989.


NUNES, J. T; SILVA, L. A. da. Assistência farmacêutica na atenção básica
instruções técnicas para a sua organização. 1. ed. Brasília: MedMidia E
Associados Ltda, 2001.


SAMPAIO, MAURO. CRISLLAG. J. M. Integração da cadeia de suprimentos da
indústria farmacêutica. São Paulo: ENERO-MARZO, 2010. 109 – 130p.


YOKAICHIYA, C. M.; et al. Manual de estruturação de almoxarifado de
medicamentos e produtos para a saúde, e de boas práticas de armazenamento e
distribuição.                             Disponível                            em:
<http://ww2.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/saude/ass_farmaceutica/0004/a
lmoxarifado.doc>. Acesso em: 20 jul. 2011.
68



                                   APÊNDICE


PESQUISA SOBRE: ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS EM DROGARIAS
E DISTRIBUIDORAS


        1. Qual sua formação profissional?


                  Farmacêutico
                  Outras formações


        2. Qual o responsável pelo almoxarifado?


        3.        Farmacêutico
                  Proprietário


        3. Qual o tipo de estoque?


                  Horizontal
                  Vertical (porta pallets)




        4. Há separação física, bem delimitada, entre o recebimento, expedição e
a armazenagem geral?


                  Sim
                  .
                  Não

 5.   O local apresenta-se em boas condições?


                  Sim
                  Não




 6.   O local possui forro?
69




                 Sim
                 Não


7.    A iluminação é boa?


                 Sim
                 Não


8.    Existe proteção contra entrada de roedores?


                 Sim
                 Não


9.    Existe proteção contra entrada de aves?


                 Sim
                 Não


10.   Existem registros escritos do controle de temperatura e umidade?


                 Sim
                 Não


11.   Existem extintores de incêndio?


                 Sim
                 Não




12.   O local é completamente fechado?


                 Sim
70



                   Não


13.     Existem “pallets” ou estantes suficientes para a operação de estocagem e
      movimentação dos estoques?


                   Sim
                   Não


14.     Existe local apropriado para a armazenagem de imunobiológicos?


                   Sim
                   Não


15.     As câmaras frias têm termômetros para a medição de temperatura?


                   Sim
                   Não


16.     Existe local apropriado para armazenagem de produtos termolábeis?

                Sim

                Não

17.     Existe local para guardar produtos controlados?


                   Sim
                   Não




18.     Existem procedimentos por escrito para a expedição de medicamentos?


                   Sim
                   Não
71



19.      Existem procedimentos escritos para o recebimento de medicamentos?


                    Sim
                    Não


20.      Quando de sua chegada, os medicamentos são examinados fisicamente
      para se certificar que estão íntegros e nas quantidades certas?


                    Sim
                    Não


21.      Se houverem discordâncias quanto ás quantidades ou quanto à integridade
      física dos medicamentos, qual o procedimento adotado?


                    Não recebem
                    Recebem e ficam em quarentena


22.      Na chegada, os medicamentos são examinados quanto ao número do lote
      e prazo de validade?


                    Sim
                    Não




23.      Existem   procedimentos     escritos   para   as   atividades   relativas   ao
      armazenamento dos medicamentos?


                    Sim
                    Não


24.      Os medicamentos são estocados por lotes de produtos?
72



                   Sim
                   Não


25.     O sistema de se despachar os lotes mais antigos em primeiro lugar é
      seguido rigorosamente?


                   Sim
                   Não

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Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

  • 1. FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DEFERNANDÓPOLIS DORIVAL LUIS BUZINARO HUGO CESAR BRIGATO DINIZ THAIS FLORIAN GUIMARÃES ESTUDO SOBRE CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS EM DROGARIAS E DISTRIBUIDORAS EM FERNANDÓPOLIS E REGIÃO FERNANDÓPOLIS 2011
  • 2. DORIVAL LUIS BUZINARO HUGO CESAR BRIGATO DINIZ THAIS FLORIAN GUIMARÃES ESTUDO SOBRE CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS EM DROGARIAS E DISTRIBUIDORAS EM FERNANDÓPOLIS E REGIÃO Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Graduação em Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis como exigência parcial para obtenção do título de bacharel em farmácia. Orientador: Prof.ª Esp. Rosana Matsumi Kagesawa Motta FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FERNANDÓPOLIS – SP 2011
  • 3. DORIVAL LUIS BUZINARO HUGO CESAR BRIGATO DINIZ THAIS FLORIAN GUIMARÃES ESTUDO SOBRE CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS EM DROGARIAS E DISTRIBUIDORAS EM FERNANDÓPOLIS E REGIÃO Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em farmácia. Aprovado em: 10 de novembro de 2011. Banca examinadora Assinatura Conceito Prof.ª Esp. Rosana Kagesawa Matsumi Motta Prof. Msc. Giovanni Carlos de Oliveira Profª. Esp. Vanessa Maira Rizzato Silveira Prof.ª Esp. Rosana Matsumi Kagesawa Motta Presidente da Banca Examinadora
  • 4. Dedicamos este trabalho de conclusão da graduação a Deus, em primeiro por ser nosso Mestre, que nos iluminou e guiou durante esta grandiosa jornada. Aos nossos familiares pelo esforço, compreensão e total dedicação em todos os momentos desta e de outras caminhadas.
  • 5. AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar agradecemos a Deus por nos conceder o direito de vida, iluminar e guiar nossos passos. Aos nossos pais por sempre estarem no nosso lado apoiando, confortando, ensinando, incentivando, ajudando e levantando cada vez que caíssemos. Aos nossos amigos que estiveram conosco nas brigas, nas bagunças, nos trabalhos e em todos os momentos. A farmacêutica Rosana Matsumi Kagesawa Motta nosso carinhoso agradecimento pelo exemplo e dedicação a profissão, obrigada pela confiança, paciência, dedicação e orientação para elaboração deste trabalho e a nossa formação.
  • 6. “É preciso se expor sem medo de dar vexame. É preciso colocar o trabalho na rua. É preciso saber ouvir um não e, depois de secar as lágrimas, seguir batalhando. Arriscar é o nome do jogo. Muitos perdem, poucos ganham. Mas quem não tenta, não tem ao menos o direito de reclamar”. Martha Medeiros.
  • 7. RESUMO A Assistência Farmacêutica não está restrita à produção e distribuição de medicamentos, mas abrange um conjunto de procedimentos necessários à promoção, prevenção e recuperação da saúde, individual e coletiva, centrado no medicamento. Com esta concepção, a Assistência Farmacêutica engloba as atividades de pesquisa, produção, distribuição, armazenamento, prescrição e dispensação, esta última entendida como o ato essencialmente de orientação quanto ao uso adequado e farmacovigilância. O objetivo principal deste trabalho foi verificar as condições em que os medicamentos são armazenados e distribuídos em drogarias e distribuidoras na cidade de Fernandópolis e região, pois é importante a manutenção da integridade dos fármacos até chegar ao paciente. Foram selecionadas 25 questões e enviadas para 25 drogarias e 15 distribuidoras. Após o recebimento das respostas dos estabelecimentos foi realizado as análise dos dados demonstrados através de gráficos. Alguns resultados precisam ser averiguados, como, drogarias da região não ter manual de Boas Práticas atualizados e escritos, além de, algumas distribuidoras não ter local adequado para produtos termolábeis e imunobiológicos. Os resultados de forma geral mostraram que é preciso estruturação das ações de assistência farmacêutica dentro do serviço de drogaria ou distribuidora para a promoção da saúde na sua totalidade, a fim de que se garanta a melhoria da utilização dos medicamentos com redução dos riscos de morbimortalidade. Palavras-Chaves: Armazenamento. Assistência Farmacêutica. Distribuidora. Drogaria. Medicamento.
  • 8. ABSTRACT The Pharmaceutical Assistance is not restricted to the production and distribution of medicines, but extends to a set of necessary procedures for promotion, prevention and recovery of health, individual and collective directed to the medicine. With this conception, the Pharmaceutical Assistance includes the research, production, distribution and storage, prescribing and dispensing, and the last one is understood as the essential act and guidance on the appropriate use and how to care of the pharmaceutical products. The main objective of this work was to check the conditions under which drugs are stored and distributed in drugstores and distributors in the Fernandópolis and other cities around, because it is important to maintain the integrity of the medicines to reach the patient. 25 questions were selected and sent to 25 drugstores and 15 distributors. After receive the answers we made an analysis of the information by graphs. Some results have to be investigated, as why some drugstores have no Good Practices Manual updated and written, and some distributors have no place for substances which can be distroyed in low temperature and immunological products. The results showed that in general it is necessary to structure the actions of pharmaceutical care within the service drugstore or distributor for health promotion in its entirety, in order to ensure the best way for use the medicines with reduction of the morbimortality risks. Keywords: Storage. Pharmaceutical Care. Distributor. Drugstore. Medicine.
  • 9. LISTA DE TABELAS Tabela 1: Sinais indicativos de possíveis alterações na estabilidade de medicamentos............................................................................................................28 Tabela 2: Faixas de temperatura segundo a classificação farmacopéica...............30
  • 10. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Ciclo da Assistência Farmacêutica........................................................... 18 Figura 1a: Qual sua formação profissional?(Distribuidoras).................................... 35 Figura 1b: Qual sua formação profissional?(Drogarias)......................................... 35 Figura 2a: Qual o responsável pelo almoxarifado?(Distribuidoras)........................ 36 Figura 2b: Qual o responsável pelo almoxarifado?(Drogarias).............................. 36 Figura 3a: Qual o tipo de estocagem?(Distribuidoras)............................................. 37 Figura 3b: Qual o tipo de estocagem? (Drogarias).................................................. 37 Figura 4a: Há separação física, bem delimitada, entre o recebimento, expedição e a armazenagem geral?(Distribuidoras)................................................................. 38 Figura 4b: Há separação física, bem delimitada, entre o recebimento, expedição e a armazenagem geral?(Drogarias)....................................................................... 38 Figura 5a: O local apresenta-se em boas condições?(Distribuidoras).................... 39 Figura 5b: O local apresenta-se em boas condições? (Drogarias).......................... 39 Figura 6a: O local possui forro?(Distribuidoras)....................................................... 40 Figura 6b: O local possui forro?(Drogarias)............................................................. 40 Figura 7a: A iluminação é boa?(Distribuidoras)....................................................... 41 Figura 7b: A iluminação é boa?(Drogarias)............................................................. 41 Figura 8a: Existe proteção contra entrada de roedores?(Distribuidoras)................ 42 Figura 8b: Existe proteção contra entrada de roedores?(Drogarias)....................... 42 Figura 9a: Existe proteção contra entrada de aves?(Distribuidoras)....................... 43 Figura 9b: Existe proteção contra entrada de aves?(Drogarias)............................. 43 Figura 10a: Existem registros escritos do controle de temperatura e umidade? (Distribuidoras)......................................................................................................... 44 Figura 10b: Existem registros escritos do controle de temperatura e umidade? (Drogarias)............................................................................................................... 44 Figura 11a: Existem extintores de incêndio?(Distribuidoras)................................... 45 Figura 11b: Existem extintores de incêndio? (Drogarias)........................................ 45 Figura 12a: O local é completamente fechado? (Distribuidoras)............................. 46 Figura 12b: O local é completamente fechado? (Drogarias)................................... 46 Figura 13a: Existem “pallets” ou estantes suficientes para a operação de estocagem e movimentação dos estoques? (Distribuidoras).................................. 47
  • 11. Figura 13b: Existem estantes suficientes para a operação de estocagem e movimentação dos estoques? (Drogarias).............................................................. 47 Figura 14a: Existe local apropriado para a armazenagem de imunobiológicos? (Distribuidoras)......................................................................................................... 48 Figura 14b: Existe local apropriado para a armazenagem de imunobiológicos? (Drogarias)............................................................................................................... 48 Figura 15a: As câmaras frias têm termômetros para a medição de temperatura? (Distribuidoras)......................................................................................................... 49 Figura 15b: As câmaras frias têm termômetros para a medição de temperatura? (Drogarias)......................................................................................... 49 Figura 16a: Existe local apropriado para armazenagem de produtos termolábeis? (Distribuidoras)................................................................................... 50 Figura 16b: Existe local apropriado para armazenagem de produtos termolábeis? (Drogarias)......................................................................................... 50 Figura 17a: Existe local para guardar produtos controlados? (Distribuidoras).... 51 Figura 17b: Existe local para guardar produtos controlados? (Drogarias)........... 51 Figura 18a: Existem procedimentos por escrito para a expedição de medicamentos? (Distribuidoras)........................................................................... 52 Figura 18b: Existem procedimentos por escrito para a expedição de medicamentos? (Drogarias).................................................................................. 52 Figura 19a: Existem procedimentos escritos para o recebimento de medicamentos? (Distribuidoras)........................................................................... 53 Figura 19b: Existem procedimentos escritos para o recebimento de medicamentos? (Drogarias)................................................................................... 53 Figura 20a: Quando de sua chegada, os medicamentos são examinados fisicamente para se certificar que estão íntegros e nas quantidades certas? (Distribuidoras)..................................................................................................... 54 Figura 20b: Quando de sua chegada, os medicamentos são examinados fisicamente para se certificar que estão íntegros e nas quantidades certas? (Drogarias).............................................................................................................. 54 Figura 21a: Se houverem discordâncias quanto ás quantidades ou quanto à integridade física dos medicamentos, qual o procedimento adotado? (Distribuidoras)....................................................................................................... 55
  • 12. Figura 21b: Se houverem discordâncias quanto ás quantidades ou quanto à integridade física dos medicamentos, qual o procedimento adotado? (Drogarias).............................................................................................................. 55 Figura 22a: Na chegada, os medicamentos são examinados quanto ao número do lote e prazo de validade? (Distribuidoras)....................................................... 56 Figura 22b: Na chegada, os medicamentos são examinados quanto ao número do lote e prazo de validade? (Drogarias).................................................. 56 Figura 23a: Existem procedimentos escritos para as atividades relativas ao armazenamento dos medicamentos? (Distribuidoras).......................................... 57 Figura 23b: Existem procedimentos escritos para as atividades relativas ao armazenamento dos medicamentos? (Drogarias)................................................ 57 Figura 24a: Os medicamentos são estocados por lotes de produtos? (Distribuidoras)....................................................................................................... 58 Figura 24b: Os medicamentos são estocados por lotes de produtos? (Drogarias).............................................................................................................. 58 Figura 25a: O sistema de se despachar os lotes mais antigos em primeiro lugar é seguido rigorosamente? (Distribuidoras).................................................. 59 Figura 25b: O sistema de se despachar os lotes mais antigos em primeiro lugar é seguido rigorosamente? (Drogarias)......................................................... 59
  • 13. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. AF – Assistência Farmacêutica. CEME – Centro de Emergência. CFF – Conselho Federal de Farmácia. CPRFB – Comissão Permanente de Revisão da Farmacopéia Brasileira. CRF – Conselho Regional de Farmácia. DOU – Diário Oficial da União. MS – Ministério da Saúde. RDC – Resolução da Diretoria Colegiada. SP – São Paulo. SVS – Secretaria da Vigilância Sanitária.
  • 14. SUMÁRIO INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................15 1. DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................................17 1.1 ASPECTOS RELACIONADOS Á POLÍTICA DE MEDICAMENTOS NO BRASIL.............................17 1.1.1 Bases conceituadas da assistência farmacêutica.....................................................................17 1.1.2 O ciclo da assistência farmacêutica ..........................................................................................18 1.2 ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS CONFORME A LEGISLAÇÃO.......19 1.2.1 Leis de armazenamento e distribuição.......................................................................................21 1.2.2 Decretos de armazenamento e distribuição...............................................................................22 1.2.3 Portarias de armazenamento e distribuição...............................................................................22 1.2.4 Resoluções de armazenamento e distribuição..........................................................................23 1.3 ARMAZENAMENTO..........................................................................................................................26 1.3.1 Estabilidade de medicamentos ...................................................................................................27 1.3.2 Temperatura..................................................................................................................................30 1.3.3 Luminosidade ...............................................................................................................................30 1.3.4 Ventilação......................................................................................................................................31 1.3.5 Umidade.........................................................................................................................................31 1.4 DISTRIBUIÇÃO..................................................................................................................................31 2. OBJETIVOS.........................................................................................................................................33 2.1 OBJETIVO GERAL............................................................................................................................33 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO...................................................................................................................33 3. METODOS...........................................................................................................................................34 3.1 SELEÇÃO DA BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................34 3.2 AMOSTRA POPULACIONAL............................................................................................................34 3.3 ELABORAÇÃO DA PESQUISA.........................................................................................................34 3.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS..........................................................................................................34 4. RESULTADOS....................................................................................................................................35 5. DISCUSSÃO........................................................................................................................................60 6. CONSIDERAÇÕES FINAS..................................................................................................................61 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................63 APÊNDICE...............................................................................................................................................68
  • 15. 15 INTRODUÇÃO A atuação do farmacêutico na área de distribuição e transporte é relativamente nova, pois foi efetivada apenas no início da década de 90 com a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e consolidada no final da década de 90, com o surgimento de normas específicas em armazenagem e transporte, em especial a Portaria 802 de 1998. Desde então, ocorreram mudanças na legislação, criação da Resolução 365 de 2 de Outubro de 2001 pelo CFF (Conselho Federal de Farmácia) a regulamentação da profissão nessas áreas e nova forma de tratamento dessas atividades como prestação de serviços de saúde, devido à natureza de seus produtos. Desta forma, salienta-se o necessário empenho por parte de cada profissional envolvido na cadeia de Distribuição de Produtos Farmacêuticos, tais como indústria, operadores logísticos, distribuidores, transportadores, drogarias, farmácias, hospitais e clínicas, de fazer cumprir as normas e procedimentos estabelecidos nas legislações vigentes (BRASIL, 2009). A atividade de distribuição é considerada de relevância pública tanto pelas questões de abastecimento do mercado como pelas características em que esses produtos chegam ao usuário final. A distribuição de medicamentos, insumos farmacêuticos, produtos para a saúde (correlatos), saneantes e cosméticos, deve ser feita de forma a se garantir a qualidade, eficácia e segurança dos produtos oriundos de indústrias químicas e farmacêuticas (BRASIL, 2009). Os medicamentos são produtos diferenciados de suma importância para a melhoria ou manutenção da qualidade de vida da população. A preservação da sua qualidade deve ser garantida desde sua fabricação até a dispensação ao paciente. Desta forma, as condições de armazenamento, distribuição e transporte desempenham papel fundamental para a manutenção dos padrões de qualidade dos medicamentos (YOKAICHIYA et al., 2003). Segundo Yokaichiya (2003) é imprescindível que o ciclo logístico da Assistência Farmacêutica (aquisição, programação, distribuição e dispensação) tenha a qualidade e a racionalidade necessárias, de modo a disponibilizar medicamentos seguros e eficazes, no momento certo e nas quantidades adequadas. O armazenamento e a distribuição são etapas do ciclo de Assistência Farmacêutica que visam assegurar a qualidade dos medicamentos através de
  • 16. 16 condições adequadas de armazenamento e de um controle de estoque eficaz, bem como garantir a disponibilidade dos medicamentos em todos os locais de atendimento ao usuário (CONSENDEY, 2000). Para que isso ocorra espera-se que equipes treinadas e responsáveis pelo armazenamento e distribuição comprometam-se com os processos de cuidados. Onde devem assumir para si a co-responsabilidade na preparação dos produtos de forma que as unidades usuárias os recebam, na medida do possível, prontos para o uso (MARIN et al., 2003). Este trabalho apresenta uma revisão e análise da Assistência Farmacêutica no transporte e armazenamento de medicamentos, como parte integrante do sistema de obtenção a saúde, no qual a qualidade do uso de medicamentos está diretamente relacionada à qualidade do serviço de saúde. Para que um serviço tenha boa qualidade, é necessário satisfazer os objetivos de obter o máximo benefício com pequeno risco para a saúde proporcionando bem estar aos usuários. Essa qualidade está relacionada ao grau de competência profissional, pela eficiência na utilização dos recursos, pela satisfação dos usuários e pelo efeito favorável a saúde.
  • 17. 17 1 DESENVOLVIMENTO 1.1 ASPECTOS RELACIONADOS Á POLÍTICA DE MEDICAMENTOS NO BRASIL A Política Nacional de Medicamentos faz parte da Política Nacional de Saúde e é capaz de melhorar muito as condições de saúde e de assistência a população, pois visa a qualidade nos medicamentos e o acesso da população a eles. A política de medicamentos é de extrema importância para a saúde, e a criação do Centro de Emergência (CEME) representou uma grande iniciativa de ação do governo na produção de medicamentos, concretizando metas do plano de governo (BRASIL, 2000b). 1.1.1 Bases conceituadas da assistência farmacêutica O mercado farmacêutico brasileiro está entre os cinco maiores do mundo. Mais se for traçar o perfil dos consumidores deste mercado, pode-se perceber que a minoria da população e com renda superior a dez salários mínimos consomem quarenta e oito por cento destes medicamentos, e mais da metade da polução com renda até quatro salários mínimos consomem somente dezesseis por cento dos medicamentos, e o restante ficam com a população com a faixa intermediária de quatro a dez salários, através desses dados fica claro que o acesso não é realizado de forma igual entre a população, um dos fatores que levam a população procurar os serviços públicos é o aumento constante dos preços dos medicamentos, assim a população de baixa renda fica comprometida (MARIN et al., 2003). Segundo Marin et al., (2003) existe no Brasil hoje para definir assistência farmacêutica grupo de atividades relacionadas com o medicamento, com o intuito de apoiar ações de saúde, e este grupo engloba também o abastecimento dos medicamentos e a conservação e controle de qualidade e segurança dos medicamentos.
  • 18. 18 1.1.2 O ciclo da assistência farmacêutica A assistência farmacêutica corresponde a um conjunto de atividades que envolvem os medicamentos e tem como seu principal beneficiário o usuário, mas para que essa prática atinja seus objetivos com sucesso é fundamental que os medicamentos tenham qualidade e segurança, o ciclo é um sistema constituído por etapas que são: seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição e utilização, que são voltadas para a atenção a saúde, mais ela não depende exclusivamente de medicamentos, e sim a outros fatores que também estão relacionados, como a qualidade do meio ambiente, alimentação, moradia, entre outros, e quando detectados qualquer que seja os sintomas, a atenção a saúde com medicamentos, são necessários, por este motivo o fácil acesso da população aos medicamentos é fundamental (MARTINS; GALATO, 2008). A assistência farmacêutica, assim concebida, apresenta componentes com aspectos de natureza técnica, científica e operativa, integrando-os de acordo com a complexidade do serviço, necessidades e finalidades. Os componentes representam as estratégias e o conjunto de ações, que visam ao alcance de objetivos definidos. Sua inter-relação sistêmica está representa no seguinte ciclo: (MARIN et al., 2003 p. 130). Figura 1: Ciclo da Assistência Farmacêutica Fonte: Marin, 2003.
  • 19. 19 1.2 ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS CONFORME A LEGISLAÇÃO VIGENTE Os produtos devem ser armazenados de forma ordenada, seguindo as especificações do fabricante e sobre condições que garantam a manutenção de sua identidade, integridade, eficácia, segurança e rastreabilidade, as instalações devem possuir superfícies internas (piso, paredes e tetos) lisas e impermeáveis e equipamentos de combate a incêndio. O ambiente destinado ao armazenamento deve ter capacidade suficiente para assegurar o armazenamento ordenado das diversas categorias dos produtos, devem ser mantidos limpos, protegidos da ação direta da luz solar, umidade e calor, de modo a preservar a integridade química, física e microbiológica, buscando a garantia da qualidade e integridade dos mesmos (BRASIL, 2009a). Os locais destinados ao armazenamento de medicamentos devem ser projetados, localizados, construídos, adaptados e mantidos de forma que suas operações sejam adequadas, devem possuir iluminação, ar condicionado (temperatura e umidade) e ventilação onde essas devem ser verificadas, monitoradas e registradas as instalações devem ser projetadas e equipadas de forma a permitir a máxima proteção contra a entrada de insetos e outros animais (BRASIL, 2002b). As unidades que exercem a atividade de distribuição e armazenamento de medicamentos possuem a responsabilidade de garantir e controlar a qualidade dos mesmos quando este for realizado pela empresa. Possuindo a responsabilidade de: a) Elaborar os procedimentos operacionais padrões e assegurar que sejam implantados; b) Manter atualizado os dados de distribuição de forma que garanta a rastreabilidade dos mesmos; c) Distribuir os medicamentos de acordo com procedimentos apropriados; d) Distribuir os lotes dos medicamentos obedecendo à regra: o primeiro que expira é o primeiro que sai; e) Manter registros de monitoramento ambiental (BRASIL, 2006).
  • 20. 20 Empresas que exercem a atividade de armazenar e distribuir medicamentos sujeitos a controle especial tais como Psicotrópicos e Entorpecentes devem possuir Autorização Especial concedida pela Secretaria da Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Também deverão manter nos estabelecimentos para efeito de fiscalização e controle, livros de escrituração como: a) Livro de Registro Específico – para indústria farmoquímica, laboratórios farmacêuticos, distribuidoras, drogarias e farmácias; b) Livro de Receituário Geral – para farmácias magistrais (BRASIL,1999). Os medicamentos e os insumos farmacêuticos deverão obrigatoriamente ser guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereça segurança, em local exclusivo para este fim, sobre a responsabilidade do farmacêutico ou químico responsável, quando se tratar de indústria farmoquímica (BRASIL, 1999). As distribuidoras de medicamentos possuem a função de tentar combater a distribuição de medicamentos falsificados, adulterados ou roubados, devem ser legalmente registradas no país, não poderão aceitar medicamentos sem suas informações e também devem garantir a permanência das informações de cada produto tais como: a) Nome do produto farmacêutico – nome genérico e comercial; b) Nome e endereço completo do fabricante/telefone do serviço de atendimento ao consumidor; c) Nome do responsável técnico, número de inscrição e sigla do Conselho Regional de Farmácia; d) Número de registro no Ministério da Saúde conforme publicado em Diário Oficial da União, sendo necessários somente os nove primeiros números; e) Data de fabricação; f) Data de validade; g) Número de lote a que a unidade pertence; h) Composição dos produtos farmacêuticos; i) Peso, volume líquido ou quantidade de unidade, conforme o caso; j) Finalidade, uso e aplicação; k) Precauções, cuidados especiais (BRASIL, 1998b).
  • 21. 21 O ato de expor a venda ou entregar ao consumidor produtos de interesse à saúde cujo prazo de validade tenha sido expirado, ou apor-lhes novas datas, depois de expirado o prazo, comercializar produtos biológicos, imunoterápicos e outros que exijam cuidados especiais de conservação, preparação, expedição, ou transporte, sem observância das condições necessárias a sua preservação é considerado pena – advertência, apreensão, inutilização, interdição, cancelamento do registro, da licença e da autorização e/ou multa. (BRASIL, 1977a). Os produtos que exijam condições especiais de armazenamento e guarda, os veículos utilizados no seu transporte deverão ser dotados de equipamentos que possibilite acondicionamento e conservação capazes de assegurar suas condições de eficácia e pureza (BRASIL, 1976a). As áreas de armazenamento devem ter capacidade suficiente para estocar vários tipos de produtos, devem ser projetadas de forma a assegurar condições ideais de temperatura, umidade compatíveis com os produtos, as áreas de recebimento e expedição devem ser protegidas das variações climáticas e ambientais de temperatura, medicamentos devolvidos e vencidos devem ter área especificas. Devem ser armazenados afastados do piso e das paredes, com espaçamento apropriado para permitir a limpeza e inspeção (BRASIL, 2005c). 1.2.1 Leis de armazenamento e distribuição Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976 Dispõem sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas os insumos farmacêuticos, e correlatos, cosméticos, saneamentos e outros produtos e da outras providências (BRASIL, 1976a). Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977
  • 22. 22 Configura infrações a legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e da outras providencias (BRASIL, 1977b). Lei nº 11.903, de 14 de janeiro de 2009 Dispõe sobre o rastreamento da produção e do consumo de medicamentos por meio de tecnologia de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de dados (BRASIL, 1999c). 1.2.2 Decretos de armazenamento e distribuição Decreto nº 79.094, de 05 de janeiro de 1977 Regulamenta a lei 6.360, de 26 de setembro de 1976, que submete a sistema de vigilância sanitária os medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneantes e outros (BRASIL,1977a). Decreto nº 3.961, de 10 de outubro de 2001 Altera o decreto nº 79.094, de 05 de janeiro de 1977, que regulamenta a lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976 (BRASIL, 2001a). 1.2.3 Portarias de armazenamento e distribuição Portaria SVS/MS nº 344, 12 de maio de 1998 Aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial (BRASIL, 1998a).
  • 23. 23 Portaria ANVISA/MS nº 802, de 08 de outubro de 1998 Considerando a necessidade de garantir maior controle sanitário na produção distribuição, e que todo seguimento envolvido na produção, distribuição, transporte e armazenagem de medicamentos é responsável solidário pela identidade, eficácia, qualidade, e segurança dos produtos farmacêuticos (BRASIL, 1998b). Portaria SVS/MS nº 6, de 29 de janeiro de 1999 Aprova a instrução normativa da portaria SVS/MS nº 344 de 12 de maio de 1998, que institui o regulamento técnico das substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial (BRASIL, 1999). 1.2.4 Resoluções de armazenamento e distribuição Resolução RDC ANVISA/MS nº 59, de 27 de junho de 2000 A diretoria colegiada da agencia nacional de vigilância sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 11, inciso IV, do regulamento da ANVISA aprovado pelo decreto 3.029, de 16 de abril de 1999, em reunião realizada em 20 de junho de 2000 (BRASIL, 2000a). Resolução RDC ANVISA nº 320, 22 de novembro de 2002 Considerando a necessidade de garantir o sistema de controle e fiscalização em toda a cadeia dos produtos farmacêuticos, e a necessidade de acompanhar e monitorar nas distribuidoras, o cumprimento das normas sanitárias para a distribuição de medicamentos, com vistas à detecção de medicamentos
  • 24. 24 irregulares, os falsificados e os provenientes de cargas roubadas assegurando as ações preventivas do sistema de controle e fiscalização (BRASIL, 2002a). Resolução RDC ANVISA/MS nº 346, de 16 de dezembro de 2002 Considerando a necessidade de estabelecer as diretrizes técnicas para concessão, renovação, alteração e cancelamento de autorização de funcionamento ou de autorização especial de funcionamento de empresas que prestem serviços de armazenagem de mercadorias sob vigilância sanitária em terminais aquaviários, portos organizados, aeroportos, postos de fronteira e recintos alfandegados, e considerando a necessidade de estabelecer as diretrizes técnicas para as boas práticas de armazenagem a serem cumpridas pelas empresas que prestem serviços de armazenagem de mercadorias sob vigilância sanitária em estabelecimentos instalados em terminais aquaviários, portos organizados, aeroportos, postos de fronteira e recintos alfandegados (BRASIL, 2002b). Resolução RDC ANVISA/MS nº 210, 04 de agosto de 2003 A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o art. 11, inciso IV, do Regulamento da ANVISA, aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “b”, § 1º do Regimento Interno aprovado pela Portaria nº 593, de 25 de agosto de 2000, republicada em 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 30 de julho de 2003 (BRASIL, 2003). Resolução RDC ANVISA/MS nº 55, 17 de março de 2005 A diretoria colegiada da agencia nacional de vigilância sanitária, no uso de sua atribuição que lhe confere o art. 11, inciso IV, do regulamento da ANVISA
  • 25. 25 aprovado pelo DECRETO nº 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “b”, § 1º, do regimento interno aprovado pela Portaria nº 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada dia 10 de fevereiro de 2005 (BRASIL, 2005c). Resolução RDC ANVISA/MS nº 176, 07 de junho de 2005 Considerando a necessidade e controle sanitário na fabricação, importação exportação, fracionamento, armazenamento, expedição, embalagem, distribuição e transporte dos insumos farmacêuticos, art. 1º , fica estabelecida a obrigatoriedade do recadastramento e prestação de informações atualizadas por parte das empresas estabelecidas ou com representantes no país, que exerçam as atividades (BRASIL, 2005a). Resolução RDC ANVISA/MS nº 249, 13 de setembro de 2005 Considerando a necessidade de atualizar as boas práticas de fabricação de produto intermediário e insumo farmacêutico, e considerando a necessidade de padronizar as ações de vigilância sanitária (BRASIL, 2005b). Resolução RDC ANVISA nº 204, de 14 de novembro de 2006n - DOU, de 16 de novembro de 2006 A diretoria colegiada da agencia nacional da vigilância sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 do regulamento aprovado pelo DECRETO nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto o inciso II, e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 06 de novembro de 2006 (BRASIL, 2006).
  • 26. 26 Resolução RDC ANVISA nº 44, de 17 de agosto de 2009 Dispõem sobre boas práticas farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providencias (BRASIL, 2009a). 1.3 ARMAZENAMENTO O armazenamento é um conjunto de procedimentos técnicos e administrativos que tem como objetivo assegurar a qualidade dos medicamentos por meio de condições adequadas de estocagem e guarda, de conservação e de controle eficaz de estoque. Quando encontrado de maneira inadequada, pode ocasionar danos perigosos, dos mais variados tipos. Tem como principal finalidade assegurar a qualidade dos medicamentos, dependendo do tipo do produto e também da maneira como eles são armazenados, podem gerar simples prejuízos financeiros, ou até mesmo levar a danos mais graves como a intoxicação de usuários. O armazenamento garante a disponibilidade dos medicamentos em todos locais de fornecimento e atendimento ao usuário (BRASIL, 2004). Um sistema falho de armazenamento proporciona um índice de danos como utilização de medicamentos vencidos ou estragados. Os sistemas mais modernos se comprometem mais com o processo de cuidado, estes que vão desde a preparação dos produtos, de forma que os usuários o recebam já pronto para uso, e devidamente rotulado (BRASIL, 2004). O almoxarifado é responsável na parte de estocagem dos medicamentos com cuidados necessários para garantir a preservação desses medicamentos, dessa forma torna-se corresponsável pela estocagem em suas unidades, provendo um bom trabalho supervisionado e garantindo uma melhor qualidade desse medicamento até o paciente (MARIN et al., 2003).
  • 27. 27 1.3.1 Estabilidade de medicamentos Todos os materiais com o passar do tempo sofrem alterações. São variáveis que podem ser refletidas ou não. O que leva á perda total ou parcial de sua atividade, ou podem formar outros produtos, cuja toxicidade pode ser mais elevada do que a do produto original (BRASIL, 2001b). Estabilidade é o período pelo qual os medicamentos mantém suas características físicas, químicas e farmacológicas, dentro dos limites estabelecidos, desde o processo de fabricação até o período de vida útil (BRASIL, 2001b). A estabilidade, segundo Defilippe (1985) pode ser classificada em: Física - As características físicas são propriedades originais, tais como aparência, cor, sabor, odor, pH, viscosidade, dureza, uniformidade, etc. Indicando que os medicamentos não sofreram nenhum tipo de alterações, durante seu período de armazenamento, que impliquem em mudança das características físicas tornando-as praticamente inalteradas. Química - Cada integrante ativo deverá reter sua integridade e sua potencia declarada no rótulo, sendo esta a capacidade da forma farmacêutica em manter a identidade molecular do fármaco dentro dos limites especificados. Microbiológica - A resistência ao crescimento de microorganismos permanece dentro de limites estabelecidos, e os agentes antimicrobianos mantêm sua eficácia dentro dos limites especificados. Terapêutica - Essa atividade deve-se permanecer inalterada. Toxicológica - Não se deve ocorrer aumento significativo de toxicidade dos medicamentos.
  • 28. 28 Tabela 1 Sinais indicativos de possíveis alterações na estabilidade de medicamentos. FORMAS FARMACÊUTICAS ALTERAÇÕES VISÍVEIS Quantidade excessiva de pó Quebras, lascas, rachaduras na superfície Comprimidos Manchas, descoloração, aderência entre os comprimidos ou formação de depósitos de cristais sobre o produto Drágeas Fissuras, rachaduras, manchas na superfície Mudança na consistência ou aparência Cápsulas (amolecimento ou endurecimento) Presença de aglomerados Pós e grânulos Mudança na cor ou endurecimento Pós efervescentes Crescimento da massa e pressão grossa Diminuição do volume por perda de água Mudança na consistência Cremes e pomadas Presença de líquido ao apertar a bisnaga Formação de grânulos, grumos e textura arenosa Separação de fases Supositórios Amolecimento, enrugamento ou manchas de óleo Precipitação Soluções / xaropes / elixires Formação de gases Turbidez, presença de partículas, vazamento, Soluções injetáveis formação de cristais e mudança na coloração Quebra da emulsão, mudança na coloração e no Emulsões odor Precipitação, presença de partículas, grumos, Suspensões cheiro forte, mudança na coloração, entumecimento e liberação de gases. Mudanças de coloração, turbidez e formação de Tinturas / extratos gases Fonte: Defilippe,1985.
  • 29. 29 Segundo Moura (1989) a estabilidade do medicamento, é de fundamental importância para que seu efeito terapêutico seja mantido. Existem fatores intrínsecos e extrínsecos que afetam a estabilidade dos medicamentos e sua ação natural: Fatores intrínsecos – Estão relacionados ao processo de fabricação do medicamento: • Procedimento; • Métodos; • Técnicas; • Equipamentos; • Envase; • Embalagem; • Princípios ativos; • Princípios inativos (conservantes, corantes, aromatizantes); • Interações entre fármacos e solventes adjuvantes; • pH do meio; • Tamanho das partículas; • Alterações nos aspectos físicos (precipitação, presença de gases, uniformidade da dose, recipiente, grau de pureza); • Incompatibilidades. Fatores extrínsecos - Fatores ambientais, ligados as condições de transporte e estocagem: • Ligados a temperatura; • Luminosidade; • Ar (oxigênio, gás carbônico,...); • Umidade.
  • 30. 30 1.3.2 Temperatura As condições ambientais são as mais responsáveis pela alteração da temperatura e deterioração dos medicamentos. Para um controle mais adequado desta temperatura é fundamental o uso de termômetros nas áreas de estocagem, e com um acompanhamento de registros diários em mapas de controle, e também, gráficos que possa informar possíveis anormalidades para que estas sejam corrigidas (NUNES; SILVA, 2001). Os medicamentos sempre deverão estar armazenados em locais ventilados e com a temperatura ambiente de 25° as temperaturas elevadas são C, contra-indicadas para os medicamentos, pois pode acelerar a indução de reação química e biológica (NUNES; SILVA, 2001). Tabela 2 Faixas de temperatura segundo a classificação farmacopéica. Temperatura para conservação de medicamentos Fria ou refrigerada 2-8°C Fresca 8-15°C Ambiente 15-30°C Quente Acima de 30°C Fonte: Farmacopéia Brasileira.4ed.São Paulo:Atheneu, 1988 1.3.3 Luminosidade De acordo com Nunes, Silva (2001) se a intensidade da luminosidade sobre os medicamentos for muito forte, principalmente os raios solares, isso pode acarretar um elevado índice de aceleramento das reações químicas, e com isso alterando sua estabilidade, os efeitos ocorridos pela forte luminosidade não dependem somente da intensidade da luz, mais também do tempo de exposição, se houver a preocupação na estocagem dos medicamentos, embalando-os de forma adequada em papel alumínio, os problemas da estocagem podem ser amenizados,
  • 31. 31 por isso há uma preocupação maior na aquisição onde se deve especificar corretamente, para que haja embalagens adequadas. 1.3.4 Ventilação Segundo Nunes; Silva (2001) a ventilação é fundamental para manter o equilíbrio da temperatura em todos os pontos do ambiente, a circulação interna do ar deve ser mantida para uma melhor conservação dos medicamentos. 1.3.5 Umidade Dependendo do grau de umidade isso pode afetar o nível de estabilidade desencadeando possíveis reações químicas, biológicas e até mesmo físicas, quando os medicamentos são armazenados em ambientes úmidos eles podem sofrer algumas alterações tanto na consistência como em seu odor ou sabor, por isso a recomendação de nunca deixar medicamentos próximos a paredes, teto ou chão, pois produtos que são sensíveis a umidades devem ser preservados e conservados em frascos fechados. O grau de umidade dos medicamentos não deve passar de 70%, e sua medição é feita por meio de higrômetros, a umidade relativa é calculada entre a temperatura seca e a temperatura úmida (NUNES; SILVA, 2001). 1.4 DISTRIBUIÇÃO O processo de distribuição tem início a partir de qualquer solicitação de medicamentos com o intuito de suprir necessidades por um tempo determinado, e essas atividades de transporte vão desde o fornecimento da matéria-prima até a saída do produto acabado da fábrica. O processo de distribuição de medicamentos corretos deve ser realizado em um tempo eficaz, para que atrasos sejam evitados e
  • 32. 32 se cumpra todo o cronograma previsto, e para que os produtos cheguem em segurança sem nenhum dano e nas quantidade corretas, por isso o cuidado na escolha do transporte é de extrema importância, pois os produtos tem que ser entregues ao destinatário em segurança levando em consideração a rota que irá percorrer, distância etc. Toda entrega deve ser monitorada, deve-se saber sempre dados referentes à posição dos produtos em estoques, ou seja, produtos recebidos e distribuídos, quantidade máxima e mínima em estoque, quantidades de produtos adquiridos, todo esse procedimento é fundamental para um bom gerenciamento. Sendo assim o processo de distribuição deve satisfazer as necessidades dos clientes, entregando ao consumidor final um produto de forma segura e que garanta a qualidade, a segurança e as mesmas características com que foram produzidos (BRASIL, 2009).
  • 33. 33 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL O Objetivo desse trabalho foi verificar as condições em que os medicamentos eram armazenados e distribuídos em drogarias e distribuidoras na cidade de Fernandópolis e região. Para fazer uma análise estudamos as leis que regulamentam esses procedimentos e também manuais de órgãos vigentes, com o objetivo de confrontar os resultados obtidos com as leis responsáveis pelos procedimentos. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Este trabalho tem como objetivos específicos apresentar a realidade de como são armazenados e distribuídos os medicamentos em drogarias e distribuidoras. Através da: a) A aplicação da assistência farmacêutica baseada na armazenagem e distribuição; b) O papel do farmacêutico no armazenamento e na distribuição dos medicamentos; c) A maneira como os medicamentos são distribuídos.
  • 34. 34 3 MÉTODOS 3.1 SELEÇÃO DA BIBLIOGRAFIA O presente trabalho teve como método inicial a revisão bibliográfica com pesquisas em livros, artigos científicos e sites relacionados (Scielo, Google Scholar). 3.2 AMOSTRA POPULACIONAL A pesquisa foi realizada em 25 drogarias e 15 distribuidoras dos municípios de Fernandópolis e região. 3.3 ELABORAÇÃO DA PESQUISA Foi elaborado um questionário com 25 questões relacionadas à diversas áreas da empresa e enviado aos responsáveis técnicos das drogarias e distribuidoras em análise. 3.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS Após recebimento das respostas foi realizada uma análise e após uma triagem, as demonstrações gráficas.
  • 35. 35 4 RESULTADOS Pesquisa sobre Armazenamento de medicamentos em Drogarias e Distribuidoras. Figura 1a: Qual sua formação profissional? (Distribuidoras) Farmacêutico Outras formações 18% 82% Foram pesquisadas 15 distribuidoras, onde 82% apresentaram formação farmacêutica e 18% possuem outras formações. Figura1b: Qual sua formação profissional? (Drogarias) Farmacêutico Outras formações 6% 94% Das 25 drogarias pesquisadas 94% são farmacêuticos e 6% possuem outras formações.
  • 36. 36 Figura 2ª: Quem é o responsável pelo almoxarifado? (Distribuidoras) Farmacêutico Proprietário 0% 100% As 15 distribuidoras entrevistadas 100% alegam ser o farmacêutico o responsável pelo almoxarifado. Figura 2b: Quem é o responsável pelo almoxarifado? (Drogarias) Farmacêutico Proprietário 18% 82% Das 25 drogarias entrevistadas 82% alegam que o responsável pelo almoxarifado é o farmacêutico e 18% o proprietário.
  • 37. 37 Figura 3a: Qual o tipo de estocagem? (Distribuidoras) Horizontal Vertical (porta paletas) 50% 50% Das 15 distribuidoras entrevistadas 50% possuem estocagem em forma horizontal e 50% possuem em forma vertical. Figura 3b: Qual o tipo de estocagem? (Drogarias) Horizontal Vertical (porta paletas) 44% 56% Das 25 drogarias 56% realizam o método horizontal para a estocagem e 44% o vertical (por paletas).
  • 38. 38 Figura 4a: Há separação física, bem delimitada, entre o recebimento, expedição e armazenagem geral? (Distribuidoras) Sim Não 0% 100% Das 15 distribuidoras pesquisadas 100% alegam possuir separação física bem delimitada entre o recebimento, expedição e armazenagem. Figura 4b: Há separação física, bem delimitada, entre o recebimento, expedição e armazenagem geral? (Drogarias) Sim Não 6% 94% Das 25 drogarias entrevistadas 94% alegam possuir separação física bem delimitada entre o recebimento, expedição e armazenagem e 6% não.
  • 39. 39 Figura 5a: O local apresenta-se em boas condições? (Distribuidoras) Sim Não 0% 100% Das 15 distribuidoras entrevistadas 100% alegam que possuem boas condições de armazenamento. Figura 5b: O local apresenta-se em boas condições? (Drogarias) Sim Não 6% 94% Das 25 drogarias entrevistadas 94% apresentam boas condições de armazenamento e 6% não apresentam.
  • 40. 40 Figura 6a: O local possui forro? (Distribuidoras) Sim Não 30% 70% Das 15 distribuidoras 30% responderam que não tem forro na empresa e 70% responderam sim. Figura 6b: O local possui forro? (Drogarias) Sim Não 0% 100% Das 25 drogarias 100% afirmaram que possuem forros nas instalações da empresa.
  • 41. 41 Figura 7a: A iluminação é boa? (Distribuidoras) Sim Não 0% 100% Das 15 distribuidoras 100% apresentam iluminação adequada. Figura 7b: A iluminação é boa? (Drogarias) Sim Não 0% 100% Das 25 drogarias 100% afirmam ter iluminação boa no estabelecimento.
  • 42. 42 Figura 8a: Existe proteção contra entrada de roedores? (Distribuidoras) Sim Não 0% 100% De acordo com as respostas das 15 distribuidoras, 100% possuem proteção contra a entrada de roedores. Figura 8b: Existe proteção contra entrada de roedores? (Drogarias) Sim Não 13% 87% Nota-se que apenas 87% das drogarias tem proteção contra roedores sendo que 13% não estão protegidas, lembrando que foram questionadas 25 estabelecimentos.
  • 43. 43 Figura 9a: Existe proteção contra entrada de aves? (Distribuidoras) Sim Não 0% 100% Do total das 15 distribuidoras, 100% possuem proteção contra entrada de aves. Figura 9b: Existe proteção contra entrada de aves? (Drogarias) Sim Não 25% 75% Das 25 drogarias apenas 25% não possuem proteção contra entrada de aves sendo que 75% tem proteção contra entrada de aves.
  • 44. 44 Figura 10a: Existem registros escritos do controle de temperatura e umidade? (Distribuidoras) Sim Não 30% 70% Das 15 distribuidoras 70% afirmam existir registros escritos do controle de temperatura e umidade, 30% não seguem esse procedimento. Figura 10b: Existem registros escritos do controle de temperatura e umidade? (Drogarias) Sim Não 25% 75% Das 25 drogarias apenas 25% mantém controle de temperatura e umidade, as 75% restantes responderam negativamente.
  • 45. 45 Figura 11a: Existem extintores de incêndio? (Distribuidoras) Sim Não 0% 100% Das 15 distribuidoras, 100% possuem extintores de incêndio. Figura 11b: Existem extintores de incêndio? Figura 11b: Existem extintores de incêndio? (Drogarias) Sim Não 0% 100% Das 25 drogarias, 100% possuem extintores de incêndio.
  • 46. 46 Figura 12a: o local é completamente fechado? (Distribuidoras) Sim Não 22% 78% Das 15 distribuidoras questionadas 78% alegam ter o espaço completamente fechado ao contrário das 22% restantes. Figura12b: O local é completamente fechado? (Drogarias) Sim Não 0% 100% Das 25 drogarias 100% afirmam ter o espaço completamente fechado.
  • 47. 47 Figura 13a: Existem “pallets” suficientes para a operação de estocagem e movimentação? (Distribuidoras) Sim Não 0% 100% Das 15 distribuidoras, 100% possuem “pallets” suficientes para estocagem e movimentação dos produtos em estoque. Figura 13b: Existem estantes suficientes para a operação de estocagem e movimentação? (Drogarias) Sim Não 25% 75% Das 25 drogarias, 75% possuem estantes suficientes para estocagem e movimentação dos estoques, ao contrário das 25% restantes.
  • 48. 48 Figura 14a: Existe local apropriado para a armazenagem de imunobiológicos? (Distribuidoras) Sim Não 50% 50% Das 15 distribuidoras 50% afirmaram existir local apropriado para armazenagem de imunobiológicos, e 50% não possuem. Figura 14b: Existe local apropriado para a armazenagem de imunobiológicos? (Drogarias) Sim Não 31% 69% Das 25 drogarias, 69% não têm local para armazenar imunobiológicos e 31% afirmaram possuir local adequado.
  • 49. 49 Figura 15a: As câmeras frias têm termômetro para a medição de temperatura? (Distribuidoras) Sim Não 30% 70% Das 15 distribuidoras 70% afirmam que as câmaras frias têm termômetro para a temperatura e 30% não. Figura 15b: As câmeras frias têm termômetro para a medição de temperatura? (Drogarias) Sim Não 31% 69% Das 25 drogarias, 69% não têm termômetro em câmara fria e 31% afirmaram que sim.
  • 50. 50 Figura 16a: Existe local apropriado para armazenagem de produtos termolábeis? (Distribuidoras) Sim Não 22% 78% Das 15 distribuidoras, 78% têm local apropriado para armazenamento de produtos termolábeis e 22% não. Figura 16b: Existe local apropriado para armazenagem de produtos termolábeis? (Drogarias) Sim Não 50% 50% Das 25 drogarias 50% possuem local apropriado para produtos termolábeis e 50% não têm.
  • 51. 51 Figura 17a: Existe local para guardar produtos controlados? (Distribuidoras) Sim Não 30% 70% Das 15 distribuidoras 70% afirmam ter um local específico para os medicamentos controlados e 30 % não possuem. Figura 17b: Existe local para guardar produtos controlados? (Drogarias) Sim Não 0% 100% Das 25 drogarias, 100% possuem local para guardar medicamentos controlados.
  • 52. 52 Figura 18a: Existem procedimentos por escrito para a expedição de medicamentos? (Distribuidoras) Sim Não 0% 100% Das 15 distribuidoras 100% possuem o procedimento de expedição de medicamentos por escrito. Figura 18b: Existem procedimentos por escrito para a expedição de medicamentos? (Drogarias) Sim Não 50% 50% Das 25 drogarias 50% possuem os procedimentos de expedição de medicamentos e 50% não têm.
  • 53. 53 Figura 19a: Existem procedimentos escritos para o recebimento de medicamentos? (Distribuidoras) Sim Não 0% 100% Das 15 distribuidoras 100% têm procedimentos escritos para recebimento dos medicamentos. Figura 19b: Existem procedimentos escritos para o recebimento de medicamentos? (Drogarias) Sim Não 44% 56% Das 25 drogarias 56% não possuem os procedimentos de recebimento de medicamentos por escrito e 44% afirmam que sim.
  • 54. 54 Figura 20a: Na chegada, os medicamentos são examinados fisicamente para se certificar que estão íntegros e nas quantidades certas? (Distribuidoras) Sim Não 0% 100% Das 15 distribuidoras 100% conferem a integridade e quantidade dos medicamentos. Figura 20b: Na chegada, os medicamentos são examinados fisicamente para se certificar que estão íntegros e nas quantidades certas? (Drogarias) Sim Não 0% 100% Das 25 drogarias 100% conferem a integridade e quantidade dos medicamentos.
  • 55. 55 Figura 21a: Se houverem discordâncias quanto às quantidades ou quanto à integridade física dos medicamentos, qual o procedimento adotado? (Distribuidoras) Não recebem Recebem e ficam em quarentena 25% 75% Das 15 distribuidoras 75% não recebem a mercadoria se não estiver compatível com o pedido ou alterações na integridade do medicamento e 25% recebem, porém ficam em quarentena até resolver o problema com o fornecedor. Figura 21b: Se houverem discordâncias quanto às quantidades ou quanto à integridade física dos medicamentos, qual o procedimento adotado? (Drogarias) Não recebem Recebem e ficam em quarentena 19% 81% Das 25 drogarias 81% não recebem a mercadoria que contém alterações na integridade física dos medicamentos ou está incompatível com o pedido e 19% recebem, porém mantém em quarentena até resolver o problema.
  • 56. 56 Figura 22a: Na chegada, os medicamentos são examinados quanto ao número do lote e ao prazo de validade? (Distribuidoras) Sim Não 0% 100% Das 15 distribuidoras 100% conferem o lote e a validade dos medicamentos adquiridos. Figura 22b: Na chegada, os medicamentos são examinados quanto ao número do lote e ao prazo de validade? (Drogarias) Sim Não 0% 100% Das 25 drogarias, 100% conferem o lote e o prazo de validade dos medicamento s.
  • 57. 57 Figura 23a: Existem procedimentos escritos para as atividades relativas ao armazenamento dos medicamentos? (Distribuidoras) Sim Não 0% 100% Das 15 distribuidoras 100%, têm procedimentos escritos para atividades de armazenamento dos medicamentos. Figura 23b: Existem procedimentos escritos para as atividades relativas ao armazenamento dos medicamentos? (Drogarias) Sim Não 25% 75% Das 25 drogarias, 75% não possuem procedimentos escritos para atividade de armazenamento de medicamentos e 25% afirmaram possuir.
  • 58. 58 Figura 24a: Os medicamentos são estocados por lotes de produtos? (Distribuidoras) Sim Não 20% 80% Das 15 distribuidoras, 80% estocam os medicamentos por lotes e 20% não utilizam desse tipo de estoque. Figura 24b: Os medicamentos são estocados por lotes de produtos? (Drogarias) Sim Não 25% 75% Das 25 drogarias 75% não estocam os produtos por lotes e 25% seguem esse procedimento.
  • 59. 59 Figura 25a: O sistema de se despachar os lotes mais antigos em primeiro lugar é seguido rigorosamente? (Distribuidoras) Sim Não 10% 90% Das 15 distribuidoras 90% seguem rigorosamente o método de despachar os lotes antigos primeiramente e 10% não. Figura 25b: O sistema de se despachar os lotes mais antigos em primeiro lugar é seguido rigorosamente? (Drogarias) Sim Não 6% 94% Das 25 drogarias 94% seguem rigorosamente o sistema de despachar os lotes mais antigos em primeiro lugar e 6% não.
  • 60. 60 5 DISCUSSÃO O almoxarifado deve ser de responsabilidade do profissional farmacêutico, pois este tem condições de armazenar produtos de maneira adequada identificando possíveis danificações. É importante sua função neste setor para segurança e proteção do almoxarifado, identificamos que algumas drogarias mantêm o proprietário como responsável, podendo trazer complicações futuras no acondicionamento dos produtos. Quanto à estrutura física, algumas drogarias não têm espaço bem delimitado para recebimento, expedição e armazenamento. Além disso, várias não possuem proteção contra aves e roedores, normas estas que deveriam ser fiscalizadas. Umas das questões mais importantes é o controle de temperatura e umidade que muitas drogarias e distribuidoras não realizam, fator que pode provocar alterações na composição dos medicamentos ocasionando danos à saúde do paciente. É importante que as drogarias e distribuidoras tenham locais apropriados para armazenamento de termolábeis e imunobiológicos e cumpram as normas corretas de armazenamento, porém identifica-se que a maioria não possui. Os medicamentos controlados nas distribuidoras devem estar em local separado e sob cuidado do farmacêutico responsável, porém notamos que algumas não estão cumprindo essas regras básicas. Algumas drogarias não têm o Manual de Boas Práticas exigido por lei, este é um problema que precisa ser resolvido com fiscalizações apropriadas.
  • 61. 61 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Assistência Farmacêutica é um conjunto de ações voltada à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população (BRASIL, 2004). O armazenamento e a distribuição de medicamentos são uma das etapas do Ciclo de Assistência Farmacêutica, onde a finalidade principal é garantir a qualidade dos fármacos através de um acondicionamento adequado promovido pelo profissional farmacêutico. O principal propósito deste estudo foi verificar as condições de armazenamento e distribuição dos medicamentos nas drogarias e distribuidoras de Fernandópolis e região. Nota-se em alguns gráficos, dados que em longo prazo poderão tornar-se estatísticas problemáticas para as empresas em questão, como a falta de registros de temperatura em 30% das distribuidoras e 75% das drogarias, já que este é um fator extrínseco responsável por alterações nos medicamentos. Outro aspecto evidente na pesquisa e análise dos dados foi identificada é 69% das drogarias não armazenam os imunobiológicos em local apropriado, e quanto aos termolábeis 50% das drogarias e 22% das distribuidoras estocam esses produtos em locais inadequados. Identificamos em um dos gráficos que 30% das distribuidoras não estão cumprindo as normas vigentes em lei que os controlados devem estar em local específico e adequadas. Verificamos que várias drogarias não possuem o manual de Boas Práticas por escrito, com os procedimentos anotados desde a chegada do medicamento até sua dispensação constituindo uma infração, pois a legislação nos fala que todos os estabelecimentos devem possuir por escrito todos os procedimentos realizados pelos funcionários diariamente.
  • 62. 62 A atuação farmacêutica deve estar orientada para a educação em saúde, orientação farmacêutica, dispensação, atendimento e acompanhamento farmacêutico, registro sistemático das atividades, mensuração e avaliação dos resultados. Faz-se necessário atentar para a qualificação do farmacêutico que precisa ser direcionada para esses aspectos, o que hoje é pouco priorizado, além disso, é preciso a conscientização do proprietário para que juntamente com o profissional de saúde realize todos os procedimentos adequados para que os medicamentos cheguem de forma correta ao cliente final. Assim, a estruturação das ações de assistência farmacêutica dentro do serviço de drogaria ou distribuidora constitui uma abordagem imprescindível para a promoção da saúde, a fim de que se garanta a melhoria da utilização dos medicamentos, com redução dos riscos de morbimortalidade.
  • 63. 63 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Decreto n° 3.961, de 10 de Outubro de 2001a. Altera o decreto nº 79.094, de 05 de janeiro de 1977, que regulamenta a lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976. Brasília: ANVISA, 2001. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/decretos/3961_01.htm >. Acesso em: 10 ago. 2011. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Decerto n° 79.094, de 05 de Janeiro de 1977a. Regulamenta a lei 6.360, de 26 de setembro de 1976, que submete a sistema de vigilância sanitária os medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneantes e outros. Brasília: ANVISA, 1977. Disponível em: < http://www.anvisa.gov.br/legis/consolidada/decreto_79094_77.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2011. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Lei n° 6360, de 23 de Setembro de 1976a. Dispõem sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas os insumos farmacêuticos, e correlatos, cosméticos, saneamentos e outros produtos e da outras providências. Brasília: ANVISA, 1976. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/consolidada/lei_6360_76.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2011. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Lei n° 6437, de 20 de Agosto de 1977b. Configura infrações a legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e da outras providencias. Brasília: ANVISA, 1977. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/consolidada/lei_6437_77.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2011. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Lei n° 11.903, de 14 de Janeiro de 2009c. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007- 2010/2009/Lei/L11903.htm>. Acesso em: 10 ago. 2011. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria n° 06, de 29 de Janeiro de 1999. Aprova a instrução normativa da portaria SVS/MS nº 344 de 12 de maio de 1998, que institui o regulamento técnico das substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Brasília: ANVISA, 1999. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/6_99.htm>. Acesso em: 10 ago. 2011. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria n° 344, de 12 de Maio de 1998a. Aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos
  • 64. 64 a controle especial. Brasília: ANVISA, 1998. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/344_98.htm>. Acesso em: 10 de Agosto. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria n° 802, de 08 de Outubro de 1998b. Considerando a necessidade de garantir maior controle sanitário na produção distribuição, e que todo seguimento envolvido na produção, distribuição, transporte e armazenagem de medicamentos é responsável solidário pela identidade, eficácia, qualidade, e segurança dos produtos farmacêuticos. Brasília: ANVISA, 1998. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/802_98.htm>. Acesso em: 10 ago. 2011. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 44, de 17 de Agosto de 2009a. Dispõem sobre boas práticas farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providencias. Brasília: ANVISA, 2009. Disponível em: <http://cfo.org.br/wp-content/uploads/2010/02/180809_rdc_44.pdf >. Acesso em: 10 ago. 2011. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 55, de 17 de Março de 2005c. A diretoria colegiada da agencia nacional de vigilância sanitária, no uso de sua atribuição que lhe confere o art. 11, inciso IV, do regulamento da ANVISA aprovado pelo DECRETO nº 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “b”, § 1º, do regimento interno aprovado pela Portaria nº 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada dia 10 de fevereiro de 2005. Brasília: ANVISA, 2005. Disponível em: < http://www.brasilsus.com.br/legislacoes/rdc/16089- 55.html >. Acesso em: 10 ago. 2011. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 59, de 27 de Junho de 2000a. A diretoria colegiada da agencia nacional de vigilância sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 11, inciso IV, do regulamento da ANVISA aprovado pelo decreto 3.029, de 16 de abril de 1999, em reunião realizada em 20 de junho de 2000. Brasília: ANVISA, 2000. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2000/59_00rdc.html>. Acesso em: 10 ago. 2011. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 176, de 07 de Junho de 2005a. Considerando a necessidade e controle sanitário na fabricação, importação exportação, fracionamento, armazenamento, expedição, embalagem, distribuição e transporte dos insumos farmacêuticos, art. 1º Fica estabelecida a obrigatoriedade do recadastramento e prestação de informações atualizadas por parte das empresas estabelecidas ou com
  • 65. 65 representantes no país, que exerçam as atividades. Brasília: ANVISA, 2005. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2005/rdc/176_05rdc.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2011. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC 204, de 14 de Novembro de 2006. A diretoria colegiada da agencia nacional da vigilância sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 do regulamento aprovado pelo DECRETO nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto o inciso II, e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republica no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 06 de novembro de 2006. Brasília: ANVISA, 2006. Disponível em:<http://www.interfarma.org.br/site2/images/Site%20Interfarma/Informacoesdoset or/RE/Garantia%20e%20Qualidade/RDC%202042006%20BPD%20e%20Fracionam ento%20de%20Insumos.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2011. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 249, de 13 de Setembro de 2005b. Considerando a necessidade de atualizar as boas práticas de fabricação de produto intermediário e insumo farmacêutico, e considerando a necessidade de padronizar as ações de vigilância sanitária. Brasília: ANVISA, 2005. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2002/249_02rdc.pdf >. Acesso em: 10 ago. 2011. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 320, de 22 de Novembro de 2002a. Considerando a necessidade de garantir o sistema de controle e fiscalização em toda a cadeia dos produtos farmacêuticos, e a necessidade de acompanhar e monitorar nas distribuidoras, o comprimento das normas sanitárias para a distribuição de medicamentos, com vistas à detecção de medicamentos irregulares, os falsificados e os provenientes de cargas roubadas assegurando as ações preventivas do sistema de controle e fiscalização. Brasília: ANVISA, 2002. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2002/320_02rdc.htm >. Acesso em: 10 ago. 2011. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 346, de 16 de Dezembro de 2002b. Considerando a necessidade de estabelecer as diretrizes técnicas para concessão, renovação, alteração e cancelamento de autorização de funcionamento ou de autorização especial de funcionamento de empresas que prestem serviços de armazenagem de mercadorias sob vigilância sanitária em terminais aquaviários, portos organizados, aeroportos, postos de fronteira e recintos alfandegados, e considerando a necessidade de estabelecer as diretrizes técnicas para as boas práticas de armazenagem a serem cumpridas pelas empresas que prestem serviços de armazenagem de mercadorias sob vigilância sanitária em estabelecimentos instalados em terminais aquaviários, portos organizados, aeroportos, postos de fronteira e recintos alfandegados. Brasília:
  • 66. 66 ANVISA, 2002. Disponível em: < http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2002/346_02rdc.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2011. BRASIL. Conselho Regional do Estado de São Paulo. Distribuição e transportes. Julho de 2009b. Disponível em: <http://xa.yimg.com/kq/groups/2299115/1084345101/name/Cartilha+- +Distribui%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%A3o+e+Transporte.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2011. BRASIL. Estabilidade de Medicamentos: Uma radiografia da realidade brasileira. Pharmácia Brasileira. Brasília, DF, ano 3, n° 24, p. 4-8, janeiro/fevereiro.2001. BRASIL: Journal of Public Health. São Paulo: Universidade de São Paulo Faculdade de Saúde Pública, 2000b. Disponível em: <www.fsp.usp.br/rsp>. Acesso em: 10 de jun. 2011. BRASIL. Manual Farmacêutico: Conselho regional de farmácia do estado de Goiás. Disponível em: <http://www.crfgo.org.br/site/manual2009.pdf>. Acesso em: 25 set. 2011. BRASIL. Ministério da Saúde Central de Medicamentos. Boas práticas para estocagem de medicamentos. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd05_05.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2011. BRASIL. Para entender a gestão do programa de medicamentos de dispensação em caráter excepcional. 2004. Disponível em: <http://www.conass.org.br/admin/arquivos/documenta3.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2011. BRASIL. Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. Orientações para o armazenamento de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médios. Disponível em: <http://www.umcci.min- saude.pt/SiteCollectionDocuments/Orientacoes_armazenamento_farmacos.pdf>. Acesso em: 20 set. 2011. CONSENDEY, M. A. E.. Assistência farmacêutica na atenção básica de saúde: a experiência de três estados brasileiros. Caderno de Saúde Pública, 16 (1): 171 – 182, 2000. DEFILIPPE, C. R. Estabilidade de medicamentos: condições ambientais adequadas para a conservação dos medicamentos. Rio de Janeiro. [s.n.], 1985.40 p.
  • 67. 67 FARMACOPÉIA BRASILEIRA .4.ed. São Paulo: Atheneu. 1988. MARIN, N.; LUIZA, V. L.; CASTRO, C. G. S. O.; SANTOS, S. M. Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro: OPAS/OMS, 2003. 334p. MARTINS, L. P. GALATO, D. O ciclo de assistência farmacêutica no sistema único de saúde: estudo qualitativo em um município do estado de Santa Catarina. Disponível em: <http://www.revbrasfarm.org.br/pdf/2008/RBF_R3_2008/130_pag_185a188_ciclo_as sistencia.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2011. MOURA, R. A. Logística: suprimento, armazenamento, distribuição física. São Paulo: Ibam, 1989. NUNES, J. T; SILVA, L. A. da. Assistência farmacêutica na atenção básica instruções técnicas para a sua organização. 1. ed. Brasília: MedMidia E Associados Ltda, 2001. SAMPAIO, MAURO. CRISLLAG. J. M. Integração da cadeia de suprimentos da indústria farmacêutica. São Paulo: ENERO-MARZO, 2010. 109 – 130p. YOKAICHIYA, C. M.; et al. Manual de estruturação de almoxarifado de medicamentos e produtos para a saúde, e de boas práticas de armazenamento e distribuição. Disponível em: <http://ww2.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/saude/ass_farmaceutica/0004/a lmoxarifado.doc>. Acesso em: 20 jul. 2011.
  • 68. 68 APÊNDICE PESQUISA SOBRE: ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS EM DROGARIAS E DISTRIBUIDORAS 1. Qual sua formação profissional? Farmacêutico Outras formações 2. Qual o responsável pelo almoxarifado? 3. Farmacêutico Proprietário 3. Qual o tipo de estoque? Horizontal Vertical (porta pallets) 4. Há separação física, bem delimitada, entre o recebimento, expedição e a armazenagem geral? Sim . Não 5. O local apresenta-se em boas condições? Sim Não 6. O local possui forro?
  • 69. 69 Sim Não 7. A iluminação é boa? Sim Não 8. Existe proteção contra entrada de roedores? Sim Não 9. Existe proteção contra entrada de aves? Sim Não 10. Existem registros escritos do controle de temperatura e umidade? Sim Não 11. Existem extintores de incêndio? Sim Não 12. O local é completamente fechado? Sim
  • 70. 70 Não 13. Existem “pallets” ou estantes suficientes para a operação de estocagem e movimentação dos estoques? Sim Não 14. Existe local apropriado para a armazenagem de imunobiológicos? Sim Não 15. As câmaras frias têm termômetros para a medição de temperatura? Sim Não 16. Existe local apropriado para armazenagem de produtos termolábeis? Sim Não 17. Existe local para guardar produtos controlados? Sim Não 18. Existem procedimentos por escrito para a expedição de medicamentos? Sim Não
  • 71. 71 19. Existem procedimentos escritos para o recebimento de medicamentos? Sim Não 20. Quando de sua chegada, os medicamentos são examinados fisicamente para se certificar que estão íntegros e nas quantidades certas? Sim Não 21. Se houverem discordâncias quanto ás quantidades ou quanto à integridade física dos medicamentos, qual o procedimento adotado? Não recebem Recebem e ficam em quarentena 22. Na chegada, os medicamentos são examinados quanto ao número do lote e prazo de validade? Sim Não 23. Existem procedimentos escritos para as atividades relativas ao armazenamento dos medicamentos? Sim Não 24. Os medicamentos são estocados por lotes de produtos?
  • 72. 72 Sim Não 25. O sistema de se despachar os lotes mais antigos em primeiro lugar é seguido rigorosamente? Sim Não