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A Ordem de Cluny é
uma                   ordem
religiosa monástica católica.
é      considerada como a
sucessora da Ordem de São
Bento        no    chamado
movimento monacal.

A partir do século X e até
ao século XII, o mosteiro de
Cluny celebrizou-se pela
influência moralizadora de
seus membros no seio da
Igreja Católica, movimento
que       ficou   conhecido
como reforma de Cluny.
A Ordem de Cluny

Juntamente com os movimentos
reformistas liderados por são Bento
de Anani, pela Ordem dos Cartuxos e
pelos monges da Ordem de
Cister, conseguiram conter parte do
relaxamento de costumes que havia
invadido a vida monástica e
eclesiástica,    na    Europa,     à
época, reflexo da intromissão da
política e suas manipulações no seio
da fé.
Ordem de São Bento

A     Ordem      de   São     Bento      ou    Ordem
Benedita (em Latim: Ordo Sancti Benedicti, sigla OSB)
é uma ordem religiosa monástica católica que se baseia
na observância dos preceitos destinados a regular a
convivência comunitária. É considerada como a
iniciadora do chamado movimento monacal.

A Regula Benedicti foi composta em 529 para a abadia
de Montecassino, na Itália, por Bento de Núrsia (480-
543). Ela preceituava a pobreza, a castidade, a
obediência, a oração e o trabalho, bem como a
obrigação de hospedar peregrinos e viajantes em seus
mosteiros, dar assistência aos pobres e promover o
ensino. Por este último motivo, ao lado dos seus
mosteiros, havia sempre uma escola, razão pela qual
ainda, a ordem tornou-se em um dos centros culturais
da idade Média, com as suas bibliotecas reunindo o que
restara das obras e ensinamentos da Antiguidade.

                Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ordem de Cister

A sua origem remonta à fundação
da Abadia de Cister (em latim, Cistercium;
em francês, Cîteaux), na comuna de Saint-
Nicolas-lès-
Cîteaux, Borgonha, em 1098, por Roberto
de Champagne, abade de Molesme.
Este,     juntamente      com       alguns
companheiros     monges,     deixara     a
congregação monástica de Cluny para
retomar a observância da antiga regra
beneditina, como reação ao relaxamento
da Ordem de Cluny.
                     Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
Papas Cistercienses

                                                                  Período de
        Papa               Início             Termino
                                                                  Pontificado
                    15 de                                     08anos 04meses
Beato Eugênio III                       8 de Julho de 1153
                    Fevereiro de 1145                         24dias
                    1 de                25 de                 04anos 02meses
Papa Lúcio III
                    Setembro de 1181    Novembro de 1185      24dias
                    24 de               11 de
Papa Celestino IV                                             17dias
                    Outubro de 1241     Novembro de 1241
                    1 de                10 de                 04anos 04meses
Beato Gregório X
                    Setembro de 1271    Janeiro de 1276       09dias
                    22 de                                     07anos 04meses
Papa Bento XII                          25 de Abril de 1342
                    Dezembro de 1334                          03dia
A Ordem de Cluny

Em 910 é criada no sul da França
(Borgonha) a Ordem de Cluny
cedida por Guilherme, Duque da
Aquitânia, que funda o mosteiro de
Cluny I, com tradição Senobítica e
orientação Beneditina, mas que tem
como característica impar não estar
submetido ao Duque da Aquitânia e
sim ao Papa diretamente.
A carta de fundação da
abadia, assinada em setembro
de 910 pelo poderoso duque da
Aquitânia Guilherme I, cedia a
Bernon, abade de Baume-les-
Messieurs, uma terra chamada
Cluny, na diocese de Mâcon, a
cerca de vinte quilômetros desta
cidade, bem no centro da
França. Esta carta de fundação
explicitava com precisão a
criação de uma abadia que
seguisse a Regra de S. Bento.      Bernon, abade de Baume-les-Messieurs
Os protetores do mosteiro serão
os apóstolos Pedro e Paulo, ou
seja o Papa.

É a primeira vez que um laico
abre mão da prerrogativa de
patrocínio próprio, em nome de
um patrocino espiritual de Pedro e
Paulo, o Papa, ou seja, o Abade
Bernon vai responder somente ao
Papa, prerrogativa fora da regra
comum no período em termos de
fundação monástica. Visto pelo
próprio papado como modelo           Bernon (910-927),
promissor.
Odilon      Hugo
     Bernon (910-
                    (994-      (1049-
         927)
Os                  1049)       1109)




                              Pons de
        Odon        Odilon
                              Melgueil
        (927-       (994-
                               (1109-
        942)        1049)
                               1122),




       Aimand       Maïeul    Pedro de
        (942        (954-    Montboisier
        952)         994)    (112-1156),
Os abades de Cluny entre os séculos X e XII foram personagens importantes no seu
tempo: Bernon (910-927),
Odon (927-942),
Aimand (942 952)
Maïeul (954-994),
Odilon (994-1049)
Hugo (1049-1109).
Pons de Melgueil (1109-1122),
Pedro de Montboisier (112-1156),


Dito o Venerável, homem de grande cultura e figura de proa da Cristandade medieval.
Era a época do apogeu de Cluny, com mais de 1180 mosteiros dependentes na
Europa, dos quais mais de 800 só na França.
Durante o abaciado de Odon (927-942), em
931 o papa João XI da direito a Cluny se
reformar estabelecendo vinculo com outras
casas, e integrar qualquer mosteiro que queira
seguir a regra de Cluny. E se submeterem ao
abade, eles poderão a partir de um documento
vir a vincular-se a o abaciado de Cluny, através
de um contrato político.




                                                   Odon (927-942
É como se papa João XI desse a Cluny o        Papa João XI
direito   a    uma    notoriedade.  Cluny
desenvolve através de uma exigência inicial
de       Bernon        (910-927),      aos
costumes, orientados pela figura do
abade, uma atribuição de oração que
nenhuma casa monástica tinha, uma
oração de mais de 12 horas por dia, com
três horas dedicadas a oração aos
mortos, ou seja eles recebem de uma
liderança laica, que vai pedir uma oração
especial nomeando os mortos da
região, com uma diferença da missa.
Durante o abaciado de Odon (927-942), Essa particularidade da casa de Cluny a
coloca muito requerida pelos laicos que a procuram, e por isso Cluny recebe uma série
de bens e consequentemente enriquece muito rápido, por orar pelos mortos.

Ganha projeção por cria uma liturgia aos mortos, ou seja, diferente de todas, ou melhor
ainda, específica para os mortos. Essa missão nasce em meio ao cotidiano de reforma
da igreja e de concílios para o processo de pacificação, entre o século X e XI, onde
essa função de orar aos mortos, acaba a elevando Cluny a desenvolver uma
prerrogativa de um senhorio monástico.
Durante o abaciado de Maïeul (954-994). Em 981, Cluny recebe as relíquias de Pedro e
Paulo, se acreditava que o santo pudesse se materializar através dos restos mortais de
Pedro e Paulo, tornando-se Cluny um local de peregrinação de peregrinos laicos e
eclesiásticos, que vão busca do contato com a graça e o contato com a relíquia. Cluny
esta em contato imediato com o Papado, sempre vista como um braço direito do papa
na região da frança.
Em 963-981 (Abade S. Bernou) funda nova
abadia, a Cluny II que vai influenciar todas as
outras e revelar-se a mais importante.

Durante o abaciado de Odilon (994-1049), em
998 Cluny recebe o segundo Privilégio, a
Isenção que garante a Cluny a capacidade de
ser independente em todos os sentidos, só se
reporta diretamente a Roma, confirma a auto-
suficiência de Odilon, reafirmada em 1024.
reprodução de seu poder em outras casas, a
condição de adensar outras casas a sua rede
de casas. Transformando-se me um
importante centro religioso.
Cluny I
Arte de Cluny: Traduz-se pela imagem, pois representa através de imagens o que
é a verdade do cristianismo, o que se revelava, ou seja, pelo fato da missa ser
feitas em latim, ela se apresenta através do exercício imagético.

Por isso a arte faz parte da dimensão de representação do cristianismo. As
Catedrais românicas, é escura, as gravuras são grotescas, sente-se oprimido pelo
ambiente. A catedral gótica tem uma representação com outros estilos de
representação diferentes, altura do teto e outra condição de luminosidade. Em
Cluny, por ser uma catedral românica tinha todas características das igrejas
romanas, mas com uma altura diferente e a espessura das paredes notoriamente
mais grossas, mas mantinha as características principais da igreja romana.

Em 1050 é fundada a Cluny III pelo Abade Hugo de Semur. No século VIII vai
alterar mentalidades, encabeçado pelo papa e por Carlos Magno que engendra um
sistema de inter-dependência em pirâmide, desde o simples cidadão até ao papa
(representante de Deus).
A influência cluniacense manifestou-se na arte românica de
muitas igrejas do Norte, especialmente na Sé de Braga; nota-se
na decoração, já que a humildade das igrejas monásticas impedia a
adopção de estruturas grandiosas.

A influência de Cluny acaba cedo devido à sua interpretação da Regra de S.
Bento, por causa da decadência da Casa-Mãe: Santa Justa e a sua história
está semeada de questões com a autoridade eclesiástica e por causa da
cobrança dos dízimos que se podem seguir através das visitas
e capítulos gerais de Cluny.

A história de Cluny acaba, em Portugal, em 1515, com a redução de São
Pedro de Rates a igreja paroquial.
Com Bernon, vieram alguns monges, os primeiros religiosos da nova abadia, que se
enquadrava no projeto de reforma promovida por Bento de Aniane (c-750-821), o
qual pretendia unir todos os mosteiros da Europa Ocidental sob a observância da
Regra Beneditina.




Por esta filiação, se poderá constatar o papel que Cluny desempenhará na difusão
da reforma da Igreja mais tarde lançada de forma empenhada pelo papa Gregório
VII (1073-1085), a denominada "reforma gregoriana". Cluny, conforme se pode
depreender a partir do vocativo (S. Pedro) da abadia, estava diretamente sujeita à
Santa Sé, por isso subtraída à jurisdição do bispo de Mâcon.
Odilon (994-1049




Hugo (1049-1109).                      Odon (927-942)

                                                        Maïeul (948-994)
AULA: 07 DE NOVEMBRO DE 2011:

Cluny talvez seja a mais importante casa monástica do território
Frances. É um mosteiro de tradição Beneditina, (casa regida com
as regras de São Bento; Século V). Regulação da vida monástica.

1º regra que orienta a vida monástica é do século V escrita por
Bento da Murcia (São Bento) e se transforma no principal
referencial    para       a   vida cotidiana    de   uma     vida
monástica, estabelecida no século VIII, no período do reinado de
Luis o Pio, filho de Carlos Magno.

A regra de São Bento tem várias traduções em português no
Google. O 1º capítulo descreve os tipos de monge e seus estilos de
vida, que são divididos em: Senobita, Anacoreta, Saraibita e o
Girovago.
AULA: 07 DE NOVEMBRO DE 2011:

A regra de São Bento tem várias traduções em português no
Google. O 1º capítulo descreve os tipos de monge e seus estilos de
vida, que são divididos em:

                   SENOBITA               ANACORETA


                               TIPOS DE
                               MONGES


                   GIROVAGO               SARAIBITA
AULA: 07 DE NOVEMBRO DE 2011:

Senobita: É o tipo monástico mais importante, o qual São Bento
foca seu trabalho, “A Regra de São Bento”, que orienta o estilo de
vida que deve ser seguido por esses homens que escolhessem
essa vida, o faziam por um plano divino que os indicava a seguir
uma vida de orientação clerical.
AULA: 07 DE NOVEMBRO DE 2011:

Senobita: Deveriam seguir, decide entrar na vida monástica (ter
uma vida de privação e se entregar a oração ara aperfeiçoamento
individual, indicada por Luis o Pio como a vida monástica a ser
seguida). Cotidiano de uma vida que vai lhe prover uma vida de
provação e oração e o exercício da obediência que o levaria a
humildade, sob a tutela de um abade.



           Oração          Trabalho           jejum
AULA: 07 DE NOVEMBRO DE 2011:

Anacoreta (Século XI): Segundo Bento da Murcia, é o
eremita, que após uma vida Senobita, (vida de comunidade onde
aprendeu a ser humilde), não mais fica sob a tutela de um abade e
experimenta uma prática de acesse, se auto flagela, tentando
reproduzir a vida de cristo e vive isolado do mundo. É o estagio
final da vida Senobita.



                                                    Auto-
     Oração        Trabalho         Jejum
                                                   fragelo
AULA: 07 DE NOVEMBRO DE 2011:

No século XI ocorre um desenvolvimento de um outro tipo
monástico que é o Anacoretismo, Cluny teve concorrências em
termos de experiências monásticas, que concorreram com o
nascimentos das casa anacoréticas. São casas que não vieram
exatamente das casas Senobitas, observando novas experiências
monástica não advindas das Regras de São Bento.
AULA: 07 DE NOVEMBRO DE 2011: DECLINIO

Depois da segunda metade do século XII, a abadia e a ordem
cluniacenses entram em declínio, causado principalmente pelo
aparecimento de outras ordens monásticas, como os Cistercienses
(em fulgurante expansão), ou mendicantes (franciscanos (cuidado
com doentes), os dominicanos que atuam na área do saber e são
os gerenciadores das primeiras universidades, e também perdem
espaço para além de cônegos regulares (como os de Santa
Cruz, em Portugal).

Também Cluny perde espaço, enquanto ordem monástica, pelo
apelo que uma imagem de riqueza, e por deixar de ser, devido a
disseminação da liturgia dos mortos para outras casas, Cluny
perde espaço e deixa de ser especial.
Os abades de Cluny entre os séculos X e XII foram personagens importantes no seu
tempo: Bernon (910-927), Odon (927-942), e principalmente os três mais
famosos, Maïeul (948-994), Odilon (994-1049) e Hugo (1049-1109).

Depois deste tio-avô de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, a abadia
conheceu tempos menos brilhantes, devido ao abaciado de Pons de Melgueil (1109-
1122), figura instável.

Todavia, o seu sucessor conseguiu recuperar e sublimar até o prestígio de Cluny: Pedro
de Montboisier (112-1156), dito o Venerável, homem de grande cultura e figura de proa
da Cristandade medieval. Era a época do apogeu de Cluny, com mais de 1180
mosteiros dependentes na Europa, dos quais mais de 800 só na França.
Isenta face ao poder secular dos senhores laicos e à jurisdição dos bispos, a abadia de
Cluny conseguirá escapar ao controlo do poder régio até ao século XVI, ao contrário de
muitas outras congéneres.




Naquela centúria, no entanto, os seus abades passaram a ser nomeados pelo rei de
França, ao abrigo da Concordata de Bolonha de 1512. Com o Concílio de Trento, Cluny
organiza-se em torno de uma congregação. Um dos priores mais famosos de Cluny, o
cardeal de Richelieu (entre 1629 e 1642) tentou unir a congregação à dos Mauristas (de
St. Maur), conhecidos pela sua erudição e labor científico profundos. Esta união não
sobreviveu à morte de Richelieu (1644).
Também um intento de união com outra congregação beneditina francesa, a de St.
Vanne, levado a efeito por Mazarin, também cardeal e ministro de França como
Richelieu, gorou-se em 1654. As Luzes e o século XVIII revelaram-se ainda mais
nefastos para Cluny, acelerando a sua decadência. Assim, em 1744, o bispo de Mâcon
acabou por impor a sua jurisdição sobre esta velha abadia. Reconstruiu-se então o
edifício monástico ao gosto da época, embora a ocupação monástica fosse cada vez
mais reduzida: em 1790, a comunidade não tinha mais de 35 monges. Nesse mesmo
ano, na sequência da Revolução Francesa iniciada em 1789, a abadia foi suprimida por
decreto revolucionário, ficando à mercê da pilhagem, que ocorreu em 1793. Depois foi
posta à adjudicação em 1798, tendo sido comprada em hasta pública por um
privado, que logo desmantelou a abadia. Como ordem religiosa, esta grande abadia era
a cabeça de um dos ramos mais importantes do monaquismo beneditino: a ordem de
Cluny.
O abade do mosteiro era o superior da família cluniacense, com todos os abades e
priores das centenas de casas da ordem a prestarem-lhe homenagem feudal de
vassalagem, numa sujeição variável. Era também este abade de Cluny quem nomeava
os superiores dessas comunidades dependentes. Nesta perspetiva, pode falar-se de
um "monaquismo cluniacense", ainda que a autonomia que a Regra Beneditina conferia
aos mosteiros atenuasse essa sujeição, ao contrário da forte centralidade cisterciense.
Existiam as casas ditas "dependentes", com superior nomeado e controlado pelo abade
de Cluny, e as "subordinadas", com o abade a ser eleito pela comunidade. Deste último
grupo faziam parte as cinco "filhas" de Cluny: Souvigny, Sauxillange, La-Charité-sur-
Loire, St. Martin-des-Champs (Paris) e Lewes (Inglaterra). Todavia existia uma
uniformidade de observância e de costumes monásticos entre todas as casas
cluniacenses.
A originalidade de Cluny traduzia-se essencialmente na liturgia, nutrida e apoiada pela
frequência e grande duração dos ofícios. Era de uma riqueza excecional, ímpar até aos
dias de hoje, ilustrando a vitalidade de uma espiritualidade completamente direcionada
para Deus. Tudo era pouco para honrar e dignificar a Deus, diziam os
cluniacenses, como forma de justificar a pompa, magnificência artística e estética e
grande elaboração da sua liturgia e da arte dos seus belos mosteiros. De facto, a arte
cluniacense inscrevia-se nesta perspetiva grandiosa, de grande qualidade e apuro
estéticos, com uma riqueza de simbolismo patentes nas artes plásticas e na arquitetura.
Os monges de Cluny, na sua expansão pela Europa, desempenharam um importante
papel na vida e política da Igreja, mesmo na organização política, económica e territorial
de vastas regiões, assumindo-se quase como um senhor temporal e fundiário igual a
tantos outros. Mas a sua importância, superlativada pelos seus abades notáveis em
torno do Ano Mil, foi maior em termos espirituais e na "alta" política europeia, como
sucedeu quando o imperador germânico Henrique IV apelou a Cluny para mediar a
Querela das Investiduras. Também as peregrinações medievais muito devem a Cluny e
à sua rede de mosteiros, principalmente ao longo dos chamados "caminhos franceses"
em direção a Santiago e mesmo dentro das Espanhas, no "caminho francês". A tradição
da hospedagem e apoio aos peregrinos eram apanágio da Regras Beneditinas e uma
forma de enfatizar a importância social dos mosteiros que Cluny muito bem soube
aproveitar.
Em Portugal, Cluny teve uma importância política menor em relação a outras
ordens, como Cister ou os Mendicantes, por exemplo. Em Portugal, depois do concílio
de Coiança (1050-55, cânon 2) ter introduzido a Regra Beneditina em Portugal, vários
foram os mosteiros que a seguiram. No entanto, apenas três estavam "subordinados" a
Cluny. Esses três mosteiros ditos cluniacenses foram S. Pedro de Rates, Santa Maria
de Vimeiro e Santa Justa de Coimbra.
Como referenciar este artigo: Ordem de
Cluny. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto
Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-11-07].
Disponível       na        www:       <URL:
http://www.infopedia.pt/$ordem-de-cluny>.
elaborado pela profa Cláudia
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A influência da Ordem de Cluny na Idade Média

  • 1.
  • 2.
  • 3. A Ordem de Cluny é uma ordem religiosa monástica católica. é considerada como a sucessora da Ordem de São Bento no chamado movimento monacal. A partir do século X e até ao século XII, o mosteiro de Cluny celebrizou-se pela influência moralizadora de seus membros no seio da Igreja Católica, movimento que ficou conhecido como reforma de Cluny.
  • 4. A Ordem de Cluny Juntamente com os movimentos reformistas liderados por são Bento de Anani, pela Ordem dos Cartuxos e pelos monges da Ordem de Cister, conseguiram conter parte do relaxamento de costumes que havia invadido a vida monástica e eclesiástica, na Europa, à época, reflexo da intromissão da política e suas manipulações no seio da fé.
  • 5. Ordem de São Bento A Ordem de São Bento ou Ordem Benedita (em Latim: Ordo Sancti Benedicti, sigla OSB) é uma ordem religiosa monástica católica que se baseia na observância dos preceitos destinados a regular a convivência comunitária. É considerada como a iniciadora do chamado movimento monacal. A Regula Benedicti foi composta em 529 para a abadia de Montecassino, na Itália, por Bento de Núrsia (480- 543). Ela preceituava a pobreza, a castidade, a obediência, a oração e o trabalho, bem como a obrigação de hospedar peregrinos e viajantes em seus mosteiros, dar assistência aos pobres e promover o ensino. Por este último motivo, ao lado dos seus mosteiros, havia sempre uma escola, razão pela qual ainda, a ordem tornou-se em um dos centros culturais da idade Média, com as suas bibliotecas reunindo o que restara das obras e ensinamentos da Antiguidade. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
  • 6.
  • 7. Ordem de Cister A sua origem remonta à fundação da Abadia de Cister (em latim, Cistercium; em francês, Cîteaux), na comuna de Saint- Nicolas-lès- Cîteaux, Borgonha, em 1098, por Roberto de Champagne, abade de Molesme. Este, juntamente com alguns companheiros monges, deixara a congregação monástica de Cluny para retomar a observância da antiga regra beneditina, como reação ao relaxamento da Ordem de Cluny. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
  • 8. Papas Cistercienses Período de Papa Início Termino Pontificado 15 de 08anos 04meses Beato Eugênio III 8 de Julho de 1153 Fevereiro de 1145 24dias 1 de 25 de 04anos 02meses Papa Lúcio III Setembro de 1181 Novembro de 1185 24dias 24 de 11 de Papa Celestino IV 17dias Outubro de 1241 Novembro de 1241 1 de 10 de 04anos 04meses Beato Gregório X Setembro de 1271 Janeiro de 1276 09dias 22 de 07anos 04meses Papa Bento XII 25 de Abril de 1342 Dezembro de 1334 03dia
  • 9. A Ordem de Cluny Em 910 é criada no sul da França (Borgonha) a Ordem de Cluny cedida por Guilherme, Duque da Aquitânia, que funda o mosteiro de Cluny I, com tradição Senobítica e orientação Beneditina, mas que tem como característica impar não estar submetido ao Duque da Aquitânia e sim ao Papa diretamente.
  • 10. A carta de fundação da abadia, assinada em setembro de 910 pelo poderoso duque da Aquitânia Guilherme I, cedia a Bernon, abade de Baume-les- Messieurs, uma terra chamada Cluny, na diocese de Mâcon, a cerca de vinte quilômetros desta cidade, bem no centro da França. Esta carta de fundação explicitava com precisão a criação de uma abadia que seguisse a Regra de S. Bento. Bernon, abade de Baume-les-Messieurs
  • 11. Os protetores do mosteiro serão os apóstolos Pedro e Paulo, ou seja o Papa. É a primeira vez que um laico abre mão da prerrogativa de patrocínio próprio, em nome de um patrocino espiritual de Pedro e Paulo, o Papa, ou seja, o Abade Bernon vai responder somente ao Papa, prerrogativa fora da regra comum no período em termos de fundação monástica. Visto pelo próprio papado como modelo Bernon (910-927), promissor.
  • 12. Odilon Hugo Bernon (910- (994- (1049- 927) Os 1049) 1109) Pons de Odon Odilon Melgueil (927- (994- (1109- 942) 1049) 1122), Aimand Maïeul Pedro de (942 (954- Montboisier 952) 994) (112-1156),
  • 13. Os abades de Cluny entre os séculos X e XII foram personagens importantes no seu tempo: Bernon (910-927), Odon (927-942), Aimand (942 952) Maïeul (954-994), Odilon (994-1049) Hugo (1049-1109). Pons de Melgueil (1109-1122), Pedro de Montboisier (112-1156), Dito o Venerável, homem de grande cultura e figura de proa da Cristandade medieval. Era a época do apogeu de Cluny, com mais de 1180 mosteiros dependentes na Europa, dos quais mais de 800 só na França.
  • 14. Durante o abaciado de Odon (927-942), em 931 o papa João XI da direito a Cluny se reformar estabelecendo vinculo com outras casas, e integrar qualquer mosteiro que queira seguir a regra de Cluny. E se submeterem ao abade, eles poderão a partir de um documento vir a vincular-se a o abaciado de Cluny, através de um contrato político. Odon (927-942
  • 15. É como se papa João XI desse a Cluny o Papa João XI direito a uma notoriedade. Cluny desenvolve através de uma exigência inicial de Bernon (910-927), aos costumes, orientados pela figura do abade, uma atribuição de oração que nenhuma casa monástica tinha, uma oração de mais de 12 horas por dia, com três horas dedicadas a oração aos mortos, ou seja eles recebem de uma liderança laica, que vai pedir uma oração especial nomeando os mortos da região, com uma diferença da missa.
  • 16. Durante o abaciado de Odon (927-942), Essa particularidade da casa de Cluny a coloca muito requerida pelos laicos que a procuram, e por isso Cluny recebe uma série de bens e consequentemente enriquece muito rápido, por orar pelos mortos. Ganha projeção por cria uma liturgia aos mortos, ou seja, diferente de todas, ou melhor ainda, específica para os mortos. Essa missão nasce em meio ao cotidiano de reforma da igreja e de concílios para o processo de pacificação, entre o século X e XI, onde essa função de orar aos mortos, acaba a elevando Cluny a desenvolver uma prerrogativa de um senhorio monástico.
  • 17. Durante o abaciado de Maïeul (954-994). Em 981, Cluny recebe as relíquias de Pedro e Paulo, se acreditava que o santo pudesse se materializar através dos restos mortais de Pedro e Paulo, tornando-se Cluny um local de peregrinação de peregrinos laicos e eclesiásticos, que vão busca do contato com a graça e o contato com a relíquia. Cluny esta em contato imediato com o Papado, sempre vista como um braço direito do papa na região da frança.
  • 18. Em 963-981 (Abade S. Bernou) funda nova abadia, a Cluny II que vai influenciar todas as outras e revelar-se a mais importante. Durante o abaciado de Odilon (994-1049), em 998 Cluny recebe o segundo Privilégio, a Isenção que garante a Cluny a capacidade de ser independente em todos os sentidos, só se reporta diretamente a Roma, confirma a auto- suficiência de Odilon, reafirmada em 1024. reprodução de seu poder em outras casas, a condição de adensar outras casas a sua rede de casas. Transformando-se me um importante centro religioso.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 23.
  • 24. Arte de Cluny: Traduz-se pela imagem, pois representa através de imagens o que é a verdade do cristianismo, o que se revelava, ou seja, pelo fato da missa ser feitas em latim, ela se apresenta através do exercício imagético. Por isso a arte faz parte da dimensão de representação do cristianismo. As Catedrais românicas, é escura, as gravuras são grotescas, sente-se oprimido pelo ambiente. A catedral gótica tem uma representação com outros estilos de representação diferentes, altura do teto e outra condição de luminosidade. Em Cluny, por ser uma catedral românica tinha todas características das igrejas romanas, mas com uma altura diferente e a espessura das paredes notoriamente mais grossas, mas mantinha as características principais da igreja romana. Em 1050 é fundada a Cluny III pelo Abade Hugo de Semur. No século VIII vai alterar mentalidades, encabeçado pelo papa e por Carlos Magno que engendra um sistema de inter-dependência em pirâmide, desde o simples cidadão até ao papa (representante de Deus).
  • 25. A influência cluniacense manifestou-se na arte românica de muitas igrejas do Norte, especialmente na Sé de Braga; nota-se na decoração, já que a humildade das igrejas monásticas impedia a adopção de estruturas grandiosas. A influência de Cluny acaba cedo devido à sua interpretação da Regra de S. Bento, por causa da decadência da Casa-Mãe: Santa Justa e a sua história está semeada de questões com a autoridade eclesiástica e por causa da cobrança dos dízimos que se podem seguir através das visitas e capítulos gerais de Cluny. A história de Cluny acaba, em Portugal, em 1515, com a redução de São Pedro de Rates a igreja paroquial.
  • 26. Com Bernon, vieram alguns monges, os primeiros religiosos da nova abadia, que se enquadrava no projeto de reforma promovida por Bento de Aniane (c-750-821), o qual pretendia unir todos os mosteiros da Europa Ocidental sob a observância da Regra Beneditina. Por esta filiação, se poderá constatar o papel que Cluny desempenhará na difusão da reforma da Igreja mais tarde lançada de forma empenhada pelo papa Gregório VII (1073-1085), a denominada "reforma gregoriana". Cluny, conforme se pode depreender a partir do vocativo (S. Pedro) da abadia, estava diretamente sujeita à Santa Sé, por isso subtraída à jurisdição do bispo de Mâcon.
  • 27. Odilon (994-1049 Hugo (1049-1109). Odon (927-942) Maïeul (948-994)
  • 28. AULA: 07 DE NOVEMBRO DE 2011: Cluny talvez seja a mais importante casa monástica do território Frances. É um mosteiro de tradição Beneditina, (casa regida com as regras de São Bento; Século V). Regulação da vida monástica. 1º regra que orienta a vida monástica é do século V escrita por Bento da Murcia (São Bento) e se transforma no principal referencial para a vida cotidiana de uma vida monástica, estabelecida no século VIII, no período do reinado de Luis o Pio, filho de Carlos Magno. A regra de São Bento tem várias traduções em português no Google. O 1º capítulo descreve os tipos de monge e seus estilos de vida, que são divididos em: Senobita, Anacoreta, Saraibita e o Girovago.
  • 29. AULA: 07 DE NOVEMBRO DE 2011: A regra de São Bento tem várias traduções em português no Google. O 1º capítulo descreve os tipos de monge e seus estilos de vida, que são divididos em: SENOBITA ANACORETA TIPOS DE MONGES GIROVAGO SARAIBITA
  • 30. AULA: 07 DE NOVEMBRO DE 2011: Senobita: É o tipo monástico mais importante, o qual São Bento foca seu trabalho, “A Regra de São Bento”, que orienta o estilo de vida que deve ser seguido por esses homens que escolhessem essa vida, o faziam por um plano divino que os indicava a seguir uma vida de orientação clerical.
  • 31. AULA: 07 DE NOVEMBRO DE 2011: Senobita: Deveriam seguir, decide entrar na vida monástica (ter uma vida de privação e se entregar a oração ara aperfeiçoamento individual, indicada por Luis o Pio como a vida monástica a ser seguida). Cotidiano de uma vida que vai lhe prover uma vida de provação e oração e o exercício da obediência que o levaria a humildade, sob a tutela de um abade. Oração Trabalho jejum
  • 32. AULA: 07 DE NOVEMBRO DE 2011: Anacoreta (Século XI): Segundo Bento da Murcia, é o eremita, que após uma vida Senobita, (vida de comunidade onde aprendeu a ser humilde), não mais fica sob a tutela de um abade e experimenta uma prática de acesse, se auto flagela, tentando reproduzir a vida de cristo e vive isolado do mundo. É o estagio final da vida Senobita. Auto- Oração Trabalho Jejum fragelo
  • 33. AULA: 07 DE NOVEMBRO DE 2011: No século XI ocorre um desenvolvimento de um outro tipo monástico que é o Anacoretismo, Cluny teve concorrências em termos de experiências monásticas, que concorreram com o nascimentos das casa anacoréticas. São casas que não vieram exatamente das casas Senobitas, observando novas experiências monástica não advindas das Regras de São Bento.
  • 34. AULA: 07 DE NOVEMBRO DE 2011: DECLINIO Depois da segunda metade do século XII, a abadia e a ordem cluniacenses entram em declínio, causado principalmente pelo aparecimento de outras ordens monásticas, como os Cistercienses (em fulgurante expansão), ou mendicantes (franciscanos (cuidado com doentes), os dominicanos que atuam na área do saber e são os gerenciadores das primeiras universidades, e também perdem espaço para além de cônegos regulares (como os de Santa Cruz, em Portugal). Também Cluny perde espaço, enquanto ordem monástica, pelo apelo que uma imagem de riqueza, e por deixar de ser, devido a disseminação da liturgia dos mortos para outras casas, Cluny perde espaço e deixa de ser especial.
  • 35. Os abades de Cluny entre os séculos X e XII foram personagens importantes no seu tempo: Bernon (910-927), Odon (927-942), e principalmente os três mais famosos, Maïeul (948-994), Odilon (994-1049) e Hugo (1049-1109). Depois deste tio-avô de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, a abadia conheceu tempos menos brilhantes, devido ao abaciado de Pons de Melgueil (1109- 1122), figura instável. Todavia, o seu sucessor conseguiu recuperar e sublimar até o prestígio de Cluny: Pedro de Montboisier (112-1156), dito o Venerável, homem de grande cultura e figura de proa da Cristandade medieval. Era a época do apogeu de Cluny, com mais de 1180 mosteiros dependentes na Europa, dos quais mais de 800 só na França.
  • 36. Isenta face ao poder secular dos senhores laicos e à jurisdição dos bispos, a abadia de Cluny conseguirá escapar ao controlo do poder régio até ao século XVI, ao contrário de muitas outras congéneres. Naquela centúria, no entanto, os seus abades passaram a ser nomeados pelo rei de França, ao abrigo da Concordata de Bolonha de 1512. Com o Concílio de Trento, Cluny organiza-se em torno de uma congregação. Um dos priores mais famosos de Cluny, o cardeal de Richelieu (entre 1629 e 1642) tentou unir a congregação à dos Mauristas (de St. Maur), conhecidos pela sua erudição e labor científico profundos. Esta união não sobreviveu à morte de Richelieu (1644).
  • 37. Também um intento de união com outra congregação beneditina francesa, a de St. Vanne, levado a efeito por Mazarin, também cardeal e ministro de França como Richelieu, gorou-se em 1654. As Luzes e o século XVIII revelaram-se ainda mais nefastos para Cluny, acelerando a sua decadência. Assim, em 1744, o bispo de Mâcon acabou por impor a sua jurisdição sobre esta velha abadia. Reconstruiu-se então o edifício monástico ao gosto da época, embora a ocupação monástica fosse cada vez mais reduzida: em 1790, a comunidade não tinha mais de 35 monges. Nesse mesmo ano, na sequência da Revolução Francesa iniciada em 1789, a abadia foi suprimida por decreto revolucionário, ficando à mercê da pilhagem, que ocorreu em 1793. Depois foi posta à adjudicação em 1798, tendo sido comprada em hasta pública por um privado, que logo desmantelou a abadia. Como ordem religiosa, esta grande abadia era a cabeça de um dos ramos mais importantes do monaquismo beneditino: a ordem de Cluny.
  • 38. O abade do mosteiro era o superior da família cluniacense, com todos os abades e priores das centenas de casas da ordem a prestarem-lhe homenagem feudal de vassalagem, numa sujeição variável. Era também este abade de Cluny quem nomeava os superiores dessas comunidades dependentes. Nesta perspetiva, pode falar-se de um "monaquismo cluniacense", ainda que a autonomia que a Regra Beneditina conferia aos mosteiros atenuasse essa sujeição, ao contrário da forte centralidade cisterciense. Existiam as casas ditas "dependentes", com superior nomeado e controlado pelo abade de Cluny, e as "subordinadas", com o abade a ser eleito pela comunidade. Deste último grupo faziam parte as cinco "filhas" de Cluny: Souvigny, Sauxillange, La-Charité-sur- Loire, St. Martin-des-Champs (Paris) e Lewes (Inglaterra). Todavia existia uma uniformidade de observância e de costumes monásticos entre todas as casas cluniacenses.
  • 39. A originalidade de Cluny traduzia-se essencialmente na liturgia, nutrida e apoiada pela frequência e grande duração dos ofícios. Era de uma riqueza excecional, ímpar até aos dias de hoje, ilustrando a vitalidade de uma espiritualidade completamente direcionada para Deus. Tudo era pouco para honrar e dignificar a Deus, diziam os cluniacenses, como forma de justificar a pompa, magnificência artística e estética e grande elaboração da sua liturgia e da arte dos seus belos mosteiros. De facto, a arte cluniacense inscrevia-se nesta perspetiva grandiosa, de grande qualidade e apuro estéticos, com uma riqueza de simbolismo patentes nas artes plásticas e na arquitetura.
  • 40. Os monges de Cluny, na sua expansão pela Europa, desempenharam um importante papel na vida e política da Igreja, mesmo na organização política, económica e territorial de vastas regiões, assumindo-se quase como um senhor temporal e fundiário igual a tantos outros. Mas a sua importância, superlativada pelos seus abades notáveis em torno do Ano Mil, foi maior em termos espirituais e na "alta" política europeia, como sucedeu quando o imperador germânico Henrique IV apelou a Cluny para mediar a Querela das Investiduras. Também as peregrinações medievais muito devem a Cluny e à sua rede de mosteiros, principalmente ao longo dos chamados "caminhos franceses" em direção a Santiago e mesmo dentro das Espanhas, no "caminho francês". A tradição da hospedagem e apoio aos peregrinos eram apanágio da Regras Beneditinas e uma forma de enfatizar a importância social dos mosteiros que Cluny muito bem soube aproveitar.
  • 41. Em Portugal, Cluny teve uma importância política menor em relação a outras ordens, como Cister ou os Mendicantes, por exemplo. Em Portugal, depois do concílio de Coiança (1050-55, cânon 2) ter introduzido a Regra Beneditina em Portugal, vários foram os mosteiros que a seguiram. No entanto, apenas três estavam "subordinados" a Cluny. Esses três mosteiros ditos cluniacenses foram S. Pedro de Rates, Santa Maria de Vimeiro e Santa Justa de Coimbra.
  • 42. Como referenciar este artigo: Ordem de Cluny. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-11-07]. Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$ordem-de-cluny>.
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