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Agradecimentos                                “Porque o Algarve é ponto de confluência entre      “A actividade turística assume no Algarve um
Às entidades responsáveis pelos percursos,     manchas paisagísticas distintas – litoral, serra    papel da maior importância, designadamente
pelas informações prestadas e apoio na         e barrocal – com lugares ainda por desvendar,       pela capacidade que demonstra de impulsionar
validação dos percursos.                       eis que surge uma publicação que põe em             o desenvolvimento e a competitividade da Re-
À Federação de Campismo e Montanhismo          relevo precisamente o mais recôndito das sub-       gião no contexto nacional e internacional.
de Portugal, pela informação sobre            -regiões naturais do Algarve.                        Para que o turismo siga as vias da sustentabili-
a homologação e sinalética dos percursos.      O ‘Guia de Percursos Pedestres do Algarve’,         dade, deve assegurar-se a salvaguarda e a pro-
Ao Coronel Rosa Pinto, pela sua                resultante de uma parceria entre a Região de        moção dos valores naturais, os quais deverão
disponibilidade e auxílio, em particular       Turismo do Algarve e a Comissão de Coordena­        ser encarados não só como factor de atracção
na partilha do seu conhecimento sobre flora    ção e Desenvolvimento Regional do Algarve, é        e de alternativa ao binómio sol e praia, mas
e vegetação algarvia.                          um compêndio de 33 trilhos de vistas soberbas       também como um potencial relevante para o
                                               que poderão ser percorridos a pé ou, nalguns        desenvolvimento da economia regional.
                                               casos, de bicicleta. É um desafio audaz que         É neste contexto que surge a presente publica-
                                               incide numa gestão orientada para a observa-        ção, enquadrada no Plano de Acção Turismo
                                               ção e compreensão do património natural e           e Ambiente do Algarve, o qual foi objecto de
                                               histórico dos concelhos de uma região que se        um protocolo de colaboração celebrado, em
                                               expõe, agora como nunca através desta publi-        2002, entre a Comissão de Coordenação e De-
                                               cação, aos visitantes.                              senvolvimento Regional do Algarve, a Região
                                               Os caminhos sugeridos, uns escarpados, outros       de Turismo do Algarve, a Grande Área Metropo-
                                               mais acessíveis, assumem-se como novos moti-        litana do Algarve e o Instituto de Conservação
                                               vos de interesse no segmento de turismo de na-      da Natureza. Os seus objectivos são promover e
                                               tureza, que assim se pretende incentivar. Com       divulgar os valores naturais da região algarvia
                                               este guia, nada extemporâneo, mostramos             e, em concreto, incentivar o pedestrianismo,
                                               então outros itinerários turísticos, propostos      que conjuga a fruição da natureza com a prá-
                                               em mais de 100 páginas de textos e imagens de       tica desportiva.”
                                               elevada qualidade, que irão certamente absor-
                                               ver os sentidos de quem ousar descobri-los.”

                                               Helder M. Faria Martins                            José António de Campos Correia
                                               Presidente da Região de Turismo do Algarve          Presidente da Comissão de Coordenação
                                                                                                   e Desenvolvimento Regional do Algarve
0
                                                                                                                                                0



índice geral                            introdução
03   Introdução                         O Algarve é a região mais meridional de Por-     promovendo o bem-estar e a qualidade de
                                        tugal Continental, sendo delimitado a oeste      vida dos que o praticam. Esta actividade é
04   Caracterização da região           e a sul pelo oceano Atlântico, a norte pela      ainda particularmente atractiva nas verten-
                                        ribeira de Odeceixe, pelas cristas das serras    tes pedagógica, científica, lúdica e turística.
06   Conselhos aos caminhantes          de Monchique e Caldeirão e pela ribeira do       Incentivar, pois, o pedestrianismo na sua
                                        Vascão e a este pelo rio Guadiana, que o se-     dimensão turística é desafio de monta para
08   Mapa-índice                        para de Espanha. A sua particular localização    a presente publicação, que ao dar a conhe-
10   Ficha-tipo                         e a forte influência do mar Mediterrâneo         cer outros trilhos do Algarve visa também
                                        conferem à região uma riqueza ambiental          instaurar novas rotas temáticas que têm
11   Costa Vicentina                    única, reflectida na elevada diversidade         rareado no segmento de turismo de natu-
21   Litoral Sul	                       paisagística, à qual os valores da natureza e    reza. Segmento esse que amplifica, assim,
35   Barrocal                           a intervenção humana sobre o território ao       a afirmação de um património regional de
49   Serra                              longo dos tempos proporcionaram caracte-         valor inigualável junto dos visitantes e da
69   Guadiana                           rísticas especiais.                              população residente.
                                        Nesse sentido, é fundamental criar condi-        No “Guia de Percursos Pedestres do Algarve”
87   Lista de espécies                  ções para que se protejam os valores mais        foram incluídos 33 percursos. A selecção foi
                                        autênticos da região e para que as paisagens     realizada após o levantamento dos percur-
88   Glossário                          diversificadas e esteticamente atraentes         sos existentes na região e após a realização
                                        sejam preservadas como zonas de equilíbrio       de inúmeras saídas de campo com vista à
90   Contactos Úteis                    biocultural. Essas paisagens são necessárias     sua validação. A escolha dos trajectos ba-
                                        ao desenvolvimento sustentado do território      seou-se na análise de um conjunto de crité-
95   Sítios na Internet com interesse   por serem locais de atracção e de diversifica-   rios: o estado de conservação, a segurança,
     Referências bibliográficas         ção da oferta turística do Algarve, facto com-   a selecção de, pelo menos, um percurso
                                        provado pela visita de milhares de turistas      por concelho, a existência de material de
                                        que todos os anos afluem à região em busca       divulgação e de painéis de informação e si-
                                        da observação da natureza, de tradições ge-      nalética, a proximidade de recursos hídricos
                                        nuínas e de costumes diferentes.                 importantes, a presença de valores naturais,
                                        O pedestrianismo – actividade desportiva         paisagísticos e culturais relevantes e a exis-
                                        de percorrer distâncias a pé – permite um        tência de singularidades.
                                        estreito contacto com a natureza e pode          O guia está organizado em cinco áreas: Costa
                                        sensibilizar as pessoas para a importância da    Vicentina, Litoral Sul, Barrocal, Serra e Guadiana.
                                        protecção dos recursos naturais e culturais,
0                                                                                                                                                                                                                                                               0



     caracterização da região
     O Algarve é composto por uma grande                               Como sítios especialmente importantes para                                           As zonas húmidas, em especial as zonas           nio, para além dos Sítios Classificados da
     diversidade paisagística. Matos e matagais                        plantas endémicas, destacam-se a Costa                                               estuarinas e rias (ria Formosa, ria de Alvor,    Rocha da Pena e da Fonte Benémola. Com
     mediterrânicos, bosques de carvalhos e flo-                       Sudoeste e, em particular, o promontório                                             estuário do rio Arade, estuário do Guadiana),    a integração dos 14 sítios da Rede Natura
     restas ripícolas nas zonas serranas, paisagens                    de Sagres e a metade superior da serra de                                            desempenham um papel determinante                2000, cerca de 38 por cento da área total do
     cársicas e pomares de sequeiro no Barrocal                        Monchique. Em relação à vegetação culti-                                             para a fauna por sustentarem uma relevante       Algarve terá um estatuto de conservação, o
     ou falésias, sistemas dunares e lagunares na                      vada, existem grandes extensões de pomar,                                            comunidade piscícola que, juntamente com         que consagra a sua importância biológica e
     zona costeira são alguns dos aspectos paisa-                      nomeadamente pomares de sequeiro, com                                                outras zonas húmidas como lagos, caniçais,       paisagística em termos europeus. Estas áreas
     gísticos característicos da região.                               a utilização de oliveira, alfarrobeira, figueira e                                   rios e ribeiras, concentra importantes espé-     protegidas e os corredores ecológicos cons-
     Grande parte do território é ocupada por                          amendoeira. Nas regiões serranas subsistem                                           cies de aves a nível nacional e mesmo in-        tituem a Estrutura Regional de Protecção e
     zonas agrícolas e florestais. O coberto                           os carvalhais e os matagais, assim como ex-                                          ternacional, seja como locais de criação, de     Valorização Ambiental, proposta pelo Plano
     vegetal actualmente existente resulta da                          tensas plantações de pinheiro e eucalipto.                                           invernada ou durante as migrações. Grande        Regional de Ordenamento do Território
     alteração do coberto natural desta região,                        A riqueza específica da fauna, em particular                                         parte dos principais rios e ribeiras são tam-    do Algarve, que tem como função definir
     composto sobretudo de bosques de carva-                           de vertebrados, é elevada, devido também à                                           bém corredores ecológicos fundamentais           orientações de planeamento e de gestão
     lhos – sobreirais e azinhais –, consequência                      numerosa diversidade de biótopos da região.                                          para a sobrevivência de peixes, mamíferos,       que permitam compatibilizar a conservação
     das actividades humanas desenvolvidas na                          O saramugo e o escalo-do-Arade (peixes), o                                           répteis e anfíbios, já que interligam os espa-   da natureza com as actividades humanas, ou
     região ao longo de milhares de anos, mas                          lagarto-de-água, o camaleão e o cágado-me-                                           ços naturais da região.                          seja, que propiciem o desenvolvimento do
     principalmente no decurso do último século.                       diterrânico (répteis), o rato de Cabrera ou o                                        No Algarve, estão consagradas como áreas         turismo de natureza.
     Sobre a vegetação natural, refira-se que o                        gato-bravo (mamíferos) e o camão e a águia                                           protegidas o Parque Natural da Ria Formosa,      Os percursos seleccionados, em função da
     Algarve apresenta os elementos típicos da                         de Bonelli (aves) são nomes encontrados                                              o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e        sua localização e das suas características,
     vegetação mediterrânica, com algumas das                          entre as espécies registadas no Algarve, algu-                                       Costa Vicentina (parcialmente implantado         permitem observar a maioria dos valores
     espécies associadas à designação, como o                          mas delas de ocorrência limitada apenas a                                            na região), a Reserva Natural do Sapal de        naturais referidos.
     sobreiro, o carrasco, o alecrim, a aroeira, o                     Portugal ou à Península Ibérica.                                                     Castro Marim e Vila Real de Santo Antó-
     trovisco-fêmea, o loendro ou o medronheiro.


                                                                                                                       Alcoutim




                                                                                                                 guadiana
                   Aljezur
                                          Monchique

                                                                                           serra
                                                                                                                           Castro
                                                                                                                           Marim
                                                                barrocal                                                                    Vila Real de
                                                  Silves                                                                                    Santo António
                                                                                 Loulé
                                   Portimão                                                     São Brás
                                                Lagoa                                           de Alportel   Tavira
                                 Lagos
       Vila do Bispo                                       Albufeira
                                                                                                   Olhão
                                                                                         Faro
               costa vicentina                                     litoral sul
                                                                                                                                  N                                                                                                               N
                                                                                                                              O       E                                                                                                       O       E
                                                                                                                                  S                                                                                                               S

                                                                                                                          0       5       10km                                                                                            0       5       10km
0                                                                                                                                                                       0




                                                                                           Outros conselhos

                                                                                           Informar-se sobre a previsão meteorológica.
                                                                                           Verificar a hora de partida, confirmando que pode terminar o percurso antes
                                                                                           de anoitecer.
                                                                                           Para os percursos inseridos em zona de caça, ter em atenção os meses do
                                                                                           Outono e Inverno, em particular às quintas-feiras, aos fins-de-semana e aos
                                                                                           feriados. Para mais informações, contactar o Núcleo Florestal do Algarve.
                                                                                           Não leve consigo objectos de valor desnecessários.
                                                                                           Nunca partir sozinho para um percurso.

                                                                                           No campo
      junta de freguesia de vila do bispo




                                                                                           Siga sempre pelos trilhos sinalizados.
                                                                                           Quando atravessar povoações e áreas cultivadas, respeite os costumes,
                                                                                           tradições e bens.
                                                                                           Respeite as normas em vigor em áreas protegidas.
                                                                                           Seja silencioso: evite gritar ou mesmo falar alto.
                                                                                           Nunca circule pelas dunas. E, para sua segurança, não circule nem estacione


     conselhos aos                                                                         sobre o topo das arribas.
                                                                                           Não colha plantas ou rochas, nem perturbe os animais.



     caminhantes
                                                                                           Quando confrontado com um animal agressivo, não corra. Continue a andar.
                                                                                           Nunca faça fogueiras.
                                                                                           Aconselham-se algumas pausas para refeições ligeiras. Beba pouca água de
                                                                                           cada vez, mas a quantidade suficiente para evitar a desidratação.
     ANTES DE PARTIR                                                                       Não abandone qualquer tipo de lixo. Transporte-o consigo num saco e
                                                                                           deposite-o num local onde haja serviço de recolha.
     Equipamento e vestuário a considerar                                                  Esteja atento ao que o rodeia.

     Chapéu, óculos de sol e protector solar.
     Calçado apropriado para o percurso que vai realizar.
     Peças de roupa leves adequadas à estação do ano, incluindo impermeável
     para a chuva.
     Mochila pequena e leve para transportar água, refeições ligeiras e energéticas,
     estojo básico de primeiros socorros, bússola, lanterna (para o caso de se encontrar
     no percurso depois de anoitecer), telemóvel (embora a rede de comunicações
     móveis não abranja algumas zonas do interior) e o guia de percursos.
     Para apreciar a natureza que o rodeia, poderá ser interessante levar uma máquina
     fotográfica, uns binóculos ou até uma lupa.
0

      mapa-índice de percursos                                                                                                                                                                                       0




                                                                                                                                                                                                                     mapa do algarve
          13.    Trilho dos Aromas                                               33.    Trilho da Praia do Barril
          15.    Trilho das Marés                                                37.    Parque Municipal do Sítio das Fontes
          17.    Trilho Ambiental do Castelejo                                   39.    Percurso do Castelo de Paderne                                                    71.   Cerro acima, cerro abaixo
          21.    Ao sabor da Maré                                                41.    Percurso do Cerro de São Vicente           57.   Percurso do Lagoão               73.   Ladeiras do Pontal
          23.    Rocha Delicada                                                  43.    Percurso Pedestre da Rocha da Pena         59.   Percurso da Masmorra             75.   Corre, corre... Guadiana
          25.    Percurso de Interpretação da Praia Grande                       45.    Percurso Pedestre da Fonte Benémola        61.   Percurso D. Quixote              77.   Terras da Ordem
          27.    Trilho de São Lourenço                                          47.    Caminhos e encruzilhadas de ir à Fonte     63.   Percurso da Reserva              79.   Caminho da Amendoeira
          29.    Ilha da Culatra                                                 51.    À Descoberta da Mata - Percurso Vermelho   65.   Barranco das Lajes               81.   Uma janela para o Guadiana
          31.    Trilho de descoberta da natureza do Centro                      53.    À Descoberta da Mata - Percurso Lilás      67.   Entre Vales, Fontes e Memórias   83.   Percurso do Sapal de Venta Moinhos
                 de Educação Ambiental de Marim                                  55.    Trilho da Fóia                                   da Serra do Caldeirão            85.   Boa Vista


          Nota: A numeração dos percursos corresponde aos números de página onde estão inseridos.
10                                                                                                                                  11




                         ficha-tipo
               Nome      Nome pelo qual é conhecido                Sinalizado    Quando o percurso dispõe de ele-
                         o percurso.                                             mentos visuais informativos, como
         Freguesia (s)                                                           painéis e sinalética direccional (em
            Concelho                                                             alguns casos, nomeadamente nas
          Localização    Localidade onde está inserido.                          praias, só estão afixados painéis).
             Acessos     Indicações sobre como chegar e     Particularidades     É feita referência à existência de
                         sobre o ponto de partida.                               singularidades no trilho, de algum
                 Tipo    Tipo de percurso seleccionado                           ponto de interesse cultural ou
                         (Pedestre/ BTT/Equestre).                               de informação adicional útil ao
     Percurso Circular   Percurso que começa e termina                           caminhante.
                         no mesmo sítio e em que, maio- Interesse Natural        Informa sobre a inserção do per-
                         ritariamente, só se passa uma vez                       curso em alguma Área Protegida
                         em cada ponto.                                          ou Sítio de Rede Natura 2000.
            Distância    Distância total a percorrer de                          Alude igualmente a diferentes
                         todos os caminhos do percurso                           tipos de habitat com particular
                         (há que contar com a ida e a vinda                      interesse natural.
                         nos percursos não circulares).            Descrição     Breve descrição do que se pode
      Duração Média      Calculada com base nas caracte-                         encontrar no local quanto à
                         rísticas do percurso e numa velo-                       paisagem, à fauna, à flora ou a
                         cidade média de 3-3,5 km/h para                         aspectos culturais existentes. A
                         os percursos pedestres.                                 descrição do percurso é elaborada
              Declive    Baseado no perfil topográfico.                          de acordo com o sentido sugerido
     Tipo de caminho     Estradas, caminhos e carreiros.                         no mapa.
      Quando Visitar?    A época aconselhável de visita,       Proprietários     Se os caminhos são públicos
                         em virtude das condições clima-                         ou privados.
                         téricas e das características do         Entidades      Organismo(s) responsável(eis)




                                                                                                                        costa
                         percurso.                            Responsáveis       pelo percurso.
        Homologado       Indica se o percurso possui a         Observações       Informações adicionais, como a da
                         marca de homologação atribuída                          integração do percurso em zona
                         pela Federação de Campismo e                            de caça.
                         Montanhismo de Portugal.
                         Para as pequenas rotas (PR), exis-
                         tem as seguintes marcas:




                                                                                                                        vicentina
                                                         mudança de direcção
                                caminho certo


                                caminho errado
                                                      à esquerda          à direita
costa
                                                                                                                                    13




  vicentina
13. Trilho dos Aromas
15. Trilho das Marés
17. Trilho Ambiental do Castelejo




                                                        trilho dos aromas
                                               Nome     Trilho dos Aromas
                                           Freguesia    Bordeira
                                           Concelho     Aljezur
                                         Localização    Bordeira
                                             Acessos    Tomar a A22 até Bensafrim, seguir pela EN 120 em direcção a Aljezur, após
                                                        14 km tomar a direcção de Bordeira. O percurso tem início a norte da
                                                        ribeira da Bordeira.
                                                 Tipo   Pedestre
                                    Percurso circular   Sim
                                            Distância   14 km
                                      Duração média     04h30
                                              Declive   (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso)
                                    Tipo de caminho     Caminhos de terra.
                                     Quando visitar?    Todo o ano, excepto em dias muito quentes.
                                        Homologado      Não
                                          Sinalizado    Sim
                                    Interesse natural   Percurso integrado no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa
                                                        Vicentina e na Rede Natura 2000 (Sítio Costa Sudoeste).
                                       Proprietários    Caminhos públicos
                                    Ent. responsável    Junta de Freguesia da Bordeira
                                       Observações      O percurso está inserido em zona de caça.
14




                                                                                                        carrasco




      O percurso começa no local do painel infor-       muda e deparamos com formações como
      mativo que se encontra a norte da ribeira da      zimbrais e olivais. A caminho do Monte Novo
      Bordeira, próximo da povoação da Bordeira.        percorre-se uma zona de matagal com al-
      No início percorre-se uma zona arborizada         guns pinheiros dispersos.
      com eucaliptos, pinheiro-manso e alguns           A Pedra Ruiva é local privilegiado para ob-
      sobreiros. A vegetação arbustiva é maiori-        servar uma grande diversidade de espécies
      tariamente constituída por esteva, sargaço,       vegetais: queiró, roselha, lentisco-bastardo,
      aroeira, marioila, trovisco e urzes. E a fauna    urze-vermelha, tomilho, joina-dos-matos ou
      é variada: descobrem-se espécies típicas de       o mato-branco.
      matagal mediterrânico – javali, lebre, coelho-    Até retornar ao início do percurso, e passan-
     -bravo, chapim-real, codorniz, perdiz, águia-de-   do por Bordalete, será visível uma grande va-
     -asa-redonda, sacarrabos, etc.                     riedade de plantas que, tal como no restante
      Entre a ribeira do Tacual e o segundo painel,     caminho, fazem justiça ao nome deste trilho.
      entra-se numa zona de vale. A paisagem
C


         D




     E
                                           200




               B
                                           0




                                                 0             7500               15000
                                                         perfil topográfico (m)

              A
     F
                                                     0         0,25       0,5 km

                    1




trilho dos aromas       1
                        A
                            Início do percurso
                            Vista sobre o vale
                                                     E      Vista sobre o mar
                                                            e pinhal do Bordalete
                        B   Vegetação ribeirinha     F      Vista sobre a várzea
                        C   Vista panorâmica                Percurso
                        D   Matos
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                    trilho das marés
           Nome     Trilho das Marés
       Freguesia    Bordeira
       Concelho     Aljezur
     Localização    Carrapateira
         Acessos    Entrar na A22 até Bensafrim, seguir pela EN 120 em direcção a Aljezur e
                    após 14 km tomar a direcção de Carrapateira. O percurso tem início junto
                    ao restaurante “O Sítio do Rio”, na localidade de Carrapateira.
             Tipo   Pedestre/BTT/Equestre
Percurso circular   Sim
       Distância    19 km
  Duração média     7h
         Declive    (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso)
Tipo de caminho     Caminho de terra e estrada asfaltada.
 Quando visitar?    Todo o ano, excepto nos meses de Verão e em dias muito quentes.
   Homologado       Não
      Sinalizado    Sim
Particularidades    Existem caminhos de terra com alguma circulação de automóveis.
                    A zona costeira pode ser muito ventosa.
Interesse natural   Percurso integrado no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa
                    Vicentina e na Rede Natura 2000 (Sítio Costa Sudoeste).
   Proprietários    Caminhos públicos
Ent. responsável    Junta de Freguesia da Bordeira
   Observações      O percurso está inserido em zona de caça.
16




     O percurso inicia-se numa zona de duna e        junto de formações vegetais, que indicam
     continua ao longo da costa sobre o planalto     a existência de um ambiente mais húmido,
     litoral, até à praia do Amado, por entre zim-   associadas à ribeira da Carrapateira. Esta
     bro, aroeira, estorno e muitas outras plantas   zona do percurso é especialmente rica em
     que aqui se estabelecem e que tornam estas      vegetação. Juntamente com a vegetação
     dunas valiosas pela diversidade biológica e     de zonas húmidas, há também formações
     paisagística.                                   bem desenvolvidas típicas da Serra (por ex.
     Ao longo da costa poderá ver algumas aves       sobreirais ou medronhais). A fauna é rica e,
     aquáticas que aqui nidificam ou que por         para além dos vestígios de mamíferos que
     aqui passam durante as migrações. Há tam-       por aqui vivem (javali, raposa, etc.), poderá
     bém bastantes ninhos de cegonha-branca          ser surpreendido por coelhos ou lebres nas
     nas falésias rochosas, o que é um caso único    zonas de pastos, matagais ou pinhais. Trata-se
     no mundo.                                       também de uma parte do percurso muito
     A partir da praia do Amado, o percurso se-      interessante para observar aves, sobretudo
     gue em direcção ao interior e a paisagem co-    passeriformes (por ex. melro, pega-azul, alvé-
     meça a alterar-se: aparecem progressivamen-     ola-branca, cartaxo, verdilhão, chapim-real)
     te espécies como a aroeira, a roselha-grande,   ou aves de rapina (por ex. águia-cobreira,
     o sanganho-mouro, o sobreiro e a esteva.        águia-de-asa-redonda).
     Em Vilarinha é possível encontrar um con-
B       A




                                    1

                        C




                                                                  E




                                                                                               E

                                D




                                                                                                                               perfil topográfico




                                                                                                                     200
0   0,25   0,5 km




                                                                                                                     0
                                                                                                                           0           10000             20000
                                                                                                                                perfil topográfico (m)




       trilho das marés                 1
                                        A
                                        B
                                            Início do percurso
                                            Vista sobre a foz da ribeira da Carrapateira
                                            Vista panorâmica
                                                                                           D
                                                                                           E
                                                                                           F
                                                                                               Vista sobre a praia do Amado
                                                                                               Vegetação ribeirinha
                                                                                               Comunidades vegetais bem desenvolvidas
                                        C   Vista panorâmica                                   Percurso
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                    trilho ambiental do castelejo
           Nome     Trilho Ambiental do Castelejo
       Freguesia    Vila do Bispo
       Concelho     Vila do Bispo
     Localização    Área de lazer do Castelejo
         Acessos    Chegando a Vila do Bispo, toma-se a estrada n.º 1265 que vai para a praia
                    do Castelejo. O percurso tem início na área de lazer do Castelejo, que fica
                    a meio caminho desta estrada, em pleno Parque Natural do Sudoeste
                    Alentejano e Costa Vicentina.
             Tipo   Pedestre
Percurso circular   Sim
        Distância   3,5 km
  Duração média     01h30
          Declive   (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso)
Tipo de caminho     Caminho de terra.
 Quando visitar?    Todo o ano.
    Homologado      Não
      Sinalizado    Sim
Interesse natural   Percurso integrado no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa
                    Vicentina e na Rede Natura 2000.
   Proprietários    Caminhos públicos
Ent. responsável    Junta de Freguesia de Vila do Bispo
   Observações      Existe um guia de campo em CD.
18




                                                                                                  pinheiro-manso




      Na parte inicial do percurso, até à casa do     De regresso ao início do percurso, em certos
      guarda, percorre-se uma zona de pinhal (de      pontos pode ver-se, ao longe, a praia do
      pinheiro-bravo e pinheiro-manso). O estrato     Castelejo. A fauna é constituída por aves as-
      arbustivo é composto principalmente por         sociadas a zonas de pinhal e matagal, como
      tojo-do-sul, aroeira, esteva, roselha-grande,   por exemplo o pica-pau-malhado, o gaio ou
      sargaço, rosmaninho e medronheiro.              o chapim-real, por alguns répteis ou ainda
      A parte intermédia é dominada pela descida      por sinais da presença de mamíferos como o
      por um barranco arborizado com pinheiro-        javali, a raposa ou o coelho-bravo.
     -manso e algum eucalipto. Aqui, o percurso
      decorre ao longo de um pequeno ribeiro
      cuja vegetação típica destes tipos de habitat
      domina as margens, como sejam a tabua,
      a tamargueira ou a cana. A seguir, entra-se
      numa zona composta sobretudo de arbus-
      tos, nomeadamente estevas.
D



                                                                          1
                                                                   C

                                                            B                        A
150




                                                                                 0          0,25      0,5 km
0




      0         2000               4000
          perfil topográfico (m)




                            trilho ambiental   1
                                               A
                                                   Início do percurso na área de lazer do Castelejo
                                                   Pinhal
                            do castelejo       B   Pequena lagoa
                                               C   Vista sobre o vale
                                               D   Vista panorâmica
                                                   Percurso
19




litoral sul
litoral sul
21. Ao sabor da Maré
23. Rocha Delicada
25. Percurso de Interpretação
    da Praia Grande
27. Trilho de São Lourenço
29. Ilha da Culatra
31. Trilho de descoberta da natureza do Centro
    de Educação Ambiental de Marim
33. Trilho da Praia do Barril
21




                    ao sabor da maré
           Nome     Ao sabor da Maré
       Freguesia    Alvor
       Concelho     Portimão
     Localização    Vila do Alvor
         Acessos    De Portimão, seguir para Alvor. Na zona ribeirinha, junto ao porto de pesca, seguir na
                    direcção da praia. Na praia, voltar à direita por um caminho que percorre o sapal.
             Tipo   Pedestre
Percurso circular   Sim
        Distância   5 km
  Duração média     2h
          Declive   (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso)
Tipo de caminho     Caminhos de terra e de areia.
 Quando visitar?    Todo o ano.
    Homologado      Não
      Sinalizado    Sim
Interesse natural   Zona húmida de sapal. Dunas. Avifauna. Rede Natura 2000
                    (Sítio Ria de Alvor).
   Proprietários    Caminhos públicos
Ent. responsável    Câmara Municipal de Portimão
22




     Trata-se de um percurso muito interessante          O percurso inicia-se na zona ribeirinha da ria
     para olhar com minúcia para aves aquáticas,         de Alvor e segue por um caminho ao longo
     tanto ao longo da praia, como das dunas             do sapal. Aqui são visíveis espécies típicas
     e da ria de Alvor. Aves como as andorinhas-         como a verdolaga-seca, Sarcocornia fruticosa
     do--mar, os pilritos, as garças, os borrelhos, os   ou o valverde-dos-sapais.
     gan­sos--patolas, entre muitas outras espécies,     Percorrendo uma extensão de cerca de 3
     podem ser observadas nos seus diversos              km até à Ponta do Medo Grande, chega-se
     tipos de habitat.                                   à praia, onde o percurso continua até uma
     Fora da época estival, e em particular duran-       construção de madeira, virando-se para o
     te a migração e no Inverno, esta zona é rica        interior e alcançando o ponto de partida.
     em avifauna.
A
                                                                        1



B

                              C
                                                     20
                                                     0




               0       0,25       0,5 km                  0           3000               6000
                                                                perfil topográfico (m)




    ao sabor da maré              1
                                  A
                                           Início do percurso
                                           Sapal
                                  B        Duna
                                  C        Praia
                                           Percurso
rocha
                                                                                                          23




delicada
Nome
Rocha Delicada
Freguesia
Alvor
Concelho
Portimão
Localização
Quinta da Rocha
Acessos
Na EN 125 na direcção de Lagos, seguir até à Mexi-
lhoeira Grande. O percurso tem início junto à estação
ferroviária desta localidade.
Tipo
Pedestre
Percurso circular
Sim
Distância
7 km
Duração média
2h
Declive
(Ver gráfico do perfil topográfico no mapa
do percurso)
Tipo de caminho
Caminho de terra.
Quando visitar?
Todo o ano, excepto em dias muito quentes.
Homologado
Não
Sinalizado                                              Interesse natural
Sim                                                     Zona húmida de sapal. Dunas. Avifauna.
Particularidades                                        Sítio da Rede Natura 2000 (Sítio Ria de Alvor).
A Associação “A Rocha” tem, na Quinta da Rocha,         Proprietários
um Centro de Estudos e Observação da Natureza           Caminhos públicos
com actividades regulares (anilhar aves e desenvolver   Entidade responsável
acções de educação ambiental).                          Câmara Municipal de Portimão
24




     O percurso faz-se numa zona de península na     Esta diversidade de paisagens, concentradas
     ria de Alvor. No início, caminha-se por cam-    num espaço relativamente reduzido, propor-
     pos agrícolas de vinha, cultivo de cereais ou   ciona uma elevada biodiversidade, em parti-
     de pastagem para o gado, estando algumas        cular a avifauna, que varia significativamente
     zonas arborizadas com pomares de sequeiro       ao longo do ano. Destacam-se as épocas do
     (de amendoeiras e figueiras) e de citrinos.     Inverno e do Outono, durante as migrações,
     Em seguida, passa-se junto a tanques de         nas quais há uma elevada quantidade de aves
     piscicultura, até chegar a um entroncamento,    limícolas e de passeriformes.
     seguindo-se no percurso entre paisagens de      Destaque também para as aves de rapina,
     sapal. Neste habitat podem-se observar as       grande parte delas de passagem na ria de
     interessantes comunidades vegetais e a diver-   Alvor, embora espécies como o falcão-peregri-
     sidade de espécies associadas ao sapal alto,    no, o peneireiro ou o mocho-galego sejam
     médio e baixo. Adjacente aos campos agríco-     relativamente comuns.
     las, existem ainda valiosas áreas de pinhal e
     de matagal mediterrânico.
1




       A




                                      D



                                        50




                         C
                                        0




                                             0             4000                8000
                                                     perfil topográfico (m)




                                                 0         0,25               0,5 km


                 B




rocha delicada       1
                     A
                             Início do percurso
                             Tanques de piscicultura
                     B       Sapal
                     C       Campos agrícolas
                     D       Quinta da Rocha (Cruzinha)
                             Percurso
25




                    percurso de interpretação
                    da praia grande
           Nome     Percurso de Interpretação da Praia Grande
       Freguesia    Pêra
       Concelho     Silves
     Localização    Praia Grande
         Acessos    Pela A22, sair em Algoz e seguir em direcção a Pêra, atravessando a EN
                    125. Depois de percorrer 300 m, seguir à esquerda no cruzamento e, che-
                    gando a uma rotunda, virar na segunda à direita. O percurso inicia-se do
                    lado direito da estrada onde existem moinhos de vento.
             Tipo   Pedestre
Percurso circular   Não
       Distância    5,5 km
  Duração média     2h
         Declive    (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso)
Tipo de caminho     Caminho de terra e areal.
 Quando visitar?    Todo o ano.
   Homologado       Não
      Sinalizado    Sim
Particularidades    O regresso ao ponto de partida pode ser feito pela estrada principal
                    de acesso à praia.
Interesse natural   Zona húmida de sapal e lagoa costeira. Avifauna.
                    Cordão dunar. Pinhal.
   Proprietários    Caminhos privados, excepto na parte frontal do sistema dunar.
Ent. responsável    CCDR-Algarve
   Observações      Existe outro percurso na mesma área.
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                                                                                                        garça-boieira




      O percurso tem início numa zona de cam-          Percorrem-se, em seguida, as dunas que
      pos agrícolas de sequeiro com alfarrobeiras,     ligam a foz da ribeira de Alcantarilha à barra
      amendoeiras e figueiras. Aqui ainda é pos-       da lagoa dos Salgados. Este é o local mais
      sível observar moinhos e celeiros utilizados     interessante para admirar a vegetação dunar,
      em tempos. Depois de atravessados estes          como o cardo-rolador, a eruca-marítima, o
      campos, avista-se uma área de pinheiro-          cordeiros-da-praia, a luzerna-das-praias, a
     -manso que se encontra sobre uma arriba           perpétuas-das-areias, o cravo-das-areias, a
      fóssil. O subcoberto é composto, sobretudo,      granza-da-praia e a joina-dos-matos.
      de aroeira, palmeira-anã, trovisco, estrepes e   Chegando à lagoa dos Salgados, para além
      tomilho-de-creta.                                do juncal, já se observam zonas de caniçal
      Seguindo na direcção da praia, chega-se ao       e de tabua, em particular junto da ribeira de
      sapal da ribeira de Alcantarilha, onde podem     Espiche que aqui desagua. Neste lugar existe
      contemplar-se as diferentes comunidades          uma valiosa comunidade de avifauna, com
      vegetais que se desenvolvem na zona húmi-        espécies tão interessantes como o zarro-cas-
      da: juncais, matos halófilos e prados salgados   tanho, o camão, o colhereiro, o pernilongo, a
      mediterrânicos, que, juntamente com os           garça-vermelha ou a chilreta.
      bancos de vasa, apresentam elevado interes-
      se conservacionista.
A                   1


                           B




                      C


                                               C       D




                                                                C
                                                                                           E
50




                                                                            F
0




     0             3000                 6000
             perfil topográfico (m)




         0        0,25                0,5 km




                 percurso                          1
                                                   A
                                                       Início do percurso
                                                       Pinhal
                                                                                    E   Lagoa dos Salgados
                                                                                        Observação de aves
                 de interpretação                  B   Sapal                        F   Praia

                 da praia grande                   C
                                                   D
                                                       Cordão dunar
                                                       Vista sobre campos agrícolas
                                                                                        Percurso
trilho de                                                                                                   27




são lourenço
Nome
Trilho de São Lourenço
Freguesia
Almancil
Concelho
Loulé
Localização
Quinta do Lago
Acessos
Chegando a Almancil, virar para a Quinta do Lago e
seguir as placas indicativas até ao parque de estacio-
namento da praia da Quinta do Lago.
Tipo
Pedestre
Percurso circular
Não
Distância
3,4 km (ida e volta)
Duração média
01h30
Declive
(Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso)
Tipo de caminho
Caminho de terra.
Quando visitar?
Todo o ano.
Homologado
Não
Sinalizado
Sim, demarcado com estacas pintadas
com uma barra azul.
Particularidades
O percurso pode ficar por vezes submerso, uma vez
que o sapal é uma zona sujeita à influência de marés.
Atenção às bolas perdidas quando passar junto ao
campo de golfe.
Interesse natural
Zona húmida de sapal e lagos de água doce. Avi-           Proprietários
fauna. Percurso integrado no Parque Natural da Ria        Caminhos públicos
Formosa e na Rede Natura 2000 (Sítio Ria Formosa/         Entidades responsáveis
Castro Marim).                                            Quinta do Lago, Câmara Municipal de Loulé, PNRF
                                                          e Infraquinta
28




                                                                                                    camão




      No início do percurso, no lado da ria, pode-se    junco dominam. Neste lago artificial existe
      observar o cordão dunar, a laguna e o sapal. O    um observatório de aves com uma grande
      percurso passa ao longo do campo de golfe,        variedade de aves aquáticas, com destaque
      junto a uma zona de moradias de habitação         para o camão, a garça-pequena, o mergu-
      integradas no pinhal. Nestas zonas de pinhal      lhão-pequeno, várias espécies de patos e o
      (de pinheiro-manso e pinheiro-bravo) existem      galeirão. O lago pode ser também um bom
      animais interessantes, como a pega-azul ou o      local para reparar nas duas espécies de cága-
      camaleão, espécie de réptil que em Portugal       dos da fauna nacional.
      existe somente na faixa litoral sul do Algarve.   A caminho das ruínas romanas entra-se
      Ao chegar a uma pequena mancha de pinhal,         novamente numa zona com vista para o
      é possível encontrar outro tipo de vegetação      sapal, com uma paisagem privilegiada sobre
      arbustiva com espécies como o sanganho-           a ria, onde se encontram regularmente aves
     -mouro, o tojo-do-sul e a aroeira. Uns metros à    como as limícolas ou os coloridos flamingos.
      frente, chega-se a um lago do campo de golfe
      de São Lourenço, onde o caniço, a tabua e o
1
      A



                                                         E

                 B          C                        D



                                                             perfil topográfico
                                                50




             0       0,25   0,5 km
                                                0




                                                     0             1000               2000
                                                             perfil topográfico (m)




trilho de s. lourenço       1
                            A
                                     Início do percurso
                                     Sapal e vista sobre o cordão dunar
                            B        Início do pinhal
                            C        Lagos de água doce e observatório de aves
                            D        Vista sobre a ria e o sapal
                            E        Ruínas romanas
                                     Percurso
29




                        ilha da culatra
             Nome       Ilha da Culatra
         Freguesia      Sé
         Concelho       Faro
       Localização      Ilha da Culatra
           Acessos      Partindo de Olhão e apanhando o barco no cais, existe transporte todo o ano para esta ilha.
               Tipo     Pedestre
  Percurso circular     Não
          Distância     5,6 km (ida e volta)
    Duração média       2h
            Declive     (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso)
  Tipo de caminho       Passadiço de madeira e areal.
   Quando visitar?      Todo o ano.
      Homologado        Não
        Sinalizado      Sim
  Interesse natural     Zona húmida de sapal. Avifauna. Percurso integrado no Parque Natural da Ria Formosa e na
                        Rede Natura 2000 (Sítio Ria Formosa/Castro Marim).
        Proprietários   Caminhos públicos
Ent(s). responsáveis    Parque Natural da Ria Formosa, Câmara Municipal de Faro e Ambifaro
30




                                                                                                        estorno




     Depois da viagem pela ria, e chegados à           Ao chegar à praia, o percurso desenvolve-se
     Culatra, entra-se na aldeia onde se localiza o    para o lado esquerdo. Os restos de conchas
     painel informativo deste percurso. Seguindo       e as aves aquáticas marinhas são alguns dos
     pela rua principal, em direcção à praia, surge    aspectos naturais observáveis até chegar a
     um passadiço de madeira que conduz o ca-          um acesso, sinalizado com um tronco, que
     minhante ao longo do sistema dunar.               leva a um passadiço que desemboca numa
     A vegetação dunar é bastante interessante         enseada da ria. Aqui vai ter a oportunidade
     devido à sua adaptação às exigentes con-          de observar as aves da ria – como o perna-
     dições de temperatura, de salinidade e de        -vermelha, o maçarico-real, o pilrito-comum,
     fixação ao solo. Plantas como o malmequer-        a chilreta, o corvo-marinho, a garça-real, en-
     das-praias, o tomilho-carnudo, a perpétua-        tre muitas outras – enquanto aproveita para
     das–areias, o estorno, o feno-das-areias e o      descansar.
     cardo-marítimo são algumas das espécies de        O retorno faz-se pelo mesmo caminho.
     duna que mais abundam.
1


                                                                    E
                                                                                   D



             A


             B


                         C



                                                              perfil topográfico
                                                 50




             0    0,25       0,5 km
                                                 0




                                                      0             1500               3000
                                                              perfil topográfico (m)




ilha da culatra              1
                             A
                                      Início do percurso
                                      Vegetação de sapal
                             B        Vegetação dunar
                             C        Praia
                             D        Vegetação dunar
                             E        Vista sobre a ria Formosa
                                      Percurso
31

trilho de descoberta
da natureza do centro
de educação ambiental
de marim
Nome
Trilho de descoberta da natureza do Centro
de Educação Ambiental de Marim
Freguesia
Quelfes
Concelho
Olhão
Localização
Quinta de Marim
Acessos
Vindo na EN 125 no sentido Faro–Vila Real de Santo
António, a 1 km depois de Olhão, virar à direita junto
a uma bomba de gasolina. Aqui encontrará sinalizada
a estrada de acesso à sede do PNRF. O Centro de
Educação Ambiental do Marim é onde se realiza o
percurso.
Tipo
Pedestre
Percurso circular
Sim
Distância
3 km
Duração média
01h30
Declive
(Ver gráfico do perfil topográfico
no mapa do percurso)
Tipo de caminho
Caminho de terra e areal.                                Interesse natural
Quando visitar?                                          Avifauna. Sapal e lagos de água doce e água salobra.
Todo o ano.                                              Pinhal. Salinas. Percurso integrado no Parque Natural
Homologado                                               da Ria Formosa (PNRF) e na Rede Natura 2000 (Sítio
Não                                                      Ria Formosa/Castro Marim).
Sinalizado                                               Proprietários
Sim                                                      Instituto de Conservação da Natureza (ICN)
Particularidades                                         Entidade responsável
Centro Interpretativo com equipamentos                   ICN (Parque Natural da Ria Formosa)
e infra-estruturas de apoio a actividades
de educação ambiental.
32




     O percurso inicia-se numa área de pinhal do
     Centro de Educação Ambiental de Marim (CEAM)
     e segue em direcção ao Centro Interpretativo.
     Este percurso passa por um conjunto de
     pontos de interesse natural, como o pinhal,
     as salinas, as zonas de sapal e juncal, uma
     lagoa de água doce, uma zona de duna e
     outra de pomares de sequeiro. Nestes tipos
     de habitat pode-se observar uma grande
     variedade faunística, nomeadamente de
     avifauna. Espécies como a cegonha-branca,
     o chapim-real, o pernilongo, a garça-branca
     ou o galeirão são algumas das que aqui se
     encontram. Também a vegetação associada
     a cada zona do CEAM é particularmente in-
     teressante e diversificada.
     Integram ainda o percurso pontos de interes-
     se como uma barca do atum (barca de trans-
     porte de atum recuperada pelo PNRF), um
     moinho de maré, observatórios de aves, ruínas
     romanas (tanques de salga), um centro de
     recuperação de aves, um canil especializado
     no cão de água português, um parque de
     merendas e a casa do poeta João Lúcio.
     No Centro Interpretativo poderá adquirir
     publicações, ver exposições e obter informa-
     ções associadas à temática ambiental e à ria
     Formosa, em particular.
O          M             L
                          P
                                                       N
                      1
                                                                             K

                                     A                                        J
                          B                                                             I

                C
                                           G           H
                              F
                D


                          E
                                                  50




                                                               perfil topográfico


     0         0,25               0,5 km
                                                  0




                                                       0             1500                   3000
                                                               perfil topográfico (m)




percurso pedestre         1       Início do percurso      I     Sapal

no centro de educação     A       Centro Interpretativo
                                  de Marim
                                                          J     Lagoa de água doce
                                                                e observatório de aves
ambiental de marim        B       Pinhal                  K     Tanques de salga (ruína romana)
                          C       Salinas                 L     Pomares de sequeiro
                          D       Tanques de piscicultura M     Centro de recuperação de aves
                          E       Barca do atum           N     Nora
                          F       Juncal                  O     Canil de cão de água português
                          G       Dunas                   P     Parque de merendas
                          H       Moinho de maré                Percurso
33




                       trilho da praia do barril
             Nome      Trilho da Praia do Barril
         Freguesia     Santa Luzia
         Concelho      Tavira
       Localização     Pedras d’ El Rei
           Acessos     Na EN 125, entre Luz de Tavira e Tavira, siga a indicação para Pedras d’ El Rei. Depois de
                       atravessar o aldeamento, o percurso inicia-se junto ao passadiço que atravessa a ria.
               Tipo    Pedestre
  Percurso circular    Não
          Distância    3 km (ida e volta, excluindo o percurso na praia)
    Duração média      01h15
            Declive    (ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso)
  Tipo de caminho      Passadiço e areal.
   Quando visitar?     Todo o ano.
      Homologado       Não
        Sinalizado     Sim
  Interesse natural    Zona húmida de sapal. Avifauna. Percurso integrado no Parque Natural da Ria Formosa
                       e na Rede Natura 2000 (Sítio Ria Formosa/Castro Marim).
       Proprietários   Caminho público
Ent(s). responsáveis   Câmara Municipal de Tavira e ICN (Parque Natural da Ria Formosa)
34




      O trilho da praia do Barril começa no acesso    aves limícolas (pilrito, tarambola, borrelho,
      à praia, percorrendo uma extensa zona de        seixoeira, pernilongo, alfaiate, etc.), as gaivo-
      sapal até às dunas e ao antigo arraial, agora   tas e gaivinas ou ainda as garças.
      adaptado a apoio de praia.                      Chegando à praia, o percurso pode seguir
      Trata-se de um percurso interessante para       para os dois lados do areal: no direito, na
      observar as aves da ria e a vegetação dunar e   área de recuperação do cordão dunar prote-
      do sapal, em particular durante a maré baixa,   gido com paliçadas, pode-se observar uma
      altura em que uma extensa zona de vasa,         variada vegetação autóctone; no esquerdo,
      onde se alimentam aves e vivem espécies         sugere-se a leitura do painel informativo que
      interessantes como o caranguejo boca-cava-      permite conhecer um pouco mais a história
     -terra, se encontra descoberta. Das espécies     que envolve o cemitério de âncoras.
      de aves que aqui volteiam destacam-se as
1

             A




                                          B
                                                      D
                                                          E
                                         C




                                                          perfil topográfico
                                             50




             0     0,25     0,5 km
                                             0




                                                  0              750               1500
                                                          perfil topográfico (m)




trilho da praia do barril            1
                                     A
                                         Início do percurso
                                         Sapal
                                     B   Vista sobre o lado norte do sistema dunar
                                     C   Duna
                                     D   Arraial, adaptado para apoio de praia
                                     E   Cemitério de âncoras
                                         Percurso
35




barrocal
barrocal
37.   Parque Municipal do Sítio das Fontes
39.   Percurso do Castelo de Paderne
41.   Percurso do Cerro de São Vicente
43.   Percurso Pedestre da Rocha da Pena
45.   Percurso Pedestre da Fonte Benémola
47.   Caminhos e encruzilhadas de ir à Fonte
parque
                                                                                                                     37




municipal
do sítio das
fontes
Nome
Parque Municipal do Sítio das Fontes
Freguesia
Estômbar
Concelho
Lagoa
Localização
Sítio das Fontes
Acessos
Seguindo pela A22, sair em direcção a Silves e pros-
seguir na direcção da estação ferroviária. Na rotunda
seguinte, virar à direita até encontrar uma placa com
a indicação do parque municipal. O percurso tem
início junto ao parque de estacionamento.
Tipo
Pedestre
Percurso circular
Não
Distância
1,2 km (ida e volta)
Duração média                                             Particularidades
30 min.                                                   Possui infra-estruturas de apoio aos visitantes (por ex.
Declive                                                   o Centro de Interpretação da Natureza, o parque de
(Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso)   merendas, o circuito de manutenção ou o parque
Tipo de caminho                                           infantil).
Caminho de terra.                                         Interesse natural
Quando visitar?                                           Nascentes. Diversos tipos de habitat.
Todo o ano.                                               Rede Natura 2000 (Sítio Arade/Odelouca).
Homologado                                                Proprietários
Não                                                       Caminhos públicos
Sinalizado                                                Entidade responsável
Sim                                                       Câmara Municipal de Lagoa
38




                                                                                                   aroeira




     O Sítio das Fontes fica localizado nas mar-    Continuando pelo caminho sinalizado, en-
     gens de um esteiro do rio Arade. Este lugar    contram-se as fontes que originaram o nome
     ocupa uma pequena área com uma elevada         do parque, assim como um açude e o res-
     diversidade de ambientes, passando por         pectivo moinho de maré. Junto a este último,
     zonas de sapal, paul, matagal mediterrânico,   na zona de sapal, vêem-se algumas espécies
     vegetação ripícola e planos de água doce,      típicas deste habitat, como a gramata ou o
     salobra e salgada.                             junco-das-esteiras.
     No início do percurso pode-se observar uma     Nos terrenos em redor do percurso subsis-
     nora, que serviu em tempos para regar cam-     tem os pomares de sequeiro e as zonas bas-
     pos agrícolas e hortas, entretanto abando-     tante desenvolvidas de lentiscal e matagal.
     nadas. Pode-se ainda visitar o Centro de In-   Todo o percurso proporciona bons pontos
     terpretação da Natureza (CIN), situado num     de observação da fauna local, em particular
     antigo edifício rural restaurado, e conhecer   das aves aquáticas e das aves associadas ao
     uma Estação de Tratamento de Águas atra-       matagal mediterrânico.
     vés de Plantas (ETAP).
E
         D


             C
                   A
             B
                   1




                                                         perfil topográfico
                                            50




             0   0,25   0,5 km
                                            0




                                                 0              400               800
                                                         perfil topográfico (m)




parque municipal        1
                        A
                                 Início do percurso
                                 Centro de Interpretação da Natureza (CIN)
sítio das fontes        B        Fontes
                        C        Açude e moinho
                        D        Lentiscal
                        E        Vista panorâmica
                                 Percurso
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                    percurso do castelo de paderne
           Nome     Percurso do Castelo de Paderne
       Freguesia    Paderne
       Concelho     Albufeira
     Localização    Em torno do Castelo de Paderne
         Acessos    Na A22, sair na direcção de Albufeira, virar para Ferreiras e aqui seguir as indicações até
                    Paderne. Em Paderne, seguir na estrada para o castelo. Este percurso pode ter início no cami-
                    nho que vem de Paderne ou na Azenha do Castelo.
             Tipo   Pedestre
Percurso circular   Sim
       Distância    4,5 km
  Duração média     01h30
         Declive    (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso)
Tipo de caminho     Caminho de terra.
 Quando visitar?    Todo o ano.
   Homologado       Não
      Sinalizado    Sim
Particularidades    Castelo de Paderne. Em altura de chuvas o açude pode ficar intransitável, o que implica que
                    o percurso seja realizado no sentido contrário ao da descrição.
Interesse natural   Galeria ripícola e zimbral. Está inserido no Sítio Ribeira de Quarteira da Rede Natura 2000.
    Proprietários   Caminhos públicos e privado
 Ent. responsável   CCDR-Algarve
    Observações     Existe outro percurso na mesma área.
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                                                                                                         medronheiro




     O percurso desenvolve-se ao longo das duas        atribui origem romana) e daqui pode-se con-
     margens da ribeira de Quarteira. Iniciando        tinuar pela margem esquerda, ao longo do
     o percurso junto à Azenha do Castelo, atra-       vale onde existe uma faixa estreita de várzea
     vessa-se o açude e segue-se pela margem           com algum alfarrobal e olival. Vale a pena su-
     direita da ribeira.                               bir até ao castelo, onde a vista sobre o vale e
     Neste vale, de encostas íngremes, é possível      as áreas circundantes é especialmente bela.
     observar uma grande variedade de plantas,         Em relação à fauna, há registos da presença
     como por exemplo a marioila, várias espé-         de mamíferos como a lontra, a doninha, o
     cies de Cistus, a palmeira-anã, a aroeira, o      morcego-rato-pequeno, o ouriço-cacheiro,
     sargaço, o medronheiro, o carrasco, o trovisco,   entre outros, podendo-se facilmente obser-
     o zambujeiro, o zimbro ou os narcisos. As         var algumas aves típicas do bosque mediter-
     margens da ribeira são dominadas pela cana,       rânico, aves aquáticas e até alguns anfíbios
     tamargueira, pelo loendro e pelo freixo.          e répteis.
     Para chegar à margem esquerda da ribeira,
     segue-se por uma ponte (a que a tradição
1




                                                            A
                                                                      2              E


                                          B
                                                                                                 C
                                                        D
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                                              100




          perfil topográfico                                    perfil topográfico




                                                                                                             0                 0,25         0,5 km
0




                                              0




      0         1250               2500             0                 500                 1000
          perfil topográfico (m)                        perfil topográfico (m) (subida)




                               percurso do castelo                                          1
                                                                                            2
                                                                                                 Início do percurso no caminho de Paderne
                                                                                                 Início do percurso com partida da azenha
                               de paderne                                                   A    Azenha e açude
                                                                                            B    Vegetação das margens da ribeira
                                                                                            C    Ponte romana
                                                                                            D    Castelo de Paderne
                                                                                            E    Várzea
                                                                                                 Percurso
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percurso
do cerro
de são vicente
Nome
Percurso do Cerro de São Vicente (PR2)
Freguesia
Paderne
Concelho
Albufeira
Localização
Paderne
Acessos
Tomando a A22, sair na direcção de Albufeira, seguir
para Ferreiras e aqui tomar as indicações para Pader-
ne até ao Estádio João Campos. O percurso tem início
no lado da Capela de Nossa Senhora ao Pé da Cruz.
Tipo
Pedestre
Percurso circular
Sim
Distância
11 km
Duração média
03h30
Declive
(Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso)
Tipo de caminho
Caminhos rurais e estrada asfaltada.
Quando visitar?
Todo o ano.
Homologado
Sim
Sinalizado
Sim
Particularidades                                          Proprietários
Poderá não ser possível passar a ribeira de Algibre na    Caminhos públicos
época das chuvas.                                         Entidade responsável
Interesse natural                                         Câmara Municipal de Albufeira
O percurso está inserido em zona de Rede Natura           Observações
2000 (Sítio Barrocal).                                    Inserido em zona de caça.
42



            Partindo junto à Capela de Nossa Senhora ao
            Pé da Cruz, atravessa-se a ribeira de Quartei-
            ra pela ponte D. Carlos I, também conhecida
            por ponte de Paderne. À medida que des-
            ponta o cerro de S. Vicente, deixa-se para trás
            uma paisagem mais humanizada.
            Antes de se iniciar a subida, o caminho é
            ladeado por pomares de sequeiro com
            figueiras, alfarrobeiras e amendoeiras. Na su-
            bida, a paisagem é dominada por pequenas
            propriedades agrícolas. Alguma da vegeta-
            ção arbustiva já indicia a típica vegetação
            mediterrânica, com a presença de espécies
            como o zimbro, a aroeira, o carrasco ou o
            rosmaninho. Já no cimo, entra-se numa zona
            de carrascal e alfarrobal. A partir deste ponto,
            é possível ter uma vista panorâmica sobre
            vastas áreas em redor, nomeadamente sobre
            Paderne, sobre zonas de matagal típico do
            Barrocal algarvio ou até sobre a auto-estrada,
            que provoca um grande impacto visual na
            paisagem.
            Na descida para o vale, as espécies roselha-
           -grande, marioila, medronheiro, sargaço, car-
            rasco, trovisco, tojo-galego e tojo-do-sul são
            as mais representadas da típica vegetação
            mediterrânica.
            Já no vale, a paisagem é composta de poma-
            res de alfarrobeiras e de citrinos. A parte final
            do percurso desenvolve-se primeiro na zona
            de várzea da ribeira de Alte e, depois, na
            várzea da ribeira de Algibre. Nesta última, a
            passagem para a outra margem é feita a vau
            ou por cima de pequenas pedras.
            Figueiras, oliveiras, vinhas e a típica vegeta-
            ção ripícola acompanham o percurso até ao
            ponto de partida. No que diz respeito aos
            vertebrados, destaca-se a fauna aquática ou
            associada às ribeiras: a lontra, o cágado-
           -mediterrânico ou peixes como o bordalo e a
            boga-de-boca-arqueada.



carrasco
E
                                                                                       F




                                                                             1

                           D




                    C              A
                               B




                                                                                                                     perfil topográfico




                                                                                                           300
0   0,25   0,5 km




                                                                                                           0
                                                                                                                 0            6000              12000
                                                                                                                       perfil topográfico (m)




       percurso do cerro               1    Início do percurso
                                           (Capela Nossa Senhora do Pé da Cruz)
                                                                                  D
                                                                                  E
                                                                                      Vale com pomares
                                                                                      Ribeira de Alte

       de são vicente                  A
                                       B
                                       C
                                            Vista panorâmica
                                            Ruínas do moinho de São Vicente
                                            Vegetação mediterrânica
                                                                                  F   Ribeira de Algibre
                                                                                      Percurso
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percurso
pedestre
da rocha
da pena
Nome
Percurso Pedestre da Rocha da Pena
Freguesias
Salir e Benafim
Concelho
Loulé
Localização
Rocha da Pena
Acessos
De Loulé, seguir até Salir e tomar a EN 124 em direc-
ção a Alte. Antes de chegar à aldeia da Pena, seguir
para a Rocha da Pena. O percurso começa na Rocha.
Tipo
Pedestre
Percurso circular
Sim
Distância
6,4 km
Duração média
2h
Declive
(Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso)
Tipo de caminho
Caminho pedregoso e carreiros.
Quando visitar?
Fora da época estival e de dias muito quentes.
Homologado
Não
Sinalizado
Sim
Particularidades
Afloramento rochoso monumental. Paisagem cársica.
Interesse natural                                         Proprietários
Paisagem. Vegetação. Avifauna. Percurso integrado no      Caminhos públicos
Sítio Classificado da Rocha da Pena e no Sítio Barrocal   Entidade responsável
da Rede Natura 2000.                                      Câmara Municipal de Loulé
44




                                                                                                      roselha-grande




      O percurso inicia-se com uma subida acen-          Durante o percurso será possível ver um con-
      tuada até ao planalto, que atinge os 479 me-       junto muito significativo da flora e da fauna
      tros de altitude no Talefe.                        típicas do Barrocal e da Serra algarvios.
      A Rocha da Pena situa-se numa zona de              A vista sobre extensas paisagens em redor é
      transição entre o Barrocal e a Serra, pelo que     também um dos principais atractivos deste
      apresenta especial diversidade biológica.          percurso. Ainda no planalto, é particularmente
      Bosques mistos de azinheiras e zimbros, car-       interessante ver o muramento rochoso, cuja
      rascais e espécies como o alecrim, a rosa-         origem se julga remontar à Idade do Ferro.
     -albardeira, a roselha-grande ou a palmeira-        Em seguida, o percurso desce até à aldeia da
     -anã fazem parte da elevada diversidade de          Penina e daí até à Rocha, por um caminho
      plantas deste sítio classificado. Na fauna, des-   de onde se contempla a escarpa virada a sul
      taca-se a águia de Bonelli, que em tempos          em grande parte da sua extensão.
      recentes aqui nidificava com regularidade,
      ou ainda algumas espécies de morcegos
      cavernícolas que aqui têm uma importante
      colónia de hibernação e criação.
B
                                           D
                                                                        C
               E
                                 A



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           G
                                                           1
                                                 500
                                                 200




                                                       0              3500                  7000
                                                               perfil topográfico (m)




                                                           0          0,25              0,5 km




    percurso pedestre   1
                        A
                            Início do percurso
                            Vegetação mediterrânica
                                                           E
                                                           F
                                                                Talefe e vista panorâmica
                                                                Aldeia da Penina
    da rocha da pena    B   Vista panorâmica (Norte)       G    Vista sobre a escarpa
                        C   Vista panorâmica (Sul)              Percurso
                        D   Amuralhamento rochoso
45




                    percurso pedestre
                    da fonte benémola
           Nome     Percurso Pedestre da Fonte Benémola
       Freguesia    Querença
       Concelho     Loulé
     Localização    Fonte Benémola
         Acessos    De Loulé, em direcção a Salir, virar no cruzamento da Tôr para Querença na EM 524. Depois
                    de atravessar a ponte sobre a ribeira da Fonte Menalva, seguir na estrada ao longo da ribeira
                    até virar para o lado esquerdo, em caminho de terra.
             Tipo   Pedestre
Percurso circular   Sim
        Distância   4,4 km
  Duração média     01h30
          Declive   (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso)
Tipo de caminho     Caminho de terra.
 Quando visitar?    Todo o ano.
    Homologado      Não
       Sinalizado   Sim
 Particularidades   Nascentes
Interesse natural   Galeria ripícola. Nascentes. Percurso integrado no Sítio Classificado da Fonte Benémola e no
                    Sítio Barrocal da Rede Natura 2000.
   Proprietários    Caminhos públicos
Ent. responsável    Câmara Municipal de Loulé
46




     Tudo começa no “Fica Bem”, seguindo-se
     por um caminho de terra ao longo do vale
     que apresenta alguns campos agrícolas e
     pomares. Nas encostas do vale, a vegetação
     é a típica do Barrocal, embora no final do
     percurso exista uma zona de solos xistosos
     dominados por esteva e sobreiro.
     Ao longo da ribeira da Fonte Menalva desen-
     volve-se uma densa e diversificada galeria
     ripícola composta de espécies como o freixo,
     a tamargueira, o salgueiro-branco, o loendro,
     o folhado ou o choupo-branco.
     A ribeira é o habitat de algumas espécies im-
     portantes do ponto de vista da conservação
     da natureza, como os cágados, a lontra, o
     guarda-rios, entre muitas outras espécies de
     vertebrados. Também as zonas adjacentes à
     ribeira são de particular relevância, pela pre-
     sença de um invulgar número de espécies
     da fauna e da flora algarvias.
     A ribeira da Fonte Menalva mantém um
     caudal ao longo de todo o ano, devido à
     presença de algumas nascentes. Isto mesmo
     durante o Verão e, em particular, a jusante da
     Fonte Benémola.                                   cágado-mediterrânico

     O percurso dispõe de uma zona de merendas.
F
         E

             D

                         C

                                  B




                     G

                             A
                         1
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                 0       0,25         0,5 km
                                                       100




                                                             0           2500             5000
                                                                 perfil topográfico (m)




percurso pedestre        1
                         A
                                 Início do percurso         E
                                                            F
                                                                 Nascentes

de fonte benémola        B
                                 Forno de Cal
                                 Campos agrícolas e pomares G
                                                                 Zona de merendas
                                                                 Cesteiro e venda de artesanato
                         C       Vista sobre a várzea da         Percurso
                                 ribeira da Fonte Menalva
                         D       Vegetação ribeirinha
47



caminhos e
encruzilhadas
de ir à fonte
Nome
Caminhos e encruzilhadas de ir à Fonte
Freguesia
S. Brás de Alportel
Concelho
S. Brás de Alportel
Localização
Partida e chegada na Fonte da Mesquita.
Acessos
Chegando a S. Brás Alportel, entrar na EN 270 em
direcção a Tavira e virar à direita no cruzamento para
a Fonte da Mesquita. O percurso tem início no cruza-
mento da Fonte Mesquita.
Tipo
Pedestre
Percurso circular
Sim
Distância
9 km
Duração média
3h
Declive
(Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso)
Tipo de caminho
Caminhos rurais e estrada asfaltada.
Quando visitar?
Todo o ano.
Homologado
Não (em fase de homologação)
Sinalizado
Sim
Particularidades
Existência de um geoponto, moinho de água e azenha.
Interesse natural
Diversos tipos de habitat. Paisagem.
Proprietários                                             Entidade responsável
Caminhos públicos                                         Câmara Municipal de São Brás de Alportel
48




     O percurso inicia-se em antigos caminhos        Ao tomar a direcção sul, existe um sobreiral
     rurais ladeados por campos agrícolas. A         que se estende ao longo deste troço, que é
     descida do caminho da Bugia conduz a uma        percorrido por estrada.
     vista panorâmica de grande diversidade          No monte das Favas é possível também
     paisagística. Entre os típicos pomares de se-   desfrutar uma vista panorâmica sobre o vale
     queiro, que dominam a paisagem, é possível      adjacente e ainda observar uma grande
     encontrar manchas de vegetação natural do       variedade de espécies típicas de zonas agrí-
     Barrocal, dominadas por espécies como a         colas, em particular passeriformes.
     rosa-albardeira, o carrasco, a roselha-grande   O percurso continua até ao geoponto, que
     e o tomilho-de-creta.                           dispõe de um painel informativo em que se
     Chegando à ribeira do Bengado podem-se          destaca a brecha calcária, rocha ornamental
     ver algumas infra-estruturas hidráulicas e      de grande beleza. Já no final, explora-se uma
     uma diversificada vegetação ripícola. Nos       zona onde os pomares de sequeiro tradi-
     campos agrícolas anexos, grande parte da        cional vão dando lugar a povoamentos de
     paisagem é dominada por um extenso olival       alfarrobeiras, sobreiros e azinheiras.
     e ainda por pomares de sequeiro e hortas.
A


                                            B




                                                                                     C




1
                                             D
                             E
    F
                                                 400




                   0      0,25   0,5 km
                                                 100




                                                       0            4500             9000
                                                            perfil topográfico (m)




        caminhos                 1
                                 A
                                     Início do percurso
                                     Vista panorâmica
                                                                E
                                                                F
                                                                         Geoponto
                                                                         Moinho de água
        e encruzilhadas          B   Vale da ribeira do Bengado          Percurso

        de ir à fonte            C
                                 D
                                     Sobreiral
                                     Vista panorâmica
49




serra
serra
51.   À Descoberta da Mata - Percurso Vermelho
53.   À Descoberta da Mata - Percurso Lilás
55.   Trilho da Fóia
57.   Percurso do Lagoão
59.   Percurso da Masmorra
61.   Percurso D. Quixote
63.   Percurso da Reserva
65.   Barranco das Lajes
67.   Entre Vales, Fontes e Memórias
      da Serra do Caldeirão
51




                     à descoberta da mata -
                     percurso vermelho
           Nome      À Descoberta da Mata - Percurso Vermelho
       Freguesia     Barão de S. João
       Concelho      Lagos
     Localização     Mata de Barão de São João
         Acessos     Pela A22, seguir até Bensafrim e depois de atravessar esta localidade virar à direita para o
                     Barão de São João. O percurso tem início próximo do Centro Cultural desta povoação. Na
                     direcção norte, existe um painel informativo da Direcção Regional de Agricultura do Algarve.
              Tipo   Pedestre
Percurso circular    Sim
         Distância   12 km
  Duração média      4h
           Declive   (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso)
Tipo de caminho      Caminho de terra.
  Quando visitar?    Fora da época estival e de dias muito quentes.
    Homologado       Não
        Sinalizado   Sim
Interesse natural    Vistas panorâmicas. Rede Natura 2000 (Sítio Costa Sudoeste).
    Proprietários    Caminhos públicos
 Ent. responsável    Câmara Municipal de Lagos
    Observações      Parte do percurso está inserida em zona de caça.
52




                                                                                                      esteva




      Do início do percurso à casa do guarda, a       nas linhas de água. O coberto vegetal tem
      paisagem é dominada por acácias. Pontual-       espécies como a aroeira, o medronheiro, a
      mente, nos limites desta mancha, encontram- marioila, o zambujeiro, o carrasco e diversas
     -se zonas de pinhal e esteval. Mais à frente, o  espécies de Cistus, embora o tojo-galego e o
      percurso entra numa zona onde a paisagem        rosmaninho sejam mais abundantes.
      muda para um coberto vegetal disperso de        Nos mamíferos registados da mata podem-
      tomilho-peludo, tojo-galego, quiroga, esteva -se observar as lebres e os coelhos-bravos ou
      e alguns sobreiros.                             ainda sinais de javali e de carnívoros como a
      Na parte intermédia do percurso, que decorre    raposa, a geneta ou o sacarrabos. Nas aves, é
      entre a Vinha Velha e Relvas, existem pontos    comum um conjunto alargado de passerifor-
      que permitem contemplar a paisagem serrana. mes, sendo possível detectar também aves
      Do limite sueste da mata até ao início do       de rapina como o mocho-galego, a águia-de-
      percurso passa-se por uma área de estreitos    -asa-redonda ou a águia de Bonelli.
      barrancos, circulando-se ao longo de peque-
Guia de Percursos Pedestres no Algarve
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Guia de Percursos Pedestres no Algarve

  • 2. prefácios Agradecimentos “Porque o Algarve é ponto de confluência entre “A actividade turística assume no Algarve um Às entidades responsáveis pelos percursos, manchas paisagísticas distintas – litoral, serra papel da maior importância, designadamente pelas informações prestadas e apoio na e barrocal – com lugares ainda por desvendar, pela capacidade que demonstra de impulsionar validação dos percursos. eis que surge uma publicação que põe em o desenvolvimento e a competitividade da Re- À Federação de Campismo e Montanhismo relevo precisamente o mais recôndito das sub- gião no contexto nacional e internacional. de Portugal, pela informação sobre -regiões naturais do Algarve. Para que o turismo siga as vias da sustentabili- a homologação e sinalética dos percursos. O ‘Guia de Percursos Pedestres do Algarve’, dade, deve assegurar-se a salvaguarda e a pro- Ao Coronel Rosa Pinto, pela sua resultante de uma parceria entre a Região de moção dos valores naturais, os quais deverão disponibilidade e auxílio, em particular Turismo do Algarve e a Comissão de Coordena­ ser encarados não só como factor de atracção na partilha do seu conhecimento sobre flora ção e Desenvolvimento Regional do Algarve, é e de alternativa ao binómio sol e praia, mas e vegetação algarvia. um compêndio de 33 trilhos de vistas soberbas também como um potencial relevante para o que poderão ser percorridos a pé ou, nalguns desenvolvimento da economia regional. casos, de bicicleta. É um desafio audaz que É neste contexto que surge a presente publica- incide numa gestão orientada para a observa- ção, enquadrada no Plano de Acção Turismo ção e compreensão do património natural e e Ambiente do Algarve, o qual foi objecto de histórico dos concelhos de uma região que se um protocolo de colaboração celebrado, em expõe, agora como nunca através desta publi- 2002, entre a Comissão de Coordenação e De- cação, aos visitantes. senvolvimento Regional do Algarve, a Região Os caminhos sugeridos, uns escarpados, outros de Turismo do Algarve, a Grande Área Metropo- mais acessíveis, assumem-se como novos moti- litana do Algarve e o Instituto de Conservação vos de interesse no segmento de turismo de na- da Natureza. Os seus objectivos são promover e tureza, que assim se pretende incentivar. Com divulgar os valores naturais da região algarvia este guia, nada extemporâneo, mostramos e, em concreto, incentivar o pedestrianismo, então outros itinerários turísticos, propostos que conjuga a fruição da natureza com a prá- em mais de 100 páginas de textos e imagens de tica desportiva.” elevada qualidade, que irão certamente absor- ver os sentidos de quem ousar descobri-los.” Helder M. Faria Martins José António de Campos Correia Presidente da Região de Turismo do Algarve Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve
  • 3. 0 0 índice geral introdução 03 Introdução O Algarve é a região mais meridional de Por- promovendo o bem-estar e a qualidade de tugal Continental, sendo delimitado a oeste vida dos que o praticam. Esta actividade é 04 Caracterização da região e a sul pelo oceano Atlântico, a norte pela ainda particularmente atractiva nas verten- ribeira de Odeceixe, pelas cristas das serras tes pedagógica, científica, lúdica e turística. 06 Conselhos aos caminhantes de Monchique e Caldeirão e pela ribeira do Incentivar, pois, o pedestrianismo na sua Vascão e a este pelo rio Guadiana, que o se- dimensão turística é desafio de monta para 08 Mapa-índice para de Espanha. A sua particular localização a presente publicação, que ao dar a conhe- 10 Ficha-tipo e a forte influência do mar Mediterrâneo cer outros trilhos do Algarve visa também conferem à região uma riqueza ambiental instaurar novas rotas temáticas que têm 11 Costa Vicentina única, reflectida na elevada diversidade rareado no segmento de turismo de natu- 21 Litoral Sul paisagística, à qual os valores da natureza e reza. Segmento esse que amplifica, assim, 35 Barrocal a intervenção humana sobre o território ao a afirmação de um património regional de 49 Serra longo dos tempos proporcionaram caracte- valor inigualável junto dos visitantes e da 69 Guadiana rísticas especiais. população residente. Nesse sentido, é fundamental criar condi- No “Guia de Percursos Pedestres do Algarve” 87 Lista de espécies ções para que se protejam os valores mais foram incluídos 33 percursos. A selecção foi autênticos da região e para que as paisagens realizada após o levantamento dos percur- 88 Glossário diversificadas e esteticamente atraentes sos existentes na região e após a realização sejam preservadas como zonas de equilíbrio de inúmeras saídas de campo com vista à 90 Contactos Úteis biocultural. Essas paisagens são necessárias sua validação. A escolha dos trajectos ba- ao desenvolvimento sustentado do território seou-se na análise de um conjunto de crité- 95 Sítios na Internet com interesse por serem locais de atracção e de diversifica- rios: o estado de conservação, a segurança, Referências bibliográficas ção da oferta turística do Algarve, facto com- a selecção de, pelo menos, um percurso provado pela visita de milhares de turistas por concelho, a existência de material de que todos os anos afluem à região em busca divulgação e de painéis de informação e si- da observação da natureza, de tradições ge- nalética, a proximidade de recursos hídricos nuínas e de costumes diferentes. importantes, a presença de valores naturais, O pedestrianismo – actividade desportiva paisagísticos e culturais relevantes e a exis- de percorrer distâncias a pé – permite um tência de singularidades. estreito contacto com a natureza e pode O guia está organizado em cinco áreas: Costa sensibilizar as pessoas para a importância da Vicentina, Litoral Sul, Barrocal, Serra e Guadiana. protecção dos recursos naturais e culturais,
  • 4. 0 0 caracterização da região O Algarve é composto por uma grande Como sítios especialmente importantes para As zonas húmidas, em especial as zonas nio, para além dos Sítios Classificados da diversidade paisagística. Matos e matagais plantas endémicas, destacam-se a Costa estuarinas e rias (ria Formosa, ria de Alvor, Rocha da Pena e da Fonte Benémola. Com mediterrânicos, bosques de carvalhos e flo- Sudoeste e, em particular, o promontório estuário do rio Arade, estuário do Guadiana), a integração dos 14 sítios da Rede Natura restas ripícolas nas zonas serranas, paisagens de Sagres e a metade superior da serra de desempenham um papel determinante 2000, cerca de 38 por cento da área total do cársicas e pomares de sequeiro no Barrocal Monchique. Em relação à vegetação culti- para a fauna por sustentarem uma relevante Algarve terá um estatuto de conservação, o ou falésias, sistemas dunares e lagunares na vada, existem grandes extensões de pomar, comunidade piscícola que, juntamente com que consagra a sua importância biológica e zona costeira são alguns dos aspectos paisa- nomeadamente pomares de sequeiro, com outras zonas húmidas como lagos, caniçais, paisagística em termos europeus. Estas áreas gísticos característicos da região. a utilização de oliveira, alfarrobeira, figueira e rios e ribeiras, concentra importantes espé- protegidas e os corredores ecológicos cons- Grande parte do território é ocupada por amendoeira. Nas regiões serranas subsistem cies de aves a nível nacional e mesmo in- tituem a Estrutura Regional de Protecção e zonas agrícolas e florestais. O coberto os carvalhais e os matagais, assim como ex- ternacional, seja como locais de criação, de Valorização Ambiental, proposta pelo Plano vegetal actualmente existente resulta da tensas plantações de pinheiro e eucalipto. invernada ou durante as migrações. Grande Regional de Ordenamento do Território alteração do coberto natural desta região, A riqueza específica da fauna, em particular parte dos principais rios e ribeiras são tam- do Algarve, que tem como função definir composto sobretudo de bosques de carva- de vertebrados, é elevada, devido também à bém corredores ecológicos fundamentais orientações de planeamento e de gestão lhos – sobreirais e azinhais –, consequência numerosa diversidade de biótopos da região. para a sobrevivência de peixes, mamíferos, que permitam compatibilizar a conservação das actividades humanas desenvolvidas na O saramugo e o escalo-do-Arade (peixes), o répteis e anfíbios, já que interligam os espa- da natureza com as actividades humanas, ou região ao longo de milhares de anos, mas lagarto-de-água, o camaleão e o cágado-me- ços naturais da região. seja, que propiciem o desenvolvimento do principalmente no decurso do último século. diterrânico (répteis), o rato de Cabrera ou o No Algarve, estão consagradas como áreas turismo de natureza. Sobre a vegetação natural, refira-se que o gato-bravo (mamíferos) e o camão e a águia protegidas o Parque Natural da Ria Formosa, Os percursos seleccionados, em função da Algarve apresenta os elementos típicos da de Bonelli (aves) são nomes encontrados o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e sua localização e das suas características, vegetação mediterrânica, com algumas das entre as espécies registadas no Algarve, algu- Costa Vicentina (parcialmente implantado permitem observar a maioria dos valores espécies associadas à designação, como o mas delas de ocorrência limitada apenas a na região), a Reserva Natural do Sapal de naturais referidos. sobreiro, o carrasco, o alecrim, a aroeira, o Portugal ou à Península Ibérica. Castro Marim e Vila Real de Santo Antó- trovisco-fêmea, o loendro ou o medronheiro. Alcoutim guadiana Aljezur Monchique serra Castro Marim barrocal Vila Real de Silves Santo António Loulé Portimão São Brás Lagoa de Alportel Tavira Lagos Vila do Bispo Albufeira Olhão Faro costa vicentina litoral sul N N O E O E S S 0 5 10km 0 5 10km
  • 5. 0 0 Outros conselhos Informar-se sobre a previsão meteorológica. Verificar a hora de partida, confirmando que pode terminar o percurso antes de anoitecer. Para os percursos inseridos em zona de caça, ter em atenção os meses do Outono e Inverno, em particular às quintas-feiras, aos fins-de-semana e aos feriados. Para mais informações, contactar o Núcleo Florestal do Algarve. Não leve consigo objectos de valor desnecessários. Nunca partir sozinho para um percurso. No campo junta de freguesia de vila do bispo Siga sempre pelos trilhos sinalizados. Quando atravessar povoações e áreas cultivadas, respeite os costumes, tradições e bens. Respeite as normas em vigor em áreas protegidas. Seja silencioso: evite gritar ou mesmo falar alto. Nunca circule pelas dunas. E, para sua segurança, não circule nem estacione conselhos aos sobre o topo das arribas. Não colha plantas ou rochas, nem perturbe os animais. caminhantes Quando confrontado com um animal agressivo, não corra. Continue a andar. Nunca faça fogueiras. Aconselham-se algumas pausas para refeições ligeiras. Beba pouca água de cada vez, mas a quantidade suficiente para evitar a desidratação. ANTES DE PARTIR Não abandone qualquer tipo de lixo. Transporte-o consigo num saco e deposite-o num local onde haja serviço de recolha. Equipamento e vestuário a considerar Esteja atento ao que o rodeia. Chapéu, óculos de sol e protector solar. Calçado apropriado para o percurso que vai realizar. Peças de roupa leves adequadas à estação do ano, incluindo impermeável para a chuva. Mochila pequena e leve para transportar água, refeições ligeiras e energéticas, estojo básico de primeiros socorros, bússola, lanterna (para o caso de se encontrar no percurso depois de anoitecer), telemóvel (embora a rede de comunicações móveis não abranja algumas zonas do interior) e o guia de percursos. Para apreciar a natureza que o rodeia, poderá ser interessante levar uma máquina fotográfica, uns binóculos ou até uma lupa.
  • 6. 0 mapa-índice de percursos 0 mapa do algarve 13. Trilho dos Aromas 33. Trilho da Praia do Barril 15. Trilho das Marés 37. Parque Municipal do Sítio das Fontes 17. Trilho Ambiental do Castelejo 39. Percurso do Castelo de Paderne 71. Cerro acima, cerro abaixo 21. Ao sabor da Maré 41. Percurso do Cerro de São Vicente 57. Percurso do Lagoão 73. Ladeiras do Pontal 23. Rocha Delicada 43. Percurso Pedestre da Rocha da Pena 59. Percurso da Masmorra 75. Corre, corre... Guadiana 25. Percurso de Interpretação da Praia Grande 45. Percurso Pedestre da Fonte Benémola 61. Percurso D. Quixote 77. Terras da Ordem 27. Trilho de São Lourenço 47. Caminhos e encruzilhadas de ir à Fonte 63. Percurso da Reserva 79. Caminho da Amendoeira 29. Ilha da Culatra 51. À Descoberta da Mata - Percurso Vermelho 65. Barranco das Lajes 81. Uma janela para o Guadiana 31. Trilho de descoberta da natureza do Centro 53. À Descoberta da Mata - Percurso Lilás 67. Entre Vales, Fontes e Memórias 83. Percurso do Sapal de Venta Moinhos de Educação Ambiental de Marim 55. Trilho da Fóia da Serra do Caldeirão 85. Boa Vista Nota: A numeração dos percursos corresponde aos números de página onde estão inseridos.
  • 7. 10 11 ficha-tipo Nome Nome pelo qual é conhecido Sinalizado Quando o percurso dispõe de ele- o percurso. mentos visuais informativos, como Freguesia (s) painéis e sinalética direccional (em Concelho alguns casos, nomeadamente nas Localização Localidade onde está inserido. praias, só estão afixados painéis). Acessos Indicações sobre como chegar e Particularidades É feita referência à existência de sobre o ponto de partida. singularidades no trilho, de algum Tipo Tipo de percurso seleccionado ponto de interesse cultural ou (Pedestre/ BTT/Equestre). de informação adicional útil ao Percurso Circular Percurso que começa e termina caminhante. no mesmo sítio e em que, maio- Interesse Natural Informa sobre a inserção do per- ritariamente, só se passa uma vez curso em alguma Área Protegida em cada ponto. ou Sítio de Rede Natura 2000. Distância Distância total a percorrer de Alude igualmente a diferentes todos os caminhos do percurso tipos de habitat com particular (há que contar com a ida e a vinda interesse natural. nos percursos não circulares). Descrição Breve descrição do que se pode Duração Média Calculada com base nas caracte- encontrar no local quanto à rísticas do percurso e numa velo- paisagem, à fauna, à flora ou a cidade média de 3-3,5 km/h para aspectos culturais existentes. A os percursos pedestres. descrição do percurso é elaborada Declive Baseado no perfil topográfico. de acordo com o sentido sugerido Tipo de caminho Estradas, caminhos e carreiros. no mapa. Quando Visitar? A época aconselhável de visita, Proprietários Se os caminhos são públicos em virtude das condições clima- ou privados. téricas e das características do Entidades Organismo(s) responsável(eis) costa percurso. Responsáveis pelo percurso. Homologado Indica se o percurso possui a Observações Informações adicionais, como a da marca de homologação atribuída integração do percurso em zona pela Federação de Campismo e de caça. Montanhismo de Portugal. Para as pequenas rotas (PR), exis- tem as seguintes marcas: vicentina mudança de direcção caminho certo caminho errado à esquerda à direita
  • 8. costa 13 vicentina 13. Trilho dos Aromas 15. Trilho das Marés 17. Trilho Ambiental do Castelejo trilho dos aromas Nome Trilho dos Aromas Freguesia Bordeira Concelho Aljezur Localização Bordeira Acessos Tomar a A22 até Bensafrim, seguir pela EN 120 em direcção a Aljezur, após 14 km tomar a direcção de Bordeira. O percurso tem início a norte da ribeira da Bordeira. Tipo Pedestre Percurso circular Sim Distância 14 km Duração média 04h30 Declive (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso) Tipo de caminho Caminhos de terra. Quando visitar? Todo o ano, excepto em dias muito quentes. Homologado Não Sinalizado Sim Interesse natural Percurso integrado no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e na Rede Natura 2000 (Sítio Costa Sudoeste). Proprietários Caminhos públicos Ent. responsável Junta de Freguesia da Bordeira Observações O percurso está inserido em zona de caça.
  • 9. 14 carrasco O percurso começa no local do painel infor- muda e deparamos com formações como mativo que se encontra a norte da ribeira da zimbrais e olivais. A caminho do Monte Novo Bordeira, próximo da povoação da Bordeira. percorre-se uma zona de matagal com al- No início percorre-se uma zona arborizada guns pinheiros dispersos. com eucaliptos, pinheiro-manso e alguns A Pedra Ruiva é local privilegiado para ob- sobreiros. A vegetação arbustiva é maiori- servar uma grande diversidade de espécies tariamente constituída por esteva, sargaço, vegetais: queiró, roselha, lentisco-bastardo, aroeira, marioila, trovisco e urzes. E a fauna urze-vermelha, tomilho, joina-dos-matos ou é variada: descobrem-se espécies típicas de o mato-branco. matagal mediterrânico – javali, lebre, coelho- Até retornar ao início do percurso, e passan- -bravo, chapim-real, codorniz, perdiz, águia-de- do por Bordalete, será visível uma grande va- -asa-redonda, sacarrabos, etc. riedade de plantas que, tal como no restante Entre a ribeira do Tacual e o segundo painel, caminho, fazem justiça ao nome deste trilho. entra-se numa zona de vale. A paisagem
  • 10. C D E 200 B 0 0 7500 15000 perfil topográfico (m) A F 0 0,25 0,5 km 1 trilho dos aromas 1 A Início do percurso Vista sobre o vale E Vista sobre o mar e pinhal do Bordalete B Vegetação ribeirinha F Vista sobre a várzea C Vista panorâmica Percurso D Matos
  • 11. 15 trilho das marés Nome Trilho das Marés Freguesia Bordeira Concelho Aljezur Localização Carrapateira Acessos Entrar na A22 até Bensafrim, seguir pela EN 120 em direcção a Aljezur e após 14 km tomar a direcção de Carrapateira. O percurso tem início junto ao restaurante “O Sítio do Rio”, na localidade de Carrapateira. Tipo Pedestre/BTT/Equestre Percurso circular Sim Distância 19 km Duração média 7h Declive (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso) Tipo de caminho Caminho de terra e estrada asfaltada. Quando visitar? Todo o ano, excepto nos meses de Verão e em dias muito quentes. Homologado Não Sinalizado Sim Particularidades Existem caminhos de terra com alguma circulação de automóveis. A zona costeira pode ser muito ventosa. Interesse natural Percurso integrado no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e na Rede Natura 2000 (Sítio Costa Sudoeste). Proprietários Caminhos públicos Ent. responsável Junta de Freguesia da Bordeira Observações O percurso está inserido em zona de caça.
  • 12. 16 O percurso inicia-se numa zona de duna e junto de formações vegetais, que indicam continua ao longo da costa sobre o planalto a existência de um ambiente mais húmido, litoral, até à praia do Amado, por entre zim- associadas à ribeira da Carrapateira. Esta bro, aroeira, estorno e muitas outras plantas zona do percurso é especialmente rica em que aqui se estabelecem e que tornam estas vegetação. Juntamente com a vegetação dunas valiosas pela diversidade biológica e de zonas húmidas, há também formações paisagística. bem desenvolvidas típicas da Serra (por ex. Ao longo da costa poderá ver algumas aves sobreirais ou medronhais). A fauna é rica e, aquáticas que aqui nidificam ou que por para além dos vestígios de mamíferos que aqui passam durante as migrações. Há tam- por aqui vivem (javali, raposa, etc.), poderá bém bastantes ninhos de cegonha-branca ser surpreendido por coelhos ou lebres nas nas falésias rochosas, o que é um caso único zonas de pastos, matagais ou pinhais. Trata-se no mundo. também de uma parte do percurso muito A partir da praia do Amado, o percurso se- interessante para observar aves, sobretudo gue em direcção ao interior e a paisagem co- passeriformes (por ex. melro, pega-azul, alvé- meça a alterar-se: aparecem progressivamen- ola-branca, cartaxo, verdilhão, chapim-real) te espécies como a aroeira, a roselha-grande, ou aves de rapina (por ex. águia-cobreira, o sanganho-mouro, o sobreiro e a esteva. águia-de-asa-redonda). Em Vilarinha é possível encontrar um con-
  • 13. B A 1 C E E D perfil topográfico 200 0 0,25 0,5 km 0 0 10000 20000 perfil topográfico (m) trilho das marés 1 A B Início do percurso Vista sobre a foz da ribeira da Carrapateira Vista panorâmica D E F Vista sobre a praia do Amado Vegetação ribeirinha Comunidades vegetais bem desenvolvidas C Vista panorâmica Percurso
  • 14. 17 trilho ambiental do castelejo Nome Trilho Ambiental do Castelejo Freguesia Vila do Bispo Concelho Vila do Bispo Localização Área de lazer do Castelejo Acessos Chegando a Vila do Bispo, toma-se a estrada n.º 1265 que vai para a praia do Castelejo. O percurso tem início na área de lazer do Castelejo, que fica a meio caminho desta estrada, em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Tipo Pedestre Percurso circular Sim Distância 3,5 km Duração média 01h30 Declive (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso) Tipo de caminho Caminho de terra. Quando visitar? Todo o ano. Homologado Não Sinalizado Sim Interesse natural Percurso integrado no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e na Rede Natura 2000. Proprietários Caminhos públicos Ent. responsável Junta de Freguesia de Vila do Bispo Observações Existe um guia de campo em CD.
  • 15. 18 pinheiro-manso Na parte inicial do percurso, até à casa do De regresso ao início do percurso, em certos guarda, percorre-se uma zona de pinhal (de pontos pode ver-se, ao longe, a praia do pinheiro-bravo e pinheiro-manso). O estrato Castelejo. A fauna é constituída por aves as- arbustivo é composto principalmente por sociadas a zonas de pinhal e matagal, como tojo-do-sul, aroeira, esteva, roselha-grande, por exemplo o pica-pau-malhado, o gaio ou sargaço, rosmaninho e medronheiro. o chapim-real, por alguns répteis ou ainda A parte intermédia é dominada pela descida por sinais da presença de mamíferos como o por um barranco arborizado com pinheiro- javali, a raposa ou o coelho-bravo. -manso e algum eucalipto. Aqui, o percurso decorre ao longo de um pequeno ribeiro cuja vegetação típica destes tipos de habitat domina as margens, como sejam a tabua, a tamargueira ou a cana. A seguir, entra-se numa zona composta sobretudo de arbus- tos, nomeadamente estevas.
  • 16. D 1 C B A 150 0 0,25 0,5 km 0 0 2000 4000 perfil topográfico (m) trilho ambiental 1 A Início do percurso na área de lazer do Castelejo Pinhal do castelejo B Pequena lagoa C Vista sobre o vale D Vista panorâmica Percurso
  • 18. litoral sul 21. Ao sabor da Maré 23. Rocha Delicada 25. Percurso de Interpretação da Praia Grande 27. Trilho de São Lourenço 29. Ilha da Culatra 31. Trilho de descoberta da natureza do Centro de Educação Ambiental de Marim 33. Trilho da Praia do Barril
  • 19. 21 ao sabor da maré Nome Ao sabor da Maré Freguesia Alvor Concelho Portimão Localização Vila do Alvor Acessos De Portimão, seguir para Alvor. Na zona ribeirinha, junto ao porto de pesca, seguir na direcção da praia. Na praia, voltar à direita por um caminho que percorre o sapal. Tipo Pedestre Percurso circular Sim Distância 5 km Duração média 2h Declive (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso) Tipo de caminho Caminhos de terra e de areia. Quando visitar? Todo o ano. Homologado Não Sinalizado Sim Interesse natural Zona húmida de sapal. Dunas. Avifauna. Rede Natura 2000 (Sítio Ria de Alvor). Proprietários Caminhos públicos Ent. responsável Câmara Municipal de Portimão
  • 20. 22 Trata-se de um percurso muito interessante O percurso inicia-se na zona ribeirinha da ria para olhar com minúcia para aves aquáticas, de Alvor e segue por um caminho ao longo tanto ao longo da praia, como das dunas do sapal. Aqui são visíveis espécies típicas e da ria de Alvor. Aves como as andorinhas- como a verdolaga-seca, Sarcocornia fruticosa do--mar, os pilritos, as garças, os borrelhos, os ou o valverde-dos-sapais. gan­sos--patolas, entre muitas outras espécies, Percorrendo uma extensão de cerca de 3 podem ser observadas nos seus diversos km até à Ponta do Medo Grande, chega-se tipos de habitat. à praia, onde o percurso continua até uma Fora da época estival, e em particular duran- construção de madeira, virando-se para o te a migração e no Inverno, esta zona é rica interior e alcançando o ponto de partida. em avifauna.
  • 21. A 1 B C 20 0 0 0,25 0,5 km 0 3000 6000 perfil topográfico (m) ao sabor da maré 1 A Início do percurso Sapal B Duna C Praia Percurso
  • 22. rocha 23 delicada Nome Rocha Delicada Freguesia Alvor Concelho Portimão Localização Quinta da Rocha Acessos Na EN 125 na direcção de Lagos, seguir até à Mexi- lhoeira Grande. O percurso tem início junto à estação ferroviária desta localidade. Tipo Pedestre Percurso circular Sim Distância 7 km Duração média 2h Declive (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso) Tipo de caminho Caminho de terra. Quando visitar? Todo o ano, excepto em dias muito quentes. Homologado Não Sinalizado Interesse natural Sim Zona húmida de sapal. Dunas. Avifauna. Particularidades Sítio da Rede Natura 2000 (Sítio Ria de Alvor). A Associação “A Rocha” tem, na Quinta da Rocha, Proprietários um Centro de Estudos e Observação da Natureza Caminhos públicos com actividades regulares (anilhar aves e desenvolver Entidade responsável acções de educação ambiental). Câmara Municipal de Portimão
  • 23. 24 O percurso faz-se numa zona de península na Esta diversidade de paisagens, concentradas ria de Alvor. No início, caminha-se por cam- num espaço relativamente reduzido, propor- pos agrícolas de vinha, cultivo de cereais ou ciona uma elevada biodiversidade, em parti- de pastagem para o gado, estando algumas cular a avifauna, que varia significativamente zonas arborizadas com pomares de sequeiro ao longo do ano. Destacam-se as épocas do (de amendoeiras e figueiras) e de citrinos. Inverno e do Outono, durante as migrações, Em seguida, passa-se junto a tanques de nas quais há uma elevada quantidade de aves piscicultura, até chegar a um entroncamento, limícolas e de passeriformes. seguindo-se no percurso entre paisagens de Destaque também para as aves de rapina, sapal. Neste habitat podem-se observar as grande parte delas de passagem na ria de interessantes comunidades vegetais e a diver- Alvor, embora espécies como o falcão-peregri- sidade de espécies associadas ao sapal alto, no, o peneireiro ou o mocho-galego sejam médio e baixo. Adjacente aos campos agríco- relativamente comuns. las, existem ainda valiosas áreas de pinhal e de matagal mediterrânico.
  • 24. 1 A D 50 C 0 0 4000 8000 perfil topográfico (m) 0 0,25 0,5 km B rocha delicada 1 A Início do percurso Tanques de piscicultura B Sapal C Campos agrícolas D Quinta da Rocha (Cruzinha) Percurso
  • 25. 25 percurso de interpretação da praia grande Nome Percurso de Interpretação da Praia Grande Freguesia Pêra Concelho Silves Localização Praia Grande Acessos Pela A22, sair em Algoz e seguir em direcção a Pêra, atravessando a EN 125. Depois de percorrer 300 m, seguir à esquerda no cruzamento e, che- gando a uma rotunda, virar na segunda à direita. O percurso inicia-se do lado direito da estrada onde existem moinhos de vento. Tipo Pedestre Percurso circular Não Distância 5,5 km Duração média 2h Declive (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso) Tipo de caminho Caminho de terra e areal. Quando visitar? Todo o ano. Homologado Não Sinalizado Sim Particularidades O regresso ao ponto de partida pode ser feito pela estrada principal de acesso à praia. Interesse natural Zona húmida de sapal e lagoa costeira. Avifauna. Cordão dunar. Pinhal. Proprietários Caminhos privados, excepto na parte frontal do sistema dunar. Ent. responsável CCDR-Algarve Observações Existe outro percurso na mesma área.
  • 26. 26 garça-boieira O percurso tem início numa zona de cam- Percorrem-se, em seguida, as dunas que pos agrícolas de sequeiro com alfarrobeiras, ligam a foz da ribeira de Alcantarilha à barra amendoeiras e figueiras. Aqui ainda é pos- da lagoa dos Salgados. Este é o local mais sível observar moinhos e celeiros utilizados interessante para admirar a vegetação dunar, em tempos. Depois de atravessados estes como o cardo-rolador, a eruca-marítima, o campos, avista-se uma área de pinheiro- cordeiros-da-praia, a luzerna-das-praias, a -manso que se encontra sobre uma arriba perpétuas-das-areias, o cravo-das-areias, a fóssil. O subcoberto é composto, sobretudo, granza-da-praia e a joina-dos-matos. de aroeira, palmeira-anã, trovisco, estrepes e Chegando à lagoa dos Salgados, para além tomilho-de-creta. do juncal, já se observam zonas de caniçal Seguindo na direcção da praia, chega-se ao e de tabua, em particular junto da ribeira de sapal da ribeira de Alcantarilha, onde podem Espiche que aqui desagua. Neste lugar existe contemplar-se as diferentes comunidades uma valiosa comunidade de avifauna, com vegetais que se desenvolvem na zona húmi- espécies tão interessantes como o zarro-cas- da: juncais, matos halófilos e prados salgados tanho, o camão, o colhereiro, o pernilongo, a mediterrânicos, que, juntamente com os garça-vermelha ou a chilreta. bancos de vasa, apresentam elevado interes- se conservacionista.
  • 27. A 1 B C C D C E 50 F 0 0 3000 6000 perfil topográfico (m) 0 0,25 0,5 km percurso 1 A Início do percurso Pinhal E Lagoa dos Salgados Observação de aves de interpretação B Sapal F Praia da praia grande C D Cordão dunar Vista sobre campos agrícolas Percurso
  • 28. trilho de 27 são lourenço Nome Trilho de São Lourenço Freguesia Almancil Concelho Loulé Localização Quinta do Lago Acessos Chegando a Almancil, virar para a Quinta do Lago e seguir as placas indicativas até ao parque de estacio- namento da praia da Quinta do Lago. Tipo Pedestre Percurso circular Não Distância 3,4 km (ida e volta) Duração média 01h30 Declive (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso) Tipo de caminho Caminho de terra. Quando visitar? Todo o ano. Homologado Não Sinalizado Sim, demarcado com estacas pintadas com uma barra azul. Particularidades O percurso pode ficar por vezes submerso, uma vez que o sapal é uma zona sujeita à influência de marés. Atenção às bolas perdidas quando passar junto ao campo de golfe. Interesse natural Zona húmida de sapal e lagos de água doce. Avi- Proprietários fauna. Percurso integrado no Parque Natural da Ria Caminhos públicos Formosa e na Rede Natura 2000 (Sítio Ria Formosa/ Entidades responsáveis Castro Marim). Quinta do Lago, Câmara Municipal de Loulé, PNRF e Infraquinta
  • 29. 28 camão No início do percurso, no lado da ria, pode-se junco dominam. Neste lago artificial existe observar o cordão dunar, a laguna e o sapal. O um observatório de aves com uma grande percurso passa ao longo do campo de golfe, variedade de aves aquáticas, com destaque junto a uma zona de moradias de habitação para o camão, a garça-pequena, o mergu- integradas no pinhal. Nestas zonas de pinhal lhão-pequeno, várias espécies de patos e o (de pinheiro-manso e pinheiro-bravo) existem galeirão. O lago pode ser também um bom animais interessantes, como a pega-azul ou o local para reparar nas duas espécies de cága- camaleão, espécie de réptil que em Portugal dos da fauna nacional. existe somente na faixa litoral sul do Algarve. A caminho das ruínas romanas entra-se Ao chegar a uma pequena mancha de pinhal, novamente numa zona com vista para o é possível encontrar outro tipo de vegetação sapal, com uma paisagem privilegiada sobre arbustiva com espécies como o sanganho- a ria, onde se encontram regularmente aves -mouro, o tojo-do-sul e a aroeira. Uns metros à como as limícolas ou os coloridos flamingos. frente, chega-se a um lago do campo de golfe de São Lourenço, onde o caniço, a tabua e o
  • 30. 1 A E B C D perfil topográfico 50 0 0,25 0,5 km 0 0 1000 2000 perfil topográfico (m) trilho de s. lourenço 1 A Início do percurso Sapal e vista sobre o cordão dunar B Início do pinhal C Lagos de água doce e observatório de aves D Vista sobre a ria e o sapal E Ruínas romanas Percurso
  • 31. 29 ilha da culatra Nome Ilha da Culatra Freguesia Sé Concelho Faro Localização Ilha da Culatra Acessos Partindo de Olhão e apanhando o barco no cais, existe transporte todo o ano para esta ilha. Tipo Pedestre Percurso circular Não Distância 5,6 km (ida e volta) Duração média 2h Declive (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso) Tipo de caminho Passadiço de madeira e areal. Quando visitar? Todo o ano. Homologado Não Sinalizado Sim Interesse natural Zona húmida de sapal. Avifauna. Percurso integrado no Parque Natural da Ria Formosa e na Rede Natura 2000 (Sítio Ria Formosa/Castro Marim). Proprietários Caminhos públicos Ent(s). responsáveis Parque Natural da Ria Formosa, Câmara Municipal de Faro e Ambifaro
  • 32. 30 estorno Depois da viagem pela ria, e chegados à Ao chegar à praia, o percurso desenvolve-se Culatra, entra-se na aldeia onde se localiza o para o lado esquerdo. Os restos de conchas painel informativo deste percurso. Seguindo e as aves aquáticas marinhas são alguns dos pela rua principal, em direcção à praia, surge aspectos naturais observáveis até chegar a um passadiço de madeira que conduz o ca- um acesso, sinalizado com um tronco, que minhante ao longo do sistema dunar. leva a um passadiço que desemboca numa A vegetação dunar é bastante interessante enseada da ria. Aqui vai ter a oportunidade devido à sua adaptação às exigentes con- de observar as aves da ria – como o perna- dições de temperatura, de salinidade e de -vermelha, o maçarico-real, o pilrito-comum, fixação ao solo. Plantas como o malmequer- a chilreta, o corvo-marinho, a garça-real, en- das-praias, o tomilho-carnudo, a perpétua- tre muitas outras – enquanto aproveita para das–areias, o estorno, o feno-das-areias e o descansar. cardo-marítimo são algumas das espécies de O retorno faz-se pelo mesmo caminho. duna que mais abundam.
  • 33. 1 E D A B C perfil topográfico 50 0 0,25 0,5 km 0 0 1500 3000 perfil topográfico (m) ilha da culatra 1 A Início do percurso Vegetação de sapal B Vegetação dunar C Praia D Vegetação dunar E Vista sobre a ria Formosa Percurso
  • 34. 31 trilho de descoberta da natureza do centro de educação ambiental de marim Nome Trilho de descoberta da natureza do Centro de Educação Ambiental de Marim Freguesia Quelfes Concelho Olhão Localização Quinta de Marim Acessos Vindo na EN 125 no sentido Faro–Vila Real de Santo António, a 1 km depois de Olhão, virar à direita junto a uma bomba de gasolina. Aqui encontrará sinalizada a estrada de acesso à sede do PNRF. O Centro de Educação Ambiental do Marim é onde se realiza o percurso. Tipo Pedestre Percurso circular Sim Distância 3 km Duração média 01h30 Declive (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso) Tipo de caminho Caminho de terra e areal. Interesse natural Quando visitar? Avifauna. Sapal e lagos de água doce e água salobra. Todo o ano. Pinhal. Salinas. Percurso integrado no Parque Natural Homologado da Ria Formosa (PNRF) e na Rede Natura 2000 (Sítio Não Ria Formosa/Castro Marim). Sinalizado Proprietários Sim Instituto de Conservação da Natureza (ICN) Particularidades Entidade responsável Centro Interpretativo com equipamentos ICN (Parque Natural da Ria Formosa) e infra-estruturas de apoio a actividades de educação ambiental.
  • 35. 32 O percurso inicia-se numa área de pinhal do Centro de Educação Ambiental de Marim (CEAM) e segue em direcção ao Centro Interpretativo. Este percurso passa por um conjunto de pontos de interesse natural, como o pinhal, as salinas, as zonas de sapal e juncal, uma lagoa de água doce, uma zona de duna e outra de pomares de sequeiro. Nestes tipos de habitat pode-se observar uma grande variedade faunística, nomeadamente de avifauna. Espécies como a cegonha-branca, o chapim-real, o pernilongo, a garça-branca ou o galeirão são algumas das que aqui se encontram. Também a vegetação associada a cada zona do CEAM é particularmente in- teressante e diversificada. Integram ainda o percurso pontos de interes- se como uma barca do atum (barca de trans- porte de atum recuperada pelo PNRF), um moinho de maré, observatórios de aves, ruínas romanas (tanques de salga), um centro de recuperação de aves, um canil especializado no cão de água português, um parque de merendas e a casa do poeta João Lúcio. No Centro Interpretativo poderá adquirir publicações, ver exposições e obter informa- ções associadas à temática ambiental e à ria Formosa, em particular.
  • 36. O M L P N 1 K A J B I C G H F D E 50 perfil topográfico 0 0,25 0,5 km 0 0 1500 3000 perfil topográfico (m) percurso pedestre 1 Início do percurso I Sapal no centro de educação A Centro Interpretativo de Marim J Lagoa de água doce e observatório de aves ambiental de marim B Pinhal K Tanques de salga (ruína romana) C Salinas L Pomares de sequeiro D Tanques de piscicultura M Centro de recuperação de aves E Barca do atum N Nora F Juncal O Canil de cão de água português G Dunas P Parque de merendas H Moinho de maré Percurso
  • 37. 33 trilho da praia do barril Nome Trilho da Praia do Barril Freguesia Santa Luzia Concelho Tavira Localização Pedras d’ El Rei Acessos Na EN 125, entre Luz de Tavira e Tavira, siga a indicação para Pedras d’ El Rei. Depois de atravessar o aldeamento, o percurso inicia-se junto ao passadiço que atravessa a ria. Tipo Pedestre Percurso circular Não Distância 3 km (ida e volta, excluindo o percurso na praia) Duração média 01h15 Declive (ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso) Tipo de caminho Passadiço e areal. Quando visitar? Todo o ano. Homologado Não Sinalizado Sim Interesse natural Zona húmida de sapal. Avifauna. Percurso integrado no Parque Natural da Ria Formosa e na Rede Natura 2000 (Sítio Ria Formosa/Castro Marim). Proprietários Caminho público Ent(s). responsáveis Câmara Municipal de Tavira e ICN (Parque Natural da Ria Formosa)
  • 38. 34 O trilho da praia do Barril começa no acesso aves limícolas (pilrito, tarambola, borrelho, à praia, percorrendo uma extensa zona de seixoeira, pernilongo, alfaiate, etc.), as gaivo- sapal até às dunas e ao antigo arraial, agora tas e gaivinas ou ainda as garças. adaptado a apoio de praia. Chegando à praia, o percurso pode seguir Trata-se de um percurso interessante para para os dois lados do areal: no direito, na observar as aves da ria e a vegetação dunar e área de recuperação do cordão dunar prote- do sapal, em particular durante a maré baixa, gido com paliçadas, pode-se observar uma altura em que uma extensa zona de vasa, variada vegetação autóctone; no esquerdo, onde se alimentam aves e vivem espécies sugere-se a leitura do painel informativo que interessantes como o caranguejo boca-cava- permite conhecer um pouco mais a história -terra, se encontra descoberta. Das espécies que envolve o cemitério de âncoras. de aves que aqui volteiam destacam-se as
  • 39. 1 A B D E C perfil topográfico 50 0 0,25 0,5 km 0 0 750 1500 perfil topográfico (m) trilho da praia do barril 1 A Início do percurso Sapal B Vista sobre o lado norte do sistema dunar C Duna D Arraial, adaptado para apoio de praia E Cemitério de âncoras Percurso
  • 41. barrocal 37. Parque Municipal do Sítio das Fontes 39. Percurso do Castelo de Paderne 41. Percurso do Cerro de São Vicente 43. Percurso Pedestre da Rocha da Pena 45. Percurso Pedestre da Fonte Benémola 47. Caminhos e encruzilhadas de ir à Fonte
  • 42. parque 37 municipal do sítio das fontes Nome Parque Municipal do Sítio das Fontes Freguesia Estômbar Concelho Lagoa Localização Sítio das Fontes Acessos Seguindo pela A22, sair em direcção a Silves e pros- seguir na direcção da estação ferroviária. Na rotunda seguinte, virar à direita até encontrar uma placa com a indicação do parque municipal. O percurso tem início junto ao parque de estacionamento. Tipo Pedestre Percurso circular Não Distância 1,2 km (ida e volta) Duração média Particularidades 30 min. Possui infra-estruturas de apoio aos visitantes (por ex. Declive o Centro de Interpretação da Natureza, o parque de (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso) merendas, o circuito de manutenção ou o parque Tipo de caminho infantil). Caminho de terra. Interesse natural Quando visitar? Nascentes. Diversos tipos de habitat. Todo o ano. Rede Natura 2000 (Sítio Arade/Odelouca). Homologado Proprietários Não Caminhos públicos Sinalizado Entidade responsável Sim Câmara Municipal de Lagoa
  • 43. 38 aroeira O Sítio das Fontes fica localizado nas mar- Continuando pelo caminho sinalizado, en- gens de um esteiro do rio Arade. Este lugar contram-se as fontes que originaram o nome ocupa uma pequena área com uma elevada do parque, assim como um açude e o res- diversidade de ambientes, passando por pectivo moinho de maré. Junto a este último, zonas de sapal, paul, matagal mediterrânico, na zona de sapal, vêem-se algumas espécies vegetação ripícola e planos de água doce, típicas deste habitat, como a gramata ou o salobra e salgada. junco-das-esteiras. No início do percurso pode-se observar uma Nos terrenos em redor do percurso subsis- nora, que serviu em tempos para regar cam- tem os pomares de sequeiro e as zonas bas- pos agrícolas e hortas, entretanto abando- tante desenvolvidas de lentiscal e matagal. nadas. Pode-se ainda visitar o Centro de In- Todo o percurso proporciona bons pontos terpretação da Natureza (CIN), situado num de observação da fauna local, em particular antigo edifício rural restaurado, e conhecer das aves aquáticas e das aves associadas ao uma Estação de Tratamento de Águas atra- matagal mediterrânico. vés de Plantas (ETAP).
  • 44. E D C A B 1 perfil topográfico 50 0 0,25 0,5 km 0 0 400 800 perfil topográfico (m) parque municipal 1 A Início do percurso Centro de Interpretação da Natureza (CIN) sítio das fontes B Fontes C Açude e moinho D Lentiscal E Vista panorâmica Percurso
  • 45. 39 percurso do castelo de paderne Nome Percurso do Castelo de Paderne Freguesia Paderne Concelho Albufeira Localização Em torno do Castelo de Paderne Acessos Na A22, sair na direcção de Albufeira, virar para Ferreiras e aqui seguir as indicações até Paderne. Em Paderne, seguir na estrada para o castelo. Este percurso pode ter início no cami- nho que vem de Paderne ou na Azenha do Castelo. Tipo Pedestre Percurso circular Sim Distância 4,5 km Duração média 01h30 Declive (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso) Tipo de caminho Caminho de terra. Quando visitar? Todo o ano. Homologado Não Sinalizado Sim Particularidades Castelo de Paderne. Em altura de chuvas o açude pode ficar intransitável, o que implica que o percurso seja realizado no sentido contrário ao da descrição. Interesse natural Galeria ripícola e zimbral. Está inserido no Sítio Ribeira de Quarteira da Rede Natura 2000. Proprietários Caminhos públicos e privado Ent. responsável CCDR-Algarve Observações Existe outro percurso na mesma área.
  • 46. 40 medronheiro O percurso desenvolve-se ao longo das duas atribui origem romana) e daqui pode-se con- margens da ribeira de Quarteira. Iniciando tinuar pela margem esquerda, ao longo do o percurso junto à Azenha do Castelo, atra- vale onde existe uma faixa estreita de várzea vessa-se o açude e segue-se pela margem com algum alfarrobal e olival. Vale a pena su- direita da ribeira. bir até ao castelo, onde a vista sobre o vale e Neste vale, de encostas íngremes, é possível as áreas circundantes é especialmente bela. observar uma grande variedade de plantas, Em relação à fauna, há registos da presença como por exemplo a marioila, várias espé- de mamíferos como a lontra, a doninha, o cies de Cistus, a palmeira-anã, a aroeira, o morcego-rato-pequeno, o ouriço-cacheiro, sargaço, o medronheiro, o carrasco, o trovisco, entre outros, podendo-se facilmente obser- o zambujeiro, o zimbro ou os narcisos. As var algumas aves típicas do bosque mediter- margens da ribeira são dominadas pela cana, rânico, aves aquáticas e até alguns anfíbios tamargueira, pelo loendro e pelo freixo. e répteis. Para chegar à margem esquerda da ribeira, segue-se por uma ponte (a que a tradição
  • 47. 1 A 2 E B C D 100 100 perfil topográfico perfil topográfico 0 0,25 0,5 km 0 0 0 1250 2500 0 500 1000 perfil topográfico (m) perfil topográfico (m) (subida) percurso do castelo 1 2 Início do percurso no caminho de Paderne Início do percurso com partida da azenha de paderne A Azenha e açude B Vegetação das margens da ribeira C Ponte romana D Castelo de Paderne E Várzea Percurso
  • 48. 41 percurso do cerro de são vicente Nome Percurso do Cerro de São Vicente (PR2) Freguesia Paderne Concelho Albufeira Localização Paderne Acessos Tomando a A22, sair na direcção de Albufeira, seguir para Ferreiras e aqui tomar as indicações para Pader- ne até ao Estádio João Campos. O percurso tem início no lado da Capela de Nossa Senhora ao Pé da Cruz. Tipo Pedestre Percurso circular Sim Distância 11 km Duração média 03h30 Declive (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso) Tipo de caminho Caminhos rurais e estrada asfaltada. Quando visitar? Todo o ano. Homologado Sim Sinalizado Sim Particularidades Proprietários Poderá não ser possível passar a ribeira de Algibre na Caminhos públicos época das chuvas. Entidade responsável Interesse natural Câmara Municipal de Albufeira O percurso está inserido em zona de Rede Natura Observações 2000 (Sítio Barrocal). Inserido em zona de caça.
  • 49. 42 Partindo junto à Capela de Nossa Senhora ao Pé da Cruz, atravessa-se a ribeira de Quartei- ra pela ponte D. Carlos I, também conhecida por ponte de Paderne. À medida que des- ponta o cerro de S. Vicente, deixa-se para trás uma paisagem mais humanizada. Antes de se iniciar a subida, o caminho é ladeado por pomares de sequeiro com figueiras, alfarrobeiras e amendoeiras. Na su- bida, a paisagem é dominada por pequenas propriedades agrícolas. Alguma da vegeta- ção arbustiva já indicia a típica vegetação mediterrânica, com a presença de espécies como o zimbro, a aroeira, o carrasco ou o rosmaninho. Já no cimo, entra-se numa zona de carrascal e alfarrobal. A partir deste ponto, é possível ter uma vista panorâmica sobre vastas áreas em redor, nomeadamente sobre Paderne, sobre zonas de matagal típico do Barrocal algarvio ou até sobre a auto-estrada, que provoca um grande impacto visual na paisagem. Na descida para o vale, as espécies roselha- -grande, marioila, medronheiro, sargaço, car- rasco, trovisco, tojo-galego e tojo-do-sul são as mais representadas da típica vegetação mediterrânica. Já no vale, a paisagem é composta de poma- res de alfarrobeiras e de citrinos. A parte final do percurso desenvolve-se primeiro na zona de várzea da ribeira de Alte e, depois, na várzea da ribeira de Algibre. Nesta última, a passagem para a outra margem é feita a vau ou por cima de pequenas pedras. Figueiras, oliveiras, vinhas e a típica vegeta- ção ripícola acompanham o percurso até ao ponto de partida. No que diz respeito aos vertebrados, destaca-se a fauna aquática ou associada às ribeiras: a lontra, o cágado- -mediterrânico ou peixes como o bordalo e a boga-de-boca-arqueada. carrasco
  • 50. E F 1 D C A B perfil topográfico 300 0 0,25 0,5 km 0 0 6000 12000 perfil topográfico (m) percurso do cerro 1 Início do percurso (Capela Nossa Senhora do Pé da Cruz) D E Vale com pomares Ribeira de Alte de são vicente A B C Vista panorâmica Ruínas do moinho de São Vicente Vegetação mediterrânica F Ribeira de Algibre Percurso
  • 51. 43 percurso pedestre da rocha da pena Nome Percurso Pedestre da Rocha da Pena Freguesias Salir e Benafim Concelho Loulé Localização Rocha da Pena Acessos De Loulé, seguir até Salir e tomar a EN 124 em direc- ção a Alte. Antes de chegar à aldeia da Pena, seguir para a Rocha da Pena. O percurso começa na Rocha. Tipo Pedestre Percurso circular Sim Distância 6,4 km Duração média 2h Declive (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso) Tipo de caminho Caminho pedregoso e carreiros. Quando visitar? Fora da época estival e de dias muito quentes. Homologado Não Sinalizado Sim Particularidades Afloramento rochoso monumental. Paisagem cársica. Interesse natural Proprietários Paisagem. Vegetação. Avifauna. Percurso integrado no Caminhos públicos Sítio Classificado da Rocha da Pena e no Sítio Barrocal Entidade responsável da Rede Natura 2000. Câmara Municipal de Loulé
  • 52. 44 roselha-grande O percurso inicia-se com uma subida acen- Durante o percurso será possível ver um con- tuada até ao planalto, que atinge os 479 me- junto muito significativo da flora e da fauna tros de altitude no Talefe. típicas do Barrocal e da Serra algarvios. A Rocha da Pena situa-se numa zona de A vista sobre extensas paisagens em redor é transição entre o Barrocal e a Serra, pelo que também um dos principais atractivos deste apresenta especial diversidade biológica. percurso. Ainda no planalto, é particularmente Bosques mistos de azinheiras e zimbros, car- interessante ver o muramento rochoso, cuja rascais e espécies como o alecrim, a rosa- origem se julga remontar à Idade do Ferro. -albardeira, a roselha-grande ou a palmeira- Em seguida, o percurso desce até à aldeia da -anã fazem parte da elevada diversidade de Penina e daí até à Rocha, por um caminho plantas deste sítio classificado. Na fauna, des- de onde se contempla a escarpa virada a sul taca-se a águia de Bonelli, que em tempos em grande parte da sua extensão. recentes aqui nidificava com regularidade, ou ainda algumas espécies de morcegos cavernícolas que aqui têm uma importante colónia de hibernação e criação.
  • 53. B D C E A F G 1 500 200 0 3500 7000 perfil topográfico (m) 0 0,25 0,5 km percurso pedestre 1 A Início do percurso Vegetação mediterrânica E F Talefe e vista panorâmica Aldeia da Penina da rocha da pena B Vista panorâmica (Norte) G Vista sobre a escarpa C Vista panorâmica (Sul) Percurso D Amuralhamento rochoso
  • 54. 45 percurso pedestre da fonte benémola Nome Percurso Pedestre da Fonte Benémola Freguesia Querença Concelho Loulé Localização Fonte Benémola Acessos De Loulé, em direcção a Salir, virar no cruzamento da Tôr para Querença na EM 524. Depois de atravessar a ponte sobre a ribeira da Fonte Menalva, seguir na estrada ao longo da ribeira até virar para o lado esquerdo, em caminho de terra. Tipo Pedestre Percurso circular Sim Distância 4,4 km Duração média 01h30 Declive (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso) Tipo de caminho Caminho de terra. Quando visitar? Todo o ano. Homologado Não Sinalizado Sim Particularidades Nascentes Interesse natural Galeria ripícola. Nascentes. Percurso integrado no Sítio Classificado da Fonte Benémola e no Sítio Barrocal da Rede Natura 2000. Proprietários Caminhos públicos Ent. responsável Câmara Municipal de Loulé
  • 55. 46 Tudo começa no “Fica Bem”, seguindo-se por um caminho de terra ao longo do vale que apresenta alguns campos agrícolas e pomares. Nas encostas do vale, a vegetação é a típica do Barrocal, embora no final do percurso exista uma zona de solos xistosos dominados por esteva e sobreiro. Ao longo da ribeira da Fonte Menalva desen- volve-se uma densa e diversificada galeria ripícola composta de espécies como o freixo, a tamargueira, o salgueiro-branco, o loendro, o folhado ou o choupo-branco. A ribeira é o habitat de algumas espécies im- portantes do ponto de vista da conservação da natureza, como os cágados, a lontra, o guarda-rios, entre muitas outras espécies de vertebrados. Também as zonas adjacentes à ribeira são de particular relevância, pela pre- sença de um invulgar número de espécies da fauna e da flora algarvias. A ribeira da Fonte Menalva mantém um caudal ao longo de todo o ano, devido à presença de algumas nascentes. Isto mesmo durante o Verão e, em particular, a jusante da Fonte Benémola. cágado-mediterrânico O percurso dispõe de uma zona de merendas.
  • 56. F E D C B G A 1 200 0 0,25 0,5 km 100 0 2500 5000 perfil topográfico (m) percurso pedestre 1 A Início do percurso E F Nascentes de fonte benémola B Forno de Cal Campos agrícolas e pomares G Zona de merendas Cesteiro e venda de artesanato C Vista sobre a várzea da Percurso ribeira da Fonte Menalva D Vegetação ribeirinha
  • 57. 47 caminhos e encruzilhadas de ir à fonte Nome Caminhos e encruzilhadas de ir à Fonte Freguesia S. Brás de Alportel Concelho S. Brás de Alportel Localização Partida e chegada na Fonte da Mesquita. Acessos Chegando a S. Brás Alportel, entrar na EN 270 em direcção a Tavira e virar à direita no cruzamento para a Fonte da Mesquita. O percurso tem início no cruza- mento da Fonte Mesquita. Tipo Pedestre Percurso circular Sim Distância 9 km Duração média 3h Declive (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso) Tipo de caminho Caminhos rurais e estrada asfaltada. Quando visitar? Todo o ano. Homologado Não (em fase de homologação) Sinalizado Sim Particularidades Existência de um geoponto, moinho de água e azenha. Interesse natural Diversos tipos de habitat. Paisagem. Proprietários Entidade responsável Caminhos públicos Câmara Municipal de São Brás de Alportel
  • 58. 48 O percurso inicia-se em antigos caminhos Ao tomar a direcção sul, existe um sobreiral rurais ladeados por campos agrícolas. A que se estende ao longo deste troço, que é descida do caminho da Bugia conduz a uma percorrido por estrada. vista panorâmica de grande diversidade No monte das Favas é possível também paisagística. Entre os típicos pomares de se- desfrutar uma vista panorâmica sobre o vale queiro, que dominam a paisagem, é possível adjacente e ainda observar uma grande encontrar manchas de vegetação natural do variedade de espécies típicas de zonas agrí- Barrocal, dominadas por espécies como a colas, em particular passeriformes. rosa-albardeira, o carrasco, a roselha-grande O percurso continua até ao geoponto, que e o tomilho-de-creta. dispõe de um painel informativo em que se Chegando à ribeira do Bengado podem-se destaca a brecha calcária, rocha ornamental ver algumas infra-estruturas hidráulicas e de grande beleza. Já no final, explora-se uma uma diversificada vegetação ripícola. Nos zona onde os pomares de sequeiro tradi- campos agrícolas anexos, grande parte da cional vão dando lugar a povoamentos de paisagem é dominada por um extenso olival alfarrobeiras, sobreiros e azinheiras. e ainda por pomares de sequeiro e hortas.
  • 59. A B C 1 D E F 400 0 0,25 0,5 km 100 0 4500 9000 perfil topográfico (m) caminhos 1 A Início do percurso Vista panorâmica E F Geoponto Moinho de água e encruzilhadas B Vale da ribeira do Bengado Percurso de ir à fonte C D Sobreiral Vista panorâmica
  • 61. serra 51. À Descoberta da Mata - Percurso Vermelho 53. À Descoberta da Mata - Percurso Lilás 55. Trilho da Fóia 57. Percurso do Lagoão 59. Percurso da Masmorra 61. Percurso D. Quixote 63. Percurso da Reserva 65. Barranco das Lajes 67. Entre Vales, Fontes e Memórias da Serra do Caldeirão
  • 62. 51 à descoberta da mata - percurso vermelho Nome À Descoberta da Mata - Percurso Vermelho Freguesia Barão de S. João Concelho Lagos Localização Mata de Barão de São João Acessos Pela A22, seguir até Bensafrim e depois de atravessar esta localidade virar à direita para o Barão de São João. O percurso tem início próximo do Centro Cultural desta povoação. Na direcção norte, existe um painel informativo da Direcção Regional de Agricultura do Algarve. Tipo Pedestre Percurso circular Sim Distância 12 km Duração média 4h Declive (Ver gráfico do perfil topográfico no mapa do percurso) Tipo de caminho Caminho de terra. Quando visitar? Fora da época estival e de dias muito quentes. Homologado Não Sinalizado Sim Interesse natural Vistas panorâmicas. Rede Natura 2000 (Sítio Costa Sudoeste). Proprietários Caminhos públicos Ent. responsável Câmara Municipal de Lagos Observações Parte do percurso está inserida em zona de caça.
  • 63. 52 esteva Do início do percurso à casa do guarda, a nas linhas de água. O coberto vegetal tem paisagem é dominada por acácias. Pontual- espécies como a aroeira, o medronheiro, a mente, nos limites desta mancha, encontram- marioila, o zambujeiro, o carrasco e diversas -se zonas de pinhal e esteval. Mais à frente, o espécies de Cistus, embora o tojo-galego e o percurso entra numa zona onde a paisagem rosmaninho sejam mais abundantes. muda para um coberto vegetal disperso de Nos mamíferos registados da mata podem- tomilho-peludo, tojo-galego, quiroga, esteva -se observar as lebres e os coelhos-bravos ou e alguns sobreiros. ainda sinais de javali e de carnívoros como a Na parte intermédia do percurso, que decorre raposa, a geneta ou o sacarrabos. Nas aves, é entre a Vinha Velha e Relvas, existem pontos comum um conjunto alargado de passerifor- que permitem contemplar a paisagem serrana. mes, sendo possível detectar também aves Do limite sueste da mata até ao início do de rapina como o mocho-galego, a águia-de- percurso passa-se por uma área de estreitos -asa-redonda ou a águia de Bonelli. barrancos, circulando-se ao longo de peque-