Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Pacto EM
1. PACTO E M
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
PEDAGÓGICO NO ENSINO MÉDIO
PROFESSORAS: CLAUDIA ADONA
CLEOMARA ROSSETTI
ELIETE MARCOLINA
GLEIDE MARTINI CAVASSOLA
LILIANE T. P. POLEZ
MADALENA GALVAN
ROSICLEI MARTINI
SIMONE M. P. FERRI
2. REFLEXÃO E AÇÃO:
CONSELHO ESCOLAR O QUE É?
Podemos pensar na educação como o principal pilar
em que se apoia o grau de desenvolvimento social de
uma nação. Não se pode negar que a gestão
democrático-participativa é altamente necessária para
que a escola tenha condições mínimas de responder
aos anseios da sociedade, na formação do indivíduo
para o trabalho e para a vida. Uma das instâncias de
vivência democrática na escola e na comunidade
onde esta se insere é o Conselho Escolar.
3. Esta instância é formada pelos diversos segmentos da
comunidade escolar: professores, funcionários da escola,
pais... Enfim, os membros que, direta ou indiretamente,
estão ligados ao processo educacional. Ele é responsável
pelo estudo e planejamento, debate e deliberação,
acompanhamento, controle e avaliação das ações do
dia-a-dia da escola tanto no campo pedagógico,
articulando as ações, acompanhando os alunos que estão
nos Programas desenvolvidos no ambiente interno da
escola, em relação ao seu rendimento escolar, quanto no
administrativo e financeiro, direcionando o gasto das
verbas federais, estaduais e municipais de modo a garantir
a melhor aplicabilidade desses recursos. Erroneamente,
muitas pessoas pensam que ele serve apenas para
fiscalizar, conduzir a aplicabilidade dos recursos que
chegam à escola.
4. Com base na boa articulação entre os
membros dos Conselhos Escolares em cada
escola e comunidade, é possível construir uma
identidade da escola, gerar uma
funcionalidade enquanto instituição social que
atenda às expectativas de seu público e da
comunidade da qual faz parte e,
principalmente, se mostrar como um órgão de
natureza democrática, onde a comunidade a
qual ela serve, cria a sua própria história.
5. Não é a toa que a gestão da escola e do
sistema de ensino ao qual ela está subordinada
é objeto de muita preocupação do meio
acadêmico e dos profissionais que trabalham
no dia-a-dia da rotina escolar. É possível a
construção de espaços para que a ação do
Conselho Escolar transforme a realidade da
democracia na gestão da escola e do sistema
de ensino, enfocando que não se faz
democracia sem o empenho de todos que
fazem parte da comunidade escolar e do
sistema de ensino.
6. É de suma importância que o
Conselho Escolar exerça
constantemente a tarefa de avaliar
a escola como um todo e faça da
auto avaliação um dos momentos
mais importantes em sua atuação,
que deve ser transparente e mais
próxima da comunidade.
7. Deve haver o aprofundamento
das questões aqui levantadas,
bem como a mobilização da
comunidade como um todo no
tocante ao processo de
envolvimento diário com o
cotidiano da escola. Dessa
forma, a democracia é
fortalecida.
8. O QUE É GRÊMIO ESTUDANTIL?
O grêmio estudantil representa os
estudantes da escola. Seu maior
objetivo é unir e movimentar os
estudantes para a discussão de seus
direitos e deveres, debatendo
assuntos diversos sobre escola,
comunidade e sociedade.
9. O QUE É O CONSELHO DE CLASSE?
O conselho de classe é um dos mais
importantes espaços escolares, pois,
tendo em vista seus objetivos, segundo
Dalben (2004), "é capaz de dinamizar o
coletivo escolar pela via da gestão do
processo de ensino, foco central do
processo de escolarização. É o espaço
prioritário da discussão pedagógica.”
10. De fato é mais do que uma reunião
pedagógica; é parte integrante do
processo de avaliação desenvolvido pela
escola. É o momento privilegiado para
redefinir práticas pedagógicas com o
objetivo de superar a fragmentação do
trabalho escolar e oportunizar formas
diferenciadas de ensino que realmente
garantam a todos os alunos a
aprendizagem.
11. Cumpre, portanto, a todos os profissionais
da educação realizar enfrentamentos no
sentido de superar a estrutura de
conselho de classe autoritária,
burocrática e excludente, que serve mais
para legitimar o fracasso escolar do que
para reorganizar o trabalho pedagógico
e, mais especificamente, o trabalho
educativo didático que se concretiza na
relação aluno-professor.
12. Enfrentar esses limites significa ir para além
da concepção do conselho de classe
como uma forma de concessão de
“chances” para os alunos ou de
resolução de conflitos entre professor e
aluno. Ou seja, o coletivo docente não
pode se reunir apenas para dividir os
problemas e para que obtenham a
aprovação tácita do grupo sobre um
processo avaliativo que prioriza a nota e
não as reais possibilidades de evolução
do aluno.
13. De acordo com MATTOS (2005),
“não é o espaço de
comparação de alunos em que
se valida a construção de
imagens dos alunos e alunas,
feitas pelos docentes, no
decorrer do ano letivo.”
14. O que é e para que serve o PPP?
Constitui-se em um documento produzido
como resultado do diálogo entre os
diversos segmentos da comunidade
escolar a fim de organizar e planejar o
trabalho administrativo-pedagógico,
buscando soluções para os problemas
diagnosticados.
15. O PPP, além de ser uma obrigação
legal, deve traduzir a visão, a missão,
os objetivos, as metas e as ações que
determinam o caminho do sucesso e
da autonomia a ser trilhado pela
instituição escolar.
16. Como se faz o PPP?
Considerada a legislação vigente e orientada,
sobretudo, pelo Parecer CEE 405/2004, a escola,
representada pelos diferentes segmentos que
constituem sua comunidade, diagnostica a
realidade administrativo-pedagógica, social,
estrutural e educacional e, a partir dos dados
resultantes do diagnóstico, traça objetivos,
propõe metas, planeja ações para que, ao
longo de um período letivo, alcance sucesso na
aprendizagem do aluno.
17. Este é um processo fundamental
para o êxito da escola: a cultura do
diagnóstico e da avaliação (como
tomada de decisão) em movimentos
de ação, reflexão sobre a ação, e
ressignificação de ação.
18. Fazer o PPP implica em planejamento
de todas as atividades no âmbito
escolar, execução das ações
previstas, avaliação do processo e
retomada. Isto somente é possível se
instituída a prática do registro e da
reflexão sobre ele.
26. Pode-se objetar que a questão educacional tem sido
amplamente discutida e se tornado objeto de
considerações as mais diversas, tanto do ponto de vista
teórico, quanto das articulações práticas que mantém
com a vida social. O tema tem sido abordado também
no plano dos relacionamentos que arquiteta com as
diversas formas de conhecimento, os processos
produtivos, as inovações tecnológicas e a vida cultural.
Pode-se mesmo sugerir, face a essas considerações,
que não caberia outro esforço para escavar
fundamentos velhos ou novos, pois ele não mais se
apresenta virgem à inocência do entendimento.
27. Conclusão:
Para nosso conforto intelectual, podemos verificar que a
questão educacional alarga continuamente seu ponto
de inflexão e o coloca para além dos anteriormente
referidos e das interconexões que estabelecem entre si.
Neste contexto, queremos acentuar a vinculação entre
Educação e a ação formadora do ser humano, bem
como o modo como essa vinculação se concretiza em
diversas situações históricas. Esta perspectiva abre
novas pistas que direcionam nosso espírito a um retorno
original à natureza fundante da ação pedagógica:
precisamos ir ao seu encalço.
28. Podemos dizer que a partir dos tempos
clássicos, o conceito de cidadão se consolidou
e incorporou outros grupos e indivíduos. Após a
Revolução Francesa, estende-se
progressivamente o reconhecimento de
cidadania a um universo cada vez mais amplo
da população, desde que preenchesse a
condição constitutiva: a da liberdade e da
autonomia.
29. Por isso, devem ser indicadas em que condições a
liberdade e a autonomia - princípios constitutivos - se
manifestam na cidadania. O cidadão é livre porque
está certo de que sua vontade não será impedida de
ser proclamada por injunções que lhes são externas. Ele
sabe que essa vontade implica responsabilidade e se
articula às vontades de todos os outros cidadãos
reunidos no mesmo espaço e tempo social. Seguindo
esse rastro, a ideia de formação para a cidadania
começa a ser dimensionada. Tendo em vista que as
condições da cidadania são construídas, a Educação
ganha papel central nesse processo.
30. O exercício de cidadania compreende duas ações
interdependentes: a primeira refere-se à participação lúcida
dos indivíduos em todos os aspectos da organização e da
condução da vida privada e coletiva; e a segunda, à
capacidade que estes indivíduos adquirem para operar
escolhas. Ambos os aspectos caracterizam o sujeito
identificável como cidadão. Como já apontamos que o
exercício da cidadania pressupõe a liberdade, a autonomia
e a responsabilidade, fica evidente que se constitui um dever
dos cidadãos participar na organização da vida social. Essa
organização deve assegurar a todos o exercício da
liberdade e da responsabilidade.