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Memorial Descritivo Por Marina Alessandra de Oliveira Minha vida escolar começou em uma pequena escolinha pertinho de casa, chamada Escola Municipal Pequeno Príncipe, onde só tinha a pré-escola. Minha mãe me colocou aos 5 anos no jardim e depois aos 6 estava na pré- escola no mesmo estabelecimento em Terra Rica, Paraná. 
Mas no mês de Abril por aí, a minha professora Maria Rosa disse que eu tinha condições de iniciar no primeiro ano e então eu deixei meus amiguinhos dessa escola e fui estudar na Escola Estadual Rosalina de Moraes na qual finalizei a primeira etapa do Ensino Fundamental, naquela época de 1º a 4º, foi uma fase maravilhosa de minha infância, fiz meus melhores amigos, que guardo em meu coração até hoje, de meus mestres nunca esquecerei, professora Madalena, pela sua rigidez, Ermínia, pela sua sensibilidade, Helena Carbonaro, por sua braveza, Cleusa que me deu meu primeiro livro por eu ter ganho um concurso de redação, nunca me esquecerei do “Caso da Borboleta Atíria”, da sessão Vagalume e de “Sonhos de uma Noite de Verão, foi ela que me apresentou na 4ª série, quem diria, Wilian Shakespeare e outras não menos importantes... 
No ano de 1992, iniciei ginásio como era chamado esse colégio, de 5º a 8º na Escola Estadual Santo Inácio de Loyola, compreendi a dificuldade de ter várias disciplinas e professores, alunos repetentes, a minha 5ª série foi traumática, fui ameaçada por ser uma aluna dedicada pelos repetentes, aprendi que não se deve aparentar ser o melhor aluno para não ser tachado de cdf, então eu sempre disfarçava, comecei a sentar no fundo da sala, fazer amizades com os líderes, evitando assim confusão. No entanto, tenho que reconhecer que tive os melhores professores, personagens decisivos e inesquecíveis para a formação de meu caráter e personalidade, e principalmente lembrar que foram minhas professoras de Língua Portuguesa que sempre me incentivaram a ler, escrever, com elogios, me incentivando a participar de concursos, a escrever meus diários de adolescência, onde eu registrava todos os meus conflitos, minhas alegrias, curiosidades de menina. Contava nessa época também com algumas amizades que se concretizaram
no Ensino Médio, amigas das quais nunca me esquecerei, e que toda vez que retorno a minha pequena cidadezinha do interior paranaense, não as deixo de rever. Lembro-me que estudar para mim era algo prazeroso em todos os aspectos, diferente do que meus alunos pensam hoje, eu ia para a escola já inteirada do que iria acontecer, sabia dos horários de cor, sabia que minha família apostava em mim, o incentivo de meus pais e irmãos era visível, como filha caçula, não os podia decepcionar. E por ser de família humilde, sempre me falaram que seria através do estudo que poderia ter uma vida melhor, nas minhas turmas tínhamos alunos de todas as classes, filhos de médicos, de professores, de agricultores, e todos se respeitavam, éramos muito unidos. Levávamos lanches para fazermos piqueniques na hora do intervalo, nos reuníamos à tarde para estudarmos, fazer trabalhos, reciclávamos papel, fazíamos excursões aos lixões da cidade, às usinas da região, íamos muito à biblioteca municipal, etc... 
Em 1996 quando terminei a 8ª série, esse colégio abriu um Ensino Médio diferenciado com um curso voltado para a área de Informática que estava sendo uma descoberta naquela época nas cidades do interior do estado. Então lembro que fiquei bem confusa quanto ao meu futuro profissional, pois eu tinha várias opções de cursos, Magistério, Informática, Contabilidade, esses três me Educação Geral, que era mais preparatório para os Vestibulares. Na época, minha mãe que era minha importante conselheira, me sugeriu fazer o Curso de Técnico em Informática. E foi por esse que optei, pela opinião de minha mãe que foi sempre muito sábia e por gostar do ambiente que os estudos naquela escola me proporcionava. No primeiro ano tínhamos turmas de manhã e a tarde, mas no segundo ano, por não ter formado turmas, o curso ficou apenas no Vespertino e no Noturno. Nessa época, comecei a trabalhar no comércio de manhã e a tarde estudava, adorava as aulas dos professores de Informática, que vinham de Paranavaí e da Região. Fiz amizade com uma de minhas professoras de programação e ela me incentivou bastante a prestar Vestibular, a ir me preparando para a faculdade. Foi nesse objetivo então que eu me fixei durante meus últimos anos do Ensino Médio, e comecei a fazer testes vocacionais, estudar apostilas do Nobel com algumas amigas minhas que faziam cursinho, e pela minha paixão pela escrita, pela literatura e língua
inglesa, decidi que queria fazer jornalismo, letras ou história. Por morar numa cidade do interior e não ter muitas condições financeiras para morar fora para fazer jornalismo, que só tinha em Maringá na época. 
Então no final de 1998 ainda cursando o 3º ano, consegui passar no primeiro vestibular que eu fiz para Letras da Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Paranavaí-FAFIPA, e em 199 já estava cursando o meu 1º ano, como acadêmica, era um mundo novo aquele que eu estava descobrindo, uma nova perspectiva de vida, conheci inúmeras pessoas, de vários lugares, pessoas positivas, sonhadoras, solidárias, pessoas que carrego comigo sempre, pois aprendi muito com elas, as guardo em meu coração e meus olhos se enchem de lágrimas quando me recordo de todos os momentos que passei durante aqueles quatro anos de experiência de vida. Adorei o curso, os professores eram excelentes, Professor Carlos, Elmita, Regina, entre outros... Fizeram despertar em mim a vontade de querer sempre estudar, de lutar pelos meus objetivos mesmo com todas as dificuldades. 
Sendo assim logo no último semestre da Universidade, meus professores se mobilizaram e abriram uma Especialização que tinha como público alvo a nossa turma, porque a maioria dos acadêmicos queria já sair da Graduação com o pé na Especialização, tínhamos planos de ir embora, procurar mercado de trabalho, alguns queriam ir para fora do país. Então concluí minha faculdade em 2002, e em Junho de 2003, já era pós-graduada em Literaturas de Língua Portuguesa. E estava trabalhando como professora de inglês convocada na Escola Estadual Cândido Berthier Fortes, minha primeira experiência como Teacher, as minhas expectativas de mudar o mundo caíram por terra quando me deparei com a realidade dos alunos, eu lecionava a noite e tive muitas dificuldades para ensinar Língua Inglesa para alunos que estavam fora da escola há anos. Porém, era gratificante pelo respeito e amizade que eles tinham pelos professores, às vezes bem mais novos como eu, por exemplo. Aprendi a gostar de ser professora e a sentir orgulho de ser chamada como tal. 
No ano seguinte, 2003, depois de finalizada a Especialização tinha que defender minha Monografia, e por outro lado tinha necessidade de me aventurar por outros estados para exercer minha profissão, porque no Paraná
os professores convocados não lecionavam durante dois anos seguintes, para não criar vínculo com o estado, assim, mandei um currículo para o Norte do Mato Grosso por um amigo, e fui chamada. Vendi umas coisas e fui trabalhar em Marcelândia-MT, foram os anos de experiência em sala de aula mais gratificantes, lá eu aprendi a lecionar de verdade. Trabalhava três períodos, era muito valorizada, atuei em escolas particulares de inglês e em escolas públicas estaduais. Terminei minha formação no Fisk e comecei a lecionar inglês para os pequenos e níveis iniciais, aprendi muito nessa faz, não esqueço minhas incentivadoras Professoras Sônia, Eloá e Melissa. Em 2005, nasceu minha filha, e pela distância que eu estava da minha família, achei que era hora de voltar para o Paraná ou outro estado mais perto, foi então que resolvi a incentivo de meu companheiro na época, fazer o concurso do Estado de Mato Grosso do Sul pela cidade de Nova Andradina, passei em 4º lugar e em 2006 mudei-me para cá, onde estou até hoje exercendo minha profissão de educadora, há 6 anos atuo como professora de Língua Portuguesa na Escola Estadual Marechal Rondon, onde assumi meu concurso, mas já lecionei na Escola Estadual Fátima Gaiotto em 2007, e fui Professora da Sala de Tecnologias Educacionais na Escola Estadual Nair Palácio de Souza por quatro anos. Ao longo de minha trajetória profissional sempre estive buscando constantemente o aperfeiçoamento por isso sempre que surgem oportunidades como esta de cursar uma Segunda Licenciatura voltada para as Novas Tecnologias, eu faço uma forcinha para participar. Essa faculdade tem sido um desafio, principalmente quando penso na sua utilidade para o meu futuro profissional, agora que já não atuo mais como professora na sala de tecnologias, penso que possa ser uma forma de me manter atualizada e inovar minhas aulas em relação ao uso das mídias tecnológicas e da forma de aprimorar as minhas metodologias dentro de sala de aula enquanto professora com um novo perfil perante as transformações na área educacional. Talvez por essa razão, por esse motivo acredito que os sacrifícios dispensados até agora, não tenham sido em vão, meu objetivo agora é terminar esta etapa, concluindo este curso e começar a me organizar para tentar meu mestrado, porque considero que todo professor deva ser reconhecido como um verdadeiro mestre.
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Trajetória escolar e acadêmica de professora desde a infância no interior do Paraná

  • 1. Memorial Descritivo Por Marina Alessandra de Oliveira Minha vida escolar começou em uma pequena escolinha pertinho de casa, chamada Escola Municipal Pequeno Príncipe, onde só tinha a pré-escola. Minha mãe me colocou aos 5 anos no jardim e depois aos 6 estava na pré- escola no mesmo estabelecimento em Terra Rica, Paraná. Mas no mês de Abril por aí, a minha professora Maria Rosa disse que eu tinha condições de iniciar no primeiro ano e então eu deixei meus amiguinhos dessa escola e fui estudar na Escola Estadual Rosalina de Moraes na qual finalizei a primeira etapa do Ensino Fundamental, naquela época de 1º a 4º, foi uma fase maravilhosa de minha infância, fiz meus melhores amigos, que guardo em meu coração até hoje, de meus mestres nunca esquecerei, professora Madalena, pela sua rigidez, Ermínia, pela sua sensibilidade, Helena Carbonaro, por sua braveza, Cleusa que me deu meu primeiro livro por eu ter ganho um concurso de redação, nunca me esquecerei do “Caso da Borboleta Atíria”, da sessão Vagalume e de “Sonhos de uma Noite de Verão, foi ela que me apresentou na 4ª série, quem diria, Wilian Shakespeare e outras não menos importantes... No ano de 1992, iniciei ginásio como era chamado esse colégio, de 5º a 8º na Escola Estadual Santo Inácio de Loyola, compreendi a dificuldade de ter várias disciplinas e professores, alunos repetentes, a minha 5ª série foi traumática, fui ameaçada por ser uma aluna dedicada pelos repetentes, aprendi que não se deve aparentar ser o melhor aluno para não ser tachado de cdf, então eu sempre disfarçava, comecei a sentar no fundo da sala, fazer amizades com os líderes, evitando assim confusão. No entanto, tenho que reconhecer que tive os melhores professores, personagens decisivos e inesquecíveis para a formação de meu caráter e personalidade, e principalmente lembrar que foram minhas professoras de Língua Portuguesa que sempre me incentivaram a ler, escrever, com elogios, me incentivando a participar de concursos, a escrever meus diários de adolescência, onde eu registrava todos os meus conflitos, minhas alegrias, curiosidades de menina. Contava nessa época também com algumas amizades que se concretizaram
  • 2. no Ensino Médio, amigas das quais nunca me esquecerei, e que toda vez que retorno a minha pequena cidadezinha do interior paranaense, não as deixo de rever. Lembro-me que estudar para mim era algo prazeroso em todos os aspectos, diferente do que meus alunos pensam hoje, eu ia para a escola já inteirada do que iria acontecer, sabia dos horários de cor, sabia que minha família apostava em mim, o incentivo de meus pais e irmãos era visível, como filha caçula, não os podia decepcionar. E por ser de família humilde, sempre me falaram que seria através do estudo que poderia ter uma vida melhor, nas minhas turmas tínhamos alunos de todas as classes, filhos de médicos, de professores, de agricultores, e todos se respeitavam, éramos muito unidos. Levávamos lanches para fazermos piqueniques na hora do intervalo, nos reuníamos à tarde para estudarmos, fazer trabalhos, reciclávamos papel, fazíamos excursões aos lixões da cidade, às usinas da região, íamos muito à biblioteca municipal, etc... Em 1996 quando terminei a 8ª série, esse colégio abriu um Ensino Médio diferenciado com um curso voltado para a área de Informática que estava sendo uma descoberta naquela época nas cidades do interior do estado. Então lembro que fiquei bem confusa quanto ao meu futuro profissional, pois eu tinha várias opções de cursos, Magistério, Informática, Contabilidade, esses três me Educação Geral, que era mais preparatório para os Vestibulares. Na época, minha mãe que era minha importante conselheira, me sugeriu fazer o Curso de Técnico em Informática. E foi por esse que optei, pela opinião de minha mãe que foi sempre muito sábia e por gostar do ambiente que os estudos naquela escola me proporcionava. No primeiro ano tínhamos turmas de manhã e a tarde, mas no segundo ano, por não ter formado turmas, o curso ficou apenas no Vespertino e no Noturno. Nessa época, comecei a trabalhar no comércio de manhã e a tarde estudava, adorava as aulas dos professores de Informática, que vinham de Paranavaí e da Região. Fiz amizade com uma de minhas professoras de programação e ela me incentivou bastante a prestar Vestibular, a ir me preparando para a faculdade. Foi nesse objetivo então que eu me fixei durante meus últimos anos do Ensino Médio, e comecei a fazer testes vocacionais, estudar apostilas do Nobel com algumas amigas minhas que faziam cursinho, e pela minha paixão pela escrita, pela literatura e língua
  • 3. inglesa, decidi que queria fazer jornalismo, letras ou história. Por morar numa cidade do interior e não ter muitas condições financeiras para morar fora para fazer jornalismo, que só tinha em Maringá na época. Então no final de 1998 ainda cursando o 3º ano, consegui passar no primeiro vestibular que eu fiz para Letras da Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Paranavaí-FAFIPA, e em 199 já estava cursando o meu 1º ano, como acadêmica, era um mundo novo aquele que eu estava descobrindo, uma nova perspectiva de vida, conheci inúmeras pessoas, de vários lugares, pessoas positivas, sonhadoras, solidárias, pessoas que carrego comigo sempre, pois aprendi muito com elas, as guardo em meu coração e meus olhos se enchem de lágrimas quando me recordo de todos os momentos que passei durante aqueles quatro anos de experiência de vida. Adorei o curso, os professores eram excelentes, Professor Carlos, Elmita, Regina, entre outros... Fizeram despertar em mim a vontade de querer sempre estudar, de lutar pelos meus objetivos mesmo com todas as dificuldades. Sendo assim logo no último semestre da Universidade, meus professores se mobilizaram e abriram uma Especialização que tinha como público alvo a nossa turma, porque a maioria dos acadêmicos queria já sair da Graduação com o pé na Especialização, tínhamos planos de ir embora, procurar mercado de trabalho, alguns queriam ir para fora do país. Então concluí minha faculdade em 2002, e em Junho de 2003, já era pós-graduada em Literaturas de Língua Portuguesa. E estava trabalhando como professora de inglês convocada na Escola Estadual Cândido Berthier Fortes, minha primeira experiência como Teacher, as minhas expectativas de mudar o mundo caíram por terra quando me deparei com a realidade dos alunos, eu lecionava a noite e tive muitas dificuldades para ensinar Língua Inglesa para alunos que estavam fora da escola há anos. Porém, era gratificante pelo respeito e amizade que eles tinham pelos professores, às vezes bem mais novos como eu, por exemplo. Aprendi a gostar de ser professora e a sentir orgulho de ser chamada como tal. No ano seguinte, 2003, depois de finalizada a Especialização tinha que defender minha Monografia, e por outro lado tinha necessidade de me aventurar por outros estados para exercer minha profissão, porque no Paraná
  • 4. os professores convocados não lecionavam durante dois anos seguintes, para não criar vínculo com o estado, assim, mandei um currículo para o Norte do Mato Grosso por um amigo, e fui chamada. Vendi umas coisas e fui trabalhar em Marcelândia-MT, foram os anos de experiência em sala de aula mais gratificantes, lá eu aprendi a lecionar de verdade. Trabalhava três períodos, era muito valorizada, atuei em escolas particulares de inglês e em escolas públicas estaduais. Terminei minha formação no Fisk e comecei a lecionar inglês para os pequenos e níveis iniciais, aprendi muito nessa faz, não esqueço minhas incentivadoras Professoras Sônia, Eloá e Melissa. Em 2005, nasceu minha filha, e pela distância que eu estava da minha família, achei que era hora de voltar para o Paraná ou outro estado mais perto, foi então que resolvi a incentivo de meu companheiro na época, fazer o concurso do Estado de Mato Grosso do Sul pela cidade de Nova Andradina, passei em 4º lugar e em 2006 mudei-me para cá, onde estou até hoje exercendo minha profissão de educadora, há 6 anos atuo como professora de Língua Portuguesa na Escola Estadual Marechal Rondon, onde assumi meu concurso, mas já lecionei na Escola Estadual Fátima Gaiotto em 2007, e fui Professora da Sala de Tecnologias Educacionais na Escola Estadual Nair Palácio de Souza por quatro anos. Ao longo de minha trajetória profissional sempre estive buscando constantemente o aperfeiçoamento por isso sempre que surgem oportunidades como esta de cursar uma Segunda Licenciatura voltada para as Novas Tecnologias, eu faço uma forcinha para participar. Essa faculdade tem sido um desafio, principalmente quando penso na sua utilidade para o meu futuro profissional, agora que já não atuo mais como professora na sala de tecnologias, penso que possa ser uma forma de me manter atualizada e inovar minhas aulas em relação ao uso das mídias tecnológicas e da forma de aprimorar as minhas metodologias dentro de sala de aula enquanto professora com um novo perfil perante as transformações na área educacional. Talvez por essa razão, por esse motivo acredito que os sacrifícios dispensados até agora, não tenham sido em vão, meu objetivo agora é terminar esta etapa, concluindo este curso e começar a me organizar para tentar meu mestrado, porque considero que todo professor deva ser reconhecido como um verdadeiro mestre.