SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 23
APRESENTA
A cultura islâmica  O Islã teve uma grande importância na língua e na literatura. Com o avanço do Islã, a língua árabe, se expandiu devido ao fato do Alcorão ser neste idioma. O Islamismo se expandiu tanto que a peregrinação a Meca aumentou significativamente, a ponto do governo saudita estabelecer cotas de peregrinos dos países muçulmanos. Apenas um em cada 1000 fiéis da população destes países podem ir a Meca, as restrições atingiram os próprios sauditas, uma nova lei só permite a peregrinação a cada 5 anos. A arte islâmica surgiu no califado omíada, baseando-se numa aliança inseparável do espiritual e temporal, a ausência de tradição fez com que o Islã se inspirasse nos povos dominados. O Islã adaptava a cultura dos povos dominados a sua realidade e seus valores. A arte do Islã é solidificada no califado abássida e é classificada como clássica.
A cultura islâmica  Na área intelectual do Islã as principais bases são as ciências tradicionais divididas em dois grupos: religiosa e auxiliares. Os árabes mesmo antes do surgimento do Islamismo já se comunicavam com outros povos, e os sírios cristãos já haviam traduzido para a língua síria obras científicas e filosóficas gregas principalmente aristotélicas e neoplatônicas. Os povos do Oriente, entraram em contato com a cultura helênica, devido às imigrações dos sábios, que foi fruto das discórdias religiosas que estavam ocorrendo em Bizâncio. E como o Oriente estava ávido de cultura, recolheu rapidamente estes sábios, de algum modo à recepção do legado grego possibilitou a cultura árabe atingir sua maturidade.
A cultura islâmica  A Cultura Islâmica     A cultura islâmica assimilou elementos de diversas culturas, reelaborando-os e enriquecendo-os com contribuições originais. Assim, dentre as principais realizações culturais dos árabes, podemos destacar: ,[object Object]
    Medicina: grande foi a importância de Avicena que, entre várias descobertas, diagnosticou a varíola e o sarampo e descobriu a natureza contagiosa da tuberculose;
    Artes Plásticas: a pintura e a escultura não contaram com grande desenvolvimento pela proibição de se representar formas vivas; a arquitetura sofreu influência bizantina e persa, utilizando em profusão cúpulas, minaretes e arcos ogivais;
    No campo da matemática, deixaram de legado cultural para o ocidente, o sistema numérico.(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9).
    Literatura: contamos com vasta produção, com destaque para a coletânea As mil e uma noites e o poema Rubaiyat, de Omar Khayam.,[object Object]
A cultura islâmica  Outra área em que os cientistas do mundo islâmico se destacaram foi na trigonometria (estudo e cálculo com ângulos e triângulos no plano e na esfera). As aplicações em vista eram várias, principalmente no domínio da astronomia, da geografia e da cartografia. Alguns dos nomes mais relevantes nestes temas são o de al-Biruni e o de al-Battani (séculos IX e X), latinizado para Albatenius, autor de importantes estudos astronómicos. Na trigonometria esférica destacou-se também JabiribnAflah (século XII), de Sevilha, cujo nome foi latinizado para Geber. Ainda contribuiram na área da Matemática, referências a estudos pioneiros sobre criptografia, a ciência das comunicações seguras. Parte integrante da tradição científica islâmica no período em causa são as centenas de instrumentos, astronómicos e outros, que ainda hoje se conservam. Para além da sua sofisticação científica e técnica, muitos destes instrumentos, como esferas, relógios de sol e astrolábios, são verdadeiras obras de arte.
A cultura islâmica  Cientistas do islã no tempo do império ,[object Object],Nascido no ano de 973 em Khwarezm, no atual Uzbequistão, passou a vida a viajar pela Ásia Central, a fazer observações astronómicas e geográficas, e a estudar e a escrever. Personalidade tolerante e eclética, aprendeu muitas línguas diferentes e estudou culturas variadas. Sendo a maior parte da sua obra dedicada a temas de matemática, astronomia e áreas próximas (96 manuscritos de um total de cerca de 150 referenciados, e 15 dos 22 que sobreviveram até hoje), escreveu também trabalhos sobre medicina e farmacologia, metais e pedras preciosas, religião e filosofia, e ainda uma monumental história da Índia, que chegou até aos nossos dias, estando traduzida em várias línguas. Trabalhou até ao fim da vida, vindo a morrer em Ghazna, no atual Afeganistão, por volta de 1050. Al Biruni utilizava-se de métodos empíricos para obter suas conclusões. Teve o mérito de descobrir, seis séculos antes de Galileu Galilei o princípio chamado de "invariância das leis da natureza", ou seja, o universo inteiro está sujeitos às mesmas leis naturais.
A cultura islâmica  ,[object Object],Foi um dos maiores físicos de todos os tempos. Ajudou a desenvolver a óptica, enunciou a proposição na qual um raio de luz, ao passar através de um meio homogêneo, escolhe o caminho mais fácil e mais rápido. Essa descoberta estava muitos séculos adiantada, em relação  ao ocidente. ,[object Object],O livro de Álgebra de Al-Khwarizmi foi muito influente ,mais do que o seu mérito intrínseco mereceria, devido à utilidade prática das matérias apresentadas, e regras com aplicação em questões de heranças, comércio e contabilidade. Ao mesmo autor se deve um tratado, posteriormente traduzido para latim, sobre os sistemas de numeração indiana. As palavras algarismo e algoritmo atualmente derivam do nome de Al-Khwarizmi. ,[object Object],[object Object]
A cultura islâmica  Motivos e temas da arte islâmica Quando se usa a expressão "arte islâmica", frequentemente julga-se estar perante uma arte desprovida de representações figuradas, constituída unicamente por motivos geométricos e arabescos. No entanto, existem numerosas representações de figuras animais e humanas na arte islâmica, que surgem sobretudo em contextos não religiosos. As fontes principais da doutrina islâmica são o Alcorão e os ditos do Profeta Muhammad (ahadith, plural; singular: hadith). Estas duas fontes nada mencionam sobre a representação de figuras na arte; o que é fortemente condenado é a idolatria e o culto de imagens (aniconismo).
A cultura islâmica  Quando o profeta Muhammad conquistou Meca em 630 um dos seus primeiros atos foi destruir os ídolos que se encontravam na Kaaba, que o Alcorão informa terem sido estátuas inspiradas por Satanás. Uma tradição afirma que Muhammad ordenou a destruição de todas as pinturas religiosas que se achavam naquele edifício, com exceção de uma pintura da Virgem Maria com o menino Jesus. Interior da mesquita azul- Turquia
A cultura islâmica  A partir do século IX, verifica-se uma censura da representação figurada, que alguns investigadores atribuem à influência de judeus convertidos ao islão. A partir desta época considera-se que o ato de representar um animal ou um ser humano é o assumir por parte do artista do papel de criador que se acredita que deva estar reservado unicamente a Deus. As religiões desempenharam um importante papel no desenvolvimento da arte islâmica. Neste domínio enquadra-se evidentemente a religião muçulmana, mas igualmente outras religiões que os árabes encontraram aquando das conquistas territoriais. Apenas no século XIII o mundo islâmico tornou-se maioritariamente muçulmano, tendo outras religiões legado o seu contributo para a formação da arte islâmica: o cristianismo (na região que se estende do Egito à Turquia), o zoroastrismo (mundo iraniano), o hinduísmo e o budismo (na Índia) e o animismo no Magrebe. Interior da mesquita azul- Turquia
A cultura islâmica  Arte e literatura A arte islâmica não se inspira unicamente na religião. A literatura persa, como o ShâhNâmâ, épico nacional composto no inicio do século X por Firdawsi, os "Cinco Poemas" (ou Khamsa) de Nizami (século XII), são fontes importantes de inspiração que se manifestam na arte do livro, mas também na relacionada com os objetos (cerâmica, tapeçaria...). As obras de alguns poetas místicos, como Saadi e Djami, dão também lugar a numerosas representações. As fábulas de origem indiana presentes na literatura árabe são frequentemente alvo de ilustrações nos ateliers de Bagdade e da Síria também vários livros como o alcorão. Também a literatura científica, como os tratados de astronomia, de mecânica ou de botânica, possui ricas ilustrações. Mesquita central de Lisboa
A cultura islâmica  Motivos abstratos. A caligrafia São numerosos e variados os motivos decorativos nesta forma de arte, desde os motivos geométricos aos arabescos. A caligrafia no islão é considerada uma actividade nobre e sagrada, tendo em vista que as suratas do Alcorão são consideradas palavras divinas. As representações de humanos e de animais são excluídas de obras religiosas. A caligrafia como arte está também presente em obras do domínio do profano.
A cultura islâmica  Os começos da arte islâmica (séculos VII-IX) Antes do aparecimento das dinastias. Sabe-se muito pouco sobre a arquitetura anterior ao aparecimento dos Omíadas (meados do século VII). O edifício mais importante anterior à era omíada é sem dúvida a "Casa do Profeta" situada em Medina. Esta casa, cujo estatuto é mais ou menos mítico, teria sido o primeiro lugar onde se reuniam os muçulmanos para rezar, embora o islão considere que a oração possa ser efetuada em qualquer local, desde que este esteja limpo. A Casa do Profeta possui uma importância considerável para a arquitetura islâmica, visto que ela seria o protótipo das mesquitas de planta árabe: um pátio e uma sala hispotila para as orações. Construída em materiais degradáveis (madeira e barro), não sobreviveu ao passar do tempo. A atual Mesquita do Profeta em Medina foi construída no local onde se julga que existia a casa. É difícil distinguir os primeiros objetos islâmicos dos objetos sassânidas e bizantinos, devido ao facto de partilharem as mesmas técnicas e motivos decorativos. Conhece-se uma abundante produção de cerâmica não vidrada, na qual se enquadra uma pequena tigela presente hoje no Museu do Louvre, cuja inscrição assegura a sua inserção no período islâmico. Os motivos decorativos mais importantes são os vegetais.
A cultura islâmica  Arte omíada Durante o período omíada, ocorre o desenvolvimento da arquitetura civil e religiosa, tendo se posto em prática novos conceitos e novos plantas. Assim, a planta árabe, com pátio e sala hipostila de orações, torna-se um modelo a partir da construção da Mesquita dos Omíadas em Damasco, que servirá como referência aos construtores posteriores. A Cúpula da Rocha em Jerusalém é sem dúvida um dos edifícios mais importantes de toda a arquitetura islâmica, marcada por um forte influência bizantina (mosaicos, planta centrada que recorda ao do Santo Sepulcro), embora já se notem elementos tipicamente islâmicos, como os frisos com inscrições. Os castelos do deserto da Palestina proporcionam também variadas informações quanto à arquitetura civil e religiosa desta época. Para além da arquitetura, os artistas trabalharam uma cerâmica ainda primitiva, não vidrada, e o metal. A distinção entre os objetos que pertencem a esta época e os da época pré-islâmica é pouco clara. Mesquita dos omíadas,
A cultura islâmica  Arte abássida Ao contrário do que sucede com os objetos do período omíada, os da era abássida estão bastante estudados. Com a deslocação dos centros de poder para este, entram em cena duas cidades que funcionaram como capitais califais, Bagdade e Samarra, situadas no que é hoje o Iraque. Se na cidade de Bagdade não foi possível realizar escavações, devido a estar hoje repleta de casas, os motivos dos estuques de Samarra, que foram bem estudados, permitindo datar os edifícios desta cidade. A cerâmica conhece duas importantes inovações: a invenção da faiança e do lustro metálico. Estas duas técnicas continuarão a ser usadas durante muito tempo após a queda da dinastia abássida. O período medieval (séculos IX-XV) A partir do século IX o poder abássida é contestado nas províncias que se encontram mais afastadas do centro do poder. Surgem vários califados que afirmam a sua independência face aos Abássidas, como os Omíadas do Al-Andalus (Península Ibérica) ou dos Fatímidas xiitas no Norte de África. No Irão dinastias que governadores administram autonomamente os territórios.
A cultura islâmica  Em 756 o único sobrevivente do massacre da família omíada em Damasco, perpetuado como forma dos Abássidas se instalarem no poder, chega à Península Ibérica, onde funda um emirado independente. Os seus descendentes governam o Al-Andalus até cerca de 1031, altura em que o Califado de Córdoba se dissolve. Segue-se um período de pequenos reinos, as taifas, até que o Al-Andalus é conquistado sucessivamente por duas dinastias norte-africanas, os Almorávidas e os Almóadas, que introduzem influências magrebinas na arte. No século XIII o poder islâmico na península resume-se ao reino de Granada, que é integrado na Espanha em 1492, ano em que foi conquistado pelos Reis Católicos.
A cultura islâmica  A partir de 1196, os Merínidas substituem o poder almóada. A partir da sua capital em Fez, os Merínidas participam em numerosas expedições militares quer na Península quer na Tunísia, onde não conseguem derrotar a dinastia dos Hafsidas. A partir do século XV o poder merínida entra em decadência e estes são substituídos pelos Xarifes no ano de 1549. Por sua vez os Hafsidas sobrevivem até à conquista otomana de 1574. O Al-Andalus é um grande centro de cultura medieval. Na arquitetura salienta-se a Mesquita de Córdoba, bem como a mesquita Bab Mardum em Toledo ou a cidade palatina de Madinat al-Zahra. Do período nasrida, destaca-se a Alhambra em Granada.
A cultura islâmica  Egito e Síria Os Fatímidas - uma das poucas dinastias xiitas no mundo islâmico - governaram o norte de África e o Egipto entre 909 e 1171. Um dos seus grandes legados foi a fundação da cidade do Cairo em 969. Esta dinastia estimula o aparecimento de uma importante arquitetura religiosa, bem como a produção de uma série de objetos em diversos materiais: cristal, cerâmica, metais incrustados, vidros opacos... Numerosos artistas da arte fatímida são cristãos coptas. Pela mesma altura na Síria, os atabegs (governadores árabes dos príncipes seljúcidas) conquistam o poder. Bastante independentes, jogam com a rivalidade existente entre os príncipes turcos e apoiam a instalação dos cruzados. Em 1117, Saladino conquista o Egito dos Fatímidas e funda a dinastia dos Aiúbidas. Este período não foi de grande relevância para a arquitetura, mas a produção de objetos de elevado valor artístico continua. A cerâmica e o metal incrustado de alta qualidade continuam a ser produzidos e o vidro esmaltado faz a sua aparição. Em 1250 os Mamelucos tomam o poder aos Aiúbudas no Egito e em 1261 impõem o seu poder na Síria. O poder dos Mamelucos prolonga-se até 1517; durante este período são construídos muitos edifícios.
A cultura islâmica  Técnicas da arte islâmica Urbanismo, arquitetura e decoração A arquitetura manifesta-se de diversas formas no mundo islâmico: mesquitas, madrasas (escolas religiosas), edifícios que funcionam como locais de retiro espiritual (como por exemplo, as arrábitas) e túmulos são alguns dos edifícios característicos dos países de tradição islâmica. A tipologia dos edifícios apresenta variações de acordo com as regiões e os períodos históricos. No coração do mundo árabe, o que corresponde ao Egito, Síria e Iraque, no período anterior ao século XIII, as mesquitas seguem todas a mesma planta, com um pátio e uma sala hispotila para as orações, mas variam bastante no que diz respeito à decoração e às formas. No Irão encontram-se especificidades próprias, como o emprego do tijolo e o uso de formas particulares como os iwans e o arco persa. Na Península Ibérica foi patente o gosto por uma arquitectura colorida, com o emprego de vários tipos de arcos (em ferradura, polilobados...). Na atual Turquia, a influência da civilização bizantina revela-se na construção de grandes mesquitas com grandes cúpulas, enquanto que na Índia da era mongol desenvolvem-se plantas próprias, que se afastam cada vez mais do modelo iraniano e colocam em relevância as famosas cúpulas bolbosas.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 02 arte-crista- id_media
Aula 02 arte-crista- id_mediaAula 02 arte-crista- id_media
Aula 02 arte-crista- id_mediaMarcio Duarte
 
Aula 07 idade média - a arte cristã primitiva 2b
Aula 07   idade média - a arte cristã primitiva 2bAula 07   idade média - a arte cristã primitiva 2b
Aula 07 idade média - a arte cristã primitiva 2bLila Donato
 
História da arte
História da arteHistória da arte
História da arteandreaires
 
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à Gótica
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à GóticaLinha do Tempo da Arquitetura Egípcia à Gótica
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à GóticaGabriel Felix
 
Portfolio historia da arte
Portfolio historia da artePortfolio historia da arte
Portfolio historia da arteAriceli Nunes
 
Arte grega
Arte gregaArte grega
Arte gregacattonia
 
História da Arte Ocidental
História da Arte OcidentalHistória da Arte Ocidental
História da Arte OcidentalBruno Carrasco
 
Aula 04 barroco-e_rococo
Aula 04 barroco-e_rococoAula 04 barroco-e_rococo
Aula 04 barroco-e_rococoMarcio Duarte
 
Desenho artístico e de apresentação - Parte 1: História da Arte
Desenho artístico e de apresentação - Parte 1: História da ArteDesenho artístico e de apresentação - Parte 1: História da Arte
Desenho artístico e de apresentação - Parte 1: História da ArteAna Beatriz Cargnin
 
Aula 07 idade média - a arte cristã primitiva 2a
Aula 07   idade média - a arte cristã primitiva 2aAula 07   idade média - a arte cristã primitiva 2a
Aula 07 idade média - a arte cristã primitiva 2aLila Donato
 
Historia da arte- período da idade média - resumo
Historia da arte- período da  idade média - resumoHistoria da arte- período da  idade média - resumo
Historia da arte- período da idade média - resumoAndrea Dressler
 

Mais procurados (19)

Arte islamica
Arte islamicaArte islamica
Arte islamica
 
Aula 02 arte-crista- id_media
Aula 02 arte-crista- id_mediaAula 02 arte-crista- id_media
Aula 02 arte-crista- id_media
 
Aula 5 arte crista 2020
Aula 5 arte crista 2020Aula 5 arte crista 2020
Aula 5 arte crista 2020
 
Arte medieval
Arte medievalArte medieval
Arte medieval
 
Arte bizantina
Arte bizantinaArte bizantina
Arte bizantina
 
Aula 07 idade média - a arte cristã primitiva 2b
Aula 07   idade média - a arte cristã primitiva 2bAula 07   idade média - a arte cristã primitiva 2b
Aula 07 idade média - a arte cristã primitiva 2b
 
História da arte
História da arteHistória da arte
História da arte
 
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à Gótica
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à GóticaLinha do Tempo da Arquitetura Egípcia à Gótica
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à Gótica
 
Portfolio historia da arte
Portfolio historia da artePortfolio historia da arte
Portfolio historia da arte
 
Arte grega
Arte gregaArte grega
Arte grega
 
História da Arte Ocidental
História da Arte OcidentalHistória da Arte Ocidental
História da Arte Ocidental
 
Arte oriental
Arte orientalArte oriental
Arte oriental
 
Aula 04 barroco-e_rococo
Aula 04 barroco-e_rococoAula 04 barroco-e_rococo
Aula 04 barroco-e_rococo
 
Desenho artístico e de apresentação - Parte 1: História da Arte
Desenho artístico e de apresentação - Parte 1: História da ArteDesenho artístico e de apresentação - Parte 1: História da Arte
Desenho artístico e de apresentação - Parte 1: História da Arte
 
Arte na linha do tempo
Arte na linha do tempo Arte na linha do tempo
Arte na linha do tempo
 
Linha do tempo
Linha do tempoLinha do tempo
Linha do tempo
 
Aula 07 idade média - a arte cristã primitiva 2a
Aula 07   idade média - a arte cristã primitiva 2aAula 07   idade média - a arte cristã primitiva 2a
Aula 07 idade média - a arte cristã primitiva 2a
 
Historia da arte- período da idade média - resumo
Historia da arte- período da  idade média - resumoHistoria da arte- período da  idade média - resumo
Historia da arte- período da idade média - resumo
 
Antiguidade e idade média
Antiguidade e idade médiaAntiguidade e idade média
Antiguidade e idade média
 

Destaque

Cultura do Mosteiro - Arte islâmica
Cultura do Mosteiro - Arte islâmicaCultura do Mosteiro - Arte islâmica
Cultura do Mosteiro - Arte islâmicaCarlos Vieira
 
Arte islâmica arabescos
Arte islâmica   arabescosArte islâmica   arabescos
Arte islâmica arabescosMírian Carlos
 
A História da Arte
A História da ArteA História da Arte
A História da ArteRute Teles
 
História da música i – 11ª aula
História da música i – 11ª aulaHistória da música i – 11ª aula
História da música i – 11ª aulaLeonardo Brum
 
04 ainda sob o signo de alá
04 ainda sob o signo de alá04 ainda sob o signo de alá
04 ainda sob o signo de aláVítor Santos
 
Cultura do mosteiro_4_arte_muçulmana
Cultura do mosteiro_4_arte_muçulmanaCultura do mosteiro_4_arte_muçulmana
Cultura do mosteiro_4_arte_muçulmanaVítor Santos
 
Concepção estética e artística do islamismo
Concepção estética e artística do islamismoConcepção estética e artística do islamismo
Concepção estética e artística do islamismoHiarlen De Souza Altafim
 
Arte bizantino islamico
Arte bizantino islamicoArte bizantino islamico
Arte bizantino islamicoalba1519mz
 
Historia da musica
Historia da musicaHistoria da musica
Historia da musicadiogo_lopes
 
A cultura da catedral islão
A cultura da catedral  islãoA cultura da catedral  islão
A cultura da catedral islãocattonia
 
Arco em ferradura, arquitetura islâmica e Mésquita de Mértola
Arco em ferradura, arquitetura islâmica e Mésquita de MértolaArco em ferradura, arquitetura islâmica e Mésquita de Mértola
Arco em ferradura, arquitetura islâmica e Mésquita de MértolaPedro Medeiros
 
Arte islâmica em portugal
Arte islâmica em portugalArte islâmica em portugal
Arte islâmica em portugalAntónio Silva
 
A europa sob o signo de alá
A europa sob o signo de aláA europa sob o signo de alá
A europa sob o signo de alácattonia
 
Apresentação 10º L 14 maio 2013_AI_Elvira Rodrigues
Apresentação 10º L 14 maio 2013_AI_Elvira RodriguesApresentação 10º L 14 maio 2013_AI_Elvira Rodrigues
Apresentação 10º L 14 maio 2013_AI_Elvira RodriguesElvira Rodrigues
 

Destaque (20)

Cultura do Mosteiro - Arte islâmica
Cultura do Mosteiro - Arte islâmicaCultura do Mosteiro - Arte islâmica
Cultura do Mosteiro - Arte islâmica
 
Cultura islamica
Cultura islamicaCultura islamica
Cultura islamica
 
Arte islâmica arabescos
Arte islâmica   arabescosArte islâmica   arabescos
Arte islâmica arabescos
 
A História da Arte
A História da ArteA História da Arte
A História da Arte
 
História da música i – 11ª aula
História da música i – 11ª aulaHistória da música i – 11ª aula
História da música i – 11ª aula
 
04 ainda sob o signo de alá
04 ainda sob o signo de alá04 ainda sob o signo de alá
04 ainda sob o signo de alá
 
Arte Islâmica
Arte IslâmicaArte Islâmica
Arte Islâmica
 
A Arte renascentista
A Arte renascentista A Arte renascentista
A Arte renascentista
 
Cultura do mosteiro_4_arte_muçulmana
Cultura do mosteiro_4_arte_muçulmanaCultura do mosteiro_4_arte_muçulmana
Cultura do mosteiro_4_arte_muçulmana
 
Concepção estética e artística do islamismo
Concepção estética e artística do islamismoConcepção estética e artística do islamismo
Concepção estética e artística do islamismo
 
Arte bizantino islamico
Arte bizantino islamicoArte bizantino islamico
Arte bizantino islamico
 
Literatura arabe
Literatura arabeLiteratura arabe
Literatura arabe
 
Arte bizantina
Arte bizantinaArte bizantina
Arte bizantina
 
Historia da musica
Historia da musicaHistoria da musica
Historia da musica
 
A cultura da catedral islão
A cultura da catedral  islãoA cultura da catedral  islão
A cultura da catedral islão
 
MuçUlmanos 2
MuçUlmanos 2MuçUlmanos 2
MuçUlmanos 2
 
Arco em ferradura, arquitetura islâmica e Mésquita de Mértola
Arco em ferradura, arquitetura islâmica e Mésquita de MértolaArco em ferradura, arquitetura islâmica e Mésquita de Mértola
Arco em ferradura, arquitetura islâmica e Mésquita de Mértola
 
Arte islâmica em portugal
Arte islâmica em portugalArte islâmica em portugal
Arte islâmica em portugal
 
A europa sob o signo de alá
A europa sob o signo de aláA europa sob o signo de alá
A europa sob o signo de alá
 
Apresentação 10º L 14 maio 2013_AI_Elvira Rodrigues
Apresentação 10º L 14 maio 2013_AI_Elvira RodriguesApresentação 10º L 14 maio 2013_AI_Elvira Rodrigues
Apresentação 10º L 14 maio 2013_AI_Elvira Rodrigues
 

Semelhante a Arte.islamica

Um apanhado histórico sobre a ciência árabe.pptx
Um apanhado histórico sobre a ciência árabe.pptxUm apanhado histórico sobre a ciência árabe.pptx
Um apanhado histórico sobre a ciência árabe.pptxLuisPereira571711
 
Joao marques-carrilho musica-e-filosofia-dos-arabes
Joao marques-carrilho musica-e-filosofia-dos-arabesJoao marques-carrilho musica-e-filosofia-dos-arabes
Joao marques-carrilho musica-e-filosofia-dos-arabesRosalina Ri Rosalina
 
Influência muçulmana nas diversas áreas da cultura ocidental.pptx
Influência muçulmana nas diversas áreas da cultura ocidental.pptxInfluência muçulmana nas diversas áreas da cultura ocidental.pptx
Influência muçulmana nas diversas áreas da cultura ocidental.pptxCaio Cesar
 
Historia da filosofia medieval
Historia da filosofia medievalHistoria da filosofia medieval
Historia da filosofia medievalOswaldo Michaelano
 
O califado abássida e a era de ouro do islã
O califado abássida e a era de ouro do islãO califado abássida e a era de ouro do islã
O califado abássida e a era de ouro do islãZé Knust
 
O caminho da razão, Hourani
O caminho da razão, HouraniO caminho da razão, Hourani
O caminho da razão, HouraniZé Knust
 
Módulo IIIB - Ciência Medieval
Módulo IIIB - Ciência MedievalMódulo IIIB - Ciência Medieval
Módulo IIIB - Ciência MedievalBernardo Motta
 
Apontamentos de arte
Apontamentos de arteApontamentos de arte
Apontamentos de artemmdaaraujo
 
Capítulo 6 - alquimia árabe
Capítulo 6  - alquimia árabeCapítulo 6  - alquimia árabe
Capítulo 6 - alquimia árabeMárcio Martins
 
Introducao-ao-Periodo-Helenistico-básico.pptx
Introducao-ao-Periodo-Helenistico-básico.pptxIntroducao-ao-Periodo-Helenistico-básico.pptx
Introducao-ao-Periodo-Helenistico-básico.pptxGracyelleSantosdeSou1
 
Portfolio historia da arte
Portfolio historia da artePortfolio historia da arte
Portfolio historia da arteAriceli Nunes
 
A educação na antiguidade - Mesopotâmia, Egito, Inca, Asteca, Maia, Chinesa,...
A educação na antiguidade -  Mesopotâmia, Egito, Inca, Asteca, Maia, Chinesa,...A educação na antiguidade -  Mesopotâmia, Egito, Inca, Asteca, Maia, Chinesa,...
A educação na antiguidade - Mesopotâmia, Egito, Inca, Asteca, Maia, Chinesa,...Alexandre Salvador
 
Breve estudo da história da arte
Breve estudo da história da arteBreve estudo da história da arte
Breve estudo da história da arteEliana Frade
 

Semelhante a Arte.islamica (20)

Um apanhado histórico sobre a ciência árabe.pptx
Um apanhado histórico sobre a ciência árabe.pptxUm apanhado histórico sobre a ciência árabe.pptx
Um apanhado histórico sobre a ciência árabe.pptx
 
Joao marques-carrilho musica-e-filosofia-dos-arabes
Joao marques-carrilho musica-e-filosofia-dos-arabesJoao marques-carrilho musica-e-filosofia-dos-arabes
Joao marques-carrilho musica-e-filosofia-dos-arabes
 
Influência muçulmana nas diversas áreas da cultura ocidental.pptx
Influência muçulmana nas diversas áreas da cultura ocidental.pptxInfluência muçulmana nas diversas áreas da cultura ocidental.pptx
Influência muçulmana nas diversas áreas da cultura ocidental.pptx
 
Historia da filosofia medieval
Historia da filosofia medievalHistoria da filosofia medieval
Historia da filosofia medieval
 
Cultura Arabe
Cultura ArabeCultura Arabe
Cultura Arabe
 
Mesopotâmia e Egito 2019
Mesopotâmia  e Egito 2019Mesopotâmia  e Egito 2019
Mesopotâmia e Egito 2019
 
Lista islamismo
Lista islamismoLista islamismo
Lista islamismo
 
Historia da arte
Historia da arteHistoria da arte
Historia da arte
 
ARQUEOLOGIA BÍBLICA
ARQUEOLOGIA BÍBLICAARQUEOLOGIA BÍBLICA
ARQUEOLOGIA BÍBLICA
 
O califado abássida e a era de ouro do islã
O califado abássida e a era de ouro do islãO califado abássida e a era de ouro do islã
O califado abássida e a era de ouro do islã
 
A era de ouro do Islã
A era de ouro do IslãA era de ouro do Islã
A era de ouro do Islã
 
O caminho da razão, Hourani
O caminho da razão, HouraniO caminho da razão, Hourani
O caminho da razão, Hourani
 
Módulo IIIB - Ciência Medieval
Módulo IIIB - Ciência MedievalMódulo IIIB - Ciência Medieval
Módulo IIIB - Ciência Medieval
 
Apontamentos de arte
Apontamentos de arteApontamentos de arte
Apontamentos de arte
 
Capítulo 6 - alquimia árabe
Capítulo 6  - alquimia árabeCapítulo 6  - alquimia árabe
Capítulo 6 - alquimia árabe
 
A arte no egito
A arte no egitoA arte no egito
A arte no egito
 
Introducao-ao-Periodo-Helenistico-básico.pptx
Introducao-ao-Periodo-Helenistico-básico.pptxIntroducao-ao-Periodo-Helenistico-básico.pptx
Introducao-ao-Periodo-Helenistico-básico.pptx
 
Portfolio historia da arte
Portfolio historia da artePortfolio historia da arte
Portfolio historia da arte
 
A educação na antiguidade - Mesopotâmia, Egito, Inca, Asteca, Maia, Chinesa,...
A educação na antiguidade -  Mesopotâmia, Egito, Inca, Asteca, Maia, Chinesa,...A educação na antiguidade -  Mesopotâmia, Egito, Inca, Asteca, Maia, Chinesa,...
A educação na antiguidade - Mesopotâmia, Egito, Inca, Asteca, Maia, Chinesa,...
 
Breve estudo da história da arte
Breve estudo da história da arteBreve estudo da história da arte
Breve estudo da história da arte
 

Mais de Scriba Digital (20)

Astecas
AstecasAstecas
Astecas
 
Expressionismo
ExpressionismoExpressionismo
Expressionismo
 
CENEBVC - A Violênica na Sociedade Contemporânea
CENEBVC - A Violênica na Sociedade ContemporâneaCENEBVC - A Violênica na Sociedade Contemporânea
CENEBVC - A Violênica na Sociedade Contemporânea
 
Cruzadas.final
Cruzadas.finalCruzadas.final
Cruzadas.final
 
Ceneb.tal
Ceneb.talCeneb.tal
Ceneb.tal
 
Evolucao.humana
Evolucao.humanaEvolucao.humana
Evolucao.humana
 
Evolucao.humana
Evolucao.humanaEvolucao.humana
Evolucao.humana
 
Art pop
Art popArt pop
Art pop
 
Gotico
GoticoGotico
Gotico
 
Guerradostronos
GuerradostronosGuerradostronos
Guerradostronos
 
O movimento operário
O movimento operárioO movimento operário
O movimento operário
 
Gestalt
GestaltGestalt
Gestalt
 
Resnascimento
ResnascimentoResnascimento
Resnascimento
 
Sensação.percep
Sensação.percepSensação.percep
Sensação.percep
 
Pinturamedieval
PinturamedievalPinturamedieval
Pinturamedieval
 
Pinturamedieval
PinturamedievalPinturamedieval
Pinturamedieval
 
Arte medieval
Arte medievalArte medieval
Arte medieval
 
As alianças pt2
As alianças pt2As alianças pt2
As alianças pt2
 
As alianças na primeira guerra mundial
As alianças na primeira guerra mundialAs alianças na primeira guerra mundial
As alianças na primeira guerra mundial
 
1guera
1guera1guera
1guera
 

Arte.islamica

  • 2. A cultura islâmica O Islã teve uma grande importância na língua e na literatura. Com o avanço do Islã, a língua árabe, se expandiu devido ao fato do Alcorão ser neste idioma. O Islamismo se expandiu tanto que a peregrinação a Meca aumentou significativamente, a ponto do governo saudita estabelecer cotas de peregrinos dos países muçulmanos. Apenas um em cada 1000 fiéis da população destes países podem ir a Meca, as restrições atingiram os próprios sauditas, uma nova lei só permite a peregrinação a cada 5 anos. A arte islâmica surgiu no califado omíada, baseando-se numa aliança inseparável do espiritual e temporal, a ausência de tradição fez com que o Islã se inspirasse nos povos dominados. O Islã adaptava a cultura dos povos dominados a sua realidade e seus valores. A arte do Islã é solidificada no califado abássida e é classificada como clássica.
  • 3. A cultura islâmica Na área intelectual do Islã as principais bases são as ciências tradicionais divididas em dois grupos: religiosa e auxiliares. Os árabes mesmo antes do surgimento do Islamismo já se comunicavam com outros povos, e os sírios cristãos já haviam traduzido para a língua síria obras científicas e filosóficas gregas principalmente aristotélicas e neoplatônicas. Os povos do Oriente, entraram em contato com a cultura helênica, devido às imigrações dos sábios, que foi fruto das discórdias religiosas que estavam ocorrendo em Bizâncio. E como o Oriente estava ávido de cultura, recolheu rapidamente estes sábios, de algum modo à recepção do legado grego possibilitou a cultura árabe atingir sua maturidade.
  • 4.
  • 5. Medicina: grande foi a importância de Avicena que, entre várias descobertas, diagnosticou a varíola e o sarampo e descobriu a natureza contagiosa da tuberculose;
  • 6. Artes Plásticas: a pintura e a escultura não contaram com grande desenvolvimento pela proibição de se representar formas vivas; a arquitetura sofreu influência bizantina e persa, utilizando em profusão cúpulas, minaretes e arcos ogivais;
  • 7. No campo da matemática, deixaram de legado cultural para o ocidente, o sistema numérico.(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9).
  • 8.
  • 9. A cultura islâmica Outra área em que os cientistas do mundo islâmico se destacaram foi na trigonometria (estudo e cálculo com ângulos e triângulos no plano e na esfera). As aplicações em vista eram várias, principalmente no domínio da astronomia, da geografia e da cartografia. Alguns dos nomes mais relevantes nestes temas são o de al-Biruni e o de al-Battani (séculos IX e X), latinizado para Albatenius, autor de importantes estudos astronómicos. Na trigonometria esférica destacou-se também JabiribnAflah (século XII), de Sevilha, cujo nome foi latinizado para Geber. Ainda contribuiram na área da Matemática, referências a estudos pioneiros sobre criptografia, a ciência das comunicações seguras. Parte integrante da tradição científica islâmica no período em causa são as centenas de instrumentos, astronómicos e outros, que ainda hoje se conservam. Para além da sua sofisticação científica e técnica, muitos destes instrumentos, como esferas, relógios de sol e astrolábios, são verdadeiras obras de arte.
  • 10.
  • 11.
  • 12. A cultura islâmica Motivos e temas da arte islâmica Quando se usa a expressão "arte islâmica", frequentemente julga-se estar perante uma arte desprovida de representações figuradas, constituída unicamente por motivos geométricos e arabescos. No entanto, existem numerosas representações de figuras animais e humanas na arte islâmica, que surgem sobretudo em contextos não religiosos. As fontes principais da doutrina islâmica são o Alcorão e os ditos do Profeta Muhammad (ahadith, plural; singular: hadith). Estas duas fontes nada mencionam sobre a representação de figuras na arte; o que é fortemente condenado é a idolatria e o culto de imagens (aniconismo).
  • 13. A cultura islâmica Quando o profeta Muhammad conquistou Meca em 630 um dos seus primeiros atos foi destruir os ídolos que se encontravam na Kaaba, que o Alcorão informa terem sido estátuas inspiradas por Satanás. Uma tradição afirma que Muhammad ordenou a destruição de todas as pinturas religiosas que se achavam naquele edifício, com exceção de uma pintura da Virgem Maria com o menino Jesus. Interior da mesquita azul- Turquia
  • 14. A cultura islâmica A partir do século IX, verifica-se uma censura da representação figurada, que alguns investigadores atribuem à influência de judeus convertidos ao islão. A partir desta época considera-se que o ato de representar um animal ou um ser humano é o assumir por parte do artista do papel de criador que se acredita que deva estar reservado unicamente a Deus. As religiões desempenharam um importante papel no desenvolvimento da arte islâmica. Neste domínio enquadra-se evidentemente a religião muçulmana, mas igualmente outras religiões que os árabes encontraram aquando das conquistas territoriais. Apenas no século XIII o mundo islâmico tornou-se maioritariamente muçulmano, tendo outras religiões legado o seu contributo para a formação da arte islâmica: o cristianismo (na região que se estende do Egito à Turquia), o zoroastrismo (mundo iraniano), o hinduísmo e o budismo (na Índia) e o animismo no Magrebe. Interior da mesquita azul- Turquia
  • 15. A cultura islâmica Arte e literatura A arte islâmica não se inspira unicamente na religião. A literatura persa, como o ShâhNâmâ, épico nacional composto no inicio do século X por Firdawsi, os "Cinco Poemas" (ou Khamsa) de Nizami (século XII), são fontes importantes de inspiração que se manifestam na arte do livro, mas também na relacionada com os objetos (cerâmica, tapeçaria...). As obras de alguns poetas místicos, como Saadi e Djami, dão também lugar a numerosas representações. As fábulas de origem indiana presentes na literatura árabe são frequentemente alvo de ilustrações nos ateliers de Bagdade e da Síria também vários livros como o alcorão. Também a literatura científica, como os tratados de astronomia, de mecânica ou de botânica, possui ricas ilustrações. Mesquita central de Lisboa
  • 16. A cultura islâmica Motivos abstratos. A caligrafia São numerosos e variados os motivos decorativos nesta forma de arte, desde os motivos geométricos aos arabescos. A caligrafia no islão é considerada uma actividade nobre e sagrada, tendo em vista que as suratas do Alcorão são consideradas palavras divinas. As representações de humanos e de animais são excluídas de obras religiosas. A caligrafia como arte está também presente em obras do domínio do profano.
  • 17. A cultura islâmica Os começos da arte islâmica (séculos VII-IX) Antes do aparecimento das dinastias. Sabe-se muito pouco sobre a arquitetura anterior ao aparecimento dos Omíadas (meados do século VII). O edifício mais importante anterior à era omíada é sem dúvida a "Casa do Profeta" situada em Medina. Esta casa, cujo estatuto é mais ou menos mítico, teria sido o primeiro lugar onde se reuniam os muçulmanos para rezar, embora o islão considere que a oração possa ser efetuada em qualquer local, desde que este esteja limpo. A Casa do Profeta possui uma importância considerável para a arquitetura islâmica, visto que ela seria o protótipo das mesquitas de planta árabe: um pátio e uma sala hispotila para as orações. Construída em materiais degradáveis (madeira e barro), não sobreviveu ao passar do tempo. A atual Mesquita do Profeta em Medina foi construída no local onde se julga que existia a casa. É difícil distinguir os primeiros objetos islâmicos dos objetos sassânidas e bizantinos, devido ao facto de partilharem as mesmas técnicas e motivos decorativos. Conhece-se uma abundante produção de cerâmica não vidrada, na qual se enquadra uma pequena tigela presente hoje no Museu do Louvre, cuja inscrição assegura a sua inserção no período islâmico. Os motivos decorativos mais importantes são os vegetais.
  • 18. A cultura islâmica Arte omíada Durante o período omíada, ocorre o desenvolvimento da arquitetura civil e religiosa, tendo se posto em prática novos conceitos e novos plantas. Assim, a planta árabe, com pátio e sala hipostila de orações, torna-se um modelo a partir da construção da Mesquita dos Omíadas em Damasco, que servirá como referência aos construtores posteriores. A Cúpula da Rocha em Jerusalém é sem dúvida um dos edifícios mais importantes de toda a arquitetura islâmica, marcada por um forte influência bizantina (mosaicos, planta centrada que recorda ao do Santo Sepulcro), embora já se notem elementos tipicamente islâmicos, como os frisos com inscrições. Os castelos do deserto da Palestina proporcionam também variadas informações quanto à arquitetura civil e religiosa desta época. Para além da arquitetura, os artistas trabalharam uma cerâmica ainda primitiva, não vidrada, e o metal. A distinção entre os objetos que pertencem a esta época e os da época pré-islâmica é pouco clara. Mesquita dos omíadas,
  • 19. A cultura islâmica Arte abássida Ao contrário do que sucede com os objetos do período omíada, os da era abássida estão bastante estudados. Com a deslocação dos centros de poder para este, entram em cena duas cidades que funcionaram como capitais califais, Bagdade e Samarra, situadas no que é hoje o Iraque. Se na cidade de Bagdade não foi possível realizar escavações, devido a estar hoje repleta de casas, os motivos dos estuques de Samarra, que foram bem estudados, permitindo datar os edifícios desta cidade. A cerâmica conhece duas importantes inovações: a invenção da faiança e do lustro metálico. Estas duas técnicas continuarão a ser usadas durante muito tempo após a queda da dinastia abássida. O período medieval (séculos IX-XV) A partir do século IX o poder abássida é contestado nas províncias que se encontram mais afastadas do centro do poder. Surgem vários califados que afirmam a sua independência face aos Abássidas, como os Omíadas do Al-Andalus (Península Ibérica) ou dos Fatímidas xiitas no Norte de África. No Irão dinastias que governadores administram autonomamente os territórios.
  • 20. A cultura islâmica Em 756 o único sobrevivente do massacre da família omíada em Damasco, perpetuado como forma dos Abássidas se instalarem no poder, chega à Península Ibérica, onde funda um emirado independente. Os seus descendentes governam o Al-Andalus até cerca de 1031, altura em que o Califado de Córdoba se dissolve. Segue-se um período de pequenos reinos, as taifas, até que o Al-Andalus é conquistado sucessivamente por duas dinastias norte-africanas, os Almorávidas e os Almóadas, que introduzem influências magrebinas na arte. No século XIII o poder islâmico na península resume-se ao reino de Granada, que é integrado na Espanha em 1492, ano em que foi conquistado pelos Reis Católicos.
  • 21. A cultura islâmica A partir de 1196, os Merínidas substituem o poder almóada. A partir da sua capital em Fez, os Merínidas participam em numerosas expedições militares quer na Península quer na Tunísia, onde não conseguem derrotar a dinastia dos Hafsidas. A partir do século XV o poder merínida entra em decadência e estes são substituídos pelos Xarifes no ano de 1549. Por sua vez os Hafsidas sobrevivem até à conquista otomana de 1574. O Al-Andalus é um grande centro de cultura medieval. Na arquitetura salienta-se a Mesquita de Córdoba, bem como a mesquita Bab Mardum em Toledo ou a cidade palatina de Madinat al-Zahra. Do período nasrida, destaca-se a Alhambra em Granada.
  • 22. A cultura islâmica Egito e Síria Os Fatímidas - uma das poucas dinastias xiitas no mundo islâmico - governaram o norte de África e o Egipto entre 909 e 1171. Um dos seus grandes legados foi a fundação da cidade do Cairo em 969. Esta dinastia estimula o aparecimento de uma importante arquitetura religiosa, bem como a produção de uma série de objetos em diversos materiais: cristal, cerâmica, metais incrustados, vidros opacos... Numerosos artistas da arte fatímida são cristãos coptas. Pela mesma altura na Síria, os atabegs (governadores árabes dos príncipes seljúcidas) conquistam o poder. Bastante independentes, jogam com a rivalidade existente entre os príncipes turcos e apoiam a instalação dos cruzados. Em 1117, Saladino conquista o Egito dos Fatímidas e funda a dinastia dos Aiúbidas. Este período não foi de grande relevância para a arquitetura, mas a produção de objetos de elevado valor artístico continua. A cerâmica e o metal incrustado de alta qualidade continuam a ser produzidos e o vidro esmaltado faz a sua aparição. Em 1250 os Mamelucos tomam o poder aos Aiúbudas no Egito e em 1261 impõem o seu poder na Síria. O poder dos Mamelucos prolonga-se até 1517; durante este período são construídos muitos edifícios.
  • 23. A cultura islâmica Técnicas da arte islâmica Urbanismo, arquitetura e decoração A arquitetura manifesta-se de diversas formas no mundo islâmico: mesquitas, madrasas (escolas religiosas), edifícios que funcionam como locais de retiro espiritual (como por exemplo, as arrábitas) e túmulos são alguns dos edifícios característicos dos países de tradição islâmica. A tipologia dos edifícios apresenta variações de acordo com as regiões e os períodos históricos. No coração do mundo árabe, o que corresponde ao Egito, Síria e Iraque, no período anterior ao século XIII, as mesquitas seguem todas a mesma planta, com um pátio e uma sala hispotila para as orações, mas variam bastante no que diz respeito à decoração e às formas. No Irão encontram-se especificidades próprias, como o emprego do tijolo e o uso de formas particulares como os iwans e o arco persa. Na Península Ibérica foi patente o gosto por uma arquitectura colorida, com o emprego de vários tipos de arcos (em ferradura, polilobados...). Na atual Turquia, a influência da civilização bizantina revela-se na construção de grandes mesquitas com grandes cúpulas, enquanto que na Índia da era mongol desenvolvem-se plantas próprias, que se afastam cada vez mais do modelo iraniano e colocam em relevância as famosas cúpulas bolbosas.
  • 24. A cultura islâmica A arte do livro A arte do livro é talvez a forma mais conhecida de expressão da arte islâmica, mas também a de mais difícil estudo. Ela agrega simultaneamente: a pintura; a encadernação; a caligrafia; a iluminura e a miniatura; A arte do livro é geralmente dividida em três domínios: árabe (manuscritos sírios, egípcios, magrebinos), persas (manuscritos criados no Irão, sobretudo a partir da era mongol) e indiano (manuscritos mongóis). Cada um destes grupos possui o seu próprio estilo, divisível por várias escolas, com os seus próprios artistas e convenções. Regista-se uma evolução paralela, que resulta em alguns casos das influências recíprocas ou da deslocação de artistas motivada por acontecimentos políticos.
  • 25. A cultura islâmica MAIS ARTE ISLÂMICA EM PORTUGAL MUSEU TURCO DA ARTE ISLÂMICA PRODUZIDO PROF: ISAIAS ALMEIDA TEXTO BASE: WIKIPÉDIA, COM CORREÇÕES