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O sistema imunológico atua para proteger o organismo de infecções. Essas
infecções podem ser causadas por vários agentes, incluindo bactérias, vírus,
fungos e parasitas. O sistema imunitário utiliza os linfócitos (ou outro tipo de
glóbulos brancos do sangue) e as imunoglobulinas (ou anticorpos) para
combater esses invasores externos.
As imunodeficiências podem ser de natureza congênita ou adquirida.

1.Imunodeficiência congênita
A desordem mais séria do sistema imunitário é aquela em que os indivíduos
não possuem linfócitos B nem linfócitos T.
Pessoas com este tipo de imunodeficiência, têm dificuldade em combater as
infecções devido à produção inadequada de anticorpos, ou seja, possuem um
funcionamento anormal da medula óssea.
Um enxerto de medula óssea compatível pode ser um tratamento eficaz.
Existem outras deficiências congênitas menos graves.
Imunodeficiência congênita ou inata:- Esta doença tanto afeta a resposta
humoral como a resposta mediada por células;
- Resulta de deficiências genéticas que se manifestam durante o
desenvolvimento embrionário.

Qual a sua origem e as suas conseqüências?
Esta incapacidade do sistema imunitário responder aos agentes patogênicos
resulta das malformações do timo, surgindo como conseqüência a deficiente
produção de linfócitos B, que se traduz numa maior sensibilidade a infecções
exteriores e na falta de linfócitos T, que se traduz numa maior sensibilidade a
agentes infecciosos intracelulares (vírus e cancros), o que torna os doentes
extremamente vulneráveis aos antígenos.
A mais grave Imunodeficiência inata:
A mais grave das imunodeficiências toma pelo nome de Imunodeficiência grave
combinada (SCID). Esta doença caracteriza-se pela ausência de linfócitos B e
T. Os doentes que sofrem desta doença são extremamente vulneráveis e
apenas sobrevivem em ambientes completamente estéreis.

Tratamentos possíveis:
- Transplante de medula;
- Terapia gênica (consiste na substituição de um gene defeituoso por um
funcional).

2. Imunodeficiência adquirida caso mais paradigmático, na atualidade, é o da
sida.
A Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, é uma doença viral causada pelo
vírus HIV, da família dos retrovírus, que afeta o sistema imunitário.
O alvo principal são os linfócitos T, fundamentais para a coordenação das
defesas do organismo. Assim que o número destes linfócitos desce abaixo de
certo nível; o colapso do sistema imunitário é possível, abrindo caminho a
doenças oportunistas que podem matar o doente. Além disso, o vírus da sida
causa numerosos danos por si só.




Como se transmite o HIV?
- Relação sexual (vaginal, anal e oral) ou por contacto com sangue infectado,
sêmen ou fluídos cervicais e vaginais. Este é o meio de transmissão mais
frequente em todo o mundo e o vírus HIV pode ser transmitido através de uma
pessoa infectada para o seu parceiro ou para a sua parceira. (homem para
mulher, mulher para homem, homem para homem, e menos provável mulher
para mulher);
- Transfusões de sangue ou derivados (obtidos através de doador infectado
pelo HIV);
- Agulhas, seringas ou instrumentos perfurantes contaminados pelo HIV;
- Transmissão materna de HIV/SIDA pode ocorrer durante a gravidez, parto e
aleitamento materno.

O HIV NÃO pode ser transmitido através de:
- Tosse ou espirro;
- Mordidas de insetos;
- Toque e abraço;
- Água ou comida;
- Beijo;
- Banhos públicos;
- Apertos de mão;
- Contacto no trabalho ou escola;
- Uso de banheiros;
- Uso de telefones;
- Piscinas;
- Uso de copos, xícaras, pratos ou outros utensílios.

Quais são os sintomas de infecção pelo HIV?
A maior parte das pessoas não tem sintomas quando ficam infectadas pelo
HIV. Algumas pessoas, contudo têm sintomas tipo gripe cerca de um a dois
meses após a exposição ao vírus. Os sintomas podem ser:
- Febre;
- Dores de cabeça;
- Cansaço;
- Aumento dos gânglios linfáticos (gânglios do sistema imunitário facilmente
palpáveis no pescoço e nas virilhas).
Estes sintomas, em geral, desaparecem dentro de uma semana a um mês e
são muitas vezes confundidos com outras infecções virais. Durante este
período, as pessoas são bastante infectantes e apresentam o HIV em grandes
quantidades nos fluídos genitais.

Como é diagnosticada a infecção pelo HIV?
Dado que a infecção pelo HIV não causa em geral sintomas um medico pode
fazer o diagnóstico pela pesquisa de anticorpos contra o HIV no sangue da
pessoas que se quer testar. Os anticorpos HIV em geral não atingem níveis
detectáveis no sangue entre um a três meses a seguir à infecção. Pode ser
preciso até seis meses para haver anticorpos em quantidade suficiente para
serem detectáveis pelos testes de sangue mais usados.
As pessoas expostas ao vírus devem fazer um teste o mais precocemente
possível, entre os 6 e os 12 meses após a exposição ao vírus. Fazendo os
testes as pessoas com infecção pelo HIV podem falar com o seu médico
quando será necessário iniciar tratamento no sentido de ajudar o seu sistema
imune a combater o HIV e ajudá-lo a prevenir certas doenças oportunistas.
Como pode ser tratada a infecção pelo HIV?
Os médicos podem prescrever inibidores não nucleotídeos da transcritas
reversa em combinação com outros fármacos antiretrovirais.
Estes medicamentos chamados inibidores das proteases interrompem a
replicação dos vírus numa parte mais avançada do ciclo.
Dado que o HIV se pode tornar resistente a alguns destes fármacos os
médicos têm que usar uma combinação deles para que efetivamente o vírus
seja suprimido. Quando os inibidores da transcritas reversas e os inibidores
das proteases são usados em conjunto diz-se que é uma terapêutica
antiretroviral altamente ativa que pode ser usada em doentes com o vírus do
HIV.

Como pode ser prevenida a infecção pelo HIV?
Dado que não há vacina para o HIV a única forma de prevenção, da infecção
pelo vírus, é evitar comportamentos de risco, tais como a troca de seringas e o
sexo não protegido.


Síndrome da imunodeficiência adquirida


   Síndrome da imunodeficiência adquirida




       A fita vermelha é um símbolo da
 solidariedade pelas pessoas infectadas com
  o HIV e por aquelas que têm de viver com
                     SIDA.
      Classificação e recursos externos
 CID-10                  B24
 CID-9                   042
 DiseasesDB              5938
 MedlinePlus             000594
 eMedicine               emerg/253
 MeSH                    D000163
                   Aviso médico
Síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA, normalmente em Portugal,
ou AIDS, mais comum no Brasil) é umadoença do sistema
imunológico humano causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).[1][2]
[3]
    Esta condição reduz progressivamente a eficácia do sistema imunológico e
deixa as pessoas suscetíveis a infecções oportunistas etumores. O HIV é
transmitido através do contato direto de uma membrana mucosa ou na corrente
sanguínea com umfluido corporal que contêm o HIV, tais
como sangue, sêmen, secreção vaginal, fluido preseminal e leite materno.[4]
[5]
    Esta transmissão pode acontecer durante o sexo
anal, vaginal ou oral, transfusão de sangue, agulhas hipodérmicas
contaminadas, o intercâmbio entre a mãe e o bebê durante
a gravidez, parto, amamentação ou outra exposição a um dos fluidos corporais
acima.
A aids hoje é considerada uma pandemia.[6] Em 2007, estimava-se que 33,2
milhões de pessoas viviam com a doença em todo o mundo e que a aids tenha
matado cerca de 2,1 milhões de pessoas, incluindo 330.000 crianças. [7] Mais de
três quartos dessas mortes ocorreram na África Subsaariana.[7]
A pesquisa genética indica que o HIV teve origem na África centro-ocidental
durante o século XIX e início do século XX.[8][9] A aids foi reconhecida pela
primeira vez pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados
Unidos, em 1981, e sua causa, o HIV, foi identificado no início dos anos 1980.
[10]


Embora os tratamentos para a AIDS e HIV possam retardar o curso da doença,
não há atualmente nenhuma cura ouvacina. O tratamento antirretroviral reduz a
mortalidade e a morbidade da infecção pelo HIV, mas estes medicamentos são
caros e o acesso a medicamentos antirretrovirais de rotina não está disponível
em todos os países.[11] Devido à dificuldade em tratar a infecção pelo HIV, a
prevenção da infecção é um objetivo-chave para controlar a pandemia da
AIDS, com organizações de promoção da saúde do sexo seguro e programas
de troca de seringas na tentativa de retardar a propagação do vírus.


História e origem


A AIDS foi primeiramente relatada 5 de junho de 1981, quando o Centro para
Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, registrou
oPneumocystis carinii (conhecida por ser causada por Pneumocystis jirovecii)
em cinco homossexuais em Los Angeles, Califórnia.[12] No início, o CDC não
tinha um nome oficial para a doença, muitas vezes referindo-se a ela por meio
das doenças que foram associados a ela, como por exemplo a linfadenopatia, a
doença que os descobridores do HIV originalmente nomearam o vírus.[13]
[14]
     Eles também utilizaram o nome "Sarcoma de Kaposi e infecções
oportunistas", nome pelo qual uma força-tarefa havia sido criada em 1981.[15]
Na imprensa geral, o termo "GRID", sigla para gay-related immune deficiency,
já havia sido cunhado.[16] O CDC, em busca de um nome e observando as
comunidades infectadas, criou o termo "a doença dos 4Hs", referindo-se
aos haitianos, homossexuais, hemofílicos e usuários de heroína.[17] No entanto,
depois de determinar que a AIDS não era uma doença exclusiva da
comunidade homossexual,[15] o termo "GRID" tornou-se enganoso e o termo
"AIDS" foi criado em uma reunião em julho de 1982.[18] Em setembro 1982, o
CDC começou a usar o nome de AIDS e adequadamente definiu da doença. [19]
A mais antiga identificação positiva do vírus HIV conhecida vem
do Congo em 1959 e 1960, embora os estudos genéticos indicam que o vírus
tenha passado para a população humana vindo de chimpanzés em torno de
cinquenta anos antes.[9] Um estudo recente afirma que o HIV provavelmente
mudou da África para o Haiti e, em seguida, entrou nos Estados Unidos em
torno de 1969.[20]
O vírus HIV descende do vírus da imunodeficiência símia (SIV), que
infecta símios e macacos na África. Há evidências de que os seres
humanos que participam de atividades de caça de animais selvagens, seja
como caçadores ou como vendedores de carne de caça, normalmente
adquirem o SIV.[21] No entanto, apenas algumas destas infecções foram
capazes de causar epidemias em humanos e todas só aconteceram o final
do século XIX e início do século XX. Para explicar por que o HIV se tornou
epidemia só nessa época, existem várias teorias, cada uma invocando fatores
de condução específica que podem ter promovido a adaptação do SIV nos
seres humanos ou a propagação inicial: mudanças sociais após o colonialismo,
[22]
     rápida transmissão do SIV através de injeções inseguras ou não-
esterilizadas (isto é, injeções em que a agulha é reutilizada sem ser
esterilizada),[23] abusos coloniais e vacinação contra a varíola através de
injeções inseguras[24]ou a prostituição e a frequência elevada de doenças
concomitantes à úlcera genital (como a sífilis) em nascente cidades coloniais.[25]
[26]


A teoria mais controversa sugere que a AIDS foi, inadvertidamente, iniciada no
final dos anos 1950 no Congo Belga durante as pesquisas de Hilary
Koprowski para a criação de uma vacina contra a poliomielite.[27][28] De acordo
com o consenso científico, essa hipótese não é apoiada pelas evidências
disponíveis.[29][30][31]
[editar]Progressão e sintomas




Em vermelho níveis de HIV, em azul níveis de linfócitos T CD4+




Principais sintomas da AIDS (legendas em inglês).
A manifestação inicial do HIV, presente em 50 a 70% dos casos, é
semelhante[32] a uma gripe ou mononucleose infecciosa e ocorre 2 a 4 semanas
após a infecção. Pode haver febre, mal-estar,linfadenopatia (gânglios
linfáticos inchados), eritemas (vermelhidão cutânea), e/ou meningite viral. Estes
sintomas são geralmente ignorados, ou tratados enquanto gripe, e acabam por
desaparecer, mesmo sem tratamento, após algumas semanas. Nesta fase há
altas concentrações de vírus, e o portador é altamente infeccioso. [33]
A segunda fase é caracterizada por baixas quantidades dos vírus, que se
encontram apenas nos reservatórios dos gânglios linfáticos, infectando
gradualmente mais e mais linfócitos T CD4+; e nos macrófagos. Nesta fase,
que dura em média 10 anos, o portador é soropositivo, mas não desenvolveu
ainda SIDA/AIDS. Ou seja, ainda não há sintomas, mas o portador pode
transmitir o vírus. Os níveis de T CD4+ diminuem lentamente e ao mesmo
tempo diminui a resposta imunitária contra o vírus HIV, aumentando lentamente
o seu número, devido à perda da coordenação dos T CD4+ sobre os eficazes T
CD8+ e linfócitos B (linfócitos produtores de anticorpo).[34]
A terceira fase, a da SIDA, inicia-se quando o número de linfócitos T CD4+
desce abaixo do nível crítico (200/mcl), o que não é suficiente para haver
resposta imunitária eficaz contra invasores. Começam a surgir cansaço, tosse,
perda de peso, diarreia, inflamação dos gânglios linfáticos e suores noturnos,
devidos às doenças oportunistas, como a pneumonia por Pneumocystis
jiroveci, os linfomas, infecção dos olhos por citomegalovírus, demência e
o sarcoma de Kaposi. Sem tratamento, ao fim de alguns meses ou anos a
morte é inevitável. O uso adequado da Terapia Antirretroviral garante que o
paciente sobreviva por um período mais longo, apesar de conviver com efeitos
colaterais dos medicamentos.[35][36]
Excepções a este esquema são raras[37]. Os muito raros "long term non-
progressors" são aqueles indivíduos que permanecem com contagens de T
CD4+ superiores a 600/mcl durante longos períodos. Estes indivíduos talvez
tenham uma reação imunitária mais forte e menos suscetível à erosão contínua
produzida pelo vírus, mas detalhes ainda são desconhecidos.
Síndromes clínicas




Sarcoma de Kaposi.
As doenças oportunistas são doenças causadas por agentes, como outros
vírus, bactérias e parasitas, que embora sejam comuns em nosso meio,
normalmente não causam doença ou causam apenas doenças
leves/moderadas, devido à resposta imunitária eficiente. No doente com
SIDA/AIDS, que por definição não possuem resposta imunitária eficiente,
manifestam-se como doenças potencialmente mortais:

   1. Infecções por vírus: Citomegalovirus, Herpes simples, Epstein-Barr.
   2. Infecções por bactérias: Complexo Mycobacterium avium, outras
       micobactérias que normalmente não causam doenças, Mycobacterium
       tuberculosis, Salmonella, outras
   3. Infecções por fungos: candidíase da boca e do esôfago (por Candida
       albicans, uma levedura); pneumonia porPneumocystis
       carinii; Criptococose, Histoplasmose, Coccidiomicose.
4. Infecções por parasitas: Toxoplasmose, Criptosporidiose, Isosporíase.
   5. Neoplasias: cancros como linfoma e linfoma de Hodgkin, causado pelo
       vírus Epstein-Barr, sarcoma de Kaposi

Outras condições incluem encefalopatia causada por HIV que leva à demência
e é uma ação direta do vírus nos micróglios (células cerebrais semelhantes a
macrófagos) que infecta. Um achado característico é a leucoplasia
pilosa (placa branca pilosa na boca) devida ao vírus Epstein-Barr.
Causa
A AIDS é a última consequência clínica da infecção pelo HIV. O HIV é
um retrovírus, ou seja é um vírus com genoma de RNA, que infecta as células
e, através da suaenzima transcriptase reversa, produz uma cópia do seu
genoma em DNA e incorpora o seu próprio genoma no genoma humano,
localizado no núcleo da célula infectada. O HIV é quase certamente derivado
do vírus da imunodeficiência símia. Há dois vírus HIV, o HIV que causa a
SIDA/AIDS típica, presente em todo o mundo, e o HIV-2, que causa uma
doença em tudo semelhante, mais frequente na África Ocidental, e também
existente em Portugal.O HIV reconhece a proteína de membrana CD4,
presente nos linfócitos T4 e macrófagos, e pode ter receptores para outros dois
tipos de moléculas presentes na membrana celular de células humanas: o
CCR5 e o CXCR4. O CCR5 está presente nos macrófagos e o CXCR4 existe
em ambos macrófagos e linfócitos T4, mas em pouca quantidade nos
macrófagos. O HIV acopla a essas células por esses receptores (que são
usados pelas células para reconhecer algumas citocinas, mais
precisamente quimiocinas), e entra nelas fundindo a sua membrana com a da
célula. Cada virion de HIV só tem um dos receptores, ou para o CCR5, o virion
M-trópico, ou para o CXCR4, o virion T-trópico. Uma forma pode-se converter
na outra através de mutações no DNA do vírus, já que ambos os receptores
são similares.




Micrografia eletrônica de varredura deHIV-1, em cor verde, saindo de
um linfócitocultivado.
A infecção por HIV normalmente é por secreções genitais ou sangue. Os
macrófagos são muito mais frequentes que os linfócitos T4 nesses liquidos, e
sobrevivem melhor, logo os virions M-trópicos são normalmente aqueles que
transmitem as infecções. No entanto, como os M-trópicos não invadem os
linfócitos, eles não causam a diminuição dos seus números, que define a SIDA.
No entanto, os M-trópicos multiplicam-se e rapidamente
surgemvirions mutantes que são T-trópicos.
Os virions T-trópicos são pouco infecciosos, mas como são invasores dos
linfócitos, são os que ultimamente causam a imunodeficiência. É sabido que os
raros indivíduos que não expressam CCR5 por defeito genético não adquirem o
vírus da HIV mesmo se repetidamente em risco.
O HIV causa danos nos linfócitos, provocando a sua lise, ou morte celular,
devido à enorme quantidade de novos virions produzidos no seu interior,
usando a sua maquinaria de síntese de proteínas e de DNA. Outros linfócitos
produzem proteínas do vírus que expressam nas suas membranas e são
destruídos pelo próprio sistema imunitário. Nos linfócitos em que o vírus não se
replica mas antes se integra no genoma nuclear, a sua função é afectada,
enquanto nos macrófagos produz infecção latente na maioria dos casos. Julga-
se que os macrófagos sejam um reservatório do vírus nos doentes, sendo outro
reservatório os gânglios linfáticos, para os quais os linfócitos infectados
migram, e onde disseminam os virions por outros linfócitos aí presentes.
É irónico como a resposta imunitária ao HIV nas primeiras semanas de
infecção é eficaz em destruí-lo, mas as concentrações de linfócitos nos
gânglios linfáticos devido à resposta vigorosa levam a que os virions
sobreviventes infectem gradualmente mais e mais linfócitos, até que a resposta
imunitária seja revertida. A reacção eficaz é feita pelos linfócitos T8, que
destroem todas as células infectadas. Contudo, os T8, como todo o sistema
imunitário, está sob controlo de citocinas (proteínas mediadoras) produzidas,
pelos T4, que são infectados. Eles diminuem em número com a progressão da
doença, e a resposta inicialmente eficaz dos T8 vai sendo enfraquecida. Além
disso as constantes mutações do DNA do HIV mudam a conformação das
proteínas de superfície, dificultando continuamente o seu reconhecimento.
Diagnóstico
O diagnóstico de AIDS em uma pessoa infectada com o HIV é baseado na
presença de certos sinais ou sintomas. Desde 5 de junho de 1981, muitas
definições têm sido desenvolvidas para a vigilância epidemiológica. No entanto,
o estadiamento clínico dos pacientes não era um destino para esses sistemas,
pois eles não são sensíveis nem específicos. Nos países em
desenvolvimento é usado o sistema de estadiamento da Organização Mundial
da Saúde para infecção pelo HIV e para a doença, através de dados clínicos e
de laboratório. Em países desenvolvidos, o sistema de classificação
do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) é usado.
Classificação da OMS
Em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) agrupou essas infecções e
condições em conjunto através da introdução de um sistema de estadiamento
para pacientes infectados com HIV-1.[39] Uma atualização ocorreu em setembro
de 2005. A maioria dessas condições são infecções oportunistas que são
facilmente tratáveis em pessoas saudáveis.

•       Estágio I: infecção pelo HIV é assintomática e não classificada como
    AIDS;
•       Estágio II: inclui pequenas manifestações mucocutâneas e recorrentes
    infecções do trato respiratório superior;
•       Estágio III: inclui diarreia crônica inexplicada por mais de um mês, as
    infecções bacterianas e a tuberculose pulmonar;
•       Estágio IV: inclui
    a toxoplasmose cerebral, candidíase do esôfago, traqueia, brônquios e pul
    mões e o sarcoma de Kaposi; essas doenças são indicadores da AIDS.
Sistema de classificação do CDC
Existem duas principais definições para a AIDS, ambos produzidos
pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC). A velha definição é a
referência para a AIDS usando doenças que eram associados a ela, como por
exemplo a linfadenopatia, a doença que os descobridores do HIV originalmente
nomearam o vírus.[13][14]Em 1993, o CDC expandiu a sua definição para a AIDS
incluindo todas as pessoas HIV positivas com contagens de células T CD4 +
abaixo de 200 por l de sangue ou 14% do total de linfócitos.[40] A maioria dos
novos casos de aids nos países desenvolvidos usam essa definição ou a
definição pré-1993 do CDC. O diagnóstico de AIDS ainda está de pé, mesmo
que, após o tratamento, a contagem de células CD4 + T sobe para acima de
200 por l de sangue ou outras doenças definidoras da AIDS são curados.
Teste de HIV
Muitas pessoas desconhecem que estão infectadas com o HIV. [41] Menos de
1% da população sexualmente ativa urbana na África foi testada e esta
proporção é ainda menor em populações rurais. Além disso, apenas 0,5% das
mulheres grávidas que frequentam as unidades de saúde urbana são
aconselhadas, testadas ou recebem os seus resultados. Mais uma vez, essa
proporção é ainda menor nas unidades de saúde rurais. [41] Assim, os produtos
de doadores de sangue e do sangue utilizado em medicina e pesquisa médica
são rastreados para o HIV.
Testes de HIV são geralmente realizados no sangue venoso. Muitos
laboratórios utilizam testes de quarta geração de triagem que detectam
anticorpos anti-HIV (IgG e IgM) e do antígeno p24 do HIV. A detecção de
anticorpos anti-HIV ou antígeno em um paciente previamente conhecido como
negativo, é evidência de infecção pelo HIV. Indivíduos cuja primeira amostra
indica evidências de infecção pelo HIV terão uma repetição do teste em uma
segunda amostra de sangue para confirmar os resultados.
O período de janela imunológica (tempo entre a infecção inicial e o
desenvolvimento de anticorpos detectáveis contra a infecção) pode variar, uma
vez que pode levar 3-6 meses para soroconversão e teste positivo. A detecção
do vírus usando a reação em cadeia da polimerase (PCR) durante o período de
janela é possível e as evidências sugerem que uma infecção pode ser
detectada mais cedo do que quando se utiliza um teste de despistagem de
quarta geração de AIA.
Os resultados positivos obtidos por PCR são confirmados por testes de
anticorpos. Testes de HIV rotineiramente utilizados para a infecção em recém-
nascidos e lactentes (isto é, pacientes com menos de 2 anos), nascidos de
mães HIV-positivas, não têm valor por causa da presença de anticorpos
maternos para o HIV no sangue da criança. A infecção pelo HIV só pode ser
diagnosticada por PCR, o teste para HIV DNA pró-viral em linfócitos de
crianças
Prevenção
    Estimativa de aquisição do HIV por método de contágio [45]
                                           Risco por 10 000
                                          exposições a uma
         Forma de exposição
                                         pessoa infectada em
                                              tratamento
Transfusão de sangue                      9.000[46]
Nascimento                                2.500[47]
Uso compartilhado de seringa              67[48]
Agulha cortante                           30[49]
Penetração vaginal receptiva *            10[50][51][52]
Penetração vaginal insertiva *            5[50][51]
Penetração anal receptiva*                50[50][51]
Penetração anal insertiva*                6.5[50][51]
Penetração oral receptiva*§               1[51]§
Penetração oral insertiva*§               0.5[51]§
              *
                assumindo o não uso de preservativo
§
    Fonte refere-se ao relacionamento sexual praticado no homem
As três principais vias de transmissão do HIV são: contato sexual, exposição a
fluidos ou tecidos corporais infectados e da mãe para o feto ou criança durante
o período perinatal. É possível encontrar o HIV na saliva, lágrimas e urina dos
indivíduos infectados, mas não há casos registados de infecção por essas
secreções e o risco de infecção é insignificante.[53] O tratamento antirretroviral
em pacientes infectados também reduz significativamente sua capacidade de
transmitir o HIV para outras pessoas, reduzindo a quantidade de vírus em seus
fluidos corporais para níveis indetectáveis. [54]
Contato sexual
A maioria das infecções por HIV são adquiridas através de relações sexuais
desprotegidas entre parceiros, um dos quais sendo portador do HIV. O principal
modo de contaminação pelo HIV é através de contato sexual entre membros do
sexo oposto.[55][56][57]




O preservativo é o metódo mais eficaz de prevenção contra o HIV/AIDS e
outrasDSTs.
Durante um ato sexual, apenas preservativosmasculinos ou femininos podem
reduzir o risco de infecção por HIV e outras DSTs. A melhor evidência até
agora indica que o uso do preservativo em todas as relações sexuais reduz o
risco típico de transmissão heterossexual do HIV em quase 100%.
O preservativo masculino de látex, se usado corretamente sem lubrificantes à
base de petróleo, é a única tecnologia disponível mais eficaz para reduzir a
transmissão sexual do HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. Os
fabricantes recomendam que lubrificantes à base de petróleo, como vaselina,
não devem ser utilizados com preservativos de látex, porque dissolvem o
material, fazendo com que o preservativo fique poroso. Se a lubrificação é
desejada, os fabricantes recomendam usarlubrificantes à base de água. Os
lubrificantes à base de óleo pode ser usado com preservativos de poliuretano.
Os preservativos femininos são feitos geralmente de poliuretano, mas também
são feitos de látex e borracha nitrílica. Eles são maiores do que os
preservativos masculinos e têm uma abertura mais rígida em forma de anel
com um anel interno projetado para ser introduzido na vaginamantendo o
preservativo em seu lugar, inserir o preservativo feminino requer apertar o anel.
Preservativos femininos foram apresentados como uma estratégia importante
de prevenção do HIV. Atualmente, a disponibilidade de preservativo feminino é
muito baixa e o preço continua a ser proibitivo para muitas mulheres.
Estudos sobre casais com um dos parceiros infectado mostram que, com o uso
consistente do preservativo, as taxas de infecção pelo HIV para o parceiro não
infectado são inferiores a 1% ao ano.[61] As estratégias de prevenção são bem
conhecidas nos países desenvolvidos, mas estudos epidemiológicos e
comportamentais na Europa e América do Norte sugerem que uma minoria
significativa de jovens continuam a exercer práticas de alto risco, apesar do
conhecimento de HIV/AIDS, subestimando seu próprio corpo a se infectar com
o HIV.
Ensaios clínicos randomizados têm demonstrado que a circuncisão masculina
reduz o risco de infecção por HIV entre homens heterossexuais em até
60%.Espera-se que este procedimento seja promovido activamente em muitos
dos países afetados pelo HIV, embora isso implicará enfrentar uma série de
questões práticas e culturais. No entanto, os programas para incentivar a
utilização do preservativo, nomeadamente fornecendo-lhes gratuitamente
àqueles em situação depobreza, são estimados em ser 95 vezes mais eficazes
do que a circuncisão em reduzir a taxa de HIV na África subsaariana.
Contato com fluidos corporais infectados
Fora do organismo, o HIV pode sobreviver por algumas horas, mas não
consegue perfurar a pele de uma pessoa. A transmissão do vírus ocorre
geralmente por meio de sangue, esperma e secreções vaginais contaminados.
Por isso, algumas medidas de prevenção contra a Aids consistem em:
certificar-se de que o sangue a receber numa transfusão não esteja
contaminado (nem com vírus HIV, nem da hepatite, dentre outros); utilizar
apenas agulhas e seringas descartáveis, que devem ser usadas uma única
vez. Utilizar preservativos (camisinha) nas relações sexuais
Os trabalhadores de saúde podem reduzir a exposição ao HIV através do
emprego de precauções para reduzir os riscos de exposição
a sangue contaminado. Essas precauções incluem barreiras, como luvas,
máscaras, proteção dos olhos e jalecos que evitar a exposição da pele ou
mucosas com patógenos transmitidos pelo sangue. A lavagem frequente e
cuidadosa da pele imediatamente após terem sido contaminados com sangue
ou outros fluidos corporais podem reduzir a chance de infecção. Finalmente,
objetos cortantes como agulhas, bisturis e vidro, têm que ser cuidadosamente
eliminados para evitar ferimentos provocados por agulhas contaminadas. [
 Como o uso de drogas injetáveis é um fator importante na transmissão do HIV
nos países desenvolvidos, as estratégias de redução de danos, tais como
programas de troca de seringas são usados na tentativa de reduzir as
infecções causadas pelo abuso de drogas.
Transmissão da mãe para a criança
As recomendações atuais indicam que, quando a substituição da alimentação é
aceitável, factível, acessível, sustentável e segura, as mães infectadas pelo
HIV devem evitar amamentar seus bebês. No entanto, se este não for o caso, a
amamentação exclusiva é recomendada durante os primeiros meses de vida e
descontinuada o mais breve possível.[69] Note-se que as mulheres podem
amamentar as crianças que não são suas, como as amas de leite.
Tratamento


Não existe atualmente nenhuma vacina disponível para o HIV ou a cura para o
HIV ou para a AIDS. Os únicos métodos conhecidos de prevenção baseiam-se
evitar a exposição ao vírus ou, na falta desta, um tratamento antirretroviral
diretamente após uma exposição, chamado profilaxia pós-exposição (PEP). A
PEP tem um calendário muito exigente de quatro semanas de dosagem. Ela
também tem efeitos secundários muito desagradáveis incluindo diarreia, mal
estar, náuseas efadiga.
Tratamento antiviral




Abacavir – um análogo nucleosídeo inibidor da transcriptase reversa (NRTIs ou
NARTI)



Estrutura química do Abacavir
Fármacos usados no tratamento da infecção por HIV interferem com funções
da biologia do vírus que são suficientemente diferentes de funções de células
humanas:

   1. Existem inibidores da enzima transcriptase reversa que o vírus usa para
      se reproduzir e que não existem nas células humanas:
      •     AZT, ddC, ddI, d4T, ABC (todos análogos de nucleótidos)

       •     nevirapina, delavirdina, efavirenz (inibidores diretos da proteína),
           outros.
       •      Inibidores da protease que cliva as proteínas do vírus após
           transcrição: saquinavir, indinavir, nelfinavir,amprenavir, ritonavir, ata
           zanavir, darunavir, tipranavir e outros.
       •     Inibidores da enzima integrase, que faz com que o material
           genético do vírus entre no núcleo da célula:raltegravir.
       •      Inibidores do CCR5, impedindo um dos passos de ligação do HIV
           à célula alvo: maraviroc, vicriviroc.
       •     Inibidores de fusão, impedindo que o vírus funda seu envelope à
           membrana plasmática da célula alvo:enfuvirtida.

Hoje em dia o uso de medicamentos é em combinações de um de cada dos
três grupos. Estes cocktails/coquetéis de antivíricos permitem quase
categorizar, para quem tem acesso a eles, a SIDA em doença crónica. Os
portadores de HIV que tomam os medicamentos sofrem de efeitos adversos
extremamente incomodativos, diminuição drástica da qualidade de vida, e
diminuição significativa da esperança de vida. Contudo é possível que não
morram diretamente da doença, já que os fármacos são razoavelmente
eficazes em controlar o número de virions. Contudo houve recentemente
notícias de um caso em Nova Iorque cujo vírus já era resistente a todos os
medicamentos, e essas estirpes poderão "ganhar a corrida" com as empresas
farmacêuticas.
Os medicamentos atuais tentam diminuir a carga de vírus, evitando a baixa do
número de linfócitos T CD4+, o que aumenta a longevidade do paciente e a
sua qualidade de vida. Quanto mais cedo o paciente começar a ser tratado
com medicamentos maior a chance de evitar o desenvolvimento das doenças
oportunistas.
No Brasil, o Ministério da Saúde aborda o tratamento da doença da seguinte
maneira: pacientes assintomáticos sem contagem de linfócitos T CD4+
disponível - não tratar; pacientes assintomáticos com CD4 > 350 células/mm3 -
não tratar; pacientes assintomáticos com CD4 entre 200 e 350 células/mm3 -
considerar tratamento; pacientes assintomáticos com CD4 < 200 células/mm3 -
tratar e realizar profilaxia contra as doenças oportunistas mais comuns;
pacientes sintomáticos - tratar e realizar profilaxia contra as doenças
oportunistas mais comuns.
Sabe-se que o risco do desenvolvimento de infecções oportunistas (curto
prazo) é baixo, muitos especialistas preferem não iniciar o tratamento e
monitorar o paciente com contagens de linfócitos T CD4+ e quantificação da
carga viral plasmática. Se a contagem de linfócitos T-CD4+ não for realizada, o
tratamento deverá ser iniciado. E ao se optar pelo início do tratamento, é
indispensável verificar a motivação do paciente e a probabilidade de adesão do
mesmo antes de iniciar o tratamento, já que diferentes níveis de adesão podem
levar a emergência de resistência ao tratamento (Guia de Tratamento,
Ministério da Saúde, Brasil, 2004).
Como não há cura ou vacina, a prevenção tem um aspecto fundamental,
nomeadamente práticas de sexo seguro como o uso de preservativo (ou
"camisinha") e programas de troca de seringas nos toxicodependentes.
O tratamento anti-HIV causa lipodistrofia entre 15% a 50% dos pacientes
Cura e vacina
As pesquisas sobre Aids costumam receber muitas verbas. Apesar disso, sua
cura ainda não foi descoberta, nem foi desenvolvida uma vacina. O que existe
atualmente são vários remédios (alguns chamados de coquetéis) que
aumentam a sobrevida dos portadores do vírus. Muitas pessoas que não
apresentam sintomas podem viver muito tempo sem saber que são portadoras.
Outras que manifestam sintomas, quando tratadas adequadamente, podem
levar uma vida praticamente normal. Existem pessoas que são portadoras do
vírus HIV há mais de dez anos levando uma vida completamente normal.
Em 2007, médicos de uma clínica na Alemanha conseguiram curar um
paciente com SIDA (AIDS) e leucemia. Os médicos escolheram um doador que
tivesse uma mutação no seu DNA capaz de defender o sistema contra o HIV.
Após isso, fizeram o transplante de medula óssea no portador da SIDA e
leucemia. A surpresa veio ao fazer novos testes, descobriu-se que o vírus HIV
tinha sumido do sistema do paciente. Atualmente o paciente já está há mais de
dois anos sem o vírus HIV e sem a leucemia. Contudo, a doença ainda pode
estar escondida no corpo do paciente. No entanto, o médico que realizou a
operação quis "minimizar as falsas esperanças" geradas pelo sucesso da
operação, que já foi retratada nas revistas especializadas, já que foi obtida em
um caso "muito concreto" e durante o tratamento de outra doença grave.
Espera-se que este caso abra caminho para curar outros infectados. Em 2011,
o Conselho Superior de Pesquisa Científica da Espanha (CSIC, na sigla em
espanhol) anunciou ter criado uma vacina que foi capaz de criar uma respostas
imunológica contra o vírus HIV em 90% dos voluntários, mantendo seu efeito
após um ano em 85% deles.
O Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta da SIDA, Luc Montagnier,
acredita que daqui a alguns anos será possível pelo menos parar com a
transmissão da doença.
Epidemiologia




Prevalência do HIV/AIDS por país (2008):
 Sem dados
 menos que 0,1%
 0,1-0,5%
 0,5-1%
 1-5%
 5-15%
 15-50%




Estimativa de pessoas vivendo com o HIV/AIDS por país.
A pandemia da AIDS também pode ser vista como várias epidemias de
subtipos distintos, os principais fatores na sua propagação é a transmissão
sexual e a transmissão vertical de mãe para filho no nascimento e através
do leite materno.[6] Apesar da recente melhoria do acesso ao tratamento
antirretroviral e os cuidados de prevenção em muitas regiões do mundo, a
pandemia da AIDS custou cerca 2,1 milhões de vidas (variação de 1,9-2,4
milhões) em 2007, sendo que 330.000 pessoas eram menores de 15 anos.
[7]
    Globalmente, cerca de 33,2 milhões de pessoas viviam com o HIV em 2007,
incluindo 2,5 milhões de crianças. Estima-se que 2,5 milhões (variação de 1,8-
4,1 milhões) pessoas foram infectadas em 2007, incluindo 420 mil crianças.
A África Subsariana continua sendo de longe a região mais afetada. Estima-se
que em 2007, a região continha 68% de todas as pessoas vivendo com AIDS e
76% de todos os óbitos por AIDS, com 1,7 milhões de novas infecções levando
o número de pessoas vivendo com HIV para 22,5 milhões, com 11,4 milhões
de órfãos da aids vivendo na região. Ao contrário de outras regiões, a maioria
das pessoas vivendo com o HIV na África subsaariana em 2007 (61%) eram
mulheres. A prevalência em adultos em 2007 foi estimada em 5,0% e a AIDS
continua a ser a maior causa de mortalidade nesta região do planeta.
A África do Sul tem a maior população de portadores do HIV no mundo,
seguida pela Nigéria e pela Índia. O Sul e o Sudeste da Ásia são a segunda
região pior afetado e, em 2007, estima-se que esta região continha 18% de
pessoas vivendo com a AIDS e um cerca de 300.000 óbitos devido a doença. A
Índia tem cerca de 2,5 milhões de infecções e uma prevalência estimada de
adultos de 0,36%. A expectativa de vida da população caiu drasticamente
nos países mais afetados; por exemplo, em 2006, estimou-se que caiu de 65
para 35 anos em Botswana.[
Nos Estados Unidos, jovens mulheres afro-americanas também estão em risco
invulgarmente elevado de infecção pelo HIV. Os afro-americanos formam 10%
da população, mas cerca de metade dos casos de HIV/AIDS em todo os
Estados Unidos. Isto acontece devido em parte à falta de informações sobre
AIDS e uma percepção de que eles não são vulneráveis, bem como ao acesso
limitado aos recursos de saúde e uma maior probabilidade de contato sexual
sem proteção.
Brasil
No Brasil, estima-se que existam 630 mil pessoas vivendo com o HIV. De 1980
(o início da epidemia) até junho de 2009, foram registrados 217.091 óbitos em
decorrência da doença. Cerca de 33 mil a 35 mil novos casos da doença são
registrados todos os anos no país. A região Sudeste tem o maior percentual
(59%) do total de notificações por ser a mais populosa do país, com 323.069
registros da doença. O Sul concentra 19% dos casos; o Nordeste, 12%;
o Centro-Oeste, 6%; e a região Norte, 3,9%. Dos 5.564 municípios brasileiros,
87,5% (4.867) registraram pelo menos um caso da doença. [
Portugal
Desde 1983 até 2009, a doença já infectou quase 35 mil pessoas em Portugal.
Cultura e sociedade
Estigma




Ryan White tornou-se uma criança símbolo do HIV depois de ser expulso da
escola por causa de sua infecção.
Não se pega Aids convivendo socialmente com um soropositivo. Apertar a
mão, abraçar ou compartilhar o uso de utensílios domésticos não traz nenhum
risco de contágio.
No entanto, o estigma da AIDS existe no mundo em uma variedade de
maneiras, incluindo o ostracismo, rejeição, discriminação e evitação de
pessoas infectadas pelo HIV; teste obrigatório de HIV sem o consentimento
prévio ou de proteção da confidencialidadedas pessoas; a violência contra
indivíduos infectados pelo HIV ou pessoas que são percebidas como infectadas
pelo HIV e pessoas em quarentena de infectados pelo HIV. O medo da
violência e do preconceito impede que muitas pessoas que procuram fazer
o teste de HIV retornem para ver o resultado ou iniciem o tratamento,
transformando o que poderia ser uma doença crônica tratável em uma
sentença de morte, perpetuando a propagação do HIV.
O estigma foi dividido em três categorias a seguir:

•      Reflexo do medo e do receio de que possam ser associados com
    alguma doença mortal e transmissível.
•      O uso de HIV/AIDS para expressar atitudes em relação aos grupos
    sociais e estilos de vida que alguns acreditam ser associado com a doença.
•      Estigmatização de pessoas ligadas à questão do HIV/AIDS ou pessoas
    HIV-positivas.[

Muitas vezes, o estigma da AIDS é expresso em conjunto com um ou mais
estigmas, particularmente aqueles associadas com
ahomossexualidade, bissexualidade, promiscuidade, prostituição e uso de
drogas intravenosas.
Em muitos países desenvolvidos, há uma associação entre a aids e a
homossexualidade ou a bissexualidade, e esta associação está relacionada
com níveis mais elevados de preconceito sexual, tais como atitudes anti-
homossexuais. Existe também uma associação preconceituosa entre a aids e
todo tipo de comportamento sexual entre dois homens, incluindo o sexo entre
homens não infectados.
Impacto econômico




Mudanças na expectativa de vida em alguns países africanos duramente
atingidos pelo HIV (legendas eminglês).
O HIV e a AIDS afetam o crescimento econômico, reduzindo a disponibilidade
de capital humano. Sem alimentação adequada, cuidados de saúde e a
medicina que está disponível em países desenvolvidos, um grande número de
pessoas sofrem e morrem de complicações relacionadas à AIDS. Elas não só
são incapazes de trabalhar, mas também necessitam de cuidados médicos
importantes. A previsão é de que isto provavelmente irá causar um colapso das
economias e das sociedades em países com uma população significativa
portadora da AIDS. Em algumas áreas altamente infectadas, a epidemia deixou
para trás muitos órfãos cuidados por avós idosos.
O aumento da mortalidade tem resultados em um menor população qualificada
e força de trabalho. Esta força de trabalho menor é constituída por pessoas
cada vez mais jovens, com conhecimentos e experiências
de trabalho reduzidas, levando à redução da produtividade. Um aumento no
tempo de folga dos trabalhadores para cuidar de familiares doentes ou de
licenças por doença também reduzem a produtividade. O aumento da
mortalidade reduz os mecanismos de capital humano e de investimento nas
pessoas, através da perda da renda e da morte dos pais.
Por afetar principalmente jovens adultos, a AIDS reduz a população tributável,
por sua vez, reduzindo os recursos disponíveis para gastos públicos
como educação e serviços de saúde não relacionados à AIDS, resultando em
aumento da pressão sobre as finanças do Estado e em um crescimento mais
lento daeconomia. Isso resulta em um menor crescimento da base de cálculo,
um efeito que é reforçado se houver gastos crescentes para tratar os doentes,
em treinamento (para substituir trabalhadores doentes), subsídio de doença e
para cuidar dos órfãos da AIDS. Isto é especialmente verdadeiro se o aumento
acentuado da mortalidade adulta deslocar a responsabilidade da família para o
governo em cuidar desses órfãos
No nível familiar, os resultados da AIDS é a perda de renda e o aumento dos
gastos com saúde pelo responsável da família. Um estudo realizado na Costa
do Marfimmostrou que famílias com um paciente HIV/AIDS gastam duas vezes
mais em despesas médicas do que outras famílias
Religião e aids
O tema da religião e da AIDS tornou-se extremamente controverso nos últimos
20 anos, principalmente porque muitos proeminentes líderes religiosos
declararam publicamente a sua oposição ao uso de preservativos, o que os
cientistas indicam como o único meio atual de deter a epidemia. Outras
questões envolvem a participação de religiosos nos serviços de saúde
universal e a colaboração com as organizações seculares como a UNAIDS e
a Organização Mundial de Saúde.
Reavaliação da AIDS
Um pequeno número de ativistas questionam a ligação entre o HIV e a AIDS, a
existência do HIV, ou a validade dos métodos atuais de tratamento (indo longe
ao afirmar que a terapia em si foi a causa de mortes por AIDS). Apesar de
estas alegações terem sido examinadas e completamente rejeitadas
pela comunidade científica,[ continuam a ser promulgadas pela Internet e ainda
têm um impacto político significativo. Na África do Sul, o ex-presidente Thabo
Mbeki apoiou a negação da AIDS, o que resultou em uma resposta ineficaz do
governo à epidemia que tem sido responsável por centenas de milhares de
mortes relacionadas à aids.

                         DOENÇAS AUTO-IMUNES:

Este tipo de doenças ocorre quando o sistema imunitário se torna hipersensível
a antígenos específicos das suas próprias células ou tecido.

                  Quais os tipos de doenças auto-imunes:

Esclerose múltipla- Doença crónica do sistema nervoso. Esta patologia
resulta da destruidora acção que alguns linfócitos T exercem sobre a mielina
dos neurónios do sistema nervoso central.
Artrite reumatóide- Caracteriza-se por inflamações extensas e dolorosas das
articulações (cartilagens articulares), que causam a sua deformação.
Lúpus- Esta doença caracteriza-se pela produção de anticorpos por parte dos
sistema imunitário, que actuam contra vários tipos de moléculas do próprio
organismo, incluindo histonas e DNA.

Diabetes insulino-dependente- Resulta da destruição das células
pancreáticas responsáveis pela produção de insulina.




                               Imunodeficiências




O sistema imunológico actua para proteger o organismo de infecções. Essas
infecções podem ser causadas por vários agentes, incluindo bactérias, vírus,
fungos e parasitas. O sistema imunitário utiliza os linfócitos (ou outro tipo de
glóbulos brancos do sangue) e as imunoglobulinas (ou anticorpos) para
combater esses invasores externos.
As imunodeficiências podem ser de natureza congénita ou adquirida.
                           1. Imunodeficiência congénita

A desordem mais séria do sistema imunitário é aquela em que os indivíduos
não possuem linfócitos B nem linfócitos T.
Pessoas com este tipo de imunodeficiência, têm dificuldade em combater as
infecções devido à produção inadequada de anticorpos, ou seja, possuem um
funcionamento anormal da medula óssea.
Um enxerto de medula óssea compatível pode ser um tratamento eficaz.
Existem outras deficiências congénitas menos graves.
                    Imunodeficiência congénita ou inata:

- Esta doença tanto afecta a resposta humoral como a resposta mediada por
células;
- Resulta de deficiências genéticas que se manifestam durante o
desenvolvimento embrionário.

               Qual a sua origem e as suas consequências?

Esta incapacidade do sistema imunitário responder aos agentes patogénicos
resulta das malformações do timo, surgindo como consequência a deficiente
produção de linfócitos B, que se traduz numa maior sensibilidade a infecções
exteriores e na falta de linfócitos T, que se traduz numa maior sensibilidade a
agentes infecciosos intracelulares (vírus e cancros), o que torna os doentes
extremamente vulneráveis aos antigénios.

                    A mais grave Imunodeficiência inata:


A mais grave das imunodeficiências toma pelo nome de Imunodeficiência grave
combinada (SCID). Esta doença caracteriza-se pela ausência de linfócitos B e
T. Os doentes que sofrem desta doença são extremamente vulneráveis e
apenas sobrevivem em ambientes completamente estéreis.

Tratamentos possíveis:
- Transplante de medula;
- Terapia génica (consiste na substituição de um gene defeituoso por um
funcional).




           2. Imunodeficiência adquirida
O caso mais paradigmático, na actualidade, é o da sida.
A Síndrome de ImunoDeficiência Adquirida, é uma doença viral causada pelo
vírus HIV, da família dos retrovírus, que afecta o sistema imunitário.
O alvo principal são os linfócitos T, fundamentais para a coordenação das
defesas do organismo. Assim que o número destes linfócitos desce abaixo de
um certo nível; o colapso do sistema imunitário é possível, abrindo caminho a
doenças oportunistas que podem matar o doente. Além disso, o vírus da sida
causa numerosos danos por si só.
                           Como se transmite o HIV?
- Relação sexual (vaginal, anal e oral) ou por contacto com sangue infectado,
sémen ou fluídos cervicais e vaginais. Este é o meio de transmissão mais
frequente em todo o mundo e o vírus HIV pode ser transmitido através de uma
pessoa infectada para o seu parceiro ou para a sua parceira. (homem para
mulher, mulher para homem, homem para homem, e menos provável mulher
para mulher);
- Transfusões de sangue ou derivados (obtidos através de doador infectado
pelo HIV);
- Agulhas, seringas ou instrumentos perfurantes contaminados pelo HIV;
- Transmissão materna de HIV/SIDA pode ocorrer durante a gravidez, parto e
aleitamento materno.
                O HIV NÃO pode ser transmitido através de:

- Tosse ou espirro;
- Mordidas de insectos;
- Toque e abraço;
- Água ou comida;
- Beijo;
- Banhos públicos;
- Apertos de mão;
- Contacto no trabalho ou escola;
- Uso de banheiros;
- Uso de telefones;
- Piscinas;
- Uso de copos, xícaras, pratos ou outros utensílios.

               Quais são os sintomas de infecção pelo HIV?
  A maior parte das pessoas não têm sintomas quando ficam infectadas pelo
  HIV. Algumas pessoas contudo têm sintomas tipo gripe cerca de um a dois
          meses após a exposição ao vírus. Os sintomas podem ser:

        •   Febre;
        •   Dores de cabeça;

        •   Cansaço;

        •   Aumento dos glânglios linfáticos (gânglios do sistema imunitário
            facilmente palpáveis no pescoço e nas virilhas).

Estes sintomas, em geral, desaparecem dentro de uma semana a um mês e
são muitas vezes confundidos com outras infecções virais. Durante este
período, as pessoas são bastante infectantes e apresentam o HIV em grandes
quantidades nos fluídos genitais.

                 Como é diagnosticada a infecção pelo HIV?

Dado que a infecção pelo HIV não causa em geral sintomas um medico pode
fazer o diagnóstico pela pesquisa de anticorpos contra o HIV no sangue da
pessoas que se quer testar. Os anticorpos HIV em geral não atingem níveis
detectáveis no sangue entre um a três meses a seguir à infecção. Pode ser
preciso até seis meses para haver anticorpos em quantidade suficiente para
serem detectáveis pelos testes de sangue mais usados.
As pessoas expostas ao vírus devem fazer um teste o mais precocemente
possível, entre os 6 e os 12 meses após a exposição ao vírus. Fazendo os
testes as pessoas com infecção pelo HIV podem falar com o seu médico
quando será necessário iniciar tratamento no sentido de ajudar o seu sistema
imune a combater o HIV e ajudá-lo a prevenir certas doenças oportunistas.
                 Como pode ser tratada a infecção pelo HIV?
Os médicos podem prescrever inibidores não nucleosídeos da transcriptase
reversa em combinação com outros fármacos antiretrovirais.
Estes medicamentos chamados inibidores das proteases interrompem a
replicação dos vírus numa parte mais avançada do ciclo.
Dado que o HIV se pode tornar resistente a alguns destes fármacos os
médicos têm que usar uma combinação deles para que efectivamente o vírus
seja suprimido. Quando os inibidores da transcriptase reversa e os inibidores
das proteases são usados em conjunto diz-se que é umaterapêutica
antiretroviral altamente activa que pode ser usada em doentes com o vírus do
HIV.




                Como pode ser prevenida a infecção pelo HIV?

Dado que não há vacina para o HIV a única forma de prevenção, da infecção
pelo vírus, é evitar comportamentos de risco, tais como a troca de seringas e o
sexo não protegido.



xando de viver numa
bolha
de 2010


 O QUE É ENGENHARIA GENÉTICA?
Engenharia Genética é uma área que descreve algumas técnicas modernas que
revolucionam o campo da Biotecnologia. Consiste numa manipulação de genes de
um determinado organismo, envolvendo duplicação, transferência e isolamento de
genes. O objetivo é produzir organismos geneticamente melhorados e introduzir
novas características ou atributos fisiológicos em seres vivos. [²]
O QUE É ENFERMAGEM?
Já na área da enfermagem, que também é uma área biológica, requer um
cuidado com o paciente em si. Para ser enfermeiro, deve ser competente
e hábil para cuidar do paciente e de sua família, promovendo, entre
outras coisas, a prevenção e o tratamento de doenças. Um enfermeiro
pode trabalhar tanto em hospitais, ambulatórios, consultórios e na área
de pesquisas, quanto em ensino profissional em universidades
(graduação e pós-graduação). O objetivo dos cursos de enfermagem é
formar profissionais capazes de formar um senso crítico e de ter
consciência de seu papel de sujeitos e agentes de transformação no
sentido de melhoria das condições de saúde das vidas dos pacientes. [¹]




     COMO PODEM SE RELACIONAR?
Para relacionar esses dois assuntos, uma doença hereditária chamada
SCID (Imunodeficiência Severa Combinada) será discutida.‘SCID’ é o
nome dado a uma rara doença genética que causa anomalia no sistema
imunológico. Ela é identificada logo nos primeiros meses de vida de um
bebê, e caso não seja, a criança não deve passar dos seus dois anos de
idade. Mas ela também pode ser diagnosticada antes do bebê nascer -
podendo ser solicitado somente caso já tenha casos dessa doença na
família -, removendo e verificando células da placenta ou uma amostra do
fluido que envolve o bebê. Nessas células, há a contagem de linfócitos B
e T. Se os números destes forem muito a baixo do normal, o feto
desenvolverá esta doença.




SCID também é conhecida como Doença da Bolha, pois nos anos de
1970, um menino chamado David Vetter teve que viver dentro de uma
bolha durante 12 anos devido a esta doença. Com tantos anos passados,
o governo dos Estados Unidos somou 1,3 milhões de dólares em
pesquisas, a fim de salvar tanto a vida de David quanto de outras
crianças com essa mesma doença. Então, aos 12 anos de idade, o
menino foi submetido a um transplante de medula óssea, realizado a
partir de sua irmã mais velha. Porém, meses após a cirurgia, David
morreu de câncer.
David Teller dentro de sua bolha




A Imunodeficiência ocorre quando os glóbulos brancos, responsáveis
pelos combates às infecções, param de trabalhar ou são comprometidos
quase por completo. Sua ausência ou o seu mau funcionamento resultam
em sérias e freqüentes infecções graves. Três tipos de glóbulos brancos
podem ser afetados: T, B e NK (natural killer cells). Essa doença se
manifesta diferentemente em cada caso, mas em todos os casos o
sistema imunológico da criança é comprometido e, então, precisa de
proteção contra infecções.
Os sintomas da SCID ocorrem nos primeiros meses de vida, pois o
sistema imunológico não pode proteger o corpo do bebê, que pega uma
infecção atrás da outra. Algumas dessas infecções podem comprometer
a vida do bebê, como pneumonia, meningite e sepse (infecção no
sangue). Para piorar, os pacientes não respondem a antibióticos.
A forma mais comum encontrada do SCID é a da mutação no
cromossomo X. Quando isso ocorre, os seres do sexo masculino são
mais afetados que os do sexo feminino, pois os masculinos não têm um
segundo X que possa compensar o defeito no primeiro. Os homens
precisam herdar somente uma copia desse gene para ter a doença,
enquanto as mulheres precisariam herdar os dois cromossomos com ela.
Então, se a mulher herdar somente um cromossomo com a doença, ela
ainda tem o segundo cromossomo saudável para compensar. A mulher
não terá os sintomas da doença, mas ela carregará o gene da mesma e
pode            passá-lo             para          os            filhos.




O tratamento mais efetivo hoje em dia é o transplante de medula óssea.
Células-tronco são tiradas de uma medula óssea de um doador saudável
e injetadas em pacientes com SCID. Essas novas células irão estimular a
produção das células do sistema imunológico. O melhor doador da
medula seria irmãos do paciente, pois o risco de não aceitação do doente
diminui (sendo esse o maior risco desta cirurgia).
AGORA ALGUNS CASOS:
- No dia 14 de setembro de 1990, um grupo liderado pelo médico
Anderson realizou a primeira cirurgia com terapia gênica, ao tratar com
êxito a menina Ashanti de Silva de 4 anos de idade com ADA-SCID (uma
das variações da doença). Ela recebeu seus próprios linfócitos T
tratados. [³]
- O grupo de Cavazzana-Calvo realizou um teste clínico para o tratamento
da SCID. Foi obtido um impressionante sucesso até que duas, das onze
crianças tratadas com esta terapia genética desenvolveram leucemia.
Este grave incidente, em conjunto com a morte de um jovem atribuída
a uma severa reação inflamatória, acarretou uma redução drástica do
número de testes clínicos neste início de século. [4]
Porém, De acordo com o National Institute of Health (NIH - Bethesda,
MD,EUA), já foram aprovados 1.411 testes clínicos para terapia gênica em
diversos campos terapêuticos, onde 827 ainda estão abertos a procura de
pacientes para completar esses estudos.



Portanto, o papel do enfermeiro (que está situado na área de pesquisa)
juntamente com médicos especializados, é melhorar o tratamento a partir
da medula óssea, para que não haja mais complicações. Ou seja, devem-
se haver mais pesquisas sobre essa doença, para que os diagnósticos
possam ser feitos em qualquer grávida e sem trazer algum risco ao feto.
Assim, o tratamento com medula óssea seria mais eficaz, pois quanto
mais novo for o bebê, maiores são as chances de melhora do mesmo.




E também aprimorar o estudo e mudar a concepção das pessoas sobre a
terapia genética, que está sendo testada em alguns pacientes e tem um
resultado positivo em certa quantidade de crianças afetadas. O processo
deste tratamento é pegar uma célula-tronco do sangue de uma criança
infectada ou da medula óssea e, em laboratório, corrigir o "erro" do gene,
através de técnicas que ainda devem ser estudadas. As células corrigidas
deverão retornar ao corpo da criança por transfusão. Essas novas
células-tronco retornam para a medula óssea e começam a produzir
células saudáveis do sistema imunológico. Porém, manipular genes é
uma prática mal vista pelas pessoas e proibida por lei.
Então, sobre essa doença, ainda tem-se muito a se trabalhar para garantir
uma vida saudável em crianças que nascem com ela. Garantir um
diagnóstico para todas as grávidas seria um passo para a melhora de
vida dos infectados, pois o tratamento feito em crianças com uma faixa
etária menor é mais eficaz. Continuar as pesquisas com terapia gênica e
garantir uma melhor visão da população é um trabalho que enfermeiros e
médicos devem ter, para que mais crianças possam ser curadas dessa
doença, pois pesquisas já realizadas (e já apresentadas anteriormente)
dizem que esse tratamento pode se tornar muito eficaz com mais
estudos.

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Texto de imuno iii

  • 1. O sistema imunológico atua para proteger o organismo de infecções. Essas infecções podem ser causadas por vários agentes, incluindo bactérias, vírus, fungos e parasitas. O sistema imunitário utiliza os linfócitos (ou outro tipo de glóbulos brancos do sangue) e as imunoglobulinas (ou anticorpos) para combater esses invasores externos. As imunodeficiências podem ser de natureza congênita ou adquirida. 1.Imunodeficiência congênita A desordem mais séria do sistema imunitário é aquela em que os indivíduos não possuem linfócitos B nem linfócitos T. Pessoas com este tipo de imunodeficiência, têm dificuldade em combater as infecções devido à produção inadequada de anticorpos, ou seja, possuem um funcionamento anormal da medula óssea. Um enxerto de medula óssea compatível pode ser um tratamento eficaz. Existem outras deficiências congênitas menos graves. Imunodeficiência congênita ou inata:- Esta doença tanto afeta a resposta humoral como a resposta mediada por células; - Resulta de deficiências genéticas que se manifestam durante o desenvolvimento embrionário. Qual a sua origem e as suas conseqüências? Esta incapacidade do sistema imunitário responder aos agentes patogênicos resulta das malformações do timo, surgindo como conseqüência a deficiente produção de linfócitos B, que se traduz numa maior sensibilidade a infecções exteriores e na falta de linfócitos T, que se traduz numa maior sensibilidade a agentes infecciosos intracelulares (vírus e cancros), o que torna os doentes extremamente vulneráveis aos antígenos.
  • 2. A mais grave Imunodeficiência inata: A mais grave das imunodeficiências toma pelo nome de Imunodeficiência grave combinada (SCID). Esta doença caracteriza-se pela ausência de linfócitos B e T. Os doentes que sofrem desta doença são extremamente vulneráveis e apenas sobrevivem em ambientes completamente estéreis. Tratamentos possíveis: - Transplante de medula; - Terapia gênica (consiste na substituição de um gene defeituoso por um funcional). 2. Imunodeficiência adquirida caso mais paradigmático, na atualidade, é o da sida. A Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, é uma doença viral causada pelo vírus HIV, da família dos retrovírus, que afeta o sistema imunitário. O alvo principal são os linfócitos T, fundamentais para a coordenação das defesas do organismo. Assim que o número destes linfócitos desce abaixo de certo nível; o colapso do sistema imunitário é possível, abrindo caminho a doenças oportunistas que podem matar o doente. Além disso, o vírus da sida causa numerosos danos por si só. Como se transmite o HIV? - Relação sexual (vaginal, anal e oral) ou por contacto com sangue infectado, sêmen ou fluídos cervicais e vaginais. Este é o meio de transmissão mais frequente em todo o mundo e o vírus HIV pode ser transmitido através de uma pessoa infectada para o seu parceiro ou para a sua parceira. (homem para mulher, mulher para homem, homem para homem, e menos provável mulher para mulher); - Transfusões de sangue ou derivados (obtidos através de doador infectado pelo HIV);
  • 3. - Agulhas, seringas ou instrumentos perfurantes contaminados pelo HIV; - Transmissão materna de HIV/SIDA pode ocorrer durante a gravidez, parto e aleitamento materno. O HIV NÃO pode ser transmitido através de: - Tosse ou espirro; - Mordidas de insetos; - Toque e abraço; - Água ou comida; - Beijo; - Banhos públicos; - Apertos de mão; - Contacto no trabalho ou escola; - Uso de banheiros; - Uso de telefones; - Piscinas; - Uso de copos, xícaras, pratos ou outros utensílios. Quais são os sintomas de infecção pelo HIV? A maior parte das pessoas não tem sintomas quando ficam infectadas pelo HIV. Algumas pessoas, contudo têm sintomas tipo gripe cerca de um a dois meses após a exposição ao vírus. Os sintomas podem ser: - Febre; - Dores de cabeça; - Cansaço; - Aumento dos gânglios linfáticos (gânglios do sistema imunitário facilmente palpáveis no pescoço e nas virilhas). Estes sintomas, em geral, desaparecem dentro de uma semana a um mês e são muitas vezes confundidos com outras infecções virais. Durante este período, as pessoas são bastante infectantes e apresentam o HIV em grandes quantidades nos fluídos genitais. Como é diagnosticada a infecção pelo HIV? Dado que a infecção pelo HIV não causa em geral sintomas um medico pode fazer o diagnóstico pela pesquisa de anticorpos contra o HIV no sangue da pessoas que se quer testar. Os anticorpos HIV em geral não atingem níveis detectáveis no sangue entre um a três meses a seguir à infecção. Pode ser preciso até seis meses para haver anticorpos em quantidade suficiente para serem detectáveis pelos testes de sangue mais usados. As pessoas expostas ao vírus devem fazer um teste o mais precocemente possível, entre os 6 e os 12 meses após a exposição ao vírus. Fazendo os testes as pessoas com infecção pelo HIV podem falar com o seu médico quando será necessário iniciar tratamento no sentido de ajudar o seu sistema imune a combater o HIV e ajudá-lo a prevenir certas doenças oportunistas.
  • 4. Como pode ser tratada a infecção pelo HIV? Os médicos podem prescrever inibidores não nucleotídeos da transcritas reversa em combinação com outros fármacos antiretrovirais. Estes medicamentos chamados inibidores das proteases interrompem a replicação dos vírus numa parte mais avançada do ciclo. Dado que o HIV se pode tornar resistente a alguns destes fármacos os médicos têm que usar uma combinação deles para que efetivamente o vírus seja suprimido. Quando os inibidores da transcritas reversas e os inibidores das proteases são usados em conjunto diz-se que é uma terapêutica antiretroviral altamente ativa que pode ser usada em doentes com o vírus do HIV. Como pode ser prevenida a infecção pelo HIV? Dado que não há vacina para o HIV a única forma de prevenção, da infecção pelo vírus, é evitar comportamentos de risco, tais como a troca de seringas e o sexo não protegido. Síndrome da imunodeficiência adquirida Síndrome da imunodeficiência adquirida A fita vermelha é um símbolo da solidariedade pelas pessoas infectadas com o HIV e por aquelas que têm de viver com SIDA. Classificação e recursos externos CID-10 B24 CID-9 042 DiseasesDB 5938 MedlinePlus 000594 eMedicine emerg/253 MeSH D000163 Aviso médico
  • 5. Síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA, normalmente em Portugal, ou AIDS, mais comum no Brasil) é umadoença do sistema imunológico humano causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).[1][2] [3] Esta condição reduz progressivamente a eficácia do sistema imunológico e deixa as pessoas suscetíveis a infecções oportunistas etumores. O HIV é transmitido através do contato direto de uma membrana mucosa ou na corrente sanguínea com umfluido corporal que contêm o HIV, tais como sangue, sêmen, secreção vaginal, fluido preseminal e leite materno.[4] [5] Esta transmissão pode acontecer durante o sexo anal, vaginal ou oral, transfusão de sangue, agulhas hipodérmicas contaminadas, o intercâmbio entre a mãe e o bebê durante a gravidez, parto, amamentação ou outra exposição a um dos fluidos corporais acima. A aids hoje é considerada uma pandemia.[6] Em 2007, estimava-se que 33,2 milhões de pessoas viviam com a doença em todo o mundo e que a aids tenha matado cerca de 2,1 milhões de pessoas, incluindo 330.000 crianças. [7] Mais de três quartos dessas mortes ocorreram na África Subsaariana.[7] A pesquisa genética indica que o HIV teve origem na África centro-ocidental durante o século XIX e início do século XX.[8][9] A aids foi reconhecida pela primeira vez pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, em 1981, e sua causa, o HIV, foi identificado no início dos anos 1980. [10] Embora os tratamentos para a AIDS e HIV possam retardar o curso da doença, não há atualmente nenhuma cura ouvacina. O tratamento antirretroviral reduz a mortalidade e a morbidade da infecção pelo HIV, mas estes medicamentos são caros e o acesso a medicamentos antirretrovirais de rotina não está disponível em todos os países.[11] Devido à dificuldade em tratar a infecção pelo HIV, a prevenção da infecção é um objetivo-chave para controlar a pandemia da AIDS, com organizações de promoção da saúde do sexo seguro e programas de troca de seringas na tentativa de retardar a propagação do vírus. História e origem A AIDS foi primeiramente relatada 5 de junho de 1981, quando o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, registrou oPneumocystis carinii (conhecida por ser causada por Pneumocystis jirovecii) em cinco homossexuais em Los Angeles, Califórnia.[12] No início, o CDC não tinha um nome oficial para a doença, muitas vezes referindo-se a ela por meio das doenças que foram associados a ela, como por exemplo a linfadenopatia, a doença que os descobridores do HIV originalmente nomearam o vírus.[13] [14] Eles também utilizaram o nome "Sarcoma de Kaposi e infecções oportunistas", nome pelo qual uma força-tarefa havia sido criada em 1981.[15] Na imprensa geral, o termo "GRID", sigla para gay-related immune deficiency, já havia sido cunhado.[16] O CDC, em busca de um nome e observando as comunidades infectadas, criou o termo "a doença dos 4Hs", referindo-se aos haitianos, homossexuais, hemofílicos e usuários de heroína.[17] No entanto, depois de determinar que a AIDS não era uma doença exclusiva da
  • 6. comunidade homossexual,[15] o termo "GRID" tornou-se enganoso e o termo "AIDS" foi criado em uma reunião em julho de 1982.[18] Em setembro 1982, o CDC começou a usar o nome de AIDS e adequadamente definiu da doença. [19] A mais antiga identificação positiva do vírus HIV conhecida vem do Congo em 1959 e 1960, embora os estudos genéticos indicam que o vírus tenha passado para a população humana vindo de chimpanzés em torno de cinquenta anos antes.[9] Um estudo recente afirma que o HIV provavelmente mudou da África para o Haiti e, em seguida, entrou nos Estados Unidos em torno de 1969.[20] O vírus HIV descende do vírus da imunodeficiência símia (SIV), que infecta símios e macacos na África. Há evidências de que os seres humanos que participam de atividades de caça de animais selvagens, seja como caçadores ou como vendedores de carne de caça, normalmente adquirem o SIV.[21] No entanto, apenas algumas destas infecções foram capazes de causar epidemias em humanos e todas só aconteceram o final do século XIX e início do século XX. Para explicar por que o HIV se tornou epidemia só nessa época, existem várias teorias, cada uma invocando fatores de condução específica que podem ter promovido a adaptação do SIV nos seres humanos ou a propagação inicial: mudanças sociais após o colonialismo, [22] rápida transmissão do SIV através de injeções inseguras ou não- esterilizadas (isto é, injeções em que a agulha é reutilizada sem ser esterilizada),[23] abusos coloniais e vacinação contra a varíola através de injeções inseguras[24]ou a prostituição e a frequência elevada de doenças concomitantes à úlcera genital (como a sífilis) em nascente cidades coloniais.[25] [26] A teoria mais controversa sugere que a AIDS foi, inadvertidamente, iniciada no final dos anos 1950 no Congo Belga durante as pesquisas de Hilary Koprowski para a criação de uma vacina contra a poliomielite.[27][28] De acordo com o consenso científico, essa hipótese não é apoiada pelas evidências disponíveis.[29][30][31] [editar]Progressão e sintomas Em vermelho níveis de HIV, em azul níveis de linfócitos T CD4+ Principais sintomas da AIDS (legendas em inglês). A manifestação inicial do HIV, presente em 50 a 70% dos casos, é semelhante[32] a uma gripe ou mononucleose infecciosa e ocorre 2 a 4 semanas após a infecção. Pode haver febre, mal-estar,linfadenopatia (gânglios
  • 7. linfáticos inchados), eritemas (vermelhidão cutânea), e/ou meningite viral. Estes sintomas são geralmente ignorados, ou tratados enquanto gripe, e acabam por desaparecer, mesmo sem tratamento, após algumas semanas. Nesta fase há altas concentrações de vírus, e o portador é altamente infeccioso. [33] A segunda fase é caracterizada por baixas quantidades dos vírus, que se encontram apenas nos reservatórios dos gânglios linfáticos, infectando gradualmente mais e mais linfócitos T CD4+; e nos macrófagos. Nesta fase, que dura em média 10 anos, o portador é soropositivo, mas não desenvolveu ainda SIDA/AIDS. Ou seja, ainda não há sintomas, mas o portador pode transmitir o vírus. Os níveis de T CD4+ diminuem lentamente e ao mesmo tempo diminui a resposta imunitária contra o vírus HIV, aumentando lentamente o seu número, devido à perda da coordenação dos T CD4+ sobre os eficazes T CD8+ e linfócitos B (linfócitos produtores de anticorpo).[34] A terceira fase, a da SIDA, inicia-se quando o número de linfócitos T CD4+ desce abaixo do nível crítico (200/mcl), o que não é suficiente para haver resposta imunitária eficaz contra invasores. Começam a surgir cansaço, tosse, perda de peso, diarreia, inflamação dos gânglios linfáticos e suores noturnos, devidos às doenças oportunistas, como a pneumonia por Pneumocystis jiroveci, os linfomas, infecção dos olhos por citomegalovírus, demência e o sarcoma de Kaposi. Sem tratamento, ao fim de alguns meses ou anos a morte é inevitável. O uso adequado da Terapia Antirretroviral garante que o paciente sobreviva por um período mais longo, apesar de conviver com efeitos colaterais dos medicamentos.[35][36] Excepções a este esquema são raras[37]. Os muito raros "long term non- progressors" são aqueles indivíduos que permanecem com contagens de T CD4+ superiores a 600/mcl durante longos períodos. Estes indivíduos talvez tenham uma reação imunitária mais forte e menos suscetível à erosão contínua produzida pelo vírus, mas detalhes ainda são desconhecidos. Síndromes clínicas Sarcoma de Kaposi. As doenças oportunistas são doenças causadas por agentes, como outros vírus, bactérias e parasitas, que embora sejam comuns em nosso meio, normalmente não causam doença ou causam apenas doenças leves/moderadas, devido à resposta imunitária eficiente. No doente com SIDA/AIDS, que por definição não possuem resposta imunitária eficiente, manifestam-se como doenças potencialmente mortais: 1. Infecções por vírus: Citomegalovirus, Herpes simples, Epstein-Barr. 2. Infecções por bactérias: Complexo Mycobacterium avium, outras micobactérias que normalmente não causam doenças, Mycobacterium tuberculosis, Salmonella, outras 3. Infecções por fungos: candidíase da boca e do esôfago (por Candida albicans, uma levedura); pneumonia porPneumocystis carinii; Criptococose, Histoplasmose, Coccidiomicose.
  • 8. 4. Infecções por parasitas: Toxoplasmose, Criptosporidiose, Isosporíase. 5. Neoplasias: cancros como linfoma e linfoma de Hodgkin, causado pelo vírus Epstein-Barr, sarcoma de Kaposi Outras condições incluem encefalopatia causada por HIV que leva à demência e é uma ação direta do vírus nos micróglios (células cerebrais semelhantes a macrófagos) que infecta. Um achado característico é a leucoplasia pilosa (placa branca pilosa na boca) devida ao vírus Epstein-Barr. Causa A AIDS é a última consequência clínica da infecção pelo HIV. O HIV é um retrovírus, ou seja é um vírus com genoma de RNA, que infecta as células e, através da suaenzima transcriptase reversa, produz uma cópia do seu genoma em DNA e incorpora o seu próprio genoma no genoma humano, localizado no núcleo da célula infectada. O HIV é quase certamente derivado do vírus da imunodeficiência símia. Há dois vírus HIV, o HIV que causa a SIDA/AIDS típica, presente em todo o mundo, e o HIV-2, que causa uma doença em tudo semelhante, mais frequente na África Ocidental, e também existente em Portugal.O HIV reconhece a proteína de membrana CD4, presente nos linfócitos T4 e macrófagos, e pode ter receptores para outros dois tipos de moléculas presentes na membrana celular de células humanas: o CCR5 e o CXCR4. O CCR5 está presente nos macrófagos e o CXCR4 existe em ambos macrófagos e linfócitos T4, mas em pouca quantidade nos macrófagos. O HIV acopla a essas células por esses receptores (que são usados pelas células para reconhecer algumas citocinas, mais precisamente quimiocinas), e entra nelas fundindo a sua membrana com a da célula. Cada virion de HIV só tem um dos receptores, ou para o CCR5, o virion M-trópico, ou para o CXCR4, o virion T-trópico. Uma forma pode-se converter na outra através de mutações no DNA do vírus, já que ambos os receptores são similares. Micrografia eletrônica de varredura deHIV-1, em cor verde, saindo de um linfócitocultivado. A infecção por HIV normalmente é por secreções genitais ou sangue. Os macrófagos são muito mais frequentes que os linfócitos T4 nesses liquidos, e sobrevivem melhor, logo os virions M-trópicos são normalmente aqueles que transmitem as infecções. No entanto, como os M-trópicos não invadem os linfócitos, eles não causam a diminuição dos seus números, que define a SIDA. No entanto, os M-trópicos multiplicam-se e rapidamente surgemvirions mutantes que são T-trópicos. Os virions T-trópicos são pouco infecciosos, mas como são invasores dos linfócitos, são os que ultimamente causam a imunodeficiência. É sabido que os raros indivíduos que não expressam CCR5 por defeito genético não adquirem o vírus da HIV mesmo se repetidamente em risco.
  • 9. O HIV causa danos nos linfócitos, provocando a sua lise, ou morte celular, devido à enorme quantidade de novos virions produzidos no seu interior, usando a sua maquinaria de síntese de proteínas e de DNA. Outros linfócitos produzem proteínas do vírus que expressam nas suas membranas e são destruídos pelo próprio sistema imunitário. Nos linfócitos em que o vírus não se replica mas antes se integra no genoma nuclear, a sua função é afectada, enquanto nos macrófagos produz infecção latente na maioria dos casos. Julga- se que os macrófagos sejam um reservatório do vírus nos doentes, sendo outro reservatório os gânglios linfáticos, para os quais os linfócitos infectados migram, e onde disseminam os virions por outros linfócitos aí presentes. É irónico como a resposta imunitária ao HIV nas primeiras semanas de infecção é eficaz em destruí-lo, mas as concentrações de linfócitos nos gânglios linfáticos devido à resposta vigorosa levam a que os virions sobreviventes infectem gradualmente mais e mais linfócitos, até que a resposta imunitária seja revertida. A reacção eficaz é feita pelos linfócitos T8, que destroem todas as células infectadas. Contudo, os T8, como todo o sistema imunitário, está sob controlo de citocinas (proteínas mediadoras) produzidas, pelos T4, que são infectados. Eles diminuem em número com a progressão da doença, e a resposta inicialmente eficaz dos T8 vai sendo enfraquecida. Além disso as constantes mutações do DNA do HIV mudam a conformação das proteínas de superfície, dificultando continuamente o seu reconhecimento. Diagnóstico O diagnóstico de AIDS em uma pessoa infectada com o HIV é baseado na presença de certos sinais ou sintomas. Desde 5 de junho de 1981, muitas definições têm sido desenvolvidas para a vigilância epidemiológica. No entanto, o estadiamento clínico dos pacientes não era um destino para esses sistemas, pois eles não são sensíveis nem específicos. Nos países em desenvolvimento é usado o sistema de estadiamento da Organização Mundial da Saúde para infecção pelo HIV e para a doença, através de dados clínicos e de laboratório. Em países desenvolvidos, o sistema de classificação do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) é usado. Classificação da OMS Em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) agrupou essas infecções e condições em conjunto através da introdução de um sistema de estadiamento para pacientes infectados com HIV-1.[39] Uma atualização ocorreu em setembro de 2005. A maioria dessas condições são infecções oportunistas que são facilmente tratáveis em pessoas saudáveis. • Estágio I: infecção pelo HIV é assintomática e não classificada como AIDS; • Estágio II: inclui pequenas manifestações mucocutâneas e recorrentes infecções do trato respiratório superior; • Estágio III: inclui diarreia crônica inexplicada por mais de um mês, as infecções bacterianas e a tuberculose pulmonar; • Estágio IV: inclui a toxoplasmose cerebral, candidíase do esôfago, traqueia, brônquios e pul mões e o sarcoma de Kaposi; essas doenças são indicadores da AIDS.
  • 10. Sistema de classificação do CDC Existem duas principais definições para a AIDS, ambos produzidos pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC). A velha definição é a referência para a AIDS usando doenças que eram associados a ela, como por exemplo a linfadenopatia, a doença que os descobridores do HIV originalmente nomearam o vírus.[13][14]Em 1993, o CDC expandiu a sua definição para a AIDS incluindo todas as pessoas HIV positivas com contagens de células T CD4 + abaixo de 200 por l de sangue ou 14% do total de linfócitos.[40] A maioria dos novos casos de aids nos países desenvolvidos usam essa definição ou a definição pré-1993 do CDC. O diagnóstico de AIDS ainda está de pé, mesmo que, após o tratamento, a contagem de células CD4 + T sobe para acima de 200 por l de sangue ou outras doenças definidoras da AIDS são curados. Teste de HIV Muitas pessoas desconhecem que estão infectadas com o HIV. [41] Menos de 1% da população sexualmente ativa urbana na África foi testada e esta proporção é ainda menor em populações rurais. Além disso, apenas 0,5% das mulheres grávidas que frequentam as unidades de saúde urbana são aconselhadas, testadas ou recebem os seus resultados. Mais uma vez, essa proporção é ainda menor nas unidades de saúde rurais. [41] Assim, os produtos de doadores de sangue e do sangue utilizado em medicina e pesquisa médica são rastreados para o HIV. Testes de HIV são geralmente realizados no sangue venoso. Muitos laboratórios utilizam testes de quarta geração de triagem que detectam anticorpos anti-HIV (IgG e IgM) e do antígeno p24 do HIV. A detecção de anticorpos anti-HIV ou antígeno em um paciente previamente conhecido como negativo, é evidência de infecção pelo HIV. Indivíduos cuja primeira amostra indica evidências de infecção pelo HIV terão uma repetição do teste em uma segunda amostra de sangue para confirmar os resultados. O período de janela imunológica (tempo entre a infecção inicial e o desenvolvimento de anticorpos detectáveis contra a infecção) pode variar, uma vez que pode levar 3-6 meses para soroconversão e teste positivo. A detecção do vírus usando a reação em cadeia da polimerase (PCR) durante o período de janela é possível e as evidências sugerem que uma infecção pode ser detectada mais cedo do que quando se utiliza um teste de despistagem de quarta geração de AIA. Os resultados positivos obtidos por PCR são confirmados por testes de anticorpos. Testes de HIV rotineiramente utilizados para a infecção em recém- nascidos e lactentes (isto é, pacientes com menos de 2 anos), nascidos de mães HIV-positivas, não têm valor por causa da presença de anticorpos maternos para o HIV no sangue da criança. A infecção pelo HIV só pode ser diagnosticada por PCR, o teste para HIV DNA pró-viral em linfócitos de crianças Prevenção Estimativa de aquisição do HIV por método de contágio [45] Risco por 10 000 exposições a uma Forma de exposição pessoa infectada em tratamento
  • 11. Transfusão de sangue 9.000[46] Nascimento 2.500[47] Uso compartilhado de seringa 67[48] Agulha cortante 30[49] Penetração vaginal receptiva * 10[50][51][52] Penetração vaginal insertiva * 5[50][51] Penetração anal receptiva* 50[50][51] Penetração anal insertiva* 6.5[50][51] Penetração oral receptiva*§ 1[51]§ Penetração oral insertiva*§ 0.5[51]§ * assumindo o não uso de preservativo § Fonte refere-se ao relacionamento sexual praticado no homem As três principais vias de transmissão do HIV são: contato sexual, exposição a fluidos ou tecidos corporais infectados e da mãe para o feto ou criança durante o período perinatal. É possível encontrar o HIV na saliva, lágrimas e urina dos indivíduos infectados, mas não há casos registados de infecção por essas secreções e o risco de infecção é insignificante.[53] O tratamento antirretroviral em pacientes infectados também reduz significativamente sua capacidade de transmitir o HIV para outras pessoas, reduzindo a quantidade de vírus em seus fluidos corporais para níveis indetectáveis. [54] Contato sexual A maioria das infecções por HIV são adquiridas através de relações sexuais desprotegidas entre parceiros, um dos quais sendo portador do HIV. O principal modo de contaminação pelo HIV é através de contato sexual entre membros do sexo oposto.[55][56][57] O preservativo é o metódo mais eficaz de prevenção contra o HIV/AIDS e outrasDSTs. Durante um ato sexual, apenas preservativosmasculinos ou femininos podem reduzir o risco de infecção por HIV e outras DSTs. A melhor evidência até agora indica que o uso do preservativo em todas as relações sexuais reduz o risco típico de transmissão heterossexual do HIV em quase 100%. O preservativo masculino de látex, se usado corretamente sem lubrificantes à base de petróleo, é a única tecnologia disponível mais eficaz para reduzir a transmissão sexual do HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. Os fabricantes recomendam que lubrificantes à base de petróleo, como vaselina, não devem ser utilizados com preservativos de látex, porque dissolvem o material, fazendo com que o preservativo fique poroso. Se a lubrificação é desejada, os fabricantes recomendam usarlubrificantes à base de água. Os lubrificantes à base de óleo pode ser usado com preservativos de poliuretano. Os preservativos femininos são feitos geralmente de poliuretano, mas também são feitos de látex e borracha nitrílica. Eles são maiores do que os
  • 12. preservativos masculinos e têm uma abertura mais rígida em forma de anel com um anel interno projetado para ser introduzido na vaginamantendo o preservativo em seu lugar, inserir o preservativo feminino requer apertar o anel. Preservativos femininos foram apresentados como uma estratégia importante de prevenção do HIV. Atualmente, a disponibilidade de preservativo feminino é muito baixa e o preço continua a ser proibitivo para muitas mulheres. Estudos sobre casais com um dos parceiros infectado mostram que, com o uso consistente do preservativo, as taxas de infecção pelo HIV para o parceiro não infectado são inferiores a 1% ao ano.[61] As estratégias de prevenção são bem conhecidas nos países desenvolvidos, mas estudos epidemiológicos e comportamentais na Europa e América do Norte sugerem que uma minoria significativa de jovens continuam a exercer práticas de alto risco, apesar do conhecimento de HIV/AIDS, subestimando seu próprio corpo a se infectar com o HIV. Ensaios clínicos randomizados têm demonstrado que a circuncisão masculina reduz o risco de infecção por HIV entre homens heterossexuais em até 60%.Espera-se que este procedimento seja promovido activamente em muitos dos países afetados pelo HIV, embora isso implicará enfrentar uma série de questões práticas e culturais. No entanto, os programas para incentivar a utilização do preservativo, nomeadamente fornecendo-lhes gratuitamente àqueles em situação depobreza, são estimados em ser 95 vezes mais eficazes do que a circuncisão em reduzir a taxa de HIV na África subsaariana. Contato com fluidos corporais infectados Fora do organismo, o HIV pode sobreviver por algumas horas, mas não consegue perfurar a pele de uma pessoa. A transmissão do vírus ocorre geralmente por meio de sangue, esperma e secreções vaginais contaminados. Por isso, algumas medidas de prevenção contra a Aids consistem em: certificar-se de que o sangue a receber numa transfusão não esteja contaminado (nem com vírus HIV, nem da hepatite, dentre outros); utilizar apenas agulhas e seringas descartáveis, que devem ser usadas uma única vez. Utilizar preservativos (camisinha) nas relações sexuais Os trabalhadores de saúde podem reduzir a exposição ao HIV através do emprego de precauções para reduzir os riscos de exposição a sangue contaminado. Essas precauções incluem barreiras, como luvas, máscaras, proteção dos olhos e jalecos que evitar a exposição da pele ou mucosas com patógenos transmitidos pelo sangue. A lavagem frequente e cuidadosa da pele imediatamente após terem sido contaminados com sangue ou outros fluidos corporais podem reduzir a chance de infecção. Finalmente, objetos cortantes como agulhas, bisturis e vidro, têm que ser cuidadosamente eliminados para evitar ferimentos provocados por agulhas contaminadas. [ Como o uso de drogas injetáveis é um fator importante na transmissão do HIV nos países desenvolvidos, as estratégias de redução de danos, tais como programas de troca de seringas são usados na tentativa de reduzir as infecções causadas pelo abuso de drogas. Transmissão da mãe para a criança As recomendações atuais indicam que, quando a substituição da alimentação é aceitável, factível, acessível, sustentável e segura, as mães infectadas pelo HIV devem evitar amamentar seus bebês. No entanto, se este não for o caso, a amamentação exclusiva é recomendada durante os primeiros meses de vida e
  • 13. descontinuada o mais breve possível.[69] Note-se que as mulheres podem amamentar as crianças que não são suas, como as amas de leite. Tratamento Não existe atualmente nenhuma vacina disponível para o HIV ou a cura para o HIV ou para a AIDS. Os únicos métodos conhecidos de prevenção baseiam-se evitar a exposição ao vírus ou, na falta desta, um tratamento antirretroviral diretamente após uma exposição, chamado profilaxia pós-exposição (PEP). A PEP tem um calendário muito exigente de quatro semanas de dosagem. Ela também tem efeitos secundários muito desagradáveis incluindo diarreia, mal estar, náuseas efadiga. Tratamento antiviral Abacavir – um análogo nucleosídeo inibidor da transcriptase reversa (NRTIs ou NARTI) Estrutura química do Abacavir Fármacos usados no tratamento da infecção por HIV interferem com funções da biologia do vírus que são suficientemente diferentes de funções de células humanas: 1. Existem inibidores da enzima transcriptase reversa que o vírus usa para se reproduzir e que não existem nas células humanas: • AZT, ddC, ddI, d4T, ABC (todos análogos de nucleótidos) • nevirapina, delavirdina, efavirenz (inibidores diretos da proteína), outros. • Inibidores da protease que cliva as proteínas do vírus após transcrição: saquinavir, indinavir, nelfinavir,amprenavir, ritonavir, ata zanavir, darunavir, tipranavir e outros. • Inibidores da enzima integrase, que faz com que o material genético do vírus entre no núcleo da célula:raltegravir. • Inibidores do CCR5, impedindo um dos passos de ligação do HIV à célula alvo: maraviroc, vicriviroc. • Inibidores de fusão, impedindo que o vírus funda seu envelope à membrana plasmática da célula alvo:enfuvirtida. Hoje em dia o uso de medicamentos é em combinações de um de cada dos três grupos. Estes cocktails/coquetéis de antivíricos permitem quase categorizar, para quem tem acesso a eles, a SIDA em doença crónica. Os
  • 14. portadores de HIV que tomam os medicamentos sofrem de efeitos adversos extremamente incomodativos, diminuição drástica da qualidade de vida, e diminuição significativa da esperança de vida. Contudo é possível que não morram diretamente da doença, já que os fármacos são razoavelmente eficazes em controlar o número de virions. Contudo houve recentemente notícias de um caso em Nova Iorque cujo vírus já era resistente a todos os medicamentos, e essas estirpes poderão "ganhar a corrida" com as empresas farmacêuticas. Os medicamentos atuais tentam diminuir a carga de vírus, evitando a baixa do número de linfócitos T CD4+, o que aumenta a longevidade do paciente e a sua qualidade de vida. Quanto mais cedo o paciente começar a ser tratado com medicamentos maior a chance de evitar o desenvolvimento das doenças oportunistas. No Brasil, o Ministério da Saúde aborda o tratamento da doença da seguinte maneira: pacientes assintomáticos sem contagem de linfócitos T CD4+ disponível - não tratar; pacientes assintomáticos com CD4 > 350 células/mm3 - não tratar; pacientes assintomáticos com CD4 entre 200 e 350 células/mm3 - considerar tratamento; pacientes assintomáticos com CD4 < 200 células/mm3 - tratar e realizar profilaxia contra as doenças oportunistas mais comuns; pacientes sintomáticos - tratar e realizar profilaxia contra as doenças oportunistas mais comuns. Sabe-se que o risco do desenvolvimento de infecções oportunistas (curto prazo) é baixo, muitos especialistas preferem não iniciar o tratamento e monitorar o paciente com contagens de linfócitos T CD4+ e quantificação da carga viral plasmática. Se a contagem de linfócitos T-CD4+ não for realizada, o tratamento deverá ser iniciado. E ao se optar pelo início do tratamento, é indispensável verificar a motivação do paciente e a probabilidade de adesão do mesmo antes de iniciar o tratamento, já que diferentes níveis de adesão podem levar a emergência de resistência ao tratamento (Guia de Tratamento, Ministério da Saúde, Brasil, 2004). Como não há cura ou vacina, a prevenção tem um aspecto fundamental, nomeadamente práticas de sexo seguro como o uso de preservativo (ou "camisinha") e programas de troca de seringas nos toxicodependentes. O tratamento anti-HIV causa lipodistrofia entre 15% a 50% dos pacientes Cura e vacina As pesquisas sobre Aids costumam receber muitas verbas. Apesar disso, sua cura ainda não foi descoberta, nem foi desenvolvida uma vacina. O que existe atualmente são vários remédios (alguns chamados de coquetéis) que aumentam a sobrevida dos portadores do vírus. Muitas pessoas que não apresentam sintomas podem viver muito tempo sem saber que são portadoras. Outras que manifestam sintomas, quando tratadas adequadamente, podem levar uma vida praticamente normal. Existem pessoas que são portadoras do vírus HIV há mais de dez anos levando uma vida completamente normal. Em 2007, médicos de uma clínica na Alemanha conseguiram curar um paciente com SIDA (AIDS) e leucemia. Os médicos escolheram um doador que tivesse uma mutação no seu DNA capaz de defender o sistema contra o HIV. Após isso, fizeram o transplante de medula óssea no portador da SIDA e leucemia. A surpresa veio ao fazer novos testes, descobriu-se que o vírus HIV
  • 15. tinha sumido do sistema do paciente. Atualmente o paciente já está há mais de dois anos sem o vírus HIV e sem a leucemia. Contudo, a doença ainda pode estar escondida no corpo do paciente. No entanto, o médico que realizou a operação quis "minimizar as falsas esperanças" geradas pelo sucesso da operação, que já foi retratada nas revistas especializadas, já que foi obtida em um caso "muito concreto" e durante o tratamento de outra doença grave. Espera-se que este caso abra caminho para curar outros infectados. Em 2011, o Conselho Superior de Pesquisa Científica da Espanha (CSIC, na sigla em espanhol) anunciou ter criado uma vacina que foi capaz de criar uma respostas imunológica contra o vírus HIV em 90% dos voluntários, mantendo seu efeito após um ano em 85% deles. O Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta da SIDA, Luc Montagnier, acredita que daqui a alguns anos será possível pelo menos parar com a transmissão da doença. Epidemiologia Prevalência do HIV/AIDS por país (2008): Sem dados menos que 0,1% 0,1-0,5% 0,5-1% 1-5% 5-15% 15-50% Estimativa de pessoas vivendo com o HIV/AIDS por país. A pandemia da AIDS também pode ser vista como várias epidemias de subtipos distintos, os principais fatores na sua propagação é a transmissão sexual e a transmissão vertical de mãe para filho no nascimento e através do leite materno.[6] Apesar da recente melhoria do acesso ao tratamento antirretroviral e os cuidados de prevenção em muitas regiões do mundo, a pandemia da AIDS custou cerca 2,1 milhões de vidas (variação de 1,9-2,4 milhões) em 2007, sendo que 330.000 pessoas eram menores de 15 anos. [7] Globalmente, cerca de 33,2 milhões de pessoas viviam com o HIV em 2007, incluindo 2,5 milhões de crianças. Estima-se que 2,5 milhões (variação de 1,8- 4,1 milhões) pessoas foram infectadas em 2007, incluindo 420 mil crianças. A África Subsariana continua sendo de longe a região mais afetada. Estima-se que em 2007, a região continha 68% de todas as pessoas vivendo com AIDS e 76% de todos os óbitos por AIDS, com 1,7 milhões de novas infecções levando o número de pessoas vivendo com HIV para 22,5 milhões, com 11,4 milhões de órfãos da aids vivendo na região. Ao contrário de outras regiões, a maioria das pessoas vivendo com o HIV na África subsaariana em 2007 (61%) eram
  • 16. mulheres. A prevalência em adultos em 2007 foi estimada em 5,0% e a AIDS continua a ser a maior causa de mortalidade nesta região do planeta. A África do Sul tem a maior população de portadores do HIV no mundo, seguida pela Nigéria e pela Índia. O Sul e o Sudeste da Ásia são a segunda região pior afetado e, em 2007, estima-se que esta região continha 18% de pessoas vivendo com a AIDS e um cerca de 300.000 óbitos devido a doença. A Índia tem cerca de 2,5 milhões de infecções e uma prevalência estimada de adultos de 0,36%. A expectativa de vida da população caiu drasticamente nos países mais afetados; por exemplo, em 2006, estimou-se que caiu de 65 para 35 anos em Botswana.[ Nos Estados Unidos, jovens mulheres afro-americanas também estão em risco invulgarmente elevado de infecção pelo HIV. Os afro-americanos formam 10% da população, mas cerca de metade dos casos de HIV/AIDS em todo os Estados Unidos. Isto acontece devido em parte à falta de informações sobre AIDS e uma percepção de que eles não são vulneráveis, bem como ao acesso limitado aos recursos de saúde e uma maior probabilidade de contato sexual sem proteção. Brasil No Brasil, estima-se que existam 630 mil pessoas vivendo com o HIV. De 1980 (o início da epidemia) até junho de 2009, foram registrados 217.091 óbitos em decorrência da doença. Cerca de 33 mil a 35 mil novos casos da doença são registrados todos os anos no país. A região Sudeste tem o maior percentual (59%) do total de notificações por ser a mais populosa do país, com 323.069 registros da doença. O Sul concentra 19% dos casos; o Nordeste, 12%; o Centro-Oeste, 6%; e a região Norte, 3,9%. Dos 5.564 municípios brasileiros, 87,5% (4.867) registraram pelo menos um caso da doença. [ Portugal Desde 1983 até 2009, a doença já infectou quase 35 mil pessoas em Portugal. Cultura e sociedade Estigma Ryan White tornou-se uma criança símbolo do HIV depois de ser expulso da escola por causa de sua infecção. Não se pega Aids convivendo socialmente com um soropositivo. Apertar a mão, abraçar ou compartilhar o uso de utensílios domésticos não traz nenhum risco de contágio. No entanto, o estigma da AIDS existe no mundo em uma variedade de maneiras, incluindo o ostracismo, rejeição, discriminação e evitação de pessoas infectadas pelo HIV; teste obrigatório de HIV sem o consentimento prévio ou de proteção da confidencialidadedas pessoas; a violência contra indivíduos infectados pelo HIV ou pessoas que são percebidas como infectadas pelo HIV e pessoas em quarentena de infectados pelo HIV. O medo da violência e do preconceito impede que muitas pessoas que procuram fazer o teste de HIV retornem para ver o resultado ou iniciem o tratamento,
  • 17. transformando o que poderia ser uma doença crônica tratável em uma sentença de morte, perpetuando a propagação do HIV. O estigma foi dividido em três categorias a seguir: • Reflexo do medo e do receio de que possam ser associados com alguma doença mortal e transmissível. • O uso de HIV/AIDS para expressar atitudes em relação aos grupos sociais e estilos de vida que alguns acreditam ser associado com a doença. • Estigmatização de pessoas ligadas à questão do HIV/AIDS ou pessoas HIV-positivas.[ Muitas vezes, o estigma da AIDS é expresso em conjunto com um ou mais estigmas, particularmente aqueles associadas com ahomossexualidade, bissexualidade, promiscuidade, prostituição e uso de drogas intravenosas. Em muitos países desenvolvidos, há uma associação entre a aids e a homossexualidade ou a bissexualidade, e esta associação está relacionada com níveis mais elevados de preconceito sexual, tais como atitudes anti- homossexuais. Existe também uma associação preconceituosa entre a aids e todo tipo de comportamento sexual entre dois homens, incluindo o sexo entre homens não infectados. Impacto econômico Mudanças na expectativa de vida em alguns países africanos duramente atingidos pelo HIV (legendas eminglês). O HIV e a AIDS afetam o crescimento econômico, reduzindo a disponibilidade de capital humano. Sem alimentação adequada, cuidados de saúde e a medicina que está disponível em países desenvolvidos, um grande número de pessoas sofrem e morrem de complicações relacionadas à AIDS. Elas não só são incapazes de trabalhar, mas também necessitam de cuidados médicos importantes. A previsão é de que isto provavelmente irá causar um colapso das economias e das sociedades em países com uma população significativa portadora da AIDS. Em algumas áreas altamente infectadas, a epidemia deixou para trás muitos órfãos cuidados por avós idosos. O aumento da mortalidade tem resultados em um menor população qualificada e força de trabalho. Esta força de trabalho menor é constituída por pessoas cada vez mais jovens, com conhecimentos e experiências de trabalho reduzidas, levando à redução da produtividade. Um aumento no tempo de folga dos trabalhadores para cuidar de familiares doentes ou de
  • 18. licenças por doença também reduzem a produtividade. O aumento da mortalidade reduz os mecanismos de capital humano e de investimento nas pessoas, através da perda da renda e da morte dos pais. Por afetar principalmente jovens adultos, a AIDS reduz a população tributável, por sua vez, reduzindo os recursos disponíveis para gastos públicos como educação e serviços de saúde não relacionados à AIDS, resultando em aumento da pressão sobre as finanças do Estado e em um crescimento mais lento daeconomia. Isso resulta em um menor crescimento da base de cálculo, um efeito que é reforçado se houver gastos crescentes para tratar os doentes, em treinamento (para substituir trabalhadores doentes), subsídio de doença e para cuidar dos órfãos da AIDS. Isto é especialmente verdadeiro se o aumento acentuado da mortalidade adulta deslocar a responsabilidade da família para o governo em cuidar desses órfãos No nível familiar, os resultados da AIDS é a perda de renda e o aumento dos gastos com saúde pelo responsável da família. Um estudo realizado na Costa do Marfimmostrou que famílias com um paciente HIV/AIDS gastam duas vezes mais em despesas médicas do que outras famílias Religião e aids O tema da religião e da AIDS tornou-se extremamente controverso nos últimos 20 anos, principalmente porque muitos proeminentes líderes religiosos declararam publicamente a sua oposição ao uso de preservativos, o que os cientistas indicam como o único meio atual de deter a epidemia. Outras questões envolvem a participação de religiosos nos serviços de saúde universal e a colaboração com as organizações seculares como a UNAIDS e a Organização Mundial de Saúde. Reavaliação da AIDS Um pequeno número de ativistas questionam a ligação entre o HIV e a AIDS, a existência do HIV, ou a validade dos métodos atuais de tratamento (indo longe ao afirmar que a terapia em si foi a causa de mortes por AIDS). Apesar de estas alegações terem sido examinadas e completamente rejeitadas pela comunidade científica,[ continuam a ser promulgadas pela Internet e ainda têm um impacto político significativo. Na África do Sul, o ex-presidente Thabo Mbeki apoiou a negação da AIDS, o que resultou em uma resposta ineficaz do governo à epidemia que tem sido responsável por centenas de milhares de mortes relacionadas à aids. DOENÇAS AUTO-IMUNES: Este tipo de doenças ocorre quando o sistema imunitário se torna hipersensível a antígenos específicos das suas próprias células ou tecido. Quais os tipos de doenças auto-imunes: Esclerose múltipla- Doença crónica do sistema nervoso. Esta patologia resulta da destruidora acção que alguns linfócitos T exercem sobre a mielina dos neurónios do sistema nervoso central.
  • 19. Artrite reumatóide- Caracteriza-se por inflamações extensas e dolorosas das articulações (cartilagens articulares), que causam a sua deformação. Lúpus- Esta doença caracteriza-se pela produção de anticorpos por parte dos sistema imunitário, que actuam contra vários tipos de moléculas do próprio organismo, incluindo histonas e DNA. Diabetes insulino-dependente- Resulta da destruição das células pancreáticas responsáveis pela produção de insulina. Imunodeficiências O sistema imunológico actua para proteger o organismo de infecções. Essas infecções podem ser causadas por vários agentes, incluindo bactérias, vírus, fungos e parasitas. O sistema imunitário utiliza os linfócitos (ou outro tipo de glóbulos brancos do sangue) e as imunoglobulinas (ou anticorpos) para combater esses invasores externos. As imunodeficiências podem ser de natureza congénita ou adquirida. 1. Imunodeficiência congénita A desordem mais séria do sistema imunitário é aquela em que os indivíduos não possuem linfócitos B nem linfócitos T. Pessoas com este tipo de imunodeficiência, têm dificuldade em combater as infecções devido à produção inadequada de anticorpos, ou seja, possuem um funcionamento anormal da medula óssea. Um enxerto de medula óssea compatível pode ser um tratamento eficaz. Existem outras deficiências congénitas menos graves. Imunodeficiência congénita ou inata: - Esta doença tanto afecta a resposta humoral como a resposta mediada por células;
  • 20. - Resulta de deficiências genéticas que se manifestam durante o desenvolvimento embrionário. Qual a sua origem e as suas consequências? Esta incapacidade do sistema imunitário responder aos agentes patogénicos resulta das malformações do timo, surgindo como consequência a deficiente produção de linfócitos B, que se traduz numa maior sensibilidade a infecções exteriores e na falta de linfócitos T, que se traduz numa maior sensibilidade a agentes infecciosos intracelulares (vírus e cancros), o que torna os doentes extremamente vulneráveis aos antigénios. A mais grave Imunodeficiência inata: A mais grave das imunodeficiências toma pelo nome de Imunodeficiência grave combinada (SCID). Esta doença caracteriza-se pela ausência de linfócitos B e T. Os doentes que sofrem desta doença são extremamente vulneráveis e apenas sobrevivem em ambientes completamente estéreis. Tratamentos possíveis: - Transplante de medula; - Terapia génica (consiste na substituição de um gene defeituoso por um funcional). 2. Imunodeficiência adquirida O caso mais paradigmático, na actualidade, é o da sida. A Síndrome de ImunoDeficiência Adquirida, é uma doença viral causada pelo vírus HIV, da família dos retrovírus, que afecta o sistema imunitário. O alvo principal são os linfócitos T, fundamentais para a coordenação das defesas do organismo. Assim que o número destes linfócitos desce abaixo de um certo nível; o colapso do sistema imunitário é possível, abrindo caminho a doenças oportunistas que podem matar o doente. Além disso, o vírus da sida causa numerosos danos por si só. Como se transmite o HIV? - Relação sexual (vaginal, anal e oral) ou por contacto com sangue infectado, sémen ou fluídos cervicais e vaginais. Este é o meio de transmissão mais frequente em todo o mundo e o vírus HIV pode ser transmitido através de uma pessoa infectada para o seu parceiro ou para a sua parceira. (homem para mulher, mulher para homem, homem para homem, e menos provável mulher para mulher); - Transfusões de sangue ou derivados (obtidos através de doador infectado
  • 21. pelo HIV); - Agulhas, seringas ou instrumentos perfurantes contaminados pelo HIV; - Transmissão materna de HIV/SIDA pode ocorrer durante a gravidez, parto e aleitamento materno. O HIV NÃO pode ser transmitido através de: - Tosse ou espirro; - Mordidas de insectos; - Toque e abraço; - Água ou comida; - Beijo; - Banhos públicos; - Apertos de mão; - Contacto no trabalho ou escola; - Uso de banheiros; - Uso de telefones; - Piscinas; - Uso de copos, xícaras, pratos ou outros utensílios. Quais são os sintomas de infecção pelo HIV? A maior parte das pessoas não têm sintomas quando ficam infectadas pelo HIV. Algumas pessoas contudo têm sintomas tipo gripe cerca de um a dois meses após a exposição ao vírus. Os sintomas podem ser: • Febre; • Dores de cabeça; • Cansaço; • Aumento dos glânglios linfáticos (gânglios do sistema imunitário facilmente palpáveis no pescoço e nas virilhas). Estes sintomas, em geral, desaparecem dentro de uma semana a um mês e são muitas vezes confundidos com outras infecções virais. Durante este período, as pessoas são bastante infectantes e apresentam o HIV em grandes quantidades nos fluídos genitais. Como é diagnosticada a infecção pelo HIV? Dado que a infecção pelo HIV não causa em geral sintomas um medico pode fazer o diagnóstico pela pesquisa de anticorpos contra o HIV no sangue da pessoas que se quer testar. Os anticorpos HIV em geral não atingem níveis detectáveis no sangue entre um a três meses a seguir à infecção. Pode ser preciso até seis meses para haver anticorpos em quantidade suficiente para serem detectáveis pelos testes de sangue mais usados. As pessoas expostas ao vírus devem fazer um teste o mais precocemente possível, entre os 6 e os 12 meses após a exposição ao vírus. Fazendo os testes as pessoas com infecção pelo HIV podem falar com o seu médico quando será necessário iniciar tratamento no sentido de ajudar o seu sistema imune a combater o HIV e ajudá-lo a prevenir certas doenças oportunistas. Como pode ser tratada a infecção pelo HIV?
  • 22. Os médicos podem prescrever inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa em combinação com outros fármacos antiretrovirais. Estes medicamentos chamados inibidores das proteases interrompem a replicação dos vírus numa parte mais avançada do ciclo. Dado que o HIV se pode tornar resistente a alguns destes fármacos os médicos têm que usar uma combinação deles para que efectivamente o vírus seja suprimido. Quando os inibidores da transcriptase reversa e os inibidores das proteases são usados em conjunto diz-se que é umaterapêutica antiretroviral altamente activa que pode ser usada em doentes com o vírus do HIV. Como pode ser prevenida a infecção pelo HIV? Dado que não há vacina para o HIV a única forma de prevenção, da infecção pelo vírus, é evitar comportamentos de risco, tais como a troca de seringas e o sexo não protegido. xando de viver numa bolha de 2010 O QUE É ENGENHARIA GENÉTICA? Engenharia Genética é uma área que descreve algumas técnicas modernas que revolucionam o campo da Biotecnologia. Consiste numa manipulação de genes de um determinado organismo, envolvendo duplicação, transferência e isolamento de genes. O objetivo é produzir organismos geneticamente melhorados e introduzir novas características ou atributos fisiológicos em seres vivos. [²]
  • 23. O QUE É ENFERMAGEM? Já na área da enfermagem, que também é uma área biológica, requer um cuidado com o paciente em si. Para ser enfermeiro, deve ser competente e hábil para cuidar do paciente e de sua família, promovendo, entre outras coisas, a prevenção e o tratamento de doenças. Um enfermeiro pode trabalhar tanto em hospitais, ambulatórios, consultórios e na área de pesquisas, quanto em ensino profissional em universidades (graduação e pós-graduação). O objetivo dos cursos de enfermagem é formar profissionais capazes de formar um senso crítico e de ter consciência de seu papel de sujeitos e agentes de transformação no sentido de melhoria das condições de saúde das vidas dos pacientes. [¹] COMO PODEM SE RELACIONAR? Para relacionar esses dois assuntos, uma doença hereditária chamada SCID (Imunodeficiência Severa Combinada) será discutida.‘SCID’ é o
  • 24. nome dado a uma rara doença genética que causa anomalia no sistema imunológico. Ela é identificada logo nos primeiros meses de vida de um bebê, e caso não seja, a criança não deve passar dos seus dois anos de idade. Mas ela também pode ser diagnosticada antes do bebê nascer - podendo ser solicitado somente caso já tenha casos dessa doença na família -, removendo e verificando células da placenta ou uma amostra do fluido que envolve o bebê. Nessas células, há a contagem de linfócitos B e T. Se os números destes forem muito a baixo do normal, o feto desenvolverá esta doença. SCID também é conhecida como Doença da Bolha, pois nos anos de 1970, um menino chamado David Vetter teve que viver dentro de uma bolha durante 12 anos devido a esta doença. Com tantos anos passados, o governo dos Estados Unidos somou 1,3 milhões de dólares em pesquisas, a fim de salvar tanto a vida de David quanto de outras crianças com essa mesma doença. Então, aos 12 anos de idade, o menino foi submetido a um transplante de medula óssea, realizado a partir de sua irmã mais velha. Porém, meses após a cirurgia, David morreu de câncer.
  • 25. David Teller dentro de sua bolha A Imunodeficiência ocorre quando os glóbulos brancos, responsáveis pelos combates às infecções, param de trabalhar ou são comprometidos quase por completo. Sua ausência ou o seu mau funcionamento resultam em sérias e freqüentes infecções graves. Três tipos de glóbulos brancos podem ser afetados: T, B e NK (natural killer cells). Essa doença se manifesta diferentemente em cada caso, mas em todos os casos o sistema imunológico da criança é comprometido e, então, precisa de proteção contra infecções.
  • 26. Os sintomas da SCID ocorrem nos primeiros meses de vida, pois o sistema imunológico não pode proteger o corpo do bebê, que pega uma infecção atrás da outra. Algumas dessas infecções podem comprometer a vida do bebê, como pneumonia, meningite e sepse (infecção no sangue). Para piorar, os pacientes não respondem a antibióticos. A forma mais comum encontrada do SCID é a da mutação no cromossomo X. Quando isso ocorre, os seres do sexo masculino são mais afetados que os do sexo feminino, pois os masculinos não têm um segundo X que possa compensar o defeito no primeiro. Os homens precisam herdar somente uma copia desse gene para ter a doença, enquanto as mulheres precisariam herdar os dois cromossomos com ela. Então, se a mulher herdar somente um cromossomo com a doença, ela ainda tem o segundo cromossomo saudável para compensar. A mulher não terá os sintomas da doença, mas ela carregará o gene da mesma e pode passá-lo para os filhos. O tratamento mais efetivo hoje em dia é o transplante de medula óssea. Células-tronco são tiradas de uma medula óssea de um doador saudável e injetadas em pacientes com SCID. Essas novas células irão estimular a produção das células do sistema imunológico. O melhor doador da medula seria irmãos do paciente, pois o risco de não aceitação do doente diminui (sendo esse o maior risco desta cirurgia).
  • 27. AGORA ALGUNS CASOS: - No dia 14 de setembro de 1990, um grupo liderado pelo médico Anderson realizou a primeira cirurgia com terapia gênica, ao tratar com êxito a menina Ashanti de Silva de 4 anos de idade com ADA-SCID (uma das variações da doença). Ela recebeu seus próprios linfócitos T tratados. [³] - O grupo de Cavazzana-Calvo realizou um teste clínico para o tratamento da SCID. Foi obtido um impressionante sucesso até que duas, das onze crianças tratadas com esta terapia genética desenvolveram leucemia. Este grave incidente, em conjunto com a morte de um jovem atribuída a uma severa reação inflamatória, acarretou uma redução drástica do número de testes clínicos neste início de século. [4]
  • 28. Porém, De acordo com o National Institute of Health (NIH - Bethesda, MD,EUA), já foram aprovados 1.411 testes clínicos para terapia gênica em diversos campos terapêuticos, onde 827 ainda estão abertos a procura de pacientes para completar esses estudos. Portanto, o papel do enfermeiro (que está situado na área de pesquisa) juntamente com médicos especializados, é melhorar o tratamento a partir da medula óssea, para que não haja mais complicações. Ou seja, devem- se haver mais pesquisas sobre essa doença, para que os diagnósticos possam ser feitos em qualquer grávida e sem trazer algum risco ao feto. Assim, o tratamento com medula óssea seria mais eficaz, pois quanto mais novo for o bebê, maiores são as chances de melhora do mesmo. E também aprimorar o estudo e mudar a concepção das pessoas sobre a terapia genética, que está sendo testada em alguns pacientes e tem um resultado positivo em certa quantidade de crianças afetadas. O processo deste tratamento é pegar uma célula-tronco do sangue de uma criança infectada ou da medula óssea e, em laboratório, corrigir o "erro" do gene, através de técnicas que ainda devem ser estudadas. As células corrigidas deverão retornar ao corpo da criança por transfusão. Essas novas células-tronco retornam para a medula óssea e começam a produzir células saudáveis do sistema imunológico. Porém, manipular genes é uma prática mal vista pelas pessoas e proibida por lei.
  • 29. Então, sobre essa doença, ainda tem-se muito a se trabalhar para garantir uma vida saudável em crianças que nascem com ela. Garantir um diagnóstico para todas as grávidas seria um passo para a melhora de vida dos infectados, pois o tratamento feito em crianças com uma faixa etária menor é mais eficaz. Continuar as pesquisas com terapia gênica e garantir uma melhor visão da população é um trabalho que enfermeiros e médicos devem ter, para que mais crianças possam ser curadas dessa doença, pois pesquisas já realizadas (e já apresentadas anteriormente) dizem que esse tratamento pode se tornar muito eficaz com mais estudos.