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> Testes para Região Cervical
O exame motor da musculatura intrínseca da coluna cervical indicam qualquer hipotonia
muscular e determina a integridade do suprimento nervoso. O exame neurológico testa todo
membro superior por níveis neurológicos.
- Flexão: paciente sentado, fixe a parte superior do tórax (esterno) do paciente, com uma das
mãos de modo a impedir a substituição a flexão do pescoço por flexão do tórax. Coloque a
palma de sua mão que imprimirá resistência de encontro a testa do paciente, mantendo-a
fixa de modo a estabelecer uma firme base de suporte. Em seguida peça ao paciente para
fletir o pescoço vagarosamente. Quando ele o fizer, aumente gradativamente a pressão até
determinar o máximo de resistência que ele é capaz de suportar. Correlacione seus achados
com a tabela de eficiência muscular.
Grau de Eficiência Muscular
Grau de Força
Muscular
Descrição
0 - zero Não há evidência de contratilidade
1 – Dificultado
Evidência de pouca contratilidade, não havendo mobilidade
articular
2 – Sofrível Movimento completo eliminando a gravidade
3 – Mediano Movimento completo contra a gravidade
4 – Bom
Movimento completo contra a gravidade e uma pequena
resistência
5 – Normal Movimentação completa contra a gravidade e contra resistência
- Extensão: paciente sentado, antes de testar a extensão do pescoço, coloque sua mão
estabilizadora sobre a linha média da face súpero posterior do tórax e da escápula para
impedir uma falsa impressão de extensão. Espalme a mão que imprimirá resistência sob a
região occipital, promovendo-a assim de uma firme base de suporte. Peça ao paciente para
estender o pescoço. Enquanto ele o faz, aumente gradativamente a resistência até
determinar o máximo de resistência que ele é capaz de vencer. Para avaliar o tônus do
trapézio durante a construção, palpar com a mão destinada a fixação.
- Rotação Lateral: ficamos de pé frente ao paciente e coloque sua mão estabilizadora sobre
o ombro esquerdo do paciente, o que ira impedi-lo de substituir a rotação da coluna cervical
por rotação da coluna toracolombar. Espalme a mão que oferecerá resistência ao longo da
margem direita da mandíbula. Peça ao paciente para rodar a cabeça em direção a sua mão
que impõem-se resistência máxima que ele é capaz de suportar. P/ examina ECM (D) e
mandíbula contra. Lavoral, compare os resultados.
- Inclinação Lateral: sua mão estabilizadora sobre o ombro direito do paciente, impedindo
desta forma a substituição do movimento que se quer avaliar por elevação da escápula.
Espalme a mão que imporá resistência por sobre a face direita da cabeça do paciente. Para
obter uma firme base de resistência, a palma do examinador deverá se sobrepor à têmpora
do paciente, com os dedos se estendendo posteriormente. Peça para o paciente inclinar a
cabeça lateralmente em direção a sua palma, tentando encostar a orelha no ombro. Quando
ele começar a inclinar a cabeça, vá gradativamente aumentando a pressão até determinar o
máximo de resistência que ele é capaz de vencer.
- Tração: a tração alivia a dor causada por estreitamento do forâme neural (o que resulta na
compressão nervosa), é capaz de ampliar o forâme e alivia o espasmo muscular pois obtem
o relaxamento da musculatura contraída. Coloque a mão espalmada sob o queixo do
paciente, enquanto que a outra mão será colocada no occipital. Em seguida eleve (tracione)
a cabeça removendo o peso que ela exerce sobre o pescoço.
- Compressão: poderá auxiliar a localizar o nível neurológico da patologia que por ventura
exista. Mas pode agravar a dor causada por estreitamento do forâme neural, pressão sobre e
as superfícies articulares das vértebras ao a espasmo musculares. Pressione para baixo o
topo da cabeça do paciente, que pode estar sentado ou deitado. Observara-se a dor é
circunscrita a algum dos dermatomos.
- Teste de Valsalva: este teste aumenta a pressão intratecal. Se o canal cervical estiver
tomado por alguma lesão que ocupe espaço, como os tumores e hérnia de disco cervical, mo
aumento da pressão fará com que o paciente se queixe de dor. A dor poderá se irradiar pela
distribuição do dermatomo correspondente a nível neurológico da patologia da coluna
cervical. Peça ao paciente para prender a respiração e fazer força como se quisesse evacuar
em seguida, pergunta-se se houve agravamento da dor, e em caso afirmativo peça-lhe para
descrever a localização. É um teste subjetivo, que requer do paciente respostas precisas.
- Teste de Adson: serve para determinar a permeabilidade da artéria subclávia, que pode
estar comprimida ou por contratura dos músculos escalenos. Não pode fazer tração. Palpe o
pulso radial do paciente, continue palpando e abduza, estenda e rode externamente o braço
do paciente. Em seguida, peça-lhe para prender a respiração e volver a cabeça em direção
ao braço que está sendo examinado. No caso de houver compressão da artéria subclávia, o
pulso radial diminuirá de amplitude, podendo até não ser mais percebido( síndrome do
desfiladeiro cervical).
- Teste para Avaliar Artéria Carótida: com os seus dedos indicador e médio, pressionar
ligeiramente sobre a artéria carótida de encontro ao processo transverso da vértebra cervical.
Palpar cada artéria individualmente e avaliar igualdade de amplitude. Uma diferença na força
dos pulsos pode indicar estenose (estreitamento de qualquer canal ou orifício) ou
compressão da artéria carótida.
- Entorse X Distensão: Entorse é uma série de lesões variáveis segundo o tipo de
articulação e a intensidade do traumatismo, é um mau que não chega a ocasionar luxação,
resultando em traumatismo ligamentar. Distensão é uma tração excessiva e/ou violenta que
provoca deslocamento ou repuxo.
Com o paciente na posição sentada, o paciente irá realizar todos os movimentos da coluna
cervical em toda sua amplitude de movimentos ativamente com o terapeuta impondo-lhe uma
resistência, e a seguir os movimentos serão realizados de forma passiva.
Dor durante os movimentos contra a resistência ou contração muscular isométrica significa
distensão muscular. Dor durante a movimentação passiva pode indicar uma entorse de
ligamentos.
Obs.: esta manobra pode ser aplicada a qualquer articulação para determinar
comprometimento ligamentar ou muscular. Lembrando-se de que durante um movimento
contra a resistência a principal estrutura a ser testada é o músculo, e de que durante o
movimento passivo a principal estrutura a ser testada é o ligamento. Deve-se conseguir
determinar entre Distensão Muscular ou Entorse Ligamentar, ou uma combinação destas.
> Testes para Região Lombar
Dá mobilidade as costas, fornece sustentação a porção superior do corpo e transmite o peso
a pelve e aos MMII.
O paciente deve despir-se. A presença de sinais pilosos nas costas pode traduzir algum
distúrbio na coluna. Observar se o paciente evita se curvar, torcer e promover outros
movimentos.
Se o paciente apresentar-se com lombalgia localizada sem nenhum componente radicular,
então espasmo muscular lombar ou capsulite facetária poderá ser suspeitada.
- Região Ciática: para avaliar se tem hérnia de disco ou uma lesão que ocupa espaço capaz
de comprimir as raízes nervosas podendo sensibilizar o nervo. Ocorre verticalmente em
direção descendente na linha media da coxa e seus ramos para o músculo tendinosos da
coxa e divide-se em ramos terminais tíbial e fibulares. O examinador deve fletir o quadril do
paciente e localizar o ponto médio entre as tuberosidades isquiaticas e os grandes
trocanteres. Então irá pressionar firmemente, palpando o nervo que é de fácil palpação.
- Flexão lateral : movimento contralateral, com dor no outro lado, tratar a cápsula articular.
- Inclinação: detecta lesão ligamentar. Fixe a crista ilíaca do paciente e pede-se para que ele
incline o tronco para direita e/ou para esquerda. Compare os dois lados. Para realizar o teste
passivo de inclinação fixe a pelve do paciente e segure o ombro e inclina-o para direita e
depois para a esquerda. Verificar os dois lados.
- Rotação: coloque-se atrás do paciente e fixe a pelve colocando a mão sobre a crista ilíaca
e outra sobre o ombro, em seguida fixe o tronco o que será conseguido rodando a pelve e o
ombro posteriormente. Verificar os dois lados.
- Teste de Lasegue modificado: flexão + adução + rot. int.( inversão) + elevação da perna.
Se o paciente sentir dor, suspeitar-se-á de lombociatalgia (dor ciática verdadeira).
> Stress Neural
* Nervo Femural (L2, L3 e L4): paciente em pé apóia um dos joelhos (flexionado à 90o) em
uma cadeira, então pede-se que faça a inclinação lateral do tronco. Dar-se- a positivo se
houver dor. Se for local o problema é na cápsula; se for irradiada para o membro inferior o
problema é no nervo.
* Nervo Ciático (L4-S3): pode-se usar os testes de Lasegue (verdadeiro), Slump e Calço
(paciente em pé e com o ante pé apoiado sobre um calço como por exemplo um livro, o
terapeuta pede para que o paciente faça flexão do tronco. Caso positivo haverá dor).
* Nervo Mediano (C5 à T1): paciente em DD, com flexão de cotovelo e extensão de punho e
obro abduzido. O terapeuta ira realizar uma extensão total de cotovelo e punho. O teste deve
ser realizado primeiramente de forma passiva e depois feito ativamente. A cabeça deve estar
rodada para o lado oposto ao teste.
* Nervo Radial (C5 à T1): paciente em DD, com flexão de cotovelo e flexão de punho e obro
abduzido. O terapeuta ira realizar uma extensão total de cotovelo e flexão total de punho. O
teste deve ser realizado primeiramente de forma passiva e depois feito ativamente. A cabeça
deve estar rodada para o lado oposto ao teste.
* Nervo Ulnar (C7 à T1): paciente em DD, com extensão de cotovelo e extensão de punho e
obro abduzido. O terapeuta ira realizar abdução total de ombro, uma flexão total de cotovelo
e extensão total de punho. O teste deve ser realizado primeiramente de forma passiva e
depois feito ativamente. A cabeça deve estar rodada para o lado oposto ao teste.
Articulações dos Corpos Vertebrais
Os corpos vertebrais estão unidos pelos ligamentos longitudinais anterior e posterior e
pelos discos intervertebrais.
Ligamento Longitudinal Anterior - extenso e resistente feixe de fibras longitudinais que
se estendem ao longo das faces anteriores dos corpos das vértebras do áxis (C2) até o
sacro. Continua-se superiormente com o ligamento atlantoaxial anterior.
Ligamento Longitudinal Anterior
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
Ligamento Longitudinal Posterior - localizado no canal vertebral, nas faces posteriores
dos corpos vertebrais de áxis (C2) até o sacro. Continua-se superiormente com a
membrana tectória.
Ligamento Longitudinal Posterior
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
Disco Intervertebral
Localizam-se entre as faces adjacentes dos corpos
das vértebras, do áxis (C2) até o osso sacro. Variam
em forma, tamanho e espessura no trajeto da coluna
vertebral. Os discos vertebrais constituem cerca de
1/4 do comprimento da coluna vertebral. Cada
disco é constituido por um disco fibroso periférico
composto por tecido fibrocartilaginoso, chamado
ANEL FIBROSO; e uma substância interna, elástica
e macia, chamada NÚCLEO PULPOSO. Os discos
formam fortes articulações, permitem vários
movimentos da coluna vertebral e absorvem os
impactos.
Articulações dos Arcos Vertebrais
Cápsulas Articulares - são finas e frouxas e inseridas nas facetas articulares dos
processos articulares adjacentes.
Ligamentos Amarelos - são ligamentos que unem as lâminas das vértebras adjacentes
no canal vertebral de áxis (C2) até o primeiro segmento do sacro. Possui certa
elasticidade que serve para preservar a postura vertical.
Ligamentos Amarelos
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
Ligamento Nucal - é uma membrana fibrosa que estende-se da protuberância occipital
externa até a 7ª vértebra cervical (C7).
Ligamento Nucal
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
Ligamento Supra-espinhal - corda fibrosa e resistente que une os ápices dos processos
espinhosos a partir da 7ª vértebra cervical (C7) até o sacro. É considerado uma
continuação do ligamento nucal.
Ligamentos Interespinhais - finos e quase membranáceos, unem os processos
espinhosos adjacentes.
Ligamentos Supra-espinhal e Interespinhal
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
Ligamentos Intertransversários - estão interpostos entre os processos transversos.
Ligamento Intertransversal e Longitudinal Anterior
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
Articulações Atlanto-Occipitais (C0 - C1)
Essa articulação é formada pelas seguintes estruturas:
Cápsulas Articulares - circundam os côndilos do occipital e as facetas articulares das
massas laterais do atlas.
Membrana Atlanto-occipital Anterior - larga e de fibras densamente entrelaçadas une a
margem anterior do forame magno com a borda superior do arco anterior do atlas.
Membrana Atlanto-occipital Posterior - é ampla e fina e está fixada na margem
posterior do forame magno e à borda superior do arco posterior de atlas.
Ligamentos Atlanto-occipitais Laterais - são porções espessadas das cápsulas
articulares reforçados por feixes de tecido fibroso e obliquamente dirigidos superior e
medialmente. Inserem-se no processo jugular do osso occipital e na base do processo
transverso do atlas.
Ligamentos Atlanto-Occipitais (C0 - C1)
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
Ligamentos Occipito-Axiais (C0 - C2)
Essa articulação é formada pelas seguintes estruturas:
Membrana Tectórica - é uma faixa extensa e resistente que recobre o dente e seus
ligamentos dentro do canal vertebral. É considerado o prolongamento do ligamento
longitudinal posterior. Está inserido no corpo do áxis e superiormente no sulco basilar
do occipital.
Ligamentos Alares - começam de cada lado do ápice do dente do áxis e inserem-se na
parte medial rugosa dos côndilos do occipital.
Ligamento Apical do Dente - estende-se do ápice do dente do áxis até a margem
posterior do forame magno, entre os ligamentos alares.
Ligamentos Occipito-Axiais (C0 - C2)
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
Articulações Atlanto-Axiais (C1 - C2)
A articulação do atlas com o áxis compreende as seguintes estruturas:
Cápsulas Articulares - são delgadas e frouxas e unem as margens das massas laterais do
atlas às da face articular posterior do áxis.
Ligamento Atlanto-axial Anterior - é uma membrana resistente, fixada na margem
inferior do arco posterior do atlas e à face ventral do corpo do áxis.
Ligamento Atlanto-axial Posterior - é uma membrana fina e larga inserida na borda
inferior do arco posterior do atlas e na margem superior das lâminas do áxis.
Ligamento Transverso do Atlas - é uma faixa espessa, resistente e arqueada que
mantém o dente em contato com o arco anterior. Insere-se na parte basilar do occipital
e na face posterior do corpo do áxis. O ligamento transverso do atlas junto com os
fascículos longitudinais superior e inferior formam o ligamento cruciforme.
Ligamentos da Região Cervical Alta
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
Articulações Costovertebrais
Essas articulações são divididas em duas partes:
Articulação da cabeça da costela com o corpo vertebral;
Articulação costotransversárica, onde o colo da costela articula com o processo
transverso das vértebras torácicas.
Articulação da Cabeça da Costela – é uma articulação plana formada pela articulação
da cabeça da costela com o corpo vertebral das vértebras torácicas. Os ligamentos dessa
articulação são:
Cápsula Articular - é constituído por curtas e resistentes fibras unindo as cabeças das
costelas às cavidades articulares formados pelas vértebras e discos intervertebrais.
Ligamento Radiado da Cabeça da Costela - une as partes anteriores das cabeças das
costelas aos corpos de duas vértebras e seus discos intervertebrais. Consta de três
fascículos achatados que se inserem na parte anterior da cabeça das costela.
Ligamento Intra-articular da Cabeça da Costela - é um feixe curto, achatado, inserido
lateralmente na crista entre as facetas articulares e, medialmente, no disco
intervertebral, dividindo a articulação (cada uma com sua membrana sinovial própria).
Ligamento Radiado
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
Articulação Costotransversais - é a articulação entre a faceta articular do tubérculo da
costela e o processo transverso da vértebra correspondente. É formada pelas seguintes
estruturas:
Cápsula Articular - é fina e inserida na circunferência articular com um revestimento
sinovial.
Ligamento Costotransversário Superior - insere-se na borda superior do colo da costela
e no processo transverso da vértebra acima.
Ligamento Costotransversário Posterior - são fibras que se inserem no colo da costela e
na base do processo transverso e borda lateral do processo articular da vértebra acima.
Ligamento do Colo da Costela - são curtas e resistentes fibras que unem o dorso do
colo da costela com o processo transverso adjacente.
Ligamento do Tubérculo da Costela - é um fascículo curto, espesso e resistente que se
dirige do ápice do processo transverso para a porção não articular do tubérculo da
costela.
Ligamentos Costotransversários
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
Articulações Esternocostais - as articulações das cartilagens das costelas verdadeiras
com o esterno são articulações planas, com excessão da primeira que é uma
sincondrose. Os elementos de conexão são:
Cápsula Articular - são fibras muito finas que circundam as articulações das cartilagens
costais das costelas verdadeiras com o esterno.
Ligamento Esternocostal Radiado - feixes finos e radiados que se irradiam adas faces
anterior e posterior das extremidades esternais das cartilagens das costelas verdadeiras.
Ligamento Esternocostal Intra-articular - constante apenas na segunda costela. Estende-
se a partir da cartilagem da costela até a fibro cartilagem que une o manúbrio ao corpo
do esterno.
Ligamento Costoxifóide - ligam as faces anterior e posterior da sétima costela às
mesmas no processo xifóide.
Articulações Esternocostais
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
Articulações Intercondrais - articulações entre as cartilagens costais.
Articulações Costocondrais - articulações entre as costelas e as cartilagens costais.
Articulações esternais:
Manúbrio-esternal - entre o manúbrio e o corpo do esterno, é geralmente uma sínfise.
Xifoesternal - entre o processo xifóide e o corpo do esterno, é geralmente uma sínfise.
Articulações Lombossacrais
São as articulações entre a 5ª vértebra lombar e o osso sacro. Seus corpos são unidos
por uma sínfise, incluindo um disco intervertebral.
Ligamento Ileolombar – inserido na face ântero-inferior da 5ª vértebra lombar e irradia
na pelve por meio de dois feixes: um inferior, o ligamento lombossacral que insere-se
na face ântero-superior do sacro e um feixe superior, a inserção parcial do músculo
quadrado do lombo, passando para a crista ilíaca anterior à articulação sacroilíaca,
continuando acima com a fáscia toracolombar.
Ligamento Ileolombar
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
Articulação Sacrococcígea
Esta é uma sínfise entre o ápice do sacro e a base do cóccix, unidos por um disco
fibrocartilagíneo.
Ligamento Sacrococcígeo anterior - fibras irregulares que descem sobre as faces
pélvicas tanto do sacro como do cóccix.
Ligamento Sacrococcígeo posterior - superficial passa da parte posterior da Quinta
vértebra sacral par o dorso do cóccix.
Ligamento Sacrococcígeo lateral – liga um processo transverso do cóccix ao ângulo
ínfero-lateral do osso sacro.
Ligamentos Intercornais – unem os cornos do sacro e do cóccix.
Articulação Sacrococcígea
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
ARTICULAÇÕES (=JUNTURAS)
ARTICULAÇÕES (=JUNTURAS)
Denominação que se dá aos modos de união dos ossos entre si; união entre peças de um
aparelho ou máquina.
Juntura: e o mesmo que junção; junta; articulação; união.
O sentido da palavra articulação sugere movimento entre duas peças, porém, isso nem
sempre é verdade. Assim, devemos ressaltar o significado correto da palavra, que é
"união", sem pressupor que possam ocorrer deslocamentos entre os elementos
relacionados.
Em anatomia, articulações ou junturas são as uniões funcionais entre os diferentes ossos
do esqueleto. Vários são os tipos existentes e diferenciam-se pelo tipo de movimento
que ocorre, ou não, entre os ossos unidos.
O desenvolvimento das articulações dá-se ainda no período embrionário, quando o
mesoderma organiza-se em núcleos contínuos em forma de eixos ou colunas. A partir
desse momento surgem os primeiros indícios dos ossos e articulações pela condensação
do mesoderma em determinados locais e formas. Esse mesoderma condrificará e
posteriormente se ossificará, dando origem aos ossos. As porções não condensadas de
mesoderma indiferenciado ali interpostas podem se desenvolver em três direções dando
origem a: tecidos fibrosos que não permitem movimentos, como no caso dos ossos do
crânio; tecidos cartilagíneos como por exemplo na união entre os ossos púbicos, que
permitem movimentos parciais e finalmente, pode também ocorrer a diferenciação em
tecido frouxo com a formação de uma cavidade entre as partes, o que resultará em uma
articulação com movimentos amplos.
Os tecidos circunjacentes aos núcleos mesodérmicos darão origem ao periósteo e
pericôndrio e a extensão destes por sobre as extremidades desses núcleos irá formar as
cápsulas articulares. A espessura dessas cápsulas não é uniforme, e os espessamentos
que nela ocorrem são os elementos de reforço denominadas ligamentos.
CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES
As articulações ou junturas são classificadas de acordo com sua estrutura, amplitude de
movimento e também segundo os eixos em torno dos quais esses ocorrem.
Assim, as articulações imóveis ou sinartroses, denominadas junturas fibrosas são
aquelas onde o contato entre os ossos é quase direto, com interposição de fina camada
de tecido conjuntivo e onde o movimento é quase inexistente.
As junturas fibrosas podem ser de três tipos:
sindesmose, sutura e gonfose.
Sindesmose: é a articulação na qual dois ossos são unidos por fortes ligamentos
interósseos e não há superfície cartilaginosa na área de união. Exemplo:
articulação tíbio-fibular distal.
Sutura: é a articulação onde as margens ósseas são contíguas e separadas por uma
delgada camada de tecido fibroso. Esse tipo de articulação só é encontrado no crânio e
pode ser de três tipos: Sutura serrátil, quando as margens dos ossos são encaixadas e
unidas por uma série de saliências e reentrâncias em forma de serra,como observado
entre os ossos parietais; sutura escamosa, formada pela sobreposição de dois
ossos contíguos, como entre o temporal e o parietal e sutura plana onde duas
superfícies ósseas contiguas se apõem como entre as partes horizontais dos ossos
palatinos ou entre os maxilares.
Gonfose: é a articulação de um processo cônico em uma cavidade e só é observada nas
articulações entre as raízes dos dentes e os alvéolos da mandíbula e da maxila.
As articulações com pequeno ou limitado grau de movimento, denominadas anfiartroses
são as junturas cartilagíneas, onde as uniões entre as superfícies ósseas contíguas são
feitas por cartilagem. Os tipos existentes são a sínfise e a sincondrose.
Sínfise: é a união por discos fibrocartilaginosos achatados cuja estrutura pode ser
complexa. São observadas entre cada dois corpos vertebrais e entre os dois ossos
púbicos.
Sincondroses: são formas temporárias de articulação, uma vez que na idade adulta a
cartilagem é convertida em osso. São encontradas nas extremidades dos ossos longos
entre as epífises e metáfises e também entre os ossos esfenóide e occipital, na base do
crânio.
O tipo de articulação mais frequente no corpo humano são as diartroses ou junturas
sinoviais, que possuem movimentos amplos. Nesse tipo de articulação as extremidades
ósseas são revestidas por cartilagem hialina e a união é feita por uma cápsula fibrosa
revestida internamente pela membrana sinovial que produz o líquido de mesmo nome
que nutre e lubrifica a articulação. Espessamentos dessa cápsula, que a reforçam, são os
ligamentos extra-articulares. Em algumas articulações, além dos ligamentos
extraarticulares, existem também ligamentos intra-articulares, elementos
diferenciados, que são revestidas por membrana sinovial e participam dos mecanismos
de limitação e orientação dos movimentos, como exemplo podemos citar os ligamentos
cruzados do joelho. Nesse tipo de articulação também podem estar presentes discos ou
meniscos articulares, estruturas fibrocartilaginosas unidas em sua periferia com a
cápsula articular cujas superfícies livres não são revestidas por membrana sinovial; um
exemplo desse tipo de articulação é a que existe entre o fêmur e a tíbia no joelho.
O tipo de movimento permitido nesse tipo de articulação é o que as classifica,
considerando-se principalmente o eixo em torno do qual esse ocorre.
Das uniaxiais, onde o movimento se faz em torno de um único eixo temos o tipo
gínglimo ou dobradiça onde esse eixo geralmente é transverso e o deslocamento se
dá em um único plano. Nessas articulações é frequente a presença de fortes ligamentos
colaterais . Exemplo: Interfalângicas e Úmero-ulnar. A Femoro-tibial do joelho é citada
por alguns autores como gínglimo, no entanto isso é discutível, uma vez que durante o
seu movimento, além da flexão e extensão, também ocorrem movimentos de rotação ou
lateralização.
As articulações biaxiais, (movimentos em torno de dois eixos), podem ser dos tipos
elipsóides, condilares e selares. Nas elipsóides uma superfície articular ovóide é
recebida em uma cavidade elíptica, permitindo os movimentos de flexo-extensão e
abdução-adução sem rotação axial, cujo movimento combinado é denominado
circundução . Como exemplo temos as articulações rádio cárpica e metacarpo-
falangeanas.
As articulações: condilares são aquelas nas quais duas superfícies convexas ou
semiesféricas deslizam sobre outra superfície. Como exemplo temos o joelho e a
temporomandibular São consideradas selares as articulações em que as extremidades
ósseas apostas são reciprocamente concavo-convexas, também com movimentos de
flexoextensão e adução-abdução sem rotação axial. O exemplo típico é a articulação
entre o
trapézio e o I metacarpo.
Quando os movimentos ocorrem em torno de três eixos permitindo a flexãoextensão,
adução-abdução e rotações axiais temos as articulações triaxiais ou esferóides, também
denominadas enartroses. É formada por uma cabeça esférica com uma cavidade em
taça. Os melhores exemplos são as articulações do quadril e do ombro.
Articulações: planas são junturas sinoviais, também denominadas artródias ou
deslizantes, que só permitem o deslizamento entre as superfícies envolvidas. Essas são
planas ou ligeiramente convexas e a amplitude do movimento é controlada pelos
ligamentos ou processos ósseos dispostos ao seu redor. Estão presentes entre os
processos articulares das vértebras, no carpo e no tarso.
TERMOS DE MOVIMENTO
• Flexão: realizado no plano sagital e ao redor do eixo transversal, reduz o ângulo entre
duas partes do corpo;
• Extensão: realizado no plano sagital e ao redor do eixo transversal, retorno da flexão
ou aumenta o ângulo entre duas partes do corpo;
• Abdução: realizado no plano coronal e ao redor do eixo sagital, afasta parte do corpo
do plano mediano ou aumenta o ângulo entre duas partes do corpo.
• Adução: realizado no plano coronal e ao redor do eixo sagital, aproxima parte do
corpo do plano mediano ou diminui o ângulo entre duas partes do corpo.
• Rotação: girar em torno do próprio eixo, ou seja, realizado ao redor do eixo
longitudinal, podendo ser, lateral ou medial;
• Supinação: movimento de rotação do antebraço com o rádio girando lateralmente ao
redor de seu próprio eixo; o dorso da mão fica voltado posteriormente e a palma
anteriormente (posição anatômica);
• Pronação: movimento de rotação do antebraço com o rádio girando medialmente ao
redor de seu próprio eixo; o dorso da mão fica voltado anteriormente e a palma
posteriormente;
• Eversão: movimento realizado na articulação talocalcânea, afastando a planta do pé do
plano mediano;
• Inversão: movimento realizado na articulação talocalcânea, aproximando a planta do
pé do plano mediano;
• Oposição ou oponência: dirigir a polpa do polegar (primeiro dedo) em direção à polpa
do dedo mínimo (quinto dedo);
• Reposição: é o retorno do polegar à posição anatômica;.
• Elevação: levantar uma parte do corpo;
• Depressão (abaixamento): abaixar uma parte do corpo;
• Protrusão: movimento realizado para frente;
• Retrusão: movimento realizado para trás;
• Circundução: movimento circular combinado (flexão-abdução-extensão-adução) que
descreve um cone cujo ápice é o centro da articulação.

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Testes para região cervical

  • 1. > Testes para Região Cervical O exame motor da musculatura intrínseca da coluna cervical indicam qualquer hipotonia muscular e determina a integridade do suprimento nervoso. O exame neurológico testa todo membro superior por níveis neurológicos. - Flexão: paciente sentado, fixe a parte superior do tórax (esterno) do paciente, com uma das mãos de modo a impedir a substituição a flexão do pescoço por flexão do tórax. Coloque a palma de sua mão que imprimirá resistência de encontro a testa do paciente, mantendo-a fixa de modo a estabelecer uma firme base de suporte. Em seguida peça ao paciente para fletir o pescoço vagarosamente. Quando ele o fizer, aumente gradativamente a pressão até determinar o máximo de resistência que ele é capaz de suportar. Correlacione seus achados com a tabela de eficiência muscular. Grau de Eficiência Muscular Grau de Força Muscular Descrição 0 - zero Não há evidência de contratilidade 1 – Dificultado Evidência de pouca contratilidade, não havendo mobilidade articular 2 – Sofrível Movimento completo eliminando a gravidade 3 – Mediano Movimento completo contra a gravidade 4 – Bom Movimento completo contra a gravidade e uma pequena resistência 5 – Normal Movimentação completa contra a gravidade e contra resistência - Extensão: paciente sentado, antes de testar a extensão do pescoço, coloque sua mão estabilizadora sobre a linha média da face súpero posterior do tórax e da escápula para impedir uma falsa impressão de extensão. Espalme a mão que imprimirá resistência sob a região occipital, promovendo-a assim de uma firme base de suporte. Peça ao paciente para estender o pescoço. Enquanto ele o faz, aumente gradativamente a resistência até determinar o máximo de resistência que ele é capaz de vencer. Para avaliar o tônus do trapézio durante a construção, palpar com a mão destinada a fixação. - Rotação Lateral: ficamos de pé frente ao paciente e coloque sua mão estabilizadora sobre o ombro esquerdo do paciente, o que ira impedi-lo de substituir a rotação da coluna cervical por rotação da coluna toracolombar. Espalme a mão que oferecerá resistência ao longo da margem direita da mandíbula. Peça ao paciente para rodar a cabeça em direção a sua mão que impõem-se resistência máxima que ele é capaz de suportar. P/ examina ECM (D) e mandíbula contra. Lavoral, compare os resultados. - Inclinação Lateral: sua mão estabilizadora sobre o ombro direito do paciente, impedindo desta forma a substituição do movimento que se quer avaliar por elevação da escápula. Espalme a mão que imporá resistência por sobre a face direita da cabeça do paciente. Para obter uma firme base de resistência, a palma do examinador deverá se sobrepor à têmpora do paciente, com os dedos se estendendo posteriormente. Peça para o paciente inclinar a cabeça lateralmente em direção a sua palma, tentando encostar a orelha no ombro. Quando ele começar a inclinar a cabeça, vá gradativamente aumentando a pressão até determinar o máximo de resistência que ele é capaz de vencer. - Tração: a tração alivia a dor causada por estreitamento do forâme neural (o que resulta na compressão nervosa), é capaz de ampliar o forâme e alivia o espasmo muscular pois obtem o relaxamento da musculatura contraída. Coloque a mão espalmada sob o queixo do paciente, enquanto que a outra mão será colocada no occipital. Em seguida eleve (tracione) a cabeça removendo o peso que ela exerce sobre o pescoço.
  • 2. - Compressão: poderá auxiliar a localizar o nível neurológico da patologia que por ventura exista. Mas pode agravar a dor causada por estreitamento do forâme neural, pressão sobre e as superfícies articulares das vértebras ao a espasmo musculares. Pressione para baixo o topo da cabeça do paciente, que pode estar sentado ou deitado. Observara-se a dor é circunscrita a algum dos dermatomos. - Teste de Valsalva: este teste aumenta a pressão intratecal. Se o canal cervical estiver tomado por alguma lesão que ocupe espaço, como os tumores e hérnia de disco cervical, mo aumento da pressão fará com que o paciente se queixe de dor. A dor poderá se irradiar pela distribuição do dermatomo correspondente a nível neurológico da patologia da coluna cervical. Peça ao paciente para prender a respiração e fazer força como se quisesse evacuar em seguida, pergunta-se se houve agravamento da dor, e em caso afirmativo peça-lhe para descrever a localização. É um teste subjetivo, que requer do paciente respostas precisas. - Teste de Adson: serve para determinar a permeabilidade da artéria subclávia, que pode estar comprimida ou por contratura dos músculos escalenos. Não pode fazer tração. Palpe o pulso radial do paciente, continue palpando e abduza, estenda e rode externamente o braço do paciente. Em seguida, peça-lhe para prender a respiração e volver a cabeça em direção ao braço que está sendo examinado. No caso de houver compressão da artéria subclávia, o pulso radial diminuirá de amplitude, podendo até não ser mais percebido( síndrome do desfiladeiro cervical). - Teste para Avaliar Artéria Carótida: com os seus dedos indicador e médio, pressionar ligeiramente sobre a artéria carótida de encontro ao processo transverso da vértebra cervical. Palpar cada artéria individualmente e avaliar igualdade de amplitude. Uma diferença na força dos pulsos pode indicar estenose (estreitamento de qualquer canal ou orifício) ou compressão da artéria carótida. - Entorse X Distensão: Entorse é uma série de lesões variáveis segundo o tipo de articulação e a intensidade do traumatismo, é um mau que não chega a ocasionar luxação, resultando em traumatismo ligamentar. Distensão é uma tração excessiva e/ou violenta que provoca deslocamento ou repuxo. Com o paciente na posição sentada, o paciente irá realizar todos os movimentos da coluna cervical em toda sua amplitude de movimentos ativamente com o terapeuta impondo-lhe uma resistência, e a seguir os movimentos serão realizados de forma passiva. Dor durante os movimentos contra a resistência ou contração muscular isométrica significa distensão muscular. Dor durante a movimentação passiva pode indicar uma entorse de ligamentos. Obs.: esta manobra pode ser aplicada a qualquer articulação para determinar comprometimento ligamentar ou muscular. Lembrando-se de que durante um movimento contra a resistência a principal estrutura a ser testada é o músculo, e de que durante o movimento passivo a principal estrutura a ser testada é o ligamento. Deve-se conseguir determinar entre Distensão Muscular ou Entorse Ligamentar, ou uma combinação destas. > Testes para Região Lombar Dá mobilidade as costas, fornece sustentação a porção superior do corpo e transmite o peso a pelve e aos MMII. O paciente deve despir-se. A presença de sinais pilosos nas costas pode traduzir algum distúrbio na coluna. Observar se o paciente evita se curvar, torcer e promover outros movimentos. Se o paciente apresentar-se com lombalgia localizada sem nenhum componente radicular, então espasmo muscular lombar ou capsulite facetária poderá ser suspeitada. - Região Ciática: para avaliar se tem hérnia de disco ou uma lesão que ocupa espaço capaz
  • 3. de comprimir as raízes nervosas podendo sensibilizar o nervo. Ocorre verticalmente em direção descendente na linha media da coxa e seus ramos para o músculo tendinosos da coxa e divide-se em ramos terminais tíbial e fibulares. O examinador deve fletir o quadril do paciente e localizar o ponto médio entre as tuberosidades isquiaticas e os grandes trocanteres. Então irá pressionar firmemente, palpando o nervo que é de fácil palpação. - Flexão lateral : movimento contralateral, com dor no outro lado, tratar a cápsula articular. - Inclinação: detecta lesão ligamentar. Fixe a crista ilíaca do paciente e pede-se para que ele incline o tronco para direita e/ou para esquerda. Compare os dois lados. Para realizar o teste passivo de inclinação fixe a pelve do paciente e segure o ombro e inclina-o para direita e depois para a esquerda. Verificar os dois lados. - Rotação: coloque-se atrás do paciente e fixe a pelve colocando a mão sobre a crista ilíaca e outra sobre o ombro, em seguida fixe o tronco o que será conseguido rodando a pelve e o ombro posteriormente. Verificar os dois lados. - Teste de Lasegue modificado: flexão + adução + rot. int.( inversão) + elevação da perna. Se o paciente sentir dor, suspeitar-se-á de lombociatalgia (dor ciática verdadeira). > Stress Neural * Nervo Femural (L2, L3 e L4): paciente em pé apóia um dos joelhos (flexionado à 90o) em uma cadeira, então pede-se que faça a inclinação lateral do tronco. Dar-se- a positivo se houver dor. Se for local o problema é na cápsula; se for irradiada para o membro inferior o problema é no nervo. * Nervo Ciático (L4-S3): pode-se usar os testes de Lasegue (verdadeiro), Slump e Calço (paciente em pé e com o ante pé apoiado sobre um calço como por exemplo um livro, o terapeuta pede para que o paciente faça flexão do tronco. Caso positivo haverá dor). * Nervo Mediano (C5 à T1): paciente em DD, com flexão de cotovelo e extensão de punho e obro abduzido. O terapeuta ira realizar uma extensão total de cotovelo e punho. O teste deve ser realizado primeiramente de forma passiva e depois feito ativamente. A cabeça deve estar rodada para o lado oposto ao teste. * Nervo Radial (C5 à T1): paciente em DD, com flexão de cotovelo e flexão de punho e obro abduzido. O terapeuta ira realizar uma extensão total de cotovelo e flexão total de punho. O teste deve ser realizado primeiramente de forma passiva e depois feito ativamente. A cabeça deve estar rodada para o lado oposto ao teste. * Nervo Ulnar (C7 à T1): paciente em DD, com extensão de cotovelo e extensão de punho e obro abduzido. O terapeuta ira realizar abdução total de ombro, uma flexão total de cotovelo e extensão total de punho. O teste deve ser realizado primeiramente de forma passiva e depois feito ativamente. A cabeça deve estar rodada para o lado oposto ao teste.
  • 4. Articulações dos Corpos Vertebrais Os corpos vertebrais estão unidos pelos ligamentos longitudinais anterior e posterior e pelos discos intervertebrais. Ligamento Longitudinal Anterior - extenso e resistente feixe de fibras longitudinais que se estendem ao longo das faces anteriores dos corpos das vértebras do áxis (C2) até o sacro. Continua-se superiormente com o ligamento atlantoaxial anterior. Ligamento Longitudinal Anterior Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Ligamento Longitudinal Posterior - localizado no canal vertebral, nas faces posteriores dos corpos vertebrais de áxis (C2) até o sacro. Continua-se superiormente com a membrana tectória.
  • 5. Ligamento Longitudinal Posterior Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Disco Intervertebral Localizam-se entre as faces adjacentes dos corpos das vértebras, do áxis (C2) até o osso sacro. Variam em forma, tamanho e espessura no trajeto da coluna vertebral. Os discos vertebrais constituem cerca de 1/4 do comprimento da coluna vertebral. Cada disco é constituido por um disco fibroso periférico composto por tecido fibrocartilaginoso, chamado ANEL FIBROSO; e uma substância interna, elástica e macia, chamada NÚCLEO PULPOSO. Os discos formam fortes articulações, permitem vários movimentos da coluna vertebral e absorvem os impactos.
  • 6. Articulações dos Arcos Vertebrais Cápsulas Articulares - são finas e frouxas e inseridas nas facetas articulares dos processos articulares adjacentes. Ligamentos Amarelos - são ligamentos que unem as lâminas das vértebras adjacentes no canal vertebral de áxis (C2) até o primeiro segmento do sacro. Possui certa elasticidade que serve para preservar a postura vertical. Ligamentos Amarelos
  • 7. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Ligamento Nucal - é uma membrana fibrosa que estende-se da protuberância occipital externa até a 7ª vértebra cervical (C7). Ligamento Nucal
  • 8. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Ligamento Supra-espinhal - corda fibrosa e resistente que une os ápices dos processos espinhosos a partir da 7ª vértebra cervical (C7) até o sacro. É considerado uma continuação do ligamento nucal. Ligamentos Interespinhais - finos e quase membranáceos, unem os processos espinhosos adjacentes. Ligamentos Supra-espinhal e Interespinhal
  • 9. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Ligamentos Intertransversários - estão interpostos entre os processos transversos. Ligamento Intertransversal e Longitudinal Anterior
  • 10. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Articulações Atlanto-Occipitais (C0 - C1) Essa articulação é formada pelas seguintes estruturas: Cápsulas Articulares - circundam os côndilos do occipital e as facetas articulares das massas laterais do atlas. Membrana Atlanto-occipital Anterior - larga e de fibras densamente entrelaçadas une a margem anterior do forame magno com a borda superior do arco anterior do atlas. Membrana Atlanto-occipital Posterior - é ampla e fina e está fixada na margem posterior do forame magno e à borda superior do arco posterior de atlas. Ligamentos Atlanto-occipitais Laterais - são porções espessadas das cápsulas articulares reforçados por feixes de tecido fibroso e obliquamente dirigidos superior e medialmente. Inserem-se no processo jugular do osso occipital e na base do processo transverso do atlas. Ligamentos Atlanto-Occipitais (C0 - C1)
  • 11. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Ligamentos Occipito-Axiais (C0 - C2) Essa articulação é formada pelas seguintes estruturas: Membrana Tectórica - é uma faixa extensa e resistente que recobre o dente e seus ligamentos dentro do canal vertebral. É considerado o prolongamento do ligamento longitudinal posterior. Está inserido no corpo do áxis e superiormente no sulco basilar do occipital. Ligamentos Alares - começam de cada lado do ápice do dente do áxis e inserem-se na parte medial rugosa dos côndilos do occipital. Ligamento Apical do Dente - estende-se do ápice do dente do áxis até a margem posterior do forame magno, entre os ligamentos alares. Ligamentos Occipito-Axiais (C0 - C2)
  • 12. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Articulações Atlanto-Axiais (C1 - C2) A articulação do atlas com o áxis compreende as seguintes estruturas: Cápsulas Articulares - são delgadas e frouxas e unem as margens das massas laterais do atlas às da face articular posterior do áxis. Ligamento Atlanto-axial Anterior - é uma membrana resistente, fixada na margem inferior do arco posterior do atlas e à face ventral do corpo do áxis. Ligamento Atlanto-axial Posterior - é uma membrana fina e larga inserida na borda inferior do arco posterior do atlas e na margem superior das lâminas do áxis. Ligamento Transverso do Atlas - é uma faixa espessa, resistente e arqueada que mantém o dente em contato com o arco anterior. Insere-se na parte basilar do occipital
  • 13. e na face posterior do corpo do áxis. O ligamento transverso do atlas junto com os fascículos longitudinais superior e inferior formam o ligamento cruciforme. Ligamentos da Região Cervical Alta Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Articulações Costovertebrais Essas articulações são divididas em duas partes: Articulação da cabeça da costela com o corpo vertebral; Articulação costotransversárica, onde o colo da costela articula com o processo transverso das vértebras torácicas. Articulação da Cabeça da Costela – é uma articulação plana formada pela articulação da cabeça da costela com o corpo vertebral das vértebras torácicas. Os ligamentos dessa articulação são: Cápsula Articular - é constituído por curtas e resistentes fibras unindo as cabeças das costelas às cavidades articulares formados pelas vértebras e discos intervertebrais. Ligamento Radiado da Cabeça da Costela - une as partes anteriores das cabeças das costelas aos corpos de duas vértebras e seus discos intervertebrais. Consta de três fascículos achatados que se inserem na parte anterior da cabeça das costela. Ligamento Intra-articular da Cabeça da Costela - é um feixe curto, achatado, inserido lateralmente na crista entre as facetas articulares e, medialmente, no disco intervertebral, dividindo a articulação (cada uma com sua membrana sinovial própria).
  • 14. Ligamento Radiado Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Articulação Costotransversais - é a articulação entre a faceta articular do tubérculo da costela e o processo transverso da vértebra correspondente. É formada pelas seguintes estruturas: Cápsula Articular - é fina e inserida na circunferência articular com um revestimento sinovial. Ligamento Costotransversário Superior - insere-se na borda superior do colo da costela e no processo transverso da vértebra acima. Ligamento Costotransversário Posterior - são fibras que se inserem no colo da costela e na base do processo transverso e borda lateral do processo articular da vértebra acima. Ligamento do Colo da Costela - são curtas e resistentes fibras que unem o dorso do colo da costela com o processo transverso adjacente. Ligamento do Tubérculo da Costela - é um fascículo curto, espesso e resistente que se dirige do ápice do processo transverso para a porção não articular do tubérculo da costela. Ligamentos Costotransversários
  • 15. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Articulações Esternocostais - as articulações das cartilagens das costelas verdadeiras com o esterno são articulações planas, com excessão da primeira que é uma sincondrose. Os elementos de conexão são: Cápsula Articular - são fibras muito finas que circundam as articulações das cartilagens costais das costelas verdadeiras com o esterno. Ligamento Esternocostal Radiado - feixes finos e radiados que se irradiam adas faces anterior e posterior das extremidades esternais das cartilagens das costelas verdadeiras. Ligamento Esternocostal Intra-articular - constante apenas na segunda costela. Estende- se a partir da cartilagem da costela até a fibro cartilagem que une o manúbrio ao corpo do esterno. Ligamento Costoxifóide - ligam as faces anterior e posterior da sétima costela às mesmas no processo xifóide. Articulações Esternocostais
  • 16. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Articulações Intercondrais - articulações entre as cartilagens costais. Articulações Costocondrais - articulações entre as costelas e as cartilagens costais. Articulações esternais: Manúbrio-esternal - entre o manúbrio e o corpo do esterno, é geralmente uma sínfise. Xifoesternal - entre o processo xifóide e o corpo do esterno, é geralmente uma sínfise. Articulações Lombossacrais São as articulações entre a 5ª vértebra lombar e o osso sacro. Seus corpos são unidos por uma sínfise, incluindo um disco intervertebral. Ligamento Ileolombar – inserido na face ântero-inferior da 5ª vértebra lombar e irradia na pelve por meio de dois feixes: um inferior, o ligamento lombossacral que insere-se na face ântero-superior do sacro e um feixe superior, a inserção parcial do músculo quadrado do lombo, passando para a crista ilíaca anterior à articulação sacroilíaca, continuando acima com a fáscia toracolombar. Ligamento Ileolombar
  • 17. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Articulação Sacrococcígea Esta é uma sínfise entre o ápice do sacro e a base do cóccix, unidos por um disco fibrocartilagíneo. Ligamento Sacrococcígeo anterior - fibras irregulares que descem sobre as faces pélvicas tanto do sacro como do cóccix. Ligamento Sacrococcígeo posterior - superficial passa da parte posterior da Quinta vértebra sacral par o dorso do cóccix. Ligamento Sacrococcígeo lateral – liga um processo transverso do cóccix ao ângulo ínfero-lateral do osso sacro. Ligamentos Intercornais – unem os cornos do sacro e do cóccix. Articulação Sacrococcígea
  • 18. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. ARTICULAÇÕES (=JUNTURAS) ARTICULAÇÕES (=JUNTURAS) Denominação que se dá aos modos de união dos ossos entre si; união entre peças de um aparelho ou máquina. Juntura: e o mesmo que junção; junta; articulação; união. O sentido da palavra articulação sugere movimento entre duas peças, porém, isso nem sempre é verdade. Assim, devemos ressaltar o significado correto da palavra, que é "união", sem pressupor que possam ocorrer deslocamentos entre os elementos relacionados. Em anatomia, articulações ou junturas são as uniões funcionais entre os diferentes ossos do esqueleto. Vários são os tipos existentes e diferenciam-se pelo tipo de movimento que ocorre, ou não, entre os ossos unidos. O desenvolvimento das articulações dá-se ainda no período embrionário, quando o mesoderma organiza-se em núcleos contínuos em forma de eixos ou colunas. A partir desse momento surgem os primeiros indícios dos ossos e articulações pela condensação
  • 19. do mesoderma em determinados locais e formas. Esse mesoderma condrificará e posteriormente se ossificará, dando origem aos ossos. As porções não condensadas de mesoderma indiferenciado ali interpostas podem se desenvolver em três direções dando origem a: tecidos fibrosos que não permitem movimentos, como no caso dos ossos do crânio; tecidos cartilagíneos como por exemplo na união entre os ossos púbicos, que permitem movimentos parciais e finalmente, pode também ocorrer a diferenciação em tecido frouxo com a formação de uma cavidade entre as partes, o que resultará em uma articulação com movimentos amplos. Os tecidos circunjacentes aos núcleos mesodérmicos darão origem ao periósteo e pericôndrio e a extensão destes por sobre as extremidades desses núcleos irá formar as cápsulas articulares. A espessura dessas cápsulas não é uniforme, e os espessamentos que nela ocorrem são os elementos de reforço denominadas ligamentos. CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES As articulações ou junturas são classificadas de acordo com sua estrutura, amplitude de movimento e também segundo os eixos em torno dos quais esses ocorrem. Assim, as articulações imóveis ou sinartroses, denominadas junturas fibrosas são aquelas onde o contato entre os ossos é quase direto, com interposição de fina camada de tecido conjuntivo e onde o movimento é quase inexistente. As junturas fibrosas podem ser de três tipos: sindesmose, sutura e gonfose. Sindesmose: é a articulação na qual dois ossos são unidos por fortes ligamentos interósseos e não há superfície cartilaginosa na área de união. Exemplo: articulação tíbio-fibular distal. Sutura: é a articulação onde as margens ósseas são contíguas e separadas por uma delgada camada de tecido fibroso. Esse tipo de articulação só é encontrado no crânio e pode ser de três tipos: Sutura serrátil, quando as margens dos ossos são encaixadas e unidas por uma série de saliências e reentrâncias em forma de serra,como observado entre os ossos parietais; sutura escamosa, formada pela sobreposição de dois ossos contíguos, como entre o temporal e o parietal e sutura plana onde duas superfícies ósseas contiguas se apõem como entre as partes horizontais dos ossos palatinos ou entre os maxilares. Gonfose: é a articulação de um processo cônico em uma cavidade e só é observada nas articulações entre as raízes dos dentes e os alvéolos da mandíbula e da maxila. As articulações com pequeno ou limitado grau de movimento, denominadas anfiartroses são as junturas cartilagíneas, onde as uniões entre as superfícies ósseas contíguas são feitas por cartilagem. Os tipos existentes são a sínfise e a sincondrose.
  • 20. Sínfise: é a união por discos fibrocartilaginosos achatados cuja estrutura pode ser complexa. São observadas entre cada dois corpos vertebrais e entre os dois ossos púbicos. Sincondroses: são formas temporárias de articulação, uma vez que na idade adulta a cartilagem é convertida em osso. São encontradas nas extremidades dos ossos longos entre as epífises e metáfises e também entre os ossos esfenóide e occipital, na base do crânio. O tipo de articulação mais frequente no corpo humano são as diartroses ou junturas sinoviais, que possuem movimentos amplos. Nesse tipo de articulação as extremidades ósseas são revestidas por cartilagem hialina e a união é feita por uma cápsula fibrosa revestida internamente pela membrana sinovial que produz o líquido de mesmo nome que nutre e lubrifica a articulação. Espessamentos dessa cápsula, que a reforçam, são os ligamentos extra-articulares. Em algumas articulações, além dos ligamentos extraarticulares, existem também ligamentos intra-articulares, elementos diferenciados, que são revestidas por membrana sinovial e participam dos mecanismos de limitação e orientação dos movimentos, como exemplo podemos citar os ligamentos cruzados do joelho. Nesse tipo de articulação também podem estar presentes discos ou meniscos articulares, estruturas fibrocartilaginosas unidas em sua periferia com a cápsula articular cujas superfícies livres não são revestidas por membrana sinovial; um exemplo desse tipo de articulação é a que existe entre o fêmur e a tíbia no joelho. O tipo de movimento permitido nesse tipo de articulação é o que as classifica, considerando-se principalmente o eixo em torno do qual esse ocorre. Das uniaxiais, onde o movimento se faz em torno de um único eixo temos o tipo gínglimo ou dobradiça onde esse eixo geralmente é transverso e o deslocamento se dá em um único plano. Nessas articulações é frequente a presença de fortes ligamentos colaterais . Exemplo: Interfalângicas e Úmero-ulnar. A Femoro-tibial do joelho é citada por alguns autores como gínglimo, no entanto isso é discutível, uma vez que durante o seu movimento, além da flexão e extensão, também ocorrem movimentos de rotação ou lateralização. As articulações biaxiais, (movimentos em torno de dois eixos), podem ser dos tipos elipsóides, condilares e selares. Nas elipsóides uma superfície articular ovóide é recebida em uma cavidade elíptica, permitindo os movimentos de flexo-extensão e abdução-adução sem rotação axial, cujo movimento combinado é denominado circundução . Como exemplo temos as articulações rádio cárpica e metacarpo- falangeanas. As articulações: condilares são aquelas nas quais duas superfícies convexas ou semiesféricas deslizam sobre outra superfície. Como exemplo temos o joelho e a temporomandibular São consideradas selares as articulações em que as extremidades ósseas apostas são reciprocamente concavo-convexas, também com movimentos de flexoextensão e adução-abdução sem rotação axial. O exemplo típico é a articulação entre o trapézio e o I metacarpo.
  • 21. Quando os movimentos ocorrem em torno de três eixos permitindo a flexãoextensão, adução-abdução e rotações axiais temos as articulações triaxiais ou esferóides, também denominadas enartroses. É formada por uma cabeça esférica com uma cavidade em taça. Os melhores exemplos são as articulações do quadril e do ombro. Articulações: planas são junturas sinoviais, também denominadas artródias ou deslizantes, que só permitem o deslizamento entre as superfícies envolvidas. Essas são planas ou ligeiramente convexas e a amplitude do movimento é controlada pelos ligamentos ou processos ósseos dispostos ao seu redor. Estão presentes entre os processos articulares das vértebras, no carpo e no tarso. TERMOS DE MOVIMENTO • Flexão: realizado no plano sagital e ao redor do eixo transversal, reduz o ângulo entre duas partes do corpo; • Extensão: realizado no plano sagital e ao redor do eixo transversal, retorno da flexão ou aumenta o ângulo entre duas partes do corpo; • Abdução: realizado no plano coronal e ao redor do eixo sagital, afasta parte do corpo do plano mediano ou aumenta o ângulo entre duas partes do corpo. • Adução: realizado no plano coronal e ao redor do eixo sagital, aproxima parte do corpo do plano mediano ou diminui o ângulo entre duas partes do corpo. • Rotação: girar em torno do próprio eixo, ou seja, realizado ao redor do eixo longitudinal, podendo ser, lateral ou medial; • Supinação: movimento de rotação do antebraço com o rádio girando lateralmente ao redor de seu próprio eixo; o dorso da mão fica voltado posteriormente e a palma anteriormente (posição anatômica); • Pronação: movimento de rotação do antebraço com o rádio girando medialmente ao redor de seu próprio eixo; o dorso da mão fica voltado anteriormente e a palma posteriormente; • Eversão: movimento realizado na articulação talocalcânea, afastando a planta do pé do plano mediano; • Inversão: movimento realizado na articulação talocalcânea, aproximando a planta do pé do plano mediano; • Oposição ou oponência: dirigir a polpa do polegar (primeiro dedo) em direção à polpa do dedo mínimo (quinto dedo); • Reposição: é o retorno do polegar à posição anatômica;. • Elevação: levantar uma parte do corpo; • Depressão (abaixamento): abaixar uma parte do corpo;
  • 22. • Protrusão: movimento realizado para frente; • Retrusão: movimento realizado para trás; • Circundução: movimento circular combinado (flexão-abdução-extensão-adução) que descreve um cone cujo ápice é o centro da articulação.