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Jornal Valor --- Página 12 da edição "06/05/2015 1a CAD B" ---- Impressa por cgbarbosa às 05/05/2015@20:47:31
Enxerto
Jornal Valor Econômico - CAD B - EMPRESAS - 6/5/2015 (20:47) - Página 12- Cor: BLACKCYANMAGENTAYELLOW
B12 | Quarta-feira, 6 de maio de 2015
Agronegócios
Fonte: Empresa
Louis Dreyfus
Resultados globais do grupo - em US$ bilhões
Vendas líquidas
2013 2014
62
63
64
65
63,6
64,7
Resultado operacional
2013 2014
1,5
1,7
1,9
2,1
1,721
1,781
Lucro líquido
2013 2014
0,600
0,620
0,640
0,660
0,680
0,640
0,648
Ativos totais
2013 2014
19,0
19,2
19,4
19,6
19,2
19,4
Fonte: ADM
ADM no mundo
Principais resultados no 1º trimestre - em US$ bilhões
Lucro líquido
2014 2015
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
0,267
0,493
Receita
12
14
16
18
20
22
20,696
17,506
Ebit
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
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2014 2015 2014 2015
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Moinho Pacífico
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270
275
280
285
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Lucro bruto
0
25
50
75
100
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Lucro líquido
0
25
50
75
100
80,6
9,4
2013 2014
Dívida líquida
-50,0
-37,5
-25,0
-12,5
0,0
-37,4
-7,6
.
GanhosdoMoinhoPacíficotiveram
quedadequase90%noanopassado
Fabiana Batista
De São Paulo
Um dos maiores importadores
e processadores de trigo da Amé-
rica Latina, o Moinho Pacífico, do
empresário Lawrence Pih, infor-
mou que teve em 2014 um lucro
líquido de R$ 9,425 milhões, for-
te queda em relação ao montan-
te de R$ 80,644 milhões de resul-
tado líquido registrado em 2013.
O balanço, publicado no Diá-
rio Empresarial de São Paulo,
mostra que pesou no resultado
um aumento da despesa finan-
ceira líquida. Em 2014, esse tipo
de gasto foi a R$ 37,1 milhões,
ante os R$ 5,1 milhões registra-
dos no ano anterior. Além disso,
despesasgeraiseadministrativas
tiveram forte alta. Foram de
R$ 12,2 milhões em 2013, para
R$ 61,5 milhões em 2014. A em-
presa não informou o motivo do
aumento desses gastos.
O moinho, que adquire trigo
no mercado interno e também
importa a matéria-prima e a fari-
nha, registrou queda em suas
vendas em 2014. A receita opera-
cional líquida decresceu 2,1%,
para R$ 278,4 milhões. O custo
dos produtos e serviços, em igual
comparação, foi 1,5% mais baixo,
de R$ 194,3 milhões.
Apesar do resultado mais aca-
nhado em 2014 na comparação
com 2013, o Moinho Pacífico con-
tinuou com dívida líquida negati-
va. O endividamento com em-
préstimos e financiamentos foi a
R$ 126,1 milhões ao fim de 2014,
11,8% acima dos R$ 112,7 milhões
de um ano antes. No entanto, des-
contadas o caixa e outros ativos
de alta liquidez, a dívida líquida
foi negativa em R$ 7,6 milhões.
Em 2013, também havia sido ne-
gativa em R$ 37,4 milhões.
O ano de 2014 foi desafiador
para os produtores de trigo e pa-
ra o setor moageiro no Brasil. Os
dois principais Estados produto-
res do cereal no país, Paraná em
Rio Grande do Sul, tiveram per-
das de quantidade e qualidade,
em função de chuvas ocorridas
nacolheita.Nocasodotrigogaú-
cho,aperdaabrangeumetadeda
lavoura. Importador líquido do
cereal — o Brasil consome 11 mi-
lhões de toneladas, mas só pro-
duz 5 milhões —, o país teve em
2014 que importar um volume
maior de trigo de fora do Merco-
sul, pois a Argentina, tradicional
fornecedor do cereal, também
teve uma oferta menor.
Ainda que o governo tenha isen-
tado a importação de trigo de fora
do bloco da incidência da Tarifa Ex-
ternaComum(TEC),de10%,essade-
soneração não vigorou por todo o
ano. Por isso, algumas indústrias
acabarampagandoaTEC,oqueele-
vouocustodeaquisiçãodotrigo.
Neste ano, dois outros moi-
nhos de médio e grande portes
divulgaram seus balanços refe-
rentes ao exercício de 2014. O
MoinhoAnaconda,umdosmaio-
resdopaís,informouqueteveem
2014 um lucro líquido de R$ 109
milhões, 26,7% acima dos R$ 86,6
milhões de 2013. Com movimen-
tação de 100 mil toneladas de fa-
LucroglobaldaADMsubiu84%no1o
tri,paraUS$493milhões
Balanço
Camila Souza Ramos
e Mariana Caetano
De São Paulo
A Archer Daniels Midland Com-
pany (ADM), uma das maiores em-
presas de agronegócio do mundo,
reportou ontem um lucro líquido
de US$ 493 milhões no primeiro
trimestre de 2015, encerrado em 31
de março, expressivo avanço de 84%
em relação ao mesmo período do
ano passado. A receita, por sua vez,
recuou 15,4% na mesma compara-
ção, para US$ 17,506 bilhões.
A queda nos preços das com-
modities no mercado interna-
cional contribuiu para pressio-
nar a receita da ADM, enquanto
o aumento das margens de pro-
cessamento favoreceu o cresci-
mento do resultado líquido.
O lucro antes de juros e impos-
tos (Ebit, na sigla em inglês) regis-
trou elevação de 88,5%, para US$
690 milhões. O destaque ficou por
conta das operações de processa-
mentodeoleaginosas,queresulta-
ram em um lucro operacional de
US$ 469 milhões, alta de 57,9% an-
teoprimeirotrimestrede2014.
“Aequipedeoleaginosascapitali-
zouemcondiçõesfavoráveisdemer-
cado e entregou excelentes resulta-
dos,comfortesperformancesemca-
daregião”,disseoCEOJuanLuciano,
em nota. O bom desempenho refle-
tiuvolumesrecordesdesojaproces-
sada na Europa e na América do
Norte, além das fortes margens glo-
bais, impulsionadas pela demanda
aquecidaporfarelo.Colaboroutam-
bém a maior originação na América
doSul,segundoaADM.
Entretanto, a melhora dos re-
sultadosnomercadodebiodiesel
sul-americano, capitaneada pelo
aumento da mistura obrigatória
ao diesel comum no Brasil, foi
contrabalançada por margens
menores com o biocombustível
na América do Norte e pela de-
mandaenfraquecidanaEuropa.
Já os serviços agrícolas contribuí-
ram com um lucro operacional de
US$ 194 milhões no trimestre (alta
de 36,6%), seguido pelo processa-
mento de milho, com US$ 113 mi-
lhões (nesse caso, houve queda de
39,2%). De acordo com a múlti, as
operações de milho sofreram com a
redução da produção de etanol e
margensindustriaismaisapertadas.
Além do balanço, a ADM anun-
ciou ontem que está construindo
uma nova fábrica de premix (pré-
mistura de minerais e vitaminas
para a ração animal) em Zhang-
zhou, no sul da China. A empresa
nãorevelouovalorinvestido.
Conforme a ADM, a nova plan-
ta empregará cerca de 150 pes-
soas e abastecerá uma região im-
portante na produção de suínos,
aves e peixes em cativeiro. A pre-
visão é que as obras estejam con-
cluídas no quarto trimestre de
2016, com uma capacidade de
processamento de 30 mil tonela-
das de pré-mistura por ano.
Amúltiinformouaindaquecons-
truiráumanovafábricaderaçãoem
Glencoe, no Estado americano de
Minnesota,comoobjetivodeapoiar
CLAUDIOBELLI/VALOR
RobertoVidal:comunicaçãoeficienteetrabalhoemequipesãopontos-chave
Fernando Lopes
De São Paulo
Principal frente de negócios da
Louis Dreyfus Commodities (LDC)
nomundoatualmente,oBrasilde-
verá absorver 20% dos investimen-
tos globais de US$ 4 bilhões que a
multinacional francesa planeja
realizarparafortalecersuasopera-
ções nos próximos cinco anos. E,
como no caso de concorrentes co-
mo ADM, Bunge e Cargill, a maior
parte dos recursos destinados ao
paísdeveráseraplicadaemlogísti-
ca,especialmentenaregiãoNorte.
“Vamos investir R$ 500 milhões
porano[até2019].Oobjetivoédar
ênfase às operações, com foco em
ganhos de eficiência”, diz Roberto
Bento Vidal, que assumiu oficial-
mente o cargo de CEO da subsidiá-
ria brasileira no início de março.
Com passagens por empresas co-
moAmbeveVotorantim,Vidalestá
naDreyfusháumanoemeio.Antes
de substituir Adrian Isman no co-
mando da LDC Brasil, era o princi-
palexecutivodaáreaoperacional.
“Novato” no grupo, Vidal, que
tem 44 anos, evita comentários so-
bre as inúmeras mudanças na ges-
tão da multinacional nos últimos
anos, nos planos global e local.
Não considera que tenha sido um
período de turbulência, ainda que
o grupo tenha sido alvo das mais
variadas especulações sobre seu
futuro. Muitos analistas chegaram
a afirmar que o conglomerado
francês só sobreviveria à maior
concorrência entre as tradings, in-
clusiveasasiáticas,sefundisseseus
negócioscomosdealgumarival.
Mudanças aconteceram, é verda-
de, mas nada tão radical. No Brasil,
por exemplo, foi marcante o “spin
off” dos negócios de açúcar e eta-
nol que resultou na criação da Bio-
sev, que abriu o capital em 2013.
Mas a vida continuou. “As mudan-
ças que aconteceram fazem parte
de uma fase normal da evolução do
grupo”, afirma Vidal. “O importan-
te, agora, é melhorar nossa comuni-
cação interna, fomentar o trabalho
em equipe e entregar resultados,
mantendo uma visão de longo pra-
zo”, acredita. E bola para frente.
Aparentemente menos preocu-
pada em ampliar o portfólio de
produtos de maior valor agregado
do que em ganhar mais eficiência
ao longo das cadeias produtivas
nas quais atua, principalmente
grãos,aLDCBrasiljácomeçouain-
crementar os investimentos para
expandir cada vez mais o escoa-
mento de grãos destinados à ex-
portaçãopeloNortedopaís.
Em parceria com outras empre-
sas, entre as quais a também multi-
nacional Glencore e a Amaggi, con-
troladapelafamíliadosenadorBlai-
roMaggi(PR-MT),aLDCjáoperano
porto de Itaqui, no Maranhão, o Te-
gram, primeiro terminal exclusivo
para grãos do Estado. E, paralela-
mente, começa a avançar o projeto
de construção de um terminal de
transbordonorioTapajós,quecorta
o Pará. Essa é frente que deverá ab-
sorveramaiorpartedosinvestimen-
tosprevistosparaospróximosanos.
“É um projeto de três ou quatro
anos. Depois dos aportes na opera-
ção da hidrovia, teremos investi-
mentosportuáriosafazer,queainda
estão indefinidos [e dependem do
andamento do processo de conces-
são de terminais à iniciativa priva-
da]”.Emcincoouseisanos,Vidales-
tima que a LDC estará transportan-
do cerca de 3 milhões de toneladas
degrãospeloTapajós.PeloTegram,o
escoamento dos parceiros poderá
chegara10milhõesdetoneladasaté
2022,comojáinformouoValor.
ParanavegarpeloTapajós,afirma
o CEO, a LDC Brasil provavelmente
contará com barcaça e empurrado-
res próprios e aproveitará a expe-
riência que tem a partir de opera-
ções na hidrovia Tietê-Paraná —
atualmenteparadasporcontadaes-
tiagemdoanopassado—etambém
no Paraguai. “Ao mesmo tempo, va-
mos investir para ampliar a origina-
ção de grãos e em armazéns. Avan-
çar na cadeia produtiva depende
dessacompetitividade”,dizVidal.
Com esses aportes em “negócios
que fazem sentido”, como pontua o
executivo, a expectativa é que a mo-
vimentaçãodegrãosdaLDCnoBra-
sil, que em 2014 alcançou cerca de
10 milhões de toneladas (a soja res-
pondeu por 75% do total e o milho
pelos 25% restantes), aumente em
até 50% nos próximos anos. Na área
de grãos, Vidal também realça a ex-
pansão das operações no mercado
demilhoapósaaquisição,em2014,
daKowalskiAlimentos,donadeuni-
dadesdeprocessamentoeprodução
deitensdemaiorvaloragregadoem
Apucarana(PR)eRioVerde(GO).
Aindasobreosnegóciosnopaís,
Vidal reafirma o compromisso da
LDC de manter uma posição firme
no mercado de suco de laranja — a
empresa é a terceira maior expor-
tadoradoprodutobrasileiro,atrás
de Citrosuco e Cutrale — e acredita
que é possível ampliar a participa-
ção no mercado de café, no qual já
movimenta 250 mil toneladas por
ano,boaparteparaexportação.
Em2014,areceitalíquidadaLDC
Commodities Brasil e suas controla-
das ficou estável em R$ 13,9 bilhões.
E, segundo balanço publicado no
“Diário Oficial Empresarial de São
Paulo”, houve prejuízo de R$ 166,9
milhões, ante perda de R$ 131,6 mi-
lhões em 2013. Segundo dados da
Secretaria de Comércio Exterior (Se-
cex), os embarques da múlti a partir
dopaísrenderamUS$476,9milhões
no primeiro trimestre, 39,5% menos
que em igual período de 2014. Já os
resultados globais do grupo melho-
raramem2014.(vertabela).
o mercado em expansão no Meio-
Oeste dos EUA. A expectativa da
ADMéqueafábricaestejaprontano
primeiro trimestre de 2016, com
uma capacidade de processamento
decercade80miltoneladasdepro-
dutosporano,especialmenteparaa
alimentaçãodesuínosebovinos.
A ADM também anunciou que
chegou a um acordo para adqui-
rir a North Star Shipping e a Min-
metal, ampliando sua rede de
originaçãoetransportecomain-
corporação das instalações de
exportação das duas empresas
no porto romeno de Constanta,
no Mar Negro. A região é impor-
tante produtora de grãos.
A ADM já era parceira da Nor-
th Star e da Minmetal, que ope-
ram elevadores de grãos e arma-
zéns, além de terem serviços por-
tuários e uma agência de navega-
ção na foz do rio Danúbio.
EstratégiaEmpresaplanejainvestirR$500milhõesporanonoBrasilaté2019
LouisDreyfusCommoditiesdá
ênfaseaaumentodeeficiência
rinha por ano, o Anaconda infor-
mou que seu desempenho se de-
veu, em parte, à atuação no mer-
cado de farinhas tipificadas, para
o atendimento de demandas es-
pecíficasdeseusclientes.
O Moinho Santa Clara, de São
Paulo, informou que teve em 2014
umlucrolíquido23%menor,deR$
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  • 1. Jornal Valor --- Página 12 da edição "06/05/2015 1a CAD B" ---- Impressa por cgbarbosa às 05/05/2015@20:47:31 Enxerto Jornal Valor Econômico - CAD B - EMPRESAS - 6/5/2015 (20:47) - Página 12- Cor: BLACKCYANMAGENTAYELLOW B12 | Quarta-feira, 6 de maio de 2015 Agronegócios Fonte: Empresa Louis Dreyfus Resultados globais do grupo - em US$ bilhões Vendas líquidas 2013 2014 62 63 64 65 63,6 64,7 Resultado operacional 2013 2014 1,5 1,7 1,9 2,1 1,721 1,781 Lucro líquido 2013 2014 0,600 0,620 0,640 0,660 0,680 0,640 0,648 Ativos totais 2013 2014 19,0 19,2 19,4 19,6 19,2 19,4 Fonte: ADM ADM no mundo Principais resultados no 1º trimestre - em US$ bilhões Lucro líquido 2014 2015 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0,267 0,493 Receita 12 14 16 18 20 22 20,696 17,506 Ebit 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0,366 0,690 2014 2015 2014 2015 Fonte: empresa Moinho Pacífico Principais resultados da empresa - R$ milhões 2013 2014 Receita líquida 270 275 280 285 290 284,6 278,4 2013 2014 Lucro bruto 0 25 50 75 100 87,1 81,0 2013 2014 Lucro líquido 0 25 50 75 100 80,6 9,4 2013 2014 Dívida líquida -50,0 -37,5 -25,0 -12,5 0,0 -37,4 -7,6 . GanhosdoMoinhoPacíficotiveram quedadequase90%noanopassado Fabiana Batista De São Paulo Um dos maiores importadores e processadores de trigo da Amé- rica Latina, o Moinho Pacífico, do empresário Lawrence Pih, infor- mou que teve em 2014 um lucro líquido de R$ 9,425 milhões, for- te queda em relação ao montan- te de R$ 80,644 milhões de resul- tado líquido registrado em 2013. O balanço, publicado no Diá- rio Empresarial de São Paulo, mostra que pesou no resultado um aumento da despesa finan- ceira líquida. Em 2014, esse tipo de gasto foi a R$ 37,1 milhões, ante os R$ 5,1 milhões registra- dos no ano anterior. Além disso, despesasgeraiseadministrativas tiveram forte alta. Foram de R$ 12,2 milhões em 2013, para R$ 61,5 milhões em 2014. A em- presa não informou o motivo do aumento desses gastos. O moinho, que adquire trigo no mercado interno e também importa a matéria-prima e a fari- nha, registrou queda em suas vendas em 2014. A receita opera- cional líquida decresceu 2,1%, para R$ 278,4 milhões. O custo dos produtos e serviços, em igual comparação, foi 1,5% mais baixo, de R$ 194,3 milhões. Apesar do resultado mais aca- nhado em 2014 na comparação com 2013, o Moinho Pacífico con- tinuou com dívida líquida negati- va. O endividamento com em- préstimos e financiamentos foi a R$ 126,1 milhões ao fim de 2014, 11,8% acima dos R$ 112,7 milhões de um ano antes. No entanto, des- contadas o caixa e outros ativos de alta liquidez, a dívida líquida foi negativa em R$ 7,6 milhões. Em 2013, também havia sido ne- gativa em R$ 37,4 milhões. O ano de 2014 foi desafiador para os produtores de trigo e pa- ra o setor moageiro no Brasil. Os dois principais Estados produto- res do cereal no país, Paraná em Rio Grande do Sul, tiveram per- das de quantidade e qualidade, em função de chuvas ocorridas nacolheita.Nocasodotrigogaú- cho,aperdaabrangeumetadeda lavoura. Importador líquido do cereal — o Brasil consome 11 mi- lhões de toneladas, mas só pro- duz 5 milhões —, o país teve em 2014 que importar um volume maior de trigo de fora do Merco- sul, pois a Argentina, tradicional fornecedor do cereal, também teve uma oferta menor. Ainda que o governo tenha isen- tado a importação de trigo de fora do bloco da incidência da Tarifa Ex- ternaComum(TEC),de10%,essade- soneração não vigorou por todo o ano. Por isso, algumas indústrias acabarampagandoaTEC,oqueele- vouocustodeaquisiçãodotrigo. Neste ano, dois outros moi- nhos de médio e grande portes divulgaram seus balanços refe- rentes ao exercício de 2014. O MoinhoAnaconda,umdosmaio- resdopaís,informouqueteveem 2014 um lucro líquido de R$ 109 milhões, 26,7% acima dos R$ 86,6 milhões de 2013. Com movimen- tação de 100 mil toneladas de fa- LucroglobaldaADMsubiu84%no1o tri,paraUS$493milhões Balanço Camila Souza Ramos e Mariana Caetano De São Paulo A Archer Daniels Midland Com- pany (ADM), uma das maiores em- presas de agronegócio do mundo, reportou ontem um lucro líquido de US$ 493 milhões no primeiro trimestre de 2015, encerrado em 31 de março, expressivo avanço de 84% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita, por sua vez, recuou 15,4% na mesma compara- ção, para US$ 17,506 bilhões. A queda nos preços das com- modities no mercado interna- cional contribuiu para pressio- nar a receita da ADM, enquanto o aumento das margens de pro- cessamento favoreceu o cresci- mento do resultado líquido. O lucro antes de juros e impos- tos (Ebit, na sigla em inglês) regis- trou elevação de 88,5%, para US$ 690 milhões. O destaque ficou por conta das operações de processa- mentodeoleaginosas,queresulta- ram em um lucro operacional de US$ 469 milhões, alta de 57,9% an- teoprimeirotrimestrede2014. “Aequipedeoleaginosascapitali- zouemcondiçõesfavoráveisdemer- cado e entregou excelentes resulta- dos,comfortesperformancesemca- daregião”,disseoCEOJuanLuciano, em nota. O bom desempenho refle- tiuvolumesrecordesdesojaproces- sada na Europa e na América do Norte, além das fortes margens glo- bais, impulsionadas pela demanda aquecidaporfarelo.Colaboroutam- bém a maior originação na América doSul,segundoaADM. Entretanto, a melhora dos re- sultadosnomercadodebiodiesel sul-americano, capitaneada pelo aumento da mistura obrigatória ao diesel comum no Brasil, foi contrabalançada por margens menores com o biocombustível na América do Norte e pela de- mandaenfraquecidanaEuropa. Já os serviços agrícolas contribuí- ram com um lucro operacional de US$ 194 milhões no trimestre (alta de 36,6%), seguido pelo processa- mento de milho, com US$ 113 mi- lhões (nesse caso, houve queda de 39,2%). De acordo com a múlti, as operações de milho sofreram com a redução da produção de etanol e margensindustriaismaisapertadas. Além do balanço, a ADM anun- ciou ontem que está construindo uma nova fábrica de premix (pré- mistura de minerais e vitaminas para a ração animal) em Zhang- zhou, no sul da China. A empresa nãorevelouovalorinvestido. Conforme a ADM, a nova plan- ta empregará cerca de 150 pes- soas e abastecerá uma região im- portante na produção de suínos, aves e peixes em cativeiro. A pre- visão é que as obras estejam con- cluídas no quarto trimestre de 2016, com uma capacidade de processamento de 30 mil tonela- das de pré-mistura por ano. Amúltiinformouaindaquecons- truiráumanovafábricaderaçãoem Glencoe, no Estado americano de Minnesota,comoobjetivodeapoiar CLAUDIOBELLI/VALOR RobertoVidal:comunicaçãoeficienteetrabalhoemequipesãopontos-chave Fernando Lopes De São Paulo Principal frente de negócios da Louis Dreyfus Commodities (LDC) nomundoatualmente,oBrasilde- verá absorver 20% dos investimen- tos globais de US$ 4 bilhões que a multinacional francesa planeja realizarparafortalecersuasopera- ções nos próximos cinco anos. E, como no caso de concorrentes co- mo ADM, Bunge e Cargill, a maior parte dos recursos destinados ao paísdeveráseraplicadaemlogísti- ca,especialmentenaregiãoNorte. “Vamos investir R$ 500 milhões porano[até2019].Oobjetivoédar ênfase às operações, com foco em ganhos de eficiência”, diz Roberto Bento Vidal, que assumiu oficial- mente o cargo de CEO da subsidiá- ria brasileira no início de março. Com passagens por empresas co- moAmbeveVotorantim,Vidalestá naDreyfusháumanoemeio.Antes de substituir Adrian Isman no co- mando da LDC Brasil, era o princi- palexecutivodaáreaoperacional. “Novato” no grupo, Vidal, que tem 44 anos, evita comentários so- bre as inúmeras mudanças na ges- tão da multinacional nos últimos anos, nos planos global e local. Não considera que tenha sido um período de turbulência, ainda que o grupo tenha sido alvo das mais variadas especulações sobre seu futuro. Muitos analistas chegaram a afirmar que o conglomerado francês só sobreviveria à maior concorrência entre as tradings, in- clusiveasasiáticas,sefundisseseus negócioscomosdealgumarival. Mudanças aconteceram, é verda- de, mas nada tão radical. No Brasil, por exemplo, foi marcante o “spin off” dos negócios de açúcar e eta- nol que resultou na criação da Bio- sev, que abriu o capital em 2013. Mas a vida continuou. “As mudan- ças que aconteceram fazem parte de uma fase normal da evolução do grupo”, afirma Vidal. “O importan- te, agora, é melhorar nossa comuni- cação interna, fomentar o trabalho em equipe e entregar resultados, mantendo uma visão de longo pra- zo”, acredita. E bola para frente. Aparentemente menos preocu- pada em ampliar o portfólio de produtos de maior valor agregado do que em ganhar mais eficiência ao longo das cadeias produtivas nas quais atua, principalmente grãos,aLDCBrasiljácomeçouain- crementar os investimentos para expandir cada vez mais o escoa- mento de grãos destinados à ex- portaçãopeloNortedopaís. Em parceria com outras empre- sas, entre as quais a também multi- nacional Glencore e a Amaggi, con- troladapelafamíliadosenadorBlai- roMaggi(PR-MT),aLDCjáoperano porto de Itaqui, no Maranhão, o Te- gram, primeiro terminal exclusivo para grãos do Estado. E, paralela- mente, começa a avançar o projeto de construção de um terminal de transbordonorioTapajós,quecorta o Pará. Essa é frente que deverá ab- sorveramaiorpartedosinvestimen- tosprevistosparaospróximosanos. “É um projeto de três ou quatro anos. Depois dos aportes na opera- ção da hidrovia, teremos investi- mentosportuáriosafazer,queainda estão indefinidos [e dependem do andamento do processo de conces- são de terminais à iniciativa priva- da]”.Emcincoouseisanos,Vidales- tima que a LDC estará transportan- do cerca de 3 milhões de toneladas degrãospeloTapajós.PeloTegram,o escoamento dos parceiros poderá chegara10milhõesdetoneladasaté 2022,comojáinformouoValor. ParanavegarpeloTapajós,afirma o CEO, a LDC Brasil provavelmente contará com barcaça e empurrado- res próprios e aproveitará a expe- riência que tem a partir de opera- ções na hidrovia Tietê-Paraná — atualmenteparadasporcontadaes- tiagemdoanopassado—etambém no Paraguai. “Ao mesmo tempo, va- mos investir para ampliar a origina- ção de grãos e em armazéns. Avan- çar na cadeia produtiva depende dessacompetitividade”,dizVidal. Com esses aportes em “negócios que fazem sentido”, como pontua o executivo, a expectativa é que a mo- vimentaçãodegrãosdaLDCnoBra- sil, que em 2014 alcançou cerca de 10 milhões de toneladas (a soja res- pondeu por 75% do total e o milho pelos 25% restantes), aumente em até 50% nos próximos anos. Na área de grãos, Vidal também realça a ex- pansão das operações no mercado demilhoapósaaquisição,em2014, daKowalskiAlimentos,donadeuni- dadesdeprocessamentoeprodução deitensdemaiorvaloragregadoem Apucarana(PR)eRioVerde(GO). Aindasobreosnegóciosnopaís, Vidal reafirma o compromisso da LDC de manter uma posição firme no mercado de suco de laranja — a empresa é a terceira maior expor- tadoradoprodutobrasileiro,atrás de Citrosuco e Cutrale — e acredita que é possível ampliar a participa- ção no mercado de café, no qual já movimenta 250 mil toneladas por ano,boaparteparaexportação. Em2014,areceitalíquidadaLDC Commodities Brasil e suas controla- das ficou estável em R$ 13,9 bilhões. E, segundo balanço publicado no “Diário Oficial Empresarial de São Paulo”, houve prejuízo de R$ 166,9 milhões, ante perda de R$ 131,6 mi- lhões em 2013. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Se- cex), os embarques da múlti a partir dopaísrenderamUS$476,9milhões no primeiro trimestre, 39,5% menos que em igual período de 2014. Já os resultados globais do grupo melho- raramem2014.(vertabela). o mercado em expansão no Meio- Oeste dos EUA. A expectativa da ADMéqueafábricaestejaprontano primeiro trimestre de 2016, com uma capacidade de processamento decercade80miltoneladasdepro- dutosporano,especialmenteparaa alimentaçãodesuínosebovinos. A ADM também anunciou que chegou a um acordo para adqui- rir a North Star Shipping e a Min- metal, ampliando sua rede de originaçãoetransportecomain- corporação das instalações de exportação das duas empresas no porto romeno de Constanta, no Mar Negro. A região é impor- tante produtora de grãos. A ADM já era parceira da Nor- th Star e da Minmetal, que ope- ram elevadores de grãos e arma- zéns, além de terem serviços por- tuários e uma agência de navega- ção na foz do rio Danúbio. EstratégiaEmpresaplanejainvestirR$500milhõesporanonoBrasilaté2019 LouisDreyfusCommoditiesdá ênfaseaaumentodeeficiência rinha por ano, o Anaconda infor- mou que seu desempenho se de- veu, em parte, à atuação no mer- cado de farinhas tipificadas, para o atendimento de demandas es- pecíficasdeseusclientes. O Moinho Santa Clara, de São Paulo, informou que teve em 2014 umlucrolíquido23%menor,deR$ 12,2milhões.Conformeomoinho, o resultado sofreu impacto do maiorcustodeaquisiçãodetrigo.