Slide feito para a disciplina de Geografia Humana e Cultural, no qual, aborda o povo sertanejo através do "espaço total", abordando diferentes estruturas para a formação dessa componente sóciocultural brasileira, criada pelo gado.
2. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E EXATAS
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
Brasil Sertanejo
Davi Marcos de Freitas Lima Filho
Felipe Mathias
Luiz Carlos Conde Junior
Nathan Moretto Guzzo Fernandes
Renato Davoli Carvalho
Stanley Sulke Barbosa
VITÓRIA,ES
2012
3. Caracterização Física do Brasil Sertanejo
Formação do brasil Sertanejo
Intervenção governamental na região
Formação Econômica
A cultura da Soja
Cangaço e aspectos culturais
Davi Marcos de Freitas Lima Filho
Felipe Mathias
Luiz Carlos Conde Junior
Nathan Moretto Guzzo Fernandes
Renato Davoli Carvalho
Stanley Sulke Barbosa
VITÓRIA,ES
2012
6. Cerrado
Clima
Precipitação média anual fica entre 1200 e 1800 mm
A precipitação média mensal apresenta uma grande
estacionalidade, concentrando-se nos meses de primavera e
verão (outubro a março), que é a estação chuvosa
7. • Geomorfologia
O relevo do Domínio do Cerrado é em geral bastante
plano ou suavemente ondulado, estendendo-se por
imensos planaltos ou chapadões.
Cerca de 50% de sua área situa-se em altitudes que
ficam entre 300 e 600 m acima do nível do mar; apenas
5,5% vão além de 900m
8. Pedologia
O teor de matéria orgânica destes solos é pequeno, ficando
geralmente entre 3 e 5%. Como o clima é sazonal, com um longo
período de seca, a decomposição do húmus é lenta.
Predomínio de concreções ferruginosas em minas gerais,
dando ênfase ao vale do aço, dificultando a agricultura pela alta
impermeabilidade.
10. Clima
O clima é semiárido, com temperaturas médias anuais compreendidas
entre 27ºC e 29ºC e com médias pluviométricas inferiores aos 800 mm
Na estação seca a temperatura do solo pode chegar até 60 C
Na região da caatinga vivem cerca de 20 milhões de brasileiros que
convivem com os longos períodos de estiagem e a irregularidade
climática.
O planalto é uma grande barreira para as nuvens carregadas de
umidade que vêm do oceano Atlântico em direção ao interior. Quando
essas nuvens encontram este "paredão", elas se condensam,
provocando chuvas nas regiões mais baixas do lado oriental do planalto,
ou seja, o lado voltado para o oceano. As nuvens não conseguem
ultrapassar o planalto da Borborema. Isto dificulta a ocorrência de
chuvas do lado ocidental, que é marcado pela seca. Este lado seco é o
que faz parte do bioma caatinga.
11.
12. Hidrologia
Os rios que fazem parte da caatinga brasileira são,
em maioria, intermitentes ou temporários. Isto quer
dizer que estes rios secam em períodos em que não
chove. No caso deste bioma, onde há escassez de
chuva durante maior parte do ano, os rios que nascem
na região ficam secos por longos períodos.
Rios que nascem em outros lugares, como o São
Francisco e o Parnaíba, são fundamentais para a vida
na caatinga, pois atravessam os terrenos quentes e
secos em seu caminho para o mar.
13.
14. Geomorfologia
O relevo da caatinga apresenta duas formações dominantes:
planaltos e grandes depressões. Como você já viu, são comuns
fragmentos de rochas na superfície do solo.
As depressões são terrenos aplainados, normalmente mais
baixos que as áreas em seu entorno e que podem apresentar
colinas. As maiores depressões da região são a Sanfranciscana, a
Cearense e a do Meio Norte.
15. Pedologia
O solo é raso, rico em minerais, mas pobre em
matéria orgânica, já que a decomposição desta matéria
é prejudicada pelo calor e a luminosidade, intensos
durante todo ano na caatinga.
Fragmentos de rochas são frequentes na
superfície, o que dá ao solo um aspecto pedregoso.
17. Criado pelo Gado do Cerrado a
Caatinga
• O Sertanejo, fruto de uma etnia
neobrasileira, surgiu a partir de meados do
sec. XVI quando foram criados os primeiros
engenhos de açúcar;
• Resulta da mistura entre os índios e os
brancos mestiços que se deslocaram de SP
e BA;
• Inicialmente o gado foi inserido associado à
produção açucareira;
• Perspectiva de mercado crescente.
18. Formação dos Currais
Os currais eram dispersos ao longo dos rios
permanentes e afastados da plantação da
cana-de-açúcar;
Terras concedidas em forma de sesmarias,
porém o gado era comprado;
Houve Especialização de criação de gado;
Perspectiva de mercado crescente;
Currais entregues aos vaqueiros.
19. Migração
Criação de Gado mais atrativo do que os
engenhos açucareiros;
Brancos pobres e mestiços se ligaram ao
pastoreio;
Dispensava trabalho escravo;
Surgimento de Vilas e Cidades;
Criatório de gente. Emigração.
21. • A seca, na segunda metade do sec XVIII
exigiu do governo medidas de socorro;
• Controle dos Coronéis monopolizavam não
só as terras e o gado, mas também as
posições de mando governamental;
Dispensava trabalho escravo;
• As secas viraram negócios; “indústria da
seca”;
• Sertanejo se mantinha em condições
precárias, sendo a exploração econômica
até mais danosa do que as secas;
22. • Criação do IFOCS – Inspetoria Federal de Obras
Contra Secas em 1909, posteriormente chamada
DNOCS- Departamento Nacional de Obras Contra
Secas;
- Clientelismo descarado a serviço dos grandes
criadores e do patriciado político da
• Em 1959 é Criada a SUDENE - Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste.
- Planejada para evitar o clientelismo, em que
só pôde ser posto em execução depois de
demonstrar que não afetaria principalmente o
regime de propriedade.
24. • Ambiente “criado” pelo
gado;
• Inicicialmente próximo
dos engenhos,
posteriormente, afastado;
• “No agreste, na caatinga e
por fim nos cerrados
desenvolveu-se uma
economia pastoril
associada originalmente à
produção açucareira
como fornecedor de
carne, de couros e de bois
de serviço” Ribeiro, D.
25. “O sertanejo é antes de tudo um forte.”
Euclides da Cunha – “Os Sertões”
26. • Os grandes proprietários de terras foram inicialmente
senhores de engenho da costa como uma atividade de
apoio
• O vaqueiro
• relacionamento
• salário em reses e em sal.
27. • Os grandes proprietários de terras foram inicialmente
senhores de engenho da costa como uma atividade de
apoio
• O vaqueiro
• relacionamento
• salário em reses e em sal.
28. • Com a expansão dessa atividade, nasceram as estradas,
vilas e feiras de gado.
• Mais pobres >> Bode
29. • Os sertanejos que escaparam do domínio de seus
senhores formaram frentes de exploração à Amazônia
para explorar as drogas de mata e o coco babaçu. Em
Goiás e em Minas Gerais o sistema de primeiras colheitas
já estava estabelecido, e os sertanejos ganhavam as duas
primeiras colheitas para depois derrubar a mata para o
pasto do gado.
foi sempre uma economia pobre e
dependente [...] cobrindo e ocupando
áreas territoriais mais extensas que
qualquer outra atividade produtiva
Prado jr. Apud Brandão.
31. Fazendeiros do Sul rumam ao CENTRO!
Torna-se imprescindível ao falar do Brasil
Sertanejo destacar a participação atual da soja
na economia da região.
Destaca o autor Darcy Ribeiro a invasão que o
cerrado brasileiro sofreu por fazendeiros
sulinos, propagando a plantação de soja e trigo
na região!
32. Planícies, Latifúndios e Exportação:
a Soja no Cerrado
Sob grande maquinaria, esses fazendeiros
escolheram o cerrado como nova alternativa
para a produção desses grãos, principalmente a
soja! MAS POR QUE NESSA REGIÃO?
As imensas planícies do cerrado são perfeitas
para essa produção! Voltada para exportação, é
caracterizada pela ocorrência em latifúndios!
33. O Marco: as décadas de 1980 e 1990
A região sul dominava nos anos 1960 e 1970 a produção de
soja no país...
... Mas a partir das décadas de 80 e 90 a produção foi
expandida para o centro-oeste.
Incentivos, valor da terra, melhoria dos transportes e
adaptação às planícies do cerrado, gerou grande impulso na
produção.
Em 2007, o Mato Grosso produzia cerca de 26% da soja
brasileira, seguido do Paraná (20%) e Rio Grande do Sul
(17%).
35. Mas Darcy Ribeiro afirma:
“Tenho em mente a
imagem de uma fieira
de nordestinos,
adultos e crianças,
maltrapilhos, cabeça
coberta com seus
chapéus de palha e de
couro, agachados,
olhando pasmos as
imensas máquinas
revolvendo a velha
terra do cerrado”.
36. Nova riqueza não traz esperança
para o sertanejo...
Apesar de empregar
parte dos sertanejos,
para a massa humana
do sertão essa nova
riqueza, juntamente
com seus latifúndios,
NÃO oferece esperança
em suas vidas!
38. Foi uma forma de banditismo típica do
sertão pastoril, estruturando-se em bandos
de jagunços vestidos como vaqueiros,
bem-armados, que percorreram as estradas
do sertão em cavalgadas, como ondas de
violência justiceira. Cada integrante do
bando tinha sua própria justificativa moral
para aliciar-se no cangaço. Resultaram, por
vezes, na eclosão de um tipo particular de
heroísmo selvagem que conduziu a
extremos de ferocidade.
(O Povo Brasileiro. RIBEIRO, Darcy. P355)
44. •PROFECIAS
Mito Sebastianista
Influência de Portugal na
religiosidade – Rei Dom Sebastião
– que morreu na mão dos árabes.
O fanatismo religioso baseia-se
em crenças messiânicas vividas
no sertão inteiro, que espera ver
surgir um dia o salvador da
pobreza. Virá com seu séquito
real para subverter a ordem do
mundo, reintegrando os humildes
na sua dignidade ofendida os
pobres nos seus direitos
espoliados, “o sertão vai virar
mar”.
(O povo Brasileiro. RIBEIRO,
Darcy. P.356)
45. Antônio Conselheiro
Influenciado pelo mito
sebastianista, Antônio Conselheiro
possuía grande poder de
liderança, fundado em sua
capacidade de infundir esperança
de salvação e de uma vida melhor
na própria terra as massas
sertanejas em Canudos
46. Antônio Conselheiro
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São
Paulo: Companhia das Letras, 1995.
Brandão, Marcos Sampaio. O SISTEMA DE PRODUÇÃO NA BAHIA
SERTANEJA DO SÉCULO XIX: uma economia de relações não-capitalistas .
CAMPO-TERRITÓRIO: revista de geografia agrária, v.2, n. 4, p. 62-81, ago.
2007.