REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
Aula 4 dermato parte 2
1. 22/03/2015
1
Universidade da Região da Campanha
Centro de Ciências Saúde
Curso de Medicina Veterinária
Disciplina de Clínica de Pequenos Animais
DERMATOLOGIA
parte II
Profª Regina Pereira Reiniger
Bagé, 2015.
Dermatopatias Parasitárias
PARASITAS ARTRÓPODES: Aracnídeos
-Demodicose (46%)
-Escabiose (24%)
-Otodectes cynotis (16%)
-Queiletielose
Demodicose
• Demodex
É uma doença inflamatória parasitária da pele
de cães e gatos causada pela proliferação
anormal dos ácaros.
São habitantes normais do folículo piloso e
ocasionalmente da glândula sebácea
(presentes em pequeno número).
Demodicose Canina
• Demodex canis
Transmitido aos filhotes pela mãe.
Não é contagiosa – proliferação dos ácaros (?)
Forma clínica:
- Generalizada
- Localizada
Agente
Ovo
Larva
hexapoda
Ninfa
(2estágios)
Adulta
Ciclo completo - Demodex canis– 20 a 35 dias; Demodex cati – 18 a 24 dias
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Localização
• Machos -Larvas e Ninfas
• Fêmeas
Camada de queratina
Folículo piloso
20 -24 ovos
. Cães com menos de 1 a 1⅟2 ano;
. Não há predileção por sexo ou raça;
. Lesões – cabeça e nas extremidades
. Sinal + marcante alopecia com eritema,
descamação, hiperpigmentação, comedos, piodermite
(causando prurido – se piodermite).
Demodicose localizada
• Uma ou mais áreas de lesão
• 90% dos casos com resolução
• 10% evolução p/ generalizada
Demodicose localizada
Demodicose generalizada
• Juvenil – até 18 meses de idade
Genética, Nutricional, Racial e Estresse
• Animais adulto -
Imunossupressão, hiperadrenocorticismo,
hipotireoidismo, diabete mellitus, terapia
imunossupressiva.
• Pododemodicose
• Otodemodicose
•Doença grave
•Risco de óbito infecção bacteriana 2ª
Demodicose generalizada
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Tratamento - Localizada
• Autolimitante;
• Se as lesões persistirem:
• Xampu queratolítico e anti-séptico à base
de peróxido de benzoila (Peroxidex®,
Peroxide®) – para melhorar o estado geral
da pele e evitar (ou reduzir) piodermite.
Santarem, 2007
Tratamento ou Controle?!
• Tratamento curativo desafio
• Não há tratamento 100% efetivo
• Controle
Tratamento– forma generalizada
• Pelo longo ou médio – tosar
• Banho com xampu à base de peróxido de
benzoíla (ou clorexidina), deixar agir por 10’ –
enxaguar.
• Secar com toalha antes de aplicar o Amitraz.
• Não usar corticóide.
• Se houver lesões abertas ou piodermite – esperar
a melhora com antibióticos, para diminuir os
riscos de intoxicação pelo amitraz.
Tratamento– forma generalizada
Efeitos colaterais do Amitraz:
-Sedação
-Depressão
-Poliúria
-Hipotermia
-Bradicardia
-Hiperglicemia
-Antídoto – ioimbina (0,25mg/kg IM)
Alertar
proprietário sobre
efeitos tóxicos do
amitraz – exigir
autorização por
escrito!!!
Tratamento– forma generalizada
• Amitraz – solução tópica – 1ml solução diluído
em 4 litros de água. No momento de uso. Usar
esponja e mergulhar as patas. Deixar secar ao
ar. Locais bem arejados (FDA).
• Intervalo de 2 semanas (ou 1 x semana) – por
meses – suspender após 3 exames de raspado
cutâneo negativos.
Tratamento– forma generalizada
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• Antibiótico (cefalexina, enrofloxacino, amoxiciclina com
ácido clavulânico – mínimo 4-8 semanas)
– Ivermectina – doses altas (0,6mg/kg diário, 4 a 6
meses)
– Moxidectina – 0,5mg/kg a cada 72hs – raças
sensíveis
– Milbemicina Oxima- 1 mg/kg – 24hs vo
– Doramectina – 600 mcg/kg V SC-1 dose semanal
Tratamento– forma generalizada
IVERMECTINA e DORAMECTINA
Cuidado - Raças
• Collie e Border collie
• Old English Sheepdog
• Pastor de Shetland
• Pastor Australiano
Pela disfunção da glicoproteína P (Barreira Hematoencefálica)– que tem a fç
de se ligar a droga e transportar de volta ao lúmen capilar.
ALERTAR O PROPRIETÁRIO
- Tratamento prolongado para controle e não
cura;
- Afastar as causas de imunossupressão;
-Jamais associar ao tratamento corticosteróides
-Jamais associar os tratamentos acaricidas entre
si;
- Afastar os animais da reprodução – castração.
Sarcoptes scabiei var. canis
Notoedres cati
Otodectes cynotis
Casos clínicos – 30% - dermatológicos
-Dos casos dermatológicos – 20% - sarnas:
- 46% - demodécica
- 24% - sarcóptica
- 16% - otodécica
- 6% - notoédrica
Sarcoptes scabiei var. canis
Epidemiologia:
- Clima temperado e subtropical;
- Contágio direto e indireto;
- Cães jovens (- de 1 ano), raças de pelos longos;
- 40% dos casos humanos;
- PPP – 3 a 4 semanas
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Patogenia e sinais clínicos:
- Prurido intenso – autotraumatismo;
- Hipersensibilidade – reação inflamatória;
- Alopecia e escarificação;
- Formação de crostas – exsudação hemorrágica;
Ciclo: 17 a 21 dias
*Fêmea fertilizada galerias nutrição dos fluidos dos tecidos
lesados oviposição ** eclosão larvas hexapodas superfície
cutânea cavam (bolsas de muda) ninfa e adulto.
Macho + fêmea *
** 3 a 5 dias
OBS: transmissão por larvas
que estão na superfície.
Diagnóstico:
- Anamnese
-Exame clínico
-Laboratorial :
contorno arredondado;
patas curtas
nº estrias transversais e espinhos
triangulares no dorso.
OBS: ácaro difícil de achar mesmo com raspados múltiplos.
Geralmente observa-se ovos ou pequenos focos de fezes –
tem valor diagnóstico.
Controle: tratar os afetados e isolá-los; higienizar as camas.
Tratamento: medicar duas a três vezes com intervalo de uma
semana.
Ivermectina – 0,2 – 0,3 mg/kg – 2 a 3 x (intervalo de 2 semanas)
-Benzoato de benzila: Acarsan, Sarnatil;
-Tetraetiltiuran: Sarnasol, Tetmosol;
-Deltametrina: Deltacid
Predinisona – (ou prednisolona) – 1mg/kg 24hs por 5 dias e
após mais 5 doses a cada 48hs. – para suprimir o prurido (conforto
do paciente e proprietário).
Escabiose felina - Notoedres cati
Epidemiologia:
-Acomete gatos, coelhos, raposas, cães (raros) e homem.
-Representam 7% das dermatoses de gatos e é maior a
incidência em machos.
-Faixa etária: gatos jovens (até um ano)
-Altamente contagiosa e pruriginosa.
-Pode ser fulminante em filhotes;
-Grande quantidade de ácaros no animal afetado.
Lesões e sinais clínicos
-Início – cara do animal – orelha, pescoço (ventre e patas)
-Lesões – crostas cinza ou creme, prurido, alopecia localizada.
- Gatas - filhotes
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Diagnóstico: tamanho menor que o
Sarcoptes; ânus na superfície dorsal;
Raspado – orelhas e face, observa-se
grande quantidade de ácaros.
Tratamento:
Tricotomia dos locais, xampu (remover as crostas)
Ivermectina 1%: 0,2 – 0,3 mg/kg – 3 doses com intervalo de 15
dias (SC ou VO).
Otodectes cynotis
Otite parasitária – processo alergo-irritativo e hipersecretório
do meato acústico externo.
-Ácaro resistente ao ambiente
-Pouca especificidade (cães e gatos)
-Se alimentam da superfície, escurecendo o cerume.
Sinais clínicos:
Otite bilateral, prurido e dor.
Meato avermelhado;
Escarificações na cabeça e face lateral;
Reação otopodal.
Morfologia do ácaro:
-Corpo oval
-Patas proeminentes
Diagnóstico
Anamnese
Clínico – exame direto
Laboratorial – cotonete – cerume – lâmina e lamínula.
Controle – desinfecção do ambiente, cama.
Tratamento - remover o excesso de cerume,
Tratar diariamente por 20 dias ( retenona, piretrina, carbaril,
monossulfiran).
Tratar os contatantes.
- Ivermectina – SC ( 0,3 mg/kg por 10 dias de intervalo – 3x)
QUEILETIELOSE
Dermatite suave e não supurativa;
Ácaro- Cheyletiella spp - C.yasguri (cães); C. blakei (gatos);
C.parasitovorax (coelhos)
Superfície cutânea, vivem na camada queratinosa da pele, não
associados aos folículos pilosos;
Acometem: gatos, cães, coelhos e humanos;
DIAGNÓSTICO:
• Inspeção da pele- PREFERENCIALMETE: com uma lupa;
• Coleta de ácaros - com fita adesiva;
• Escovar o pelo - sobre uma folha;
• Raspado de pele.
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QUEILETIELOSE
Ácaros altamente contagiosos;
SINAIS: prurido (menor em gatos), pápula, mácula, pústula, aspecto de
necrose central, CASPAS QUE ANDAM (ovos e ácaros brancos),
oleosidade;
Curso crônico - severa em cães de 2-8 semanas, animais idosos são
portadores assintomáticos;
Cães- ácaros vistos na região dorso-lombar e perineal;
Coelhos- ácaros na área escapular;
Gatos- lesões mais brandas e difusas, região dorsal.
QUEILETIELOSE
QUEILETIELOSE
DIFERENCIAL: Outras sarnas (Sarcoptes, Notoedres, Otodectes);
Pediculose;
Infestação por pulgas.
Diferenciar no microscópio ao observar o parasito!
DAAP (diferenciada pelo prurido)!
Seborreia idiopática (diferenciada por raspados de pele - )!
QUEILETIELOSE
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TRATAMENTO: tratar o paciente, contatos e ambiente.
- xampu queratolítico banho com produtos a base de piretrina
(gatos e coelhos), organofosforados ou carbamatos (cães) – semanal
– 6 a 8 semanas.
- Ivermectina (0,3mg/kg) a cada 15 dias – por 3 semanas
- Ambiente – inseticida com poder residual, ou dedetização
profissional.
QUEILETIELOSE
Dermatopatias alérgicas
HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR - HA
ATOPIAS
DAPE
DOENÇAS PRURIGINOSAS
DESCARTAR OUTRAS ENFERMIDADES
PRURIDOS Dermatites alérgicas
Dermatites parasitárias
Dermatites imunomediatas
Neoplasias cutâneas
Dermatites psicogênica
Exame dermatológico:
Identificação – etária e racial
Anamnese
Queixa principal
Início do quadro e tempo de evolução
Tratamento já efetuados e consequências
Periodicidade
Ambiente – manejo e hábitos
Contactantes
Ectoparasitas
Exame dermatológico:
Exame físico: distribuição anatômica das lesões
DAPE região lombo-sacro-coccígea
ATOPIA face
HA axilas
??????????
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Diagnóstico diferencial:
-Atopia – mais frequente – 10 a 15% população
-DAPE – 2ª mais frequente
-HA – menos frequente – 10% das dermatites alérgicas
Constata-se:
1. As lesões dermatológicas são as mesmas
2. Não há predisposição etária, racial ou sexual
3. Não há exame laboratorial que diferencie
Periodicidade
-DAPP Pioram no verão
-H.A. Perenes
-ATOPIA alternam períodos de melhora e piora
no decorrer do ano.
atopia atopia
atopia
DAPP
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Hipersensibilidade alimentar
Dermatites alérgicas
DAPE
Presença de pulgas
Eliminar as pulgas cura?
SIM
Fonte: LUCAS, R.
Dermatites alérgicas
DAPE
Presença de pulgas
Eliminar as pulgas cura?
NÃO
Fonte: LUCAS, R.
Dermatites alérgicas
H A Dieta de eliminação cura?
SIM
ATOPIA
NÃO
Fonte: LUCAS, R.
Dieta de eliminação:
-Deve conter uma fonte protéica que o animal nunca
comeu – coelho ou ovelha
-Carboidrato – arroz integral ou batata cozida
-Proporção 60 e 40%
-Período: 8 a 13 semanas
-OBS: sem acesso a outro tipo de alimentação
- Ou rações com proteína de soja hidrolizada – peso
molecular
É UM TESTE PARA O DIAGNÓSTICO
Diagnóstico de Hipersensibilidade alimentar
Após a dieta, deve haver a remissão dos sintomas,
retornar a alimentação antiga observar por 10 a 14 dias
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Regras para estabelecer o diagnóstico diferencial:
1. Eliminar as infecções presentes, tratando a
piodermite ou Malasseziose se presentes;
2. Nunca tentar diagnósticar HA ou atopia na presença
de parasitas;
3. Não utilizar corticoides durante tentativa de
diagnóstico;
4. Se o quadro for muito agressivo – prednisolona
5. Lembrar que o animal pode apresentar mais que uma
dermatite alérgica associada.
ATOPIA
Firmado o diagnóstico doença incurável e de difícil tratamento
Objetivo controle da doença e qualidade de vida do paciente
ATOPIA
Doença alérgica mediada por anticorpos IgE e IgG alérgeno-
específico.
É uma doença geneticamente programada.
Sensibilidade a antígenos ambientais: ácaros de poeira, esporos de
fungos, pólen de vegetais, poeira doméstica, escamas de animais e
humanos, restos de insetos.
ATOPIA
Sensibilização primária – 4 primeiros meses de vida
Surgimento dos sintomas – 4 meses a 7 anos, porém mais de
70% dos animais atópicos os sintomas aparecem de 1 a 3 anos.
Tratamento multifatorial:
1. Reduzir a exposição antigênica
2. Prevenir estimulação do sistema imune (controle de parasitas)
3. Reforçar a barreira epidérmica
4. Controlar infecções secundárias
5. Higienizar e hidratar a pele
6. Reduzir inflamação
7. Modificar a resposta imunitária.
TERAPIA VANTAGENS DESVANTAGENS DOSE COMENTÁRIOS
CICLOSPORINA Alta eficácia
Baixa incidência
de E.C.
Vômitos e diarréia 5mg/kg/dia
ajustar
gradualmente
Custo alto,
considerar o
peso do animal
Imunoterapia
Alergenos
especifica
Ocasionalmente
promovem a
cura. Bx EC
Inumeras
aplicações. Ação
lenta. Não elimina
sintomas
1 ou +
injeções
semanais.
Protocolos
variáveis. Alto
custo.
Compromisso P.
Anti-
histamínicos
Bx incidência de
EC
Bx eficácia Depende da
droga
Pode diminuir a
dose de
glicocorticóides.
Glicocorticóides Rápida ação.
Alta eficácia
Muitos EC.
Eficácia diminui.
0,5-1mg/kg
Predinosa
predinisolona
Exames
periódicos
Diferentes possibilidades no tratamento de cães atópicos, segundo fármaco.
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DERMATITE ALÉRGICA
PICADA PULGAS (DAPP)
DAPP
Hipersensibilidade tipo IV- UMA ÚNICA PULGA- ALERGIA
Causada pela saliva das pulgas (componentes alergênicos)
Sem predisposição racial/ sexual
Sazonal: meses mais quentes
Faixa etária: 3-5 anos
Dermatite alérgica + comum
90% CASOS FELINOS
40% CASOS CANINOS
PRURIDO
Ctenocephalides felis, Ctenocephalides canis,
Pulex irritans e Pulex simulans
CARACTERÍSTICAS
•Dermatopatia alérgica mais comum
•Pápulo crostosa
•Muito pruriginosa
•Principalmente região lombo sacra
•Nos felinos procurar no pescoço.
LOCAIS MAIS AFETADOS
•Região lombo sacra dorsal
•Pescoço (principalmente nos gatos)
•Flancos
•Região caudo medial coxas.
DIAGNÓSTICO
- Histórico
- Exame físico
- Pente fino
- Manobra de Makenzie
- CUIDADO!!! PERGUNTAR AO PROPRIETÁRIO SE
DEU BANHO NO CÃO ANTES DE LEVAR A
CLÍNICA!!!!!
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SINTOMAS - DAPP
• Prurido
• Pápulas e Máculas eritematosas
• Alopecia Difusa
• Pelos quebrados e secos
• Descamação
• Hiperpigmentação e liquenificação*
• Seborreia
*Casos Crônicos
LESÕES PRIMÁRIAS
LESÕES SECUNDÁRIAS
Triângulo lombo sacro
é característico
Quadro crônico com
hiperpigmentação e
liquenificação
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Pápulas e alopecia difusa
em felino com DAPP
PICADA DE PULGAS NO GATO
- Achado comum em felinos
Linfoadenopatia em DAPP crônica.
Pulgas e
fezes
de pulgas
Picadas de pulgas no pescoço de um gato. ALOPECIA DIFUSA POR DAPP
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ALOPECIA DIFUSA COM PÁPULAS-DAPP
TRATAMENTO - D . A . P . P .
• Xampus, Sabonetes, Coleiras: pouco
efeito residual
• Inseticidas: “Spray” ou “Pour On”
• Anticoncepcional para pulgas: melhor
efeito
Tratamento da DAPP Felina
• Cuidado não usar produtos à base de Permetrina e
Carbamatos.
• Produtos Spot-on matam 98% das pulgas adultas 24
horas após aplicação.
• O prurido no gato desaparece 80% após 7 dias da
eliminação das pulgas e 99% após 14 dias.
TRATAMENTO - DAPP
• MUITO IMPORTANTE
Controle pulgas no ambiente
Controle pulgas no animal
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TRATAMENTO
• Prednisona V. O
Cães = 0,25 a 0,5 mg/Kg BID;
Gatos = 1 mg/Kg BID (prednisolona)
• Acetato de metil prednisolona IM ou SC.
Cães = 1,1 mg/Kg
Gatos = 5,5 mg/Kg máx 20 mg/ gato
Aplicações quinzenais ou mensais
TRATAMENTO
• Lufenuron (Program®)
• Fipronil (Frontline®)
• Imidacloprid (Advantage ®)
– todos tem vantagens / limitações
– podem ser usados combinados
Dicas importantes
• Aspirar a casa com bastante frequência.
• Colocar dentro do saco do aspirador, bolinhas
de naftalina (elas desidratam os ovos da pulga).
• Dê atenção aos rodapés e estofados de tecido,
lembrar que os ovos da pulga são muito leves e
gostam de ficar na poeira.
OTITE Conceito: processo inflamatório envolvendo tecidos de
revestimento e estruturas associadas ao ouvido
É multifatorial
Perpetuada por diversos agentes patogênicos e fatores
predisponentes
Processo patológico primário ou secundário
Evolução aguda, crônica ou crônica recidivante.
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Elevada frequência em cães, representando cerca de 8 a 15% dos
casos atendidos na clínica médica veterinária
Flora normal dos ouvidos: bactérias e fungos em pequenas
quantidades Staphylococcus spp. e Micrococcus spp e
ocasionalmente enterobactérias; Malassezia pachydermatis e
Candida sp.
Microrganinos causadores de otite primária: bactérias Gram
positivas (Staphylococcus intermedius e Streptococcus sp.); Gram
negativas (Pseudomonas aeruginosa e Proteus sp.) leveduras
(Malassezia pachydermatis e Candida albicans)
Otite externa
É a doença mais comum do canal auditivo externo.
10 – 20% cães
2 – 6% gatos
Falha no manejo correto da otite externa
Doença recorrente
Infecção
Doença crônica
Otite externa- Anatomia da orelha externa
O epitélio que reveste o conduto auditivo é similar ao
restante do corpo e contém anexos
Liso, rosa claro, úmido e com pouco cerume.
Comprimento (5-11 cm)
Possui membrana timpânica
a-pars flácida;
b- pars tensa
c- manúbio ou martelo
Otite externa- Anatomia da orelha externa
Otite externa- Fisiopatologia Otite externa- Sinais clínicos
Balançar de cabeça;
Prurido;
Evidência de auto traumatismos
(escoriações, hematoma aural, dermatite úmida aguda);
Corrimento otológico;
Odor fétido;
Edema e dor.
19. 22/03/2015
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Otite externa- Sinais clínicos Otite externa- Sinais clínicos
Otite externa- Sinais clínicos Otite externa- Fatores predisponentes
Principais fatores:
ANATÔMICOS (contraditórios se isolados)
Orelha longa e pendulosa.
Condutos auditivos estreitos.
Pelos excessivos.
AMBIENTAIS
Umidade excessiva (maceração extrato córneo e estimula
glândulas ceruminosas)
Otite externa- Fatores predisponentes
Principais fatores:
IATROGÊNICOS
Limpezas inadequadas do conduto
Tratamentos tópicos ou sistêmicos inadequados
DOENÇAS PRIMÁRIAS
Doenças obstrutivas (tumores não neoplásicos-
pólipos; neoplasias- tumor de gland.ceruminosas,
mastocitomas, papilomas)
Otite externa- Fatores primários
São os que desencadeiam o processo inflamatório
Falha terapêutica se dá pela não identificação destes
Tipos:
DOENÇAS ALÉRGICAS E HIPERSENSIBILIDADE
Dermatite atópica (55% cães tem tbm otite)
Alergia alimentar (80% cães tem tbm otite)
Dermatite alérgica de contato
Reações alérgicas a medicações
PARASITISMO
Otodectes cynotis (50% otites em gatos; 5-10% otites em cães)
Demodex canis
Sarcoptes scabiei
Notoedres cati
Cheyletiella spp
Carrapatos
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20
Otite externa- Fatores primários
DESORDENS DE CERATINIZAÇÃO
Doenças endócrinas (hipotireoidismo e hiperadreno)
Seborreia idiopática
CORPOS ESTRANHOS
Otite externa- Fatores perpetuantes
Microbiota normal
Aumento da colonização e infecção
Staphylococcus intermedius
Pseudomonas aeruginosa
Proteus mirabilis
E. coli
Corynebacterium spp
Enterococcus spp
Streptococcus spp
Malassezia pachydermatis
Candida spp
Otite média
Desenvolve como extensão da otite externa
16% cães com otite externa
82% cães com otite crônica
Importante investigar em otites recorrentes ou
crônicas
Otite- Avaliação clínica/diagnóstico
Fundamental que seja bem realizada;
Determinar também o fator primário;
História geral e dermatológica;
Realizar um exame físico completo e dermatológico;
Lembrar que: a pele que reveste o conduto auditivo externo é
susceptível as mesmas doenças que afetam o resto do corpo
Otoscopia e lavagem otológica (ambos ouvidos)- otoscópio ou
videotoscópio
Otite- Como avaliar com um otoscópio?
Eritema;
Espessamento do epitélio;
Proliferação nodular com estreitamento ou não do canal;
Ulceração do epitélio;
Presença de exsudatos;
Perfuração ou aspecto anormal da membrana timpânica;
Pólipos, neoplasias, corpos estranhos e parasitas.
Otite - Achados na otoscopia
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Otite- Achados na citologia
Identificação de fatores perpetuantes.
Avaliar a presença de leveduras, bactérias e leucócitos.
Ambos condutos.
Fazer a coleta antes de qualquer limpeza otológica ou tratamento.
Avaliar a lâmina antes de realizar a coloração.
Coloração: Aquecer a lâmina na chama e após coloração de Diff-
Quik e Gram
Otite- Achados na citologia
Otite- Cultura e antibiograma
Fundamental principalmente nas otites crônicas;
Tratamento empírico enquanto aguarda o resultado;
Interpretar junto com sinais clínicos, achados físicos e
citológicos.
Otite- Tratamento
Identificar e tratar fatores predisponentes, primários e
perpetuantes;
Evidência de cepas bacterianas resistentes: Pseudomonas
aeruginosa e Staphylococcus spp.;
Limpeza do conduto auditivo;
Terapia tópica ----- eficiente;
Apresentações otológicas apresentam ------- anti-inflamatório,
antibiótico e antifúngico;
Tratamento sistêmico se o ouvido estiver estenosado ou tiver
otite externa.
OTITE AGUDA
Compatível com os achados citológicos;
Duração mínima de 7-14 dias;
Volume suficiente do medicamento no canal.
OTITE CRÔNICA
Verificar integridade da membrana timpânica;
Prednisona (0,5 mg/kg, BID, 24h, 48h por 2-4 semanas);
Antibióticos sistêmicos.
Otite- Tratamento Otite- Tratamento
ANTIINFLAMATÓRIOS
Aguda
Fluocinolona, betametasona e dexametasona
Hidrocortizona (longo prazo)
Prednisona (0.25-0,5mg/kg, BID, 1 a 2 semanas)- sistêmica
ANTIBIÓTICOS
Conforme achados da citologia e cultura
Neomicina;
Gentamicina;
Amicacina (diluir a 30-50mg/ml);
Tobramicina (diluir a 8mg/ml);
Sulfadiazina de prata (diluir a 0,1%);
Nistatina.
Cefalosporinas;
Clindamicina;
Itraconazol;
Miconazol e Tiabendazol.
Tópicos
Sistêmicos
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ANTIPARASITÁRIOS
Otodectes cynotis: Piretrinas; Tiabendazol; Ivermectina oral (250 μg/kg, VO,
SID, 3-4 semanas ou SC, 2 tratamentos a cada 10 dias)
Demodex spp.: Amitraz (diluir 2% em óleo mineral a cada 3 dias); Ivermectina
oral (300–600 μg/kg, VO, diariamente)
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
Otites refratárias ou quando há importante perda da anatomia do ouvido.
Favorecer o microambiente no conduto.
Ressecção da parede lateral
Ablação do canal vertical
Ablação total / osteotomia da bula lateral.
Otite- Tratamento
A otite crônica e recorrente representa um dos problemas diários
mais frustrantes na prática clínica diária.
O que podemos modificar para melhorar?
Buscar sempre os fatores primários e perpetuantes da otite.
Realizar um exame clínico completo.
Acompanhar o tratamento.
Otite- Considerações finais
Obrigada!!!