Poster of OTEC (Ocean Thermal Energy Conversion) by me and my teacher Felipe Pimenta

1. Energias Renováveis Geofísicas: Energia Térmica Oceânica
Ramon Tanoeiro1 e Felipe M. Pimenta2
1-Geofísica, 2– Professor do Dep. de Geofísica / Univ. Federal do Rio Grande do Norte. Natal - RN, 59094, Brazil
Suporte financeiro por Prof. Felipe Pimenta
1) O que é Energia Térmica Oceânica? 3) Tecnologia e desafios
É uma forma de energia que utiliza a diferença de temperatura entre a Desde o início dos sistemas OTEC até hoje, houveram muitos avanços, no entanto,
superfície e regiões profundas (profundidade >750 m e ΔT~ 20 0C) do mar para projetos estão sendo estudados para melhorar sua eficiência e diminuir seu custo.
geração de energia elétrica, dessalinização, refrigeração e extração mineral. É “Ela ainda é extraordinariamente cara porque exige muita inovação, não só no
um tipo de energia relativamente nova, proposta por Jacques Arsene em 1881, processo propriamente dito mas também na tubulação.” Diz Dubau gerente geral da
mas só construído em 1930 por um estudante de Jacques. Existem dois meios Pacific OTEC, que pretende construir uma plataforma oceânica que seria conectada
de extrair energia, sendo eles o ciclo fechado (Fig.1) e o ciclo aberto (Fig. 2). Em a rede elétrica do Taiti e supriria 10% da energia elétrica das ilhas.
ambos a energia térmica é utilizada para expandir um gás e mover uma turbina As usinas flutuantes são feitas para regiões
e gerador elétrico. oceânicas profundas e são ligadas por cabos
ao assoalho oceânico. Podem ser utilizadas
para produzir energia ou combustível. Sua
energia é transferida por cabos de alta
tensão. Estão sujeitos à tempestades,
movimento das ondas e à corrosão. Difícil
acesso para manutenção.
Fig. 4) Plataforma OTEC flutuante
Fig. 1) Ciclo Fechado. Fig. 2) Ciclo Aberto.
As usinas são construídas sobre terra firme
possuem fácil acesso para a manutenção
Existem ainda três tipos de Usinas, as de Plataforma Costeira, Plataforma dos seus componentes. Esse tipo de usina é
Flutuante e Plataforma Fixa. Tais usinas são comumentes chamadas OTEC mais apropriado para a dessalinização da
(Ocean Thermal Energy Conversion). água. Por ficar longe das regiões profundas
requer um duto maior, podendo sofrer
2) Distribuição, potencial teórico e técnico fadiga e incrustação. Às vezes faz-se o uso
de um navio para captar água de regiões
Atualmente esse tipo de energia está em fase de pesquisa e desenvolvimento.
profundas.
Estão sendo conduzidos projetos de usinas da escala de MW, mas somente para Fig. 5) Plataforma OTEC costeira
anos futuros. Como os oceanos representam 70% da superfície planeta, eles
contêm uma enorme quantidade de energia térmica proveniente do sol. No
entanto, existem poucas avaliações do potencial da energia térmica oceânica no As plataformas fixas são propostas para
mundo e menos ainda no Brasil. Existem regiões muito propícias a este tipo de regiões de profundidade intermediária, em
energia, como o Caribe, costas de África, Índia e Ilhas do Pacífico. As estimativas regiões próximas a quebra de plataforma.
variam. Charlier e Justus (1993) estimaram que o potencial teórico estaria Possuem maior estabilidade e segurança
entre 108 e 324 EJ/ano, já, Nihous (2007) estimou em 159 EJ/ano. Quaisquer contra ondas. Há a necessidade de
sejam as estimativas a energia extraída através de OTEC’s seria capaz de suprir transmissão de energia para a costa.
as necessidades de energia elétrica mundiais, atualmente em 61 EJ/ano. (IPCC,
2011).
Fig. 6) Usina de plataforma fixa.
4) Curiosidades e aspectos ambientais econômicos
Esse tipo de energia teria pouco impacto ambiental, contudo aprensenta obstáculos
econômicos. Devido a sua baixa eficiência de conversão energética (Cerca de 6%),
avanços significativos são necessários para torna-lá viável economicamente.
Na costa brasileira, em 1935, Georges Claude construiu um navio de 1000 toneladas
com o intuito de produzir gelo e vender no Rio de Janeiro, através do sistema OTEC,
contudo, ondas e tempestades destruiram o aparelho antes dele conseguir gerar
energia líquida.
5) Referências
Charlier & Justus (1993). Ocean Energies: Enviromental, Economic and
Technological Aspects of Alternative Power Sources. 534 pp.(Cap. 6).
http://pt.scribd.com/doc/77798609/16/Energia-Termica-dos-Oceanos
http://www.agsolve.com.br/noticia.php?cod=3297
Fig. 3) As setas indicam regiões favoráveis a instalação de usinas OTEC. http://alfaconnection.net/meio%20ambiente/correntes%20oceanicas.htm
http://www.ppe.ufrj.br/ppe/production/tesis/fernanda_fleming.pdf
http://www.youtube.com/watch?v=Hu_Ga0JYFNg&feature=related