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Escola Secundária São João da Talha
Sociologia
Leonor Alves
2015/2016
João Velez nº8 12ºC
Rafaela Frazão nº13 12ºC
São João da Talha
01/2016
Escola Secundária São João da Talha
Ano lectivo 2015/2016
2
Introdução
Com este trabalho, temos o objectivo de dar a conhecer um pouco sobre o tema a
família.
Este tema é considerado bastante importante pelo facto de ser a unidade básica da
sociedade, formada por indivíduos com ascendentes em comum ou ligados por laços
afetivos.
Noção
A família tem como objectivo representar um grupo social primário que influencia e é
influenciado por outras pessoas. É um grupo de indivíduos ligados por descendência a
partir de um antepassado comum, matrimónio ou adoção.
Escola Secundária São João da Talha
Ano lectivo 2015/2016
3
Estrutura da família
Família
1) É baseada no relacionamento conjugal, é constituída pelo um grupo mais restrito
(pai, mãe e filhos).
2) Este tipo de família estende-se por mais de duas gerações, incluindo os filhos
casados ou solteiros, genros e noras, os netos, os tios ,os primos, etc.
Em qualquer dos casos, a família partilha uma residência comum e os seus membros
cooperam para a satisfação das suas necessidades.
Os dois elementos institucionais centrais da família são:
1) Casamento- é o padrão socialmente aprovado para que duas ou mais pessoas
estabeleçam uma família.
Tipo de casamentos varia de sociedade para sociedade consoante os valores, práticas
sociais e cultura das diferentes sociedades.
 casamento monogâmico ( sociedade ocidental, apenas existe um casamento
um homem para uma mulher)
 casamento polígamo (outras sociedades, que permite a pluralidade dos
cônjuges)
2) Outro elemento é a maternidade / paternidade.
Exemplos de poligamia:
1) poliginia ( um homem e mais de uma mulher, em que o homem desempenha o
papel de marido e de pai em várias famílias conjugais)
2) poliandria ( uma mulher com dois ou mais maridos, embora esta forma de familia
seja rara, a poliandria encontra-se associada ao infanticídio feminino e á consequente
escassez de mulheres.
1) Nuclear ou conjugal 2) Extensa ou consanguínea
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4
Tipos de famílias
*Famílianuclear
É um grupo doméstico formado por pai, mãe e filhos.
*Famíliamonoparental
É uma família formada por pai ou mãe e filhos. É fruto da viuvez, divórcio ou escolha
de um dos progenitores.
*Famíliarecomposta
Estas famílias resultamde um novo casamento ( ou união) com reunião dos filhos de
casamentos anteriores.
AGREGADOS DOMÉSTICOS
Agregado doméstico
de família simples
Incluias famílias formadas a partir do 1º
casamento e as famílias recompostas:
-Casalcom filhos
-Casalsem filhos
Famílias monoparentais
Agregado doméstico
de famílias
complexas
Incluias famílias simples alargadas e os
agregados domésticos de famílias
múltiplas
Agregado doméstico
sem núcleo familiar
Incluipessoas a viver sós ou várias pessoas
sem laços familiares entre si, por exemplo,
colegas da universidade
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Ano lectivo 2015/2016
5
A função sexual e a socialização
A família é a principal instituição através da qual a sociedade regula a satisfação das
necessidades sexuais e organiza a procriação.
A satisfação sexual fora do casamento é tolerada, já a procriação fora da família é
menos aprovada socialmente pois existe uma necessidade da função de socialização
ser exercida de forma mais próxima e afetiva.
A família prepara a criança para o desempenho de certos papéis correspondentes ao
seu género e estatuto.
Desde cedo se aprende o comportamento feminino ou masculino. Os valores, hábitos
de vida, as normas que a criança interioriza contribuem para a sua colocação social.
Função económica
Nas sociedades tradicionais, a família constituía a unidade económica fundamental. A
satisfação das necessidades exigia que os seus membros trabalhassem em conjunto,
partilhando o resultado da produção.
Esta situação modificou-se, pois a industrialização deslocou o centro de produção da
família para a fábrica. A revolução industrial veio alterar as relações sociais de
produção, originando uma nova ordem económica e social. O desenvolvimento do
capitalismo industrial exigiu que a produção evoluísse da fase artesanal e
manufatureira para a maquinofatura, com as máquinas a substituir o trabalho manual.
Com isto, muitas famílias passaram ser assalariadas. Por isso a família, hoje, já não
constitui a unidade-base da produção, é apenas a unidade-base do consumo. A
empresa produz para o consumo das famílias.
O consumo torna-se assim, numa das funções das famílias.
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6
Outras funções
Em quase todas as sociedades, e desde sempre, cuidar dos mais velhos é uma das
funções da família. Mas quando estes deixamde ser "uteis" produtivamente, o estado
concede uma proteção oficial, através de reformas assistência de saúde etc. O
acompanhamento aos membros idosos constitui não só uma obrigação social como
afetiva.
Por outro lado os idosos têm uma função junto das gerações mais novas contribuindo
com a sua disponibilidade para auxiliar os pais na sua tarefa de socialização e muitas
vezes ajudando economicamente o sustento das suas famílias. A família é uma fonte
de segurança e de estabilidade onde os progenitores, sobretudo os da classe média,
ajudam os filhos a conquistar um nível de vida superior, assegurando na retaguarda o
apoio possível. é a afetividade que liga os membros das famílias. a solidariedade entre
gerações completa a célula conjugal, numa sociedade cada vez mais funcionalista.
Verifica-se, então, uma nova interação entre gerações, podendo constatar-se que a
família atual implica interações entre gerações- é a redescoberta do parentesco.
A família, enquanto força social, está mais forte.
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7
Indicadores demográficos das famílias portuguesas
Desde dos anos 60 que as famílias têm sofrido alterações nos seu padrões de
nupcialidade e de conjugalidade.
A família tem evoluído no tempo, apresentando dimensões, estruturadas e funções
variadas.
As alterações destacam-se o aumento do casamento civil contra o religioso, o aumento
dos divórcios, a queda das taxas de nupcialidade, o aumento do numero de filhos fora
do casamento e o aumento da idade média do primeiro casamento para ambos os
sexos. Estes são os pontos com base na tabela se verifica mais alterações ao longo
destes anos.
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8
Diferentes tipos de famílias:
*A coabitação
É uma forma de vida familiar em que o casal mantem uma relação sexual estável, vive
em conjunto mas não efectuou um casamento. Em Portugal, este tipo de família tem
um nome de união de facto. Nos últimos 20 anos, os casais deste tipo de família tem
aumentado.
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9
*Famílias homossexuais
É um novo tipo de família em que o casal é formado por indivíduos do mesmo sexo.
Em muitos países o casamento entre homossexuais é permitido, estando legalmente
previsto e tendo um quadro legal estabelecido para o caso da sua dissolução. Em 2014
catorze países, entre os quais Portugal, já tinham legalizado o casamento entre
pessoas do mesmo sexo.
A educação de crianças pelas famílias homossexuais é a área mais discutida, tendo
particular acuidade no caso da adoção.
Outras formas de vida familiar
*A «geração canguru»
Uma das novas formas de vida familiar consiste na vida dos filhos em idade adulta em
casa dos seus pais.
São sobretudo do sexo masculino que, tendo dificuldade em se tornarem
independentes financeiramente, por não encontrarem emprego, ou por dificuldades
de ter a sua própria residência, encontram na casa paterna o apoio de que necessitam
para uma vida para uma vida independente, para além do suporte emocional sempre
necessário.
Os pais, embora preferissem uma solução diferente e próxima do tradicional (estudos-
emprego-casamento), encaram este novo modelo familiar como solução provisória.
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Ano lectivo 2015/2016
10
*«Sós» ou monorresidência
Outra forma de vida, que tem aumentado de
forma continua nas ultimas décadas, é
designada por monorresidência. Caracteriza-
se pelo facto das pessoas viverem sós e a
abrange transversalmente a sociedade.
Na tabela ao lado verificamos que no caso dos
idosos ao longo destes 18 anos, a
percentagem tem vindo a aumentar
apresentando em 1999 um total de 520.10
agregados domésticos e em 2015 um total de
881.7 agregados domestico, verificando assim
um aumento significativo.
A monorresidência encontra a sua justificação
em três ordens de fatores:
 a composição sociodemográfica da
população, com mudança nas
estruturas etárias (aumento da
esperança média de vida, sobretudo
para as mulheres, envelhecimento) e
estruturas familiares (mais divórcios,
menos casamentos e filhos);
 a propensão para viver só como garantia de autonomia individual (sobretudo
entre os mais jovens, mas também entre os mais velhos);
 a capacidade económica para viabilizar a monorresidência.
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11
Novos papéis parentais
A economia industrial afastou da família os papéis e as relações profissionais,
tradicionais.
A família já não se encontra unida pelo trabalho em conjunto, uma vez que os seus
membros trabalham separadamente.
A própria família conjugal tornou-se menor, à medida que os processos de
industrialização e de urbanização se desenvolveram, pois as crianças deixamde
constituir um bem económico para se tornarem um encargo dispendioso.
A tecnologia moderna, exigindo estudos mais prolongados, implica que a família não
possa preparar convenientemente os filhos para o desempenho dos seus futuros
papéis de elementos produtivos da sociedade.
O ingresso das mulheres no mercado de trabalho operou uma das maiores mudanças
na vida familiar. Um emprego remunerado veio aumentar a independência da mulher
em relação ao marido, pois o seu sustento já não depende deste. A família já não é
dominada pela autoridade do homem mas baseia-se numa relação igualitária entre os
cônjuges.
Tarefas domésticas
Homens que
exercem profissão
Mulheres que
exercem profissão
Domésticas
1. Preparar
refeições
13.2 73.9 87.0
2. Limpar a casa 9.3 75.1 90.1
3.Tratar de crianças 21.4 75.7 87.7
4.Cuidar de idosos 14.7 82.8 93.1
5.Assuntos
financeiros
63.7 51.5 56.9
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12
Novo lugar da criança em casa e na sociedade
O lugar da criança na sociedade atual é bem diferente daquele que ocupava há
séculos.
A sociedade pré-industrial exigia dos mais novos os seus braços para os trabalhos no
campo e outras atividades necessárias à sua difícil sobrevivência. Aos jovens membros
da família era exigida colaboração, desde cedo, sobretudo por razões económicas. Não
havia lugar para um crescimento harmonioso e afetivo, com respeito pelo que a
criança é, nos eus aspetos físicos e psicológicos.
Com a evolução da sociedade industrial e o desenvolvimento económico, muitos
aspetos mudaram nas práticas sociais e uma dessas áreas foi, precisamente, a atenção
posta na criança e na sua educação. A criança passou a ser considerada como um ser
humano específico e não um ser “adulto pequeno” Em apoio à família surgiram
estabelecimentos e todo um conjunto de atividades formativas que socializam, de
forma a acompanha-las nas diferentes etapas de crescimento e, ao mesmo tempo,
contribuem para a sua boa integração social. O bem-estar, a educação e formação, a
família, a privacidade e o afeto são direitos das crianças e jovens em geral.
No entanto ao educar-se uma criança para os direitos, há que não esquecer os
deveres.
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Ano lectivo 2015/2016
13
Violência intrafamiliar
A violência doméstica é uma forma de abuso, geralmente físico, de um membro da
família sobre outro ou outros. As mulheres e crianças são, geralmente, as principais
vítimas. Os abusos sobre crianças atravessam toda a sociedade, verificando-se em
todos os estratos sociais. Podem envolver os seguintes aspetos:
 Negligencia;
 Abusos físicos;
 Abusos emocionais;
 Abusos sexuais.
Qualquer dos aspetos referidos implica violência de um individuo mais “forte” sobre
outro, o que demonstra o exercício de um poder sobre alguém, que não pode ou tem
dificuldade em defender-se. Como consequências, as crianças maltratadas poderão,
em adultas, reproduzir algumas das práticas de que foram vítimas.
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Ano lectivo 2015/2016
14
Conclusão
Com este trabalho, reforçamos a nossa ideia sobre a família e as mudanças ao longo
dos anos, tanto a importância da família no dia-a-dia, como os papéis desempenhados
pela mesma na sociedade. A evolução das sociedades permitiu igualmente o
aparecimento de novos tipos de famílias.
Percebemos também a evolução da importância da criança na sociedade. Esta deve ser
considerada como um ser humano específico e não um adulto pequeno.
Bibliografia
Manual escolar de sociologia, 12º ano, Texto
https://www.google.com/imghp?hl=pt-PT
http://www.pordata.pt/

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A Família: Estrutura, Funções e Evolução

  • 1. Escola Secundária São João da Talha Sociologia Leonor Alves 2015/2016 João Velez nº8 12ºC Rafaela Frazão nº13 12ºC São João da Talha 01/2016
  • 2. Escola Secundária São João da Talha Ano lectivo 2015/2016 2 Introdução Com este trabalho, temos o objectivo de dar a conhecer um pouco sobre o tema a família. Este tema é considerado bastante importante pelo facto de ser a unidade básica da sociedade, formada por indivíduos com ascendentes em comum ou ligados por laços afetivos. Noção A família tem como objectivo representar um grupo social primário que influencia e é influenciado por outras pessoas. É um grupo de indivíduos ligados por descendência a partir de um antepassado comum, matrimónio ou adoção.
  • 3. Escola Secundária São João da Talha Ano lectivo 2015/2016 3 Estrutura da família Família 1) É baseada no relacionamento conjugal, é constituída pelo um grupo mais restrito (pai, mãe e filhos). 2) Este tipo de família estende-se por mais de duas gerações, incluindo os filhos casados ou solteiros, genros e noras, os netos, os tios ,os primos, etc. Em qualquer dos casos, a família partilha uma residência comum e os seus membros cooperam para a satisfação das suas necessidades. Os dois elementos institucionais centrais da família são: 1) Casamento- é o padrão socialmente aprovado para que duas ou mais pessoas estabeleçam uma família. Tipo de casamentos varia de sociedade para sociedade consoante os valores, práticas sociais e cultura das diferentes sociedades.  casamento monogâmico ( sociedade ocidental, apenas existe um casamento um homem para uma mulher)  casamento polígamo (outras sociedades, que permite a pluralidade dos cônjuges) 2) Outro elemento é a maternidade / paternidade. Exemplos de poligamia: 1) poliginia ( um homem e mais de uma mulher, em que o homem desempenha o papel de marido e de pai em várias famílias conjugais) 2) poliandria ( uma mulher com dois ou mais maridos, embora esta forma de familia seja rara, a poliandria encontra-se associada ao infanticídio feminino e á consequente escassez de mulheres. 1) Nuclear ou conjugal 2) Extensa ou consanguínea
  • 4. Escola Secundária São João da Talha Ano lectivo 2015/2016 4 Tipos de famílias *Famílianuclear É um grupo doméstico formado por pai, mãe e filhos. *Famíliamonoparental É uma família formada por pai ou mãe e filhos. É fruto da viuvez, divórcio ou escolha de um dos progenitores. *Famíliarecomposta Estas famílias resultamde um novo casamento ( ou união) com reunião dos filhos de casamentos anteriores. AGREGADOS DOMÉSTICOS Agregado doméstico de família simples Incluias famílias formadas a partir do 1º casamento e as famílias recompostas: -Casalcom filhos -Casalsem filhos Famílias monoparentais Agregado doméstico de famílias complexas Incluias famílias simples alargadas e os agregados domésticos de famílias múltiplas Agregado doméstico sem núcleo familiar Incluipessoas a viver sós ou várias pessoas sem laços familiares entre si, por exemplo, colegas da universidade
  • 5. Escola Secundária São João da Talha Ano lectivo 2015/2016 5 A função sexual e a socialização A família é a principal instituição através da qual a sociedade regula a satisfação das necessidades sexuais e organiza a procriação. A satisfação sexual fora do casamento é tolerada, já a procriação fora da família é menos aprovada socialmente pois existe uma necessidade da função de socialização ser exercida de forma mais próxima e afetiva. A família prepara a criança para o desempenho de certos papéis correspondentes ao seu género e estatuto. Desde cedo se aprende o comportamento feminino ou masculino. Os valores, hábitos de vida, as normas que a criança interioriza contribuem para a sua colocação social. Função económica Nas sociedades tradicionais, a família constituía a unidade económica fundamental. A satisfação das necessidades exigia que os seus membros trabalhassem em conjunto, partilhando o resultado da produção. Esta situação modificou-se, pois a industrialização deslocou o centro de produção da família para a fábrica. A revolução industrial veio alterar as relações sociais de produção, originando uma nova ordem económica e social. O desenvolvimento do capitalismo industrial exigiu que a produção evoluísse da fase artesanal e manufatureira para a maquinofatura, com as máquinas a substituir o trabalho manual. Com isto, muitas famílias passaram ser assalariadas. Por isso a família, hoje, já não constitui a unidade-base da produção, é apenas a unidade-base do consumo. A empresa produz para o consumo das famílias. O consumo torna-se assim, numa das funções das famílias.
  • 6. Escola Secundária São João da Talha Ano lectivo 2015/2016 6 Outras funções Em quase todas as sociedades, e desde sempre, cuidar dos mais velhos é uma das funções da família. Mas quando estes deixamde ser "uteis" produtivamente, o estado concede uma proteção oficial, através de reformas assistência de saúde etc. O acompanhamento aos membros idosos constitui não só uma obrigação social como afetiva. Por outro lado os idosos têm uma função junto das gerações mais novas contribuindo com a sua disponibilidade para auxiliar os pais na sua tarefa de socialização e muitas vezes ajudando economicamente o sustento das suas famílias. A família é uma fonte de segurança e de estabilidade onde os progenitores, sobretudo os da classe média, ajudam os filhos a conquistar um nível de vida superior, assegurando na retaguarda o apoio possível. é a afetividade que liga os membros das famílias. a solidariedade entre gerações completa a célula conjugal, numa sociedade cada vez mais funcionalista. Verifica-se, então, uma nova interação entre gerações, podendo constatar-se que a família atual implica interações entre gerações- é a redescoberta do parentesco. A família, enquanto força social, está mais forte.
  • 7. Escola Secundária São João da Talha Ano lectivo 2015/2016 7 Indicadores demográficos das famílias portuguesas Desde dos anos 60 que as famílias têm sofrido alterações nos seu padrões de nupcialidade e de conjugalidade. A família tem evoluído no tempo, apresentando dimensões, estruturadas e funções variadas. As alterações destacam-se o aumento do casamento civil contra o religioso, o aumento dos divórcios, a queda das taxas de nupcialidade, o aumento do numero de filhos fora do casamento e o aumento da idade média do primeiro casamento para ambos os sexos. Estes são os pontos com base na tabela se verifica mais alterações ao longo destes anos.
  • 8. Escola Secundária São João da Talha Ano lectivo 2015/2016 8 Diferentes tipos de famílias: *A coabitação É uma forma de vida familiar em que o casal mantem uma relação sexual estável, vive em conjunto mas não efectuou um casamento. Em Portugal, este tipo de família tem um nome de união de facto. Nos últimos 20 anos, os casais deste tipo de família tem aumentado.
  • 9. Escola Secundária São João da Talha Ano lectivo 2015/2016 9 *Famílias homossexuais É um novo tipo de família em que o casal é formado por indivíduos do mesmo sexo. Em muitos países o casamento entre homossexuais é permitido, estando legalmente previsto e tendo um quadro legal estabelecido para o caso da sua dissolução. Em 2014 catorze países, entre os quais Portugal, já tinham legalizado o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A educação de crianças pelas famílias homossexuais é a área mais discutida, tendo particular acuidade no caso da adoção. Outras formas de vida familiar *A «geração canguru» Uma das novas formas de vida familiar consiste na vida dos filhos em idade adulta em casa dos seus pais. São sobretudo do sexo masculino que, tendo dificuldade em se tornarem independentes financeiramente, por não encontrarem emprego, ou por dificuldades de ter a sua própria residência, encontram na casa paterna o apoio de que necessitam para uma vida para uma vida independente, para além do suporte emocional sempre necessário. Os pais, embora preferissem uma solução diferente e próxima do tradicional (estudos- emprego-casamento), encaram este novo modelo familiar como solução provisória.
  • 10. Escola Secundária São João da Talha Ano lectivo 2015/2016 10 *«Sós» ou monorresidência Outra forma de vida, que tem aumentado de forma continua nas ultimas décadas, é designada por monorresidência. Caracteriza- se pelo facto das pessoas viverem sós e a abrange transversalmente a sociedade. Na tabela ao lado verificamos que no caso dos idosos ao longo destes 18 anos, a percentagem tem vindo a aumentar apresentando em 1999 um total de 520.10 agregados domésticos e em 2015 um total de 881.7 agregados domestico, verificando assim um aumento significativo. A monorresidência encontra a sua justificação em três ordens de fatores:  a composição sociodemográfica da população, com mudança nas estruturas etárias (aumento da esperança média de vida, sobretudo para as mulheres, envelhecimento) e estruturas familiares (mais divórcios, menos casamentos e filhos);  a propensão para viver só como garantia de autonomia individual (sobretudo entre os mais jovens, mas também entre os mais velhos);  a capacidade económica para viabilizar a monorresidência.
  • 11. Escola Secundária São João da Talha Ano lectivo 2015/2016 11 Novos papéis parentais A economia industrial afastou da família os papéis e as relações profissionais, tradicionais. A família já não se encontra unida pelo trabalho em conjunto, uma vez que os seus membros trabalham separadamente. A própria família conjugal tornou-se menor, à medida que os processos de industrialização e de urbanização se desenvolveram, pois as crianças deixamde constituir um bem económico para se tornarem um encargo dispendioso. A tecnologia moderna, exigindo estudos mais prolongados, implica que a família não possa preparar convenientemente os filhos para o desempenho dos seus futuros papéis de elementos produtivos da sociedade. O ingresso das mulheres no mercado de trabalho operou uma das maiores mudanças na vida familiar. Um emprego remunerado veio aumentar a independência da mulher em relação ao marido, pois o seu sustento já não depende deste. A família já não é dominada pela autoridade do homem mas baseia-se numa relação igualitária entre os cônjuges. Tarefas domésticas Homens que exercem profissão Mulheres que exercem profissão Domésticas 1. Preparar refeições 13.2 73.9 87.0 2. Limpar a casa 9.3 75.1 90.1 3.Tratar de crianças 21.4 75.7 87.7 4.Cuidar de idosos 14.7 82.8 93.1 5.Assuntos financeiros 63.7 51.5 56.9
  • 12. Escola Secundária São João da Talha Ano lectivo 2015/2016 12 Novo lugar da criança em casa e na sociedade O lugar da criança na sociedade atual é bem diferente daquele que ocupava há séculos. A sociedade pré-industrial exigia dos mais novos os seus braços para os trabalhos no campo e outras atividades necessárias à sua difícil sobrevivência. Aos jovens membros da família era exigida colaboração, desde cedo, sobretudo por razões económicas. Não havia lugar para um crescimento harmonioso e afetivo, com respeito pelo que a criança é, nos eus aspetos físicos e psicológicos. Com a evolução da sociedade industrial e o desenvolvimento económico, muitos aspetos mudaram nas práticas sociais e uma dessas áreas foi, precisamente, a atenção posta na criança e na sua educação. A criança passou a ser considerada como um ser humano específico e não um ser “adulto pequeno” Em apoio à família surgiram estabelecimentos e todo um conjunto de atividades formativas que socializam, de forma a acompanha-las nas diferentes etapas de crescimento e, ao mesmo tempo, contribuem para a sua boa integração social. O bem-estar, a educação e formação, a família, a privacidade e o afeto são direitos das crianças e jovens em geral. No entanto ao educar-se uma criança para os direitos, há que não esquecer os deveres.
  • 13. Escola Secundária São João da Talha Ano lectivo 2015/2016 13 Violência intrafamiliar A violência doméstica é uma forma de abuso, geralmente físico, de um membro da família sobre outro ou outros. As mulheres e crianças são, geralmente, as principais vítimas. Os abusos sobre crianças atravessam toda a sociedade, verificando-se em todos os estratos sociais. Podem envolver os seguintes aspetos:  Negligencia;  Abusos físicos;  Abusos emocionais;  Abusos sexuais. Qualquer dos aspetos referidos implica violência de um individuo mais “forte” sobre outro, o que demonstra o exercício de um poder sobre alguém, que não pode ou tem dificuldade em defender-se. Como consequências, as crianças maltratadas poderão, em adultas, reproduzir algumas das práticas de que foram vítimas.
  • 14. Escola Secundária São João da Talha Ano lectivo 2015/2016 14 Conclusão Com este trabalho, reforçamos a nossa ideia sobre a família e as mudanças ao longo dos anos, tanto a importância da família no dia-a-dia, como os papéis desempenhados pela mesma na sociedade. A evolução das sociedades permitiu igualmente o aparecimento de novos tipos de famílias. Percebemos também a evolução da importância da criança na sociedade. Esta deve ser considerada como um ser humano específico e não um adulto pequeno. Bibliografia Manual escolar de sociologia, 12º ano, Texto https://www.google.com/imghp?hl=pt-PT http://www.pordata.pt/