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Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 20, n. 1, p. 01-05, jan./mar., 2008.
ASPECTOS FITOQUÍMICOS DE TECIDOS FOLIARES DE SALIX
1 1 1 1
Breno Régis Santos ; Renato Paiva ; Fernanda Pereira Soares ; Raírys Cravo Nogueira ;
1 1
Eduardo Bucsan Emrich ; Diogo Pedrosa Corrêa da Silva
1
Depto. de Biologia, Universidade Federal de Lavras. C. P.: 37. CEP: 37200-000, Lavras-MG. e-mail: brenors@unifal-mg.edu.br,
renpaiva@ufla.br
RESUMO: O estudo fitoquímico de uma espécie vegetal pode revelar substâncias de interesses diversos para o
homem.As substâncias encontradas podem ser utilizadas de diversas maneiras, passando pela farmacologia até a
utilização como antibióticos. O objetivo deste trabalho foi estudar características fitoquímicas de tecidos foliares de
salix (Salix humboldtiana Willd.). O extrato bruto de tecidos foliares foi obtido por meio da extração com os solventes
hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol. A prospecção de fenóis foi realizada com o estudo analítico dos
extratos brutos, utilizando-se o reagente cloreto férrico/piridina.Aextração do óleo essencial foi feita utilizando-se a
técnica de arraste a vapor. Foi obtido rendimento do extrato bruto de 3,26% em clorofórmio, 2,36% em acetato de
etila, 0,94% em hexano e 0,85% em metanol. O óleo essencial obtido foi analisado por espectrofotometria de
infravermelho, tendo um rendimento de 0,1%. A análise do óleo constatou a presença de grupos funcionais
característicos de taninos condensados, confirmando o encontrado nos testes analíticos.
Palavras-chave: Salix humboldtiana, fitoquímica, óleo essencial
PHYTOCHEMICAL STUDIES IN LEAF TISSUE OF SALIX
ABSTRACT: Phytochemical studies of a plant species can reveal substances of interest and it can be used in several
research areas, including pharmacology and their use as antibiotics. The objective of this work was to study the
phytochemical characteristics of leaf tissues of salix (Salyx humboldtiana Willd.). Crude extracts were obtained
through extractions with the following organic solvents: hexane, chloroform, ethyl acetate and methanol. Phenol
prospection was perfomed through the analysis of crude extracts using the method of ferric chloride and pyridine.
The extraction of essential oils was done by steam distillation. Crude extract yields were 3.26% in chloroform, 2.36%
in ethyl acetate, 0.94 % in hexane and 0.85% in methanol. The obtained oil was analyzed by infrared spectroscopy
showing a 0.1% yield. Its analysis also showed the presence of functional groups characteristic of condensed
tannins confirming the results from the analytical tests.
Key words: Salix humboldtiana, phytochemistry, essential oil
INTRODUÇÃO
O salix (Salix humboldtiana Willd.), espécie
pertencente à família Salicaceae e popularmente
conhecida também como salseiro ou chorão, é
encontrado em matas ciliares desde Minas Gerais até o
Rio Grande do Sul. Apresenta grande utilidade, sendo
sua madeira empregada em obras internas, caixotaria,
construções rurais e na obtenção de pasta celulósica.
Além disso, constitui-se numa árvore extremamente
ornamental, principalmente por ser dotada de copa com
ramos pendentes, o que faz com que seja freqüente-
mente empregada em projetos paisagísticos. É
também uma planta pioneira, adaptada a terrenos
úmidos e por isso, ideal para reflorestamentos
destinados à recomposição de áreas ciliares
degradadas (Lorenzi, 1992). Seu potencial medicinal se
deve a sua ação anti-reumática, antiespasmódica e
antipirética.
A exploração do salix é realizada de forma
extrativista, estando esta espécie ameaçada pela
invasão ilegal de seu habitat natural, as matas ciliares,
pela agropecuária e por outras explorações lucrativas
que têm contribuído para a degeneração do
ecossistema ao qual pertence (Santos, 2001).
O estudo fitoquímico de uma espécie vegetal,
além de possibilitar a caracterização de constituintes
químicos, pode revelar substâncias de interesses
diversos. Estas, quando caracterizadas e identificadas
podem ser utilizadas de diversas maneiras, em especial
na farmacologia. Alguns exemplos típicos são as
substâncias derivadas de fenóis, que apresentam
02 Santos et al.
atividades anti-sépticas e desinfetantes, sendo por
isso, encontradas em diversos produtos comerciais,
como sabões, desodorantes, desinfestantes, pastilhas,
soluções de gargarejo e medicamentos para dores
musculares (Barbosa, 1998).
As substâncias responsáveis pelos aromas são
conhecidas como óleos essenciais devido à natureza
volátil e composição lipofílica. Além da utilização
industrial na produção de perfumes e cosméticos, os
óleos essenciais têm sido utilizados para vários fins,
como o uso farmacológico e no combate a fungos e
bactérias (Cardoso et al., 2000).
Entre as atividades farmacológicas específicas
descritas para os óleos essenciais, são dignas de men-
ção as atividades inibidoras do crescimento de células
neoplásicas (Saens et al., 1996) e de alguns tipos de
vírus do tipo 1, incluindo Herpes simplex (Siddiqui et al.,
1996), influenza e HIV (Hayashi et al., 1995). Testes
biológicos indicam efeito repelente a insetos vetores de
doenças, como os mosquitos transmissores da dengue
(Matsuda et al., 1996) e o transmissor da doença de
Chagas (Fournet et al., 1996).
Segundo Craveiro e Machado (1986), o papel
dos óleos essenciais encontrados nas plantas está
relacionado com a sua volatilidade, já que, por meio
desta característica, agem como sinais de
comunicação química com o reino vegetal e como arma
de defesa contra o reino animal. Assim, considera-se
também, a existência de funções ecológicas,
especialmente como inibidores de germinação,
proteção contra predadores, atração de polinizadores e
proteção contra perda de água.
Para se proceder a caracterização de um
determinado grupo de substâncias presentes em um
vegetal, deve-se primeiramente, extrair compostos com
um solvente adequado, para depois caracterizá-los no
extrato. Essa caracterização tem sido investigada por
meio de reações químicas que resultam no
desenvolvimento de coloração e/ou precipitado
característico (Simões et al., 1999).
O presente trabalho teve o objetivo de estudar
aspectos fitoquímicos de tecidos foliares de salix, a fim
de caracterizar substâncias com propriedades
farmacológicas e anti-sépticas, bem como identificar o
solvente que proporciona maior rendimento de extrato
bruto.
MATERIAL E MÉTODOS
Obtenção dos extratos brutos
Na manhã do dia 24 de setembro de 2000, às
10:45 h, foram coletadas folhas de plantas adultas de
salix, em fase reprodutiva, localizadas às margens do
Rio Grande, nas proximidades da cidade de Lavras-MG
(latitude 21° 08' 54” S e longitude 45° 01' 51” GRW).
Após a coleta, as folhas foram acondicionadas em
sacos plásticos e imediatamente transportadas para o
laboratório. As amostras coletadas para obtenção da
matéria seca foram colocadas em estufa com
ventilação forçada de ar, à temperatura de 30ºC,
durante sete dias. Após a secagem, o material vegetal
foi triturado e pesado.
Na obtenção dos extratos brutos, foram
utilizados como solventes: hexano, clorofórmio, acetato
de etila e metanol. A amostra foi macerada a frio com
hexano e mantida na ausência de luz por oito dias.Após
esse período, esta foi filtrada em funil de Büchner,
obtendo-se a torta que, em seguida, foi transferida para
o
a estufa com circulação forçada de ar, a 40 C, onde
permaneceu por 24 horas para completar a evaporação
do solvente. O filtrado foi submetido ao evaporador
rotatório, modelo Büchi R-14, sob pressão reduzida. O
extrato bruto obtido ainda permaneceu em estufa à
o
temperatura de 40 C, para completar a evaporação do
solvente.Atorta, após 24 horas na estufa, foi submetida
à extração com clorofórmio, utilizando a mesma
metodologia acima descrita. Esse processo foi repetido
com os solventes acetato de etila e metanol.
Prospecção de fenóis
Após a obtenção dos extratos brutos de salix,
foram realizados os ensaios para a prospecção dos
fenóis. Em um tubo de ensaio limpo, foram colocados
30 mg do extrato bruto obtido em cada solvente (hexano,
clorofórmio, acetato de etila e metanol) e adicionados
2,0 mL de clorofórmio anidro. Agitou-se e acrescentou-
se duas gotas da solução de cloreto férrico a 1% em
clorofórmio. Após dois minutos, três gostas de piridina
foram adicionadas. A partir das características
colorimétricas, foi observado o resultado da prospecção.
Os resultados foram analisados de acordo com
um padrão colorimétrico, iniciando-se da testemunha.
Segundo Shriner et al. (1983), os testes são positivos
quando se verifica a formação das cores azul, violeta,
púrpura, verde ou vermelho-acastanhado, sendo cada
coloração indicativa de um tipo de fenol presente na
solução.
Obtenção do óleo essencial
Na extração do óleo essencial de folhas de salix
utilizou-se a técnica de arraste de vapor de água. Foram
pesadas 87,403 g de folhas frescas. O arraste foi
realizado durante 90 minutos, obtendo-se 1,5 litros de
hidrolato. Este foi particionado com diclorometano
(CH Cl ), separando-se a fase aquosa da orgânica. As2 2
frações orgânicas foram reunidas, sendo adicionadas a
estas, sulfato de magnésio anidro, para a retirada de
qualquer excesso de água. Após filtração, o filtrado foi
levado para o evaporador rotatório, obtendo-se o óleo
essencial.
Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 20, n. 1, p. 01-05, jan./mar., 2008.
O óleo obtido foi submetido à análise espectro-
métrica em aparelho de infravermelho.Após a obtenção
da leitura no infravermelho, a interpretação baseou-se
nas características encontradas nos diversos pontos de
absorção.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os rendimentos dos extratos brutos obtidos de
tecidos foliares de salix estão apresentados na Tabela
1. O solvente que proporcionou maior rendimento foi o
clorofórmio (3,26%), seguido pelo extrato obtido com
acetato de etila (2,36%). O hexano e o metanol propor-
cionaram rendimento menor, 0,94% e 0,85%,
Tabela 1 - Rendimento dos extratos brutos obtidos de
tecidos foliares de salix (Salix humboldtiana
Willd.) em diferentes solventes.
Solvente Extrato Peso (g) Rendimento (%)
Hexano 5,488 0,94
Clorofórmio 17,735 3,26
Acetato de etila 11,026 2,36
Metanol 3,943 0,85
Total 38,192 7,41
Segundo Falkenberg et al. (1999), se forem
observadas as características de polaridade de cada
solvente, pode-se inferir os tipos de substâncias que
tenham sido extraídas. Na extração com hexano, tem-
se, preferencialmente, a obtenção de substâncias
como lipídeos, ceras, pigmentos e furanocumarinas.
Utilizando-se o clorofórmio, encontram-se, preferen-
cialmente, bases livres de alcalóides, antraquinonas
livres e óleos voláteis. As substâncias mais facilmente
encontradas em acetato de etila são os flavonóides e as
cumarinas simples; e em metanol, encontram-se
cumarinas simples e taninos.
Em todos os extratos testados, constatou-se a
presença de fenóis, ocorrendo uma reação que resultou
em uma solução de coloração verde escuro. Estes
foram caracterizados como sendo taninos flobafênicos
(taninos condensados ou catéquicos). Segundo Matos
(1997), as reações de fenóis com cloreto férrico e
piridina que resultam em coloração verde são sinais da
presença destes compostos.
Obteve-se, após a extração do óleo essencial de
salix, rendimento de 0,1%, através do espectro de infra-
vermelho, cujos sinais são apresentados na Figura 1.
Observa-se a presença do grupo OH alcoólico
-1
presente na região 3300–3600 cm . Entre 2962 e
-1
2852 cm , são observados sinais fortes característicos
de grupos metilas (-CH ), metilenos (-CH ) e metínicos3 2
(-CH) sobrepostos.
3300 cm
-1
2962 cm
-1
1683 cm
-1
-1
1261 cm -1
798 cm
Figura 1 - Espectro de infravermelho do óleo essencial extraído de tecidos foliares de salix (Salix humboldtiana
Willd.) a partir da técnica de arraste de vapor de água.
03Aspectos fitoquímicos de tecidos de...
Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 20, n. 1, p. 01-05, jan./mar., 2008.
-1
O sinal em 1683 cm é característico de duplas
ligações (C=C) e a presença de harmônicos (2000 a
-1 -1
1800 cm ) e um sinal forte a 798 cm caracterizam
anéis aromáticos presentes nos taninos, os quais foram
confirmados pelo resultado da prospecção de fenóis.As
deformações axiais de C-O em álcoois e fenóis
produzem uma banda forte observada no intervalo
-1
1261 a 1018 cm . Segundo Silverstein et al. (1994),
este tipo de sinal aparece quando o álcool é terciário ou
secundário á-â insaturado e ramificado, inferindo-se
mais uma vez a presença de taninos substituídos.
O óleo volátil de salix, caracterizado pelo
infravermelho, revela forte presença de fenóis, que
segundo Barbosa (1998), apresentam atividades anti-
sépticas e desinfetantes, sendo recomendado o seu
uso na fabricação de diversos produtos como sabões,
desinfestantes, pastilhas, soluções de gargarejo e
medicamentos para dores musculares.
Outras pesquisas têm sido desenvolvidas para
analisar extratos vegetais, como em pequizeiro
(Caryocar brasiliense) (Marques et al., 2002) e
jambolão (Syzygium cumini) (Loguercio et al., 2005).
O salix demonstrou possuir, no óleo essencial
extraído de suas folhas, taninos substituídos que
podem ser, segundo Haslam (1996), empregados na
medicina tradicional como remédios para o tratamento
de diversas moléstias orgânicas, tais como diarréias,
hipertensão arterial, reumatismo, hemorragias, feridas,
queimaduras, problemas estomacais (azia, náusea,
gastrite e úlcera gástrica), problemas renais e do
sistema urinário e processos inflamatórios em geral.
Além disso, por conter em sua fórmula, taninos
condensados, recomenda-se a utilização do óleo
essencial de salix para estudos farmacológicos e no
combate a fungos e bactérias fitopatogênicas.
CONCLUSÕES
1. O solvente que proporciona maior rendimento
de extrato bruto de tecidos foliares de salix é o
clorofórmio.
2. O óleo volátil extraído das folhas de salix
apresenta fenóis condensados, conforme prospecção
com cloreto férrico e piridina e análise em espectro de
infravermelho.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, L. C.A. Química orgânica: uma introdução
para as ciências agrárias e biológicas. Viçosa: UFV,
1998. p. 354.
CARDOSO, M. G.; GAVILANES, M. L.; MARQUES, M.
C. S.; SHAN, A. Y. K. V.; SANTOS, B. R.; OLIVEIRA,
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FOURNET, A.; ARIAS, R. de; CHARLE, B.;
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Muña, Bolivian plants traditionally used as pesticides,
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HASLAM, E. Natural polyphenols (vegetable tannins)
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Journal of Natural Products, Chicago, v. 59, p. 205-
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HAYASHI, K.; KAMIYA, M.; HAYASHI, T. Virucidal
effects of the steam distillate from Houttuynia cordata
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Planta Medica, Stuttgart, v. 61, n. 3, p. 237-241, June,
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LOGUERCIO, A. P. et al. Antibacterial activity of hydro-
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2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?
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LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de
identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do
Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. 351 p.
MARQUES, M. C. S. et al. Efeito fungitóxico dos
extratos de Caryocar brasiliense Camb. sobre os
Botrytis cineria, Colletotrichum truncatum e Fusarium
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TUCKER, A. O.; MARCIARELLO, M. J. Essential oil
analysis and field evaluation of the citruses plant
Pelargonium citrosum as repellent against populations
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SILVERSTEIN, R. M.; BASSLER, G. C.; MORRIL, T. C.
Identificação espectrometria de compostos
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SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.;
MELLO, J. C. P.; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R.
Farmacognosia: da planta ao medicamento.
Florianópolis: UFSC, 1999. 821p.
Recebido: 01/12/06
Aceito: 21/06/07
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01 aspectos fitoquimicos de tecidos foliares

  • 1. Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 20, n. 1, p. 01-05, jan./mar., 2008. ASPECTOS FITOQUÍMICOS DE TECIDOS FOLIARES DE SALIX 1 1 1 1 Breno Régis Santos ; Renato Paiva ; Fernanda Pereira Soares ; Raírys Cravo Nogueira ; 1 1 Eduardo Bucsan Emrich ; Diogo Pedrosa Corrêa da Silva 1 Depto. de Biologia, Universidade Federal de Lavras. C. P.: 37. CEP: 37200-000, Lavras-MG. e-mail: brenors@unifal-mg.edu.br, renpaiva@ufla.br RESUMO: O estudo fitoquímico de uma espécie vegetal pode revelar substâncias de interesses diversos para o homem.As substâncias encontradas podem ser utilizadas de diversas maneiras, passando pela farmacologia até a utilização como antibióticos. O objetivo deste trabalho foi estudar características fitoquímicas de tecidos foliares de salix (Salix humboldtiana Willd.). O extrato bruto de tecidos foliares foi obtido por meio da extração com os solventes hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol. A prospecção de fenóis foi realizada com o estudo analítico dos extratos brutos, utilizando-se o reagente cloreto férrico/piridina.Aextração do óleo essencial foi feita utilizando-se a técnica de arraste a vapor. Foi obtido rendimento do extrato bruto de 3,26% em clorofórmio, 2,36% em acetato de etila, 0,94% em hexano e 0,85% em metanol. O óleo essencial obtido foi analisado por espectrofotometria de infravermelho, tendo um rendimento de 0,1%. A análise do óleo constatou a presença de grupos funcionais característicos de taninos condensados, confirmando o encontrado nos testes analíticos. Palavras-chave: Salix humboldtiana, fitoquímica, óleo essencial PHYTOCHEMICAL STUDIES IN LEAF TISSUE OF SALIX ABSTRACT: Phytochemical studies of a plant species can reveal substances of interest and it can be used in several research areas, including pharmacology and their use as antibiotics. The objective of this work was to study the phytochemical characteristics of leaf tissues of salix (Salyx humboldtiana Willd.). Crude extracts were obtained through extractions with the following organic solvents: hexane, chloroform, ethyl acetate and methanol. Phenol prospection was perfomed through the analysis of crude extracts using the method of ferric chloride and pyridine. The extraction of essential oils was done by steam distillation. Crude extract yields were 3.26% in chloroform, 2.36% in ethyl acetate, 0.94 % in hexane and 0.85% in methanol. The obtained oil was analyzed by infrared spectroscopy showing a 0.1% yield. Its analysis also showed the presence of functional groups characteristic of condensed tannins confirming the results from the analytical tests. Key words: Salix humboldtiana, phytochemistry, essential oil INTRODUÇÃO O salix (Salix humboldtiana Willd.), espécie pertencente à família Salicaceae e popularmente conhecida também como salseiro ou chorão, é encontrado em matas ciliares desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. Apresenta grande utilidade, sendo sua madeira empregada em obras internas, caixotaria, construções rurais e na obtenção de pasta celulósica. Além disso, constitui-se numa árvore extremamente ornamental, principalmente por ser dotada de copa com ramos pendentes, o que faz com que seja freqüente- mente empregada em projetos paisagísticos. É também uma planta pioneira, adaptada a terrenos úmidos e por isso, ideal para reflorestamentos destinados à recomposição de áreas ciliares degradadas (Lorenzi, 1992). Seu potencial medicinal se deve a sua ação anti-reumática, antiespasmódica e antipirética. A exploração do salix é realizada de forma extrativista, estando esta espécie ameaçada pela invasão ilegal de seu habitat natural, as matas ciliares, pela agropecuária e por outras explorações lucrativas que têm contribuído para a degeneração do ecossistema ao qual pertence (Santos, 2001). O estudo fitoquímico de uma espécie vegetal, além de possibilitar a caracterização de constituintes químicos, pode revelar substâncias de interesses diversos. Estas, quando caracterizadas e identificadas podem ser utilizadas de diversas maneiras, em especial na farmacologia. Alguns exemplos típicos são as substâncias derivadas de fenóis, que apresentam
  • 2. 02 Santos et al. atividades anti-sépticas e desinfetantes, sendo por isso, encontradas em diversos produtos comerciais, como sabões, desodorantes, desinfestantes, pastilhas, soluções de gargarejo e medicamentos para dores musculares (Barbosa, 1998). As substâncias responsáveis pelos aromas são conhecidas como óleos essenciais devido à natureza volátil e composição lipofílica. Além da utilização industrial na produção de perfumes e cosméticos, os óleos essenciais têm sido utilizados para vários fins, como o uso farmacológico e no combate a fungos e bactérias (Cardoso et al., 2000). Entre as atividades farmacológicas específicas descritas para os óleos essenciais, são dignas de men- ção as atividades inibidoras do crescimento de células neoplásicas (Saens et al., 1996) e de alguns tipos de vírus do tipo 1, incluindo Herpes simplex (Siddiqui et al., 1996), influenza e HIV (Hayashi et al., 1995). Testes biológicos indicam efeito repelente a insetos vetores de doenças, como os mosquitos transmissores da dengue (Matsuda et al., 1996) e o transmissor da doença de Chagas (Fournet et al., 1996). Segundo Craveiro e Machado (1986), o papel dos óleos essenciais encontrados nas plantas está relacionado com a sua volatilidade, já que, por meio desta característica, agem como sinais de comunicação química com o reino vegetal e como arma de defesa contra o reino animal. Assim, considera-se também, a existência de funções ecológicas, especialmente como inibidores de germinação, proteção contra predadores, atração de polinizadores e proteção contra perda de água. Para se proceder a caracterização de um determinado grupo de substâncias presentes em um vegetal, deve-se primeiramente, extrair compostos com um solvente adequado, para depois caracterizá-los no extrato. Essa caracterização tem sido investigada por meio de reações químicas que resultam no desenvolvimento de coloração e/ou precipitado característico (Simões et al., 1999). O presente trabalho teve o objetivo de estudar aspectos fitoquímicos de tecidos foliares de salix, a fim de caracterizar substâncias com propriedades farmacológicas e anti-sépticas, bem como identificar o solvente que proporciona maior rendimento de extrato bruto. MATERIAL E MÉTODOS Obtenção dos extratos brutos Na manhã do dia 24 de setembro de 2000, às 10:45 h, foram coletadas folhas de plantas adultas de salix, em fase reprodutiva, localizadas às margens do Rio Grande, nas proximidades da cidade de Lavras-MG (latitude 21° 08' 54” S e longitude 45° 01' 51” GRW). Após a coleta, as folhas foram acondicionadas em sacos plásticos e imediatamente transportadas para o laboratório. As amostras coletadas para obtenção da matéria seca foram colocadas em estufa com ventilação forçada de ar, à temperatura de 30ºC, durante sete dias. Após a secagem, o material vegetal foi triturado e pesado. Na obtenção dos extratos brutos, foram utilizados como solventes: hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol. A amostra foi macerada a frio com hexano e mantida na ausência de luz por oito dias.Após esse período, esta foi filtrada em funil de Büchner, obtendo-se a torta que, em seguida, foi transferida para o a estufa com circulação forçada de ar, a 40 C, onde permaneceu por 24 horas para completar a evaporação do solvente. O filtrado foi submetido ao evaporador rotatório, modelo Büchi R-14, sob pressão reduzida. O extrato bruto obtido ainda permaneceu em estufa à o temperatura de 40 C, para completar a evaporação do solvente.Atorta, após 24 horas na estufa, foi submetida à extração com clorofórmio, utilizando a mesma metodologia acima descrita. Esse processo foi repetido com os solventes acetato de etila e metanol. Prospecção de fenóis Após a obtenção dos extratos brutos de salix, foram realizados os ensaios para a prospecção dos fenóis. Em um tubo de ensaio limpo, foram colocados 30 mg do extrato bruto obtido em cada solvente (hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol) e adicionados 2,0 mL de clorofórmio anidro. Agitou-se e acrescentou- se duas gotas da solução de cloreto férrico a 1% em clorofórmio. Após dois minutos, três gostas de piridina foram adicionadas. A partir das características colorimétricas, foi observado o resultado da prospecção. Os resultados foram analisados de acordo com um padrão colorimétrico, iniciando-se da testemunha. Segundo Shriner et al. (1983), os testes são positivos quando se verifica a formação das cores azul, violeta, púrpura, verde ou vermelho-acastanhado, sendo cada coloração indicativa de um tipo de fenol presente na solução. Obtenção do óleo essencial Na extração do óleo essencial de folhas de salix utilizou-se a técnica de arraste de vapor de água. Foram pesadas 87,403 g de folhas frescas. O arraste foi realizado durante 90 minutos, obtendo-se 1,5 litros de hidrolato. Este foi particionado com diclorometano (CH Cl ), separando-se a fase aquosa da orgânica. As2 2 frações orgânicas foram reunidas, sendo adicionadas a estas, sulfato de magnésio anidro, para a retirada de qualquer excesso de água. Após filtração, o filtrado foi levado para o evaporador rotatório, obtendo-se o óleo essencial. Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 20, n. 1, p. 01-05, jan./mar., 2008.
  • 3. O óleo obtido foi submetido à análise espectro- métrica em aparelho de infravermelho.Após a obtenção da leitura no infravermelho, a interpretação baseou-se nas características encontradas nos diversos pontos de absorção. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os rendimentos dos extratos brutos obtidos de tecidos foliares de salix estão apresentados na Tabela 1. O solvente que proporcionou maior rendimento foi o clorofórmio (3,26%), seguido pelo extrato obtido com acetato de etila (2,36%). O hexano e o metanol propor- cionaram rendimento menor, 0,94% e 0,85%, Tabela 1 - Rendimento dos extratos brutos obtidos de tecidos foliares de salix (Salix humboldtiana Willd.) em diferentes solventes. Solvente Extrato Peso (g) Rendimento (%) Hexano 5,488 0,94 Clorofórmio 17,735 3,26 Acetato de etila 11,026 2,36 Metanol 3,943 0,85 Total 38,192 7,41 Segundo Falkenberg et al. (1999), se forem observadas as características de polaridade de cada solvente, pode-se inferir os tipos de substâncias que tenham sido extraídas. Na extração com hexano, tem- se, preferencialmente, a obtenção de substâncias como lipídeos, ceras, pigmentos e furanocumarinas. Utilizando-se o clorofórmio, encontram-se, preferen- cialmente, bases livres de alcalóides, antraquinonas livres e óleos voláteis. As substâncias mais facilmente encontradas em acetato de etila são os flavonóides e as cumarinas simples; e em metanol, encontram-se cumarinas simples e taninos. Em todos os extratos testados, constatou-se a presença de fenóis, ocorrendo uma reação que resultou em uma solução de coloração verde escuro. Estes foram caracterizados como sendo taninos flobafênicos (taninos condensados ou catéquicos). Segundo Matos (1997), as reações de fenóis com cloreto férrico e piridina que resultam em coloração verde são sinais da presença destes compostos. Obteve-se, após a extração do óleo essencial de salix, rendimento de 0,1%, através do espectro de infra- vermelho, cujos sinais são apresentados na Figura 1. Observa-se a presença do grupo OH alcoólico -1 presente na região 3300–3600 cm . Entre 2962 e -1 2852 cm , são observados sinais fortes característicos de grupos metilas (-CH ), metilenos (-CH ) e metínicos3 2 (-CH) sobrepostos. 3300 cm -1 2962 cm -1 1683 cm -1 -1 1261 cm -1 798 cm Figura 1 - Espectro de infravermelho do óleo essencial extraído de tecidos foliares de salix (Salix humboldtiana Willd.) a partir da técnica de arraste de vapor de água. 03Aspectos fitoquímicos de tecidos de... Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 20, n. 1, p. 01-05, jan./mar., 2008.
  • 4. -1 O sinal em 1683 cm é característico de duplas ligações (C=C) e a presença de harmônicos (2000 a -1 -1 1800 cm ) e um sinal forte a 798 cm caracterizam anéis aromáticos presentes nos taninos, os quais foram confirmados pelo resultado da prospecção de fenóis.As deformações axiais de C-O em álcoois e fenóis produzem uma banda forte observada no intervalo -1 1261 a 1018 cm . Segundo Silverstein et al. (1994), este tipo de sinal aparece quando o álcool é terciário ou secundário á-â insaturado e ramificado, inferindo-se mais uma vez a presença de taninos substituídos. O óleo volátil de salix, caracterizado pelo infravermelho, revela forte presença de fenóis, que segundo Barbosa (1998), apresentam atividades anti- sépticas e desinfetantes, sendo recomendado o seu uso na fabricação de diversos produtos como sabões, desinfestantes, pastilhas, soluções de gargarejo e medicamentos para dores musculares. Outras pesquisas têm sido desenvolvidas para analisar extratos vegetais, como em pequizeiro (Caryocar brasiliense) (Marques et al., 2002) e jambolão (Syzygium cumini) (Loguercio et al., 2005). O salix demonstrou possuir, no óleo essencial extraído de suas folhas, taninos substituídos que podem ser, segundo Haslam (1996), empregados na medicina tradicional como remédios para o tratamento de diversas moléstias orgânicas, tais como diarréias, hipertensão arterial, reumatismo, hemorragias, feridas, queimaduras, problemas estomacais (azia, náusea, gastrite e úlcera gástrica), problemas renais e do sistema urinário e processos inflamatórios em geral. Além disso, por conter em sua fórmula, taninos condensados, recomenda-se a utilização do óleo essencial de salix para estudos farmacológicos e no combate a fungos e bactérias fitopatogênicas. CONCLUSÕES 1. O solvente que proporciona maior rendimento de extrato bruto de tecidos foliares de salix é o clorofórmio. 2. O óleo volátil extraído das folhas de salix apresenta fenóis condensados, conforme prospecção com cloreto férrico e piridina e análise em espectro de infravermelho. REFERÊNCIAS BARBOSA, L. C.A. Química orgânica: uma introdução para as ciências agrárias e biológicas. Viçosa: UFV, 1998. p. 354. CARDOSO, M. G.; GAVILANES, M. L.; MARQUES, M. C. S.; SHAN, A. Y. K. V.; SANTOS, B. R.; OLIVEIRA, A.C.B.; BERTOLUCCI, V.K.S.; PINTO, A.P.S. Óleos essenciais. Lavras: UFLA/PROEX, 2000. p. 42. (Boletim de Extensão, 73). CRAVEIRO, A. A.; MACHADO, M. L. L. De aromas, insetos e plantas. Ciência Hoje, São Paulo, v. 4, n. 23, p. 54-63, mar./abr. 1986. FALKENBERG, M. B.; SANTOS, R. I.; SIMÕES, C. M. O. Introdução à análise fitoquímica, In: SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. C. P.; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia. Florianópolis: UFSC, 1999. 821 p. FOURNET, A.; ARIAS, R. de; CHARLE, B.; BRUNETON, J. Chemical constituent of essential oils of Muña, Bolivian plants traditionally used as pesticides, and their insecticide properties against Chagas'disease vectors. Journal of Ethnopharmaceutical, Clare, v. 52, n. 3, p.145-149, July 1996. HASLAM, E. Natural polyphenols (vegetable tannins) as drugs and medicines: possible modes of action. Journal of Natural Products, Chicago, v. 59, p. 205- 215, 1996. HAYASHI, K.; KAMIYA, M.; HAYASHI, T. Virucidal effects of the steam distillate from Houttuynia cordata and its components on HSV-1, Influenza Virus and HIV. Planta Medica, Stuttgart, v. 61, n. 3, p. 237-241, June, 1995. LOGUERCIO, A. P. et al. Antibacterial activity of hydro- alcoholic extract leaves of jambolan (Syzygium cumini (L.) Skells). Ciência Rural, Santa Maria, v. 35, n. 2, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttextepid=S0103-84782005000200019 elng=enenrm=iso>.Acesso em: 31 May 2007. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. 351 p. MARQUES, M. C. S. et al. Efeito fungitóxico dos extratos de Caryocar brasiliense Camb. sobre os Botrytis cineria, Colletotrichum truncatum e Fusarium oxysporum. Ciência eAgrotecnologia, Lavras. Edição Especial, p. 1410-1419, dez., 2002. MATOS, F. J. A. Introdução à fitoquímica experimental. 2.ed. Fortaleza, 1997. 141p. 04 Santos et al. Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 20, n. 1, p. 01-05, jan./mar., 2008.
  • 5. MATSUDA, B. M.; SURGEONER, G. A.; HEAL, J. D.; TUCKER, A. O.; MARCIARELLO, M. J. Essential oil analysis and field evaluation of the citruses plant Pelargonium citrosum as repellent against populations of Aedes mosquitoes. Journal American Mosquitoes control Association, Lake Charles, v. 12, n. 1, p. 69- 74, Mar. 1996. SAENS, M. T.; GARCÍA, M. D.; PUERTA, R. de la. Cytostatic activity of some essential oils against HEP-2 cells. Il Farmaco, Rome, v. 51, n. 7, p. 539-540, Jul. 1996. SANTOS, B. R. Propagação in vitro e abordagem fitoquímica em salix (Salyx humboldtiana Willd). 2001. 89 p. Dissertação (Mestrado em Fisiologia Vegetal). Universidade Federal de Lavras, Lavras. SHRINER, R. L.; FUSON, R. C.; CUTIN, B. Y.; MORRIL, T. C. Identificação sistemática dos compostos orgânicos. 6 ed. p. 520. Rio de Janeiro, 1983. SIDDIQUI, Y. M.; ETTAYEBI, M.; HADDAD, A. M.; AL- AHDAL, M. N. Effect of essential oils on the enveloped viruses: antiviral activity of oregano and clove oils on Herpes simplex virus type 1 and New castle disease virus. Medical Science Research, London, v. 24, n. 3, p. 185-186, Mar. 1996. SILVERSTEIN, R. M.; BASSLER, G. C.; MORRIL, T. C. Identificação espectrometria de compostos orgânicos. Rio de Janeiro: Guanabara, v. 2. 1994. 38p. SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. C. P.; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia: da planta ao medicamento. Florianópolis: UFSC, 1999. 821p. Recebido: 01/12/06 Aceito: 21/06/07 05Aspectos fitoquímicos de tecidos de... Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 20, n. 1, p. 01-05, jan./mar., 2008.