2. Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: I -
preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar
as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
3.
4. 1. ESPÉCIES NATIVAS DOMESTICADAS: abacaxi, amendoim forrageiro,
caju, guaraná, goiaba, graviola, jabuticaba, maracujá, pupunha, seringueira,
urucum, etc.
2. ESPÉCIES NATIVAS SEMI-DOMESTICADAS OU INCIPIENTEMENTE
DOMESTICADAS: Araçá-boi, araçá-amarela, bacuri, baru, cacau, cagaita,
cajá, camu-camu, castanha-do-Brasil, caiaué, cubiu, cupuaçú, feijoa, patauá,
pera-do-cerrado, piqui, ingá-cipó, umbu, etc.
3. ESPÉCIES NATIVAS NÃO DOMESTICADAS: palmeiras, medicinais e
muitas outras frutíferas nativas (especialmente: Myrtaceae e Sapotacee), e
forrageiras, com potencial de uso agrícola, etc.
4. ESPÉCIES INTRODUZIDAS NO PASSADO: cucurbitáceas no Nordeste e
Sul, feijão fava, feijão caupi, tomate tipo cereja, etc.
9. São grandes coleções de plantas de uma determinada espécie ou gênero, mantidas
in vivo, a longo prazo, próximas ao melhorista, e rotineiramente plantadas,
caracterizadas, avaliadas e intercambiadas, sem descartes de acessos.
10. São pequenas coleções de plantas de uma determinada espécie ou gênero, mantidas
in vivo, a curto prazo, com o melhorista, para o melhoramento genético, com
descarte dos acessos que não sejam do interesse dos trabalhos.
11. • Conservação: o conjunto de atividades de manutenção de acessos,
de determinadas espécies in vivo, fora do seu habitat, e mantida ex
situ.
• Preservação: o conjunto de atividades de manutenção de
populações, de determinadas espécies in vivo, dentro do seu
habitat, e mantida in situ.
12. CONSERVAÇÃO
TIPOS DE CONSERVAÇÃO
1. Conservação de sementes em câmara fria;
2. Criopreservação em nitrogênio líquido;
3. Conservação “in vitro”;
4. Conservação a campo “in vivo”;
5. Coleção nuclear.
13. • Recalcitrantes – possuem altos teores de umidade no estádio de maturação fisiológica e não
toleram a secagem e temperaturas abaixo de zero: Ex: abiu, açaí, camu-camu, cupuaçú, cacau,
pupunha, seringueira, manga.
• Intermediárias - toleram a desidratação até 10% de umidade, mas não suportam
temperaturas negativas: Ex: café, jenipapo, citros.
• Ortodoxas – podem sofrer redução de umidade para 3 a 7%, além de suportarem
temperaturas de: – 10 ºC até – 20 ºC (tempo indeterminado) ; de: 0 ºC a 15 ºC (por até 30
anos). Ex: araticum, graviola, murici.
14. UMIDADE: Para cada 1% de aumento no teor de umidade da semente, a
longevidade é reduzida pela metade.
TEMPERATURA: Para cada 5OC de aumento na temperatura a longevidade é
reduzida pela metade.
HORDEUM
PHASEOLUS
ORYZA
GLYCINE
VIGNA
TRITICUM
ZEA
SORGHUM
GOSSYPIUM
CUCURBITA
HELIANTHUS
Periodicidade monitoração: 10 anos para os acessos incorporados com
viabilidade inicial acima de 85%.
5 anos para os acessos incorporados com
viabilidade inicial abaixo de 85%.
•Multiplicação dos acessos: quando o número de sementes se tornar
inferior ao padrão aceitável para sua multiplicação.
•Regeneração dos acessos: quando a viabilidade das sementes for
reduzida para 85% do poder germinativo inicial.
15. •ACONDICIONAMENTO: Sugere-se o uso de
embalagens herméticas, para não alterar a
umidade, podendo ser latas de alumínio ou sacos
aluminizados.
•METODOLOGIA: Utilizam-se regras Internacionais de análise de sementes: ISTA, 1993; Manual
de Tecnologia de Sementes para BAGs, Ellis et al.,1985; Protocolo de Sementes no
Armazenamento, Hong & Ellis, 1996.
16. 1. TESTE DE VIABILIDADE INICIAL = 400
2. DETERMINAÇÃO DA UMIDADE = 200
3. 6 TESTES DE VIABILIDADE DURANTE A CONSERVAÇÃO = 1.200
4. 2 DETERMINAÇÕES DE UMIDADE DURANTE A CONSERVAÇÃO = 400
5. 3 DISTRIBUIÇÕES DE SEMENTES = 300
6. 1 REGENERAÇÃO = 100
7. PERDAS POR ACIDENTE = 400
8. TOTAL DE SEMENTES = 3.000 Obs: Se heterogênea sugere-se : 12.000
Quantidade se/tes para Conservação
17. AVEIA = 123 ANOS
CEVADA = 123 ANOS
ERVILHA = 130 ANOS
QUIABO = 125 ANOS
TOMATE = 124 ANOS
Considera-se que a conservação de sementes ortodoxas, com umidade e temperatura
controladas, pode ser realizada “ad eternum” com poder germinativo e vigor adequados.
18. Idéia: surge com Frankel, 1970, Objetivando: Reduzir o tamanho das
coleções de germoplasma, mantendo a representatividade da diversidade
genética da espécie e seus parentes silvestres.
Representatividade: Brown (1989), sugere que 10% do total de acessos
representa aproximadamente 70% da variabilidade genética de uma
coleção. Para coleções muito grandes sugere não exceder a 3.000 acessos.
Informações fundamentais: Dados de passaporte; dados de
caracterização e avaliação agronômica, morfológica, taxonômica e
genética.
Vantagens: Segundo Vilela-Morales et al (1997) - o maior número de acessos
identificados, caracterizados e avaliados, a baixa redundância genética, o menor
número de acessos, o menor custo operacional e a maior chance de uso.
Existem 51 espécies em coleções nucleares. Exemplos: Alfafa (foto), Amendoim,
Couve, Ervilha, Feijão, Grão-de-bico e Lentilha. No Brasil 4 são expressivas: Milho
(300), Arroz (600) e Mandioca (Embrapa) e Pupunha (Impa) – todas com caracteres
morfológicos e geográficos.
19. SELEÇÃO por:
1. tipo de grão;
2. região;
3. sistema de cultivo;
4. uso do SIG.
- Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG): Permitem selecionar acessos pelo cruzamento
das informações geográficas, do local de coleta, com mapas ambientais.
20. É um Sistema Integrado da Pesquisa Científica com os Agricultores, onde
o germoplasma é mantido dentro da própria comunidade: Caiçaras,
Ribeirinhos, Quilombolas e Indígenas.
Visa monitorar e proteger diferentes acessos e diferentes espécies cultivadas
em um determinado agroecossistema.
Neste Sistema conservam-se as raças locais, as cultivares tradicionais e
os parentes silvestres das espécies cultivadas (se ex situ).
21. •PLANTIO: Com repetição, que possibilite a avaliação estatística.
•TIPO MANUTENÇÃO : A campo, em casas de vegetação, em telados, em ripados, etc.
•RECOMENDADA PARA: espécies perenes, arbóreas, silvestres, semidomesticadas,
heterozigotas, de reprodução vegetativa, de sementes de vida curta e sensíveis à secagem;
•PROBLEMAS: Ocupam muito espaço e não possibilitam uma boa representatividade da
diversidade genética da espécie, estando sujeitas a desastres naturais.
CONSERVAÇÃO IN VIVO
22. Baixo custo
Coleta em qualquer época do ano
Eliminação de viroses
Produção de clones
Multiplicação rápida
Germinação de sementes imaturas
Facilita intercâmbio (troca de material)
Espécies testadas: mandioca, batata,
cana-de-açúcar, banana, baunilha,
cacau, fruteiras temperadas, raízes e
tubérculos, etc..
Equipamentos caros
Necessidade de Treinamento para
mão de obra especializada
Instabilidade genética
Curto período de conservação sem
repicagem.
23. Ex: SADH, CCC, AAS
1.Redução de temperatura
desacelera o metabolismo celular
2.Adição de inibidores
reduz alongamento das hastes
inibe divisão celular
inibe síntese de etileno
3.Emprego de osmóticos ao meio
reduz a absorção de água e nutrientes
Ex: manitol, sacarose
Técnicas de Conservação In vitro
Algumas espécies conservadas in vitro na Embrapa Recursos Genéticos
e Biotecnologia (CENARGEN -DF).
Abacaxi
(Ananas comosus)
Baunilha
(Vanilla sp)
Menta
(Mentha sp)
Aspargo
(Asparagus officinalis)
Cará
(Dioscorea sp)
Morango
(Ananas comosus)
Banana
(Musa sp.)
Estévia
(Stevia rebaudiana )
Orégano
(Origanum vulgare)
Batata
(Solanum sp.)
Inhame
(Colocasia sp)
Uva
(Vitis sp.)
Batata-doce
(Ipomea batatas )
Mandioca
(Maniot esculenta)
24. •É a melhor solução para a conservação in vitro a longo
prazo, com a virtual paralisação de todos processos
biológicos
• (CONSERVA-SE: Sementes, Calos, Ápices caulinares,
embriões somáticos ou zigóticos, in vitro (suspensões
celulares), gemas axilares e Pólens).
26. PRESERVAÇÃO
O QUE?
1. Parentes silvestres das cultivadas (se in situ);
2. Espécies agrícolas em extrativismo (em risco?);
3. Paisagens em fazendas agrícolas (tradicionais).