4. TRAQUEOSTOMIA
A traqueostomia é um procedimento cirúrgico no qual
uma abertura é feita para dentro da traqueia e uma
cânula é inserida dentro dela. Traqueo/stomia
A traqueostomia pode ser temporária ou permanente.
5. Objetivo
A traqueostomia é realizada para desviar uma obstrução
aérea superior; ajudar na remoção de secreções
traqueobrônquicas; permitir o uso por longo prazo da
ventilação mecânica; prevenir aspiração das secreções
oral e gástrica no paciente inconsciente ou paralisado;
substituir o tubo endotraqueal. Existem muitos processos
de doenças e distúrbios de emergência que torna
necessária a traqueostomia.
7. Procedimento cirúrgico
Geralmente é realizado no centro cirúrgico ou em uma
unidade de cuidados intensivos, onde a ventilação do
paciente possa ser bem controlada e mantida uma ótima
técnica asséptica. Uma abertura é feita no segundo e
terceiro anéis traqueais. Uma cânula de traqueostomia
com balão de um tamanho adequado é inserida. O balão
é uma fixação inflável da cânula de traqueostomia e tem
o objetivo de ocluir o espaço entre as paredes da
traqueia e a cânula para permitir uma ventilação
mecânica eficaz e minimizar o risco de aspiração.
8.
9. Cânulas Plásticas
As cânulas traqueais plásticas (tipo
Portex), tubo cilíndrico curvo,
confeccionada de silicone e náilon;
variam de diâmetro interno, ângulo
de curvatura, mecanismo de
fechamento, balonetes, válvulas e
fenestrações. As cânulas Portex
variam de tamanho 6 a 10.
Geralmente em homens são
utilizados tamanhos 7 a 9 e, em
mulheres , 5 a 7.
10. Cânulas Metálicas
FENESTRAD A cânula traqueal
A
metálica é um tubo
cilíndrico curvo, de
metal; variam de
acordo com seu
diâmetro interno e o
Angulo de curvatura. A
cânula metálica é
COMUM
formada de três
componentes.
11. Indicações:
Hoje em dia, a sua principal utilização é no manejo de
pacientes que necessitam períodos prolongados de
suporte ventilatório mecânico. Há, ainda, a utilização da
traqueostomia com o intuito de promover uma adequada
limpeza das vias aéreas, mesmo na ausência de
necessidade de ventilação mecânica.
12. • INDICAÇÕES : Idade avançada
Obstrução das vias Fraqueza
aéreas Doenças
Trauma neuromusculares
Queimaduras e corrosivos Suporte ventilatório
Corpos estranhos
Anomalias congénitas
Infecções
Neoplasias
Apneia do sono
Limpeza das vias aéreas
13. Complicações PO precoce e tardio:
Hemorragia
Hipóxia
Edema traqueal
Infecção da ferida
Enfisema subcutâneo
Obstrução da cânula
Desposicionamento
Complicações tardias
Estenose traqueal e sub glótica
Fístula
Dificuldade de extubação
Infecção (51% dos casos)
14. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
Trata-se de um procedimento invasivo a ser realizado
quando constada a presença de Secreção e a
incapacidade do paciente em eliminá-la por meio da
tosse. (rolhas)
Todo paciente traqueostomizado internado, deverá ter a
seu lado, pronto para uso mediato, material e
equipamento para aspiração.
15. ATENÇÃO
Higienização das mãos antes e após procedimento;
Ter disponível todo material necessário;(improvisos as
vezes são necessários);
Avaliar a necessidade de aspiração auscultando
bilateralmente os pulmões;
Explicar o procedimento ao paciente e, se permitido,
colocá-lo em posição de Fowler.
16. Tempo máximo para aplicação contínua do vácuo é de
15 segundos.
Monitorize a tolerância do paciente observando
expressão e coloração facial, ao primeiro sinal de
“angústia respiratória", Interrompa a aplicação do vácuo.
Ordem de aspiração: traqueostomia/nariz/boca; após
término desprezar cateter aspira.
17. Agravos provenientes de técnicas
incorretas:
Lesões na realização curativo e ou aspiração;
Retirada da cânula acidentalmente;
Formação de rolhas, levando quadro de hipóxia,
posteriormente óbito;
Infecção do epitélio e trato respiratório inferior;
18. Assistência de Enfermagem
Manter vias aéreas pérvias;
Aspirar vias aéreas sempre que for necessário;
Realizar nebulização conforme necessário, para
fluidificar secreção (se prescrito);
Realizar auscultar pulmonar antes e após o
procedimento, certificando da eficácia da técnica;
Realizar mudança de decúbito;
Observar o aspecto da secreção;
Avaliar presença de secreções nas vias aéreas
inferiores, e providenciar sua eliminação quando
necessário(tosse, drenagem postural, fisioterapia
Respiratória e/ou aspiração);
19. COMO FAZER O CURATIVO DA
TRAQUEOSTOMIA?
Técnica asséptica nos procedimentos envolvendo o estoma
(curativo, limpeza e fixação da cânula, aspiração)
• Fazer limpeza com gaze ou umedecida com SF 0,9%
• estéril; iniciando a limpeza pelo óstio em seguida para a
• cânula;
• Manipulação adequada e delicada ao fazer o curativo.
• Utilizar uma proteção entre a cânula e a pele, mantendo-a
• sempre limpa e seca;
• Utilizar compressas de gaze pré-cortadas ou curativos
• específicos.
20. Assistência de Enfermagem
Não cortar as compressas de gaze, para evitar risco de
penetração de fiapos na cânula ou no estoma traqueal;
Usar acolchoados de gaze dobrada ao meio de cada lado da
cânula ou fazer o modelo gravata;
Manter curativo e fixador da cânula limpos e secos;
Manter ambiente arejado;
Evitar penetração de água, pelos e partículas durante
higienização;
Uso de EPI pelos profissionais e visitantes no caso de
processos infecciosos respiratórios;
22. Assistência de Enfermagem
• Prevenir compressão da mucosa traqueal pelo
balonete (“cuff”) insuflando-o adequadamente.
• Insuflar o balonete (“cuff”) com a quantidade de
ar necessária apenas para impedir o escape do
ar inspirado ao redor da cânula.
• Para prevenir compressão da mucosa traqueal
pelo balonete (“cuff”) alguns serviços utilizam o
CUFÔMETRO .
23. Assistência de Enfermagem
A monitorização periódica e o preciso ajuste da pressão
do "cuff" das próteses ventilatórias evita diversos
contratempos e desconforto ao paciente.
Escala em cm de água. A pressão ideal está entre 20 a
25 mmHg.
Este equipamento permite medir a pressão e ainda
corrigir a quantidade de ar insuflação , pois é dotado de
válvula e uma pêra.
Mensurar cuff de 6/6 horas.
24. Assistência de Enfermagem
Cuidar para que os circuitos dos nebulizadores ou
respiradores não exerçam tração sobre a traqueia ou que
puxem para fora a cânula.
Retirar a água que se acumula no interior dos circuitos.
Orientar o paciente dos cuidados prestados;
Estabelecer uma forma de comunicação com o paciente
(Ex: papel e caneta, sinais, etc.)
25. Assistência de Enfermagem
• Realizar limpeza da endocânula(macho) de 8/8 horas ou
conforme necessidade, realizar limpeza com SF 0,9%.
26. Referências
• ARAÚJO, I. D.; BARBUTOR, C. E. In: POHL, F. F.; PETROIANU, A,
• Tubos, sondas e drenos. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro,
• 2000.
• CARDOSO et al. Controle da pressão do balonete de cânulas
• traqueais. Revista Brasileira de Terapia intensiva. V.17 n. 3
• julho/setembro. 2005.
• HORTENSE, F. T. P. Cuidados específico com a Traqueostomia.
• Revista Estima. V.5 n.1.p.39 -45. 2007.
• NANDA. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e
• classificações 2009-2011. Porto Alegre: Artmed, 2009.
• SILVA, L. D.; PEREIRA, S. R. M.; MESQUITA, A . M. F.
• Procedimentos de enfermagem: semiotécnica para o cuidado.
• Rio de Janeiro: Medsi, 2004.
• SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Tratado de enfermagem médico-
• cirúrgica. 10 ed Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. V.1
27. Mensagem
O que parecia fora de alcance esta manhã vai parecer um pouco mais próximo
amanhã ao anoitecer se você continuar movendo-se para frente.
A cada momento intenso e apaixonado que você dedica a seu objetivo, um pouquinho
mais você se aproxima dele.
Se você para completamente é muito mais difícil começar tudo de novo.
Então continue andando e fazendo. Não desperdice a base que você já construiu.
Existe alguma coisa que você pode fazer agora mesmo, hoje, neste exato instante.
Pode não ser muito mas vai mantê-lo no jogo.
Vá rápido quando puder. Vá devagar quando for obrigado.
Mas, seja, lá o que for, continue. O importante é não parar!!!
Autor desconhecido