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FENÔMENO CONHECIDO COMO “ONDAS DE LESTE” PODE TER
                  PROVOCADO TEMPORAL




Um fenômeno chamado 'ondas de leste' pode ter sido uma das causas do temporal que
devastou o Estado. Na última quinta-feira (17), a Defesa Civil recebeu o alerta do
Laboratório de Meteorologia. Os satélites, na ocasião, mostraram a aproximação de uma
imensa massa de nuvens, um fenômeno conhecido como ondas de leste, que se formava
a partir do litoral de Pernambuco. O que chamou a atenção dos técnicos não foi somente
a chegada deste fenômeno – uma vez que ele já tinha ocorrido outras vezes sem causar
estragos- mas também as condições climáticas do momento, que propiciavam as chuvas
fortes. “A gente tinha uma condição no oceano de quase 30°C, uma quantidade de
energia muito grande, uma grande liberação de calor latente para a atmosfera. Nós já
estávamos com três dias, desde o domingo à noite. O solo estava totalmente saturado,
uma condição extremamente favorável para aumentar o escoamento superficial”, informou
Francis Lacerda, meteorologista do Lamepe. A Coordenadoria de Defesa Civil foi a
primeira a ser alertada. O Palácio convocou uma reunião com vários secretários e
decretou situação de emergência no Estado. A partir daí, as equipes correram contra o
tempo para evitar uma tragédia de maiores proporções Em Palmares, na Mata Sul, um
dos municípios mais atingidos pelas chuvas, a igreja, os moradores e vizinhos se
mobilizaram depois de serem avisados que uma enxurrada estava por vir. “Meu esposo é
bombeiro e começou a avisar ao pessoal, comunicou na rádio. Aconselhou o pessoal a
sair de casa”, disse a professora Simone do Nascimento, moradora da cidade. Mesmo
assim, alguns moradores resistiram em deixar suas casas, por achar que o alerta não era
tão grave: “eu vi o aviso que vinha água, mas não sabia que era tanto”, falou o
comerciante José Mário Borges. A média pluviométrica é história: em menos de 24 horas,
choveu o equivalente a 150 litros de água por metro quadrado. A quantidade é metade do
que estava previsto para o mês inteiro de junho. Há 40 anos não se via uma chuva
dessas          proporções     em       Pernambuco        durante      tantos     dias.

(Fonte: De olho no tempo, com informações Globo Nordeste)
ENCHENTE VOLTA A CASTIGAR QUEBRANGULO
                        E PAULO JACINTO (AL)

A chuva voltou a cair em Alagoas deixando a população ribeirinha apreensiva e em alerta.
No final da tarde do domingo, 27, moradores dos municípios de Quebrangulo e Paulo
Jacinto, que ficam no Vale do Paraíba, viveram momentos de desespero temendo que
nova tragédia acontecesse. Equipe do Exército monitorava o Rio Paraíba e tentava
tranqüilizar a população. Com o aumento do volume de água do Paraíba, moradores de
Paulo Jacinto buscavam informações, temendo que nova tragédia atingisse o município. A
Rádio local, Educar FM, atualizava as informações e uma equipe se deslocou até o
município vizinho, Quebrangulo, para ver a proporção do perigo.

“O volume de água do Paraíba aumentou devido a chuva que não parou de cair, mas
equipes do exército estão em alerta nos municípios de Quebrangulo, Paulo Jacinto e
Viçosa e se vir a acontecem qualquer perigo seremos avisados de imediato”, tentou
tranqüilizar a população o radialista e secretário de Cultura de Paulo Jacinto, Paulo
Henrique, que esteve em Quebrangulo.

Em Quebrangulo os moradores falavam que estavam acostumados com aquele volume
de água e que não acreditavam em nova tragédia. Mas por precaução, algumas pessoas
das áreas mais atingidas já pensavam em sair de casa. “O pânico ainda não tomou conta
do povo, mas quem estava na praça vendendo alguma coisa já foi embora com medo de
que o rio destrua tudo de novo”, lamentou o agricultor Otávio, que teve a roça totalmente
destruída pela chuva do dia 18.

Ainda desolados e sem saber como recomeçar estava José Luiz. Sentano banco do que
restou da praça principal, com guarda chuva e olhar distante em direção a torre da igreja
não reclamava. Como ainda em estado de choque ele disse que sua casa e a do pai
foram levadas pela enxurrada. “Comida e água não faltam. Mas ficou sem nada e não
sabemos quando vamos nos recuperar do trauma”, desabafa. Moradores do município de
Cajueiro também ligavam para amigos em Paulo Jacinto para se certificar do problema. E
embora ainda não haja motivo ara pânico, equipe do exército pede precaução e que a
população fique em alerta. Várias famílias voltaram a ser retiradas de suas casas nos
municípios de Murici, Branquinha e União dos Palmares. No entanto, o CBM descartou
qualquer anormalidade. “As chuvas que caíram no estado vizinho estão dentro da
normalidade. O que acontece é que estamos trabalhando, constantemente, para que não
haja mais tragédia”, disse o oficial do CBM.

Já são 181.018 pessoas afetadas direta ou indiretamente pela cheia, 76 pessoas
desaparecidas, 26.618 desabrigadas, 47.897 desalojados e 34 mortos.


(Fonte: De olho no tempo, com informações Jornal Extra de Alagoas)
ESPECIALISTAS CHEGAM A CONSENSO
                       SOBRE CAUSAS DAS ENCHENTES




Mais de uma semana depois do temporal que castigou o Estado, os especialistas
praticamente chegaram a um consenso sobre as causas da destruição. As construções
irregulares feitas nas margens dos rios foram um dos principais motivos das enchentes.
Condições específicas da meteorologia também contribuíram para o desastre. Foram
quatro dias de chuvas intensas na região. Um volume que variou de 300 a 400 milímetros.
Isso é mais do que normalmente chove no Estado durante todo o mês de junho. Como o
solo estava encharcado, por causa de outras chuvas mais fracas, a água, sem ter para
onde escoar, foi inteira para os açudes e rios. "Gradualmente a bacia sofreu ações
relativas a desmatamentos, construções em áreas indevidas, em áreas ribeirinhas, com
consequências diretas, e também construções que não são em áreas ribeirinhas mas que
interfem na geração de escoamento e impermeabilizam a bacia de um rio", explica o
professor da UFRPE Abelardo Montenegro. Na região de Garanhuns ficam as nascentes
de três deles - o Paraíba, o Canhoto e o Mundaú, que descem para o estado de Alagoas.
Perto, na região de Agrestina, nasce o rio Una, que corta Pernambuco. Passa por Água
Preta, Palmares e Barreiros. A vazão normal desses rios é de 50 metros cúbicos de água
por segundo. No auge da enchente eles receberam mil metros cúbicos de água por
segundo. Essa é a explicação dos técnicos para a velocidade e o poder de destruição dos
rios nas cidades atingidas. Em 40 anos, foi uma das maiores precipitações já vistas em
Pernambuco. Outros rios, como o Ipojuca, também encheram, mas em menor quantidade.
As cidades atingidas ficam às margens do rio Una, por isso tanto estrago. O secretário de
Recursos Hídricos de Pernambuco, Almir Cirillo, descarta a possibilidade de ter havido um
rompimento numa das barragens do Estado. "Na hora em que elas estão vertendo, que é
uma função absolutamente normal das barragens, as pessoas se intimidam", afirma. Um
fenômeno, conhecido como 'ondas de Leste', que geralmente acontece nessa época do
ano, foi responsável pela intensidade e volume da chuva. "Algumas condições
fortaleceram muito a intensidade desta onda. Nós tínhamos a temperatura do Oceano
Atlântico a quase dois graus acima da média e também uma condição de vento intenso
nos baixos níveis da atmosfera", diz a meteorologista Francis Lacerda.

(Fonte: De olho no tempo, com informações NETV)

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Falta de cartórios deve exigir prova de identidade
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Defesa civil disponibiliza serviço gratuito de atendimento
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Cigip realiza levantamento dos municípios consorciados atingidos
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Chuvas em alagoas
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Enchente em quebrangulo zona rural
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Ondas de Leste causam enchentes em PE e AL

  • 1. FENÔMENO CONHECIDO COMO “ONDAS DE LESTE” PODE TER PROVOCADO TEMPORAL Um fenômeno chamado 'ondas de leste' pode ter sido uma das causas do temporal que devastou o Estado. Na última quinta-feira (17), a Defesa Civil recebeu o alerta do Laboratório de Meteorologia. Os satélites, na ocasião, mostraram a aproximação de uma imensa massa de nuvens, um fenômeno conhecido como ondas de leste, que se formava a partir do litoral de Pernambuco. O que chamou a atenção dos técnicos não foi somente a chegada deste fenômeno – uma vez que ele já tinha ocorrido outras vezes sem causar estragos- mas também as condições climáticas do momento, que propiciavam as chuvas fortes. “A gente tinha uma condição no oceano de quase 30°C, uma quantidade de energia muito grande, uma grande liberação de calor latente para a atmosfera. Nós já estávamos com três dias, desde o domingo à noite. O solo estava totalmente saturado, uma condição extremamente favorável para aumentar o escoamento superficial”, informou Francis Lacerda, meteorologista do Lamepe. A Coordenadoria de Defesa Civil foi a primeira a ser alertada. O Palácio convocou uma reunião com vários secretários e decretou situação de emergência no Estado. A partir daí, as equipes correram contra o tempo para evitar uma tragédia de maiores proporções Em Palmares, na Mata Sul, um dos municípios mais atingidos pelas chuvas, a igreja, os moradores e vizinhos se mobilizaram depois de serem avisados que uma enxurrada estava por vir. “Meu esposo é bombeiro e começou a avisar ao pessoal, comunicou na rádio. Aconselhou o pessoal a sair de casa”, disse a professora Simone do Nascimento, moradora da cidade. Mesmo assim, alguns moradores resistiram em deixar suas casas, por achar que o alerta não era tão grave: “eu vi o aviso que vinha água, mas não sabia que era tanto”, falou o comerciante José Mário Borges. A média pluviométrica é história: em menos de 24 horas, choveu o equivalente a 150 litros de água por metro quadrado. A quantidade é metade do que estava previsto para o mês inteiro de junho. Há 40 anos não se via uma chuva dessas proporções em Pernambuco durante tantos dias. (Fonte: De olho no tempo, com informações Globo Nordeste)
  • 2. ENCHENTE VOLTA A CASTIGAR QUEBRANGULO E PAULO JACINTO (AL) A chuva voltou a cair em Alagoas deixando a população ribeirinha apreensiva e em alerta. No final da tarde do domingo, 27, moradores dos municípios de Quebrangulo e Paulo Jacinto, que ficam no Vale do Paraíba, viveram momentos de desespero temendo que nova tragédia acontecesse. Equipe do Exército monitorava o Rio Paraíba e tentava tranqüilizar a população. Com o aumento do volume de água do Paraíba, moradores de Paulo Jacinto buscavam informações, temendo que nova tragédia atingisse o município. A Rádio local, Educar FM, atualizava as informações e uma equipe se deslocou até o município vizinho, Quebrangulo, para ver a proporção do perigo. “O volume de água do Paraíba aumentou devido a chuva que não parou de cair, mas equipes do exército estão em alerta nos municípios de Quebrangulo, Paulo Jacinto e Viçosa e se vir a acontecem qualquer perigo seremos avisados de imediato”, tentou tranqüilizar a população o radialista e secretário de Cultura de Paulo Jacinto, Paulo Henrique, que esteve em Quebrangulo. Em Quebrangulo os moradores falavam que estavam acostumados com aquele volume de água e que não acreditavam em nova tragédia. Mas por precaução, algumas pessoas das áreas mais atingidas já pensavam em sair de casa. “O pânico ainda não tomou conta do povo, mas quem estava na praça vendendo alguma coisa já foi embora com medo de que o rio destrua tudo de novo”, lamentou o agricultor Otávio, que teve a roça totalmente destruída pela chuva do dia 18. Ainda desolados e sem saber como recomeçar estava José Luiz. Sentano banco do que restou da praça principal, com guarda chuva e olhar distante em direção a torre da igreja não reclamava. Como ainda em estado de choque ele disse que sua casa e a do pai foram levadas pela enxurrada. “Comida e água não faltam. Mas ficou sem nada e não sabemos quando vamos nos recuperar do trauma”, desabafa. Moradores do município de Cajueiro também ligavam para amigos em Paulo Jacinto para se certificar do problema. E embora ainda não haja motivo ara pânico, equipe do exército pede precaução e que a população fique em alerta. Várias famílias voltaram a ser retiradas de suas casas nos municípios de Murici, Branquinha e União dos Palmares. No entanto, o CBM descartou qualquer anormalidade. “As chuvas que caíram no estado vizinho estão dentro da normalidade. O que acontece é que estamos trabalhando, constantemente, para que não haja mais tragédia”, disse o oficial do CBM. Já são 181.018 pessoas afetadas direta ou indiretamente pela cheia, 76 pessoas desaparecidas, 26.618 desabrigadas, 47.897 desalojados e 34 mortos. (Fonte: De olho no tempo, com informações Jornal Extra de Alagoas)
  • 3. ESPECIALISTAS CHEGAM A CONSENSO SOBRE CAUSAS DAS ENCHENTES Mais de uma semana depois do temporal que castigou o Estado, os especialistas praticamente chegaram a um consenso sobre as causas da destruição. As construções irregulares feitas nas margens dos rios foram um dos principais motivos das enchentes. Condições específicas da meteorologia também contribuíram para o desastre. Foram quatro dias de chuvas intensas na região. Um volume que variou de 300 a 400 milímetros. Isso é mais do que normalmente chove no Estado durante todo o mês de junho. Como o solo estava encharcado, por causa de outras chuvas mais fracas, a água, sem ter para onde escoar, foi inteira para os açudes e rios. "Gradualmente a bacia sofreu ações relativas a desmatamentos, construções em áreas indevidas, em áreas ribeirinhas, com consequências diretas, e também construções que não são em áreas ribeirinhas mas que interfem na geração de escoamento e impermeabilizam a bacia de um rio", explica o professor da UFRPE Abelardo Montenegro. Na região de Garanhuns ficam as nascentes de três deles - o Paraíba, o Canhoto e o Mundaú, que descem para o estado de Alagoas. Perto, na região de Agrestina, nasce o rio Una, que corta Pernambuco. Passa por Água Preta, Palmares e Barreiros. A vazão normal desses rios é de 50 metros cúbicos de água por segundo. No auge da enchente eles receberam mil metros cúbicos de água por segundo. Essa é a explicação dos técnicos para a velocidade e o poder de destruição dos rios nas cidades atingidas. Em 40 anos, foi uma das maiores precipitações já vistas em Pernambuco. Outros rios, como o Ipojuca, também encheram, mas em menor quantidade. As cidades atingidas ficam às margens do rio Una, por isso tanto estrago. O secretário de Recursos Hídricos de Pernambuco, Almir Cirillo, descarta a possibilidade de ter havido um rompimento numa das barragens do Estado. "Na hora em que elas estão vertendo, que é uma função absolutamente normal das barragens, as pessoas se intimidam", afirma. Um fenômeno, conhecido como 'ondas de Leste', que geralmente acontece nessa época do ano, foi responsável pela intensidade e volume da chuva. "Algumas condições fortaleceram muito a intensidade desta onda. Nós tínhamos a temperatura do Oceano Atlântico a quase dois graus acima da média e também uma condição de vento intenso nos baixos níveis da atmosfera", diz a meteorologista Francis Lacerda. (Fonte: De olho no tempo, com informações NETV)