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História: Invasão Holandesa no Nordeste
Previsão dos Vestibulares e Concursos Prof. Cristiano Freitas

Geopolítica Holandesa no Nordeste

Durante o século XVI, portugueses tiveram um bom relacionamento
comercial com os holandeses, esses (holandeses) participaram da
agroindústria açucareira de diversas maneiras:

Financiando a produção, transportando, refinando e distribuindo o
açúcar do Brasil na Europa.



Empresa Açucareira no Nordeste Brasileiro no Século XVI



Sistema de Produção na Sociedade Açucareira no Nordeste


União Ibérica: Invasão Holandesa no Nordeste

Mas, 1580, D. Sebastião rei de Portugal, morreu sem deixar herdeiros. O
trono português foi então ocupado pelo rei Filipe II, da Espanha, que tinha
parentesco com a família real portuguesa. Dessa forma, Portugal e suas
colônias, inclusive o Brasil, ficaram sob o domínio da Espanha até 1640.



Durante a primeira metade do século XVI (1500 a 1550), Portugal era dona
de vasto império colonial, que compreendia possessões espalhadas pela
África, Ásia e América.

No período da União Ibérica (1580-1640), o
império colonial português passou a ser dominado
pela Espanha, que tornou-se, então, o maior e
mais poderoso império do mundo, auferindo
lucros de varias atividades coloniais: exploração
dos metais preciosos da América, produção do
açúcar brasileiro, comercio oriental das
especiarias, etc.



Os holandeses viram o lucrativo negócio ameaçado e decidiram ocupar a
área produtora de açúcar, o Nordeste brasileiro. Os Holandeses estudaram
um plano para apoderar-se de uma área produtora de açúcar no Nordeste
brasileiro.

Assim, em 1624, invadiram Salvador, na Bahia, que era sede do governo-
geral brasileiro. Mas foram expulsos em 1625. Contudo, não desanimaram. O
alvo, da próxima vez, foi Pernambuco.



A perda sofrida pela Companhia das Índias Ocidentais, com o fracasso da
Bahia, foi recompensada quando o almirante holandês Piet Heyn aprisionou
uma esquadra espanhola carregada de prata, que viajava do México para a
Espanha. O enorme lucro conseguido com esse aprisionamento foi utilizado
para financiar uma nova expedição ao Brasil.


Companhia das Índias Ocidentais: Objetivo

Teve um papel de grande importância e indispensável no processo de
ocupação, planejamento, comercialização e distribuição do açúcar brasileira
no mercado europeu. Com a criação da Companhia, os holandeses romperam
o bloqueio econômico espanhol, entrando em contato direto com centros
produtores de especiarias.


Geopolítica: Pernambuco X Holandeses

Dessa vez os holandeses atacariam a capitania
de Pernambuco, o maior centro açucareiro da
colônia. O governador de Pernambuco, Matias
de Albuquerque.

Preparou suas forças para resistir aos
invasores, utilizando somente os recursos
materiais e humanos disponíveis em
Pernambuco, pois a tropa que a Espanha
colocou à sua disposição era formada por
apenas 27 soldados.



As tropas holandesas desembarcaram na praia do Pau Amarelo e avançaram
em direção a Olinda, que foi tomada depois de muita luta. Matias de
Albuquerque preparou-se para resistir no Recife. Mandou queimar os
armazéns e os navios que se encontravam no porto e distribuiu seus homens
em pontos estratégicos.

Os holandeses conseguiram dominar Recife, e Matias de Albuquerque
foi obrigado a retirar-se para um local distante, que ficava
aproximadamente seis quilômetros de Recife e Olinda. Os holandeses
conseguiram incendiar Olinda e concentraram-se no Recife, onde
permaneceram encurralados durante dois anos, impedidos pelas
emboscadas dos pernambucanos de ampliar suas conquistas.



Matias de Albuquerque: contaram com o apoio de homens de muita
coragem, entre eles senhores de engenhos, índios e escravos. Por sua
atuação, merecem destaque:

1.Antônio Ribeiro de Lacerda.
2.Martins Soares Moreno;
3.O índio Felipe Camarão;
4.O Negro Henrique Dias;
5.Luís Barbalho;
6.Simão de Figueiredo
7.Estevão Távora;
8.Lourenço Cavalcanti de Albuquerque;



Pernambucanos resistem (Arraial do Bom Jesus) ocupava uma posição
estratégica. Nele. Matias de Albuquerque organizou a resistência, adotando
e planejando varias táticas de guerrilha (emboscada), contra os invasores
holandeses.



A Companhia das Índias Ocidentais pensava em desistir da ocupação de
Pernambuco, quando ocorreu a deserção de Domingos Fernandes Calabar,
que lutara então ao lado dos pernambucanos.

Foi providencial para os holandeses o auxílio prestado por Calabar, que
conhecia os pontos fracos da defesa pernambucana e os caminhos da
região em que se desenrolava a luta.



Em 1637, a Holanda enviou outra esquadra a Pernambuco. Nela vinha o novo
governador do Brasil holandês: o conde João Maurício de Nassau – Siegen.
Iniciando-se assim o Governo do Conde João Maurício Nassau.


Gestão do Conde Maurício de Nassau

Nassau, foi enviado pela Companhia das Índias Ocidentais para ser
governador, capitão e almirante das forças de terra e mar que estavam na
região ocupada pelos holandeses. A partir da chegada de Nassau, a situação
dos invasores se modificou muito:

A resistência oferecida pelos pernambucanos foi
praticamente anulada. Graças às suas qualidades de
administrador, Maurício de Nassau conseguiu firmar
o domínio holandês em Pernambuco e estendê-lo a
quase todo o Nordeste do Brasil.


Gestão de Maurício Nassau: conquistas e realizações

Conseguiu ativar a vida econômica da capitania, recuperando engenhos
parados ou abandonados com empréstimos aos senhores de engenho, compras
de escravos para serem utilizados na produção;

Restringiu a burocracia e moralizou o serviço público. Além disso,
estabeleceu uma relação de igualdade entre os moradores da terra e os
holandeses;

Respeitou a vida religiosa da população local, que era católica (os holandeses
eram protestantes), inclusive da comunidade judaica;

Permitiu que os católicos celebrassem suas festas religiosas em recintos
fechados e que os judeus mantivessem sua sinagoga na atual Rua do Bom Jesus;



 Iniciou um novo centro urbano na Ilha de Antônio Vaz, próximo ao local onde
os frades franciscanos haviam construídos o convento de Santo Antônio;

 Organizou o primeiro Jardim Zoobotânico nos jardins do Palácio das Torres
(no local onde hoje é a praça da República);

 Olinda foi reedificada e no Recife, foram erigidos os palácios de Friburgo e
da Boa Vista; foram construídas pontes, orfanatos e hospitais;



 Construção do primeiro observatório astronômico da América Latina;
 Construção de palácios, como o de Friburgo e o de Boa Vista (atual
Convento do Carmo);

 Promoveu a vinda de artistas, médicos, astrônomos, naturalistas. Entre
os pintores, estavam Franz Post e Albert Eckhout, autores, autores de
diversos quadros inspirados nas paisagens brasileiras.



Brasil na Visão: Franz Post e Albert Eckhout



Maurício de Nassau: Incentivo > compra escravos



Entre outras coisas, os holandeses exigiam que Nassau cobrasse
imediatamente as dívidas dos empréstimos feitos aos senhores de
engenhos. Nassau sentiu-se pressionado e deixou o governo do Brasil
holandês, voltando para a Holanda em 1644.

Fim do domínio Holandês: em 1640 libertou-se do domínio espanhol e
assinou com a Holanda um tratado de trégua por dez anos. A
impressão que se teve, com assinatura desse tratado, é que Portugal
se conformara em perder as terras pernambucanas para os
holandeses. Enquanto isso nascia um descontentamento na Holanda
com o governo de Nassau.



Insurreição Pernambucana (Portugueses X Holandeses) com a partida de
Nassau, o Brasil holandês voltou a ser dirigido por um governo militar
dominador e cheio de incompreensão. Esse governo passou a exigir o
pagamento dos empréstimos assumidos pelos senhores de engenho, na
época de Nassau.

Os que não tiveram condições de pagar perderam suas terras, seus
escravos e seu gado. Além disso, os holandeses proibiram a prática
de religião católica. Foi nesse clima tenso que, a 13 de junho de
1645, começou uma guerra para restaurar (recuperar) as terras do
domínio holandês. Essa guerra, financiada pelos senhores de
engenhos do Nordeste, recebeu o nome de Insurreição
Pernambucana.


Geopolítica: Portugal X Holandeses

Insurreição Pernambucana > contra Holandeses



Os líderes: seus principais líderes foram André Vidal Negreiro, Martins
Soares Moreno, um dos mais ricos proprietários de engenho. Nessa guerra,
brancos, negros e índios uniram suas forças para expulsar o invasor.

As Batalhas (Portugueses X Holandeses) nos confrontos que se
sucederam a partir de 1645, os revolucionários acumularam vitórias:
Monte das Tabocas (1645), a primeira e a segunda Batalha de
Guararapes (1648 e 1649), respectivamente.

Na década seguinte, os holandeses se complicaram com
sucessivas derrotas navais ante a Inglaterra, então potencia
emergente, que veio facilitar a vitória final contra a Holanda
no Brasil.



Em 1653, finalmente, Portugal decidiu armar uma frota para lutar contra os
holandeses. O domínio holandês terminou com a Capitulação da Campina da
Taborda, em 1654

Entretanto, a formalização diplomática da vitória Insurreição
Pernambucana ocorrerá somente em 1661, com a assinatura da Paz de
Haia.

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