1. FRANCISCO FERRER
Y GUARDIA
Gabrielle Sirianni
Letícia Oliveira
Letícia Reche
Lucas Franchi
Vanessa Zaniol
2. BIOGRAFIA
• Nasceu em Allela, na Espanha, em 14 de
janeiro de 1859.
• Filho de católicos fervorosos e monarquistas,
seus pais o criaram dentro de princípios
tradicionais.
• Aos 20 anos, Ferrer se declarou um
Republicano anticlerical.
3. • Participou de uma derradeira tentativa de ver a
Espanha se tornar República em 1886 com o
General Villacampa. Diante do fracasso dessa
tentativa, Ferrer se exilou em Paris.
• Desgostoso com o rumo que o Republicanismo
tomara, Ferrer entrou em contato com
intelectuais, ativistas de esquerda e pessoas
que, como ele, se interessavam em desenvolver
uma obra racionalista.
4. • Sua bandeira de luta tornou-se a Educação. Escreveu um
livro de Gramática em Espanhol e começou a colocar em
prática seu pensamento educacional.
• Em 1901 Ferrer volta para Espanha, com uma grande
bagagem de ideais e objetivos que iriam revolucionar a
Educação, criando a Escola Moderna.
• Foi preso em 1906 e a Escola Moderna é fechada.
• Em 13 de outubro de 1909, Ferrer foi executado na prisão
de Montywich, acusado de ter sido o instigador da revolta
conhecida como “A semana trágica de Barcelona”.
5. REALIDADE DA EDUCAÇÃO ESPANHOLA
• Início do século XX: 72% da população era
analfabeta.
• A Igreja tinha a soberania nas instituições,
possuindo 80% das escolas, que eram oferecidas
separadamente aos meninos e meninas.
• Em Barcelona: 489 de escolas confessionais, contra
137 não confessionais (estatais ou privadas).
6. ESCOLA TRADICIONAL
• O professor é figura central, decide tarefas, apresenta o
conteúdo que irão estudar, segue a risca o
planejamento. Praticamente só ele fala, os alunos
escutam e não há incentivo para perguntas.
• No lugar do pensar, os alunos precisam
memorizar/decorar todo o conteúdo, que irá ser
"cobrado" em uma prova. Os alunos recebem nota por
seu desempenho, e essa nota poderá definir se ele
seguirá em frente ou terá que repetir tudo.
7. ESCOLA MODERNA
• “La Escuela Moderna de Barcelona” foi fundada
em agosto de 1901, na periferia de Barcelona.
• Objetivo: “educar a classe trabalhadora em um
ambiente racional, laico e não coercitivo”.
8. • Por não ser financiada pela Igreja ou pelo
Estado, a Escola se mantinha pelas famílias
dos alunos que pagavam conforme sua renda.
• Ferrer desenvolveu o método do
Racionalismo Pedagógico ou Pedagogia
Libertária (educação como transformação do
indivíduo) para as Escolas Modernas.
9. AÇÕES EDUCATIVAS
• Coeducação de ambos os sexos:
os conhecimentos para as mulheres deveriam ser
idênticos aos recebidos pelos homens.
• Coeducação das classes sociais:
Pobres e ricos são colocados uns em contato com
os outros na inocente igualdade da infância.
10. • Corpo docente:
Professores que fossem capazes de reconhecer as
necessidades de seus alunos individualmente.
O professor tem a liberdade para adequar o ensino às
necessidades e curiosidades dos alunos. Não ouvi-los
seria sufocar essa necessidade e assim fazer a criança
perder o desejo de aprender.
“Escola de Professores”: candidatos, de ambos os
sexos, a serem professores da Escola Moderna tinham
aulas sob a tutela de um professor conhecedor da
pedagogia racionalista.
11. • Abolição dos exames:
O processo de avaliação adotado na Escola
previa que os professores fossem avaliando os
trabalhos, deveres, exercícios e lições dos alunos
na medida em que eles faziam, sem exames. Para
Ferrer, os exames eram situações de angústia e
ansiedade e que não provavam seu
conhecimento, somente a sua capacidade de
memorização.
12. ESCOLAS MODERNAS NO BRASIL
• A primeira Escola Moderna no Brasil foi fundada em
1909, chamada de Escola Nova, na Avenida Celso
Garcia em São Paulo.
• Em Porto Alegre, a Escola Moderna foi fundada
em 1919, na Rua Ramiro Barcelos.
• No início dos anos 1920, a repressão do movimento
operário atingiu a sustentação das Escolas Modernas.
Na mesma época, as autorizações de funcionamento
das Escolas Modernas de São Paulo foram cassadas.
13. Assim a imprensa católica da época (A Gazeta do
Povo) descreveu as Escolas Modernas:
“Todo mundo já sabe que em São Paulo trata-se de fundar
uns institutos para a corrupção do operário, nos moldes da
Escola Moderna de Barcelona, o ninho de anarquismo de
onde saíram os piores bandidos prontos a impor suas
ideias, custasse embora o que custou. Ora, uma tal casa de
perversão do povo vai constituir um perigo máximo para
São Paulo. E é preciso acrescentar que não somos só nós os
católicos que ficaremos expostos à sanha dos
irresponsáveis que saíssem da Escola Moderna.”
14. REFERÊNCIAS
GONÇALVES, Aralecy Mehl. “A trajetória e o
pensamento educacional de Francisco Ferrer y
Guardia” in Cadernos de História da Educação, v. 8,
n. 1 – jan./jun. 2009
TRAGTENBERG, Maurício. “Francisco Ferrer e a
pedagogia libertária” in Educação & Sociedade, ano I
– n. 1 – set. 1978.
pt.wikipedia.org/wiki/Escola_Moderna#Escolas_Mo
dernas_no_Brasil