Powerpoint de suporte à palestra de Elizabete Marchante sobre "Situação em Portugal – Guia prático para a identificação de plantas invasoras em Portugal", nas Xornadas de Especies Exóticas Invasoras organizadas pelo Concello de Pontevedra, em Pontevedra, Espanha, 15 e 16 de Novembro de 2014.
Uso de modelos para prevenir e antecipar Invasões Biológicas
Plantas invasoras Portugal guia
1. Situação em Portugal – Guia prático para a
identificação de plantas invasoras em Portugal
Elizabete Marchante
Centro de Ecologia Funcional/ Universidade de Coimbra
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2. Resumo
Plantas invasoras em Portugal
– Situação em Portugal – alguns números
– Que impactes têm estas plantas invasoras?
– Legislação - Decreto-Lei nº 565/99
– Principais características
Guia prático para a identificação de plantas invasoras em
Portugal
– O que inclui?
– Algumas das principais espécies de plantas invasoras
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3. Situação em Portugal - alguns números
• Ca. 3300 espécies NATIVAS
• Ca. 670 espécies EXÓTICAS
• destas, ca. 40 são INVASORAS
800
600
400
200
0
670
Exóticas
(casuais +
naturalizadas +
invasoras)
?
Potencial
desconhecido
56 47
Com potencial
invasor
(casuais +
naturalizadas)
Invasoras
Marchante et al 2014, Almeida e Freitas 2012
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4. Que impactes têm estas plantas invasoras?(1)
• Ecológicos
– ameaça à biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas (competição
com espécies nativas, alteração dos ciclos de nutrientes, água, etc.)
– impactes nos serviços dos ecossistemas (alimentos, fornecimento de água
e recursos diversos, regulação do clima, cheias, doenças, etc.)
– alteração/uniformização dos ecossistemas/paisagens
– alteração dos regimes de fogo
– alteração das cadeias ecológicas/alimentares
• Económicos (Europa: >10 biliões):
– produtividade - espécies que invadem áreas agrícolas, florestais ou
piscícolas (aquáticas), pragas, epidemias, etc.
– gestão e controlo de invasoras e recuperação de sistemas invadidos
– turismo, etc.
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5. Que impactes têm estas plantas invasoras?(2)
• Diminuição da disponibilidade de água nos lençóis
freáticos
– espécies muito exigentes no seu consumo, quer pelas suas
características, quer pelas densidades elevadas que atingem
• Impactes na saúde pública
– espécies que provocam doenças, alergias, ou funcionam
como vectores de pragas
As espécies invasoras são uma das maiores ameaças ao
bem-estar ambiental e económico do planeta
• …
GISP (Global Invasive Species Programme)
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6. Legislação – Decreto-Lei n.º 565/99
(DL n.º 28039, 14-09-1937
DL n.º165/74, 22 de abril
DL n.º 205/2003, 12 de setembro
Despacho 20194/2009; nº 4, artigo
19º, DL 16/2009, 14 janeiro)
Introdução intencional de espécies exóticas na natureza
Exceções “económicas” - agricultura, horticultura,
interesse zootécnico
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7. Legislação – Decreto-Lei n.º 565/99 (Anexo I)
Acacia dealbata Link
Acacia karroo Hayne
Acacia longifolia (Andrews) Willd.
Acacia mearnsii De Wild.
Acacia melanoxylon R. Br.
Acacia pycnantha Bentham
Acacia retinodes Schlecht.
Acacia cyanophylla Lindl
Ailanthus altissima (Mill.) Swingle
Arctotheca calendula (L.) Levyns
Azolla filiculoides Lam.
Carpobrotus edulis (L.) N. E. Br.
Conyza bonariensis (L.) Cronq.
Datura stramonium L.
Eichhornia crassipes (Mart.) Solms
Elodea canadensis Michx
Erigeron karvinskianus DC.
Eryngium pandanifolium Cham. & Schlecht.
Galinsoga parviflora Cav.
Hakea salicifolia (Vent.) B.L. Burtt
Hakea sericea Schrader
Ipomoea acuminata (Vahl) Roemer & Schultes
Myriophyllum brasiliense Cambess.
Oxalis pes-caprae L.
Pittosporum undulatum Vent.
Robinia pseudoacacia L.
Senecio bicolor (Willd.) Tod. subsp. cineraria (DC.) Chater
Spartina densiflora Brongn.
Tradescantia fluminensis Velloso
Cortaderia selloana (J. A. & J. H. Schultes) Aschers & Graebner.
Arundo donax L.
Opuntia spp.
...
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8. Principais características (1)
Produção de numerosas
sementes, algumas com
grande longevidade no solo,
e/ou com estratégias de
dispersão eficazes
Crescimento muito rápido
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9. Principais características (2)
Boas competidoras por
recursos (água, luz,
nutrientes, espaço, etc.)
Ausência de inimigos
naturais
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10. Principais características (3)
Reprodução vegetativa
muito eficiente
Espécies adaptadas e
favorecidas pelo fogo:
germinação de sementes
e/ou rebentamento de
touças
Francisco Caetano
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11. Guia Prático para a Identificação de Plantas
Invasoras em Portugal
Autoria: Hélia Marchante1,2, Maria Morais1, Helena
Freitas1 e Elizabete Marchante1
1 2
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13. O que inclui?
Plantas invasoras (I)
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14. O que inclui?
Plantas naturalizadas com
potencial invasor (N)
Plantas casuais com
potencial invasor (C)
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15. O que inclui?
47
24
32
Invasoras Naturalizadas Casuais
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16. O que inclui?
Análise de risco
• História e
biogeografia
• Biologia e ecologia
Weed Risk Assessment System
0
0
Run Get Store
Species Save Help report
A. History/
Print
P
Biogeography FELICITY RAPHAEL
Outcome:
Score:
C 1 Domestication/ 1,01 Is the species highly domesticated? If answ er is 'no' go to 2.01
C cultivation 1,02 Is species naturalised w here grow n?
C 1,03 Does the species have w eedy races?
- 2 Climate and 2,01 Species suited to Australian climates (0-low ; 1-intermediate; 2-high)
- Distribution 2,02 Quality of climate match data (0-low ; 1-intermediate; 2-high)
C 2,03 Broad climate suitability (environmental versatility)
C 2,04 Native or naturalised in regions w ith extended dry periods
- 2,05 Does the species have a history of repeated introductions outside
its natural range?
C 3 Weed 3,01 Naturalised beyond native range
E Elsewhere 3,02 Garden/amenity/disturbance w eed
A (interacts with 2.01 3,03 Weed of agriculture/horticulture/forestry
E to give a weighted 3,04 Environmental w eed
C score) 3,05 Congeneric w eed
- B. Biology/Ecology
C 4 Undesirable 4,01 Produces spines, thorns or burrs
C traits 4,02 Allelopathic
C 4,03 Parasitic
A 4,04 Unpalatable to grazing animals
C 4,05 Toxic to animals
C 4,06 Host for recognised pests and pathogens
C 4,07 Causes allergies or is otherw ise toxic to humans
E 4,08 Creates a f ire hazard in natural ecosystems
E 4,09 Is a shade tolerant plant at some stage of its life cycle
E 4,10 Grow s on infertile soils
E 4,11 Climbing or smothering grow th habit
C 4,12 Forms dense thickets
E 5 Plant 5,01 Aquatic
C type 5,02 Grass
E 5,03 Nitrogen f ixing w oody plant
C 5,04 Geophyte
C 6 Reproduction 6,01 Evidence of substantial reproductive failure in native habitat
C 6,02 Produces viable seed
A 6,03 Hybridises naturally
C 6,04 Self -fertilisation
C 6,05 Requires specialist pollinators
A 6,06 Reproduction by vegetative propagation
C 6,07 Minimum generative time (years)
A 7 Dispersal 7,01 Propagules likely to be dispersed unintentionally
C mechanisms 7,02 Propagules dispersed intentionally by people
A 7,03 Propagules likely to disperse as a produce contaminant
C 7,04 Propagules adapted to w ind dispersal
E 7,05 Propagules buoyant
E 7,06 Propagules bird dispersed
C 7,07 Propagules dispersed by other animals (externally)
C 7,08 Propagules dispersed by other animals (internally)
C 8 Persistence 8,01 Prolif ic seed production
C attributes 8,02 Evidence that a persistent propagule bank is formed (>1 yr)
A 8,03 Well controlled by herbicides
A 8,04 Tolerates or benef its f rom mutilation, cultivation or f ire
C 8,05 Ef fective natural enemies present in Australia
Outcome:
Score: 0
Statistical summary Biogeography 0
of scoring Score partition: Undesirable attributes 0
Biology/ecology 0
Biogeography 0
Questions answ ered: Undesirable attributes 0
Biology/ecology 0
Australian Weed Risk
Assessment protocol
adaptado
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17. Algumas das principais espécies de
plantas invasoras
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19. mimosa (Acacia dealbata) – Austrália
Invade principalmente vales e zonas montanhosas,
margens de cursos de água e vias de comunicação
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20. austrália (Acacia melanoxylon) – Austrália
Invade principalmente vales e zonas montanhosas,
margens de cursos de água e vias de comunicação
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21. acácia-de-espigas (Acacia longifolia) – Austrália
Invade principalmente dunas costeiras, cabos e margens
de linhas de água
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22. espanta-lobos (Ailanthus altissima) – China
Invade principalmente junto a vias de comunicação, áreas
perturbadas, espaços urbanos; tem aumentado em
florestas ribeirinhas
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23. háquea-picante (Hakea sericea) – Austrália
Invade principalmente áreas perturbadas ou semi-naturais,
junto a áreas onde foi plantada (e.g., sebes)
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24. Incenso (Pittosporum undulatum) – Austrália
Invade principalmente subcoberto de matas geridas onde
foi inicialmente plantado e em zonas perturbadas
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25. robínia, falsa-acácia (Robinia pseudoacacia) –
América do Norte
Invade principalmente áreas perturbadas, margens de vias de
comunicação e de linhas de água, subcoberto de comunidades
arbóreas degradadas,…
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27. cana (Arundo donax) – Europa oriental, Ásia (temp. tropical)
Invade principalmente margens de linhas de água, zonas húmidas,
etc.
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28. penachos (Cortaderia selloana) –América doSul
Invade principalmente dunas costeiras, margens de vias
de comunicação e áreas perturbadas
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29. Conteira (Hedychium gardnerianum) – Ásia,
Índia, E. Himalaias, Nepal
Invade principalmente margens de linhas de água e vias
de comunicação, áreas agrícolas e florestais, etc.
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30. Avoadinhas (Conyza spp.) – América (S e N)
Invadem principalmente áreas ruderais e perturbadas –
urbanas, margens vias comunicação, agrícolas, baldios,…
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31. azedas (Oxalis pes-caprae) – África do Sul
Invade principalmente áreas de cultivo e abandonadas
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32. tintureira (Phytolacca americana) – América
do Norte
Invade principalmente Habitats ruderais e perturbados,
campos agrícolas e margens de vias de comunicação.
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33. erva-da-fortuna (Tradescantia fluminensis) –
América do Sul
Invade principalmente sítios sombrios e húmidos, comum
no sub-coberto de matas geridas, bosques naturais,
áreas perturbadas, etc
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35. chorão-das-praias (Carpobrotus edulis) – África do Sul
Invade principalmente dunas costeiras, cabos e taludes
onde foi plantado
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37. bons-dias (Ipomoea acuminata) – regiões
tropicais do mundo
Invade principalmente áreas perturbadas (e.g., edifícios
abandonados) e taludes onde foi plantads
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