SlideShare uma empresa Scribd logo
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Baixar para ler offline
Como conservar seu barco após a temporada
Lugar de
marinheiro
énacozinha
e mais
A 510 da Sea Ray Contest 42 CS A Magia dos Aquários Scheidt: rumo a 2016
Conheça
cinco hotéis
bOutique
para curtir
o litoral
A polêmica
do IPVA
para barcos
R$ 15,90 - Ano 09 - n° 44 - 2014 - www.perfilnautico.com.br
DESTAQUE NAS CASAS DOS BRASILEIROS,
AS ÁREAS GOURMET GANHAM ESPAÇO
NOBRE TAMBÉM NOS BARCOS
PERFILNÁUTICO2 PERFILNÁUTICO 3
PERFILNÁUTICO4 PERFILNÁUTICO 5
Capa
Lugar de marinheiro é na Cozinha
Espaço gourmet no coração também das embarcações.
Diferentes cozinhas para diferentes tamanhos.
nau
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22
Na Rede
inovação
radar
construtor
venha navegar
DESIGN
quest 268
destinos
Entrevista: Robert Scheidt
moda
desejos
aero
CASA
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jet tour
news
miami boat show
MERCADO NOVOS
auto
Contest 42CS
planeta água
residencial marine
viagem
vitrine décor
gourmet
eventos
pesca esportiva
decór
ipva
Conservação do barco
motor
Saiba as dicas de transporte e legislação da Acobar
A designer Zaha Hadid se aventura
nos mares e quebra paradigmas
A mais vendida, agora ainda melhor para pesca esportiva
Do nordeste ao sul. Cinco hotéis
de luxo para botar o pé na areia
Atleta se prepara para sua última Olimpíada
Marca Nautica apresenta nova coleção
e inaugura primeira loja no Brasil
F-Type. O lançamento da Jaguar chega ao Brasil
Roberto Jordan traz as novidades do setor
Piscinas projetadas para aproveitar o melhor do ambiente
Maior festa náutica do país reuniu 15 mil pessoas em Alagoas
Evento reúne 700 embarcações em Santa Catarina
Os destaques e premiados da feira norte-americana
O veleiro premiado internacionalmente do
cinquentenário estaleiro holandês Contest
Dia Mundial da Água tem como tema
a relação entre água e energia
Rio Marina Eco Resort. Residencial clube será ao
lado da Rio Marina, a maior do país com 900 vagas
Ceará terá aquário entre os mais modernos do mundo
e Paranaguá inaugura aquário para pesquisa e visitação
Paranaense pode ser recordista na pesca da Cavala Real
25 anos do yacht designer Fernando de Almeida
Opiniões sobre a polêmica que aflige o mundo náutico
Como preservar sua embarcação após a alta temporada de uso
10 dicas de como manter seu motor 100%
perfil
living estilo
boatshow
social
esporte
56 Sea Ray 510
A novidade do estaleiro norte-americano,
em breve nos mares brasileiros
78 MotoS aquáticaS
Diferentes estilos para todos os gostos
50 marina
De pioneira à modernizada, conheça a Marinas Nacionais
62 Beneteau GT40
O modelo francês que é uma exclusividade para os brasileiros
68
72
Ventura 350HT
FS 180
A primeira hard top do estaleiro que completou 30 anos
A pequena notável da FS Yachts
76 Moomba Mondo
A nova da Moomba com as melhores
marolas para wakeboard e wakeskate
pn
44
86 aguz marine
Estaleiro se destaca por embarcações menores com requinte
120Mergulho em Bonaire
Carol Schrappe faz ensaio
fotográfico “Refúgio da Sereia”
experiências
estilos
viver náutico
38
PERFILNÁUTICO6
As férias acabaram e a alta temporada chega ao fim, mas a Perfil Náutico
está a todo vapor e convida você a dar um novo mergulho nas nossas
páginas. Esta edição recebe ventos renovados para a revista, que
completa nove anos. Com novo projeto gráfico e editorial, fomos além
do mundo dos barcos, trazendo novidades do universo de pessoas como
você, que vivem o mar e o lifestyle náutico. Logo na capa esse novo
conceito é o destaque e traz a tendência gourmet das embarcações,
valorizando quem gosta de cozinhar a bordo.
Na editoria Nau trazemos dicas de especialistas para a conservação
de seu barco e também um especial para motor após a alta temporada
de uso. A seção Prime mostra o trabalho da designer renomada
internacionalmente Zaha Hadid, que desenvolveu a linha futurista
Unique Circle Yachts e os 25 anos de carreira do yacht designer
Fernando de Almeida.
Falando de barcos, a novidade fica para a Sea Ray 510, que será lançada
oficialmente em abril, para o novo barco de wake da Moomba, o Mondo,
e a nova versão do Quest 268, o mais vendido do estaleiro especializado
em pesca esportiva, que agora está muito melhor. Ainda destacamos
a GT 40, 100% brasileiro da Beneteau, e a 35 pés da Ventura.
Atravessamos o Atlântico e do tradicional estaleiro cinquentenário
holandês Contest Yachs trouxemos o novo veleiro 42CS. Premiado pela
mídia e respeitado pelos velejadores europeus e norte-americanos,
ainda não é vendido no Brasil, mas dá para ter um gostinho aqui na Perfil
Náutico. Nosso estaleiro destaque é o Aguz Marine, que se diferencia
por embarcações de pequeno e médio porte com padrão de luxo de
grandes yachts.
A nova editoria Living traz todo o lazer e conforto que completam um
bom passeio a bordo. Do nordeste ao sul do Brasil selecionamos cinco
hotéis de luxo para curtir a praia. Além disso, o destaque é o novo
aquário do Ceará, que será o terceiro maior do mundo.
Robert Scheidt é o grande entrevistado desta edição, contando um
pouco sobre sua trajetória e os planos para 2016, e Carolina Schrappe,
nossa mergulhadora oficial, faz um ensaio fotográfico chamado
“Refúgio da Sereia”, nas belezas profundas de Bonaire.
Na seção Estilo você confere moda, lançamento da Jaguar,
nosso novo colunista Jordan da editoria Aero e ainda as festas
a bordo mais badaladas do Brasil!
Com muita energia e novidade, você é o nosso convidado
a bordo da Perfil Náutico de cara nova, versão 2014!
Beijos e bons ventos,
Amanda e Rafaella
vamos navegar
PERFILnáutiCo6
PERFILNÁUTICO8 PERFILNÁUTICO 9
Ilhas artificiais
M44 HT em vídeo
novidades
no wakeboard
novas ideias
turismo por aplicativo
Caiu nas redes um projeto inovador criado para a cidade de
Nova York. A proposta é criar ilhas artificiais como centrais de
compostagem, espaços de plantio e lazer.
A Cranchi Yachts divulgou, na internet, um vídeo sobre o barco
M44 HT. As imagens mostram toda a elegância do design, sua
performance na água e toda a personalidade do seu interior.
Confira no playlist da revista Perfil Náutico no Youtube.
Já sabe as novidades da
Associação Brasileira de
Wakeboard para 2014?
O Canal Woohoo no
Youtube divulgou um vídeo
mostrando o que vai
mudar para esse ano.
Entre as novidades,
um novo circuito
brasileiro de Cabel.
O empreendedor Scott Leonard
comandou seu negócio, uma empresa
que fatura mais de 3 milhões de dólares,
de dentro de um veleiro por 2 anos.
As ideias do empresário já estão na
internet e compiladas em livro.
Já conhece o litoral
norte de São Paulo?
Agora você pode
visitar todas as belezas
da costa através
do novo aplicativo
Ilhabela 360 para
Android e iOS, que
já está disponível para
download na internet.
na
rede
Confira os destaques da rede que
fizeram sucesso na fanpage da
Perfil Náutico no Facebook.
Curta a nossa página
facebook.com/perfilnautico
PERFILNÁUTICO10 PERFILNÁUTICO 11
Polêmica:
Barco deve
pagar IPVA?
10dicas para
conservar
o seu motor
Saiba como cuidar de seu
barco depois das férias
IMPORTANTE . DESCOBERTAS . CURIOSIDADES
PERFILNÁUTICO12 PERFILNÁUTICO 13
Evento ao estilo italiano
Volvo Ocean Race em Itajaí
Azimut prevê aumento de 50% nas vendas
A Regatta Yachts organizou o primeiro Sessa Day em Salvador.
O evento seguiu o estilo do estaleiro italiano
e proporcionou aos clientes da Sessa Marine um passeio exclusivo pela
Baía de Todos os Santos. Os barcos saíram da Bahia Marina com destino
à Caramunhanhas, um banco de recifes próximo à Cacha Prego,
onde todos puderam aproveitar piscinas naturais. Depois seguiram
para Ponta dos Garcez e para Itaparica, onde foi realizado
um coquetel de confraternização.
Os organizadores da Volvo Ocean Race fizeram uma visita técnica
em Itajaí. A cidade catarinense sediará uma das etapas da Volta ao
Mundo, em abril de 2015. O diretor de operações, Tom Touber,
e o responsável pelas stopovers, Stef van’t Zand, vistoriaram todos
os locais relacionados ao evento e apresentaram o novo caderno
de encargos para 2014-15. Segundo o diretor, ainda há a necessidade
de pequenos ajustes na infraestrutura.
O ano começou movimentado nas vendas e na produção de novos iates
da marca Azimut fabricados na unidade do Brasil. A estimativa é que
até setembro, quando finalizar o ano náutico, haja um crescimento de
50% no volume de vendas em relação à temporada anterior e 80% de
aumento em termos de dimensões de barcos a motor de luxo. A fábrica,
localizada na cidade portuária de Itajaí desde 2010, também foi transferida
recentemente para um galpão três vezes maior – 16 mil metros quadrados
– no mesmo município para a produção de iates que, atualmente, variam
entre 43 a 70 pés. A direção da empresa adianta ainda novidades para
este ano. Além do lançamento Azimut 70, está previsto mais um modelo
brasileiro até o final de 2014.
Primeiro Sessa Day foi em Salvador
Organizadores fazem
vistoria na cidade sede
Nova fábrica impulsiona
novos modelos para 2014
Tom Touber (Volvo Ocean Race), Jandir Bellini
(prefeito de Itajaí), Paulo Bornhausen (Secretário
de Santa Catarina) e Alexandre Santos (presidente
do Comitê Organizador da Stopover de Itajaí).
ra
dar
FotoDivulgação
FotoDivulgação
FotoDivulgação
PERFILNÁUTICO14 PERFILNÁUTICO 15
venha navegar!CAMPANHA DA ACOBAR INSTRUI NO
TRANSPORTE E LEGISLAÇÃO DO SEU BARCO
N
esta edição a Perfil
Náutico traz a segunda
parte da campanha
“Venha Navegar”, criada
pela Acobar - Associação
Brasileira de Construtores de
Barcos. Incentivando a vida
O transporte do barco varia
conforme seu tamanho.
Quem compra um barco
até 22 pés não precisa,
necessariamente, de uma vaga
em marina ou clube náutico
para guardá-lo, pode ser na
própria garagem de casa.
Aqui é importante lembrar
que, para transportar uma
embarcação é preciso saber
se a potência do motor
do carro é suficiente para
executar a tarefa. Além disso,
é necessário ter em mãos os
documentos da embarcação
Fique de olho nas
documentações necessárias
a bordo, a campanha mostra
como transportar e conduzir seu
barco de forma segura, mantendo
cuidado tanto no reboque em
estradas como nos mares,
respeitando a legislação brasileira.
O transporte correto do barco
e da carreta durante o trajeto.
A carreta deve estar licenciada
e se o peso total da carreta mais
o barco ultrapassar os 500kg
é necessário ter freio próprio.
Já para barcos maiores,
o valor médio em marinas
e clubes náuticos no Brasil
é de R$ 28,60 por pé, por mês,
em vagas secas, e de R$ 26,50
em vagas molhadas.
para colocar seu barco na
água. A legislação brasileira
exige algumas medidas
burocráticas como, por
exemplo, registrar seu barco
na Capitania dos Portos até
15 dias após a compra e,
principalmente, habilitação
para conduzi-lo.
A carteira de habilitação
é emitida pela Marinha nas
categorias veleiro, motonauta,
arrais, mestre ou capitão
amador. Em todo o Brasil
existem cursos de formação
de condutores.
e a escolha adequada de
onde guardá-lo garante maior
durabilidade e segurança.
Além disso, documentos
como carteira de habilitação
e licenciamento devem estar
sempre à mão.
transporte
documentação
Veja abaixo as exigências para cada categoria:
ARRAIS AMADOR: Nomenclatura náutica, normas e leis de trânsito no mar, combate a incêndio,
primeiros socorros, introdução às cartas náuticas e regras de governo de embarcações. Idade mínima
18 anos. Condução de barcos a remo, vela ou motor nos limites da navegação interior (água doce
e águas abrigadas).
MESTRE AMADOR: Navegação costeira (baseada em pontos notáveis como faróis e ilhas) e estimada;
leitura de cartas náuticas, declinação magnética, desvio da agulha, influência das correntes e dos ventos,
marcações e instrumentos náuticos. Condução de barcos a remos, vela ou motor entre portos nacionais
e estrangeiros nos limites na navegação costeira (até 20 milhas ou 7 km da costa).
Exigências: Habilitação de arrais amador.
CAPITÃO AMADOR: Navegação astronômica e eletrônica, meteorologia e estabilidade
da embarcação. Condução de barcos a remos, vela ou motor entre portos nacionais
e estrangeiros, sem limite de afastamento da costa.
Exigências: Habilitação de mestre amador.
MOTONAUTA: O curso é igual ao de arrais para condução de jets nos limites
da navegação interior. Idade mínima: 18 anos.
VELEIRO: Noções gerais de navegação. Os cursos habilitam apenas a velejar em
caráter de lazer ou competição em veleiros monotipos com menos de 6 metros de
comprimento, fabricados em série e sem propulsão a motor. Idade mínima: 8 anos
(os pais respondem por questões legais sobre o uso do barco). Não há exame.
Os próprios cursos encaminham suas listas de aprovados para a Marinha.
Por Redação
Fotos Divulgação Acobar
PERFILnáutiCo 15
PERFILNÁUTICO16 PERFILNÁUTICO 17
IPVA
PARA
BARCOS
A PEC que está
mobilizando o
mundo náutico
Por Redação
U
ma proposta de
emenda constitucional
tem movimentado
a comunidade náutica com
polêmicas, debates, reuniões
e protestos. A PEC 283/13,
protocolada na Câmara dos
Deputados Federais pelo
deputado Assis Carvalho,
Em apoio ao Sindifisco,
o Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) e o
Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) lançaram uma cartilha
para esclarecer a proposta.
De acordo com as informações
contidas nela, a intenção da reforma
tributária é tornar a cobrança de
impostos mais justa. Para isso, artigos
considerados de luxo seriam mais
onerados para que impostos sobre
bens como alimentos, eletricidade e
remédios sejam reduzidos. Segundo
a emenda, o valor arrecadado
com esses tributos seria destinado
integralmente ao transporte público
urbano do país.
Na contramão desses
pensamentos, está a comunidade
náutica. A Associação Náutica
Catarinense para o Brasil
(Acatmar), a Associação Brasileira
dos Construtores de Barcos
e Seus Implementos (Acobar) e a
Associação Brasileira de Velejadores
de Cruzeiro (ABVC) afirmam que
o tributo afastaria compradores,
gerando uma retração no setor.
Outro ponto levantado contra a
PEC é que barcos e helicópteros
não se encaixariam na definição de
veículo automotor da Constituição.
Isso porque eles não rodam em
estradas e, segundo a comunidade
náutica, não poderiam ser taxados
no IPVA.
do PT do Piauí, mais conhecida
como PEC do Jatinho, está
em tramitação. O projeto, de
iniciativa do Sindicato Nacional dos
Auditores Fiscais da Receita Federal
do Brasil (Sindifisco), pretende
estender a cobrança do Imposto
sobre a Propriedade de Veículos
Automotores (IPVA) aos veículos
náuticos e aéreos. Aeronaves
e barcos de uso comercial
seriam excluídos da cobrança
por prestarem serviço
à sociedade. O valor do
percentual, se aprovada a PEC,
será determinado por cada
estado, da mesma forma que
é feita com os automóveis.
o que é?
contra
a favorPOR QUE SIM? POR QUE não?
“É um escândalo termos mais esse
imposto para o mundo náutico. Num
momento em que lutamos para tornar
o setor mais fortalecido e de acordo
com o que ocorre em diversos países,
trata-se de um retrocesso, ao menos
neste momento.
”
“A PEC que trata da cobrança
de impostos para embarcações é
absurda. Jamais poderia incidir sobre
um veleiro, movido eminentemente
pelo vento. A carga tributária elevada
já prejudica o mercado náutico
brasileiro e trouxe a importação
de embarcações, prejudicando os
empregos e a indústria nacional.
”Foto Divulgação
“A lógica por trás desse imposto
(IPVA) é que o poder público tem que
investir e manter uma infraestrutura
adequada para a circulação dos veículos
e também disponibilizar estruturas
eficientes de fiscalização e controle da
frota. Se não houver fontes tributárias
específicas para esses fins, significa
que toda a sociedade, mesmo os não
usuários, estariam pagando pelo ônus
das medidas, o que seria bastante injusto.
No caso dos barcos, a lógica permanece.
Há necessidade de infraestrutura,
inclusive infraestrutura rodoviária, pois
sem ela não haveria condições de acesso
a rios, lagos e mares.
”
“A campanha pretende
minimizar a injustiça fiscal
atualmente existente no
nosso país, com uma
tributação mais voltada para
o patrimônio e a renda e
menos sobre o consumo,
que nivela a todos com um
reflexo perverso sobre a
camada mais pobre da nossa
população. Estima-se que
seriam arrecadados R$ 2,8
bilhões/ano com a cobrança
desse IPVA, valor que seria
integralmente investido no
transporte coletivo.
”
“O impacto do IPVA sobre o custo e a venda de
embarcações será extremamente negativo, pois incidirá
sobre o consumidor final, ocasionando uma imediata
retração no setor, que emprega 9 mil profissionais de forma
direta divididos entre os 120 estaleiros do país.
”
Leandro ‘Mané’ Ferrari,
presidente da Acatmar Maurício Napoleão,
presidente da ABVC
Carlos Henrique R. Carvalho,
Técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea
Cláudio Damasceno,
presidente do Sindifisco Nacional
Eduardo Colunna,
presidente da Acobar
Foto Alvaro Ornelas
Foto Divulgação
Foto João Viana/ ipea Foto Divulgação
PERFILNÁUTICO18 PERFILNÁUTICO 19
Q
uando a temporada
de verão e o calor da
estação chegam ao fim,
os barcos de lazer saem cada
vez menos da garagem. Nesse
período, muitas pessoas guardam
Após a temporada de uso, alguns
procedimentos são importantes
antes da armazenagem da
embarcação. Revisão e banho de
água doce são etapas essenciais
nessa fase.
Karen Chaves - O mais
importante, antes de guardar
o barco por um período longo
de tempo é realizar um flush de
água doce. É importante adoçar
as redes de refrigeração dos
motores, geradores e aparelhos
de ar-condicionado e realizar
um autoflush do dessalinizador,
prolongando a vida útil desses
equipamentos.
Nicholas Prazeres - Após
a temporada de uso, troca
de óleo, substituição dos
filtros, verificação das correias
são verificações básicas.
Há também a necessidade
de uma revisão elétrica do
cabeamento, disjuntores, fusíveis,
interruptores, plugs, conectores,
entre outros elementos.
É necessário também se
preocupar com a manutenção
dos itens que ficam no interior da
embarcação. Roupas de cama,
banho, itens pessoais e aparelhos
eletrônicos, mesmo à prova
d’água, devem ser embalados ou
cobertos, além disso, almofadas
devem ser posicionadas em
locais bem arejados dentro da
embarcação.
Karen Chaves - É importante
secar alguma água retida nos
porões da embarcação.
as embarcações, mas esquecem
de realizar uma manutenção
adequada para evitar problemas
posteriores. Para sabermos melhor
como cuidar da embarcação
após a intensa época de uso dos
O uso de ar-condicionado na função
de desumificador ou mesmo um
aparelho desumificador que possa
ser levado nos diversos ambientes
de bordo é também garantia de
redução de mofos e fungos.
Nicholas Prazeres -
Embarcações geralmente ficam
em locais agressivos onde existe
vento, maresia e a umidade são
constantes. Manter equipamentos,
eletrodomésticos
e acessórios encapados ajudam
a evitar problemas.
barcos, conversamos com
três especialistas da área:
Karen Chaves da MCP
Yachts, Nicholas Prazeres da
YService e Ricardo Paragon
da Paragon-Tec, confira!
Outro passo determinante é a limpeza
tanto da parte externa como interna da
embarcação.
Karen Chaves - O velame deve estar
limpo, adoçado, seco e guardado se
possível dentro da embarcação para
evitar que eventualmente durante um
vento forte seja danificado mesmo
protegido pelo lazy jack ou no
enrolador.
Nicholas Prazeres - É importante
lubrificar a embarcação com óleo
desingripante, vaselina e limpa contato
em todas as suas partes mecânicas
e elétricas. A parte estrutural deve-
se manter encerada e na parte de
marcenaria podem ser usadas cera e
capa protetora.
Barco bem cuidado
emtodasasestaçõesComo conservar, armazenar e higienizar
a embarcação após a temporada
Por Camila Castro
Fotos MCP Yachts
Pré-armazenagem
Itens pessoais e eletrônicos
Limpeza
O mais
importante,
antes de
guardar
o barco por
um período
longo de
tempo é
realizar um
flush de
água doce.
PERFILNÁUTICO20 PERFILNÁUTICO 21
Na hora da armazenagem,
o barco pode ser guardado
tanto a seco quanto na água.
Algumas pessoas preferem,
até mesmo, guardar
a embarcação em casa.
Cada uma dessas formas
tem a sua peculiaridade no
processo de armazenagem.
Karen Chaves -
A armazenagem em seco
sempre traz uma maior
tranquilidade ao proprietário
e promove uma maior vida
útil do casco e da pintura,
principalmente se o barco estiver
em galpão coberto. Também
são reduzidos os gastos com
tripulação e a necessidade de
limpeza rotineira da embarcação.
Nicholas Prazeres -
Embarcações que ficam em vaga
molhada devem ter pintura dew
será eficaz se o barco estiver
navegando fazendo com que
a craca solte do casco.
Para quem guarda as
embarcações em casa, a dica
é sempre calçar a embarcação
de forma correta, distribuindo
o peso do barco sobre as
estruturas rígidas do casco com
reforços internos ou anteparas.
Isso minimiza esforços em
pontos não preparados que
podem originar trincas nos
cascos de fibra ou empenamento
de móveis, portas e estruturas
internas.
Armazenagem
motor
Em relação à manutenção
específica do motor, Ricardo
Paragon, referência em mecânica
náutica no país, aponta algumas
etapas importantes para
prolongar a vida útil do item.
São elas: verificar sempre que
possível se há vazamento de
combustível, lavar e adoçar o
motor, verificar se a pressão
de água está boa, checar as
baterias e se o reservatório de
óleo, colocar capô no motor e
poli-lo com cera de carro uma
vez por mês, deixar a proa do
barco mais alta que a popa para
evitar acúmulo de água e anotar
sempre a data de abastecimento,
pois o combustível tem vida útil
de 30 dias.
PERFILnáutiCo20
PERFILNÁUTICO22 PERFILNÁUTICO 23
10DICAS PARA MANTER
SEU MOTOR A TODO VAPOr
O motor de uma embarcação é uma das partes mais
sensíveis de toda a estrutura do barco, e por isso
requer cuidados do navegador. Conversamos com
o gerente de serviços da MM Náutica, Nilson Santos,
que nos passou dez dicas de como preservar
seu motor nas melhores condições. Confira!
1. Manutenções periódicas: são recomendadas
pelo fabricante, via de regra, a cada 50 horas de uso
ou seis meses, em que são verificadas as trocas de
óleo, filtros de combustível, ânodos, e outras peças
que possam apresentar desgaste pelo tempo ou
uso. Recomenda-se que os serviços sejam realizados
sempre por técnicos autorizados e com treinamento
junto aos fabricantes.
2. Combustível da embarcação: seja o motor
a diesel ou gasolina, o usuário da embarcação deve
ter cuidado com o tempo em que o combustível
é armazenado no tanque. Não só em razão dos
gases, mas passados alguns dias, em razão da mistura
com o álcool do combustível no Brasil, ele entra em
decomposição, formando uma borra que pode entupir
bicos injetores, filtros e bombas, ocasionando danos
ao motor.
3.Filtros de combustível: devido ao item 2,
também devem ser verificados periodicamente para
que não haja entupimentos, do contrário o motor
pode apresentar falhas de desempenho.
4.Funcionamento: é aconselhável
o funcionamento do motor pelo menos uma vez
na semana e evitar longos períodos sem uso.
5. Óleo de rabeta: responsável pela lubrificação
das engrenagens da rabeta, sem o uso do óleo correto
pode haver um desgaste e até a quebra da mesma.
serviço
MM Náutica
www.mmnautica.com.br
41 3333-9011
assistenciatecnica@mmnautica.com.br
6.Rotor de água:
é uma peça que deve ser
verificada constantemente.
É o responsável pela
captação de água para o
sistema de refrigeração e com o tempo pode
ressecar e ocasionar um superaquecimento.
7.Ânodos de sacrifício: também são essenciais
para a manutenção da vida útil do motor. Como o
nome já diz são peças de desgaste, responsáveis por
combater a corrosão e o impacto da maresia.
8.Correias: alguns motores ainda possuem
correias que podem ressecar e se romper se não
possuem a devida manutenção.
9.Voltagem da bateria: um dos principais
problemas encontrados pelos usuários da embarcação
é a manutenção das baterias, já que sem o uso
contínuo e manutenção tende a perder parte da carga.
O aconselhável é que quando estiver parado na marina
seja ligada em um carregador de bateria semanalmente
para manter sua vida útil.
10.Parte elétrica: além das baterias é bom
revisar a parte elétrica como um todo, terminais de
bateria, conexões com os acessórios, lâmpadas, entre
outros, que também podem comprometer a boa
navegação.
PERFILNÁUTICO24 PERFILNÁUTICO 25
De coadjuvante a protagonista:as cozinhas ganharam importância nas embarcações
Parceria de Zara Hadid com estaleiro
alemão mostra o futuro no mar
Marinas Nacionais,
a primeira brasileira
Os 25 anos de profissão
de Fernando de Almeida
ESSENCIAL . INOVAÇÃO . DESIGN
PERFILNÁUTICO26 PERFILNÁUTICO 27
i
no
va
ção
O farol de busca com controle remoto
promete facilitar a vida dos navegadores.
O produto é acionado com controle
wireless, que funciona a até 65 metros de
distância. Dessa forma, é possível estar na
popa da lancha e acionar o farol na proa.
O alcance do facho de luz é de 600
metros, tem rotação de 360 graus na
horizontal e 90 graus na vertical e mede
190x155x130 mm.
Os dessalinizadores de Osmose Inversa
Seafari (SFM) possuem sistema prático
e versátil para instalação por serem
divididos em módulos, garantindo água
doce a bordo com mais praticidade. Eles
possuem recursos que facilitam a operação
como filtros de grande capacidade
e sistema de retrolavagem automática.
O sistema pode ficar ainda mais completo
com um esterilizador ultravioleta, que
remove até 99,9% das patogenias da água.
A caixa termoelétrica e-cooler é produzida
com os melhores materiais térmicos
disponíveis no mercado para garantir uma
estabilidade na temperatura ao armazenar
bebidas e alimentos no seu barco. Possui
uma unidade compressora embutida
e termostato com regulador digital,
com ajuste de temperatura entre –19ºC
e +25ºC. Tem como característica principal
a versatilidade, pois oferece em um único
equipamento 12V e 24V DC, e ainda
há duas opções de tamanhos: 30 e 60
litros. Acompanha um inversor DC/AC -
110/220V.
Mais que divertido, esse brinquedinho
é bem útil. O Vaavud, como é chamado,
mede o vento em qualquer lugar, quando
conectado a um smartphone iPhone ou
Android e ainda compartilha os dados nas
redes. O produto é ideal para velejadores
esportistas e para cruzeiristas que
enfrentam o mar aberto. Com o Vaavud,
é possível medir a velocidade do vento
em qualquer lugar obtendo depois de
alguns minutos um gráfico com a velocidade
média além da atual.
Os amortecedores a gás telescópico em
inox 316 são para uso nas tampas das
embarcações. As hastes são em inox com
eixo de 8 mm e olhal para fixação.
Os tamanhos e pesos variam de 244 mm x
180 mm – 30 kg a 900 mm x 520 mm –
45 kg (a primeira medida é o comprimento
total do produto e a segunda é a medida
dele fechado). Nas primeiras apresentações
do produto ao público, o retorno dos
navegadores foi positivo.
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NA TEMPERATURA IDEAL MEDIR E COMPARTILHAR
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A nova era de navegadores multifunções
chega ao mercado. O NSO Evo2
é a grande novidade da SIMRAD.
Ele vem equipado com dois
processadores Quad-Core, duas saídas
independentes de vídeo Full HD
e duas entradas para câmeras. Todas
as saídas de vídeo são feitas através
de cabos HDMI e têm alcance até
20 m comprimento. Com isso, é possível
colocar um display no comando do seu
barco e outro display no Fly-Bridge com
sinal de vídeo de altíssima qualidade.
PERFILNÁUTICO28
P
elo que se tem notícia,
a primeira tentativa de
construir um barco de
fibra de vidro foi executada pelo
americano Ray Greene em
1931. Ele sugeriu que a sua tese
de Mestrado, na Universidade de
Ohio, fosse a construção de um
barco no autoclave da escola.
O título da sua tese era
“Choosing Plastics for Large
Objects”. No caso, um barco
de 14 pés, e, assumindo que ele
não queria chamar a atenção do
resto da escola construindo um
barco para seu próprio uso, ele
não mencionou nada a respeito
Com as experiências militares
da 2ª Guerra Mundial,
o governo americano financiou
em larga escala a pesquisa para
a produção de materiais
sintéticos que pudessem ser
usados no esforço de guerra.
Mas foi somente após a
inteligência britânica ter adquirido
cópias de documentos alemães
sobre a fabricação e cura de
resinas sintéticas e ter passado
para os americanos (de graça),
é que os primeiros laminados,
parecidos com os de hoje em
dia, foram fabricados.
Nessa época ainda não havia
praticamente resina decente
disponível e todas necessitavam
de um forno para secar. Em
temperaturas altas, as resinas,
que quase eram sólidas no início
da laminação, se liquefaziam
e escorriam, sendo depositadas
no fundo do casco. Para espessar
a resina usava-se amianto. A alta
temperatura fazia os materiais se
do barco durante o trabalho.
Nem depois.
O primeiro problema dele foi
conseguir uma resina, pois as
primeiras foram desenvolvidas em
1920, mas não eram nem parecidas
com o que existe hoje. Precisavam
de autoclave e temperatura para
curar, eram viscosas. A primeira
versão de fibra de vidro semi
-industral foi criada em 1931 por
uma empresa que deu origem à
Owens Corning de hoje. E adivinha
quem comprou o primeiro lote?
Ray Greene.
Embora não tivesse tido sucesso
nas primeiras tentativas, ele ficou
dilatarem de formas diferentes,
proporcionando todo o tipo de
empeno. Os moldes e os fornos
eram feitos de madeira, então já
se pode imaginar a quantidade
de incêndios dentro das fábricas.
O segredo era a alma do
negócio! O construtor que
conseguia solucionar um
problema que hoje talvez fosse
simples não deixava ninguém
entrar na fábrica com medo de
alguém roubar algum segredo.
Foi somente depois de 1946 que
os primeiros barcos, produzidos
em série, apareceram.
Os primeiros barcos à venda
tinham cerca de 17 pés e
foram produzidos mais de 2 mil
unidades em quatro anos. Ainda
não usavam gelcoat e o convés
era de madeira. Acreditem ou
não, os barcos eram construídos
pelo método de infusão, pois
as resinas não secavam com a
presença de oxigênio. Tinham
que ser cobertas por um
tentando construir esse novo barco
com os materiais mais modernos
da época. Ray conseguiu terminar
seu primeiro casco somente em
1942. O barco não era nem de
perto como é um barco de hoje.
Não existia gelcoat! Ele teve
que comprar a fibra virgem,
lavar e secar para remover toda
a oleosidade e depois fazer um
tecido bem irregular, laminado
com uma resina que curava
parcialmente. Mas quem se
importava com isso naquela hora?
Esse certamente foi o primeiro
barco de fiberglass que se tem
notícia.
filme plástico. O método foi
patenteado logo em seguida.
Passaram-se muitos anos
até que os produtos fossem
industrializados e estivessem
disponíveis para todos os
fabricantes. Somente em 1955
apareceu a primeira resina que
podia ser curada com catalisador
à temperatura ambiente. Um
ano depois surgiu no mercado
finalmente o gelcoat. A partir daí
é que temos alguma consciência
de como os barcos de hoje em
dia são produzidos.O Primeiro
BarcoPor Jorge Nasseh
Fotos Divulgação
Pelo que se tem
notícia, a primeira
tentativa de
construir um barco
de fibra de vidro foi
executada pelo
americano Ray
Greene em 1931.
PERFILNÁUTICO30 PERFILNÁUTICO 31
O FUTURO
NO MAR
Unique Circle
Yachts chega
para romper
paradigmas
Por Rafaella Malucelli
Imagens divulgação
U
ma parceria entre o
famoso estaleiro alemão
Blohom + Voss com
a premiada arquiteta iraniana
Zaha Hadid chega para mostrar
como um projeto arrojado
de engenharia naval e design
contemporâneo pode acabar
com as tradicionais linhas
horizontais dos superyachts.
Com design fluido e inspirado
nas formas orgânicas do fundo do
mar, a linha Unique Circle Yachts
foi apresentada em Londres com
um protótipo de 128 metros,
que será usado como base para
construção de 5 superyachts
de 90 metros totalmente
customizados para os exigentes
clientes da Blohom + Voss.
JAZZ dos mares
O primeiro superyacht da
linha de cinco da Unique
Circle é o Jazz. Com todas as
especificações já definidas pelos
profissionais do estaleiro alemão,
o layout deixa possibilidades de
customização de acordo com
as necessidades de desejos do
futuro proprietário.
A arquitetura do iate foi feita
com o refinamento e com
todos os requerimentos para
cruzar oceanos.
“A ideia da linha Unique Circle
Yachts é permitir a variação
Com estrutura semelhante a um
exoesqueleto, os yachts desenhados
por Zaha Hadid permitem variações
dos espaços internos e externos.
Uma rede entrelaçada que varia
de espessura forma diferentes
ambientes sugerindo uma estética
natural que vai do interior para
o exterior, inspirada na forma
estrutural orgânica da vida marinha
subaquática.
O casco foi desenvolvido em cima
de pesquisas hidrodinâmicas para
ser desenhado. O iate foi concebido de um genótipo e seus fenótipos,
oferecendo uma gama de possíveis
soluções baseadas em uma
plataforma que os relacionem.
Como o resultado do design de
Zaha Hadid é maleável, é possível
atender os desejos e necessidades
individuais de um cliente potencial,
e é isso que está no coração da
abordagem Blohom + Voss para
o design de iates. A eficiência de um
projeto não se encontra apenas na
sua funcionalidade e forma, mas
também na sua capacidade de
adaptação”, explica Dr. Herbert
pelo escritório de arquitetura da
iraniana, com suporte técnico naval
da própria Blohom +Voss.
“Como objeto dinâmico, que se
move em ambientes dinâmicos,
o design de um barco deve incorporar
parâmetros adicionais àqueles usados
na arquitetura, já que tudo se torna
mais extremo na água. Cada iate
}é uma plataforma de engenharia
que integra demandas específicas
de hidrodinâmica e estrutura com
altos níveis de conforto, espaço
e segurança”, conta Zaha Hadid. Aly, o CEO da Blohom+Voss.
Para Aly, a construção de um
superyacht em um nível
estético é uma grande tarefa
de design com tudo customizado
até o último detalhe. Ele lembra
que na época dos barcos
a vapor, havia uma tentativa de
utilizar elementos da construção
de barcos na arquitetura.
“Zaha Hadid e sua equipe
pegaram essa essência
e criaram, com uma visão nova
e ousada, um novo marco na
criação de superyachts “, conclui.
Com design fluido
e inspirado nas
formas orgânicas
do fundo do mar,
o protótipo de
128 metros será
usado como base para
a construção de cinco
superyachts de 90
metros totalmente
customizados para
os exigentes clientes
da Blohom + Voss.
A piscina interna fica integrada ao oceano.
PERFILNÁUTICO32
Já famosos por construir
yachts inovadores, ousados
e 100% customizados há 135
anos, essa não é a primeira
vez que o estaleiro alemão
se une a escritórios de design
renomados para construir
obras de arte sobre as águas.
No portfólio estão alguns
projetos conhecidos pela
O projeto quebra paradigmas e mostra que é possível acabar com as linhas horizontais dos superyachts.
Ficha técnica
Arquiteta: Zaha Hadid Design
Design: Zaha Hadid e Patrik Schumacher
Design Team:Thomas Vietzke, Jens Borstelmann,
Daniel Widrig, Sofia Daniilidou, Ben Grubert,
Phillip Mecke e Patrick Euler
Engenharia naval: Michael Von der Heide
e Thomas Sperling
Comprimento: 90 m
Boca: 16 m
Velocidade máxima: 16 nós
Velocidade de cruzeiro: 14 nós
Motorização: 2X2160 KW Diesel
ousadia, como o Eclipse,
considerado o segundo maior
iate do mundo, com 533 pés
e valor aproximado de 485
milhões de dólares.
O superyacht foi desenhado
por Terrence Disdale para
Roman Abramovich. Outro
bilionário a adquirir uma obra
de arte da Blohom+Voss foi o
russo Andrey Melnichenko,
que por cerca de
US$ 300 milhões comprou
o inovador “A”, um 394 pés
desenhado por Philippe
Starck. Além desses, está
na lista de grandes projetos
customizados do estaleiro
o iate “Mayan Queen IV”
e o “Palladium”.
PARCERIAS PARA INOVAÇÃO
PERFILnáutiCo32
PERFILNÁUTICO34 PERFILNÁUTICO 35
Vocação e fascínioOs 25 anos de profissão de Fernando de Almeida
Por Amanda Kasecker
Fotos Divulgação/ Intermarine
C
om 25 anos de
bagagem, o yacht
designer Fernando de
Almeida tem muita história para
contar. Ele iniciou a carreira em
1989, na Itália, com um plano
em mente, e cumpriu o que
tinha prometido a si mesmo:
virar um projetista de barcos.
Quando adolescente, já tinha
a meta e então foi só traçar
o caminho para chegar lá.
“Cursei engenharia mecânica,
mas considerei também
engenharia naval e desenho
industrial. Naquela época,
o mercado nessa área, no Brasil,
era muito pequeno. Então
poucos anos depois de me
formar, concluí que para entrar
nessa área era necessário atuar no
mercado europeu ou americano”.
Foi então que Almeida saiu do Brasil.
Com uma mochila nas costas seu
plano era de velejar pelo mundo
para então se estabelecer na Europa
e atuar na área tão sonhada. “Foi
exatamente o que fiz. Velejei por
uns quatro meses entre Caribe e
Mediterrâneo e comecei
a trabalhar no escritório Yankee
Delta, em Monza, na Itália”,
resume o engenheiro.
De lá para cá Fernando coleciona
passagens bem-sucedidas pela
Europa e Estados Unidos. “Antes
de abrir o escritório, passei
dez anos na Europa e Estados
Unidos. Lá trabalhei com
a Nauta Yachts, Bertram Yachts
e Wally Yachts”. Já com seu
próprio escritório, em 2003,
na cidade de São Paulo, teve
como parceiros o estaleiro
sul-africano Southern Wind,
além de Riostar, Spirit Ferretti,
Intermarine, Proboat, Inace,
Carbrasmar e Recon. Isso sem
contar os clientes finais.
“Depois de me formar
concluí que para
entrar nessa área
era necessário atuar
no mercado europeu
ou americano.”
Para o designer um bom desenho é limpo, leve e essencial, sem perder a funcionalidade.
www.fernandodealmeida.com
PERFILNÁUTICO36
Assim que conquistou um
espaço no meio náutico,
Fernando de Almeida conta
que não poderia mais sair.
“Considero a arquitetura
de interiores nos barcos
particularmente fascinante
e desafiadora. Os espaços
são reduzidos e a geometria
do casco e superestrutura
são muito complexos. Além
disso, é um espaço que se
move e que você habita”,
afirma.
Com seu escritório,
atualmente, Fernando
oferece um trabalho bem
abrangente, muitas vezes
partindo de uma folha em
branco. “A nossa atuação
vai da concepção geral do
barco até o detalhamento
do interior. Em algumas
situações fazemos apenas
a arquitetura de interiores.
Em outras fazemos
a concepção do barco
e o design externo para
então trabalhar com
engenheiros navais e outros
arquitetos de interiores”,
conta.
Para ele, além de fascinante,
o trabalho é ainda
desafiador. “O mercado
evoluiu muito nos últimos
anos e o nível de exigência
do consumidor é muito alto
hoje em dia”. Ele conta ainda
que prefere pegar projetos
em que desenha tudo.
“É uma atividade para quem
realmente gosta de criar,
projetar. Projetamos camas,
criados-mudos, banheiros,
escadas, cozinhas, sofás,
etc., e tudo isso precisa ter
uma unidade”.
Com o know-how de quem
está no mercado há mais
de duas décadas, Fernando
afirma que para ele o “bom
desenho” é limpo, leve
e essencial. “E isso não
estava presente nos barcos
há alguns anos. Esse foi um
dos motivos principais para
eu ter procurado a Wally no
final dos anos 90. Eles fizeram
uma revolução a nível mundial
com seus veleiros que tinham
um desenho com essas
características”, relembra.
A dica do yacht designer
é não se esquecer da
funcionalidade: “Um barco
é antes de tudo um barco!”.
Para chegar a uma fórmula
ideal, ele conta que busca
inspiração nas mais diferentes
fontes, como a arquitetura,
o desenho de automóveis,
o desenho de produto em
geral. “A essencialidade dos
barcos clássicos e dos barcos
de serviço certamente são
uma fonte de inspiração para
mim”, complementa ele, que
ainda cita o mercado europeu
como uma grande referência.
Ao final, o que faz de cada
projeto o melhor, segundo
ele, é a satisfação do cliente.
E claro, do projetista também.
Fascínio pelo que faz
Essencial é limpo e leve
“A nossa atuação
vai da concepção
geral do barco
até o detalhamento
do interior.”
PERFILNÁUTICO38 PERFILNÁUTICO 39
Lugar de
marinheiroé na cozinha
Destaque na casa dos brasileiros, a área gourmet
vem saindo do papel de coadjuvante nas embarcações
Por Amanda Kasecker
Fotos Divulgação
PERFILNÁUTICO40 PERFILNÁUTICO 41
L
á se foi o tempo em que
a cozinha era o lugar de
menor preferência nas
casas brasileiras. Atualmente
cozinhar também é hobby,
terapia e lazer com os
amigos. Isso fica visível na
nova configuração das casas
e apartamentos mais recentes,
com as cozinhas americanas,
em que esse cômodo fica
bem mais integrado, separado
da sala apenas por um
balcão. Seguindo essa mesma
tendência, as áreas gourmets
dos barcos estão ganhando
cada vez mais destaque.
Da teoria à prática, muitas
vezes fazer uma cozinha bem
estruturada, equipada e ainda
bonita para as embarcações,
não é das tarefas mais fáceis.
A criatividade e o bom
aproveitamento de espaços
são muito importantes,
já que, embora tão essenciais
quanto as cozinhas de nossas
casas, as áreas gourmets das
embarcações dificilmente têm
o mesmo tamanho.
Se cozinhar virou lazer
e é tendência no Brasil
e no mundo, o meio náutico
também mergulhou de cabeça
nessa história.
“Se a cozinha passou a ser um
hobby, nossas embarcações
terão cozinhas bacanas para
a prática desse novo hábito.
Se antes pensávamos na
cozinha como algo funcional,
hoje essa visão se sofisticou
e sem dúvidas se tornou
um espaço de extrema
importância”, resume Marcos
Soares, responsável pelo
Grupo Sailing, distribuidor
da Beneteau no Brasil.
Para a Azimut, estaleiro
italiano com uma das maiores
redes comerciais de iates e
megaiates, com o dia a dia
acelerado, as pessoas têm
valorizado mais as alternativas
para aproveitar seus
momentos de lazer.
“E, sem dúvidas, um
espaço belo, agradável e
bem equipado faz toda a
diferença”, complementa o
diretor do estaleiro, Davide
Breviglieri.
Nas embarcações, geralmente
há dois espaços de destaque
para a gastronomia. Além
da cozinha, que não pode
faltar, as churrasqueiras
também já se tornaram
um item praticamente
indispensável, coisa de
“jeitinho brasileiro”. Segundo
o gerente de vendas do
estaleiro Schaefer, Guilherme
Andrade, a churrasqueira é
tão importante que se tornou
um item até decisivo na hora
da compra de um barco, pela
Para explorar esse assunto,
a Perfil Náutico foi conversar
com alguns dos principais
estaleiros e descobrir quais
truques eles utilizam para
montar as cozinhas de suas
embarcações de todos os
tamanhos e ainda o que
não pode faltar nas áreas
gourmets dos barcos.
característica de bom anfitrião que
o brasileiro tem.
Mas e, afinal, o que não pode
faltar? Uma cozinha de um barco
é igual a uma cozinha para a nossa
casa? Segundo o estaleiro Azimut,
em uma embarcação, um dos
elementos fundamentais é gerar
uma conexão com as demais
áreas de convivência.
Ou seja, posto de comando
principal, sala de estar, área de
jantar e área externa da popa,
formando um ambiente de
convívio. Dessa forma, o chef
do dia (ou da noite) prepara a
refeição cercado pelos amigos.
Já o gerente de marketing
do estaleiro Ferretti, Diego
Chrstiansen, acredita que a boa
ventilação é uma característica
fundamental.
“O ambiente não é muito grande,
então temos que encontrar
soluções diferentes”, explica.
Para atender ao público
brasileiro algumas
embarcações, como
a Beneteau GT 40,
possui churrasqueira
elétrica – que não
fica na cozinha, mas
cria-se mais um espaço
gourmet a bordo.
Da teoria à
prática, muitas
vezes fazer uma
cozinha bem
estruturada,
equipada e ainda
bonita para as
embarcações,
não é das tarefas
mais fáceis.
Nas embarcações,
geralmente há dois
espaços de destaque
para a gastronomia.
Além da cozinha,
que não pode faltar,
as churrasqueiras
também já se
tornaram um item
praticamente
indispensável,
coisa de “jeitinho
brasileiro”.
Decoadjuvanteàprotagonista
PERFILNÁUTICO42 PERFILNÁUTICO 43
Para o estaleiro Intermarine,
o projeto da cozinha de
um barco deve priorizar
o melhor espaço de
aproveitamento, levando
em consideração
a ergonomia, a praticidade,
a segurança e o espaço
para acomodar todos
os equipamentos como
geladeira, cooktop, micro
-ondas, pia, exaustor,
entre outros, além dos
espaçosos para guardar
pratos, talheres, copos,
taças, panelas, utensílios e
alimentos.
“Pensar em uma cozinha em
alto-mar vai além do básico,
precisamos escolher a dedo
o material usado, pensando
na duração dos mesmos, além
do espaço reduzido, que deve
ser muito bem aproveitado”,
complementa Soares, da
Beneteau. A estabilidade
para os usuários e utensílios
também é uma questão ímpar,
barcos acima de 60.
Quanto menor o tamanho da
embarcação, maior o desafio.
As cozinhas de embarcações
de 30 a 40 pés são mais
compactas e por isso exigem
mais trabalho para deixá
-las tão usáveis quanto as
de um barco de 80 pés,
por exemplo.
Para isso, um ponto-chave nas
cozinhas desses barcos é o
planejamento e a otimização
do espaço interno. A Sessa
Marine afirma utilizar muito
esse recurso, tanto é que
muitos modelos do estaleiro
já vêm com cozinha com
versão completa, como
segundo o representante do
estaleiro. E, para isso, existem
móveis e funções próprias
para as embarcações.
Da teoria à prática, a Perfil
Náutico quis saber como
foram pensados os projetos
das embarcações dos mais
variados tamanhos. Confira
a seguir as cozinhas mais
compactas – dos barcos de
até 40 pés, as camaleoas –
de embarcações até 60 pés,
e ainda as maiores – dos
na C36 e C40. Isso significa
dizer fogão, exaustor, forno de
micro-ondas e geladeira (130
litros na C40 e de 110 litros na
C36), além de espaço para uma
bancada de apoio com painel de
espelho, que integra o ambiente
e facilita a preparação dos
alimentos.
E não é por ser pequena que
as cozinhas desses barcos têm
menos “capricho”. Nessas duas
embarcações, são priorizados os
detalhes em madeira, pontos de
iluminação e acabamentos com
materiais refinados, com armários
laqueados e metais italianos.
Para garantir a ventilação e a
iluminação, a Sessa projetou uma
vigia em frente à pia e aberturas
de vidro no teto do salão.
Já no cockpit a aposta é em uma
minicozinha de apoio, que, junto
com a churrasqueira, a mesa
e o sofá, formam um espaço
gourmet que acomoda até seis
pessoas sentadas. Nesse espaço
ainda é possível a instalação de
um minibar.
No estaleiro Beneteau, a Gran
Turismo 40 dá destaque para
o espaço gourmet externo com
a Churrasqueira Kenyon, grande
pedida dos brasileiros que gostam
de confraternizar com os amigos.
Nesse espaço, a pia possui duas
temperaturas de água: fria e
Na Intermarine 75 há duas opções de layouts para a cozinha. Na da imagem, ela aparece integrada ao salão.
As compactas: 30 a 40 pés
A C40, da Sessa Marine, utiliza
como ponto-chave o planejamento
e a otimização do espaço interno,
possibilitando uma cozinha
completa a bordo.
PERFILNÁUTICO44 PERFILNÁUTICO 45
Camaleoas: 40 a 60 pés
quente e icemaker.
Nem tão grandes, mas
também nem tão pequenas,
as cozinhas dos barcos que
vão de 40 a 60 pés são
verdadeiras camaleoas.
Apesar de não terem um
espaço grande, já há mais
flexibilidade para colocar
objetos com dupla utilidade
e, em geral, também sobram
espaços para itens como
micro-ondas e lava-louças.
A Azimut 48, por exemplo,
tem uma cozinha bem
ampla. Segundo o estaleiro,
a maior da categoria. Conta
com mesa de jantar, que
pode ser transformada
em uma superfície de
do barco. Na segunda opção,
lançada recentemente, a
cozinha está logo na entrada
no salão, mais integrada
com a praça de popa.
Independentemente da opção
escolhida, a cozinha conta com
duas geladeiras de 120 litros,
cooktop de 4 bocas, micro
-ondas com forno elétrico
integrado, pia, exaustor, uma
ampla bancada para trabalho,
armários e gavetas.
Do estaleiro Sessa, a lancha
trabalho, destacando as
soluções versáteis para as
embarcações. Ainda tem pia
de aço, fogão, exaustor, forno
de micro-ondas, geladeira de
190 litros, compartimento
para máquina de lavar louças
e compartimentos que podem
aumentar a capacidade de
armazenagem.
Seguindo também a tendência
Fly 42 também é
posicionada na parte
inferior, integrada com o
salão e já vem completa
na versão de série, com
geladeira 125l + 40l de
freezer, fogão, exaustor,
forno de micro
-ondas, pia em corean
e armários com
acabamento laqueado.
Um dos segredos do
estaleiro é planejar bem
o interior para que sejam
nacional, na Azimut 48 há
ainda a área de refeições do fly
com churrasqueiras, ligada aos
espaços de relaxamento.
Já o estaleiro Intermarine, com
a sua lancha de 60 pés, tem
a cozinha no deck principal
integrada ao salão. Há duas
opções de layout. Na primeira,
a cozinha está mais à frente,
próxima da área do comando
Apesar de não
serem grandes,
essas cozinhas
já têm mais
flexibilidade para
colocar objetos com
dupla utilidade.
O posicionamento privilegia a iluminação natural e a ventilação da cozinha na Fly 42, da Sessa Marine
PERFILNÁUTICO46 PERFILNÁUTICO 47
As maiores: acima de 60 pés
Com isso, o preparo de
grandes refeições acontece em
uma área isolada da área social
do barco.
A cozinha da 70 pés da Azimut
segue uma linha de integração.
Segundo o estaleiro, o
objetivo é proporcionar um
ambiente prazeroso tanto
para quem cozinha, quanto
para quem está fazendo
companhia. O salão da
embarcação ainda é conectado
ao posto de comando e living,
proporcionando uma grande
área de lazer e confirmando
a ideia de que a cozinha já
se tornou uma área para
encontro de amigos.
O estaleiro Ferretti posicionou
todas as suas cozinhas da linha
530 a 660 na popa dos barcos.
A ideia que aparece mais uma
vez é a da integração. Nas
embarcações ainda maiores,
como a Ferretti 800,
as cozinhas são posicionadas
mais na proa e com um acesso
ao passadiço lateral para
tripulação, fazendo assim que
os tripulantes não tenham que
circular pela sala do barco para
servir a popa.
criados mais nichos para guardar
louças e utensílios.
Um pouco maiores, as cozinhas
das embarcações de mais de 60
pés já conseguem proporcionar
mais conforto aos tripulantes.
Nessa categoria, o estaleiro
Intermarine destaca os barcos 65
e 75. No de 65 pés, a cozinha
está localizada próxima ao
posto de comando. Possui duas
geladeiras de 120 litros, cooktop
de 4 bocas, micro-ondas com
forno elétrico integrado, pia,
exaustor, uma ampla bancada
para trabalho, armários e gavetas.
Já na Intermarine 75 o layout
padrão pode ser modificado de
acordo com as necessidades
do proprietário. Por ser um
barco maior, grande parte
dos proprietários já tem até
cozinheiro a bordo. Dessa forma,
a cozinha, que originalmente é
localizada próxima ao posto de
comando pode passar por uma
modificação: ela vira um espaço
menor, de apoio no salão, e a
cozinha principal vai para o deck
inferior, na área dos marinheiros.
Nas
embarcações
maiores, como
a Ferretti 800,
há espaço ainda
para uma mesa
de jantar.
Até 40 pés
- Espaços bem otimizados
- Aberturas e janelas estratégicas para dar sensação de amplitude
- Priorizam itens essenciais como geladeira, pia e fogão
- Ampliam a área gourmet, colocando churrasqueira na popa
De 40 a 60 pés
- Mais espaço para armazenagem
- Funções duplas para um objeto: mesa que vira balcão para cozinhar
- Luz natural dá sensação de maior
- Possibilidade de dois layouts de salão e cozinha
- Micro-ondas e lava-louças já podem fazer parte do ambiente
Mais de 60 pés
- Ideia de amplitude ainda maior, unindo ambientes
- Mais acessórios
- Bancadas de trabalho maiores
- Design mais arrojado
Conheça as características das cozinhas
de acordo com os tamanhos dos barcos:
PERFILNÁUTICO48 PERFILNÁUTICO 49
“Se cozinhar é uma arte,
cozinhar a bordo é para
artista de circo”. A frase do
expert Carlos Brancante
ilustra um pouco do que
pode ser se aventurar na
área gourmet do seu barco.
Depois de acumular mais de
150 mil milhas navegadas,
em quase 1.800 dias de mar,
o mestre resolveu escrever um
livro contando um pouco dessa
arte, que pratica usualmente a
bordo de seu Trawler Lord Gato.
“Cozinhando a bordo” tem todas
as dicas aos aventureiros, além
de receitas para serem feitas
em alto-mar. O mestre também
conversou com a Perfil Náutico
para dar algumas dicas. Confira!
Perfil Náutico: De onde
surgiu a ideia do livro?
Carlos Brancante: Eu
aprendi a cozinhar pela falta
de cozinheiro nas minhas
travessias, quando velejava
e competia. Muito tempo
depois, um amigo, Almirante
Pierantoni, sugeriu que eu
fizesse uma palestra sobre
cozinha de bordo e a ideia
do livro surgiu daí.
PN: É difícil cozinhar
a bordo?
CB: Como menciono no
livro, cozinhar é uma arte e
cozinhar a bordo é para artista
de circo: o balanço de uma
pequena embarcação sob
tempo duro, passa a exigir do
“artista” atributos de trapezista,
equilibrista e contorcionista.
É importante ter os utensílios
sempre à mão, o que
evitará afastar-se do apoio
e desequilibrar-se. Com o
barco em movimento, quanto
menos nos locomovermos
melhor e, nos veleiros, estar
preso ao cinto de segurança é
fundamental. Mas, o essencial
é a organização e a escolha
dos pratos.
PN: Quais utensílios não
podem faltar?
CB: Panelas altas e presas ao
fogão, facas de qualidade – as de
cerâmica são muito úteis, pois
não enferrujam –, um avental
impermeável e térmico, nada que
diferencie muito do que temos
em casa, apenas com o critério
da praticidade.
PN: Que alimentos devem ser
priorizados em curtas
e longas viagens?
CB: Hoje existem muitas opções
de alimentos semiprontos que
podem facilitar a tarefa quando
em viagem. Biscoitos são ótimos
para situações em que cozinhar
se torna difícil, assim como sopas
para os turnos da madrugada. Em
viagens, optar por um prato único
que dispense a utilização de faca.
Risotos, picadinhos, peixe, camarão
e strogonoff são ótimas opções.
Quando atracados, aí podemos
ousar: de feijoadas a paellas, os
peixes recém-pescados, sempre
com um sabor excepcional.
PN: Quais as principais dicas
para os cozinheiros a bordo?
CB: Separar tudo o que irá utilizar
e colocar o mais perto possível, até
mesmo dentro da cuba da pia.
Usar panelas altas e jamais
cozinhar em mar aberto com
panelas soltas, pois qualquer
tranco, ou mesmo a marola
de outra embarcação podem
derrubá-las. Atentar sempre
para a segurança, mantendo
uma válvula solenoide que
interrompa o gás quando
usamos GLP e um extintor
de incêndio que deve estar
sempre à mão. Na hora da
compra é importante ter
uma lista dos alimentos e as
quantidades. Isso, além de
ajudar a não esquecermos de
nada ao zarparmos para uma
viagem, evitará a compra de
coisas desnecessárias.
Aprendendo com quem sabe Receitas para cozinhar a bordo, de Carlos Brancante
PAELLA DE FRUTOS DO MAR
PEIXE A LORD GATO
Ingredientes:
- 4 colheres (sopa) de azeite virgem
- 1 cebola média picada
- 2 dentes de alho picados
- 16 camarões médios limpos, com o rabo
- 1 lagosta pré-cozida
- 300 g de polvo pré-cozido
- Suco de 1 limão
- 3 lulas limpas cortada em anéis
- 1 xícara (chá) de arroz
- 2 colheres (sopa) de páprica
- 1 lata de tomate pelado picado
- 3 xícaras (chá) de caldo de
camarão ou de água fervente
- Salsa picada a gosto
Ingredientes:
- 1 badejo inteiro sem as vísceras
- 2 kg de sal refinado
Molho de alho
- 4 colheres (sopa) de manteiga
- Azeite virgem
- 4 dentes de alho em lâminas
Modo de preparo:
Refogue a cebola em metade do azeite em uma frigideira
grande e de bordas altas.
Junte o alho e deixe dourar. Acrescente o camarão temperado
com sal, pimenta e suco de limão e frite em fogo alto por
5 minutos. Junte o polvo e a lagosta cortados em pedaços. Retire
os camarões, o polvo e a lagosta e reserve. Acrescente as lulas
temperadas com sal e pimenta e frite por 4 minutos. Retire as lulas
e reserve. Acrescente o arroz e refogue por 5 minutos em fogo alto.
Adicione o tomate pelado e o caldo de camarões (ou a água) e a páprica.
Cozinhe em fogo moderado, mexendo de vez em quando, por 15 a 20
minutos ou até que o arroz fique cozido al dente. Junte os frutos do mar
reservados, misture e cozinhe somente para aquecer. Prove o sal, polvilhe
com a salsa e mais um pouco de páprica e sirva.
Modo de preparo:
Forre uma assadeira com a metade do sal. Deite o peixe
e cubra-o com o sal restante.
Leve para assar em forno médio até que o sal esteja
endurecido. Retire o peixe do formo e o sal, que deverá estar
semelhante a uma placa de gesso. Abra cuidadosamente o peixe
e retires os filés. Coloque-o num refratário e acrescente o molho
de alho. Sirva acompanhado de batatas cozidas.
Preparo do molho:
Aqueça o azeite numa frigideira e adicione o alho até dourar.
Em seguida adicione a manteiga incorporando bem. Coloque
sobre os filés de peixe.
MARINAS
NACIONAIS
TRADIÇÃO
E INOVAÇÃO
LADO A LADO
Por Camila Castro
Fotos Divulgação
L
evantando o título
de primeira marina
brasileira a entrar em
operação, a Marinas
Nacionais traz infraestrutura
náutica e de lazer aliada
à tecnologia e conceitos
sustentáveis. Localizada no
Parque Estadual do Guararu,
no Guarujá (SP), está cercada
de Mata Atlântica, ocupando
uma área de 150 mil m², sendo
79 mil m² de área utilizada,
e 71 mil m² de reserva
ambiental.
Atualmente, a Marinas
Nacionais tem capacidade de
Do início, em 1975, para cá,
modernizações acompanharam
o mercado náutico brasileiro.
A marina obteve diversos
investimentos para oferecer
o melhor suporte aos
navegadores. “No início,
A localização da Marinas
Nacionais é um dos seus
maiores destaques. Isso
porque ela está próxima dos
principais roteiros de barco,
o que representa economia
de tempo e de combustível
da embarcação. Além disso,
a Mata Atlântica ao seu redor
dá um encanto especial ao
ambiente.
Para que as atividades sejam
realizadas sem prejudicar o
meio ambiente, a empresa
520 vagas para embarcações,
sendo 140 vagas molhadas,
poitas para veleiros e 380 vagas
secas distribuídas em nove
hangares, sendo dois deles
de empilhamento. Para içar as
embarcações, a segurança é
garantida por dois guindastes
Travelift. Um deles tem capacidade
para barcos até 50 toneladas
e outro para até 80 toneladas.
No hangar de empilhamento,
utiliza-se Forklifts, duas
empilhadeiras negativas que
retiram barcos de até 32 pés da
água e os colocam imediatamente
em seus locais de guarda.
Nas vagas molhadas a capacidade
é de barcos até 110 pés.
Segurança e serviços fundamentais
são oferecidos nos píeres de
atracação, como água e luz
e possuem equipamentos de
emergência. A infraestrutura ainda
o mercado náutico ainda era
incipiente, existiam mais veleiros
do que lanchas. O hangar
empilhado, onde os barcos são
colocados em suportes em forma
de prateleira, foi uma inovação.
Depois vieram a bacia de atracação
investe em várias ações sociais.
Entre elas, o Grupo de Ação e
Prevenção Ambiental (Gapa),
formado por colaboradores
voluntários treinados para atuar
em situações de emergência
– como derramamento de
hidrocarbonetos –, a utilização de
produtos biodegradáveis, a adoção
da linha Ecosea – que não altera o
PH da água –, entre outras.
Essa iniciativa, unida a medidas
sustentáveis adotadas no dia
a dia da marina, renderam
contempla: ampla área de
estacionamento, heliponto
e área de estacionamento para
os helicópteros, sala rádio para
suporte à navegação, segurança
24 horas, área para serviços
de manutenção e posto de
combustível com qualidade
e procedência garantida.
Além disso, todas as locações
da Marinas Nacionais possuem
apólices de seguro para
as embarcações.
com vagas molhadas, um
travelift e um forklift, que
confere mais segurança e
agilidade na movimentação
das embarcações”, conta
Juan Alfredo Rodriguez, sócio
administrativo.
reconhecimento internacional
à Marinas Nacionais,
com a conquista do selo
mundialmente reconhecido
“Bandeira Azul”.
Iniciativas
sustentáveis
renderam
à marina
o selo
internacional
Bandeira Azul.
INOVAÇÕES AO LONGO DO TEMPO
RECONHECIMENTO MUNDIAL PELA SUSTENTABILIDADE
Investimentos no hangar seco e em empilhadeiras fizeram parte da modernização da marina.
PERFILNÁUTICO50 PERFILNÁUTICO 51
O restaurante La Marina tem
uma linda vista para o Canal de
Bertioga e a Serra do Mar.
O cardápio possui combinações
que ressaltam e valorizam
os ingredientes que o litoral
proporciona, principalmente
frescos, como peixes e frutos
do mar. Nos finais de semana,
oferece buffet de café da
manhã. “O La Marina promove
eventos gastronômicos diversos
como degustações de vinhos
e cervejas com sommelieres
convidados e jantares temáticos”,
conta Juan.
O usuário também pode contar
com espaços para descontração
e lazer, como piscina com
vestiários equipados com itens
de higiene pessoal e acesso
para cadeirantes, sauna, sala de
leitura, sala de TV, sala de jogos
e playground. A área social ainda
conta com rede wireless de
acesso à internet.
LAZER E GASTRONOMIA EM ALTA
Lounges e espreguiçadeiras são convites para relaxar.
serviço
MARINAS NACIONAIS
www.marinasnacionais.com.br
Parque Estadual do Guararu – Guarujá/SP – Brasil
Latitude 23º 52’ S - Longitude: 46º 09’ W
Canal - 68/69/74 VHF Delta 45
O valor é determinado de acordo com o tamanho da embarcação.
PERFILNÁUTICO52 PERFILNÁUTICO 53
PERFILNÁUTICO54 PERFILNÁUTICO 55
Novidade
na Sea Ray:
510 fly
A 40 pés da Beneteau
Barco de respeito:
Contest 42 CS
Quest 268:
o Bass Boat mais vendido
Aguz Marine promete
exclusividade e tecnologia
IDEIAS . PROJETOS . CONCEITOS
PERFILNÁUTICO56 PERFILNÁUTICO 57
Sea Ray 510 FlyNovo yacht marca a mudança da linha de
grandes barcos do estaleiro norte-americano
Por Angelo Sfair
Fotos Divulgação
PERFILNáutICO56 PERFILNáutICO 57
PERFILNÁUTICO58 PERFILNÁUTICO 59
C
om lançamento oficial previsto
durante o Rio Boat Show 2014,
a Sea Ray 510 Fly foi projetada
para agradar ao público que busca
modernidade, sofisticação e, sobretudo,
desempenho. O projeto faz parte da renovada
linha de embarcações de grande porte
do estaleiro e dá um upgrade no modelo
Sundancer 510, sendo o primeiro yacht com
flybridge da categoria Sport Yachts,
que engloba barcos de 41 a 51 pés.
Com uma tradição de mais de 50 anos nos
Estados Unidos, a Sea Ray é considerada a
maior fabricante do mundo de barcos de lazer
de alta qualidade. Parte do Grupo Brunswick
Boats, que no Brasil tem sede em Joinville
(SC), caracteriza-se por barcos esportivos
que vão de 19 pés a yachts de 61 pés.
O Flybridge é o grande destaque e o
diferencial da nova 51 pés. “Tínhamos a
necessidade de revitalizar e remodernizar
a linha de barcos grandes da Sea Ray.
Principalmente a linha Flybridge, que até
então era considerada pequena e agora vem
com uma proposta ainda mais moderna,
contemporânea e espaçosa”, aponta o gerente
comercial da Brunswick no Brasil,
Manoel Santana.
Além disso, a 510 Fly apresenta novo
design, que segue as tendências europeias
de embarcações, que o estaleiro acredita
ser atrativo para o público brasileiro.
Irá custar a partir de R$ 4,7 milhões
com motorização standard.
O interior da Sea Ray 510 Fly foi pensado para
oferecer espaço e conforto. O design interno
explora a iluminação natural da embarcação
e se destaca pela integração dos ambientes.
“As amplas janelas fazem com que as pessoas
que estão dentro do barco não percam
a sensação de estar navegando em alto-mar”.
Por contar com boa visibilidade do mar,
o salão interior pode ser uma opção para
quem prefere o conforto do ar condicionado
ao calor externo.
A área social com a cozinha gourmet próxima
ao salão compõe um ambiente integrado ao
cockpit. No mesmo local está a estação de
comando completa padrão Sea Ray, equipada
com eletrônicos de navegação da Raymarine.
Os três camarotes contam com um bom
pé-direito medindo aproximadamente dois
metros, o que proporciona uma sensação de
conforto até para os mais altos. A luxuosa suíte
master oferece aproveitamento total da largura
da embarcação de 4,6 metros e ainda possui
diferentes opções de configurações de acordo
com a necessidade de cada cliente. Os dois
banheiros que atendem as três cabines – uma
suíte de casal, um quarto de casal e outro
de solteiro – são completos com box de
banho separado.
A decoração foi toda desenvolvida pela própria
Sea Ray. O estaleiro destaca a preocupação
com o acabamento. Os móveis de madeira
são feitos em nogueira ou carvalho claro.
Já as janelas contam com a persiana em liga
de alumínio. E o carpete, que pode ser claro
ou escuro, é antimofo. O salão conta com
uma grande TV de LED e DVD player.
Para quem aprecia uma boa refeição a bordo,
o proprietário pode aproveitar tanto o fly
quanto o cockpit. Os dois locais podem ser
equipados com grill elétrico. O fly é espaçoso
e conta com duas mesas. Já no cockpit,
é possível aproveitar a praça de popa para
as refeições. A cozinha gourmet vem equipada
com ampla bancada, refrigerador e freezer.
Opcionais são oferecidos para tornar
o ambiente completo.
Integração interna decoração
gourmet
As amplas janelas fazem
com que as pessoas que
estão dentro do barco não
percam a sensação de estar
navegando em alto-mar.
PERFILNÁUTICO60 PERFILNÁUTICO 61
O diferencial do flybridge, que destaca a nova
embarcação 51 pés da Sea Ray na categoria,
é que oferece um generoso espaço de
15 m² para aproveitar o passeio com amigos
e familiares. Nele, cabem confortavelmente
12 pessoas que podem se acomodar em duas
mesas para refeições ao ar livre ou apenas
para petiscar, localizadas próximas ao bar.
Os assentos são conversíveis, com encostos
para popa ou proa, com espaço para guardar
objetos abaixo.
A entrada do fly tem seu diferencial devido
à porta que desliza para baixo do piso, o que
melhora a segurança e a otimização do espaço.
A área de comando é tão completa quanto
a interna, com poltrona dupla e targa para
antena do radar e demais acessórios.
O gerente comercial da Brunswick no Brasil
ainda destaca o solário para três pessoas
localizado no convés de proa, equipado com
A Sea Ray 510 Fly ganhou um aplicativo para
iOS. Ele é exclusivo para o uso em iPhones e
iPads. Esse app de realidade virtual possibilita
um tour pela embarcação. É possível explorar
vários detalhes da 510 Fly.
Depois de instalado, existem as opções
“Interior Tour” e “Exterior Tour”. Se o usuário
estiver com o catálogo da embarcação
por perto, basta apontar o aparelho para
a contracapa do catálogo para acessar
algumas opções extras, como a inclusão de
opcionais, troca de cor da embarcação –
cinco disponíveis –, adicionar informações
importantes e aproximar a imagem.
porta-copos e acessórios para banho de sol.
A Sea Ray 510 Fly é equipada com dois motores
T-Cummins QSC de centro com eixo direito
movido a diesel. Ele tem uma potência de
600 HP (420 kW) e, com essa motorização
standard, chega a uma velocidade de 23 nós
de cruzeiro, com consumo de 185.5 l/h.
A velocidade máxima é de 27,5 nós com
consumo de 242.3 l/h.
O usuário ainda pode escolher entre outras
duas motorizações: um motor T-Cummins QSM
de 684 HP (510 kW) ou ainda um T-Zeus QSC
de 600 HP (420 kW).
flybridge
aplicativo
Motorização
A 510 explora os espaços externos com ampla praça de popa e plataforma para banho.
O que destaca a nova
embarcação 51 pés da
Sea Ray na categoria
é um generoso flybridge
de 15 m² onde cabem
confortavelmente
12 pessoas.
Comprimento total
15,5m
Boca
4,67m
Calado
1,32 m
Peso
21.364kg
Velocidade máxima
27,5 nós
Velocidade cruzeiro
23nós
Capacidade do tanque de combustível
1892 L
Capacidade do tanque de água
530L
Passageiros pernoite
8Passageiros dia
15
Especificações técnicas
PERFILNáutICO 61
PERFILNÁUTICO62 PERFILNÁUTICO 63
A 40 PÉS DA BENETEAUExclusivo para brasileiros
Por Rafaella Malucelli
Fotos Divulgação
P
roduto brasileiro com estilo francês,
a Gran Turismo 40 pés da Beneteau
chegou no final do ano passado ao
mercado, produzida 100% na fábrica
em Angra dos Reis (RJ), ao lado do modelo
GT35 do estaleiro. Voltada para aqueles que
buscam um yacht prático, porém sem perder
a sofisticação, a GT 40 é um produto exclusivo
para o mercado brasileiro com características
que agradam e muito os consumidores daqui.
Instalada há dois anos no Brasil, os planos do
estaleiro francês no país são de longo prazo
e otimistas, com o objetivo de aumentar a
produção em 50% só neste ano.
Para agradar ao público, a 40 se tornou uma
adaptação do modelo internacional GT38 da
Beneteau. Assim como a irmã nacional de
35 pés, o destaque fica por conta do espaço
gourmet e a plataforma de popa, maiores
características da tropicalização do modelo.
PERFILNÁUTICO64 PERFILNÁUTICO 65
Lançada no último salão náutico de São Paulo,
em outubro do ano passado, as impressões
são otimistas junto ao público. “A recepção
foi muito positiva, já que o barco atende
perfeitamente aos hábitos culturais do público
brasileiro, que gosta de passear na companhia
da família e amigos com estrutura e espaço
adaptados para, por exemplo, realizar um bom
almoço em alto-mar”, conta o diretor
da Beneteau Brasil, Marcos Soares.
Com quase uma unidade vendida por mês até
o momento, o modelo, que custa a partir de
R$ 1,15 milhões, agrada aqueles que buscam
diversão de forma luxuosa. O design, de
P. Adriani, permite acomodar confortavelmente
14 pessoas a bordo. A embarcação possui
duas cabines com pé-direito de 1,90 metros
e banheiro confortável com dois metros de
pé direito. A cabine principal possui cama de
casal com armários bem distribuídos. A cabine
dos convidados pode ser com duas camas de
solteiro ou uma cama de casal. A decoração
é toda em madeira, que dá ar de elegância
aos quartos.
Com sofá para quatro pessoas, 1,92 m de
pé-direito e claraboias e vigias com cortinas
que contribuem para melhor entrada da
luz natural ao ambiente, o salão pode se
transformar em mais um ambiente para
pernoite de convidados. A mesa de madeira
maciça Alpi Mahogany é conversível em cama
de casal. Todo o espaço é equipado com alto
-falantes para o sistema de som da TV e do
CD Player. No mesmo ambiente, há uma
equipada cozinha com fogão, geladeira, micro-
ondas, pia e bancada de corian.
Criada para que a parte externa seja o
local mais aproveitado da embarcação, a
Gran Turismo 40 possui cockpit equipado
para que as atividades sociais sejam ao ar
livre. O espaço gourmet é o destaque com
churrasqueira elétrica e pia com torneira
retrátil na popa com Ice Box. Diversos
acessórios complementam o ambiente como
porta copos e taças, mesa dobrável em
madeira. O sofá com capacidade para oito
pessoas é conversível em solário. Há um
chuveiro com água quente e fria e a plataforma
de popa em Teka com escada retrátil.
O acesso é por porta com trava de segurança
e ainda existe espaço para balsa de salvatagem
e caixa para âncora. A segurança do cockpit é
feita por guarda mancebo em inox com púlpito
de proa semiaberto e corrimão.
SALÃO VERSÁTIL
VALORIZAÇÃO DA ÁREA EXTERNA
A GT 40 é um produto
exclusivo para
o mercado brasileiro
com características
que agradam e muito
os consumidores daqui.
PERFILNÁUTICO66 PERFILNÁUTICO 67
Comprimento total
12,4m
Linha d’água
11,46m
Boca
3,77 m
Altura
4,15m
Calado
0,85 - 1,05 m
Capacidade do tanque de combustível
650 L
Capacidade do tanque de água
200L
Motorização
2x300 HP
Motorização máxima
600 HP
Especificações técnicas
Ainda no cockpit fica a estação de comando
da embarcação, que segue a qualidade
e a tecnologia padrão do estaleiro francês.
O comando possui duplo assento central
e ainda um assento para o copiloto,
ambos dobráveis e reguláveis. O painel de
comando possui tinta antirrefletora com tela
multifuncional e todos os equipamentos de
série para uma pilotagem segura e confortável.
O teto solar é rígido com acionamento elétrico
e sensor de segurança.
O casco com tecnologia patenteada Air Step
é inovador ao aumentar o desempenho
com redução no consumo de combustível,
aumento da velocidade máxima e aceleração
mais rápida e linear. A tecnologia ainda deixa
o comando mais fácil e garante estabilidade
na navegação do barco. O estaleiro garante,
com o casco especial, melhor desempenho
nas ondas e otimização nas curvas rápidas.
A motorização é por propulsão centro
-rabeta feita por dois motores Volvo EVC
D4 300hp a diesel. A direção hidráulica
possui duas rabetas com hélices Dual
prop – contrarrotativas – com controle
elétrico. O compartimento de motor é
com revestimento acústico para suavizar
o barulho a bordo. A velocidade máxima
chega a 35 nós e a de cruzeiro é de
28,7 nós com motorização padrão.
ESTAÇÃO DE COMANDO
NAVEGAÇÃO PADRÃO EXCLUSIVA BENETEAU
Para que a parte externa
seja o local mais aproveitado
da embarcação, a Gran
Turismo 40 possui cockpit
equipado com espaço
gourmet e churrasqueira
elétrica.
PERFILNáutICO 67
PERFILNÁUTICO68 PERFILNÁUTICO 69
C
om 30 anos de mercado,
o estaleiro mineiro Ventura Marine
lança-se definitivamente em outros
mares. A empresa, que é referência
no segmento de embarcações de 16 a 26 pés
com a linha Comfort, lançou sua primeira Hard
Top de 35 pés, ampliando a linha Premium,
que já oferece a V330 targa e a V410 Fly,
esta um projeto com a Yamaha.
Por fora, a 350 HT acompanha as tendências
mundiais de design, com curvas arrojadas
e modernas. O cockpit está projetado para
até 14 pessoas, tem bons sofás, o hard top
com teto rígido rebatível traz um pé-direito de
1,90 m e vem com um sistema automático de
recolhimento, que o torna bastante prático.
A cabine da V350 HT Premium tem
1,95 m de pé-direito e acesso facilitado
com degraus de 40 cm e amplo espaço
interno. São duas cabines sem portas
nesse espaço. Uma delas vem equipada
com um sofá de proa que se transforma
em uma cama de casal de 1,70 m x
2,00 m. Já a cama de meia-nau tem
2,20 x 1,40 m. A mesa de jantar
também é rebatível e vira mais uma
cama que pode acomodar uma criança.
Uma cozinha e um banheiro fechado
completam a cabine.
Na plataforma de popa, que tem
1,35 m, há um espaço goumert com pia
e grill e um compartimento para guarda de
bote de apoio. Ainda conta com solário de
proa, com capacidade para duas pessoas.
A V350 HT também oferece opções de
motorização com um e dois motores,
apresentando bom desempenho com apenas
um motor. As opções na hora da compra
são um motor à gasolina de 380 HP; dois
motores à gasolina de 220 a 300 HP (cada)
ou ainda dois motores diesel de 170
a 220 HP (cada).
Chega ao mercado na versão básica de
série e com a menor motorização por
volta de R$ 445.000.
ventura 350 HTCom diferenciais únicos, a Ventura
se lança em outros mares
Por Amanda Kasecker
Fotos Divulgação
Acesso Facilitado
direto do estaleiro
A 350 HT da Ventura já chega com atributos únicos, de
acordo o gerente comercial Marco Garcia. Dentre eles,
dois são os principais: o teto rígido rebatível e a boa
navegabilidade com potência, com apenas um motor.
Para chegar a essa receita, Garcia conta que o barco
foi sendo planejado de acordo com a necessidade
do mercado e dos próprios clientes Ventura. “A
motivação veio principalmente de uma necessidade
de crescimento de nossa linha de produtos.
É claro que a escolha do modelo leva em
consideração algumas lacunas que encontramos
no mercado desse modelo no país”.
Pouco tempo após o lançamento,
63 unidades da 350 HT já foram vendidas.
Os novos proprietários dividem-se entre
clientes de embarcações da casa, como
a V265 e V330, e proprietários
de outras marcas que tenham
embarcações de 26 a 33 pés e
querem dar um upgrade.
“Temos a expectativa de pulverizar
esse produto ao máximo. Muito
em breve queremos encontrar
uma embarcação desse
modelo navegando por onde
estivermos”, conta o gerente
comercial Marco Garcia.
PERFILNáutICO 69
PERFILNÁUTICO70 PERFILNÁUTICO 71
Em 2014 o Ventura Marine deve lançar mais
dois modelos. “Um na linha Confort com 29
pés e outro na linha Premium com 50 pés.
Também esperamos consolidar nossa liderança
de mercado nos modelos entre 16 e 30 pés”,
conta o gerente comercial Marco Garcia.
Comprimento total
10,5m
Boca
2,98m
Peso com motor de menor potência
4.850 kg
Passageiros
14/dia e 4 pernoite
Capacidade do tanque de combustível
300 L
Capacidade de água
150L
Especificações técnicas
mais em 2014
Pouco tempo após
o lançamento,
63 unidades da 350 HT
já foram vendidas.
PERFILNáutICO70
FS 180A PEQUENA NOTÁVEL
DA FS YACHTS
Por Redação
Fotos Divulgação
PERFILNÁUTICO72 PERFILNÁUTICO 73
C
om um portfólio de lanchas até
30 pés e qualidade tipo exportação,
o estaleiro FS Yachts completa
15 anos de história em 2014.
No ano passado lançou a sua menor lancha,
a FS 180, que preenche uma lacuna do
mercado com uma embarcação de pequeno
porte que oferece características sofisticadas
de acabamento e design.
Com esse diferencial, A FS 180 então se
tornou um dos maiores sucessos do estaleiro
e desde o lançamento já teve 96 unidades
fabricadas em nove meses. Em sua maioria,
De acordo com Renato, a maioria das lanchas
pequenas fabricadas no Brasil são projetadas
buscando o baixo custo de fabricação, sendo
boa parte delas modeladas artesanalmente
por estaleiros de pequeno porte. Indo
na contramão dessa tendência, a FS180
possui características e materiais utilizados
em embarcações de porte maior, seja em
critérios de qualidade de construção, ou
acabamento final. “Essa visível qualidade final
da embarcação, aliada à tradicional marca
FS Yachts, fizeram da FS180 uma das
melhores opções do segmento”.
A 18 pés possui proa sextavada, seguindo
uma nova tendência mundial de embarcações
de grande porte, que oferece design
diferenciado e funcionalidade com mais
espaço a bordo na proa sem comprometer
a navegação.
O casco da embarcação é alto, com
um “V” agressivo na proa e apenas uma
pequena faixa de convés. As linhas laterais
evidentes também seguem uma tendência
mundial automotiva de vincos geométricos
bem definidos e a largura das réguas
laterais oferece estabilidade na navegação,
possibilitando curvas com raio curto sem
adernar. Essas características permitem que
a embarcação não fique limitada às águas
abrigadas, mas também possa navegar em
águas costeiras.
A embarcação possui adesivos externos
Chrome metálicos, ao invés dos tradicionais
resinados utilizados nas embarcações, e já
vem com a torre de esqui, ducha de água
doce, para-brisas de alumínio e vidro, bancos
giratórios e estofamento em diversas opções
de cores de série.
Com capacidade de atender confortavelmente
sete pessoas, o convés segue o desenho
geométrico da linha externa, no estofamento
e nas peças metálicas. A altura do costado
e do para-brisas oferece aos passageiros
segurança e conforto.
o proprietário da 18 pés é o marinheiro de
primeira viagem, porém sua versatilidade atrai
diferentes públicos. “Provavelmente é um
dos barcos mais versáteis de nossa linha, pois
atrai jovens que entram para comprarem uma
lancha ao invés de um jet ski, ou a família que
busca começar na náutica com um barco que
não gere muito custo, para depois trocar por
um maior, ou o praticante de wakeboard e
esqui aquático”, explica Renato Renato Affe
Gonçalves, diretor comercial da FS Yachts.
O modelo está disponível no mercado
a 60 mil reais, pronta para navegar.
Comprimento total
5,33m
Boca
2,22m
Peso sem motor
450 kg
Passageiros
7Capacidade do tanque de combustível
80 L
Motorização
60 a 130HP
Especificações técnicasA FS 180 possui
características
e materiais utilizados
em embarcações de porte
maior na construção
e no acabamento final.
CARA DE 18, ESTRUTURA DE 30
CONFORTO PARA SETE PESSOAS
PERFILNáutICO 73
QUEST 268O bass boat mais vendido,
agora ainda melhor
Por Redação
Fotos Divulgação
PERFILNÁUTICO74 PERFILNÁUTICO 75
C
ampeão de vendas da Quest
Boats, o 268 do estaleiro
paranaense chega em 2014
repaginado e com ainda mais
atrativos para os praticantes de pesca
esportiva. Parte de uma reformulação da
linha de nove barcos Bass Boats da Quest,
o objetivo é oferecer um portfólio mais
diversificado e para as diferentes necessidades
do pescador esportivo. Ainda para este ano
dois novos modelos serão lançados, o que
marca a expansão e o novo fôlego da marca,
que completa 20 anos.
Focados em atender esse mercado restrito,
porém em amplo crescimento,
a Quest prioriza ergonomia, estabilidade
e desempenho de navegação de seus barcos.
A nova versão do 268 traz novo cockpit,
trazendo o perfil do modelo 290 para os
demais barcos da linha e, dessa forma,
marcando o início da nova identidade
dos Bass Boats da Quest.
O 268 se destaca principalmente para
a pesca com iscas artificiais, caracterizado
por ser um barco de excelente custo-
benefício. Confortável quando está na água,
apresenta qualidade de navegação
e estabilidade. Destaca-se pela facilidade de
ser transportado e até carros de motor 1.8
são capazes de rebocá-lo.
Com a possibilidade de motorização de popa
de 90hp até 175hp, o 268 da Quest vem com
carpete náutico de série, painel com três teclas
e cockpit duplo, com o assento do passageiro
facilmente removível, além de pintura
gliterizada personalizada, cunhos de amarração
em inox, porta-luvas e geladeira. Ainda há
três bancos para passageiros, com para-brisa
removível em acrílico e porão de popa para
armazenamento de combustível, salvatagem
e baterias.
Para a pesca esportiva, possui bomba de
aeração de viveiro, porta-varas até 7 pés,
porão dianteiro para tralhas de pesca e mais
três caixas estanques de armazenamento de
equipamentos. Há ainda viveiro com aeração
para a manutenção do peixe vivo.
Apesar de ser um Bass Boat originalmente
específico para águas abrigadas e doces,
segundo Miguel, aqui no Brasil os modelos
Quest podem ser utilizados em baías para
a pesca de robalos, por exemplo, um dos
peixes mais esportivos do nosso país.
Essas mudanças marcam a nova direção da
Quest, sob o comando de Miguel Tomaz,
e vão além do design. “Estamos colocando
em linha de fabricação nova tecnologia de
laminação, que faz com que nossos barcos
sejam mais leves e ainda mais resistentes do
que os fabricados atualmente”, conta. Para
garantir a qualidade, a maioria dos materiais
– carpete, puxadores, glitter, gel, etc. –
é importada dos mesmos fornecedores que
as fábricas norte-americanas de Bass Boats.
“A Quest existe há 19 anos e tem a
permissão de fabricar todos os modelos Bass
Boats norte-americanos. Hoje eles já podem
ser considerados totalmente nacionais, já que
passaram por processos de modelagens para
se adequar às necessidades dos pescadores
brasileiros. A experiência de nossos clientes
faz com que a cada dia nossos Quests sejam
melhorados, nossa equipe não para nunca de
trabalhar e o objetivo é nos aproximar
ao máximo da perfeição”.
O MAIS PEDIDO
Comprimento total
5m
Boca
2,10m
Peso sem motor
400 kg
Passageiros
4Capacidade do tanque de combustível
84 L
Potência recomendada
90 a 150HP
Especificações técnicas
PERFILNáutICO 75
Por Redação
Fotos Divulgação
PERFILNÁUTICO76 PERFILNÁUTICO 77
Comprimento total
6,25m
Largura
2,59m
Calado
63,5 cm
Peso
1723 kg
Capacidade do tanque de combustível
147 L
Motorização básica
330 HP V8
Especificações técnicas
U
ma alternativa para as lanchas
esportivas, a Moomba, marca popular
de wakeboard nos Estados Unidos,
chegou ao Brasil em 2010 por meio
da Wake na Veia. Com uma característica diferente
das demais marcas que estão no país, a Moomba
oferece tudo que um barco da categoria deve ter,
porém com a promessa da melhor relação
custo X benefício do mercado. Agora para
2014 o lançamento é a Moomba Mondo,
uma espaçosa 20,6 pés.
Segundo o wakeboarder multicampeão Mario
Manzoli, responsável por trazer a marca ao país,
a Moomba tem o conceito de ser o melhor
barco de wake possível, com o menor preço.
“Eles usam a melhor tecnologia, os melhores
Modelo chega ao mercado de wakeboard
e wakesurf com design arrojado do casco
e itens essenciais para prática de esportes
aquáticos já de fábrica. Caracteriza-se por
possuir uma espaçosa área interna que
acomoda de forma confortável 13 pessoas.
Importado para o Brasil com possibilidade
de personalização, a Mondo oferece três
tipos de motorização, diversos adicionais
para estilizar a aparência da lancha, além
de sonorização e acessórios customizados.
Já de fábrica, o barco traz instrumentação
completa, sistema de lastro, piloto
automático, torre de wake, flap hidráulico
e carreta rodoviária original.
O valor da importação começa em
103.200,00 dólares. O casco moderno
de 2,59 metros de largura em V profundo
com lateral mais elevada, somado ao
novo sistema Flow, torna o barco uma
ótima opção não apenas para a prática
do wakeboard, mas principalmente para
wakesurf. O sistema faz da marola desse
barco uma das melhores da categoria,
além de proporcionar uma navegação
mais suave. O barco ainda conta com
as tecnologias Wakeplate e Gravity III.
materiais de construção e acabamento, mas
conseguem ter um custo muito competitivo
pelo processo de produção extremamente
eficiente”. Entretanto, vale ressaltar que com
o enorme mercado de barcos americano eles
conseguem atingir esse baixo custo graças à
grande escala de produção. Lá são produzidos
cerca de 1500 barcos por ano, enquanto por
aqui as marcas nacionais produzem cerca de
30.O desafio inicial, no entanto, foi introduzir
a marca no país, mas depois de
relacionamento junto a escolas de wake, foi
sucesso de vendas e já conta com mais de
30 barcos vendidos. Os modelos lançados no
Brasil são a Mojo 2.5, Outback V, Mobius LSV
e agora a Mondo.
Moomba
Mondo 2014Mais wake por menos
MOOMBA MONDO
POR QUE A MELHOR MAROLA?
FLOW – Sistema mecânico com falsos que
serve para formar a marola.
GRAVITY III – Sistema automático de lastro,
que, ao apertar o botão no painel, enche
automaticamente 600 litros de água em cerca
de 5 minutos e aumenta o tamanho da marola.
WAKEPLATE – Flap hidráulico com
acionamento no painel que ajuda o barco nas
arrancadas e para configurar o formato da
marola para cada modalidade ou de acordo
com a preferência de quem está na água.
PERFILNáutICO 77
PERFILNÁUTICO78 PERFILNÁUTICO 79
Para todos os gostoslazer e esporte para
diferentes estilos
Por Redação
Fotos Divulgação
www.gibbssports.com
www.sea-doo.com.br
www.yamaha-nautica.com.br
www.powerski.com.br
O anfíbio
Opremiado
O lançamento
O radical
Pensando em unir a moto ao jet ski, a GIBBS Sports criou o
Quadski: um verdadeiro automóvel anfíbio que pode transitar
tanto na terra como na água. Ele é equipado com um motor
DOHC da BMW de 1,3 litros, quatro cilindros, 16 válvulas
e 1.300 cilindradas. Esse é o mesmo equipamento usado
na moto K1300 da marca. São 140 cavalos de potência
quando o quadriciclo está na água e 80 cavalos nos
momentos que o jet ski corre no asfalto.
A velocidade máxima é de cerca de 72 km/h em
qualquer terreno.
A moto aquática Sea-Doo RXT-X 260 foi eleita pela Jet Ski
Magazine a melhor de 2013. O destaque da máquina
é sua alta performance. A estabilidade proporciona
que a máquina “devore” as águas com um
desempenho impressionante, sendo que cada
detalhe é resultado de um design meticuloso,
que ganha força por meio do motor Rotax
e agilidade com o exclusivo casco T3.
Para 2014 a Yamaha apresentou três novos modelos de Jets,
dentre eles o FX Cruiser com o motor SVHO (Super Vortex
High Output), que apresenta mais força e performance, com
o aumento da potência de 20% em comparação com o top
de linha da Yamaha do ano passado (FX Cruiser SHO).
O californiano Bob Montogomery, que foi o primeiro
distribuidor mundial autorizado da Kawasaki, desenhou
e desenvolveu os primeiros protótipos do PowerSki,
um sucessor do jet ski mais radical. Em 2008,
o PowerSki ganhou melhorias e conta atualmente
com um motor em alumínio 15 hp. O PowerSki
combina uma alta relação de aceleração/peso
com um design próprio e uma localização do
centro de gravidade que se mantém estável
em qualquer velocidade. O design também
permite o planeio em alta velocidade e curvas
com força G em grande aceleração com
simples mudanças de movimentos feitas
pelo piloto.
PERFILNÁUTICO80 PERFILNÁUTICO 81
CONTEST 42 CSRespeitado entre velejadores,
reconhecido pela mídia
Por Angelo Sfair
Fotos Divulgação
P
remiado nas categorias “Iate de Luxo”
e “Barco Importado” do ano por duas
importantes revistas especializadas da
Europa e dos Estados Unidos,
o veleiro Contest 42CS é um barco que
merece muito respeito. Esse projeto revela
toda a experiência de 50 anos construindo
veleiros clássicos do renomado estaleiro
holandês Contest Yachts e destaca-se por
suas linhas limpas e pelo bom desempenho.
Observando o projeto, nota-se a sua
agressividade e a alta tecnologia imposta em
cada detalhe. Um barco contemporâneo
desde a sua concepção, equipado com
o que há de mais novo no mundo náutico
sem perder a característica de luxo
e conforto do estaleiro.
O júri que elegeu o 42 pés da Contest como
o Barco Europeu do Ano na categoria Iate
de Luxo resume em uma frase o que
representa esse veleiro: “Ele traz o ambiente
de um cruzeiro de luxo de 60 pés para um
tamanho que pode ser comandado por uma
pequena tripulação. O excelente desempenho
do veleiro é incomparável”.
Dada a ótima navegabilidade aliada a todas
as características que fazem desse yacht um
campeão, o que não faltam são elogios em
fóruns, blogs e redes sociais dos próprios
velejadores para esse luxuoso veleiro de
cruzeiro. Isso tudo por um valor que não
chega a 400 mil euros.
Os veleiros da Contest ainda não estão
disponíveis em águas brasileiras, mas aqui
trazemos um pouquinho do que esse
campeão tem.
Linhas clássicas marcam os veleiros do tradicional estaleiro holandês que inova em tecnologia e design no 42 CS.
PERFILNáutICO80
PERFILNÁUTICO82 PERFILNÁUTICO 83
Comprimento total
12,85m
Boca
4,15m
Calado
1,8 m
Deslocamento
11.000kg
Altura do mastro
22,09 m
Vela grande
57m2
Capacidade do tanque de combustível
250 L
Capacidade do tanque de água
480L
Genoa 108%
47 m2
Motorização
Yanmar 54 HP
Especificações técnicas
Além dos diferenciais de design e tecnologia,
o Contest 42CS é um barco projetado para
ser um excelente navegador. O layout do
convés é limpo e organizado, e o desempenho
do conjunto de velas não deixa nada
a desejar. São três opções que se adaptam
às pretensões do proprietário. Para quem
aprecia a tranquilidade, a versão Shorthanded
possui um guincho central no cockpit localizada
ao lado do leme para operar a vela.
Já o layout Cruising prioriza o conforto, dando
mais espaço para a cabine. A terceira opção
é a Performance: ideal para quem gosta de
velocidade. Esta última versão apresenta alguns
detalhes, como a disposição do cockpit e do
leme, que maximiza a velocidade potencial.
A plataforma de carbono sustenta bem as
grandes velas. Elas têm o tamanho necessário
para que o usuário sinta-se seguro a bordo,
e prometem uma boa navegação até mesmo
para mares agitados.
O Contest 42CS é, também, um barco com
grandes opções de customização.
É possível construir, dentre as possibilidades
pré-estabelecidas, um veleiro para a família
ou um veleiro de alto desempenho.
As personalizações podem ser feitas na parte
externa, no cockpit e até mesmo no layout de
popa. O objetivo é agradar desde as famílias
com crianças a bordo até aos mais experientes
marinheiros que procuram um barco à vela
de última geração.
DESEMPENHO DE VELEJO
Marcado pela simplicidade e linhas diretas,
o 42CS de tão simples torna-se ousado.
Caracteriza-se por ser uma embarcação rápida,
moderna, elegante e de altíssima qualidade
construtiva. Um dos jurados do concurso
“Barco Importado do Ano” da revista Cruising
World destacou a solidez da construção
e a segurança que o Contest 42CS oferece.
O Constest 42CS dá um grande passo à frente
no quesito contemporaneidade. O barco está
pronto para esta geração, que se acostumou
com o conforto das novas tecnologias.
O sistema digital das operações básicas
do barco, por exemplo, é completamente
integrado e permite ao usuário controlar as
ações pelo seu celular – via internet ou SMS.
Há também uma ampla gama de opções de
layout de interiores criados em parceria com
os arquitetos de interiores “Wetzels Brown”,
de Amsterdã. O barco pode se adaptar ao
gosto do proprietário com três layouts para
as áreas de popa e deck e cinco para a seção
a meia-nau.
Os diferentes layouts permitem escolher se
nas cabines vão caber quatro ou seis pessoas,
se a geladeira vai ficar na porta a estibordo,
o tamanho da cabine master, o tamanho do
local para guardar as velas, entre outros.
Essa flexibilidade é um ponto chave que fez
a Constest 42CS destacar-se em concursos
e avaliações.
CONTEMPORÂNEO
O Contest 42CS é, também,
um barco com grandes
opções de customização.
É possível construir, dentre
as possibilidades pré
-estabelecidas, um veleiro
para a família ou um veleiro
de alto desempenho.
PERFILNáutICO 83
PERFILNÁUTICO84 PERFILNÁUTICO 85
entrevista
Arjen Conijn
Diretor da Contest Yachts
Conversamos com o diretor da
Contest Yachts sobre o projeto
e a pretensão de chegar ao Brasil.
Perfil Náutico: Quais são os diferenciais
da Contest Yachts?
Arjen Conijn: A última geração de barcos
da Contest foi criada em resposta à crescente
demanda por mais competitividade nesta faixa
de tamanho de veleiros, com lemes gêmeos
e diferentes layouts de cockpit e de popa. O
42CS faz parte da melhoria contínua da frota
da Constest, que estende até o 72CS. Além
dos veleiros, inclui-se também uma lancha de
52 pés.
PN: É um barco que se adaptaria ao
público brasileiro?
AC: Sim, claro! É um veleiro ideal para
pessoas que valorizam o desempenho e o
design. Dessa forma, criamos a solução na faixa
de 42 pés para quem gosta de navegar de uma
maneira esportiva. Mas quem gosta de navegar
com a família, podemos oferecer uma versão
de layout com o máximo de espaço na cabine.
PN: Podemos ver o 42CS na costa
brasileira?
AC: Por enquanto, o 42CS mais próximo
da costa brasileira está no Caribe.
PN: Como você analisa o mercado
náutico no Brasil?
AC: É um mercado emergente. Isso pode
ser interessante para a Contest nos próximos
anos.
PERFILNÁUTICO 87
a proposta da
Aguz MarinePor Ana Luísa Pereira
Fotos Divulgação
O estaleiro
promete
exclusividade
e tecnologia
para o
navegador
brasileiro
P
ersonalização, experiência, tecnologia
e sofisticação. Essas são as palavras
-chave que definem o estaleiro Aguz
Marine. Situado na zona industrial de
Diadema, em São Paulo, o estaleiro entrou
no mercado náutico brasileiro para mostrar
que um bom barco se faz com experiência
sólida em construção naval e, principalmente,
atendendo aquele que mais importa: o cliente.
“Os clientes Aguz geralmente são navegadores
experientes, que sabem apreciar a diferença
na qualidade de construção e acabamento,
que geram excelente navegação, com
velocidade e ao mesmo tempo com
estabilidade, suavidade e navegação seca”,
afirma Rogério Amodio, diretor de marketing,
vendas e novos negócios da Aguz Marine.
O estaleiro produz atualmente dois modelos,
Aguz 29 e Aguz 39, que são bastante
adaptáveis a esportes aquáticos e também
enfrentam mares mais altos devido à qualidade
de navegação e estabilidade. Para atender
o cliente com excelência, a Aguz conta com
mais de 20 anos de experiência de seus
profissionais tanto na área de produção,
quanto na administrativa e comercial. “Temos
três anos de mercado, mas muito tempo de
experiência de uma equipe unida e muito
capaz, que faz a diferença na qualidade de
construção e acabamento das lanchas. Somos
um estaleiro sólido, que faz parte de um grupo
de empresas que atuam em diferentes ramos
há mais de 55 anos no mercado brasileiro”.
“Os clientes Aguz geralmente
são navegadores experientes,
que sabem apreciar
a diferença na qualidade
de construção e acabamento,
que geram excelente
navegação, com velocidade
e ao mesmo tempo com
estabilidade, suavidade
e navegação seca.”
PERFILNáutICO86
www.aguzmarine.com.br
É pensando no cliente que o estaleiro põe em
prática um dos conceitos que mais se adaptam
ao perfil do exigente navegador brasileiro,
a personalização. “Há que se diferenciar
a verdadeira personalização, que não se trata
de mudança de simples equipamentos
e motores, ou a mudança da cor da lancha.
Cada navegador é único e usa a embarcação
de uma forma diferente”, afirma Rogério.
É pensando assim que o estaleiro proporciona
aos seus clientes a possibilidade de uma
personalização em que ele possa decidir qual
a planta, a organização, os equipamentos,
a motorização e as cores deseja utilizar.
O objetivo é oferecer a possibilidade da lancha
seja ‘a cara’ do cliente.
Outra característica do estaleiro é oferecer
embarcações de menor porte com sofisticação.
Atuando hoje com lanchas de 29 e 39 pés,
a ideia é trazer a possibilidade de uma segunda
embarcação de porte menor para aqueles que
já possuem barcos maiores e querem uma
opção mais prática para navegar.
Para atingir bons resultados, o estaleiro foi
buscar na Itália, em 2010, uma parceria com
um dos mais importantes estúdios italianos
de design de barcos da atualidade, o Ferragni
Proggetti Yacht Design, que, mesmo estando
longe, conseguiu traduzir exatamente o que
os brasileiros buscam hoje em um barco.
“A Aguz Marine tem recebido inúmeros
admiradores que vislumbram no projeto
arrojado e, ao mesmo tempo, sofisticado
e inteligente das nossas lanchas, uma forma
de ter luxo e boa apresentação sem ter que
investir num barco maior”.
Tecnicamente também a Aguz Marine traz aos
seus clientes segurança ao navegar, ao trabalhar
com uma equipe que possui sólida experiência na
construção naval. Com profundo conhecimento
em compostos de fibra de vidro construídos on
-off, ou moldes-fêmea, o estaleiro trabalha com
o sistema de laminação por infusão, trazendo
às suas lanchas alta qualidade aliada a um
acabamento cuidadoso.
“O mercado náutico brasileiro dá cada vez mais
importância ao conjunto completo da obra,
com preço justo e garantia local. A qualidade,
segurança, design e comportamento na água têm
sido cada vez mais avaliados pelos compradores
como pontos importantes, o que mostra
amadurecimento dos consumidores”, finaliza
Rogério. Para o futuro próximo já estão sendo
desenvolvidos três novos projetos de lanchas
de esporte e recreio para oferecer ao mercado,
entre modelos Open, HT e Flybridge.
personalização
estilo italiano
TÉCNICA NAVAL
BARCOS BtoB – Outros dois ramos de
atuação que mostram o empreendedorismo do
estaleiro são a navegação comercial e produção
de embarcações para outras marcas. “A Aguz
Marine acabou de criar a divisão de barcos
de serviço, que irá oferecer barcos para
transporte de passageiros (sofisticado ou
simples), transporte de carga pequena,
patrulha, salvamento, e barcos para
treino (Pilot Boats). Além disso, já
fabrica embarcações para outras
marcas, por exemplo, para
a GT Boats”.
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Dossiê módulo 4 canoagem - pedro loureiro
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Perfil Nautico44

  • 1. Como conservar seu barco após a temporada Lugar de marinheiro énacozinha e mais A 510 da Sea Ray Contest 42 CS A Magia dos Aquários Scheidt: rumo a 2016 Conheça cinco hotéis bOutique para curtir o litoral A polêmica do IPVA para barcos R$ 15,90 - Ano 09 - n° 44 - 2014 - www.perfilnautico.com.br DESTAQUE NAS CASAS DOS BRASILEIROS, AS ÁREAS GOURMET GANHAM ESPAÇO NOBRE TAMBÉM NOS BARCOS
  • 3. PERFILNÁUTICO4 PERFILNÁUTICO 5 Capa Lugar de marinheiro é na Cozinha Espaço gourmet no coração também das embarcações. Diferentes cozinhas para diferentes tamanhos. nau prime 08 26 12 28 14 30 74 94 80 98 100 104 102 108 116 118 112 126 130 135 136 156 160 162 142 144 145 132 34 16 18 22 Na Rede inovação radar construtor venha navegar DESIGN quest 268 destinos Entrevista: Robert Scheidt moda desejos aero CASA lopana fest shed al mare jet tour news miami boat show MERCADO NOVOS auto Contest 42CS planeta água residencial marine viagem vitrine décor gourmet eventos pesca esportiva decór ipva Conservação do barco motor Saiba as dicas de transporte e legislação da Acobar A designer Zaha Hadid se aventura nos mares e quebra paradigmas A mais vendida, agora ainda melhor para pesca esportiva Do nordeste ao sul. Cinco hotéis de luxo para botar o pé na areia Atleta se prepara para sua última Olimpíada Marca Nautica apresenta nova coleção e inaugura primeira loja no Brasil F-Type. O lançamento da Jaguar chega ao Brasil Roberto Jordan traz as novidades do setor Piscinas projetadas para aproveitar o melhor do ambiente Maior festa náutica do país reuniu 15 mil pessoas em Alagoas Evento reúne 700 embarcações em Santa Catarina Os destaques e premiados da feira norte-americana O veleiro premiado internacionalmente do cinquentenário estaleiro holandês Contest Dia Mundial da Água tem como tema a relação entre água e energia Rio Marina Eco Resort. Residencial clube será ao lado da Rio Marina, a maior do país com 900 vagas Ceará terá aquário entre os mais modernos do mundo e Paranaguá inaugura aquário para pesquisa e visitação Paranaense pode ser recordista na pesca da Cavala Real 25 anos do yacht designer Fernando de Almeida Opiniões sobre a polêmica que aflige o mundo náutico Como preservar sua embarcação após a alta temporada de uso 10 dicas de como manter seu motor 100% perfil living estilo boatshow social esporte 56 Sea Ray 510 A novidade do estaleiro norte-americano, em breve nos mares brasileiros 78 MotoS aquáticaS Diferentes estilos para todos os gostos 50 marina De pioneira à modernizada, conheça a Marinas Nacionais 62 Beneteau GT40 O modelo francês que é uma exclusividade para os brasileiros 68 72 Ventura 350HT FS 180 A primeira hard top do estaleiro que completou 30 anos A pequena notável da FS Yachts 76 Moomba Mondo A nova da Moomba com as melhores marolas para wakeboard e wakeskate pn 44 86 aguz marine Estaleiro se destaca por embarcações menores com requinte 120Mergulho em Bonaire Carol Schrappe faz ensaio fotográfico “Refúgio da Sereia” experiências estilos viver náutico 38
  • 4. PERFILNÁUTICO6 As férias acabaram e a alta temporada chega ao fim, mas a Perfil Náutico está a todo vapor e convida você a dar um novo mergulho nas nossas páginas. Esta edição recebe ventos renovados para a revista, que completa nove anos. Com novo projeto gráfico e editorial, fomos além do mundo dos barcos, trazendo novidades do universo de pessoas como você, que vivem o mar e o lifestyle náutico. Logo na capa esse novo conceito é o destaque e traz a tendência gourmet das embarcações, valorizando quem gosta de cozinhar a bordo. Na editoria Nau trazemos dicas de especialistas para a conservação de seu barco e também um especial para motor após a alta temporada de uso. A seção Prime mostra o trabalho da designer renomada internacionalmente Zaha Hadid, que desenvolveu a linha futurista Unique Circle Yachts e os 25 anos de carreira do yacht designer Fernando de Almeida. Falando de barcos, a novidade fica para a Sea Ray 510, que será lançada oficialmente em abril, para o novo barco de wake da Moomba, o Mondo, e a nova versão do Quest 268, o mais vendido do estaleiro especializado em pesca esportiva, que agora está muito melhor. Ainda destacamos a GT 40, 100% brasileiro da Beneteau, e a 35 pés da Ventura. Atravessamos o Atlântico e do tradicional estaleiro cinquentenário holandês Contest Yachs trouxemos o novo veleiro 42CS. Premiado pela mídia e respeitado pelos velejadores europeus e norte-americanos, ainda não é vendido no Brasil, mas dá para ter um gostinho aqui na Perfil Náutico. Nosso estaleiro destaque é o Aguz Marine, que se diferencia por embarcações de pequeno e médio porte com padrão de luxo de grandes yachts. A nova editoria Living traz todo o lazer e conforto que completam um bom passeio a bordo. Do nordeste ao sul do Brasil selecionamos cinco hotéis de luxo para curtir a praia. Além disso, o destaque é o novo aquário do Ceará, que será o terceiro maior do mundo. Robert Scheidt é o grande entrevistado desta edição, contando um pouco sobre sua trajetória e os planos para 2016, e Carolina Schrappe, nossa mergulhadora oficial, faz um ensaio fotográfico chamado “Refúgio da Sereia”, nas belezas profundas de Bonaire. Na seção Estilo você confere moda, lançamento da Jaguar, nosso novo colunista Jordan da editoria Aero e ainda as festas a bordo mais badaladas do Brasil! Com muita energia e novidade, você é o nosso convidado a bordo da Perfil Náutico de cara nova, versão 2014! Beijos e bons ventos, Amanda e Rafaella vamos navegar PERFILnáutiCo6
  • 5. PERFILNÁUTICO8 PERFILNÁUTICO 9 Ilhas artificiais M44 HT em vídeo novidades no wakeboard novas ideias turismo por aplicativo Caiu nas redes um projeto inovador criado para a cidade de Nova York. A proposta é criar ilhas artificiais como centrais de compostagem, espaços de plantio e lazer. A Cranchi Yachts divulgou, na internet, um vídeo sobre o barco M44 HT. As imagens mostram toda a elegância do design, sua performance na água e toda a personalidade do seu interior. Confira no playlist da revista Perfil Náutico no Youtube. Já sabe as novidades da Associação Brasileira de Wakeboard para 2014? O Canal Woohoo no Youtube divulgou um vídeo mostrando o que vai mudar para esse ano. Entre as novidades, um novo circuito brasileiro de Cabel. O empreendedor Scott Leonard comandou seu negócio, uma empresa que fatura mais de 3 milhões de dólares, de dentro de um veleiro por 2 anos. As ideias do empresário já estão na internet e compiladas em livro. Já conhece o litoral norte de São Paulo? Agora você pode visitar todas as belezas da costa através do novo aplicativo Ilhabela 360 para Android e iOS, que já está disponível para download na internet. na rede Confira os destaques da rede que fizeram sucesso na fanpage da Perfil Náutico no Facebook. Curta a nossa página facebook.com/perfilnautico
  • 6. PERFILNÁUTICO10 PERFILNÁUTICO 11 Polêmica: Barco deve pagar IPVA? 10dicas para conservar o seu motor Saiba como cuidar de seu barco depois das férias IMPORTANTE . DESCOBERTAS . CURIOSIDADES
  • 7. PERFILNÁUTICO12 PERFILNÁUTICO 13 Evento ao estilo italiano Volvo Ocean Race em Itajaí Azimut prevê aumento de 50% nas vendas A Regatta Yachts organizou o primeiro Sessa Day em Salvador. O evento seguiu o estilo do estaleiro italiano e proporcionou aos clientes da Sessa Marine um passeio exclusivo pela Baía de Todos os Santos. Os barcos saíram da Bahia Marina com destino à Caramunhanhas, um banco de recifes próximo à Cacha Prego, onde todos puderam aproveitar piscinas naturais. Depois seguiram para Ponta dos Garcez e para Itaparica, onde foi realizado um coquetel de confraternização. Os organizadores da Volvo Ocean Race fizeram uma visita técnica em Itajaí. A cidade catarinense sediará uma das etapas da Volta ao Mundo, em abril de 2015. O diretor de operações, Tom Touber, e o responsável pelas stopovers, Stef van’t Zand, vistoriaram todos os locais relacionados ao evento e apresentaram o novo caderno de encargos para 2014-15. Segundo o diretor, ainda há a necessidade de pequenos ajustes na infraestrutura. O ano começou movimentado nas vendas e na produção de novos iates da marca Azimut fabricados na unidade do Brasil. A estimativa é que até setembro, quando finalizar o ano náutico, haja um crescimento de 50% no volume de vendas em relação à temporada anterior e 80% de aumento em termos de dimensões de barcos a motor de luxo. A fábrica, localizada na cidade portuária de Itajaí desde 2010, também foi transferida recentemente para um galpão três vezes maior – 16 mil metros quadrados – no mesmo município para a produção de iates que, atualmente, variam entre 43 a 70 pés. A direção da empresa adianta ainda novidades para este ano. Além do lançamento Azimut 70, está previsto mais um modelo brasileiro até o final de 2014. Primeiro Sessa Day foi em Salvador Organizadores fazem vistoria na cidade sede Nova fábrica impulsiona novos modelos para 2014 Tom Touber (Volvo Ocean Race), Jandir Bellini (prefeito de Itajaí), Paulo Bornhausen (Secretário de Santa Catarina) e Alexandre Santos (presidente do Comitê Organizador da Stopover de Itajaí). ra dar FotoDivulgação FotoDivulgação FotoDivulgação
  • 8. PERFILNÁUTICO14 PERFILNÁUTICO 15 venha navegar!CAMPANHA DA ACOBAR INSTRUI NO TRANSPORTE E LEGISLAÇÃO DO SEU BARCO N esta edição a Perfil Náutico traz a segunda parte da campanha “Venha Navegar”, criada pela Acobar - Associação Brasileira de Construtores de Barcos. Incentivando a vida O transporte do barco varia conforme seu tamanho. Quem compra um barco até 22 pés não precisa, necessariamente, de uma vaga em marina ou clube náutico para guardá-lo, pode ser na própria garagem de casa. Aqui é importante lembrar que, para transportar uma embarcação é preciso saber se a potência do motor do carro é suficiente para executar a tarefa. Além disso, é necessário ter em mãos os documentos da embarcação Fique de olho nas documentações necessárias a bordo, a campanha mostra como transportar e conduzir seu barco de forma segura, mantendo cuidado tanto no reboque em estradas como nos mares, respeitando a legislação brasileira. O transporte correto do barco e da carreta durante o trajeto. A carreta deve estar licenciada e se o peso total da carreta mais o barco ultrapassar os 500kg é necessário ter freio próprio. Já para barcos maiores, o valor médio em marinas e clubes náuticos no Brasil é de R$ 28,60 por pé, por mês, em vagas secas, e de R$ 26,50 em vagas molhadas. para colocar seu barco na água. A legislação brasileira exige algumas medidas burocráticas como, por exemplo, registrar seu barco na Capitania dos Portos até 15 dias após a compra e, principalmente, habilitação para conduzi-lo. A carteira de habilitação é emitida pela Marinha nas categorias veleiro, motonauta, arrais, mestre ou capitão amador. Em todo o Brasil existem cursos de formação de condutores. e a escolha adequada de onde guardá-lo garante maior durabilidade e segurança. Além disso, documentos como carteira de habilitação e licenciamento devem estar sempre à mão. transporte documentação Veja abaixo as exigências para cada categoria: ARRAIS AMADOR: Nomenclatura náutica, normas e leis de trânsito no mar, combate a incêndio, primeiros socorros, introdução às cartas náuticas e regras de governo de embarcações. Idade mínima 18 anos. Condução de barcos a remo, vela ou motor nos limites da navegação interior (água doce e águas abrigadas). MESTRE AMADOR: Navegação costeira (baseada em pontos notáveis como faróis e ilhas) e estimada; leitura de cartas náuticas, declinação magnética, desvio da agulha, influência das correntes e dos ventos, marcações e instrumentos náuticos. Condução de barcos a remos, vela ou motor entre portos nacionais e estrangeiros nos limites na navegação costeira (até 20 milhas ou 7 km da costa). Exigências: Habilitação de arrais amador. CAPITÃO AMADOR: Navegação astronômica e eletrônica, meteorologia e estabilidade da embarcação. Condução de barcos a remos, vela ou motor entre portos nacionais e estrangeiros, sem limite de afastamento da costa. Exigências: Habilitação de mestre amador. MOTONAUTA: O curso é igual ao de arrais para condução de jets nos limites da navegação interior. Idade mínima: 18 anos. VELEIRO: Noções gerais de navegação. Os cursos habilitam apenas a velejar em caráter de lazer ou competição em veleiros monotipos com menos de 6 metros de comprimento, fabricados em série e sem propulsão a motor. Idade mínima: 8 anos (os pais respondem por questões legais sobre o uso do barco). Não há exame. Os próprios cursos encaminham suas listas de aprovados para a Marinha. Por Redação Fotos Divulgação Acobar PERFILnáutiCo 15
  • 9. PERFILNÁUTICO16 PERFILNÁUTICO 17 IPVA PARA BARCOS A PEC que está mobilizando o mundo náutico Por Redação U ma proposta de emenda constitucional tem movimentado a comunidade náutica com polêmicas, debates, reuniões e protestos. A PEC 283/13, protocolada na Câmara dos Deputados Federais pelo deputado Assis Carvalho, Em apoio ao Sindifisco, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançaram uma cartilha para esclarecer a proposta. De acordo com as informações contidas nela, a intenção da reforma tributária é tornar a cobrança de impostos mais justa. Para isso, artigos considerados de luxo seriam mais onerados para que impostos sobre bens como alimentos, eletricidade e remédios sejam reduzidos. Segundo a emenda, o valor arrecadado com esses tributos seria destinado integralmente ao transporte público urbano do país. Na contramão desses pensamentos, está a comunidade náutica. A Associação Náutica Catarinense para o Brasil (Acatmar), a Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e Seus Implementos (Acobar) e a Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro (ABVC) afirmam que o tributo afastaria compradores, gerando uma retração no setor. Outro ponto levantado contra a PEC é que barcos e helicópteros não se encaixariam na definição de veículo automotor da Constituição. Isso porque eles não rodam em estradas e, segundo a comunidade náutica, não poderiam ser taxados no IPVA. do PT do Piauí, mais conhecida como PEC do Jatinho, está em tramitação. O projeto, de iniciativa do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco), pretende estender a cobrança do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) aos veículos náuticos e aéreos. Aeronaves e barcos de uso comercial seriam excluídos da cobrança por prestarem serviço à sociedade. O valor do percentual, se aprovada a PEC, será determinado por cada estado, da mesma forma que é feita com os automóveis. o que é? contra a favorPOR QUE SIM? POR QUE não? “É um escândalo termos mais esse imposto para o mundo náutico. Num momento em que lutamos para tornar o setor mais fortalecido e de acordo com o que ocorre em diversos países, trata-se de um retrocesso, ao menos neste momento. ” “A PEC que trata da cobrança de impostos para embarcações é absurda. Jamais poderia incidir sobre um veleiro, movido eminentemente pelo vento. A carga tributária elevada já prejudica o mercado náutico brasileiro e trouxe a importação de embarcações, prejudicando os empregos e a indústria nacional. ”Foto Divulgação “A lógica por trás desse imposto (IPVA) é que o poder público tem que investir e manter uma infraestrutura adequada para a circulação dos veículos e também disponibilizar estruturas eficientes de fiscalização e controle da frota. Se não houver fontes tributárias específicas para esses fins, significa que toda a sociedade, mesmo os não usuários, estariam pagando pelo ônus das medidas, o que seria bastante injusto. No caso dos barcos, a lógica permanece. Há necessidade de infraestrutura, inclusive infraestrutura rodoviária, pois sem ela não haveria condições de acesso a rios, lagos e mares. ” “A campanha pretende minimizar a injustiça fiscal atualmente existente no nosso país, com uma tributação mais voltada para o patrimônio e a renda e menos sobre o consumo, que nivela a todos com um reflexo perverso sobre a camada mais pobre da nossa população. Estima-se que seriam arrecadados R$ 2,8 bilhões/ano com a cobrança desse IPVA, valor que seria integralmente investido no transporte coletivo. ” “O impacto do IPVA sobre o custo e a venda de embarcações será extremamente negativo, pois incidirá sobre o consumidor final, ocasionando uma imediata retração no setor, que emprega 9 mil profissionais de forma direta divididos entre os 120 estaleiros do país. ” Leandro ‘Mané’ Ferrari, presidente da Acatmar Maurício Napoleão, presidente da ABVC Carlos Henrique R. Carvalho, Técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Cláudio Damasceno, presidente do Sindifisco Nacional Eduardo Colunna, presidente da Acobar Foto Alvaro Ornelas Foto Divulgação Foto João Viana/ ipea Foto Divulgação
  • 10. PERFILNÁUTICO18 PERFILNÁUTICO 19 Q uando a temporada de verão e o calor da estação chegam ao fim, os barcos de lazer saem cada vez menos da garagem. Nesse período, muitas pessoas guardam Após a temporada de uso, alguns procedimentos são importantes antes da armazenagem da embarcação. Revisão e banho de água doce são etapas essenciais nessa fase. Karen Chaves - O mais importante, antes de guardar o barco por um período longo de tempo é realizar um flush de água doce. É importante adoçar as redes de refrigeração dos motores, geradores e aparelhos de ar-condicionado e realizar um autoflush do dessalinizador, prolongando a vida útil desses equipamentos. Nicholas Prazeres - Após a temporada de uso, troca de óleo, substituição dos filtros, verificação das correias são verificações básicas. Há também a necessidade de uma revisão elétrica do cabeamento, disjuntores, fusíveis, interruptores, plugs, conectores, entre outros elementos. É necessário também se preocupar com a manutenção dos itens que ficam no interior da embarcação. Roupas de cama, banho, itens pessoais e aparelhos eletrônicos, mesmo à prova d’água, devem ser embalados ou cobertos, além disso, almofadas devem ser posicionadas em locais bem arejados dentro da embarcação. Karen Chaves - É importante secar alguma água retida nos porões da embarcação. as embarcações, mas esquecem de realizar uma manutenção adequada para evitar problemas posteriores. Para sabermos melhor como cuidar da embarcação após a intensa época de uso dos O uso de ar-condicionado na função de desumificador ou mesmo um aparelho desumificador que possa ser levado nos diversos ambientes de bordo é também garantia de redução de mofos e fungos. Nicholas Prazeres - Embarcações geralmente ficam em locais agressivos onde existe vento, maresia e a umidade são constantes. Manter equipamentos, eletrodomésticos e acessórios encapados ajudam a evitar problemas. barcos, conversamos com três especialistas da área: Karen Chaves da MCP Yachts, Nicholas Prazeres da YService e Ricardo Paragon da Paragon-Tec, confira! Outro passo determinante é a limpeza tanto da parte externa como interna da embarcação. Karen Chaves - O velame deve estar limpo, adoçado, seco e guardado se possível dentro da embarcação para evitar que eventualmente durante um vento forte seja danificado mesmo protegido pelo lazy jack ou no enrolador. Nicholas Prazeres - É importante lubrificar a embarcação com óleo desingripante, vaselina e limpa contato em todas as suas partes mecânicas e elétricas. A parte estrutural deve- se manter encerada e na parte de marcenaria podem ser usadas cera e capa protetora. Barco bem cuidado emtodasasestaçõesComo conservar, armazenar e higienizar a embarcação após a temporada Por Camila Castro Fotos MCP Yachts Pré-armazenagem Itens pessoais e eletrônicos Limpeza O mais importante, antes de guardar o barco por um período longo de tempo é realizar um flush de água doce.
  • 11. PERFILNÁUTICO20 PERFILNÁUTICO 21 Na hora da armazenagem, o barco pode ser guardado tanto a seco quanto na água. Algumas pessoas preferem, até mesmo, guardar a embarcação em casa. Cada uma dessas formas tem a sua peculiaridade no processo de armazenagem. Karen Chaves - A armazenagem em seco sempre traz uma maior tranquilidade ao proprietário e promove uma maior vida útil do casco e da pintura, principalmente se o barco estiver em galpão coberto. Também são reduzidos os gastos com tripulação e a necessidade de limpeza rotineira da embarcação. Nicholas Prazeres - Embarcações que ficam em vaga molhada devem ter pintura dew será eficaz se o barco estiver navegando fazendo com que a craca solte do casco. Para quem guarda as embarcações em casa, a dica é sempre calçar a embarcação de forma correta, distribuindo o peso do barco sobre as estruturas rígidas do casco com reforços internos ou anteparas. Isso minimiza esforços em pontos não preparados que podem originar trincas nos cascos de fibra ou empenamento de móveis, portas e estruturas internas. Armazenagem motor Em relação à manutenção específica do motor, Ricardo Paragon, referência em mecânica náutica no país, aponta algumas etapas importantes para prolongar a vida útil do item. São elas: verificar sempre que possível se há vazamento de combustível, lavar e adoçar o motor, verificar se a pressão de água está boa, checar as baterias e se o reservatório de óleo, colocar capô no motor e poli-lo com cera de carro uma vez por mês, deixar a proa do barco mais alta que a popa para evitar acúmulo de água e anotar sempre a data de abastecimento, pois o combustível tem vida útil de 30 dias. PERFILnáutiCo20
  • 12. PERFILNÁUTICO22 PERFILNÁUTICO 23 10DICAS PARA MANTER SEU MOTOR A TODO VAPOr O motor de uma embarcação é uma das partes mais sensíveis de toda a estrutura do barco, e por isso requer cuidados do navegador. Conversamos com o gerente de serviços da MM Náutica, Nilson Santos, que nos passou dez dicas de como preservar seu motor nas melhores condições. Confira! 1. Manutenções periódicas: são recomendadas pelo fabricante, via de regra, a cada 50 horas de uso ou seis meses, em que são verificadas as trocas de óleo, filtros de combustível, ânodos, e outras peças que possam apresentar desgaste pelo tempo ou uso. Recomenda-se que os serviços sejam realizados sempre por técnicos autorizados e com treinamento junto aos fabricantes. 2. Combustível da embarcação: seja o motor a diesel ou gasolina, o usuário da embarcação deve ter cuidado com o tempo em que o combustível é armazenado no tanque. Não só em razão dos gases, mas passados alguns dias, em razão da mistura com o álcool do combustível no Brasil, ele entra em decomposição, formando uma borra que pode entupir bicos injetores, filtros e bombas, ocasionando danos ao motor. 3.Filtros de combustível: devido ao item 2, também devem ser verificados periodicamente para que não haja entupimentos, do contrário o motor pode apresentar falhas de desempenho. 4.Funcionamento: é aconselhável o funcionamento do motor pelo menos uma vez na semana e evitar longos períodos sem uso. 5. Óleo de rabeta: responsável pela lubrificação das engrenagens da rabeta, sem o uso do óleo correto pode haver um desgaste e até a quebra da mesma. serviço MM Náutica www.mmnautica.com.br 41 3333-9011 assistenciatecnica@mmnautica.com.br 6.Rotor de água: é uma peça que deve ser verificada constantemente. É o responsável pela captação de água para o sistema de refrigeração e com o tempo pode ressecar e ocasionar um superaquecimento. 7.Ânodos de sacrifício: também são essenciais para a manutenção da vida útil do motor. Como o nome já diz são peças de desgaste, responsáveis por combater a corrosão e o impacto da maresia. 8.Correias: alguns motores ainda possuem correias que podem ressecar e se romper se não possuem a devida manutenção. 9.Voltagem da bateria: um dos principais problemas encontrados pelos usuários da embarcação é a manutenção das baterias, já que sem o uso contínuo e manutenção tende a perder parte da carga. O aconselhável é que quando estiver parado na marina seja ligada em um carregador de bateria semanalmente para manter sua vida útil. 10.Parte elétrica: além das baterias é bom revisar a parte elétrica como um todo, terminais de bateria, conexões com os acessórios, lâmpadas, entre outros, que também podem comprometer a boa navegação.
  • 13. PERFILNÁUTICO24 PERFILNÁUTICO 25 De coadjuvante a protagonista:as cozinhas ganharam importância nas embarcações Parceria de Zara Hadid com estaleiro alemão mostra o futuro no mar Marinas Nacionais, a primeira brasileira Os 25 anos de profissão de Fernando de Almeida ESSENCIAL . INOVAÇÃO . DESIGN
  • 14. PERFILNÁUTICO26 PERFILNÁUTICO 27 i no va ção O farol de busca com controle remoto promete facilitar a vida dos navegadores. O produto é acionado com controle wireless, que funciona a até 65 metros de distância. Dessa forma, é possível estar na popa da lancha e acionar o farol na proa. O alcance do facho de luz é de 600 metros, tem rotação de 360 graus na horizontal e 90 graus na vertical e mede 190x155x130 mm. Os dessalinizadores de Osmose Inversa Seafari (SFM) possuem sistema prático e versátil para instalação por serem divididos em módulos, garantindo água doce a bordo com mais praticidade. Eles possuem recursos que facilitam a operação como filtros de grande capacidade e sistema de retrolavagem automática. O sistema pode ficar ainda mais completo com um esterilizador ultravioleta, que remove até 99,9% das patogenias da água. A caixa termoelétrica e-cooler é produzida com os melhores materiais térmicos disponíveis no mercado para garantir uma estabilidade na temperatura ao armazenar bebidas e alimentos no seu barco. Possui uma unidade compressora embutida e termostato com regulador digital, com ajuste de temperatura entre –19ºC e +25ºC. Tem como característica principal a versatilidade, pois oferece em um único equipamento 12V e 24V DC, e ainda há duas opções de tamanhos: 30 e 60 litros. Acompanha um inversor DC/AC - 110/220V. Mais que divertido, esse brinquedinho é bem útil. O Vaavud, como é chamado, mede o vento em qualquer lugar, quando conectado a um smartphone iPhone ou Android e ainda compartilha os dados nas redes. O produto é ideal para velejadores esportistas e para cruzeiristas que enfrentam o mar aberto. Com o Vaavud, é possível medir a velocidade do vento em qualquer lugar obtendo depois de alguns minutos um gráfico com a velocidade média além da atual. Os amortecedores a gás telescópico em inox 316 são para uso nas tampas das embarcações. As hastes são em inox com eixo de 8 mm e olhal para fixação. Os tamanhos e pesos variam de 244 mm x 180 mm – 30 kg a 900 mm x 520 mm – 45 kg (a primeira medida é o comprimento total do produto e a segunda é a medida dele fechado). Nas primeiras apresentações do produto ao público, o retorno dos navegadores foi positivo. COMANDE SEM SAIR DO LUGAR ÁGUA DOCE A BORDO NA TEMPERATURA IDEAL MEDIR E COMPARTILHAR NAVEGAÇÃO EM FULL HD APROVADO PELOS NAVEGADORES www.marinecenter.com.br www.marinecenter.com.br www.marinexpress.com.br www.easypath.com.br www.electraservice.com.br www.velamar.com.br/vaavud A nova era de navegadores multifunções chega ao mercado. O NSO Evo2 é a grande novidade da SIMRAD. Ele vem equipado com dois processadores Quad-Core, duas saídas independentes de vídeo Full HD e duas entradas para câmeras. Todas as saídas de vídeo são feitas através de cabos HDMI e têm alcance até 20 m comprimento. Com isso, é possível colocar um display no comando do seu barco e outro display no Fly-Bridge com sinal de vídeo de altíssima qualidade.
  • 15. PERFILNÁUTICO28 P elo que se tem notícia, a primeira tentativa de construir um barco de fibra de vidro foi executada pelo americano Ray Greene em 1931. Ele sugeriu que a sua tese de Mestrado, na Universidade de Ohio, fosse a construção de um barco no autoclave da escola. O título da sua tese era “Choosing Plastics for Large Objects”. No caso, um barco de 14 pés, e, assumindo que ele não queria chamar a atenção do resto da escola construindo um barco para seu próprio uso, ele não mencionou nada a respeito Com as experiências militares da 2ª Guerra Mundial, o governo americano financiou em larga escala a pesquisa para a produção de materiais sintéticos que pudessem ser usados no esforço de guerra. Mas foi somente após a inteligência britânica ter adquirido cópias de documentos alemães sobre a fabricação e cura de resinas sintéticas e ter passado para os americanos (de graça), é que os primeiros laminados, parecidos com os de hoje em dia, foram fabricados. Nessa época ainda não havia praticamente resina decente disponível e todas necessitavam de um forno para secar. Em temperaturas altas, as resinas, que quase eram sólidas no início da laminação, se liquefaziam e escorriam, sendo depositadas no fundo do casco. Para espessar a resina usava-se amianto. A alta temperatura fazia os materiais se do barco durante o trabalho. Nem depois. O primeiro problema dele foi conseguir uma resina, pois as primeiras foram desenvolvidas em 1920, mas não eram nem parecidas com o que existe hoje. Precisavam de autoclave e temperatura para curar, eram viscosas. A primeira versão de fibra de vidro semi -industral foi criada em 1931 por uma empresa que deu origem à Owens Corning de hoje. E adivinha quem comprou o primeiro lote? Ray Greene. Embora não tivesse tido sucesso nas primeiras tentativas, ele ficou dilatarem de formas diferentes, proporcionando todo o tipo de empeno. Os moldes e os fornos eram feitos de madeira, então já se pode imaginar a quantidade de incêndios dentro das fábricas. O segredo era a alma do negócio! O construtor que conseguia solucionar um problema que hoje talvez fosse simples não deixava ninguém entrar na fábrica com medo de alguém roubar algum segredo. Foi somente depois de 1946 que os primeiros barcos, produzidos em série, apareceram. Os primeiros barcos à venda tinham cerca de 17 pés e foram produzidos mais de 2 mil unidades em quatro anos. Ainda não usavam gelcoat e o convés era de madeira. Acreditem ou não, os barcos eram construídos pelo método de infusão, pois as resinas não secavam com a presença de oxigênio. Tinham que ser cobertas por um tentando construir esse novo barco com os materiais mais modernos da época. Ray conseguiu terminar seu primeiro casco somente em 1942. O barco não era nem de perto como é um barco de hoje. Não existia gelcoat! Ele teve que comprar a fibra virgem, lavar e secar para remover toda a oleosidade e depois fazer um tecido bem irregular, laminado com uma resina que curava parcialmente. Mas quem se importava com isso naquela hora? Esse certamente foi o primeiro barco de fiberglass que se tem notícia. filme plástico. O método foi patenteado logo em seguida. Passaram-se muitos anos até que os produtos fossem industrializados e estivessem disponíveis para todos os fabricantes. Somente em 1955 apareceu a primeira resina que podia ser curada com catalisador à temperatura ambiente. Um ano depois surgiu no mercado finalmente o gelcoat. A partir daí é que temos alguma consciência de como os barcos de hoje em dia são produzidos.O Primeiro BarcoPor Jorge Nasseh Fotos Divulgação Pelo que se tem notícia, a primeira tentativa de construir um barco de fibra de vidro foi executada pelo americano Ray Greene em 1931.
  • 16. PERFILNÁUTICO30 PERFILNÁUTICO 31 O FUTURO NO MAR Unique Circle Yachts chega para romper paradigmas Por Rafaella Malucelli Imagens divulgação U ma parceria entre o famoso estaleiro alemão Blohom + Voss com a premiada arquiteta iraniana Zaha Hadid chega para mostrar como um projeto arrojado de engenharia naval e design contemporâneo pode acabar com as tradicionais linhas horizontais dos superyachts. Com design fluido e inspirado nas formas orgânicas do fundo do mar, a linha Unique Circle Yachts foi apresentada em Londres com um protótipo de 128 metros, que será usado como base para construção de 5 superyachts de 90 metros totalmente customizados para os exigentes clientes da Blohom + Voss. JAZZ dos mares O primeiro superyacht da linha de cinco da Unique Circle é o Jazz. Com todas as especificações já definidas pelos profissionais do estaleiro alemão, o layout deixa possibilidades de customização de acordo com as necessidades de desejos do futuro proprietário. A arquitetura do iate foi feita com o refinamento e com todos os requerimentos para cruzar oceanos. “A ideia da linha Unique Circle Yachts é permitir a variação Com estrutura semelhante a um exoesqueleto, os yachts desenhados por Zaha Hadid permitem variações dos espaços internos e externos. Uma rede entrelaçada que varia de espessura forma diferentes ambientes sugerindo uma estética natural que vai do interior para o exterior, inspirada na forma estrutural orgânica da vida marinha subaquática. O casco foi desenvolvido em cima de pesquisas hidrodinâmicas para ser desenhado. O iate foi concebido de um genótipo e seus fenótipos, oferecendo uma gama de possíveis soluções baseadas em uma plataforma que os relacionem. Como o resultado do design de Zaha Hadid é maleável, é possível atender os desejos e necessidades individuais de um cliente potencial, e é isso que está no coração da abordagem Blohom + Voss para o design de iates. A eficiência de um projeto não se encontra apenas na sua funcionalidade e forma, mas também na sua capacidade de adaptação”, explica Dr. Herbert pelo escritório de arquitetura da iraniana, com suporte técnico naval da própria Blohom +Voss. “Como objeto dinâmico, que se move em ambientes dinâmicos, o design de um barco deve incorporar parâmetros adicionais àqueles usados na arquitetura, já que tudo se torna mais extremo na água. Cada iate }é uma plataforma de engenharia que integra demandas específicas de hidrodinâmica e estrutura com altos níveis de conforto, espaço e segurança”, conta Zaha Hadid. Aly, o CEO da Blohom+Voss. Para Aly, a construção de um superyacht em um nível estético é uma grande tarefa de design com tudo customizado até o último detalhe. Ele lembra que na época dos barcos a vapor, havia uma tentativa de utilizar elementos da construção de barcos na arquitetura. “Zaha Hadid e sua equipe pegaram essa essência e criaram, com uma visão nova e ousada, um novo marco na criação de superyachts “, conclui. Com design fluido e inspirado nas formas orgânicas do fundo do mar, o protótipo de 128 metros será usado como base para a construção de cinco superyachts de 90 metros totalmente customizados para os exigentes clientes da Blohom + Voss. A piscina interna fica integrada ao oceano.
  • 17. PERFILNÁUTICO32 Já famosos por construir yachts inovadores, ousados e 100% customizados há 135 anos, essa não é a primeira vez que o estaleiro alemão se une a escritórios de design renomados para construir obras de arte sobre as águas. No portfólio estão alguns projetos conhecidos pela O projeto quebra paradigmas e mostra que é possível acabar com as linhas horizontais dos superyachts. Ficha técnica Arquiteta: Zaha Hadid Design Design: Zaha Hadid e Patrik Schumacher Design Team:Thomas Vietzke, Jens Borstelmann, Daniel Widrig, Sofia Daniilidou, Ben Grubert, Phillip Mecke e Patrick Euler Engenharia naval: Michael Von der Heide e Thomas Sperling Comprimento: 90 m Boca: 16 m Velocidade máxima: 16 nós Velocidade de cruzeiro: 14 nós Motorização: 2X2160 KW Diesel ousadia, como o Eclipse, considerado o segundo maior iate do mundo, com 533 pés e valor aproximado de 485 milhões de dólares. O superyacht foi desenhado por Terrence Disdale para Roman Abramovich. Outro bilionário a adquirir uma obra de arte da Blohom+Voss foi o russo Andrey Melnichenko, que por cerca de US$ 300 milhões comprou o inovador “A”, um 394 pés desenhado por Philippe Starck. Além desses, está na lista de grandes projetos customizados do estaleiro o iate “Mayan Queen IV” e o “Palladium”. PARCERIAS PARA INOVAÇÃO PERFILnáutiCo32
  • 18. PERFILNÁUTICO34 PERFILNÁUTICO 35 Vocação e fascínioOs 25 anos de profissão de Fernando de Almeida Por Amanda Kasecker Fotos Divulgação/ Intermarine C om 25 anos de bagagem, o yacht designer Fernando de Almeida tem muita história para contar. Ele iniciou a carreira em 1989, na Itália, com um plano em mente, e cumpriu o que tinha prometido a si mesmo: virar um projetista de barcos. Quando adolescente, já tinha a meta e então foi só traçar o caminho para chegar lá. “Cursei engenharia mecânica, mas considerei também engenharia naval e desenho industrial. Naquela época, o mercado nessa área, no Brasil, era muito pequeno. Então poucos anos depois de me formar, concluí que para entrar nessa área era necessário atuar no mercado europeu ou americano”. Foi então que Almeida saiu do Brasil. Com uma mochila nas costas seu plano era de velejar pelo mundo para então se estabelecer na Europa e atuar na área tão sonhada. “Foi exatamente o que fiz. Velejei por uns quatro meses entre Caribe e Mediterrâneo e comecei a trabalhar no escritório Yankee Delta, em Monza, na Itália”, resume o engenheiro. De lá para cá Fernando coleciona passagens bem-sucedidas pela Europa e Estados Unidos. “Antes de abrir o escritório, passei dez anos na Europa e Estados Unidos. Lá trabalhei com a Nauta Yachts, Bertram Yachts e Wally Yachts”. Já com seu próprio escritório, em 2003, na cidade de São Paulo, teve como parceiros o estaleiro sul-africano Southern Wind, além de Riostar, Spirit Ferretti, Intermarine, Proboat, Inace, Carbrasmar e Recon. Isso sem contar os clientes finais. “Depois de me formar concluí que para entrar nessa área era necessário atuar no mercado europeu ou americano.” Para o designer um bom desenho é limpo, leve e essencial, sem perder a funcionalidade. www.fernandodealmeida.com
  • 19. PERFILNÁUTICO36 Assim que conquistou um espaço no meio náutico, Fernando de Almeida conta que não poderia mais sair. “Considero a arquitetura de interiores nos barcos particularmente fascinante e desafiadora. Os espaços são reduzidos e a geometria do casco e superestrutura são muito complexos. Além disso, é um espaço que se move e que você habita”, afirma. Com seu escritório, atualmente, Fernando oferece um trabalho bem abrangente, muitas vezes partindo de uma folha em branco. “A nossa atuação vai da concepção geral do barco até o detalhamento do interior. Em algumas situações fazemos apenas a arquitetura de interiores. Em outras fazemos a concepção do barco e o design externo para então trabalhar com engenheiros navais e outros arquitetos de interiores”, conta. Para ele, além de fascinante, o trabalho é ainda desafiador. “O mercado evoluiu muito nos últimos anos e o nível de exigência do consumidor é muito alto hoje em dia”. Ele conta ainda que prefere pegar projetos em que desenha tudo. “É uma atividade para quem realmente gosta de criar, projetar. Projetamos camas, criados-mudos, banheiros, escadas, cozinhas, sofás, etc., e tudo isso precisa ter uma unidade”. Com o know-how de quem está no mercado há mais de duas décadas, Fernando afirma que para ele o “bom desenho” é limpo, leve e essencial. “E isso não estava presente nos barcos há alguns anos. Esse foi um dos motivos principais para eu ter procurado a Wally no final dos anos 90. Eles fizeram uma revolução a nível mundial com seus veleiros que tinham um desenho com essas características”, relembra. A dica do yacht designer é não se esquecer da funcionalidade: “Um barco é antes de tudo um barco!”. Para chegar a uma fórmula ideal, ele conta que busca inspiração nas mais diferentes fontes, como a arquitetura, o desenho de automóveis, o desenho de produto em geral. “A essencialidade dos barcos clássicos e dos barcos de serviço certamente são uma fonte de inspiração para mim”, complementa ele, que ainda cita o mercado europeu como uma grande referência. Ao final, o que faz de cada projeto o melhor, segundo ele, é a satisfação do cliente. E claro, do projetista também. Fascínio pelo que faz Essencial é limpo e leve “A nossa atuação vai da concepção geral do barco até o detalhamento do interior.”
  • 20. PERFILNÁUTICO38 PERFILNÁUTICO 39 Lugar de marinheiroé na cozinha Destaque na casa dos brasileiros, a área gourmet vem saindo do papel de coadjuvante nas embarcações Por Amanda Kasecker Fotos Divulgação
  • 21. PERFILNÁUTICO40 PERFILNÁUTICO 41 L á se foi o tempo em que a cozinha era o lugar de menor preferência nas casas brasileiras. Atualmente cozinhar também é hobby, terapia e lazer com os amigos. Isso fica visível na nova configuração das casas e apartamentos mais recentes, com as cozinhas americanas, em que esse cômodo fica bem mais integrado, separado da sala apenas por um balcão. Seguindo essa mesma tendência, as áreas gourmets dos barcos estão ganhando cada vez mais destaque. Da teoria à prática, muitas vezes fazer uma cozinha bem estruturada, equipada e ainda bonita para as embarcações, não é das tarefas mais fáceis. A criatividade e o bom aproveitamento de espaços são muito importantes, já que, embora tão essenciais quanto as cozinhas de nossas casas, as áreas gourmets das embarcações dificilmente têm o mesmo tamanho. Se cozinhar virou lazer e é tendência no Brasil e no mundo, o meio náutico também mergulhou de cabeça nessa história. “Se a cozinha passou a ser um hobby, nossas embarcações terão cozinhas bacanas para a prática desse novo hábito. Se antes pensávamos na cozinha como algo funcional, hoje essa visão se sofisticou e sem dúvidas se tornou um espaço de extrema importância”, resume Marcos Soares, responsável pelo Grupo Sailing, distribuidor da Beneteau no Brasil. Para a Azimut, estaleiro italiano com uma das maiores redes comerciais de iates e megaiates, com o dia a dia acelerado, as pessoas têm valorizado mais as alternativas para aproveitar seus momentos de lazer. “E, sem dúvidas, um espaço belo, agradável e bem equipado faz toda a diferença”, complementa o diretor do estaleiro, Davide Breviglieri. Nas embarcações, geralmente há dois espaços de destaque para a gastronomia. Além da cozinha, que não pode faltar, as churrasqueiras também já se tornaram um item praticamente indispensável, coisa de “jeitinho brasileiro”. Segundo o gerente de vendas do estaleiro Schaefer, Guilherme Andrade, a churrasqueira é tão importante que se tornou um item até decisivo na hora da compra de um barco, pela Para explorar esse assunto, a Perfil Náutico foi conversar com alguns dos principais estaleiros e descobrir quais truques eles utilizam para montar as cozinhas de suas embarcações de todos os tamanhos e ainda o que não pode faltar nas áreas gourmets dos barcos. característica de bom anfitrião que o brasileiro tem. Mas e, afinal, o que não pode faltar? Uma cozinha de um barco é igual a uma cozinha para a nossa casa? Segundo o estaleiro Azimut, em uma embarcação, um dos elementos fundamentais é gerar uma conexão com as demais áreas de convivência. Ou seja, posto de comando principal, sala de estar, área de jantar e área externa da popa, formando um ambiente de convívio. Dessa forma, o chef do dia (ou da noite) prepara a refeição cercado pelos amigos. Já o gerente de marketing do estaleiro Ferretti, Diego Chrstiansen, acredita que a boa ventilação é uma característica fundamental. “O ambiente não é muito grande, então temos que encontrar soluções diferentes”, explica. Para atender ao público brasileiro algumas embarcações, como a Beneteau GT 40, possui churrasqueira elétrica – que não fica na cozinha, mas cria-se mais um espaço gourmet a bordo. Da teoria à prática, muitas vezes fazer uma cozinha bem estruturada, equipada e ainda bonita para as embarcações, não é das tarefas mais fáceis. Nas embarcações, geralmente há dois espaços de destaque para a gastronomia. Além da cozinha, que não pode faltar, as churrasqueiras também já se tornaram um item praticamente indispensável, coisa de “jeitinho brasileiro”. Decoadjuvanteàprotagonista
  • 22. PERFILNÁUTICO42 PERFILNÁUTICO 43 Para o estaleiro Intermarine, o projeto da cozinha de um barco deve priorizar o melhor espaço de aproveitamento, levando em consideração a ergonomia, a praticidade, a segurança e o espaço para acomodar todos os equipamentos como geladeira, cooktop, micro -ondas, pia, exaustor, entre outros, além dos espaçosos para guardar pratos, talheres, copos, taças, panelas, utensílios e alimentos. “Pensar em uma cozinha em alto-mar vai além do básico, precisamos escolher a dedo o material usado, pensando na duração dos mesmos, além do espaço reduzido, que deve ser muito bem aproveitado”, complementa Soares, da Beneteau. A estabilidade para os usuários e utensílios também é uma questão ímpar, barcos acima de 60. Quanto menor o tamanho da embarcação, maior o desafio. As cozinhas de embarcações de 30 a 40 pés são mais compactas e por isso exigem mais trabalho para deixá -las tão usáveis quanto as de um barco de 80 pés, por exemplo. Para isso, um ponto-chave nas cozinhas desses barcos é o planejamento e a otimização do espaço interno. A Sessa Marine afirma utilizar muito esse recurso, tanto é que muitos modelos do estaleiro já vêm com cozinha com versão completa, como segundo o representante do estaleiro. E, para isso, existem móveis e funções próprias para as embarcações. Da teoria à prática, a Perfil Náutico quis saber como foram pensados os projetos das embarcações dos mais variados tamanhos. Confira a seguir as cozinhas mais compactas – dos barcos de até 40 pés, as camaleoas – de embarcações até 60 pés, e ainda as maiores – dos na C36 e C40. Isso significa dizer fogão, exaustor, forno de micro-ondas e geladeira (130 litros na C40 e de 110 litros na C36), além de espaço para uma bancada de apoio com painel de espelho, que integra o ambiente e facilita a preparação dos alimentos. E não é por ser pequena que as cozinhas desses barcos têm menos “capricho”. Nessas duas embarcações, são priorizados os detalhes em madeira, pontos de iluminação e acabamentos com materiais refinados, com armários laqueados e metais italianos. Para garantir a ventilação e a iluminação, a Sessa projetou uma vigia em frente à pia e aberturas de vidro no teto do salão. Já no cockpit a aposta é em uma minicozinha de apoio, que, junto com a churrasqueira, a mesa e o sofá, formam um espaço gourmet que acomoda até seis pessoas sentadas. Nesse espaço ainda é possível a instalação de um minibar. No estaleiro Beneteau, a Gran Turismo 40 dá destaque para o espaço gourmet externo com a Churrasqueira Kenyon, grande pedida dos brasileiros que gostam de confraternizar com os amigos. Nesse espaço, a pia possui duas temperaturas de água: fria e Na Intermarine 75 há duas opções de layouts para a cozinha. Na da imagem, ela aparece integrada ao salão. As compactas: 30 a 40 pés A C40, da Sessa Marine, utiliza como ponto-chave o planejamento e a otimização do espaço interno, possibilitando uma cozinha completa a bordo.
  • 23. PERFILNÁUTICO44 PERFILNÁUTICO 45 Camaleoas: 40 a 60 pés quente e icemaker. Nem tão grandes, mas também nem tão pequenas, as cozinhas dos barcos que vão de 40 a 60 pés são verdadeiras camaleoas. Apesar de não terem um espaço grande, já há mais flexibilidade para colocar objetos com dupla utilidade e, em geral, também sobram espaços para itens como micro-ondas e lava-louças. A Azimut 48, por exemplo, tem uma cozinha bem ampla. Segundo o estaleiro, a maior da categoria. Conta com mesa de jantar, que pode ser transformada em uma superfície de do barco. Na segunda opção, lançada recentemente, a cozinha está logo na entrada no salão, mais integrada com a praça de popa. Independentemente da opção escolhida, a cozinha conta com duas geladeiras de 120 litros, cooktop de 4 bocas, micro -ondas com forno elétrico integrado, pia, exaustor, uma ampla bancada para trabalho, armários e gavetas. Do estaleiro Sessa, a lancha trabalho, destacando as soluções versáteis para as embarcações. Ainda tem pia de aço, fogão, exaustor, forno de micro-ondas, geladeira de 190 litros, compartimento para máquina de lavar louças e compartimentos que podem aumentar a capacidade de armazenagem. Seguindo também a tendência Fly 42 também é posicionada na parte inferior, integrada com o salão e já vem completa na versão de série, com geladeira 125l + 40l de freezer, fogão, exaustor, forno de micro -ondas, pia em corean e armários com acabamento laqueado. Um dos segredos do estaleiro é planejar bem o interior para que sejam nacional, na Azimut 48 há ainda a área de refeições do fly com churrasqueiras, ligada aos espaços de relaxamento. Já o estaleiro Intermarine, com a sua lancha de 60 pés, tem a cozinha no deck principal integrada ao salão. Há duas opções de layout. Na primeira, a cozinha está mais à frente, próxima da área do comando Apesar de não serem grandes, essas cozinhas já têm mais flexibilidade para colocar objetos com dupla utilidade. O posicionamento privilegia a iluminação natural e a ventilação da cozinha na Fly 42, da Sessa Marine
  • 24. PERFILNÁUTICO46 PERFILNÁUTICO 47 As maiores: acima de 60 pés Com isso, o preparo de grandes refeições acontece em uma área isolada da área social do barco. A cozinha da 70 pés da Azimut segue uma linha de integração. Segundo o estaleiro, o objetivo é proporcionar um ambiente prazeroso tanto para quem cozinha, quanto para quem está fazendo companhia. O salão da embarcação ainda é conectado ao posto de comando e living, proporcionando uma grande área de lazer e confirmando a ideia de que a cozinha já se tornou uma área para encontro de amigos. O estaleiro Ferretti posicionou todas as suas cozinhas da linha 530 a 660 na popa dos barcos. A ideia que aparece mais uma vez é a da integração. Nas embarcações ainda maiores, como a Ferretti 800, as cozinhas são posicionadas mais na proa e com um acesso ao passadiço lateral para tripulação, fazendo assim que os tripulantes não tenham que circular pela sala do barco para servir a popa. criados mais nichos para guardar louças e utensílios. Um pouco maiores, as cozinhas das embarcações de mais de 60 pés já conseguem proporcionar mais conforto aos tripulantes. Nessa categoria, o estaleiro Intermarine destaca os barcos 65 e 75. No de 65 pés, a cozinha está localizada próxima ao posto de comando. Possui duas geladeiras de 120 litros, cooktop de 4 bocas, micro-ondas com forno elétrico integrado, pia, exaustor, uma ampla bancada para trabalho, armários e gavetas. Já na Intermarine 75 o layout padrão pode ser modificado de acordo com as necessidades do proprietário. Por ser um barco maior, grande parte dos proprietários já tem até cozinheiro a bordo. Dessa forma, a cozinha, que originalmente é localizada próxima ao posto de comando pode passar por uma modificação: ela vira um espaço menor, de apoio no salão, e a cozinha principal vai para o deck inferior, na área dos marinheiros. Nas embarcações maiores, como a Ferretti 800, há espaço ainda para uma mesa de jantar. Até 40 pés - Espaços bem otimizados - Aberturas e janelas estratégicas para dar sensação de amplitude - Priorizam itens essenciais como geladeira, pia e fogão - Ampliam a área gourmet, colocando churrasqueira na popa De 40 a 60 pés - Mais espaço para armazenagem - Funções duplas para um objeto: mesa que vira balcão para cozinhar - Luz natural dá sensação de maior - Possibilidade de dois layouts de salão e cozinha - Micro-ondas e lava-louças já podem fazer parte do ambiente Mais de 60 pés - Ideia de amplitude ainda maior, unindo ambientes - Mais acessórios - Bancadas de trabalho maiores - Design mais arrojado Conheça as características das cozinhas de acordo com os tamanhos dos barcos:
  • 25. PERFILNÁUTICO48 PERFILNÁUTICO 49 “Se cozinhar é uma arte, cozinhar a bordo é para artista de circo”. A frase do expert Carlos Brancante ilustra um pouco do que pode ser se aventurar na área gourmet do seu barco. Depois de acumular mais de 150 mil milhas navegadas, em quase 1.800 dias de mar, o mestre resolveu escrever um livro contando um pouco dessa arte, que pratica usualmente a bordo de seu Trawler Lord Gato. “Cozinhando a bordo” tem todas as dicas aos aventureiros, além de receitas para serem feitas em alto-mar. O mestre também conversou com a Perfil Náutico para dar algumas dicas. Confira! Perfil Náutico: De onde surgiu a ideia do livro? Carlos Brancante: Eu aprendi a cozinhar pela falta de cozinheiro nas minhas travessias, quando velejava e competia. Muito tempo depois, um amigo, Almirante Pierantoni, sugeriu que eu fizesse uma palestra sobre cozinha de bordo e a ideia do livro surgiu daí. PN: É difícil cozinhar a bordo? CB: Como menciono no livro, cozinhar é uma arte e cozinhar a bordo é para artista de circo: o balanço de uma pequena embarcação sob tempo duro, passa a exigir do “artista” atributos de trapezista, equilibrista e contorcionista. É importante ter os utensílios sempre à mão, o que evitará afastar-se do apoio e desequilibrar-se. Com o barco em movimento, quanto menos nos locomovermos melhor e, nos veleiros, estar preso ao cinto de segurança é fundamental. Mas, o essencial é a organização e a escolha dos pratos. PN: Quais utensílios não podem faltar? CB: Panelas altas e presas ao fogão, facas de qualidade – as de cerâmica são muito úteis, pois não enferrujam –, um avental impermeável e térmico, nada que diferencie muito do que temos em casa, apenas com o critério da praticidade. PN: Que alimentos devem ser priorizados em curtas e longas viagens? CB: Hoje existem muitas opções de alimentos semiprontos que podem facilitar a tarefa quando em viagem. Biscoitos são ótimos para situações em que cozinhar se torna difícil, assim como sopas para os turnos da madrugada. Em viagens, optar por um prato único que dispense a utilização de faca. Risotos, picadinhos, peixe, camarão e strogonoff são ótimas opções. Quando atracados, aí podemos ousar: de feijoadas a paellas, os peixes recém-pescados, sempre com um sabor excepcional. PN: Quais as principais dicas para os cozinheiros a bordo? CB: Separar tudo o que irá utilizar e colocar o mais perto possível, até mesmo dentro da cuba da pia. Usar panelas altas e jamais cozinhar em mar aberto com panelas soltas, pois qualquer tranco, ou mesmo a marola de outra embarcação podem derrubá-las. Atentar sempre para a segurança, mantendo uma válvula solenoide que interrompa o gás quando usamos GLP e um extintor de incêndio que deve estar sempre à mão. Na hora da compra é importante ter uma lista dos alimentos e as quantidades. Isso, além de ajudar a não esquecermos de nada ao zarparmos para uma viagem, evitará a compra de coisas desnecessárias. Aprendendo com quem sabe Receitas para cozinhar a bordo, de Carlos Brancante PAELLA DE FRUTOS DO MAR PEIXE A LORD GATO Ingredientes: - 4 colheres (sopa) de azeite virgem - 1 cebola média picada - 2 dentes de alho picados - 16 camarões médios limpos, com o rabo - 1 lagosta pré-cozida - 300 g de polvo pré-cozido - Suco de 1 limão - 3 lulas limpas cortada em anéis - 1 xícara (chá) de arroz - 2 colheres (sopa) de páprica - 1 lata de tomate pelado picado - 3 xícaras (chá) de caldo de camarão ou de água fervente - Salsa picada a gosto Ingredientes: - 1 badejo inteiro sem as vísceras - 2 kg de sal refinado Molho de alho - 4 colheres (sopa) de manteiga - Azeite virgem - 4 dentes de alho em lâminas Modo de preparo: Refogue a cebola em metade do azeite em uma frigideira grande e de bordas altas. Junte o alho e deixe dourar. Acrescente o camarão temperado com sal, pimenta e suco de limão e frite em fogo alto por 5 minutos. Junte o polvo e a lagosta cortados em pedaços. Retire os camarões, o polvo e a lagosta e reserve. Acrescente as lulas temperadas com sal e pimenta e frite por 4 minutos. Retire as lulas e reserve. Acrescente o arroz e refogue por 5 minutos em fogo alto. Adicione o tomate pelado e o caldo de camarões (ou a água) e a páprica. Cozinhe em fogo moderado, mexendo de vez em quando, por 15 a 20 minutos ou até que o arroz fique cozido al dente. Junte os frutos do mar reservados, misture e cozinhe somente para aquecer. Prove o sal, polvilhe com a salsa e mais um pouco de páprica e sirva. Modo de preparo: Forre uma assadeira com a metade do sal. Deite o peixe e cubra-o com o sal restante. Leve para assar em forno médio até que o sal esteja endurecido. Retire o peixe do formo e o sal, que deverá estar semelhante a uma placa de gesso. Abra cuidadosamente o peixe e retires os filés. Coloque-o num refratário e acrescente o molho de alho. Sirva acompanhado de batatas cozidas. Preparo do molho: Aqueça o azeite numa frigideira e adicione o alho até dourar. Em seguida adicione a manteiga incorporando bem. Coloque sobre os filés de peixe.
  • 26. MARINAS NACIONAIS TRADIÇÃO E INOVAÇÃO LADO A LADO Por Camila Castro Fotos Divulgação L evantando o título de primeira marina brasileira a entrar em operação, a Marinas Nacionais traz infraestrutura náutica e de lazer aliada à tecnologia e conceitos sustentáveis. Localizada no Parque Estadual do Guararu, no Guarujá (SP), está cercada de Mata Atlântica, ocupando uma área de 150 mil m², sendo 79 mil m² de área utilizada, e 71 mil m² de reserva ambiental. Atualmente, a Marinas Nacionais tem capacidade de Do início, em 1975, para cá, modernizações acompanharam o mercado náutico brasileiro. A marina obteve diversos investimentos para oferecer o melhor suporte aos navegadores. “No início, A localização da Marinas Nacionais é um dos seus maiores destaques. Isso porque ela está próxima dos principais roteiros de barco, o que representa economia de tempo e de combustível da embarcação. Além disso, a Mata Atlântica ao seu redor dá um encanto especial ao ambiente. Para que as atividades sejam realizadas sem prejudicar o meio ambiente, a empresa 520 vagas para embarcações, sendo 140 vagas molhadas, poitas para veleiros e 380 vagas secas distribuídas em nove hangares, sendo dois deles de empilhamento. Para içar as embarcações, a segurança é garantida por dois guindastes Travelift. Um deles tem capacidade para barcos até 50 toneladas e outro para até 80 toneladas. No hangar de empilhamento, utiliza-se Forklifts, duas empilhadeiras negativas que retiram barcos de até 32 pés da água e os colocam imediatamente em seus locais de guarda. Nas vagas molhadas a capacidade é de barcos até 110 pés. Segurança e serviços fundamentais são oferecidos nos píeres de atracação, como água e luz e possuem equipamentos de emergência. A infraestrutura ainda o mercado náutico ainda era incipiente, existiam mais veleiros do que lanchas. O hangar empilhado, onde os barcos são colocados em suportes em forma de prateleira, foi uma inovação. Depois vieram a bacia de atracação investe em várias ações sociais. Entre elas, o Grupo de Ação e Prevenção Ambiental (Gapa), formado por colaboradores voluntários treinados para atuar em situações de emergência – como derramamento de hidrocarbonetos –, a utilização de produtos biodegradáveis, a adoção da linha Ecosea – que não altera o PH da água –, entre outras. Essa iniciativa, unida a medidas sustentáveis adotadas no dia a dia da marina, renderam contempla: ampla área de estacionamento, heliponto e área de estacionamento para os helicópteros, sala rádio para suporte à navegação, segurança 24 horas, área para serviços de manutenção e posto de combustível com qualidade e procedência garantida. Além disso, todas as locações da Marinas Nacionais possuem apólices de seguro para as embarcações. com vagas molhadas, um travelift e um forklift, que confere mais segurança e agilidade na movimentação das embarcações”, conta Juan Alfredo Rodriguez, sócio administrativo. reconhecimento internacional à Marinas Nacionais, com a conquista do selo mundialmente reconhecido “Bandeira Azul”. Iniciativas sustentáveis renderam à marina o selo internacional Bandeira Azul. INOVAÇÕES AO LONGO DO TEMPO RECONHECIMENTO MUNDIAL PELA SUSTENTABILIDADE Investimentos no hangar seco e em empilhadeiras fizeram parte da modernização da marina. PERFILNÁUTICO50 PERFILNÁUTICO 51
  • 27. O restaurante La Marina tem uma linda vista para o Canal de Bertioga e a Serra do Mar. O cardápio possui combinações que ressaltam e valorizam os ingredientes que o litoral proporciona, principalmente frescos, como peixes e frutos do mar. Nos finais de semana, oferece buffet de café da manhã. “O La Marina promove eventos gastronômicos diversos como degustações de vinhos e cervejas com sommelieres convidados e jantares temáticos”, conta Juan. O usuário também pode contar com espaços para descontração e lazer, como piscina com vestiários equipados com itens de higiene pessoal e acesso para cadeirantes, sauna, sala de leitura, sala de TV, sala de jogos e playground. A área social ainda conta com rede wireless de acesso à internet. LAZER E GASTRONOMIA EM ALTA Lounges e espreguiçadeiras são convites para relaxar. serviço MARINAS NACIONAIS www.marinasnacionais.com.br Parque Estadual do Guararu – Guarujá/SP – Brasil Latitude 23º 52’ S - Longitude: 46º 09’ W Canal - 68/69/74 VHF Delta 45 O valor é determinado de acordo com o tamanho da embarcação. PERFILNÁUTICO52 PERFILNÁUTICO 53
  • 28. PERFILNÁUTICO54 PERFILNÁUTICO 55 Novidade na Sea Ray: 510 fly A 40 pés da Beneteau Barco de respeito: Contest 42 CS Quest 268: o Bass Boat mais vendido Aguz Marine promete exclusividade e tecnologia IDEIAS . PROJETOS . CONCEITOS
  • 29. PERFILNÁUTICO56 PERFILNÁUTICO 57 Sea Ray 510 FlyNovo yacht marca a mudança da linha de grandes barcos do estaleiro norte-americano Por Angelo Sfair Fotos Divulgação PERFILNáutICO56 PERFILNáutICO 57
  • 30. PERFILNÁUTICO58 PERFILNÁUTICO 59 C om lançamento oficial previsto durante o Rio Boat Show 2014, a Sea Ray 510 Fly foi projetada para agradar ao público que busca modernidade, sofisticação e, sobretudo, desempenho. O projeto faz parte da renovada linha de embarcações de grande porte do estaleiro e dá um upgrade no modelo Sundancer 510, sendo o primeiro yacht com flybridge da categoria Sport Yachts, que engloba barcos de 41 a 51 pés. Com uma tradição de mais de 50 anos nos Estados Unidos, a Sea Ray é considerada a maior fabricante do mundo de barcos de lazer de alta qualidade. Parte do Grupo Brunswick Boats, que no Brasil tem sede em Joinville (SC), caracteriza-se por barcos esportivos que vão de 19 pés a yachts de 61 pés. O Flybridge é o grande destaque e o diferencial da nova 51 pés. “Tínhamos a necessidade de revitalizar e remodernizar a linha de barcos grandes da Sea Ray. Principalmente a linha Flybridge, que até então era considerada pequena e agora vem com uma proposta ainda mais moderna, contemporânea e espaçosa”, aponta o gerente comercial da Brunswick no Brasil, Manoel Santana. Além disso, a 510 Fly apresenta novo design, que segue as tendências europeias de embarcações, que o estaleiro acredita ser atrativo para o público brasileiro. Irá custar a partir de R$ 4,7 milhões com motorização standard. O interior da Sea Ray 510 Fly foi pensado para oferecer espaço e conforto. O design interno explora a iluminação natural da embarcação e se destaca pela integração dos ambientes. “As amplas janelas fazem com que as pessoas que estão dentro do barco não percam a sensação de estar navegando em alto-mar”. Por contar com boa visibilidade do mar, o salão interior pode ser uma opção para quem prefere o conforto do ar condicionado ao calor externo. A área social com a cozinha gourmet próxima ao salão compõe um ambiente integrado ao cockpit. No mesmo local está a estação de comando completa padrão Sea Ray, equipada com eletrônicos de navegação da Raymarine. Os três camarotes contam com um bom pé-direito medindo aproximadamente dois metros, o que proporciona uma sensação de conforto até para os mais altos. A luxuosa suíte master oferece aproveitamento total da largura da embarcação de 4,6 metros e ainda possui diferentes opções de configurações de acordo com a necessidade de cada cliente. Os dois banheiros que atendem as três cabines – uma suíte de casal, um quarto de casal e outro de solteiro – são completos com box de banho separado. A decoração foi toda desenvolvida pela própria Sea Ray. O estaleiro destaca a preocupação com o acabamento. Os móveis de madeira são feitos em nogueira ou carvalho claro. Já as janelas contam com a persiana em liga de alumínio. E o carpete, que pode ser claro ou escuro, é antimofo. O salão conta com uma grande TV de LED e DVD player. Para quem aprecia uma boa refeição a bordo, o proprietário pode aproveitar tanto o fly quanto o cockpit. Os dois locais podem ser equipados com grill elétrico. O fly é espaçoso e conta com duas mesas. Já no cockpit, é possível aproveitar a praça de popa para as refeições. A cozinha gourmet vem equipada com ampla bancada, refrigerador e freezer. Opcionais são oferecidos para tornar o ambiente completo. Integração interna decoração gourmet As amplas janelas fazem com que as pessoas que estão dentro do barco não percam a sensação de estar navegando em alto-mar.
  • 31. PERFILNÁUTICO60 PERFILNÁUTICO 61 O diferencial do flybridge, que destaca a nova embarcação 51 pés da Sea Ray na categoria, é que oferece um generoso espaço de 15 m² para aproveitar o passeio com amigos e familiares. Nele, cabem confortavelmente 12 pessoas que podem se acomodar em duas mesas para refeições ao ar livre ou apenas para petiscar, localizadas próximas ao bar. Os assentos são conversíveis, com encostos para popa ou proa, com espaço para guardar objetos abaixo. A entrada do fly tem seu diferencial devido à porta que desliza para baixo do piso, o que melhora a segurança e a otimização do espaço. A área de comando é tão completa quanto a interna, com poltrona dupla e targa para antena do radar e demais acessórios. O gerente comercial da Brunswick no Brasil ainda destaca o solário para três pessoas localizado no convés de proa, equipado com A Sea Ray 510 Fly ganhou um aplicativo para iOS. Ele é exclusivo para o uso em iPhones e iPads. Esse app de realidade virtual possibilita um tour pela embarcação. É possível explorar vários detalhes da 510 Fly. Depois de instalado, existem as opções “Interior Tour” e “Exterior Tour”. Se o usuário estiver com o catálogo da embarcação por perto, basta apontar o aparelho para a contracapa do catálogo para acessar algumas opções extras, como a inclusão de opcionais, troca de cor da embarcação – cinco disponíveis –, adicionar informações importantes e aproximar a imagem. porta-copos e acessórios para banho de sol. A Sea Ray 510 Fly é equipada com dois motores T-Cummins QSC de centro com eixo direito movido a diesel. Ele tem uma potência de 600 HP (420 kW) e, com essa motorização standard, chega a uma velocidade de 23 nós de cruzeiro, com consumo de 185.5 l/h. A velocidade máxima é de 27,5 nós com consumo de 242.3 l/h. O usuário ainda pode escolher entre outras duas motorizações: um motor T-Cummins QSM de 684 HP (510 kW) ou ainda um T-Zeus QSC de 600 HP (420 kW). flybridge aplicativo Motorização A 510 explora os espaços externos com ampla praça de popa e plataforma para banho. O que destaca a nova embarcação 51 pés da Sea Ray na categoria é um generoso flybridge de 15 m² onde cabem confortavelmente 12 pessoas. Comprimento total 15,5m Boca 4,67m Calado 1,32 m Peso 21.364kg Velocidade máxima 27,5 nós Velocidade cruzeiro 23nós Capacidade do tanque de combustível 1892 L Capacidade do tanque de água 530L Passageiros pernoite 8Passageiros dia 15 Especificações técnicas PERFILNáutICO 61
  • 32. PERFILNÁUTICO62 PERFILNÁUTICO 63 A 40 PÉS DA BENETEAUExclusivo para brasileiros Por Rafaella Malucelli Fotos Divulgação P roduto brasileiro com estilo francês, a Gran Turismo 40 pés da Beneteau chegou no final do ano passado ao mercado, produzida 100% na fábrica em Angra dos Reis (RJ), ao lado do modelo GT35 do estaleiro. Voltada para aqueles que buscam um yacht prático, porém sem perder a sofisticação, a GT 40 é um produto exclusivo para o mercado brasileiro com características que agradam e muito os consumidores daqui. Instalada há dois anos no Brasil, os planos do estaleiro francês no país são de longo prazo e otimistas, com o objetivo de aumentar a produção em 50% só neste ano. Para agradar ao público, a 40 se tornou uma adaptação do modelo internacional GT38 da Beneteau. Assim como a irmã nacional de 35 pés, o destaque fica por conta do espaço gourmet e a plataforma de popa, maiores características da tropicalização do modelo.
  • 33. PERFILNÁUTICO64 PERFILNÁUTICO 65 Lançada no último salão náutico de São Paulo, em outubro do ano passado, as impressões são otimistas junto ao público. “A recepção foi muito positiva, já que o barco atende perfeitamente aos hábitos culturais do público brasileiro, que gosta de passear na companhia da família e amigos com estrutura e espaço adaptados para, por exemplo, realizar um bom almoço em alto-mar”, conta o diretor da Beneteau Brasil, Marcos Soares. Com quase uma unidade vendida por mês até o momento, o modelo, que custa a partir de R$ 1,15 milhões, agrada aqueles que buscam diversão de forma luxuosa. O design, de P. Adriani, permite acomodar confortavelmente 14 pessoas a bordo. A embarcação possui duas cabines com pé-direito de 1,90 metros e banheiro confortável com dois metros de pé direito. A cabine principal possui cama de casal com armários bem distribuídos. A cabine dos convidados pode ser com duas camas de solteiro ou uma cama de casal. A decoração é toda em madeira, que dá ar de elegância aos quartos. Com sofá para quatro pessoas, 1,92 m de pé-direito e claraboias e vigias com cortinas que contribuem para melhor entrada da luz natural ao ambiente, o salão pode se transformar em mais um ambiente para pernoite de convidados. A mesa de madeira maciça Alpi Mahogany é conversível em cama de casal. Todo o espaço é equipado com alto -falantes para o sistema de som da TV e do CD Player. No mesmo ambiente, há uma equipada cozinha com fogão, geladeira, micro- ondas, pia e bancada de corian. Criada para que a parte externa seja o local mais aproveitado da embarcação, a Gran Turismo 40 possui cockpit equipado para que as atividades sociais sejam ao ar livre. O espaço gourmet é o destaque com churrasqueira elétrica e pia com torneira retrátil na popa com Ice Box. Diversos acessórios complementam o ambiente como porta copos e taças, mesa dobrável em madeira. O sofá com capacidade para oito pessoas é conversível em solário. Há um chuveiro com água quente e fria e a plataforma de popa em Teka com escada retrátil. O acesso é por porta com trava de segurança e ainda existe espaço para balsa de salvatagem e caixa para âncora. A segurança do cockpit é feita por guarda mancebo em inox com púlpito de proa semiaberto e corrimão. SALÃO VERSÁTIL VALORIZAÇÃO DA ÁREA EXTERNA A GT 40 é um produto exclusivo para o mercado brasileiro com características que agradam e muito os consumidores daqui.
  • 34. PERFILNÁUTICO66 PERFILNÁUTICO 67 Comprimento total 12,4m Linha d’água 11,46m Boca 3,77 m Altura 4,15m Calado 0,85 - 1,05 m Capacidade do tanque de combustível 650 L Capacidade do tanque de água 200L Motorização 2x300 HP Motorização máxima 600 HP Especificações técnicas Ainda no cockpit fica a estação de comando da embarcação, que segue a qualidade e a tecnologia padrão do estaleiro francês. O comando possui duplo assento central e ainda um assento para o copiloto, ambos dobráveis e reguláveis. O painel de comando possui tinta antirrefletora com tela multifuncional e todos os equipamentos de série para uma pilotagem segura e confortável. O teto solar é rígido com acionamento elétrico e sensor de segurança. O casco com tecnologia patenteada Air Step é inovador ao aumentar o desempenho com redução no consumo de combustível, aumento da velocidade máxima e aceleração mais rápida e linear. A tecnologia ainda deixa o comando mais fácil e garante estabilidade na navegação do barco. O estaleiro garante, com o casco especial, melhor desempenho nas ondas e otimização nas curvas rápidas. A motorização é por propulsão centro -rabeta feita por dois motores Volvo EVC D4 300hp a diesel. A direção hidráulica possui duas rabetas com hélices Dual prop – contrarrotativas – com controle elétrico. O compartimento de motor é com revestimento acústico para suavizar o barulho a bordo. A velocidade máxima chega a 35 nós e a de cruzeiro é de 28,7 nós com motorização padrão. ESTAÇÃO DE COMANDO NAVEGAÇÃO PADRÃO EXCLUSIVA BENETEAU Para que a parte externa seja o local mais aproveitado da embarcação, a Gran Turismo 40 possui cockpit equipado com espaço gourmet e churrasqueira elétrica. PERFILNáutICO 67
  • 35. PERFILNÁUTICO68 PERFILNÁUTICO 69 C om 30 anos de mercado, o estaleiro mineiro Ventura Marine lança-se definitivamente em outros mares. A empresa, que é referência no segmento de embarcações de 16 a 26 pés com a linha Comfort, lançou sua primeira Hard Top de 35 pés, ampliando a linha Premium, que já oferece a V330 targa e a V410 Fly, esta um projeto com a Yamaha. Por fora, a 350 HT acompanha as tendências mundiais de design, com curvas arrojadas e modernas. O cockpit está projetado para até 14 pessoas, tem bons sofás, o hard top com teto rígido rebatível traz um pé-direito de 1,90 m e vem com um sistema automático de recolhimento, que o torna bastante prático. A cabine da V350 HT Premium tem 1,95 m de pé-direito e acesso facilitado com degraus de 40 cm e amplo espaço interno. São duas cabines sem portas nesse espaço. Uma delas vem equipada com um sofá de proa que se transforma em uma cama de casal de 1,70 m x 2,00 m. Já a cama de meia-nau tem 2,20 x 1,40 m. A mesa de jantar também é rebatível e vira mais uma cama que pode acomodar uma criança. Uma cozinha e um banheiro fechado completam a cabine. Na plataforma de popa, que tem 1,35 m, há um espaço goumert com pia e grill e um compartimento para guarda de bote de apoio. Ainda conta com solário de proa, com capacidade para duas pessoas. A V350 HT também oferece opções de motorização com um e dois motores, apresentando bom desempenho com apenas um motor. As opções na hora da compra são um motor à gasolina de 380 HP; dois motores à gasolina de 220 a 300 HP (cada) ou ainda dois motores diesel de 170 a 220 HP (cada). Chega ao mercado na versão básica de série e com a menor motorização por volta de R$ 445.000. ventura 350 HTCom diferenciais únicos, a Ventura se lança em outros mares Por Amanda Kasecker Fotos Divulgação Acesso Facilitado direto do estaleiro A 350 HT da Ventura já chega com atributos únicos, de acordo o gerente comercial Marco Garcia. Dentre eles, dois são os principais: o teto rígido rebatível e a boa navegabilidade com potência, com apenas um motor. Para chegar a essa receita, Garcia conta que o barco foi sendo planejado de acordo com a necessidade do mercado e dos próprios clientes Ventura. “A motivação veio principalmente de uma necessidade de crescimento de nossa linha de produtos. É claro que a escolha do modelo leva em consideração algumas lacunas que encontramos no mercado desse modelo no país”. Pouco tempo após o lançamento, 63 unidades da 350 HT já foram vendidas. Os novos proprietários dividem-se entre clientes de embarcações da casa, como a V265 e V330, e proprietários de outras marcas que tenham embarcações de 26 a 33 pés e querem dar um upgrade. “Temos a expectativa de pulverizar esse produto ao máximo. Muito em breve queremos encontrar uma embarcação desse modelo navegando por onde estivermos”, conta o gerente comercial Marco Garcia. PERFILNáutICO 69
  • 36. PERFILNÁUTICO70 PERFILNÁUTICO 71 Em 2014 o Ventura Marine deve lançar mais dois modelos. “Um na linha Confort com 29 pés e outro na linha Premium com 50 pés. Também esperamos consolidar nossa liderança de mercado nos modelos entre 16 e 30 pés”, conta o gerente comercial Marco Garcia. Comprimento total 10,5m Boca 2,98m Peso com motor de menor potência 4.850 kg Passageiros 14/dia e 4 pernoite Capacidade do tanque de combustível 300 L Capacidade de água 150L Especificações técnicas mais em 2014 Pouco tempo após o lançamento, 63 unidades da 350 HT já foram vendidas. PERFILNáutICO70
  • 37. FS 180A PEQUENA NOTÁVEL DA FS YACHTS Por Redação Fotos Divulgação PERFILNÁUTICO72 PERFILNÁUTICO 73 C om um portfólio de lanchas até 30 pés e qualidade tipo exportação, o estaleiro FS Yachts completa 15 anos de história em 2014. No ano passado lançou a sua menor lancha, a FS 180, que preenche uma lacuna do mercado com uma embarcação de pequeno porte que oferece características sofisticadas de acabamento e design. Com esse diferencial, A FS 180 então se tornou um dos maiores sucessos do estaleiro e desde o lançamento já teve 96 unidades fabricadas em nove meses. Em sua maioria, De acordo com Renato, a maioria das lanchas pequenas fabricadas no Brasil são projetadas buscando o baixo custo de fabricação, sendo boa parte delas modeladas artesanalmente por estaleiros de pequeno porte. Indo na contramão dessa tendência, a FS180 possui características e materiais utilizados em embarcações de porte maior, seja em critérios de qualidade de construção, ou acabamento final. “Essa visível qualidade final da embarcação, aliada à tradicional marca FS Yachts, fizeram da FS180 uma das melhores opções do segmento”. A 18 pés possui proa sextavada, seguindo uma nova tendência mundial de embarcações de grande porte, que oferece design diferenciado e funcionalidade com mais espaço a bordo na proa sem comprometer a navegação. O casco da embarcação é alto, com um “V” agressivo na proa e apenas uma pequena faixa de convés. As linhas laterais evidentes também seguem uma tendência mundial automotiva de vincos geométricos bem definidos e a largura das réguas laterais oferece estabilidade na navegação, possibilitando curvas com raio curto sem adernar. Essas características permitem que a embarcação não fique limitada às águas abrigadas, mas também possa navegar em águas costeiras. A embarcação possui adesivos externos Chrome metálicos, ao invés dos tradicionais resinados utilizados nas embarcações, e já vem com a torre de esqui, ducha de água doce, para-brisas de alumínio e vidro, bancos giratórios e estofamento em diversas opções de cores de série. Com capacidade de atender confortavelmente sete pessoas, o convés segue o desenho geométrico da linha externa, no estofamento e nas peças metálicas. A altura do costado e do para-brisas oferece aos passageiros segurança e conforto. o proprietário da 18 pés é o marinheiro de primeira viagem, porém sua versatilidade atrai diferentes públicos. “Provavelmente é um dos barcos mais versáteis de nossa linha, pois atrai jovens que entram para comprarem uma lancha ao invés de um jet ski, ou a família que busca começar na náutica com um barco que não gere muito custo, para depois trocar por um maior, ou o praticante de wakeboard e esqui aquático”, explica Renato Renato Affe Gonçalves, diretor comercial da FS Yachts. O modelo está disponível no mercado a 60 mil reais, pronta para navegar. Comprimento total 5,33m Boca 2,22m Peso sem motor 450 kg Passageiros 7Capacidade do tanque de combustível 80 L Motorização 60 a 130HP Especificações técnicasA FS 180 possui características e materiais utilizados em embarcações de porte maior na construção e no acabamento final. CARA DE 18, ESTRUTURA DE 30 CONFORTO PARA SETE PESSOAS PERFILNáutICO 73
  • 38. QUEST 268O bass boat mais vendido, agora ainda melhor Por Redação Fotos Divulgação PERFILNÁUTICO74 PERFILNÁUTICO 75 C ampeão de vendas da Quest Boats, o 268 do estaleiro paranaense chega em 2014 repaginado e com ainda mais atrativos para os praticantes de pesca esportiva. Parte de uma reformulação da linha de nove barcos Bass Boats da Quest, o objetivo é oferecer um portfólio mais diversificado e para as diferentes necessidades do pescador esportivo. Ainda para este ano dois novos modelos serão lançados, o que marca a expansão e o novo fôlego da marca, que completa 20 anos. Focados em atender esse mercado restrito, porém em amplo crescimento, a Quest prioriza ergonomia, estabilidade e desempenho de navegação de seus barcos. A nova versão do 268 traz novo cockpit, trazendo o perfil do modelo 290 para os demais barcos da linha e, dessa forma, marcando o início da nova identidade dos Bass Boats da Quest. O 268 se destaca principalmente para a pesca com iscas artificiais, caracterizado por ser um barco de excelente custo- benefício. Confortável quando está na água, apresenta qualidade de navegação e estabilidade. Destaca-se pela facilidade de ser transportado e até carros de motor 1.8 são capazes de rebocá-lo. Com a possibilidade de motorização de popa de 90hp até 175hp, o 268 da Quest vem com carpete náutico de série, painel com três teclas e cockpit duplo, com o assento do passageiro facilmente removível, além de pintura gliterizada personalizada, cunhos de amarração em inox, porta-luvas e geladeira. Ainda há três bancos para passageiros, com para-brisa removível em acrílico e porão de popa para armazenamento de combustível, salvatagem e baterias. Para a pesca esportiva, possui bomba de aeração de viveiro, porta-varas até 7 pés, porão dianteiro para tralhas de pesca e mais três caixas estanques de armazenamento de equipamentos. Há ainda viveiro com aeração para a manutenção do peixe vivo. Apesar de ser um Bass Boat originalmente específico para águas abrigadas e doces, segundo Miguel, aqui no Brasil os modelos Quest podem ser utilizados em baías para a pesca de robalos, por exemplo, um dos peixes mais esportivos do nosso país. Essas mudanças marcam a nova direção da Quest, sob o comando de Miguel Tomaz, e vão além do design. “Estamos colocando em linha de fabricação nova tecnologia de laminação, que faz com que nossos barcos sejam mais leves e ainda mais resistentes do que os fabricados atualmente”, conta. Para garantir a qualidade, a maioria dos materiais – carpete, puxadores, glitter, gel, etc. – é importada dos mesmos fornecedores que as fábricas norte-americanas de Bass Boats. “A Quest existe há 19 anos e tem a permissão de fabricar todos os modelos Bass Boats norte-americanos. Hoje eles já podem ser considerados totalmente nacionais, já que passaram por processos de modelagens para se adequar às necessidades dos pescadores brasileiros. A experiência de nossos clientes faz com que a cada dia nossos Quests sejam melhorados, nossa equipe não para nunca de trabalhar e o objetivo é nos aproximar ao máximo da perfeição”. O MAIS PEDIDO Comprimento total 5m Boca 2,10m Peso sem motor 400 kg Passageiros 4Capacidade do tanque de combustível 84 L Potência recomendada 90 a 150HP Especificações técnicas PERFILNáutICO 75
  • 39. Por Redação Fotos Divulgação PERFILNÁUTICO76 PERFILNÁUTICO 77 Comprimento total 6,25m Largura 2,59m Calado 63,5 cm Peso 1723 kg Capacidade do tanque de combustível 147 L Motorização básica 330 HP V8 Especificações técnicas U ma alternativa para as lanchas esportivas, a Moomba, marca popular de wakeboard nos Estados Unidos, chegou ao Brasil em 2010 por meio da Wake na Veia. Com uma característica diferente das demais marcas que estão no país, a Moomba oferece tudo que um barco da categoria deve ter, porém com a promessa da melhor relação custo X benefício do mercado. Agora para 2014 o lançamento é a Moomba Mondo, uma espaçosa 20,6 pés. Segundo o wakeboarder multicampeão Mario Manzoli, responsável por trazer a marca ao país, a Moomba tem o conceito de ser o melhor barco de wake possível, com o menor preço. “Eles usam a melhor tecnologia, os melhores Modelo chega ao mercado de wakeboard e wakesurf com design arrojado do casco e itens essenciais para prática de esportes aquáticos já de fábrica. Caracteriza-se por possuir uma espaçosa área interna que acomoda de forma confortável 13 pessoas. Importado para o Brasil com possibilidade de personalização, a Mondo oferece três tipos de motorização, diversos adicionais para estilizar a aparência da lancha, além de sonorização e acessórios customizados. Já de fábrica, o barco traz instrumentação completa, sistema de lastro, piloto automático, torre de wake, flap hidráulico e carreta rodoviária original. O valor da importação começa em 103.200,00 dólares. O casco moderno de 2,59 metros de largura em V profundo com lateral mais elevada, somado ao novo sistema Flow, torna o barco uma ótima opção não apenas para a prática do wakeboard, mas principalmente para wakesurf. O sistema faz da marola desse barco uma das melhores da categoria, além de proporcionar uma navegação mais suave. O barco ainda conta com as tecnologias Wakeplate e Gravity III. materiais de construção e acabamento, mas conseguem ter um custo muito competitivo pelo processo de produção extremamente eficiente”. Entretanto, vale ressaltar que com o enorme mercado de barcos americano eles conseguem atingir esse baixo custo graças à grande escala de produção. Lá são produzidos cerca de 1500 barcos por ano, enquanto por aqui as marcas nacionais produzem cerca de 30.O desafio inicial, no entanto, foi introduzir a marca no país, mas depois de relacionamento junto a escolas de wake, foi sucesso de vendas e já conta com mais de 30 barcos vendidos. Os modelos lançados no Brasil são a Mojo 2.5, Outback V, Mobius LSV e agora a Mondo. Moomba Mondo 2014Mais wake por menos MOOMBA MONDO POR QUE A MELHOR MAROLA? FLOW – Sistema mecânico com falsos que serve para formar a marola. GRAVITY III – Sistema automático de lastro, que, ao apertar o botão no painel, enche automaticamente 600 litros de água em cerca de 5 minutos e aumenta o tamanho da marola. WAKEPLATE – Flap hidráulico com acionamento no painel que ajuda o barco nas arrancadas e para configurar o formato da marola para cada modalidade ou de acordo com a preferência de quem está na água. PERFILNáutICO 77
  • 40. PERFILNÁUTICO78 PERFILNÁUTICO 79 Para todos os gostoslazer e esporte para diferentes estilos Por Redação Fotos Divulgação www.gibbssports.com www.sea-doo.com.br www.yamaha-nautica.com.br www.powerski.com.br O anfíbio Opremiado O lançamento O radical Pensando em unir a moto ao jet ski, a GIBBS Sports criou o Quadski: um verdadeiro automóvel anfíbio que pode transitar tanto na terra como na água. Ele é equipado com um motor DOHC da BMW de 1,3 litros, quatro cilindros, 16 válvulas e 1.300 cilindradas. Esse é o mesmo equipamento usado na moto K1300 da marca. São 140 cavalos de potência quando o quadriciclo está na água e 80 cavalos nos momentos que o jet ski corre no asfalto. A velocidade máxima é de cerca de 72 km/h em qualquer terreno. A moto aquática Sea-Doo RXT-X 260 foi eleita pela Jet Ski Magazine a melhor de 2013. O destaque da máquina é sua alta performance. A estabilidade proporciona que a máquina “devore” as águas com um desempenho impressionante, sendo que cada detalhe é resultado de um design meticuloso, que ganha força por meio do motor Rotax e agilidade com o exclusivo casco T3. Para 2014 a Yamaha apresentou três novos modelos de Jets, dentre eles o FX Cruiser com o motor SVHO (Super Vortex High Output), que apresenta mais força e performance, com o aumento da potência de 20% em comparação com o top de linha da Yamaha do ano passado (FX Cruiser SHO). O californiano Bob Montogomery, que foi o primeiro distribuidor mundial autorizado da Kawasaki, desenhou e desenvolveu os primeiros protótipos do PowerSki, um sucessor do jet ski mais radical. Em 2008, o PowerSki ganhou melhorias e conta atualmente com um motor em alumínio 15 hp. O PowerSki combina uma alta relação de aceleração/peso com um design próprio e uma localização do centro de gravidade que se mantém estável em qualquer velocidade. O design também permite o planeio em alta velocidade e curvas com força G em grande aceleração com simples mudanças de movimentos feitas pelo piloto.
  • 41. PERFILNÁUTICO80 PERFILNÁUTICO 81 CONTEST 42 CSRespeitado entre velejadores, reconhecido pela mídia Por Angelo Sfair Fotos Divulgação P remiado nas categorias “Iate de Luxo” e “Barco Importado” do ano por duas importantes revistas especializadas da Europa e dos Estados Unidos, o veleiro Contest 42CS é um barco que merece muito respeito. Esse projeto revela toda a experiência de 50 anos construindo veleiros clássicos do renomado estaleiro holandês Contest Yachts e destaca-se por suas linhas limpas e pelo bom desempenho. Observando o projeto, nota-se a sua agressividade e a alta tecnologia imposta em cada detalhe. Um barco contemporâneo desde a sua concepção, equipado com o que há de mais novo no mundo náutico sem perder a característica de luxo e conforto do estaleiro. O júri que elegeu o 42 pés da Contest como o Barco Europeu do Ano na categoria Iate de Luxo resume em uma frase o que representa esse veleiro: “Ele traz o ambiente de um cruzeiro de luxo de 60 pés para um tamanho que pode ser comandado por uma pequena tripulação. O excelente desempenho do veleiro é incomparável”. Dada a ótima navegabilidade aliada a todas as características que fazem desse yacht um campeão, o que não faltam são elogios em fóruns, blogs e redes sociais dos próprios velejadores para esse luxuoso veleiro de cruzeiro. Isso tudo por um valor que não chega a 400 mil euros. Os veleiros da Contest ainda não estão disponíveis em águas brasileiras, mas aqui trazemos um pouquinho do que esse campeão tem. Linhas clássicas marcam os veleiros do tradicional estaleiro holandês que inova em tecnologia e design no 42 CS. PERFILNáutICO80
  • 42. PERFILNÁUTICO82 PERFILNÁUTICO 83 Comprimento total 12,85m Boca 4,15m Calado 1,8 m Deslocamento 11.000kg Altura do mastro 22,09 m Vela grande 57m2 Capacidade do tanque de combustível 250 L Capacidade do tanque de água 480L Genoa 108% 47 m2 Motorização Yanmar 54 HP Especificações técnicas Além dos diferenciais de design e tecnologia, o Contest 42CS é um barco projetado para ser um excelente navegador. O layout do convés é limpo e organizado, e o desempenho do conjunto de velas não deixa nada a desejar. São três opções que se adaptam às pretensões do proprietário. Para quem aprecia a tranquilidade, a versão Shorthanded possui um guincho central no cockpit localizada ao lado do leme para operar a vela. Já o layout Cruising prioriza o conforto, dando mais espaço para a cabine. A terceira opção é a Performance: ideal para quem gosta de velocidade. Esta última versão apresenta alguns detalhes, como a disposição do cockpit e do leme, que maximiza a velocidade potencial. A plataforma de carbono sustenta bem as grandes velas. Elas têm o tamanho necessário para que o usuário sinta-se seguro a bordo, e prometem uma boa navegação até mesmo para mares agitados. O Contest 42CS é, também, um barco com grandes opções de customização. É possível construir, dentre as possibilidades pré-estabelecidas, um veleiro para a família ou um veleiro de alto desempenho. As personalizações podem ser feitas na parte externa, no cockpit e até mesmo no layout de popa. O objetivo é agradar desde as famílias com crianças a bordo até aos mais experientes marinheiros que procuram um barco à vela de última geração. DESEMPENHO DE VELEJO Marcado pela simplicidade e linhas diretas, o 42CS de tão simples torna-se ousado. Caracteriza-se por ser uma embarcação rápida, moderna, elegante e de altíssima qualidade construtiva. Um dos jurados do concurso “Barco Importado do Ano” da revista Cruising World destacou a solidez da construção e a segurança que o Contest 42CS oferece. O Constest 42CS dá um grande passo à frente no quesito contemporaneidade. O barco está pronto para esta geração, que se acostumou com o conforto das novas tecnologias. O sistema digital das operações básicas do barco, por exemplo, é completamente integrado e permite ao usuário controlar as ações pelo seu celular – via internet ou SMS. Há também uma ampla gama de opções de layout de interiores criados em parceria com os arquitetos de interiores “Wetzels Brown”, de Amsterdã. O barco pode se adaptar ao gosto do proprietário com três layouts para as áreas de popa e deck e cinco para a seção a meia-nau. Os diferentes layouts permitem escolher se nas cabines vão caber quatro ou seis pessoas, se a geladeira vai ficar na porta a estibordo, o tamanho da cabine master, o tamanho do local para guardar as velas, entre outros. Essa flexibilidade é um ponto chave que fez a Constest 42CS destacar-se em concursos e avaliações. CONTEMPORÂNEO O Contest 42CS é, também, um barco com grandes opções de customização. É possível construir, dentre as possibilidades pré -estabelecidas, um veleiro para a família ou um veleiro de alto desempenho. PERFILNáutICO 83
  • 43. PERFILNÁUTICO84 PERFILNÁUTICO 85 entrevista Arjen Conijn Diretor da Contest Yachts Conversamos com o diretor da Contest Yachts sobre o projeto e a pretensão de chegar ao Brasil. Perfil Náutico: Quais são os diferenciais da Contest Yachts? Arjen Conijn: A última geração de barcos da Contest foi criada em resposta à crescente demanda por mais competitividade nesta faixa de tamanho de veleiros, com lemes gêmeos e diferentes layouts de cockpit e de popa. O 42CS faz parte da melhoria contínua da frota da Constest, que estende até o 72CS. Além dos veleiros, inclui-se também uma lancha de 52 pés. PN: É um barco que se adaptaria ao público brasileiro? AC: Sim, claro! É um veleiro ideal para pessoas que valorizam o desempenho e o design. Dessa forma, criamos a solução na faixa de 42 pés para quem gosta de navegar de uma maneira esportiva. Mas quem gosta de navegar com a família, podemos oferecer uma versão de layout com o máximo de espaço na cabine. PN: Podemos ver o 42CS na costa brasileira? AC: Por enquanto, o 42CS mais próximo da costa brasileira está no Caribe. PN: Como você analisa o mercado náutico no Brasil? AC: É um mercado emergente. Isso pode ser interessante para a Contest nos próximos anos.
  • 44. PERFILNÁUTICO 87 a proposta da Aguz MarinePor Ana Luísa Pereira Fotos Divulgação O estaleiro promete exclusividade e tecnologia para o navegador brasileiro P ersonalização, experiência, tecnologia e sofisticação. Essas são as palavras -chave que definem o estaleiro Aguz Marine. Situado na zona industrial de Diadema, em São Paulo, o estaleiro entrou no mercado náutico brasileiro para mostrar que um bom barco se faz com experiência sólida em construção naval e, principalmente, atendendo aquele que mais importa: o cliente. “Os clientes Aguz geralmente são navegadores experientes, que sabem apreciar a diferença na qualidade de construção e acabamento, que geram excelente navegação, com velocidade e ao mesmo tempo com estabilidade, suavidade e navegação seca”, afirma Rogério Amodio, diretor de marketing, vendas e novos negócios da Aguz Marine. O estaleiro produz atualmente dois modelos, Aguz 29 e Aguz 39, que são bastante adaptáveis a esportes aquáticos e também enfrentam mares mais altos devido à qualidade de navegação e estabilidade. Para atender o cliente com excelência, a Aguz conta com mais de 20 anos de experiência de seus profissionais tanto na área de produção, quanto na administrativa e comercial. “Temos três anos de mercado, mas muito tempo de experiência de uma equipe unida e muito capaz, que faz a diferença na qualidade de construção e acabamento das lanchas. Somos um estaleiro sólido, que faz parte de um grupo de empresas que atuam em diferentes ramos há mais de 55 anos no mercado brasileiro”. “Os clientes Aguz geralmente são navegadores experientes, que sabem apreciar a diferença na qualidade de construção e acabamento, que geram excelente navegação, com velocidade e ao mesmo tempo com estabilidade, suavidade e navegação seca.” PERFILNáutICO86 www.aguzmarine.com.br
  • 45. É pensando no cliente que o estaleiro põe em prática um dos conceitos que mais se adaptam ao perfil do exigente navegador brasileiro, a personalização. “Há que se diferenciar a verdadeira personalização, que não se trata de mudança de simples equipamentos e motores, ou a mudança da cor da lancha. Cada navegador é único e usa a embarcação de uma forma diferente”, afirma Rogério. É pensando assim que o estaleiro proporciona aos seus clientes a possibilidade de uma personalização em que ele possa decidir qual a planta, a organização, os equipamentos, a motorização e as cores deseja utilizar. O objetivo é oferecer a possibilidade da lancha seja ‘a cara’ do cliente. Outra característica do estaleiro é oferecer embarcações de menor porte com sofisticação. Atuando hoje com lanchas de 29 e 39 pés, a ideia é trazer a possibilidade de uma segunda embarcação de porte menor para aqueles que já possuem barcos maiores e querem uma opção mais prática para navegar. Para atingir bons resultados, o estaleiro foi buscar na Itália, em 2010, uma parceria com um dos mais importantes estúdios italianos de design de barcos da atualidade, o Ferragni Proggetti Yacht Design, que, mesmo estando longe, conseguiu traduzir exatamente o que os brasileiros buscam hoje em um barco. “A Aguz Marine tem recebido inúmeros admiradores que vislumbram no projeto arrojado e, ao mesmo tempo, sofisticado e inteligente das nossas lanchas, uma forma de ter luxo e boa apresentação sem ter que investir num barco maior”. Tecnicamente também a Aguz Marine traz aos seus clientes segurança ao navegar, ao trabalhar com uma equipe que possui sólida experiência na construção naval. Com profundo conhecimento em compostos de fibra de vidro construídos on -off, ou moldes-fêmea, o estaleiro trabalha com o sistema de laminação por infusão, trazendo às suas lanchas alta qualidade aliada a um acabamento cuidadoso. “O mercado náutico brasileiro dá cada vez mais importância ao conjunto completo da obra, com preço justo e garantia local. A qualidade, segurança, design e comportamento na água têm sido cada vez mais avaliados pelos compradores como pontos importantes, o que mostra amadurecimento dos consumidores”, finaliza Rogério. Para o futuro próximo já estão sendo desenvolvidos três novos projetos de lanchas de esporte e recreio para oferecer ao mercado, entre modelos Open, HT e Flybridge. personalização estilo italiano TÉCNICA NAVAL BARCOS BtoB – Outros dois ramos de atuação que mostram o empreendedorismo do estaleiro são a navegação comercial e produção de embarcações para outras marcas. “A Aguz Marine acabou de criar a divisão de barcos de serviço, que irá oferecer barcos para transporte de passageiros (sofisticado ou simples), transporte de carga pequena, patrulha, salvamento, e barcos para treino (Pilot Boats). Além disso, já fabrica embarcações para outras marcas, por exemplo, para a GT Boats”. PERFILNÁUTICO 89