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ORGANIZAÇÃO DO
TRABALHO
Organização do trabalho
Formas de encarar:
1. Análise de funções
2. Conteúdo do trabalho
3. Tempo de trabalho
4. Carga física
5. Carga mental
1. Análise de funções
 O planeamento da mão-de-obra
passa por uma adequação entre as
pessoas e os postos de trabalho,
assegurando que estejam
disponíveis os recursos humanos,
quando necessários;
 Contudo, este processo não pode
nem deve ser estático (pois as
funções estão sempre em constantes
modificações) devendo considerar as
capacidades humanas, as
considerações tecnológicas e
comerciais;
1. Análise de funções (Cont.)
Assim, adequar a pessoa ao
posto de trabalho tem de ser
complementar com a adequação
do posto de trabalho à pessoa.
2. Conteúdo do trabalho
 Uma adequada organização do trabalho, que pretende
não só o aumento da produtividade, como a diminuição
do risco e acidentes, deve ter em conta factores como:
 Monotonia repetição;
 Motivação;
 Autonomia;
 Ritmo de trabalho;
 Quantidade de trabalho;
 Responsabilização;
 Automatização;
 Grau de atenção.
Monotonia e repetição
➢ Estão frequentemente associadas a alterações do estado de
saúde, condicionando patologias com riscos
cardiovasculares, hipertensão e depressão;
➢ Descontentamento por parte dos trabalhadores, o que a
curto/médio prazo origina uma redução do desempenho,
da satisfação e da realização, com efeitos sobre a
produtividade.
Motivação
 Este conceito remete para a satisfação das
necessidades do sujeito.
 Ao nível organizacional, encontramos as necessidades:
 físicas (como as condições de trabalho);
 de segurança (relacionadas com o tipo de vínculo com
a empresa);
 de relacionamento (através do estabelecimento de
relações interpessoais);
Motivação (cont.)
 de realização (que passam não só pelo desempenho
mas pelo alcance de objectivos);
 de responsabilidade (relacionadas coma liderança e a
delegação de funções);
 de desenvolvimento (associadas à
informação/formação);
 e de reconhecimento (recompensas, salários e
prémios).
Autonomia
 Representa a possibilidade que um trabalhador
tem de poder controlar o método de trabalho
ou ordem de execução das tarefas, dentro dos
procedimento estabelecidos.
 Permitir um maior nível de autonomia dos
trabalhadores permite aumentar o grau de
satisfação no trabalho, evitando a saturação.
Ritmo de trabalho
 Representa o tempo que o trabalhador utiliza para
executar uma tarefa, devendo ser tido em conta
que o ritmo está directamente associado como
esforço que o trabalhador tem de prestar.
 Quando um individuo sente que não existe modo
ou forma de alcançar as exigências estabelecidas
pelo ritmo de trabalho, desencadeia-se uma
reacção de stress, e consequentemente, fadiga
física e cansaço psíquico.
Quantidade de trabalho
 Representada através
do volume que um
trabalhador tem de
executar durante um dia
de trabalho, devendo
esta ser ajustada a cada
pessoa em função do
sexo, da idade, da
experiência, etc.
Responsabilidade
 É importante criar
condições para o
desenvolvimento de
responsabilidades
laborais, tendo em
consideração a articulação
entre o nível exigido pela
tarefa e o grau de
responsabilidade que cada
trabalhador está disposto a
assumir.
Automatização
 Pode permitir a redução da carga física
excessiva e a diminuição das tarefas
repetitivas, podendo por outro lado apresentar
desvantagens como a diminuição do conteúdo
da tarefa, especialmente no que diz respeito à
autonomia e à capacidade de tomar decisões.
Grau de atenção
 Tanto os trabalhos que requerem um elevado
nível de atenção como os que requerem um
baixo nível, podem originar efeitos negativos:
 no 1º caso, podem ocorrer alterações da
percepção sensorial, representando um
aumento dos riscos para a saúde;
 enquanto no 2º caso, pode surgir uma perigosa
sensação de alheamento.
3. Tempo de Trabalho
 A organização do tempo de trabalho tem efeitos
sobre a saúde, visto poder afectar a qualidade de
vida tanto na actividade profissional como nas
relações extra laborais
 A organização do trabalho deve ter em conta os
horários, o trabalho nocturno e por turnos, o
pluriemprego, o ritmo excessivo, as horas
extraordinárias excessivas, a programação dos
ciclos de trabalho.
Trabalho por turnos
 Tipo de organização laboral que visa assegurar a
continuidade da produção (de bens e/ou serviços)
pela presença de várias equipas que trabalham em
tempos diferentes num mesmo posto de trabalho.
 Inclui turnos rotativos como os turnos fixos
nocturnos.
Trabalho por turnos: consequências
 Alterações do ritmo biológico;
 Alterações da vida social;
 Fadiga física e mental;
 Alterações do sono (quantidade e qualidade);
 Alterações digestivas (desajuste entre as refeições e
os ciclos circadianos);
 Alterações ao nível da concentração, da motivação, do
tempo de reacção;
 Aumento da vulnerabilidade ao risco de acidentes ou
lesões.
4. Carga Física
 Corresponde ao grau de
exigência que o desempenho
do posto de trabalho tem sobre
o indivíduo:
 Esforços (carregamento de
pesos, manobrar de máquinas,
distâncias percorridas, etc.);
 Posturas;
 Trabalho sedentário;
 Trabalho em pé.
5. Carga Mental
 Corresponde ao nível de actividade ou
quantidade de esforço mental requerido
para que o trabalhador obtenha um
resultado concreto;
 Relação entre as solicitações efectuadas
ao indivíduo e a sua capacidade para
tratar essa informação;
 A avaliação da carga mental deve ter em
consideração os aspectos cognitivos,
emocionais, motivacionais e relacionais
implicados em maior ou menor grau no
trabalho;
5. Carga Mental (cont.)
 É importante encontrar um equilíbrio adequado
entre as capacidades individuais e a exigência que
decorre da realização da tarefa (quantidade de
informação a tratar, natureza dessa informação,
sua complexidade, ritmo de execução da tarefa,
etc.)
Pode ocorrer:
Sobrecarga (capacidades psíquicas e sociais
solicitadas em excesso);
 Subcarga (solicitação insuficiente).
Desencadeadores da carga mental:
 Pressão pela falta de tempo;
 Realização de tarefas que implicam a elaboração
simultânea de actividades diferentes e que muitas
vezes requerem exigências opostas;
 Realização de tarefas complexas;
 A carga emocional que pode estar subjacente à
execução de determinadas tarefas.
Factores de Risco na organização do
trabalho
 Monotonia
 Autonomia
 Ritmo de trabalho
 A comunicação
 Participação
 Identificação com a tarefa
 O tipo de liderança
 Estabilidade de emprego
 Relações interpessoais
(Cont.)
 A organização do trabalho é apenas uma das
variáveis que determina a situação de trabalho.
 Outras, igualmente importantes são, a tecnologia, o
próprio indivíduo, o grupo, a cultura da empresa, o
ambiente físico, etc.
Novas Formas de Organização do Trabalho
(N.F.O.T.)
A maioria dos autores que contribuíram para o
desenvolvimento das N.F.O.T. pretenderam conciliar
dois vectores:
→ elevar o nível de satisfação dos trabalhadores
(recentemente, reformulada para qualidade de vida noqualidade de vida no
trabalhotrabalho);
→ aumentar o rendimento do trabalho.
Novas Formas de Organização do Trabalho
(N.F.O.T.)
 A reorganização do trabalho consiste, basicamente,
em mudanças feitas tanto a montante como a jusante da
produção, no sentido horizontal e vertical.
 Por exemplo:
 Rotação de tarefas;
 Alargamento de tarefas;
 Enriquecimento de tarefas.
1. Rotação de tarefas
 No modelo tradicional, o colaborador A fazia a
tarefa a, o colaborador B fazia a tarefa b, ….
 A rotação de tarefas é trocar de posto e de tarefa:
o colaborador A passa a fazer a tarefa b, o
colaborador B passa a fazer a tarefa c, …
1. Rotação de tarefas (Cont.)
 A mudança de posto de trabalho é vista pelo gestor
como um meio de:
 Equiparar as qualificações;
 Dar polivalência aos colaboradores;
 Evitar a rotina/monotonia, proporcionando maior
diversidade de tarefas;
 Combater a desmotivação, o absentismo e o turn over.
Risco: O trabalhador pode percepcionar a polivalência
como um acréscimo de carga física e/ou mental
2. Alargamento de tarefas
 Consiste na integração de tarefas (ou de um conjunto
de tarefas) da mesma natureza. Trata-se sobretudo de
um alargamento horizontal;
 Ao gestor vem permitir:
 Maior variedade e diversidade do trabalho;
 Maior duração do ciclo de trabalho;
 Maior flexibilidade do colaborador e do modo como
organiza o trabalho.
3. Enriquecimento de tarefas
 Consiste basicamente na adição de novas tarefas
qualitativamente diferentes;
 Trata-se de um alargamento horizontal e vertical de
tarefas;
 Consiste em modificar cada tarefa individual de
maneira a adquirir certas características
correspondentes aos factores de motivação do
trabalhador (ex.: aumentar o grau de iniciativa o
trabalho, delegar autoridade).
Em resumo:
➢ O trabalho, além de possibilitar crescimento,
transformações, reconhecimento e independência
pessoal e profissional também pode causar
problemas de insatisfação, desinteresse, apatia e
irritação.
➢ Os princípios que se adoptam na promoção e
protecção da saúde, mais do que uma
responsabilidade social, traduzem o valor que a
organização dá à preservação das pessoas (o seu
capital mais precioso) e são o espelho da própria
cultura da organização.
ORGANIZAÇÃO DO
TRABALHO
As grandes tendências da evolução:
Evolução tecnológica;
Evolução económica;
Evolução dos valores sócio-
culturais;
Impactos sobre a organização do
trabalho
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
 Na actualidade, verifica-se uma grande
evolução ao nível da Tecnologia, da Economia
e dos Valores Sócio-culturais.
 Que repercussões podem ter estas grandes
tendências sobre as empresas, em especial,
sobre a forma como organizam o seu
trabalho?
Evolução Tecnológica
 O grande desenvolvimento das T.I.C.
(tecnologias de informação e comunicação)
vem transformar os processos produtivos,
introduzindo um maior automatismo;
 Passagem de uma lógica de estandardização
dos produtos/serviços para uma lógica de variedade,
resultante de uma alteração dos padrões de consumo
dos países industrializados (individualização das
necessidades e abandono dos modelos de consumo
massificados).
Evolução Económica
 Diversificação de produtos e de mercados;
 Economia determinada pela procura dos consumidores, pela sua
livre escolha, que adoptam papel chave no mercado;
 Abandono da economia de escala (anos 70) para um cenário de
produção de acentuada flexibilidade e adaptabilidade às
preferências dos consumidores;
 Alteração da natureza estrutural das empresas, com o sucesso
das PME (pequenas e médias empresas) sobre as grandes
unidades industriais .
Evolução dos Valores Sócio-culturais
 Enriquecimento do trabalho, ao nível do conteúdo, da
participação no processo produtivo como um todo;
 As pequenas unidades trazem a descentralização e
consequente aumento da participação, autonomia,
partilha do processo de decisão;
 Elevação do nível de educação e da relevância
crescente dos valores de identidade pessoal.
 As mutações tecnológicas, económicas e sócio-
culturais, que formam um todo coerente e
complexo, tornam pertinente a questão se o
trabalho é o valor central que orienta a vida ou se
assistimos ao “fim do trabalho” e, mais do que ter
um emprego, é possível poder desenvolver uma
actividade em que a pessoa se realize e se sinta
actor, e para além de tudo, um cidadão.
Organização do Trabalho
Introdução
Organização do Trabalho
 Existem várias abordagens que podem ser
feitas à organização e concepção do trabalho:
 Abordagens clássicas
 Abordagens comportamentais
 Abordagens sociotécnicas
Abordagens Clássicas
 Assentam no princípio da divisão do trabalho, que
especifica a maior eficiência para tarefas que são
simplificadas e especializadas ao mais alto grau possível.
Trabalho mais facilmente repetitivo em alternativa a grande
diversidade de tarefas.
Maior especialização que ao estar normalizada por todos os
trabalhadores  realização do trabalho com maior rapidez e
eficiência.
Abordagens Clássicas (cont.)
 W. Taylor, autor dos principais princípios da ORGANIZAÇÃO
CIENTIFICA DO TRABALHO, pilares basilares da abordagem clássica:
 O trabalho a ser feito deve ser estudado cientificamente, para se
determinar quantitativamente, como deve ser subdividido em
componentes e qual a forma mais simples e eficiente de realizar cada
um desses componentes;
 Os empregados devem ser seleccionados para cada trabalho
de uma forma tão adequada quanto possível;
 Os empregados devem ser treinados de forma a assegurar que
concretizam o trabalho exactamente como especificado.
Abordagens Clássicas (cont.)
 O Taylorismo em conjunto com o Fordismo originou a
procura permanente de economias de escala, através da
produção em massa  utilização de instalações maiores e
mais mecanizadas.
 Permitia venda de grandes quantidades de produtos
fabricados para amortizar os elevados custos de aquisição das
instalações e equipamentos especializados;
O progressivo empobrecimento das tarefas manuais,
provocava porém uma maior desmotivação dos trabalhadores.
Abordagens Comportamentais
 As abordagens comportamentais, têm inicio na 2ª metade do século XX
e pretendem colocar a tónica no significado do trabalho em si mesmo,
como factor de motivação e satisfação do trabalhador.
 Focam-se características objectivas do trabalho como,
variedade, autonomia, identidade, como forma de conceber tarefas
que criem condições para uma elevada motivação dos trabalhadores.
 Os custos humanos e consequente diminuição do
empenhamento, resultantes das tarefas repetitivas na abordagem
clássica, deixam de se verificar.
Abordagens Socio-técnicas
 Integram as componentes técnicas e sociais interligadas. Para se perceber
como funciona uma organização, presta-se atenção ao contexto social e às
suas interacções com a organização técnica do trabalho em permanente
revisão.
 Princípios:
 A concepção do trabalho deve integrar as tarefas e a
tecnologia de uma forma harmoniosa e não segmentada;
 A organização do trabalho deve ser vista como um sistema
aberto às mudanças de contexto e do mercado, com respostas
adaptadas e rápidas.
Abordagens Socio-técnicas
(cont.)
 Elton Mayo, interessou-se por estudar mais os :
 Horários, ambiente e segurança no trabalho,
segurança no emprego, níveis de salários, organização das
férias;
 Criou-se o movimento dos Recursos Humanos, que
coloca a ênfase nas capacidades pessoais – os
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  • 2. Organização do trabalho Formas de encarar: 1. Análise de funções 2. Conteúdo do trabalho 3. Tempo de trabalho 4. Carga física 5. Carga mental
  • 3. 1. Análise de funções  O planeamento da mão-de-obra passa por uma adequação entre as pessoas e os postos de trabalho, assegurando que estejam disponíveis os recursos humanos, quando necessários;  Contudo, este processo não pode nem deve ser estático (pois as funções estão sempre em constantes modificações) devendo considerar as capacidades humanas, as considerações tecnológicas e comerciais;
  • 4. 1. Análise de funções (Cont.) Assim, adequar a pessoa ao posto de trabalho tem de ser complementar com a adequação do posto de trabalho à pessoa.
  • 5. 2. Conteúdo do trabalho  Uma adequada organização do trabalho, que pretende não só o aumento da produtividade, como a diminuição do risco e acidentes, deve ter em conta factores como:  Monotonia repetição;  Motivação;  Autonomia;  Ritmo de trabalho;  Quantidade de trabalho;  Responsabilização;  Automatização;  Grau de atenção.
  • 6. Monotonia e repetição ➢ Estão frequentemente associadas a alterações do estado de saúde, condicionando patologias com riscos cardiovasculares, hipertensão e depressão; ➢ Descontentamento por parte dos trabalhadores, o que a curto/médio prazo origina uma redução do desempenho, da satisfação e da realização, com efeitos sobre a produtividade.
  • 7. Motivação  Este conceito remete para a satisfação das necessidades do sujeito.  Ao nível organizacional, encontramos as necessidades:  físicas (como as condições de trabalho);  de segurança (relacionadas com o tipo de vínculo com a empresa);  de relacionamento (através do estabelecimento de relações interpessoais);
  • 8. Motivação (cont.)  de realização (que passam não só pelo desempenho mas pelo alcance de objectivos);  de responsabilidade (relacionadas coma liderança e a delegação de funções);  de desenvolvimento (associadas à informação/formação);  e de reconhecimento (recompensas, salários e prémios).
  • 9. Autonomia  Representa a possibilidade que um trabalhador tem de poder controlar o método de trabalho ou ordem de execução das tarefas, dentro dos procedimento estabelecidos.  Permitir um maior nível de autonomia dos trabalhadores permite aumentar o grau de satisfação no trabalho, evitando a saturação.
  • 10. Ritmo de trabalho  Representa o tempo que o trabalhador utiliza para executar uma tarefa, devendo ser tido em conta que o ritmo está directamente associado como esforço que o trabalhador tem de prestar.  Quando um individuo sente que não existe modo ou forma de alcançar as exigências estabelecidas pelo ritmo de trabalho, desencadeia-se uma reacção de stress, e consequentemente, fadiga física e cansaço psíquico.
  • 11. Quantidade de trabalho  Representada através do volume que um trabalhador tem de executar durante um dia de trabalho, devendo esta ser ajustada a cada pessoa em função do sexo, da idade, da experiência, etc.
  • 12. Responsabilidade  É importante criar condições para o desenvolvimento de responsabilidades laborais, tendo em consideração a articulação entre o nível exigido pela tarefa e o grau de responsabilidade que cada trabalhador está disposto a assumir.
  • 13. Automatização  Pode permitir a redução da carga física excessiva e a diminuição das tarefas repetitivas, podendo por outro lado apresentar desvantagens como a diminuição do conteúdo da tarefa, especialmente no que diz respeito à autonomia e à capacidade de tomar decisões.
  • 14. Grau de atenção  Tanto os trabalhos que requerem um elevado nível de atenção como os que requerem um baixo nível, podem originar efeitos negativos:  no 1º caso, podem ocorrer alterações da percepção sensorial, representando um aumento dos riscos para a saúde;  enquanto no 2º caso, pode surgir uma perigosa sensação de alheamento.
  • 15. 3. Tempo de Trabalho  A organização do tempo de trabalho tem efeitos sobre a saúde, visto poder afectar a qualidade de vida tanto na actividade profissional como nas relações extra laborais  A organização do trabalho deve ter em conta os horários, o trabalho nocturno e por turnos, o pluriemprego, o ritmo excessivo, as horas extraordinárias excessivas, a programação dos ciclos de trabalho.
  • 16. Trabalho por turnos  Tipo de organização laboral que visa assegurar a continuidade da produção (de bens e/ou serviços) pela presença de várias equipas que trabalham em tempos diferentes num mesmo posto de trabalho.  Inclui turnos rotativos como os turnos fixos nocturnos.
  • 17. Trabalho por turnos: consequências  Alterações do ritmo biológico;  Alterações da vida social;  Fadiga física e mental;  Alterações do sono (quantidade e qualidade);  Alterações digestivas (desajuste entre as refeições e os ciclos circadianos);  Alterações ao nível da concentração, da motivação, do tempo de reacção;  Aumento da vulnerabilidade ao risco de acidentes ou lesões.
  • 18. 4. Carga Física  Corresponde ao grau de exigência que o desempenho do posto de trabalho tem sobre o indivíduo:  Esforços (carregamento de pesos, manobrar de máquinas, distâncias percorridas, etc.);  Posturas;  Trabalho sedentário;  Trabalho em pé.
  • 19. 5. Carga Mental  Corresponde ao nível de actividade ou quantidade de esforço mental requerido para que o trabalhador obtenha um resultado concreto;  Relação entre as solicitações efectuadas ao indivíduo e a sua capacidade para tratar essa informação;  A avaliação da carga mental deve ter em consideração os aspectos cognitivos, emocionais, motivacionais e relacionais implicados em maior ou menor grau no trabalho;
  • 20. 5. Carga Mental (cont.)  É importante encontrar um equilíbrio adequado entre as capacidades individuais e a exigência que decorre da realização da tarefa (quantidade de informação a tratar, natureza dessa informação, sua complexidade, ritmo de execução da tarefa, etc.) Pode ocorrer: Sobrecarga (capacidades psíquicas e sociais solicitadas em excesso);  Subcarga (solicitação insuficiente).
  • 21. Desencadeadores da carga mental:  Pressão pela falta de tempo;  Realização de tarefas que implicam a elaboração simultânea de actividades diferentes e que muitas vezes requerem exigências opostas;  Realização de tarefas complexas;  A carga emocional que pode estar subjacente à execução de determinadas tarefas.
  • 22. Factores de Risco na organização do trabalho  Monotonia  Autonomia  Ritmo de trabalho  A comunicação  Participação  Identificação com a tarefa  O tipo de liderança  Estabilidade de emprego  Relações interpessoais
  • 23. (Cont.)  A organização do trabalho é apenas uma das variáveis que determina a situação de trabalho.  Outras, igualmente importantes são, a tecnologia, o próprio indivíduo, o grupo, a cultura da empresa, o ambiente físico, etc.
  • 24. Novas Formas de Organização do Trabalho (N.F.O.T.) A maioria dos autores que contribuíram para o desenvolvimento das N.F.O.T. pretenderam conciliar dois vectores: → elevar o nível de satisfação dos trabalhadores (recentemente, reformulada para qualidade de vida noqualidade de vida no trabalhotrabalho); → aumentar o rendimento do trabalho.
  • 25. Novas Formas de Organização do Trabalho (N.F.O.T.)  A reorganização do trabalho consiste, basicamente, em mudanças feitas tanto a montante como a jusante da produção, no sentido horizontal e vertical.  Por exemplo:  Rotação de tarefas;  Alargamento de tarefas;  Enriquecimento de tarefas.
  • 26. 1. Rotação de tarefas  No modelo tradicional, o colaborador A fazia a tarefa a, o colaborador B fazia a tarefa b, ….  A rotação de tarefas é trocar de posto e de tarefa: o colaborador A passa a fazer a tarefa b, o colaborador B passa a fazer a tarefa c, …
  • 27. 1. Rotação de tarefas (Cont.)  A mudança de posto de trabalho é vista pelo gestor como um meio de:  Equiparar as qualificações;  Dar polivalência aos colaboradores;  Evitar a rotina/monotonia, proporcionando maior diversidade de tarefas;  Combater a desmotivação, o absentismo e o turn over. Risco: O trabalhador pode percepcionar a polivalência como um acréscimo de carga física e/ou mental
  • 28. 2. Alargamento de tarefas  Consiste na integração de tarefas (ou de um conjunto de tarefas) da mesma natureza. Trata-se sobretudo de um alargamento horizontal;  Ao gestor vem permitir:  Maior variedade e diversidade do trabalho;  Maior duração do ciclo de trabalho;  Maior flexibilidade do colaborador e do modo como organiza o trabalho.
  • 29. 3. Enriquecimento de tarefas  Consiste basicamente na adição de novas tarefas qualitativamente diferentes;  Trata-se de um alargamento horizontal e vertical de tarefas;  Consiste em modificar cada tarefa individual de maneira a adquirir certas características correspondentes aos factores de motivação do trabalhador (ex.: aumentar o grau de iniciativa o trabalho, delegar autoridade).
  • 30. Em resumo: ➢ O trabalho, além de possibilitar crescimento, transformações, reconhecimento e independência pessoal e profissional também pode causar problemas de insatisfação, desinteresse, apatia e irritação. ➢ Os princípios que se adoptam na promoção e protecção da saúde, mais do que uma responsabilidade social, traduzem o valor que a organização dá à preservação das pessoas (o seu capital mais precioso) e são o espelho da própria cultura da organização.
  • 32. As grandes tendências da evolução: Evolução tecnológica; Evolução económica; Evolução dos valores sócio- culturais; Impactos sobre a organização do trabalho
  • 33. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO  Na actualidade, verifica-se uma grande evolução ao nível da Tecnologia, da Economia e dos Valores Sócio-culturais.  Que repercussões podem ter estas grandes tendências sobre as empresas, em especial, sobre a forma como organizam o seu trabalho?
  • 34. Evolução Tecnológica  O grande desenvolvimento das T.I.C. (tecnologias de informação e comunicação) vem transformar os processos produtivos, introduzindo um maior automatismo;  Passagem de uma lógica de estandardização dos produtos/serviços para uma lógica de variedade, resultante de uma alteração dos padrões de consumo dos países industrializados (individualização das necessidades e abandono dos modelos de consumo massificados).
  • 35. Evolução Económica  Diversificação de produtos e de mercados;  Economia determinada pela procura dos consumidores, pela sua livre escolha, que adoptam papel chave no mercado;  Abandono da economia de escala (anos 70) para um cenário de produção de acentuada flexibilidade e adaptabilidade às preferências dos consumidores;  Alteração da natureza estrutural das empresas, com o sucesso das PME (pequenas e médias empresas) sobre as grandes unidades industriais .
  • 36. Evolução dos Valores Sócio-culturais  Enriquecimento do trabalho, ao nível do conteúdo, da participação no processo produtivo como um todo;  As pequenas unidades trazem a descentralização e consequente aumento da participação, autonomia, partilha do processo de decisão;  Elevação do nível de educação e da relevância crescente dos valores de identidade pessoal.
  • 37.  As mutações tecnológicas, económicas e sócio- culturais, que formam um todo coerente e complexo, tornam pertinente a questão se o trabalho é o valor central que orienta a vida ou se assistimos ao “fim do trabalho” e, mais do que ter um emprego, é possível poder desenvolver uma actividade em que a pessoa se realize e se sinta actor, e para além de tudo, um cidadão.
  • 39. Organização do Trabalho  Existem várias abordagens que podem ser feitas à organização e concepção do trabalho:  Abordagens clássicas  Abordagens comportamentais  Abordagens sociotécnicas
  • 40. Abordagens Clássicas  Assentam no princípio da divisão do trabalho, que especifica a maior eficiência para tarefas que são simplificadas e especializadas ao mais alto grau possível. Trabalho mais facilmente repetitivo em alternativa a grande diversidade de tarefas. Maior especialização que ao estar normalizada por todos os trabalhadores  realização do trabalho com maior rapidez e eficiência.
  • 41. Abordagens Clássicas (cont.)  W. Taylor, autor dos principais princípios da ORGANIZAÇÃO CIENTIFICA DO TRABALHO, pilares basilares da abordagem clássica:  O trabalho a ser feito deve ser estudado cientificamente, para se determinar quantitativamente, como deve ser subdividido em componentes e qual a forma mais simples e eficiente de realizar cada um desses componentes;  Os empregados devem ser seleccionados para cada trabalho de uma forma tão adequada quanto possível;  Os empregados devem ser treinados de forma a assegurar que concretizam o trabalho exactamente como especificado.
  • 42. Abordagens Clássicas (cont.)  O Taylorismo em conjunto com o Fordismo originou a procura permanente de economias de escala, através da produção em massa  utilização de instalações maiores e mais mecanizadas.  Permitia venda de grandes quantidades de produtos fabricados para amortizar os elevados custos de aquisição das instalações e equipamentos especializados; O progressivo empobrecimento das tarefas manuais, provocava porém uma maior desmotivação dos trabalhadores.
  • 43. Abordagens Comportamentais  As abordagens comportamentais, têm inicio na 2ª metade do século XX e pretendem colocar a tónica no significado do trabalho em si mesmo, como factor de motivação e satisfação do trabalhador.  Focam-se características objectivas do trabalho como, variedade, autonomia, identidade, como forma de conceber tarefas que criem condições para uma elevada motivação dos trabalhadores.  Os custos humanos e consequente diminuição do empenhamento, resultantes das tarefas repetitivas na abordagem clássica, deixam de se verificar.
  • 44. Abordagens Socio-técnicas  Integram as componentes técnicas e sociais interligadas. Para se perceber como funciona uma organização, presta-se atenção ao contexto social e às suas interacções com a organização técnica do trabalho em permanente revisão.  Princípios:  A concepção do trabalho deve integrar as tarefas e a tecnologia de uma forma harmoniosa e não segmentada;  A organização do trabalho deve ser vista como um sistema aberto às mudanças de contexto e do mercado, com respostas adaptadas e rápidas.
  • 45. Abordagens Socio-técnicas (cont.)  Elton Mayo, interessou-se por estudar mais os :  Horários, ambiente e segurança no trabalho, segurança no emprego, níveis de salários, organização das férias;  Criou-se o movimento dos Recursos Humanos, que coloca a ênfase nas capacidades pessoais – os trabalhadores são indivíduos que desejam ser úteis e dar uma contribuição à empresa em que trabalham.