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Breve história de Lajeado do Tocantins 
Pedro Ferreira Nunes 
Lajeado – TO 
2014
“In memoria de Dona Caetana, Dona Julia, Seu Josias, Seu Raimundo, Seu Disomo, Dona Eurides, Bida, Boca de Matraca, Meleta, Manoel Mentira e Raposão. Lajeadenses que com suor e sangue ajudaram a construir esta cidade.”
“Lajeado velha, continuas bela 
Tuas ruas, tuas praças, teus bosques 
A igreja de nossa senhora da divina providencia 
O colégio estadual 
O bar pioneiro 
A praça cinco de maio 
O pé de pequi 
A ilha verde 
A serra do lajeado 
O morro do segredo 
O rio Tocantins 
Teu povo tranquilo e acolhedor 
Ah Lajeado velha, continuas tão bela. 
Lembro-me de tantas madrugadas 
com meu amor contemplando teu céu estrelado 
nas margens do rio Toantins. 
Andando por tuas ruas 
Vêm-me na memoria velhos amigos 
que já não estão entre nós 
apesar de tudo, ah Lajeado velha continuas bela.”
Introdução 
Diante da escassez de registro histórico (artigos, livros entre outros materiais) a cerca do município de Lajeado do Tocantins, da necessidade, sobretudo das novas gerações de compreender a formação histórica da cidade, bem como do seu desenvolvimento econômico, politico e social resolvemos escrever este breve artigo com o objetivo de contribuir com a construção de um registro histórico do município. Pois é fundamental olharmos o passado para compreendermos aonde chegamos, bem como para onde queremos ir. 
Salientamos a limitação deste artigo devido à falta de estrutura para realizarmos um estudo amplo e aprofundado sobre a questão apresentada, mas acreditamos que o mesmo irá minimamente suprir parte da escassez de registro histórico a cerca da historia do município de Lajeado, mas que seja, sobretudo um estimulo para sensibilizar as autoridades locais a cerca da necessidade de tal registro.
1- A origem 
Antes de o norte goiano ser invadido pelos bandeirantes em busca de jazidas de minérios e da captura de índios para escravização, esta região já era habitada por povos nômades há milhares de anos atrás – como bem aponta as pinturas rupestres encontradas no Sitio Arqueológico do Canuto e no poço da onça. 
Os índios Xerente habitaram esta região que séculos depois se tornaria o Lajeado muito antes da chegada do ‘homem branco’. Eram nômades, isto é, não se fixavam em um mesmo lugar – viviam da coleta e da agricultura, mas com a colonização foram obrigados a mudarem seu modo de vida. Mesmo assim a duras pena eles procuram manter algumas de suas tradições. 
“Vivendo na margem do rio Tocantins, aos poucos foram migrando para o norte, pressionados pela ocupação colonizadora. Vendo sua cultura e sua sobrevivência sendo
ameaçadas, os xerente fazem de sua memória e de seus costumes armas para não desaparecerem como etnia.” Bianca do Amaral e Diane Valdez. 
Apesar de todos os ataques que sofreram e continua sofrendo, o povo xerente resiste próximo ao município de Tocantinia, na margem direita do rio Tocantins em 40 aldeias, junto à área do funil. Em 2004, a população dos xerente era de 2.400 pessoas. 
Já a origem de Lajeado esta intimamente ligada á origem da região que viria a se tornar o estado do Tocantins – Os primeiros povoados começam a se estabelecer no então norte goiano após a descoberta de jazidas de minérios. É da exploração de pedras preciosas que surge Natividade, Arraias, Divinópolis e Porto Real. Já os primeiros moradores se estabelecem nesta região como um ponto de apoio aos navegadores que escoavam os minérios explorados no norte goiano para os grandes centros através do rio Tocantins – De Porto Real (que na república torna-se Porto Nacional) até Belém do Pará. 
É então em meados do século XVIII, no auge da exploração de mineiros no norte goiano (hoje Tocantins), que os primeiros habitantes começam a se fixar nas margens do rio Tocantins – na altura da famosa cachoeira do Lajeado - uma das mais perigosas que os navegadores enfrentavam e próximas ao córrego Lajeado. É dai a origem do que seria o povoado e do município de Lajeado.
2- O povoado de Lajeado 
No inicio da década de 30 do século XX, o Brigadeiro Lisyas Rodrigues chefia uma expedição do governo federal com o objetivo de traçar uma rota área no interior do país – o Centro- oeste e o Norte brasileiro. Essa expedição se deu pelo rio Tocantins e no seu diário de viagem Lisyas Rodrigues faz um importante registro histórico de como era esta região neste período. 
“Acordamos cedo, no dia dezenove de setembro, às pressas tomamos café com biscoitos e, ás seis e meia, arrancávamos para tratar de passar as sete corredeiras, das mais difíceis de vencer...”. A primeira corredeira a enfrentarmos, a menor e mais fácil, foi a de ‘Todos os santos’. Pouco depois vinha a corredeira ‘Quebra cocos’... O Hildebrando, ao enfrentar a corredeira dos ‘pilões’, julgou que podia passar se aliviasse a carga... Uma hora depois, tivemos pela frente a cachoeira dos ‘Mares’. Não houve jeito senão descarregar, transportar as bagagens e cargas por terra... O Hildebrando recomendava á guarnição: “Comam bem, que o duro vem agora na cachoeira do Lajeado!”. Lisyas Rodrigues 
Neste período Lajeado era se quer um povoado, existiam apenas algumas fazendas e algumas casas bem distantes uma da outra. No entanto já existia o boato de que se encontrava muito ouro e diamante por ali como mostra o relato de Lisyas Rodrigues abaixo.
“...Com um sol de quarenta e dois graus á sombra, marchamos pelo pedregal da margem do rio uma boa meia légua, até chegarmos ao rio Lajeado (o córrego) onde diziam haver tanto diamante. Não conhecendo o oficio de garimpeiro olhamos desconsoladamente o rio e vadeamo-lo com água a cima dos joelhos, depois de termos nos dessendentado com a água fresca e cristalina desse rio”. Lisyas Rodrigues 
Os boatos a cerca de que havia uma quantidade enorme de minérios, em especial ouro e diamante foi o que atraiu centenas de garimpeiros de varias partes do país, em especial do nordeste para esta região e é da exploração de minérios que surgi o povoado de Lajeado. 
“...Três horas lutaram os homens contra as pedras e correntezas... só as dezessete horas conseguimos prosseguir a viajem rio abaixo para logo enfrentarmos a cachoeira do ‘Túnel’ e a do ‘Funilzinho’...Raríssimas as embarcações. Só mesmo as de grande porte ousam enfrenta-la...” Lisyas Rodrigues 
O relato de Lisyas Rodrigues nos mostra a aventura que era trafegar pelo rio Tocantins, os perigos das correntezas, mas também seus encantos, suas belezas e riquezas como também o povo guerreiro que por aqui já vivia. 
Só algum tempo depois é que surge o garimpo de ouro e diamante na região da cachoeira e do córrego Lajeado - e é por tanto do garimpo de ouro e diamante nesta região, sobretudo após o declínio dos garimpos em Natividade, Arraias, Divinópolis e Porto Nacional que surge o povoado de Lajeado.
Mas além do garimpo a região era usada também por tropeiros que desbravavam essas terras carregando mercadorias nos lombos de animais. 
“Eu trabalhava nas fazendas aqui nessa região, tinha que ir caminhando daqui até Tocantinia para comprar mercadoria, pois aqui não havia comercio. O meu patrão tinha muito animal, mas não tinha coragem de me oferecer um para eu fazer a viajem, assim eu ia a pé mesmo. Ainda hoje tem as marcas das estradas tropeiras que eram usadas pelos tropeiros que carregavam mercadorias nos animais de carga, eu andei muito a pé por essas estradas, hoje as coisas são tudo fácil, nem se compara com aquele tempo”. Seu Raimundinho 
Muitos daqueles que chegaram à região em busca de riquezas materiais acabaram se apaixonando pelo local e se estabelecendo definitivamente por aqui, em especial destaca-se a família ‘Monteiro’ – Sérgio Monteiro e dona Maria Monteiro. Justiniano de Sales Monteiro filho do casal é um dos principais responsáveis pela consolidação de Lajeado como povoado – ele foi responsável pela construção dos primeiros prédios públicos, como a Igreja da Nossa Senhora da Divina Providência e a histórica Usina Hidrelétrica do Lajeado construída no ano de 1969 e inaugurada em 11 de março de 1971. Justiniano de Sales Monteiro é considerado por tanto como o fundador de Lajeado. 
O povoado ou distrito de Lajeado pertencia ao município de Tocantinia (que antes era chamada de Piabanha), quando a região que era conhecida como o norte goiano ainda pertencia
ao estado de Goiás. Com a criação do estado do Tocantins em 1988, vários distritos e povoados emanciparam-se e tornam-se municípios, entre eles Lajeado. 
3- O munícipio de Lajeado 
3.1- Administração Glacimar Alves Pinto (1993 a 1996) 
A emancipação de Lajeado como distrito de Tocantinia, dá-se no ano de 1991. E a sua instalação ocorre em 1992. O primeiro prefeito eleito de Lajeado é uma mulher, Glacimar Alves Pinto que venceu a disputa contra Walteides. A primeira câmara legislativa responsável por elaborar e aprovar a lei orgânica do município em 1993 é composta por: Tomás Aquino Gomes, o primeiro presidente do legislativo Lajeadense. Por Leônidas Correia de Castro, Maria Eulinda Portilho de Souza, Marivalda Soares de Souza, Margarida Pereira dos Santos, Adeli Santana Parente, Valdemi Alves Gomes, Raimundo Nonato da Silva e por João Borges Filho (in memoria). 
A cidade era pouco desenvolvida, mas teria grande possibilidade de desenvolvimento, sobretudo pela localização privilegiada próxima a nova capital do estado, Palmas. Apenas 52 km de distancia. Mesmo assim o município já contava com o Colégio Estadual Nossa Senhora da Providência, a Escola Juscelino Kubistchek na zona rural das Pedreiras, e com um Posto de Saúde. É então construída a primeira praça do município - a Praça Cinco de Maio, e também a feira coberta conhecida como ‘galpão’. Além de outros serviços públicos como energia
elétrica, coleta de lixo e a ampliação da cidade com a criação de novos setores. 
O comercio na cidade era quase inexistente, resumindo-se a uma quitanda, obrigando os moradores a se deslocarem para fazer suas compras em outros municípios, especialmente Miracema ou Porto Nacional. Energia elétrica, água encanada, telefone era privilegio de poucos. Mesmo assim o numero de habitantes ia aumentando com as famílias que moravam na zona rural decidindo a se deslocar para o núcleo urbano. 
3.2- Administração Leônidas Correia de Castro (1997 a 2000) 
Em 1996 Leônidas Correia de Castro é eleito o novo prefeito do município, vencera a eleição contra Carlos Luz e Junior Bandeira. Sua administração dá-se de 1997 a 2000. A câmara de vereadores neste período é composta por: Cristiane Silva Morais, Emival de Souza Parente, Valderi Alves Gomes, Lucileide Bezerra de Souza, Luiz Carvalho dos Santos, Maria Eulinda Portilho de Souza, Marivalda Soares de Souza entre outros. 
A cidade continua o seu desenvolvimento de forma bastante lenta, mesmo assim é neste período que é criado a Escola Municipal Sebastião de Sales Monteiro, a creche dona Antônia entre outros serviços. A economia da cidade dava-se em torno da agricultura de pequeno porte (familiar e camponesa), da pesca no rio Tocantins e do turismo, o que persiste até os dias atuais. Mas com o projeto de construção da Usina Hidrelétrica
na cachoeira do Lajeado no rio Tocantins – atingindo diretamente o município as perspectivas de desenvolvimento de Lajeado eram imensas. 
3.3- Administração Junior Bandeira (2001 a 2004) 
Nas eleições municipais realizadas no ano de 2000, Junior Bandeira vence a disputa contra Leônidas Correia de Castro, tornando-se o novo prefeito de Lajeado que administraria a cidade de 2001 a 2004. A câmara de vereadores será composta por: Tomas Aquino Gomes, Valdemi Alves Gomes, José Parente Aguiar, Luiz Claudio Lara entre outros. 
A cidade sofre um grande ‘boom’ de desenvolvimento com a vinda de operários de varias partes do Brasil em busca de trabalho. Lajeado teve a sua população mais que dobrada em um período muito curto, tendo que, portanto desenvolver-se forçadamente para receber milhares de trabalhadores que se estabeleceram no município. Por exemplo, nas eleições de 1996, apenas 923 eleitores votaram nas candidaturas majoritárias, já no ano 2000 foram 1.797 eleitores. Esses dados coletados no Tribunal Superior Eleitoral – TSE mostra o aumento da população de Lajeado com a construção da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães. Fato este confirmado pelo censo demográfico do IBGE que mostra que a população de Lajeado no ano 2000 já era de 2.344 habitantes. 
O município prospera com a construção de novos setores e a consolidação de antigos – a exemplo do setor mirante, setor áurea, mas, sobretudo o setor aeroporto. Foram construídas
pousadas, hotéis e restaurantes. O balneário ilha verde um dos principais pontos turísticos da cidade passa por reestruturação, surgem novos comércios que diversificam os produtos ofertados a população, que passa a se tornar menos dependente de outros municípios. 
O setor Mirante desenvolve-se, sobretudo a partir da construção do trecho da TO - 010 ligando a região a Palmas, trecho que antes passava por dentro da cidade. Já o setor Áurea desenvolveu-se com a construção de alojamento e zona de meretrício para os ‘peões’ que trabalhavam na construção da usina hidrelétrica que receberia o nome de ‘Luiz Eduardo Magalhães’. O Setor Aeroporto desenvolveu-se a partir da construção de casas populares e doação de lotes para as famílias de operários que decidiram se estabelecer na cidade após o fim da construção da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães. 
Lajeado vive um momento de grande prosperidade, com ampliação do posto de saúde, construção do prédio dos pioneiros mirins, quadra poliesportiva, Ginásio de esportes, novas praças e bosques, uma passarela na ilha verde interligando o setor aeroporto ao centro, entre outros diversos serviços. 
3.4- 2º Administração Junior Bandeira (2005 a 2008) 
Em 2004 Junior Bandeira é reeleito prefeito da cidade na disputa contra Arlindo Silvério, ficando por tanto mais quatro anos a frente do executivo municipal (2005 a 2008). A câmara de vereadores será composta por: Andrelson Pinheiro Portilho
Rodrigues, Valdemi Alves Gomes, Arudá Bucar, Jailson Fraga Parente, Raimunda Ribeiro de Carvalho entre outros. 
Este período é marcado em especial pelo desenvolvimento do setor Aeroporto – continuação de construção de casas populares, pavimentação asfáltica das ruas, quadra poliesportiva entre outros. No entanto com o fim da construção da usina hidrelétrica o operariado sem trabalho deixa a cidade levando a decadência restaurante, hotéis, bares, pousadas e alojamento. O setor Áurea é um dos mais atingidos pelos problemas decorrentes com o fim da construção da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães. É a falta de oportunidade também que leva centenas de jovens trabalhadores a deixarem o município para irem viver nos grandes centros em busca de uma vida melhor. 
3.5- Administração Marcia Reis (2009 a 2012) 
Em 2008 Marcia Reis é eleita à nova prefeita do município em disputa contra Tomaz Aquino. Sua administração seria de 2009 a 2012. A câmara de vereadores será composta por: Ananias Pereira, Andrelson Pinheiro Portilho, Antônio Carlos Gomes, Edilson Gonçalves Mascarenhas, Fabio Bezerra da Silva, Gilberto Borges, Jailson Fraga Parente, Nilton Soares de Souza, Rui Furtado Maciel. 
A população de Lajeado via em Marcia Reis uma nova alternativa ante um representante das velhas oligarquias da cidade. No entanto a sua administração nada se diferenciaria das anteriores. O setor Aeroporto continua desenvolvendo-se,
ganha a praça da bíblia e um posto de saúde. Igrejas, bares, restaurantes, minimercados, pavimentação completa das ruas do setor, novas casas populares – fazendo com que o setor aeroporto torne-se o principal setor da cidade. Enquanto o centro e o setor mirante pararam no tempo, e o setor áureo continua sua decadência. 
A construção da ponte Padre Cicero José de Souza - ‘Imigrantes nordestinos’ – ligando Lajeado á Miracema pelo governo estadual e federal trouxe um aumento do fluxo de transporte pesado na TO -010 que corta a região. Com o aumento do fluxo de transporte nesta região, vários restaurantes estão se estabelecendo nas margens da rodovia para oferecer alimentação para os caminhoneiros e viajantes que trafegam por essas bandas. 
A cidade avança na prestação de serviços públicos, sobretudo na área da saúde primaria e da assistência social. O sistema de saúde é bastante elogiado pela comunidade e referencia para pequenos municípios do estado, no entanto qualquer doença de maior complexidade é encaminhada para capital. Na assistência social houve pequenos avanços a partir da implementação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, por parte do governo federal, no entanto esta muito aquém do ideal. Na área da educação surgem cursos técnicos e superiores, porém sem continuidade, sobretudo os cursos superiores. Os gargalos na educação fundamental são imensos – falta de estrutura nas unidades escolares e desvalorização dos profissionais da educação.
Há um inchamento de contratos temporários na prefeitura, que se caracteriza pela precariedade e pela dispensa das garantias das leis trabalhistas. Mas, sobretudo como uma forma de manter este servidor dependente da gestão municipal. Esta prática infelizmente não é privilegio da atual gestão e nem do município de Lajeado apenas, uma prática recorrente de norte a sul do país, em especial no interior. Mas denuncias dessas práticas levou o ministério público a exigir que a atual gestão realize concurso público. 
3.6- 2º Administração Marcia Reis (2013 a 2016) 
Mesmo com as denuncias de uso da maquina pública e abuso do poder econômico, Marcia Reis é reeleita em 2012 para mais quatro anos de mandato (2013 a 2016). A mesma venceu a disputa contra o ex-prefeito Junior Bandeira. A atual câmara de vereadores conta com: Nilton Soares, Adão Tavares, Luiza Brasileiro, Manoel das Neves, Adonias Pereira, Edilson Mascarenhas, Emival Parente, José Portilho e Branco Parente. 
O período atual tem sido marcado por uma intensa crise política, denuncia do ministério público de desvio de dinheiro público da prefeitura, abuso do poder econômico nas eleições de 2012, denuncias estas que levou ao afastamento da prefeita e outros altos funcionários do seu governo e congelamento dos seus bens (o que a defesa da prefeita Marcia Reis conseguiu reverter). Instalação de CPI na Câmara de Vereadores para investigar denúncias de corrupção na prefeitura, que acabou terminando como se diz popularmente em ‘pizza’.
Lajeado passa por um período conturbado de sua curta historia. O mercado de trabalho na cidade é escasso e pouco diversificado, sendo que a maioria das empresas é de pequeno e médio porte e que trabalham no ramo da alimentação e bebidas. A agricultura familiar e camponesa, a pesca e o setor de turismo são ainda a base da economia do município, tal como em outras tantas cidades do interior tocantinense. O diferencial de Lajeado é o recurso mensal que a prefeitura recebe como compensação pela construção da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães no município – o que da condição para o poder público de Lajeado ofertar uma boa qualidade de vida para os habitantes locais. Mas infelizmente muitas vezes partes desses recursos públicos acabam indo pelo ralo da corrupção. 
Com a falta de emprego os trabalhadores continuam tendo que deixar a cidade em busca de uma vida melhor nos grandes centros do país. O poder público local tornou-se dependente do recurso da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães, sendo incapaz de apresentar alternativa para população que aqui vive e é obrigada a abandonar o município por falta de oportunidade. 
Nos últimos dois anos mobilizações mostraram o descontentamento do povo com a atual gestão. Centenas de jovens tomaram as ruas de Lajeado para protestarem contra o caos politico que se estabeleceu na cidade, os professores da rede municipal fizeram paralização histórica na luta por melhores salários e condições de trabalho, os pescadores se mobilizaram contra a mortandade de peixes no rio Tocantins, decorrente de crimes ambientais cometido pela INVESTICO –
empresa responsável por gerir a Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães. 
4- Lajeado hoje 
Apesar das dificuldades por que passa o munícipio, é fato que o mesmo tem uma boa perspectiva para desenvolver-se a passos largos, sobretudo quando olhamos a disposição de um setor importante da classe trabalhadora Lajeadense de lutar para que este desenvolvimento aconteça de forma plena, dando oportunidade e igualdade de condições a todos que aqui vive e não apenas uma ‘panelinha de puxa sacos’. 
4.1- Serviços públicos precários 
A cidade que é conhecida como ‘a cidade das águas’ presta um serviço de saneamento básico de péssima qualidade a população, aliás, não raramente falta água nas torneiras dos Lajeadenses, rede de esgoto não existe. Com o crescimento da população, sobretudo na parte mais alta da cidade (setor aeroporto), deveria ter havido um maior investimento no sistema de abastecimento de água o que infelizmente não aconteceu por falta de planejamento. 
O Serviço de energia elétrica é um dos mais caros do mundo e mesmo assim de péssima qualidade, isto que há no município duas usinas hidrelétricas. Sendo que a UHE Luiz Eduardo Magalhães é uma das maiores do país. No período de chuva, a população ironicamente diz que se um cachorro mixar em um poste, falta energia na cidade. O serviço de telefonia e de
internet ainda estão muito aquém do que a população de Lajeado almeja. 
Mesmo sendo uma cidade turística não há nenhum serviço de atendimento as pessoas que visitam a cidade. Não há sinalização e nem orientação de como chegar aos pontos turísticos. As praias não contam com nenhum tipo de infraestrutura por parte do poder público, nem no período de alta temporada, onde há um aumento do fluxo de turistas na cidade. 
Realidade ainda mais difícil para quem vive na zona rural do município, que além de sofrer com os problemas apontados acima. Também sofre com a falta de estrutura mínima para produzir e escoar a produção agropecuária do município – como estradas, pontes, transporte escolar decente, assistência técnica entre outros. 
5- Cidade dormitório 
Este fenômeno é visto em varias partes do país. Por falta de trabalho nos pequenos e médios municípios a população destes acaba se deslocando durante o dia para trabalhar nos grandes centros e volta para sua cidade de origem a noite apenas para dormir. 
Pela sua proximidade com Palmas, mas, sobretudo pela falta de condição para se viver de forma digna por aqui, os trabalhadores lajeadenses estão sendo obrigados a abandonarem suas casas durante a semana para poderem partir em busca de trabalho em Palmas, voltando para casa à noite apenas para dormir, já que o aluguel na capital devido à especulação
imobiliária não é barato. Assim estes trabalhadores – trabalham, estudam e resolvem seus problemas do dia a dia na capital. 
Durante o dia a cidade de Lajeado fica deserta, pois grande parte da sua população esta trabalhando na capital. Só a noite é que os trabalhadores retornam para suas casas, mas apenas para dormir, fazendo do local uma cidade dormitório. 
6- Apesar dos pesares - Um lugar encantador 
Lajeado é uma das cidades mais encantadoras do Tocantins. Privilegiada com uma natureza exuberante, rodeada pela Serra do Lajeado, pelo Morro do Segredo, pelo Morro Encantado, pelo Morro do Leão, banhada pelo Rio Tocantins, pelo Córrego Lajeado e pelo Córrego Lajeadinho. Tem uma fauna e uma flora diversa mesmo após a construção da UHE Luiz Eduardo Magalhães. O bioma predominante na região é o cerrado, o clima é o tropical, quente o ano todo. Tem duas estações do
ano bem definida, o período de chuva que se inicia no mês de setembro e vai até maio e o período de seca que começa em junho e vai até agosto. 
Lajeado faz divisa com os municípios de Tocantinia ao norte, Aparecida do Rio Negro ao nordeste e com a capital, Palmas ao sul. A população de Lajeado era de 2.344 no ano 2000. No ultimo censo demográfico realizado pelo IBGE em 2010 a população do município aumentou para 2.773. Sendo 2.166 na zona urbana e 607 na zona rural. O Censo do IBGE também aponta que a área do município é de 322,5 e a densidade demográfica é de 8,60 habitantes por Km². 
7- Festas populares 
O festejo de Nossa Senhora da Divina Providência (considerada a padroeira da cidade de Lajeado) continua sendo a festa mais tradicional da cidade, mesmo com a falta de apoio por parte do poder público que havia em anos anteriores. Mas também o desinteresse de grande parte da população por essa festividade pode ser explicado devido a um aumento significativo da população evangélico-protestante no município. Não há dados que comprove, mas não seria leviano afirmar que as igrejas pentecostais e seus fieis são quase do tamanho da população de católicos. Só no núcleo urbano há sete igrejas pentecostais e duas católicas. 
Na zona rural tem os festejos de São José Operário no povoado das pedreiras e no vão do Mutum que também são festividades tradicionais da cidade. O aniversário de Lajeado comemorado
no dia 05 de maio, a festa junina no mês de junho com a apresentação das quadrilhas do colégio estadual, da escola municipal, do centro de educação infantil e dos idosos do Centro de Convivência tem se tornado tradicional, como também a tradicional festa dos dias das mães. Além do Boia Cross – descida do córrego lajeado de boia e botes. Um mix de esporte, aventura e diversão que acontece no primeiro período do ano, quando o córrego está cheio e que tem atraído pessoas de varias cidades do estado. 
Já sobre o carnaval uma das maiores festas populares do país não podemos dizer a mesma coisa. Como em grande parte depende do poder público para ser realizado, nem todos os anos a festa acontece, assim também como o Laj Verão, o Luau do Segredo entre outras festividades pontuais que não tem continuidade. 
8- Lendas da região 
Os moradores antigos do local contam histórias a cerca de aparições misteriosas no rio Tocantins, na Serra do Lajeado, no Morro do Segredo e no Morro Encantado. Como por exemplo, luzes misteriosas que surgem e desaparecem do nada. A bola de fogo que também surge do nada e desaparece. Gritos, passos em pedras, peixes encantados que tombam embarcações e come pessoas que se afogam nas águas do Tocantins. Para os moradores essas aparições misteriosas são decorrentes do numero de mineiros escondido por garimpeiros nas serras e no rio.
Por exemplo, na ilha verde os moradores relatam a aparição da mulher de branco, outros falam de uma criança que morreu afogada naquelas águas há muitos anos atrás e que hora e outra é vista nas madrugadas da ilha, em especial quando morre gente afogada ao pé da cachoeira. 
Essas histórias que são passadas de geração em geração são contadas como fatos reais. Frutos da imaginação e da crença popular, mas o fato é que essas histórias enriquece a cultura do município. Mesmo sendo pouco valorizada pelo poder público municipal que pouco faz para recuperar essas memórias e passar para as futuras gerações. 
9- Principais pontos turísticos de Lajeado 
A- Mirante Serra do Lajeado 
Descrição: A 22 Km do centro d Lajeado, o Mirante Serra do Lajeado é um atrativo diferenciado para o turista. Do Mirante é
possível visualizar toda a beleza do Lago da UHE Lajeado, a cidade, o rio Tocantins e todo o conjunto de morros e serras que cercam o município. A noite é lugar ideal para a realização de luau. 22 Km do centro de Lajeado. 
B- Cachoeira do Lajeado 
Descrição: A Cachoeira do Lajeado é um conjunto formado por três quedas d`água de aproximadamente 30 metros de altura. As águas caem majestosas nas grandes pedras distribuídas ao longo do rio. 15 Km do de centro da cidade 
C- Morro do Leão 
Descrição: O Morro do Leão é uma formação em pedra, que se assemelha ao majestoso animal em repouso. A 09 Km do centro da Cidade 
D- Usina Hidrelétrica do Lajeado 
Descrição: A Usina Hidrelétrica do Lajeado começou a ser construída em 08 de maio de 1969 e foi inaugurada em 11 de março de 1971, na época a usina abastecia cidades como: Miracema do Tocantins, Miranorte, Tocantinia, Porto Nacional, Cristalândia, Pium, Paraiso do Tocantins, Guaraí e Pedro Afonso. hoje a usina além de gerar energia é também um atrativo turística pela sua beleza e localização. À 15 Km do Centro da Cidade.
E- Morro do Segredo 
Descrição: Elevação exótica de 250 metros de altitude que fica a 01 Km do centro da cidade. O morro se assemelha a um vulcão inativo, desprovido de vegetação ao seu redor. A elevação é vista de qualquer ponto da cidade, aparentando sempre a mesma forma, de diferentes pontos de observação. À 01 Km do centro da cidade 
F- Sitio Arqueológico do Canuto 
Descrição: Uma das atrações que fazem de Lajeado-TO um lugar especial e misterioso são as pinturas rupestres deixadas pelo homem pré-histórico em vários painéis. Os painéis guardam sinais de clara compreensão visual. São Figuras geométricas em diversas formas, que ainda se encontram em bom estado de conservação. À 17 Km do centro da cidade. 
G- Artesanato 
Descrição: O artesanato em cerâmica do município de Lajeado é feito a base e argila e foi desenvolvida uma linha de artesanato utilizando pinturas rupestres encontradas na serra do Lajeado e no leito do Rio Tocantins. No centro da cidade. 
H- Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães 
Descrição: Um dos mais arrojados projetos hidrelétricos do País - a UHE Lajeado foi construída em tempo recorde - apenas 39 meses - constituindo-se num marco do Setor
Elétrico: o maior empreendimento de geração realizado pela iniciativa privada no Brasil. 01 Km do centro de Lajeado. 
I- Cachoeira Viva Vida 
Descrição: Localiza-se no perímetro urbano, no centro da cidade, formada pelo Rio Lajeado. Se constitui em um queda d`água de aproximadamente 12 metros de altura, formando vários saltos que se precipitam em forma circular, proporcionando um recurso paisagístico admirável. A cachoeira um espetáculo surpreendente com formações rochosas variadas de forte impacto visual, formando piscinas naturais propícias ao banho. Centro de Lajeado. 
J- Balneário Ilha Verde 
Descrição: O Balneário Ilha Verde é uma sequência de cachoeiras que formam um grande lago. É um lugar de grande tranquilidade, onde se pode desfrutar de banhos ao sol ou simplesmente apreciar a natureza, e da rica diversidade culinária regional. Um aspecto relevante do Balneário é que ele está localizado no centro da cidade, sendo de fácil acesso. Centro da Cidade
K- Fazenda da Esperança 
Descrição: Criada em 1999, para trabalhar a recuperação de dependentes químicos. Numa área de sete alqueires, a Fazenda da Esperança localiza-se a 02 Km do centro do município de Lajeado. Quanto à estrutura física, no local há dois dormitórios, um saguão de reuniões, também usando como refeitório, lavanderia, duas estufas e os espaços reservados para o trabalho realizado pelos internos. As terras onde fica a entidade foram doadas por um pároco que atuou em Lajeado. A 02 Km do centro de Lajeado 
L- Funil 
Descrição: O Funil é um estreito de 200 metros entre a Serra do Lajeado e a Serra do Estrondo, onde as águas do Rio Tocantins se comprimem, atingindo alta velocidade, num misto de beleza e perigo. As águas circulam em forma de redemoinho, dificultando a navegação. É um atrativo único na região, que pode ser visitado o ano inteiro. O acesso ao funil é feito pela estrada que liga Lajeado a Tocantinia, até a rede de energia elétrica. O resto do trajeto é feito a pé, cerca de 500 metros, no sentido Leste-Oeste, até a margem direita do Rio Tocantins. A 05 Km do centro de Lajeado 
M- Sitio Arqueológico Canuto (Pinturas Rupestres) 
Descrição: Uma das atrações que fazem de Lajeado um lugar especial e misterioso são as pinturas rupestres deixadas pelo homem pré-histórico em vários painéis. Os painéis guardam sinais de clara compreensão visual. São figuras geométricas em
diversas formas, que ainda se encontram em bom estado de conservação. O local é de difícil acesso. Á 06 Km do centro de Lajeado 
N- Mirante Lajeadinho 
Descrição: O Mirante Lajeadinho na Serra do Lajeado é um conjunto de pequenas cachoeiras, nascentes, grutas e uma vista encantadora do Rio Tocantins. O local é de fácil acesso. A 22 Km do centro de Lajeado. 
O- Poção das onças e pinturas rupestres 
Descrição: A 19 Km de Lajeado, no Vão do Bim o turista encontra o Poção da Onça, uma cachoeira com 22 metros de queda d`água transparente. 02 Km a frente é possível encontrar pinturas rupestres em diversos paredões. A trilha até o Poção é de fácil acesso, já para as pinturas rupestres é de difícil acesso. 22 Km do centro de Lajeado. 
10- Meio ambiente: Nossa riqueza ameaçada
Toda a população, em especial as autoridades estufam o peito e fala entusiasticamente das belezas naturais de Lajeado, o que é inegável – de fato a maior riqueza dessa pequena cidade do interior do Tocantins é claro, além do seu povo, é a sua riquíssima natureza, que é de uma beleza estonteante. No entanto esta riqueza esta ameaçada, falta politicas de preservação dessas riquezas naturais, falta educação ambiental para que a população e as pessoas que visitam a cidade respeitem e preservem o meio ambiente. 
Essa riqueza natural já foi fortemente atingida com a construção da UHE Luiz Eduardo Magalhães. Hoje a cachoeira de Todos os Santos, do Quebra cocos, dos Pilões, dos Mares e do Lajeado só ficaram nas lembranças dos que tiveram o privilegio de navegar por essas águas antes da construção da usina. Como também a ilha do Manoel Martim, o gorgulho, o travessão, a ilha da praia, a ilha das caranhas velhacas, o carcarazinho, o pacifico, o fervedouro e outras diversas riquezas
naturais. Além dos povos ribeirinhos que foram expulsos de suas terras, hoje na margem do lago só se ver chácaras da alta burguesia tocantinense. 
E a destruição de nossas riquezas naturais continua. Em período de alta temporada onde se proliferam os acampamentos as margens do rio Tocantins, por falta de conscientização as pessoas acabam deixando uma quantidade enorme de lixos nas margens do rio que ficam ali contaminando o meio ambiente. O poder público não orienta as pessoas que cometem estes crimes como também não dá infraestrutura para que estes lixos não sejam jogados em todo lugar. 
Outro grande problema é a mortandade de peixes no rio Tocantins em decorrência a operacionalização errada da UHE Luiz Eduardo Magalhães. A diversidade de peixes tem sido afetada após a construção da UHE e infelizmente nenhum estudo tem sido feito para acompanhar as alterações na fauna e flora dessa região após a construção da UHE. Soma-se a isso a pesca predatória que é combatida de forma totalmente equivocada pelos órgãos ambientais. 
Se não houver políticas públicas efetivas de proteção do meio ambiente as futuras gerações não terão a oportunidade de desfrutar dessas riquezas e muito menos terá orgulho de estufar o peito para dizer das belezas naturais da cidade de Lajeado. 
11- Legislação do município de Lajeado 
A lei orgânica do município de Lajeado, de 17 de dezembro de 1993 – é a principal lei municipal. É a lei que estabelece os
fundamentos municipais, dos princípios e objetivos, a organização dos seus poderes – executivo e legislativo e suas atribuições, as responsabilidades dos servidores públicos, da participação popular, da organização da administração pública, a secretarias e as políticas públicas a serem executadas pelo poder público para o bom funcionamento do município entre outros. 
Já a lei 181/2001, de 08 de novembro de 2001. Dispõem sobre a organização, estrutura organizativa e institui o plano de cargos e salários do poder executivo municipal e da outras providencias. 
A lei 397/2013, de 30 de outubro de 2013. Dispõem sobre a reestruturação organizacional da administração pública municipal de Lajeado e consolida as leis vigentes, as quais não perdem seus requisitos de validade, sendo elas: 181/2001, de 08 de novembro de 2001, os anexos I, II, III. Da lei 239/2004, de 16 de dezembro de 2004. Lei complementar de 002/2009, de 31 de dezembro de 2009. Lei 340/2010, de 22 de dezembro de 2010. Lei 353/2011, de 04 de agosto de 2011. Lei 366/2011, de 31 de outubro de 2011. E da lei 378/2012, de 05 de abril de 2012 e dá outras providencias. 
Já a lei 429/2013, de 12 de junho de 2014. Dispõe sobre o plano de cargos do quadro geral do município de Lajeado, alterando dispositivos da legislação pertinente e define atribuições para os cargos disponibilizados para o V concurso público e dá outras providencias.
12- Notas críticas 
As oligarquias que dirigem a cidade de Lajeado continua sendo as mesmas desde a sua constituição como povoado, distrito e depois município. Se olharmos para composição da câmara de vereadores em 2013 a 2016 veremos que pouca coisa mudou em relação à primeira câmara de vereadores eleita para o pleito de 1993 a 1997. Mudaram-se apenas os nomes, mas o sobrenome e os interesses representados por essas oligarquias continuam sendo os mesmos, o interesse de uma pequena minoria em detrimento de uma grande maioria. É a oligarquia dos Aquinos, dos Correias, dos Bandeiras, dos Portilhos, dos Soares, dos Pereiras e dos Parentes que se apropriaram da cidade como se fossem donos dela, jogando migalhas para o resto da população. 
1º Câmara de vereadores eleita em Lajeado 
1993 a 1997 
Ultima Câmara de vereadores eleita em Lajeado 
2013 a 2016 
Tomas Aquino Gomes 
Edilson Mascarenhas 
Leônidas Correia de Castro 
Adão Tavares 
Maria Eulinda Portilho de Souza 
José Portilho 
Marivalda Soares de Souza 
Nilton Soares 
Margarida Pereira dos Santos 
Adonias Pereira 
Adeli Santana Parente 
Emival Parente 
Valdemi Alves Gomes 
Manoel das Neves 
Raimundo Nonato da Silva 
Branco Parente 
João Borges Filho 
Luiza Brasileiro
Essas oligarquias são as representantes locais das oligarquias que há anos dominam a politica no Tocantins e que governam para latifundiários e megaempresários jogando migalhas para o resto da população. É através dessa aliança que eles se mantem no poder por varias décadas. 
A eleição de Marcia Reis foi uma tentativa da população de fazer uma mudança na estrutura política, econômica e social da cidade, no entanto ao chegar à prefeitura – Marcia reis preferiu juntar-se as velhas oligarquias e governar para elas. 
Você já se perguntou por que entra ano e sai ano, mudam-se prefeitos e vereadores, mas, no entanto os problemas centrais de Lajeado continua os mesmos? É simples, por que as oligarquias que comandam a política na cidade, não tem interesse em resolver estes problemas, o objetivo deles é governar para eles e não para o povo. 
O poder e suas vantagens continuam na mão do mesmo grupo que sempre dominou a cidade. Já a maioria da população continua como sempre sobrevivendo precariamente. Como mudar essa realidade? Como fazer com que o poder público cumpra o seu dever de garantir os direitos básicos de toda a população? Como fazer com que a coisa pública não seja usada para atender interesses privados? 
Os problemas que enfrentamos no dia a dia recorrente das desigualdades sociais só serão resolvidos quando o povo de forma organizada se mobilizar e lutar para que isso aconteça. Não devemos acreditar em políticos que dizem que irão
resolver os problemas sociais. Pois se o povo organizado não lutar para transformar essa realidade e ficar de braços cruzados esperando. As coisas não cairão do céu. Os vereadores e prefeitos são empregados do povo, por tanto não devemos ter receio de cobrar e exigir que eles cumpram com suas responsabilidades. Cabe, portanto ao povo trabalhador de Lajeado, que é quem verdadeiramente constrói o município lutar para extirpa do mapa político as sanguessugas do sangue da classe trabalhadora, bem como construir um projeto popular para o município de Lajeado.
Textos complementares 
1- Mudar é preciso Lajeado 
Entra ano e sai ano, mudam-se prefeitos e vereadores, no entanto os problemas centrais da pequena cidade de Lajeado continua os mesmos. Boa parte da população não tem um emprego formal, sobrevivem através da prestação de serviço em trabalhos precaríssimos ou contratos temporários onde não há garantia dos direitos trabalhista. 
A saúde é elogiada, mas qualquer doença um pouco mais grave é preciso buscar tratamento nos grandes centros, onde a espera para fazer um exame ou pior uma cirurgia dura de 6 meses a 1 ano. Na cidade apenas um médico se reveza nos dois postos de saúde da cidade tendo ainda que dar suporte à zona rural. 
Na educação não é diferente, não a curso profissionalizante para os jovens e nem curso superior, ao terminar o ensino médio quem pretende avançar na sua qualificação profissional é necessário abandonar a cidade para fazer um curso técnico ou de nível superior, o poder público municipal limita-se a disponibilizar um ônibus para transportar uma pequena parcela de estudantes que moram na cidade e estudam na capital. A educação fundamental e do ensino médio esta longe de ser modelo, estrutura defasada, grade curricular e prática pedagógica autoritária que não dialogam com a realidade e as especificidades locais, bem como a falta de valorização dos profissionais da educação.
A política de assistência social resume-se a operacionalizar as políticas do governo federal e estadual como o programa bolsa família, não se tem uma política de assistência social do município partindo da realidade e necessidade local. Distribuição de cesta básica não é política de assistência social séria. Na área da cultura, esporte, turismo e lazer as ações são insignificantes. 
Diante dessa realidade não há alternativa - A juventude, sobretudo, é obrigada a deixar a cidade em busca de melhores condições de vida nos grandes centros. Dificilmente existe uma família no Lajeado que não tem algum parente morando em outra cidade. O motivo é sempre o mesmo. Falta condição para se viver dignamente. 
No entanto ressaltamos que essa situação não é privilegio do Lajeado. A maioria das pequenas e médias cidades brasileiras enfrentam os mesmos problemas relatados acima. Por tanto a atual situação em que se encontra a cidade não pode ser totalmente jogada nas costas da atual gestão da Marcia Enfermeira (PSD), pois ela apenas da continuidade as gestões anteriores. E é dai que ocorre o problema da atua administração, ela não faz nada de diferente das anteriores, há um continuísmo. Por tanto Marcia (PSD), Junior Bandeira (PR), Leônidas e Glacimar são farinha do mesmo saco, isto é, não são diferente um do outro, suas gestões foram marcadas por privilegiar uma pequena panelinha de puxa saco, jogando migalhas para o resto da população.
Coisas da política - o povo vota em alguém achando que vai mudar, mas o que ganha é mais do mesmo, isto é, as coisas permanecem como antes. Sobretudo por que a coisa pública passa a ser utilizado para interesse privado. Trabalho só para os familiares, amigos e puxa sacos. No período da eleição emprego para todos, após garantir a vitória vira as costas para o povo inventando desculpas, na maioria das vezes diz que a prefeitura esta quebrada. Não prepara em nem qualifica o povo para assumir tarefas. 
O poder e suas vantagens continuam na mão do mesmo grupo que sempre dominou a cidade. Já a maioria da população continua como sempre sobrevivendo precariamente. Como mudar essa realidade? Como fazer com que o poder público cumpra o seu dever de garantir os direitos básico de toda a população? Como fazer com que a coisa pública não seja usada para atender interesses privados? 
Organização, formação e luta! 
Quem esta no poder não quer que o povo se eduque por que é mais fácil engana-lo e manipula-lo. Como dizia Ernesto Che Guevara – Um povo que não sabe ler e nem escrever é um povo fácil de enganar. Mas a formação de que estamos falando é muito mais do que meramente saber ler e escrever, é compreender como se dá o processo de exploração do povo pela classe dominante, é dar condições do povo conhecer seus direitos e, sobretudo lutar por eles.
Os problemas que enfrentamos no dia a dia recorrente das desigualdades sociais só serão resolvidos quando o povo de forma organizada se mobilizar e lutar para que isso aconteça. Não devemos acreditar em políticos que dizem que irão resolver o problema da saúde, educação, desemprego, violência entre outros. Se o povo organizado não lutar para transformar essa realidade e ficar de braços cruzados esperando. As coisas não cairão do céu. Os vereadores e prefeitos são empregados do povo, por tanto não devemos ter receio de cobrar e exigir que eles cumpram com suas responsabilidades. 
A luta pelos nossos diretos deve ser feito de forma organizada, lembremo-nos dos ensinamentos dos nossos avós – Uma andorinha só não faz verão. Só o povo organizado em associações, coletivos, sindicatos, partidos políticos comprometidos com os interesses da classe explorada, consciente dos seus direitos e deveres poderá transformar essa realidade que nos é enfiada goela abaixo. 
Mudar é preciso e possível! 
Por mais que a propaganda oficia do governo federal, estadual e municipal diz que tudo está uma maravilha não é o que vemos na realidade. O governo tenta maquiar a realidade através de programas assistencialista para o povo bem como o endividando através de empréstimo e de compra a prazo. 
Na realidade temos uma educação de péssima qualidade, tanto estruturalmente como pedagogicamente. A saúde esta um caos, e o problema não é apenas a falta de médicos, faltam hospitais,
aparelhos, remédios entre outras coisas. O trabalhador vive entre o desemprego e o trabalho precarisado, isto é, salários baixíssimos e negação dos direitos trabalhistas. A violência é crescente, sobretudo nos grandes centros, mas as pequenas cidades não estão longe dessa realidade. A corrupção é um mal crônico fruto de um sistema corrupto onde os políticos tratam os espaços públicos como privados. Assim vai para o ralo o dinheiro que deveria ser aplicado na execução das políticas públicas fundamentais para a população. 
E essa realidade cruel à maioria da população lajeadense sente na pele. É só olhar ao redor e ver a condição em que centenas de famílias sobrevivem, quase passando fome e implorando trabalho para a prefeitura. Mas podemos mudar essa realidade. 
Nesse sentido chamamos o trabalhador e a trabalhadora lajeadense, sobretudo a juventude para que se organize e juntos possamos mudar a realidade social e política da nossa cidade. Lutando pelos nossos direitos e exigindo dos gestores públicos a execução de políticas públicas que atendam a necessidade de toda população. 
2- Politica habitacional em Lajeado 
Por uma política habitacional para quem de fato necessita em Lajeado 
A atual gestão da prefeita Marcia Enfermeira (PSD) em Lajeado (TO) acaba de lançar mais uma etapa da construção de moradias populares para famílias sem teto da cidade. As casas estão sendo construídas no setor aeroporto.
Como é de conhecimento de boa parte da população o estado do Tocantins tem um déficit habitacional alarmante, segundo dados oficiais mais de 90 mil famílias não tem moradia própria. Lajeado, apesar de ser uma cidade pequena, com pouco mais de 2.500 habitantes, sofre com um grande índice de famílias vivendo em situação precária e sem moradia. 
Nesse sentido é importante reconhecer a importância da continuação por parte da prefeitura de construção de moradias populares as famílias lajeadenses que não tem moradia própria e precisam pagar alugueis que a cada dia estão mais caro na cidade, devido a sua proximidade com a capital, Palmas. 
No entanto o que nos chamou a atenção são os critérios utilizados para seleção das famílias contempladas nesta etapa, como também na anterior que já foi entregue. Ou melhor, o que tem chamado à atenção na verdade é a falta de critérios claros para seleção das famílias contempladas. 
Como sabemos, o numero de moradias construídas na etapa anterior, bem como as que serão construídas nesta etapa não são suficientes para acabar o déficit habitacional de Lajeado. Nesse sentido a secretaria de habitação e de assistência social do município deveria fazer um estudo socioeconômico das famílias, para priorizar as que estão em situação de maior vulnerabilidade social e que por tanto deviam ter prioridade. 
Porém o que temos visto é uma pratica um tanto quanto preocupante, o que nos faz afirmar que não houve por parte da prefeitura um estudo socioeconômico das famílias, e se houve,
não foi levado em consideração. Pois em vez de priorizarem famílias que estão em situação extremamente degradante, que não tem condição de pagar aluguel, pois estão desempregadas ou sobrevivem fazendo bicos, e ainda tem muito membros no grupo familiar. Estão priorizando famílias que muitas vezes não precisam e as que precisam poderiam ser atendidas num segundo momento. 
Infelizmente lamentamos que a atual gestão priorize a politica da troca de favores e de apoio político em vez de uma politica habitacional e de assistencial social que atenda as necessidades reais da população, sem excluir e priorizar aliados em detrimento da população mais carente. 
Esperamos que a câmara de vereadores do município possa cumprir o seu papel que é de fiscalizar o poder executivo, exigindo esclarecimento sobre tal política habitacional, sobretudo relativo aos critérios utilizados para contemplar as famílias que serão beneficiadas com as moradias populares que estão sendo construídas na nossa cidade. 
Também chamamos a todo o povo trabalhador de Lajeado a se organizarem e exigir maior claridade por parte da gestão da prefeita Marcia Enfermeira (PSD) em relação à aplicação do dinheiro público, que é dinheiro de todos nós. Não só em relação à politica habitacional, mas também em relação à doação de lotes e a contratação de pessoal para prestação de serviço em vez de realizar um concurso publico, politica esta que faz com que a prefeita esteja respondendo processo na justiça.
Por tanto exigimos: 
Moradia digna para todas e todos já; 
Por politicas públicas que atendam a necessidade da população e não a interesses do grupo político que administra a cidade; 
Por um poder legislativo independente que fiscalize e não acoberte os desvios da prefeitura; 
Por uma audiência pública na câmara de vereadores para discutirmos o déficit habitacional e a política habitacional da gestão municipal da prefeita Marcia Enfermeira (PSD); 
Por um concurso público municipal já; 
Se você concorda com essas bandeiras, junte-se a nós! 
“Quem não se movimenta, não sente as correntes que os prendem”. 
Rosa Luxemburgo 
3- Luta de classes no interior do Tocantins: Classe trabalhadora Lajeadense se mobiliza pelos seus direitos 
A cidade de Lajeado vive um momento histórico diferente. Tal como na maioria das cidades do interior do Tocantins, em Lajeado ainda impera uma forte consciência conservadora e um forte sentimento de conformismo com a condição de opressão e exploração a que á classe trabalhadora é submetida. No entanto temos visto uma mudança de consciência dos
trabalhadores de Lajeado no ultimo período. Que tem se organizado e lutado contra a condição de exploração imposta pelas elites locais. 
Ainda em 2013 pela primeira vez na historia de Lajeado centenas de jovens tomaram as ruas da cidade para protestar contra o caos político que tomou conta do município sobre a administração da prefeita Marcia Reis (SDD). 
Caos na saúde e educação, falta de emprego, realidade que obriga os trabalhadores da cidade ir em busca de trabalho em outras regiões, falta de oportunidade, sobretudo para juventude, perseguição política a opositores. Denuncias de corrupção - desvio de dinheiro público que deveria ser investido na aplicação de politicas públicas que atendam a necessidade da população. 
Diante dessa dura realidade e da insatisfação geral da população a oposição conseguiu aprovar uma CPI na câmara de vereadores para investigar os desvios de dinheiro público da gestão municipal. As graves denúncias de corrupção envolvendo a atual gestão do município levou a justiça a afastar a prefeita do cargo bem como decretar o congelamento dos seus bens, decisão infelizmente revertida pelos advogados da prefeita Marcia Reis. 
Já no inicio desse ano a colônia de pescadores do município conseguiu liderar uma importante luta contra os crimes ambientais cometidos pela INVESTICO, empresa responsável por gerir a Usina Hidrelétrica do Lajeado sobre o rio Tocantins,
crimes que vem sendo cometido desde a conclusão da usina em 2002 graças à omissão dos órgãos de fiscalização ambiental do estado. No entanto a recente mobilização da colônia de pescadores que contou com o apoio de toda a população contra a mortandade de peixes no período de piracema ocasionada por erro na operacionalização das comportas da usina, fez com que as autoridades e os órgãos ambientais do estado aplicassem uma multa na INVESTICO bem como um endurecimento do discurso contra os crimes cometido pela empresa no município que tem na pesca artesanal sua principal fonte de sobrevivência. 
Greve histórica dos professores da rede municipal de educação de Lajeado 
Desde o ano passado os professores da rede municipal de educação de Lajeado vêm denunciando o caos na educação no município. Prédios sucateados em sem infraestrutura (laudo do corpo de bombeiros aponta risco de desmoronamento de parte da estrutura), falta de material pedagógico, merenda escolar, transporte de qualidade e valorização dos profissionais, falta de gestores capacitados para gerir a secretaria de educação bem como perseguição política aos profissionais que denunciam tais mazelas. 
Com a recusa da gestão municipal em abrir dialogo com os profissionais da educação, a categoria resolveu no inicio dessa semana entrar em greve pela primeira vez na historia do município. Independente de qual resultado o movimento grevista obtiver, o fato é que essa mobilização já é uma importante vitória para a classe trabalhadora Lajeadense, pois é
um exemplo de um novo momento histórico por que passa o município. A greve justa da categoria vem contando com um amplo apoio popular, já que o descaso com a educação pública não é problema apenas dos profissionais da educação. 
Em entrevista na rádio a prefeita Marcia Reis (SDD) declarou que não irá aumentar os salários dos profissionais como também procurou desqualificar as denuncias apresentadas pelo movimento grevista, apresentando um quadro na educação municipal totalmente fictício, pois o caos na educação de Lajeado pode ser visto por qualquer um. Assim as declarações da prefeita devem servi apenas para fortalecer o movimento, pois tal como vimos na luta dos garis no RJ e pela redução da tarifa do transporte coletivo em varias cidades do país, onde os gestores municipais tentaram desqualificar as reivindicações legitimas dos trabalhadores, mas a força do movimento obrigou-os a voltar atrás, devimos seguir este exemplo em Lajeado e continuar a greve até que as reivindicações da categoria, que na verdade são as reivindicações de toda comunidade sejam atendidas. 
A CPI não pode acabar em pizza! Pela cassação da prefeita Marcia Reis! Fora todos os corruptos da prefeitura de Lajeado! 
A base de apoio da prefeita na câmara municipal de Lajeado quer encerrar a CPI que investiga as denuncias de desvios da gestão municipal sem nenhuma investigação séria. Após três meses de sua instalação nenhuma pessoa ligada à administração municipal foi ouvida. Nenhuma audiência aconteceu e a
comunidade não foi convidada para participar das reuniões da CPI. Esse processo havia sido previsto assim que a CPI foi aprovada na câmara, onde nós apontamos a necessidade da população acompanhar e pressionar a câmara municipal para que fizesse uma investigação séria e punisse os responsáveis por desvio de dinheiro público dos cofres municipais. Se a população não se mobilizar e pressionar a câmara de vereadores, a CPI que investiga os desvios da atual gestão municipal de Lajeado acabará em pizza. 
É necessário que a população de Lajeado tome as ruas do município mais uma vez para exigir a cassação da prefeita Marcia Reis (SDD) e de todos os corruptos que se apoderaram da prefeitura municipal desviando o dinheiro público que deveria ser aplicado na educação, saúde, cultura, esporte, turismo, na geração de emprego entre outros. 
Organização e luta 
Lajeado passa por um novo momento histórico e os setores conscientes da classe trabalhadora do município têm que esta ciente dessa nova conjuntura. Nesse sentido fazemos um chamado aos servidores públicos, aos operários, aos camponeses, aos pescadores e a juventude de Lajeado a organizamos uma frente de luta para lutarmos pelos nossos direitos como também pela cassação da prefeita Marcia Reis (SDD) e de todos os corruptos que se apoderaram da prefeitura de Lajeado.
Não podemos deixar que as lutas legítimas da classe trabalhadora de Lajeado sejam apropriadas de forma errada por setores de oposição que estiveram à frente da prefeitura municipal em gestões anteriores e que nada se difere da gestão atual. Precisamos construir organizações de luta da classe trabalhadora no município para disputar o poder local, enquanto a prefeitura estiver nas mãos dos mesmos grupos políticos, que muda só de nome, mas os projetos são os mesmos, a vida da classe trabalhadora Lajeadense continuará sendo difícil. 
Lajeado, TO – 21 de Março de 2014. 
Mudar é preciso Lajeado! Vamos juntos!
Pedro Ferreira Nunes é natural de Miracema do Tocantins, mas desde os 6 anos de idade tem uma relação muito próxima com a cidade de Lajeado. Morou na cidade entre 1996 e 2005, depois mudou-se para Goiânia onde morou 8 anos, retornando no inicio de 2013 a morar novamente em Lajeado onde reside atualmente. 
Poeta, escritor, educador popular e bacharel em Serviço Social pela Universidade Norte do Paraná. Pedro Ferreira Nunes é autor dos artigos ‘O Serviço Social e a Política de Reforma Agrária em Goiás’, ‘Estudo sobre o Agronegócio tocantinense e seus efeitos Econômicos e Sociais’, dos livros ‘A nossa luta é pra vencer... ’ – Diário da ocupação do INCRA de Goiás, ‘A Ilha dos Espíritos’ e da coletânea de poemas ‘Minha poesia’.
Referências bibliográficas 
Eleições anteriores: Site do TSE. http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-anteriores/eleicoes- anteriores. Julho de 2014. 
Histórico do município do Lajeado. Site da prefeitura municipal de Lajeado. http://www.lajeado.to.gov.br/portal1/municipio/historia.asp?iIdMun=100117069. Agosto de 2014. 
Nunes, Maria Lucia Pinheiro. Meu querido Lajeado. Lajeado, 2013. 
Nunes, Pedro Ferreira. Mudar é preciso. Lajeado, 2013. 
Ribeiro, Miriam Bianca do Amaral. Tocantins historia e sociedade, 4º/Miriam Bianca do Amaral Ribeiro, Diane Valdez. – São Paulo: FTD, 2006. 
Rodrigues, Lisyas Augusto. Roteiro do Tocantins. - 4º ed. – Palma, 2001. 
Tocantins: Censo de 2010. http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?uf=17&dados=29. Agosto de 2014.

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Breve historia de lajeado do tocantins

  • 1.
  • 2. Breve história de Lajeado do Tocantins Pedro Ferreira Nunes Lajeado – TO 2014
  • 3. “In memoria de Dona Caetana, Dona Julia, Seu Josias, Seu Raimundo, Seu Disomo, Dona Eurides, Bida, Boca de Matraca, Meleta, Manoel Mentira e Raposão. Lajeadenses que com suor e sangue ajudaram a construir esta cidade.”
  • 4. “Lajeado velha, continuas bela Tuas ruas, tuas praças, teus bosques A igreja de nossa senhora da divina providencia O colégio estadual O bar pioneiro A praça cinco de maio O pé de pequi A ilha verde A serra do lajeado O morro do segredo O rio Tocantins Teu povo tranquilo e acolhedor Ah Lajeado velha, continuas tão bela. Lembro-me de tantas madrugadas com meu amor contemplando teu céu estrelado nas margens do rio Toantins. Andando por tuas ruas Vêm-me na memoria velhos amigos que já não estão entre nós apesar de tudo, ah Lajeado velha continuas bela.”
  • 5. Introdução Diante da escassez de registro histórico (artigos, livros entre outros materiais) a cerca do município de Lajeado do Tocantins, da necessidade, sobretudo das novas gerações de compreender a formação histórica da cidade, bem como do seu desenvolvimento econômico, politico e social resolvemos escrever este breve artigo com o objetivo de contribuir com a construção de um registro histórico do município. Pois é fundamental olharmos o passado para compreendermos aonde chegamos, bem como para onde queremos ir. Salientamos a limitação deste artigo devido à falta de estrutura para realizarmos um estudo amplo e aprofundado sobre a questão apresentada, mas acreditamos que o mesmo irá minimamente suprir parte da escassez de registro histórico a cerca da historia do município de Lajeado, mas que seja, sobretudo um estimulo para sensibilizar as autoridades locais a cerca da necessidade de tal registro.
  • 6. 1- A origem Antes de o norte goiano ser invadido pelos bandeirantes em busca de jazidas de minérios e da captura de índios para escravização, esta região já era habitada por povos nômades há milhares de anos atrás – como bem aponta as pinturas rupestres encontradas no Sitio Arqueológico do Canuto e no poço da onça. Os índios Xerente habitaram esta região que séculos depois se tornaria o Lajeado muito antes da chegada do ‘homem branco’. Eram nômades, isto é, não se fixavam em um mesmo lugar – viviam da coleta e da agricultura, mas com a colonização foram obrigados a mudarem seu modo de vida. Mesmo assim a duras pena eles procuram manter algumas de suas tradições. “Vivendo na margem do rio Tocantins, aos poucos foram migrando para o norte, pressionados pela ocupação colonizadora. Vendo sua cultura e sua sobrevivência sendo
  • 7. ameaçadas, os xerente fazem de sua memória e de seus costumes armas para não desaparecerem como etnia.” Bianca do Amaral e Diane Valdez. Apesar de todos os ataques que sofreram e continua sofrendo, o povo xerente resiste próximo ao município de Tocantinia, na margem direita do rio Tocantins em 40 aldeias, junto à área do funil. Em 2004, a população dos xerente era de 2.400 pessoas. Já a origem de Lajeado esta intimamente ligada á origem da região que viria a se tornar o estado do Tocantins – Os primeiros povoados começam a se estabelecer no então norte goiano após a descoberta de jazidas de minérios. É da exploração de pedras preciosas que surge Natividade, Arraias, Divinópolis e Porto Real. Já os primeiros moradores se estabelecem nesta região como um ponto de apoio aos navegadores que escoavam os minérios explorados no norte goiano para os grandes centros através do rio Tocantins – De Porto Real (que na república torna-se Porto Nacional) até Belém do Pará. É então em meados do século XVIII, no auge da exploração de mineiros no norte goiano (hoje Tocantins), que os primeiros habitantes começam a se fixar nas margens do rio Tocantins – na altura da famosa cachoeira do Lajeado - uma das mais perigosas que os navegadores enfrentavam e próximas ao córrego Lajeado. É dai a origem do que seria o povoado e do município de Lajeado.
  • 8. 2- O povoado de Lajeado No inicio da década de 30 do século XX, o Brigadeiro Lisyas Rodrigues chefia uma expedição do governo federal com o objetivo de traçar uma rota área no interior do país – o Centro- oeste e o Norte brasileiro. Essa expedição se deu pelo rio Tocantins e no seu diário de viagem Lisyas Rodrigues faz um importante registro histórico de como era esta região neste período. “Acordamos cedo, no dia dezenove de setembro, às pressas tomamos café com biscoitos e, ás seis e meia, arrancávamos para tratar de passar as sete corredeiras, das mais difíceis de vencer...”. A primeira corredeira a enfrentarmos, a menor e mais fácil, foi a de ‘Todos os santos’. Pouco depois vinha a corredeira ‘Quebra cocos’... O Hildebrando, ao enfrentar a corredeira dos ‘pilões’, julgou que podia passar se aliviasse a carga... Uma hora depois, tivemos pela frente a cachoeira dos ‘Mares’. Não houve jeito senão descarregar, transportar as bagagens e cargas por terra... O Hildebrando recomendava á guarnição: “Comam bem, que o duro vem agora na cachoeira do Lajeado!”. Lisyas Rodrigues Neste período Lajeado era se quer um povoado, existiam apenas algumas fazendas e algumas casas bem distantes uma da outra. No entanto já existia o boato de que se encontrava muito ouro e diamante por ali como mostra o relato de Lisyas Rodrigues abaixo.
  • 9. “...Com um sol de quarenta e dois graus á sombra, marchamos pelo pedregal da margem do rio uma boa meia légua, até chegarmos ao rio Lajeado (o córrego) onde diziam haver tanto diamante. Não conhecendo o oficio de garimpeiro olhamos desconsoladamente o rio e vadeamo-lo com água a cima dos joelhos, depois de termos nos dessendentado com a água fresca e cristalina desse rio”. Lisyas Rodrigues Os boatos a cerca de que havia uma quantidade enorme de minérios, em especial ouro e diamante foi o que atraiu centenas de garimpeiros de varias partes do país, em especial do nordeste para esta região e é da exploração de minérios que surgi o povoado de Lajeado. “...Três horas lutaram os homens contra as pedras e correntezas... só as dezessete horas conseguimos prosseguir a viajem rio abaixo para logo enfrentarmos a cachoeira do ‘Túnel’ e a do ‘Funilzinho’...Raríssimas as embarcações. Só mesmo as de grande porte ousam enfrenta-la...” Lisyas Rodrigues O relato de Lisyas Rodrigues nos mostra a aventura que era trafegar pelo rio Tocantins, os perigos das correntezas, mas também seus encantos, suas belezas e riquezas como também o povo guerreiro que por aqui já vivia. Só algum tempo depois é que surge o garimpo de ouro e diamante na região da cachoeira e do córrego Lajeado - e é por tanto do garimpo de ouro e diamante nesta região, sobretudo após o declínio dos garimpos em Natividade, Arraias, Divinópolis e Porto Nacional que surge o povoado de Lajeado.
  • 10. Mas além do garimpo a região era usada também por tropeiros que desbravavam essas terras carregando mercadorias nos lombos de animais. “Eu trabalhava nas fazendas aqui nessa região, tinha que ir caminhando daqui até Tocantinia para comprar mercadoria, pois aqui não havia comercio. O meu patrão tinha muito animal, mas não tinha coragem de me oferecer um para eu fazer a viajem, assim eu ia a pé mesmo. Ainda hoje tem as marcas das estradas tropeiras que eram usadas pelos tropeiros que carregavam mercadorias nos animais de carga, eu andei muito a pé por essas estradas, hoje as coisas são tudo fácil, nem se compara com aquele tempo”. Seu Raimundinho Muitos daqueles que chegaram à região em busca de riquezas materiais acabaram se apaixonando pelo local e se estabelecendo definitivamente por aqui, em especial destaca-se a família ‘Monteiro’ – Sérgio Monteiro e dona Maria Monteiro. Justiniano de Sales Monteiro filho do casal é um dos principais responsáveis pela consolidação de Lajeado como povoado – ele foi responsável pela construção dos primeiros prédios públicos, como a Igreja da Nossa Senhora da Divina Providência e a histórica Usina Hidrelétrica do Lajeado construída no ano de 1969 e inaugurada em 11 de março de 1971. Justiniano de Sales Monteiro é considerado por tanto como o fundador de Lajeado. O povoado ou distrito de Lajeado pertencia ao município de Tocantinia (que antes era chamada de Piabanha), quando a região que era conhecida como o norte goiano ainda pertencia
  • 11. ao estado de Goiás. Com a criação do estado do Tocantins em 1988, vários distritos e povoados emanciparam-se e tornam-se municípios, entre eles Lajeado. 3- O munícipio de Lajeado 3.1- Administração Glacimar Alves Pinto (1993 a 1996) A emancipação de Lajeado como distrito de Tocantinia, dá-se no ano de 1991. E a sua instalação ocorre em 1992. O primeiro prefeito eleito de Lajeado é uma mulher, Glacimar Alves Pinto que venceu a disputa contra Walteides. A primeira câmara legislativa responsável por elaborar e aprovar a lei orgânica do município em 1993 é composta por: Tomás Aquino Gomes, o primeiro presidente do legislativo Lajeadense. Por Leônidas Correia de Castro, Maria Eulinda Portilho de Souza, Marivalda Soares de Souza, Margarida Pereira dos Santos, Adeli Santana Parente, Valdemi Alves Gomes, Raimundo Nonato da Silva e por João Borges Filho (in memoria). A cidade era pouco desenvolvida, mas teria grande possibilidade de desenvolvimento, sobretudo pela localização privilegiada próxima a nova capital do estado, Palmas. Apenas 52 km de distancia. Mesmo assim o município já contava com o Colégio Estadual Nossa Senhora da Providência, a Escola Juscelino Kubistchek na zona rural das Pedreiras, e com um Posto de Saúde. É então construída a primeira praça do município - a Praça Cinco de Maio, e também a feira coberta conhecida como ‘galpão’. Além de outros serviços públicos como energia
  • 12. elétrica, coleta de lixo e a ampliação da cidade com a criação de novos setores. O comercio na cidade era quase inexistente, resumindo-se a uma quitanda, obrigando os moradores a se deslocarem para fazer suas compras em outros municípios, especialmente Miracema ou Porto Nacional. Energia elétrica, água encanada, telefone era privilegio de poucos. Mesmo assim o numero de habitantes ia aumentando com as famílias que moravam na zona rural decidindo a se deslocar para o núcleo urbano. 3.2- Administração Leônidas Correia de Castro (1997 a 2000) Em 1996 Leônidas Correia de Castro é eleito o novo prefeito do município, vencera a eleição contra Carlos Luz e Junior Bandeira. Sua administração dá-se de 1997 a 2000. A câmara de vereadores neste período é composta por: Cristiane Silva Morais, Emival de Souza Parente, Valderi Alves Gomes, Lucileide Bezerra de Souza, Luiz Carvalho dos Santos, Maria Eulinda Portilho de Souza, Marivalda Soares de Souza entre outros. A cidade continua o seu desenvolvimento de forma bastante lenta, mesmo assim é neste período que é criado a Escola Municipal Sebastião de Sales Monteiro, a creche dona Antônia entre outros serviços. A economia da cidade dava-se em torno da agricultura de pequeno porte (familiar e camponesa), da pesca no rio Tocantins e do turismo, o que persiste até os dias atuais. Mas com o projeto de construção da Usina Hidrelétrica
  • 13. na cachoeira do Lajeado no rio Tocantins – atingindo diretamente o município as perspectivas de desenvolvimento de Lajeado eram imensas. 3.3- Administração Junior Bandeira (2001 a 2004) Nas eleições municipais realizadas no ano de 2000, Junior Bandeira vence a disputa contra Leônidas Correia de Castro, tornando-se o novo prefeito de Lajeado que administraria a cidade de 2001 a 2004. A câmara de vereadores será composta por: Tomas Aquino Gomes, Valdemi Alves Gomes, José Parente Aguiar, Luiz Claudio Lara entre outros. A cidade sofre um grande ‘boom’ de desenvolvimento com a vinda de operários de varias partes do Brasil em busca de trabalho. Lajeado teve a sua população mais que dobrada em um período muito curto, tendo que, portanto desenvolver-se forçadamente para receber milhares de trabalhadores que se estabeleceram no município. Por exemplo, nas eleições de 1996, apenas 923 eleitores votaram nas candidaturas majoritárias, já no ano 2000 foram 1.797 eleitores. Esses dados coletados no Tribunal Superior Eleitoral – TSE mostra o aumento da população de Lajeado com a construção da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães. Fato este confirmado pelo censo demográfico do IBGE que mostra que a população de Lajeado no ano 2000 já era de 2.344 habitantes. O município prospera com a construção de novos setores e a consolidação de antigos – a exemplo do setor mirante, setor áurea, mas, sobretudo o setor aeroporto. Foram construídas
  • 14. pousadas, hotéis e restaurantes. O balneário ilha verde um dos principais pontos turísticos da cidade passa por reestruturação, surgem novos comércios que diversificam os produtos ofertados a população, que passa a se tornar menos dependente de outros municípios. O setor Mirante desenvolve-se, sobretudo a partir da construção do trecho da TO - 010 ligando a região a Palmas, trecho que antes passava por dentro da cidade. Já o setor Áurea desenvolveu-se com a construção de alojamento e zona de meretrício para os ‘peões’ que trabalhavam na construção da usina hidrelétrica que receberia o nome de ‘Luiz Eduardo Magalhães’. O Setor Aeroporto desenvolveu-se a partir da construção de casas populares e doação de lotes para as famílias de operários que decidiram se estabelecer na cidade após o fim da construção da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães. Lajeado vive um momento de grande prosperidade, com ampliação do posto de saúde, construção do prédio dos pioneiros mirins, quadra poliesportiva, Ginásio de esportes, novas praças e bosques, uma passarela na ilha verde interligando o setor aeroporto ao centro, entre outros diversos serviços. 3.4- 2º Administração Junior Bandeira (2005 a 2008) Em 2004 Junior Bandeira é reeleito prefeito da cidade na disputa contra Arlindo Silvério, ficando por tanto mais quatro anos a frente do executivo municipal (2005 a 2008). A câmara de vereadores será composta por: Andrelson Pinheiro Portilho
  • 15. Rodrigues, Valdemi Alves Gomes, Arudá Bucar, Jailson Fraga Parente, Raimunda Ribeiro de Carvalho entre outros. Este período é marcado em especial pelo desenvolvimento do setor Aeroporto – continuação de construção de casas populares, pavimentação asfáltica das ruas, quadra poliesportiva entre outros. No entanto com o fim da construção da usina hidrelétrica o operariado sem trabalho deixa a cidade levando a decadência restaurante, hotéis, bares, pousadas e alojamento. O setor Áurea é um dos mais atingidos pelos problemas decorrentes com o fim da construção da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães. É a falta de oportunidade também que leva centenas de jovens trabalhadores a deixarem o município para irem viver nos grandes centros em busca de uma vida melhor. 3.5- Administração Marcia Reis (2009 a 2012) Em 2008 Marcia Reis é eleita à nova prefeita do município em disputa contra Tomaz Aquino. Sua administração seria de 2009 a 2012. A câmara de vereadores será composta por: Ananias Pereira, Andrelson Pinheiro Portilho, Antônio Carlos Gomes, Edilson Gonçalves Mascarenhas, Fabio Bezerra da Silva, Gilberto Borges, Jailson Fraga Parente, Nilton Soares de Souza, Rui Furtado Maciel. A população de Lajeado via em Marcia Reis uma nova alternativa ante um representante das velhas oligarquias da cidade. No entanto a sua administração nada se diferenciaria das anteriores. O setor Aeroporto continua desenvolvendo-se,
  • 16. ganha a praça da bíblia e um posto de saúde. Igrejas, bares, restaurantes, minimercados, pavimentação completa das ruas do setor, novas casas populares – fazendo com que o setor aeroporto torne-se o principal setor da cidade. Enquanto o centro e o setor mirante pararam no tempo, e o setor áureo continua sua decadência. A construção da ponte Padre Cicero José de Souza - ‘Imigrantes nordestinos’ – ligando Lajeado á Miracema pelo governo estadual e federal trouxe um aumento do fluxo de transporte pesado na TO -010 que corta a região. Com o aumento do fluxo de transporte nesta região, vários restaurantes estão se estabelecendo nas margens da rodovia para oferecer alimentação para os caminhoneiros e viajantes que trafegam por essas bandas. A cidade avança na prestação de serviços públicos, sobretudo na área da saúde primaria e da assistência social. O sistema de saúde é bastante elogiado pela comunidade e referencia para pequenos municípios do estado, no entanto qualquer doença de maior complexidade é encaminhada para capital. Na assistência social houve pequenos avanços a partir da implementação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, por parte do governo federal, no entanto esta muito aquém do ideal. Na área da educação surgem cursos técnicos e superiores, porém sem continuidade, sobretudo os cursos superiores. Os gargalos na educação fundamental são imensos – falta de estrutura nas unidades escolares e desvalorização dos profissionais da educação.
  • 17. Há um inchamento de contratos temporários na prefeitura, que se caracteriza pela precariedade e pela dispensa das garantias das leis trabalhistas. Mas, sobretudo como uma forma de manter este servidor dependente da gestão municipal. Esta prática infelizmente não é privilegio da atual gestão e nem do município de Lajeado apenas, uma prática recorrente de norte a sul do país, em especial no interior. Mas denuncias dessas práticas levou o ministério público a exigir que a atual gestão realize concurso público. 3.6- 2º Administração Marcia Reis (2013 a 2016) Mesmo com as denuncias de uso da maquina pública e abuso do poder econômico, Marcia Reis é reeleita em 2012 para mais quatro anos de mandato (2013 a 2016). A mesma venceu a disputa contra o ex-prefeito Junior Bandeira. A atual câmara de vereadores conta com: Nilton Soares, Adão Tavares, Luiza Brasileiro, Manoel das Neves, Adonias Pereira, Edilson Mascarenhas, Emival Parente, José Portilho e Branco Parente. O período atual tem sido marcado por uma intensa crise política, denuncia do ministério público de desvio de dinheiro público da prefeitura, abuso do poder econômico nas eleições de 2012, denuncias estas que levou ao afastamento da prefeita e outros altos funcionários do seu governo e congelamento dos seus bens (o que a defesa da prefeita Marcia Reis conseguiu reverter). Instalação de CPI na Câmara de Vereadores para investigar denúncias de corrupção na prefeitura, que acabou terminando como se diz popularmente em ‘pizza’.
  • 18. Lajeado passa por um período conturbado de sua curta historia. O mercado de trabalho na cidade é escasso e pouco diversificado, sendo que a maioria das empresas é de pequeno e médio porte e que trabalham no ramo da alimentação e bebidas. A agricultura familiar e camponesa, a pesca e o setor de turismo são ainda a base da economia do município, tal como em outras tantas cidades do interior tocantinense. O diferencial de Lajeado é o recurso mensal que a prefeitura recebe como compensação pela construção da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães no município – o que da condição para o poder público de Lajeado ofertar uma boa qualidade de vida para os habitantes locais. Mas infelizmente muitas vezes partes desses recursos públicos acabam indo pelo ralo da corrupção. Com a falta de emprego os trabalhadores continuam tendo que deixar a cidade em busca de uma vida melhor nos grandes centros do país. O poder público local tornou-se dependente do recurso da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães, sendo incapaz de apresentar alternativa para população que aqui vive e é obrigada a abandonar o município por falta de oportunidade. Nos últimos dois anos mobilizações mostraram o descontentamento do povo com a atual gestão. Centenas de jovens tomaram as ruas de Lajeado para protestarem contra o caos politico que se estabeleceu na cidade, os professores da rede municipal fizeram paralização histórica na luta por melhores salários e condições de trabalho, os pescadores se mobilizaram contra a mortandade de peixes no rio Tocantins, decorrente de crimes ambientais cometido pela INVESTICO –
  • 19. empresa responsável por gerir a Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães. 4- Lajeado hoje Apesar das dificuldades por que passa o munícipio, é fato que o mesmo tem uma boa perspectiva para desenvolver-se a passos largos, sobretudo quando olhamos a disposição de um setor importante da classe trabalhadora Lajeadense de lutar para que este desenvolvimento aconteça de forma plena, dando oportunidade e igualdade de condições a todos que aqui vive e não apenas uma ‘panelinha de puxa sacos’. 4.1- Serviços públicos precários A cidade que é conhecida como ‘a cidade das águas’ presta um serviço de saneamento básico de péssima qualidade a população, aliás, não raramente falta água nas torneiras dos Lajeadenses, rede de esgoto não existe. Com o crescimento da população, sobretudo na parte mais alta da cidade (setor aeroporto), deveria ter havido um maior investimento no sistema de abastecimento de água o que infelizmente não aconteceu por falta de planejamento. O Serviço de energia elétrica é um dos mais caros do mundo e mesmo assim de péssima qualidade, isto que há no município duas usinas hidrelétricas. Sendo que a UHE Luiz Eduardo Magalhães é uma das maiores do país. No período de chuva, a população ironicamente diz que se um cachorro mixar em um poste, falta energia na cidade. O serviço de telefonia e de
  • 20. internet ainda estão muito aquém do que a população de Lajeado almeja. Mesmo sendo uma cidade turística não há nenhum serviço de atendimento as pessoas que visitam a cidade. Não há sinalização e nem orientação de como chegar aos pontos turísticos. As praias não contam com nenhum tipo de infraestrutura por parte do poder público, nem no período de alta temporada, onde há um aumento do fluxo de turistas na cidade. Realidade ainda mais difícil para quem vive na zona rural do município, que além de sofrer com os problemas apontados acima. Também sofre com a falta de estrutura mínima para produzir e escoar a produção agropecuária do município – como estradas, pontes, transporte escolar decente, assistência técnica entre outros. 5- Cidade dormitório Este fenômeno é visto em varias partes do país. Por falta de trabalho nos pequenos e médios municípios a população destes acaba se deslocando durante o dia para trabalhar nos grandes centros e volta para sua cidade de origem a noite apenas para dormir. Pela sua proximidade com Palmas, mas, sobretudo pela falta de condição para se viver de forma digna por aqui, os trabalhadores lajeadenses estão sendo obrigados a abandonarem suas casas durante a semana para poderem partir em busca de trabalho em Palmas, voltando para casa à noite apenas para dormir, já que o aluguel na capital devido à especulação
  • 21. imobiliária não é barato. Assim estes trabalhadores – trabalham, estudam e resolvem seus problemas do dia a dia na capital. Durante o dia a cidade de Lajeado fica deserta, pois grande parte da sua população esta trabalhando na capital. Só a noite é que os trabalhadores retornam para suas casas, mas apenas para dormir, fazendo do local uma cidade dormitório. 6- Apesar dos pesares - Um lugar encantador Lajeado é uma das cidades mais encantadoras do Tocantins. Privilegiada com uma natureza exuberante, rodeada pela Serra do Lajeado, pelo Morro do Segredo, pelo Morro Encantado, pelo Morro do Leão, banhada pelo Rio Tocantins, pelo Córrego Lajeado e pelo Córrego Lajeadinho. Tem uma fauna e uma flora diversa mesmo após a construção da UHE Luiz Eduardo Magalhães. O bioma predominante na região é o cerrado, o clima é o tropical, quente o ano todo. Tem duas estações do
  • 22. ano bem definida, o período de chuva que se inicia no mês de setembro e vai até maio e o período de seca que começa em junho e vai até agosto. Lajeado faz divisa com os municípios de Tocantinia ao norte, Aparecida do Rio Negro ao nordeste e com a capital, Palmas ao sul. A população de Lajeado era de 2.344 no ano 2000. No ultimo censo demográfico realizado pelo IBGE em 2010 a população do município aumentou para 2.773. Sendo 2.166 na zona urbana e 607 na zona rural. O Censo do IBGE também aponta que a área do município é de 322,5 e a densidade demográfica é de 8,60 habitantes por Km². 7- Festas populares O festejo de Nossa Senhora da Divina Providência (considerada a padroeira da cidade de Lajeado) continua sendo a festa mais tradicional da cidade, mesmo com a falta de apoio por parte do poder público que havia em anos anteriores. Mas também o desinteresse de grande parte da população por essa festividade pode ser explicado devido a um aumento significativo da população evangélico-protestante no município. Não há dados que comprove, mas não seria leviano afirmar que as igrejas pentecostais e seus fieis são quase do tamanho da população de católicos. Só no núcleo urbano há sete igrejas pentecostais e duas católicas. Na zona rural tem os festejos de São José Operário no povoado das pedreiras e no vão do Mutum que também são festividades tradicionais da cidade. O aniversário de Lajeado comemorado
  • 23. no dia 05 de maio, a festa junina no mês de junho com a apresentação das quadrilhas do colégio estadual, da escola municipal, do centro de educação infantil e dos idosos do Centro de Convivência tem se tornado tradicional, como também a tradicional festa dos dias das mães. Além do Boia Cross – descida do córrego lajeado de boia e botes. Um mix de esporte, aventura e diversão que acontece no primeiro período do ano, quando o córrego está cheio e que tem atraído pessoas de varias cidades do estado. Já sobre o carnaval uma das maiores festas populares do país não podemos dizer a mesma coisa. Como em grande parte depende do poder público para ser realizado, nem todos os anos a festa acontece, assim também como o Laj Verão, o Luau do Segredo entre outras festividades pontuais que não tem continuidade. 8- Lendas da região Os moradores antigos do local contam histórias a cerca de aparições misteriosas no rio Tocantins, na Serra do Lajeado, no Morro do Segredo e no Morro Encantado. Como por exemplo, luzes misteriosas que surgem e desaparecem do nada. A bola de fogo que também surge do nada e desaparece. Gritos, passos em pedras, peixes encantados que tombam embarcações e come pessoas que se afogam nas águas do Tocantins. Para os moradores essas aparições misteriosas são decorrentes do numero de mineiros escondido por garimpeiros nas serras e no rio.
  • 24. Por exemplo, na ilha verde os moradores relatam a aparição da mulher de branco, outros falam de uma criança que morreu afogada naquelas águas há muitos anos atrás e que hora e outra é vista nas madrugadas da ilha, em especial quando morre gente afogada ao pé da cachoeira. Essas histórias que são passadas de geração em geração são contadas como fatos reais. Frutos da imaginação e da crença popular, mas o fato é que essas histórias enriquece a cultura do município. Mesmo sendo pouco valorizada pelo poder público municipal que pouco faz para recuperar essas memórias e passar para as futuras gerações. 9- Principais pontos turísticos de Lajeado A- Mirante Serra do Lajeado Descrição: A 22 Km do centro d Lajeado, o Mirante Serra do Lajeado é um atrativo diferenciado para o turista. Do Mirante é
  • 25. possível visualizar toda a beleza do Lago da UHE Lajeado, a cidade, o rio Tocantins e todo o conjunto de morros e serras que cercam o município. A noite é lugar ideal para a realização de luau. 22 Km do centro de Lajeado. B- Cachoeira do Lajeado Descrição: A Cachoeira do Lajeado é um conjunto formado por três quedas d`água de aproximadamente 30 metros de altura. As águas caem majestosas nas grandes pedras distribuídas ao longo do rio. 15 Km do de centro da cidade C- Morro do Leão Descrição: O Morro do Leão é uma formação em pedra, que se assemelha ao majestoso animal em repouso. A 09 Km do centro da Cidade D- Usina Hidrelétrica do Lajeado Descrição: A Usina Hidrelétrica do Lajeado começou a ser construída em 08 de maio de 1969 e foi inaugurada em 11 de março de 1971, na época a usina abastecia cidades como: Miracema do Tocantins, Miranorte, Tocantinia, Porto Nacional, Cristalândia, Pium, Paraiso do Tocantins, Guaraí e Pedro Afonso. hoje a usina além de gerar energia é também um atrativo turística pela sua beleza e localização. À 15 Km do Centro da Cidade.
  • 26. E- Morro do Segredo Descrição: Elevação exótica de 250 metros de altitude que fica a 01 Km do centro da cidade. O morro se assemelha a um vulcão inativo, desprovido de vegetação ao seu redor. A elevação é vista de qualquer ponto da cidade, aparentando sempre a mesma forma, de diferentes pontos de observação. À 01 Km do centro da cidade F- Sitio Arqueológico do Canuto Descrição: Uma das atrações que fazem de Lajeado-TO um lugar especial e misterioso são as pinturas rupestres deixadas pelo homem pré-histórico em vários painéis. Os painéis guardam sinais de clara compreensão visual. São Figuras geométricas em diversas formas, que ainda se encontram em bom estado de conservação. À 17 Km do centro da cidade. G- Artesanato Descrição: O artesanato em cerâmica do município de Lajeado é feito a base e argila e foi desenvolvida uma linha de artesanato utilizando pinturas rupestres encontradas na serra do Lajeado e no leito do Rio Tocantins. No centro da cidade. H- Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães Descrição: Um dos mais arrojados projetos hidrelétricos do País - a UHE Lajeado foi construída em tempo recorde - apenas 39 meses - constituindo-se num marco do Setor
  • 27. Elétrico: o maior empreendimento de geração realizado pela iniciativa privada no Brasil. 01 Km do centro de Lajeado. I- Cachoeira Viva Vida Descrição: Localiza-se no perímetro urbano, no centro da cidade, formada pelo Rio Lajeado. Se constitui em um queda d`água de aproximadamente 12 metros de altura, formando vários saltos que se precipitam em forma circular, proporcionando um recurso paisagístico admirável. A cachoeira um espetáculo surpreendente com formações rochosas variadas de forte impacto visual, formando piscinas naturais propícias ao banho. Centro de Lajeado. J- Balneário Ilha Verde Descrição: O Balneário Ilha Verde é uma sequência de cachoeiras que formam um grande lago. É um lugar de grande tranquilidade, onde se pode desfrutar de banhos ao sol ou simplesmente apreciar a natureza, e da rica diversidade culinária regional. Um aspecto relevante do Balneário é que ele está localizado no centro da cidade, sendo de fácil acesso. Centro da Cidade
  • 28. K- Fazenda da Esperança Descrição: Criada em 1999, para trabalhar a recuperação de dependentes químicos. Numa área de sete alqueires, a Fazenda da Esperança localiza-se a 02 Km do centro do município de Lajeado. Quanto à estrutura física, no local há dois dormitórios, um saguão de reuniões, também usando como refeitório, lavanderia, duas estufas e os espaços reservados para o trabalho realizado pelos internos. As terras onde fica a entidade foram doadas por um pároco que atuou em Lajeado. A 02 Km do centro de Lajeado L- Funil Descrição: O Funil é um estreito de 200 metros entre a Serra do Lajeado e a Serra do Estrondo, onde as águas do Rio Tocantins se comprimem, atingindo alta velocidade, num misto de beleza e perigo. As águas circulam em forma de redemoinho, dificultando a navegação. É um atrativo único na região, que pode ser visitado o ano inteiro. O acesso ao funil é feito pela estrada que liga Lajeado a Tocantinia, até a rede de energia elétrica. O resto do trajeto é feito a pé, cerca de 500 metros, no sentido Leste-Oeste, até a margem direita do Rio Tocantins. A 05 Km do centro de Lajeado M- Sitio Arqueológico Canuto (Pinturas Rupestres) Descrição: Uma das atrações que fazem de Lajeado um lugar especial e misterioso são as pinturas rupestres deixadas pelo homem pré-histórico em vários painéis. Os painéis guardam sinais de clara compreensão visual. São figuras geométricas em
  • 29. diversas formas, que ainda se encontram em bom estado de conservação. O local é de difícil acesso. Á 06 Km do centro de Lajeado N- Mirante Lajeadinho Descrição: O Mirante Lajeadinho na Serra do Lajeado é um conjunto de pequenas cachoeiras, nascentes, grutas e uma vista encantadora do Rio Tocantins. O local é de fácil acesso. A 22 Km do centro de Lajeado. O- Poção das onças e pinturas rupestres Descrição: A 19 Km de Lajeado, no Vão do Bim o turista encontra o Poção da Onça, uma cachoeira com 22 metros de queda d`água transparente. 02 Km a frente é possível encontrar pinturas rupestres em diversos paredões. A trilha até o Poção é de fácil acesso, já para as pinturas rupestres é de difícil acesso. 22 Km do centro de Lajeado. 10- Meio ambiente: Nossa riqueza ameaçada
  • 30. Toda a população, em especial as autoridades estufam o peito e fala entusiasticamente das belezas naturais de Lajeado, o que é inegável – de fato a maior riqueza dessa pequena cidade do interior do Tocantins é claro, além do seu povo, é a sua riquíssima natureza, que é de uma beleza estonteante. No entanto esta riqueza esta ameaçada, falta politicas de preservação dessas riquezas naturais, falta educação ambiental para que a população e as pessoas que visitam a cidade respeitem e preservem o meio ambiente. Essa riqueza natural já foi fortemente atingida com a construção da UHE Luiz Eduardo Magalhães. Hoje a cachoeira de Todos os Santos, do Quebra cocos, dos Pilões, dos Mares e do Lajeado só ficaram nas lembranças dos que tiveram o privilegio de navegar por essas águas antes da construção da usina. Como também a ilha do Manoel Martim, o gorgulho, o travessão, a ilha da praia, a ilha das caranhas velhacas, o carcarazinho, o pacifico, o fervedouro e outras diversas riquezas
  • 31. naturais. Além dos povos ribeirinhos que foram expulsos de suas terras, hoje na margem do lago só se ver chácaras da alta burguesia tocantinense. E a destruição de nossas riquezas naturais continua. Em período de alta temporada onde se proliferam os acampamentos as margens do rio Tocantins, por falta de conscientização as pessoas acabam deixando uma quantidade enorme de lixos nas margens do rio que ficam ali contaminando o meio ambiente. O poder público não orienta as pessoas que cometem estes crimes como também não dá infraestrutura para que estes lixos não sejam jogados em todo lugar. Outro grande problema é a mortandade de peixes no rio Tocantins em decorrência a operacionalização errada da UHE Luiz Eduardo Magalhães. A diversidade de peixes tem sido afetada após a construção da UHE e infelizmente nenhum estudo tem sido feito para acompanhar as alterações na fauna e flora dessa região após a construção da UHE. Soma-se a isso a pesca predatória que é combatida de forma totalmente equivocada pelos órgãos ambientais. Se não houver políticas públicas efetivas de proteção do meio ambiente as futuras gerações não terão a oportunidade de desfrutar dessas riquezas e muito menos terá orgulho de estufar o peito para dizer das belezas naturais da cidade de Lajeado. 11- Legislação do município de Lajeado A lei orgânica do município de Lajeado, de 17 de dezembro de 1993 – é a principal lei municipal. É a lei que estabelece os
  • 32. fundamentos municipais, dos princípios e objetivos, a organização dos seus poderes – executivo e legislativo e suas atribuições, as responsabilidades dos servidores públicos, da participação popular, da organização da administração pública, a secretarias e as políticas públicas a serem executadas pelo poder público para o bom funcionamento do município entre outros. Já a lei 181/2001, de 08 de novembro de 2001. Dispõem sobre a organização, estrutura organizativa e institui o plano de cargos e salários do poder executivo municipal e da outras providencias. A lei 397/2013, de 30 de outubro de 2013. Dispõem sobre a reestruturação organizacional da administração pública municipal de Lajeado e consolida as leis vigentes, as quais não perdem seus requisitos de validade, sendo elas: 181/2001, de 08 de novembro de 2001, os anexos I, II, III. Da lei 239/2004, de 16 de dezembro de 2004. Lei complementar de 002/2009, de 31 de dezembro de 2009. Lei 340/2010, de 22 de dezembro de 2010. Lei 353/2011, de 04 de agosto de 2011. Lei 366/2011, de 31 de outubro de 2011. E da lei 378/2012, de 05 de abril de 2012 e dá outras providencias. Já a lei 429/2013, de 12 de junho de 2014. Dispõe sobre o plano de cargos do quadro geral do município de Lajeado, alterando dispositivos da legislação pertinente e define atribuições para os cargos disponibilizados para o V concurso público e dá outras providencias.
  • 33. 12- Notas críticas As oligarquias que dirigem a cidade de Lajeado continua sendo as mesmas desde a sua constituição como povoado, distrito e depois município. Se olharmos para composição da câmara de vereadores em 2013 a 2016 veremos que pouca coisa mudou em relação à primeira câmara de vereadores eleita para o pleito de 1993 a 1997. Mudaram-se apenas os nomes, mas o sobrenome e os interesses representados por essas oligarquias continuam sendo os mesmos, o interesse de uma pequena minoria em detrimento de uma grande maioria. É a oligarquia dos Aquinos, dos Correias, dos Bandeiras, dos Portilhos, dos Soares, dos Pereiras e dos Parentes que se apropriaram da cidade como se fossem donos dela, jogando migalhas para o resto da população. 1º Câmara de vereadores eleita em Lajeado 1993 a 1997 Ultima Câmara de vereadores eleita em Lajeado 2013 a 2016 Tomas Aquino Gomes Edilson Mascarenhas Leônidas Correia de Castro Adão Tavares Maria Eulinda Portilho de Souza José Portilho Marivalda Soares de Souza Nilton Soares Margarida Pereira dos Santos Adonias Pereira Adeli Santana Parente Emival Parente Valdemi Alves Gomes Manoel das Neves Raimundo Nonato da Silva Branco Parente João Borges Filho Luiza Brasileiro
  • 34. Essas oligarquias são as representantes locais das oligarquias que há anos dominam a politica no Tocantins e que governam para latifundiários e megaempresários jogando migalhas para o resto da população. É através dessa aliança que eles se mantem no poder por varias décadas. A eleição de Marcia Reis foi uma tentativa da população de fazer uma mudança na estrutura política, econômica e social da cidade, no entanto ao chegar à prefeitura – Marcia reis preferiu juntar-se as velhas oligarquias e governar para elas. Você já se perguntou por que entra ano e sai ano, mudam-se prefeitos e vereadores, mas, no entanto os problemas centrais de Lajeado continua os mesmos? É simples, por que as oligarquias que comandam a política na cidade, não tem interesse em resolver estes problemas, o objetivo deles é governar para eles e não para o povo. O poder e suas vantagens continuam na mão do mesmo grupo que sempre dominou a cidade. Já a maioria da população continua como sempre sobrevivendo precariamente. Como mudar essa realidade? Como fazer com que o poder público cumpra o seu dever de garantir os direitos básicos de toda a população? Como fazer com que a coisa pública não seja usada para atender interesses privados? Os problemas que enfrentamos no dia a dia recorrente das desigualdades sociais só serão resolvidos quando o povo de forma organizada se mobilizar e lutar para que isso aconteça. Não devemos acreditar em políticos que dizem que irão
  • 35. resolver os problemas sociais. Pois se o povo organizado não lutar para transformar essa realidade e ficar de braços cruzados esperando. As coisas não cairão do céu. Os vereadores e prefeitos são empregados do povo, por tanto não devemos ter receio de cobrar e exigir que eles cumpram com suas responsabilidades. Cabe, portanto ao povo trabalhador de Lajeado, que é quem verdadeiramente constrói o município lutar para extirpa do mapa político as sanguessugas do sangue da classe trabalhadora, bem como construir um projeto popular para o município de Lajeado.
  • 36. Textos complementares 1- Mudar é preciso Lajeado Entra ano e sai ano, mudam-se prefeitos e vereadores, no entanto os problemas centrais da pequena cidade de Lajeado continua os mesmos. Boa parte da população não tem um emprego formal, sobrevivem através da prestação de serviço em trabalhos precaríssimos ou contratos temporários onde não há garantia dos direitos trabalhista. A saúde é elogiada, mas qualquer doença um pouco mais grave é preciso buscar tratamento nos grandes centros, onde a espera para fazer um exame ou pior uma cirurgia dura de 6 meses a 1 ano. Na cidade apenas um médico se reveza nos dois postos de saúde da cidade tendo ainda que dar suporte à zona rural. Na educação não é diferente, não a curso profissionalizante para os jovens e nem curso superior, ao terminar o ensino médio quem pretende avançar na sua qualificação profissional é necessário abandonar a cidade para fazer um curso técnico ou de nível superior, o poder público municipal limita-se a disponibilizar um ônibus para transportar uma pequena parcela de estudantes que moram na cidade e estudam na capital. A educação fundamental e do ensino médio esta longe de ser modelo, estrutura defasada, grade curricular e prática pedagógica autoritária que não dialogam com a realidade e as especificidades locais, bem como a falta de valorização dos profissionais da educação.
  • 37. A política de assistência social resume-se a operacionalizar as políticas do governo federal e estadual como o programa bolsa família, não se tem uma política de assistência social do município partindo da realidade e necessidade local. Distribuição de cesta básica não é política de assistência social séria. Na área da cultura, esporte, turismo e lazer as ações são insignificantes. Diante dessa realidade não há alternativa - A juventude, sobretudo, é obrigada a deixar a cidade em busca de melhores condições de vida nos grandes centros. Dificilmente existe uma família no Lajeado que não tem algum parente morando em outra cidade. O motivo é sempre o mesmo. Falta condição para se viver dignamente. No entanto ressaltamos que essa situação não é privilegio do Lajeado. A maioria das pequenas e médias cidades brasileiras enfrentam os mesmos problemas relatados acima. Por tanto a atual situação em que se encontra a cidade não pode ser totalmente jogada nas costas da atual gestão da Marcia Enfermeira (PSD), pois ela apenas da continuidade as gestões anteriores. E é dai que ocorre o problema da atua administração, ela não faz nada de diferente das anteriores, há um continuísmo. Por tanto Marcia (PSD), Junior Bandeira (PR), Leônidas e Glacimar são farinha do mesmo saco, isto é, não são diferente um do outro, suas gestões foram marcadas por privilegiar uma pequena panelinha de puxa saco, jogando migalhas para o resto da população.
  • 38. Coisas da política - o povo vota em alguém achando que vai mudar, mas o que ganha é mais do mesmo, isto é, as coisas permanecem como antes. Sobretudo por que a coisa pública passa a ser utilizado para interesse privado. Trabalho só para os familiares, amigos e puxa sacos. No período da eleição emprego para todos, após garantir a vitória vira as costas para o povo inventando desculpas, na maioria das vezes diz que a prefeitura esta quebrada. Não prepara em nem qualifica o povo para assumir tarefas. O poder e suas vantagens continuam na mão do mesmo grupo que sempre dominou a cidade. Já a maioria da população continua como sempre sobrevivendo precariamente. Como mudar essa realidade? Como fazer com que o poder público cumpra o seu dever de garantir os direitos básico de toda a população? Como fazer com que a coisa pública não seja usada para atender interesses privados? Organização, formação e luta! Quem esta no poder não quer que o povo se eduque por que é mais fácil engana-lo e manipula-lo. Como dizia Ernesto Che Guevara – Um povo que não sabe ler e nem escrever é um povo fácil de enganar. Mas a formação de que estamos falando é muito mais do que meramente saber ler e escrever, é compreender como se dá o processo de exploração do povo pela classe dominante, é dar condições do povo conhecer seus direitos e, sobretudo lutar por eles.
  • 39. Os problemas que enfrentamos no dia a dia recorrente das desigualdades sociais só serão resolvidos quando o povo de forma organizada se mobilizar e lutar para que isso aconteça. Não devemos acreditar em políticos que dizem que irão resolver o problema da saúde, educação, desemprego, violência entre outros. Se o povo organizado não lutar para transformar essa realidade e ficar de braços cruzados esperando. As coisas não cairão do céu. Os vereadores e prefeitos são empregados do povo, por tanto não devemos ter receio de cobrar e exigir que eles cumpram com suas responsabilidades. A luta pelos nossos diretos deve ser feito de forma organizada, lembremo-nos dos ensinamentos dos nossos avós – Uma andorinha só não faz verão. Só o povo organizado em associações, coletivos, sindicatos, partidos políticos comprometidos com os interesses da classe explorada, consciente dos seus direitos e deveres poderá transformar essa realidade que nos é enfiada goela abaixo. Mudar é preciso e possível! Por mais que a propaganda oficia do governo federal, estadual e municipal diz que tudo está uma maravilha não é o que vemos na realidade. O governo tenta maquiar a realidade através de programas assistencialista para o povo bem como o endividando através de empréstimo e de compra a prazo. Na realidade temos uma educação de péssima qualidade, tanto estruturalmente como pedagogicamente. A saúde esta um caos, e o problema não é apenas a falta de médicos, faltam hospitais,
  • 40. aparelhos, remédios entre outras coisas. O trabalhador vive entre o desemprego e o trabalho precarisado, isto é, salários baixíssimos e negação dos direitos trabalhistas. A violência é crescente, sobretudo nos grandes centros, mas as pequenas cidades não estão longe dessa realidade. A corrupção é um mal crônico fruto de um sistema corrupto onde os políticos tratam os espaços públicos como privados. Assim vai para o ralo o dinheiro que deveria ser aplicado na execução das políticas públicas fundamentais para a população. E essa realidade cruel à maioria da população lajeadense sente na pele. É só olhar ao redor e ver a condição em que centenas de famílias sobrevivem, quase passando fome e implorando trabalho para a prefeitura. Mas podemos mudar essa realidade. Nesse sentido chamamos o trabalhador e a trabalhadora lajeadense, sobretudo a juventude para que se organize e juntos possamos mudar a realidade social e política da nossa cidade. Lutando pelos nossos direitos e exigindo dos gestores públicos a execução de políticas públicas que atendam a necessidade de toda população. 2- Politica habitacional em Lajeado Por uma política habitacional para quem de fato necessita em Lajeado A atual gestão da prefeita Marcia Enfermeira (PSD) em Lajeado (TO) acaba de lançar mais uma etapa da construção de moradias populares para famílias sem teto da cidade. As casas estão sendo construídas no setor aeroporto.
  • 41. Como é de conhecimento de boa parte da população o estado do Tocantins tem um déficit habitacional alarmante, segundo dados oficiais mais de 90 mil famílias não tem moradia própria. Lajeado, apesar de ser uma cidade pequena, com pouco mais de 2.500 habitantes, sofre com um grande índice de famílias vivendo em situação precária e sem moradia. Nesse sentido é importante reconhecer a importância da continuação por parte da prefeitura de construção de moradias populares as famílias lajeadenses que não tem moradia própria e precisam pagar alugueis que a cada dia estão mais caro na cidade, devido a sua proximidade com a capital, Palmas. No entanto o que nos chamou a atenção são os critérios utilizados para seleção das famílias contempladas nesta etapa, como também na anterior que já foi entregue. Ou melhor, o que tem chamado à atenção na verdade é a falta de critérios claros para seleção das famílias contempladas. Como sabemos, o numero de moradias construídas na etapa anterior, bem como as que serão construídas nesta etapa não são suficientes para acabar o déficit habitacional de Lajeado. Nesse sentido a secretaria de habitação e de assistência social do município deveria fazer um estudo socioeconômico das famílias, para priorizar as que estão em situação de maior vulnerabilidade social e que por tanto deviam ter prioridade. Porém o que temos visto é uma pratica um tanto quanto preocupante, o que nos faz afirmar que não houve por parte da prefeitura um estudo socioeconômico das famílias, e se houve,
  • 42. não foi levado em consideração. Pois em vez de priorizarem famílias que estão em situação extremamente degradante, que não tem condição de pagar aluguel, pois estão desempregadas ou sobrevivem fazendo bicos, e ainda tem muito membros no grupo familiar. Estão priorizando famílias que muitas vezes não precisam e as que precisam poderiam ser atendidas num segundo momento. Infelizmente lamentamos que a atual gestão priorize a politica da troca de favores e de apoio político em vez de uma politica habitacional e de assistencial social que atenda as necessidades reais da população, sem excluir e priorizar aliados em detrimento da população mais carente. Esperamos que a câmara de vereadores do município possa cumprir o seu papel que é de fiscalizar o poder executivo, exigindo esclarecimento sobre tal política habitacional, sobretudo relativo aos critérios utilizados para contemplar as famílias que serão beneficiadas com as moradias populares que estão sendo construídas na nossa cidade. Também chamamos a todo o povo trabalhador de Lajeado a se organizarem e exigir maior claridade por parte da gestão da prefeita Marcia Enfermeira (PSD) em relação à aplicação do dinheiro público, que é dinheiro de todos nós. Não só em relação à politica habitacional, mas também em relação à doação de lotes e a contratação de pessoal para prestação de serviço em vez de realizar um concurso publico, politica esta que faz com que a prefeita esteja respondendo processo na justiça.
  • 43. Por tanto exigimos: Moradia digna para todas e todos já; Por politicas públicas que atendam a necessidade da população e não a interesses do grupo político que administra a cidade; Por um poder legislativo independente que fiscalize e não acoberte os desvios da prefeitura; Por uma audiência pública na câmara de vereadores para discutirmos o déficit habitacional e a política habitacional da gestão municipal da prefeita Marcia Enfermeira (PSD); Por um concurso público municipal já; Se você concorda com essas bandeiras, junte-se a nós! “Quem não se movimenta, não sente as correntes que os prendem”. Rosa Luxemburgo 3- Luta de classes no interior do Tocantins: Classe trabalhadora Lajeadense se mobiliza pelos seus direitos A cidade de Lajeado vive um momento histórico diferente. Tal como na maioria das cidades do interior do Tocantins, em Lajeado ainda impera uma forte consciência conservadora e um forte sentimento de conformismo com a condição de opressão e exploração a que á classe trabalhadora é submetida. No entanto temos visto uma mudança de consciência dos
  • 44. trabalhadores de Lajeado no ultimo período. Que tem se organizado e lutado contra a condição de exploração imposta pelas elites locais. Ainda em 2013 pela primeira vez na historia de Lajeado centenas de jovens tomaram as ruas da cidade para protestar contra o caos político que tomou conta do município sobre a administração da prefeita Marcia Reis (SDD). Caos na saúde e educação, falta de emprego, realidade que obriga os trabalhadores da cidade ir em busca de trabalho em outras regiões, falta de oportunidade, sobretudo para juventude, perseguição política a opositores. Denuncias de corrupção - desvio de dinheiro público que deveria ser investido na aplicação de politicas públicas que atendam a necessidade da população. Diante dessa dura realidade e da insatisfação geral da população a oposição conseguiu aprovar uma CPI na câmara de vereadores para investigar os desvios de dinheiro público da gestão municipal. As graves denúncias de corrupção envolvendo a atual gestão do município levou a justiça a afastar a prefeita do cargo bem como decretar o congelamento dos seus bens, decisão infelizmente revertida pelos advogados da prefeita Marcia Reis. Já no inicio desse ano a colônia de pescadores do município conseguiu liderar uma importante luta contra os crimes ambientais cometidos pela INVESTICO, empresa responsável por gerir a Usina Hidrelétrica do Lajeado sobre o rio Tocantins,
  • 45. crimes que vem sendo cometido desde a conclusão da usina em 2002 graças à omissão dos órgãos de fiscalização ambiental do estado. No entanto a recente mobilização da colônia de pescadores que contou com o apoio de toda a população contra a mortandade de peixes no período de piracema ocasionada por erro na operacionalização das comportas da usina, fez com que as autoridades e os órgãos ambientais do estado aplicassem uma multa na INVESTICO bem como um endurecimento do discurso contra os crimes cometido pela empresa no município que tem na pesca artesanal sua principal fonte de sobrevivência. Greve histórica dos professores da rede municipal de educação de Lajeado Desde o ano passado os professores da rede municipal de educação de Lajeado vêm denunciando o caos na educação no município. Prédios sucateados em sem infraestrutura (laudo do corpo de bombeiros aponta risco de desmoronamento de parte da estrutura), falta de material pedagógico, merenda escolar, transporte de qualidade e valorização dos profissionais, falta de gestores capacitados para gerir a secretaria de educação bem como perseguição política aos profissionais que denunciam tais mazelas. Com a recusa da gestão municipal em abrir dialogo com os profissionais da educação, a categoria resolveu no inicio dessa semana entrar em greve pela primeira vez na historia do município. Independente de qual resultado o movimento grevista obtiver, o fato é que essa mobilização já é uma importante vitória para a classe trabalhadora Lajeadense, pois é
  • 46. um exemplo de um novo momento histórico por que passa o município. A greve justa da categoria vem contando com um amplo apoio popular, já que o descaso com a educação pública não é problema apenas dos profissionais da educação. Em entrevista na rádio a prefeita Marcia Reis (SDD) declarou que não irá aumentar os salários dos profissionais como também procurou desqualificar as denuncias apresentadas pelo movimento grevista, apresentando um quadro na educação municipal totalmente fictício, pois o caos na educação de Lajeado pode ser visto por qualquer um. Assim as declarações da prefeita devem servi apenas para fortalecer o movimento, pois tal como vimos na luta dos garis no RJ e pela redução da tarifa do transporte coletivo em varias cidades do país, onde os gestores municipais tentaram desqualificar as reivindicações legitimas dos trabalhadores, mas a força do movimento obrigou-os a voltar atrás, devimos seguir este exemplo em Lajeado e continuar a greve até que as reivindicações da categoria, que na verdade são as reivindicações de toda comunidade sejam atendidas. A CPI não pode acabar em pizza! Pela cassação da prefeita Marcia Reis! Fora todos os corruptos da prefeitura de Lajeado! A base de apoio da prefeita na câmara municipal de Lajeado quer encerrar a CPI que investiga as denuncias de desvios da gestão municipal sem nenhuma investigação séria. Após três meses de sua instalação nenhuma pessoa ligada à administração municipal foi ouvida. Nenhuma audiência aconteceu e a
  • 47. comunidade não foi convidada para participar das reuniões da CPI. Esse processo havia sido previsto assim que a CPI foi aprovada na câmara, onde nós apontamos a necessidade da população acompanhar e pressionar a câmara municipal para que fizesse uma investigação séria e punisse os responsáveis por desvio de dinheiro público dos cofres municipais. Se a população não se mobilizar e pressionar a câmara de vereadores, a CPI que investiga os desvios da atual gestão municipal de Lajeado acabará em pizza. É necessário que a população de Lajeado tome as ruas do município mais uma vez para exigir a cassação da prefeita Marcia Reis (SDD) e de todos os corruptos que se apoderaram da prefeitura municipal desviando o dinheiro público que deveria ser aplicado na educação, saúde, cultura, esporte, turismo, na geração de emprego entre outros. Organização e luta Lajeado passa por um novo momento histórico e os setores conscientes da classe trabalhadora do município têm que esta ciente dessa nova conjuntura. Nesse sentido fazemos um chamado aos servidores públicos, aos operários, aos camponeses, aos pescadores e a juventude de Lajeado a organizamos uma frente de luta para lutarmos pelos nossos direitos como também pela cassação da prefeita Marcia Reis (SDD) e de todos os corruptos que se apoderaram da prefeitura de Lajeado.
  • 48. Não podemos deixar que as lutas legítimas da classe trabalhadora de Lajeado sejam apropriadas de forma errada por setores de oposição que estiveram à frente da prefeitura municipal em gestões anteriores e que nada se difere da gestão atual. Precisamos construir organizações de luta da classe trabalhadora no município para disputar o poder local, enquanto a prefeitura estiver nas mãos dos mesmos grupos políticos, que muda só de nome, mas os projetos são os mesmos, a vida da classe trabalhadora Lajeadense continuará sendo difícil. Lajeado, TO – 21 de Março de 2014. Mudar é preciso Lajeado! Vamos juntos!
  • 49. Pedro Ferreira Nunes é natural de Miracema do Tocantins, mas desde os 6 anos de idade tem uma relação muito próxima com a cidade de Lajeado. Morou na cidade entre 1996 e 2005, depois mudou-se para Goiânia onde morou 8 anos, retornando no inicio de 2013 a morar novamente em Lajeado onde reside atualmente. Poeta, escritor, educador popular e bacharel em Serviço Social pela Universidade Norte do Paraná. Pedro Ferreira Nunes é autor dos artigos ‘O Serviço Social e a Política de Reforma Agrária em Goiás’, ‘Estudo sobre o Agronegócio tocantinense e seus efeitos Econômicos e Sociais’, dos livros ‘A nossa luta é pra vencer... ’ – Diário da ocupação do INCRA de Goiás, ‘A Ilha dos Espíritos’ e da coletânea de poemas ‘Minha poesia’.
  • 50. Referências bibliográficas Eleições anteriores: Site do TSE. http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-anteriores/eleicoes- anteriores. Julho de 2014. Histórico do município do Lajeado. Site da prefeitura municipal de Lajeado. http://www.lajeado.to.gov.br/portal1/municipio/historia.asp?iIdMun=100117069. Agosto de 2014. Nunes, Maria Lucia Pinheiro. Meu querido Lajeado. Lajeado, 2013. Nunes, Pedro Ferreira. Mudar é preciso. Lajeado, 2013. Ribeiro, Miriam Bianca do Amaral. Tocantins historia e sociedade, 4º/Miriam Bianca do Amaral Ribeiro, Diane Valdez. – São Paulo: FTD, 2006. Rodrigues, Lisyas Augusto. Roteiro do Tocantins. - 4º ed. – Palma, 2001. Tocantins: Censo de 2010. http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?uf=17&dados=29. Agosto de 2014.