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Os subdomínios :
da Morfologia (B.2.), das Classe de Palavras (B.3.) e da
                              (B.4.).




                                                    1
2
3
Função sintática desempenhada pelo constituinte da frase
que controla a concordância verbal.

O sujeito deixou de ser identificado como «aquele que
pratica a ação», uma vez que em frases como «O João
levou uma bofetada.» tal não se verificava.




                                                           4
Apesar de o português ser uma
língua SVO, é comum o sujeito
encontrar-se em posição pós
verbal, como nas frases:
"Vendem-se casas",
"Chegaram os meninos",
 "Espanta-me [que faças isso]".




                                  5
Sujeito constituído exclusivamente por um grupo nominal (i) ou
por uma oração (ii). A este contrapõe-se o sujeito composto.

Exemplos
(i) [O Manuel] telefonou pelas nove horas.
(ii) [Quem não arrisca] não petisca.                        6
Sujeito constituído por uma coordenação de grupos
nominais (i), de orações (ii), de pronomes (iii) ou de
combinações destas categorias (iv). A este contrapõe-se
o sujeito simples.

Exemplos
(i) [O Manuel e a Maria] telefonaram pelas nove horas.
(ii) [Quem arrisca e quem sabe o que quer] é bem sucedido.
(iii) [Eu e tu] telefonámos pelas nove horas.
(iv) [Ela e o Manuel] telefonaram pelas nove horas.
      [O Pedro e quem tu sabes] acabam de entrar na sala.



                                                             7
Sujeito sem realização lexical.
                          - o sujeito não está expresso, não tem
realização lexical, embora, pelo contexto, seja conhecido quem
pratica a acção.

 Li um livro fantástico!

                           - não se sabe quem pratica a acção. É um
sujeito sem realização lexical, expresso pela 3.ª pessoa do plural do
verbo ou 3.ª pessoa do singular seguida de “se”.

 Dizem que o homem era um forasteiro.
 Diz-se que nesse dia choveu muito.

                     - surge na oração com verbos impessoais cuja
acção não pode ser atribuída a um sujeito - verbos como
trovejar, chover, nevar - sujeito sem qualquer realização lexical ou
semântica.                                                             8

 Ontem nevou muito na Serra da Estrela.
9
Nova Gramática didática de Português, Santillana

                                                   10
Função sintática desempenhada pelo grupo verbal.

Exemplos
(i) O João [pôs os livros na estante ontem].
(ii) [Surpreende-me] que a Teresa tenha mentido.
(iii) O João [está doente], infelizmente.
(iv) [É óptimo] que possas vir à festa.


Amanhã, ele encontrar-se-á com a Rita na Biblioteca da
escola.




                                                         11
12
Função sintática desempenhada por constituintes não
selecionados por nenhum elemento do grupo sintático de que
fazem parte. Por não serem selecionados, a sua omissão
geralmente não afecta a gramaticalidade de uma frase (i).
  Exemplos
  (i) [Felizmente], vou ficar em casa.




                                                         13
14
A Gramática no Ensino Básico, Porto Editora (PPT de Fernanda Costa)
15
Notas!


         • Sujeito

         • Predicado (verbo, complementos e modificadores de predicado)

         •Complemento circunstancial             Modificador (de frase)

         •Modificador (de frase)

         •Vocativo



                                                                     16
17
A Gramática no Ensino Básico, Porto Editora (PPT de Fernanda Costa)
18
Dicionário terminológico – principais alterações, Texto
19
Complemento selecionado pelo verbo, que pode ter uma das
seguintes formas:
- grupo preposicional que não é substituível pelo pronome
pessoal na sua forma dativa ("lhe" / "lhes") (i-ii).
- grupo adverbial (iii).
- a coordenação de qualquer uma destas formas (por exemplo
(iv)).
Exemplos:
(i) O João foi [a Nova Iorque].
   *O João foi-lhe.
(ii) O João gosta [de bolos].
   *O João gosta-lhes.
(iii) O João mora [aqui].
(iv) O João vive [aqui ou em Lisboa]?
                                                                 20
Um complemento oblíquo pode ter diferentes valores semânticos,
conforme exemplificado em (i) e (ii).
A Gramática no Ensino Básico, Porto Editora (PPT de Fernanda Costa)
                                                         21
22
23
24
Função sintática desempenhada por constituintes não
selecionados por nenhum elemento do grupo sintático de que
fazem parte. Por não serem selecionados, a sua omissão
geralmente não afecta a gramaticalidade de uma frase (i). Os
modificadores podem relacionar-se com constituintes verbais
(ii) ou nominais (iii).

   Exemplos
   (i) (a) O camião explodiu [aqui].
       (b) O camião explodiu.
    (ii) A Ana cantou [ontem].
         A Ana cantou [mal].
   (iii) O rapaz [gordo] chegou.
         O rapaz [que tu conheces] chegou.
                                                           25
Os modificadores podem ter diferentes formas (iv) e diferentes
valores semânticos (v).


Exemplos
(iv) Modificadores com diferentes formas (grupo adverbial, grupo
preposicional e oração) e com valor semântico idêntico (temporal):
A Ana cantou [ontem].
A Ana cantou [naquele dia].
A Ana cantou [quando tu chegaste de França].

(v) Modificadores com forma idêntica e diferentes valores semânticos
(locativo, temporal e de modo):
A Ana cantou [naquela sala].
A Ana cantou [naquele dia].
A Ana cantou [daquela maneira].

                                                                     26
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Função sintática desempenhada pelo constituinte que
ocorre em frases com verbos copulativos, que predica algo
acerca do sujeito. O predicativo do sujeito pode ser um
grupo nominal (i), um grupo adjetival (ii), um grupo
preposicional (iii) ou um grupo adverbial (iv-v).

Exemplos
(i) O João é [professor de Matemática].
(ii) Os alunos estão [muito interessados].
(iii) A Joana ficou [na escola].
(iv) A minha casa é [aqui].
(v) O teste é [amanhã].


                                                            42
 O predicativo do sujeito contribui para a interpretação
  do sujeito, atribuindo-lhe uma propriedade, uma
  característica ou uma localização (temporal ou
  espacial).

 Neste sentido, diferencia-se dos complementos dos
  verbos transitivos (diretos ou indiretos), cujo significado
  não contribui necessariamente para uma identificação
  de uma propriedade ou de uma localização atribuível
  ao sujeito.

 É possível constatar que expressões com valor locativo
  selecionadas por verbos copulativos desempenham a
  função de predicativo do sujeito, porque podem ser
  coordenadas com outros constituintes com a mesma
  função, independentemente do seu valor:
  (i) O João está [em Paris e muito doente].                    43
Notas!
         Complemento oblíquo designa o constituinte da frase pedido
         obrigatoriamente pelo verbo e constituído por um grupo
         preposicional, ou adverbial, ou pela coordenação de uma dessas
         formas.
         Exemplos:
         O João gosta de bolachas.
         A Joana portou-se mal.
         O Pedro mora aqui.

         Modificador do grupo verbal designa um constituinte não
         selecionado pelo verbo.
         Exemplos:
         Choveu ontem.
         Ela compra roupa onde calha.
         Fui ao teatro com o meu namorado.
                                                                      44
         Complemento circunstancial          Complemento oblíquo
                                             Modificador (do grupo
         verbal)
A Gramática no Ensino Básico, Porto Editora (PPT de Fernanda Costa)
                                                           45
Dicionário terminológico – principais alterações, Texto
                                                          46
47
Complemento selecionado por um nome. O complemento do
nome pode ser um grupo preposicional oracional (i) ou não
oracional (ii)) ou, menos frequentemente, um grupo adjetival
(iii).
Exemplos
(i) [A ideia [de que o João aceitaria o lugar]] é absurda. ([de que o
    João aceitaria o lugar] é o complemento do nome "ideia" no
    grupo nominal [a ideia de que o João aceitaria o lugar])

(ii) [A construção [do edifício]] parece-me difícil. ([do edifício] é
     complemento do nome "construção" no grupo nominal [a
     construção do edifício])

(iii) [A pesca [baleeira]] tem vindo a aumentar. ([baleeira] é o
     complemento do nome "pesca" no grupo nominal [a pesca
     baleeira])                                                         48
Um nome pode selecionar mais de um complemento (iv).
Os complementos do nome são sempre de preenchimento
opcional.

Exemplos
   (iv) [A oferta [de livros] [às bibliotecas escolares]] é importante.
   ([de livros] e [às bibliotecas escolares] são complementos do nome
   "oferta" no grupo nominal [a oferta de livros às bibliotecas
   escolares]).
Complemento do nome – esta função sintática é selecionada, na
maioria das vezes, por nomes derivados ou de natureza
relacional.

O complemento do nome situa-se à direita do nome que o
seleciona e é de preenchimento opcional.

                                                                    49
1.



                          Nomes derivados

Nomes derivados        Nomes derivados      Nomes derivados de
   de verbos              de nomes              adjetivos
cedência (ceder)       porteiro (porta)   beleza (belo)
ocorrência             artista (arte)     alegria (alegre)
(ocorrer)                                 Transparência
tolerância (tolerar)                      (transparente)
invasão (invadir)
oferta (oferecer)




                                                             50
A relação que existe entre o nome derivado de um verbo e os
seus complementos é de natureza semelhante à relação que
existe entre esse verbo e os seus complementos.

 EX.: edificar > edificação

     edificar  Os trabalhadores edificaram [a estátua].

     edificação  A edificação [da estátua] sofreu alguns atrasos.




                                                                     51
Nomes derivados de verbos – conclusões:

1.ª – os nomes derivados de verbos trazem consigo a estrutura
argumental do verbo de que derivam: se o verbo selecionar um
argumento, o nome selecionará um argumento, se selecionar dois, o
nome terá o mesmo comportamento.

Ex.: inaugurar  verbo que seleciona um complemento
   O Presidente da Junta inaugurou [a ponte].
   inauguração  nome que vai selecionar um complemento
   A inauguração [da ponte] correu como previsto.

   oferecer  verbo que seleciona dois complementos
   O Rui ofereceu [um livro] [à irmã].
   oferta  nome que vai selecionar dois complementos
   A oferta [do livro] [à irmã] emocionou a família.

                                                               52
Nomes derivados de verbos – conclusões:

2.ª – no caso do verbo, a presença dos complementos é
obrigatória, pois o verbo define uma situação em processo; no caso
do nome, o complemento é opcional, pois o nome apresenta a
situação como resultado.

Ex.: O Presidente da Junta inaugurou [a ponte]. / *O Presidente da
     Junta inaugurou.
     O Rui ofereceu [um livro] [à irmã]. / *O Rui ofereceu.

     A inauguração [da ponte] correu como previsto. / A
     inauguração correu como previsto.
     A oferta [do livro] [à irmã] emocionou a família. / A oferta
     emocionou a família.


                                                                     53
2.



                     Nomes relacionais
 Parentesco   Partes do        Icónicos             Epistémicos
               corpo
     pai      perna           quadro           hipótese
     mãe      cabeça          imagem           verdade
     filho    mão             fotografia       pensamento
     tia…     braço...        pintura...       constatação...
                         Outros nomes
                livro, casa, embalagem, tecido...



                                                                  54
Modificador do nome que limita, i.e., restringe a referência
do nome que modifica (i).

(i) (a) Os escuteiros que são simpáticos brincaram com as
crianças.
    (b) Os escuteiros que são simpáticos brincaram com as
crianças, os antipáticos não.

A relativa "que são simpáticos" restringe a referência do nome
"escuteiros", isto é, define o subconjunto dos escuteiros simpáticos
num conjunto prévio de escuteiros. Note-se que, pelo facto de "que
são simpáticos" restringir a referência de "escuteiros", é possível
inferir que nem todos os escuteiros eram simpáticos - por isso
mesmo, a frase (ib) é aceitável.
                                                                   55
Os elementos que podem funcionar como modificadores
restritivos do nome podem ser grupos adjetivais (ii), grupos
preposicionais (iii) ou orações subordinadas adjetivas (iv).

Exemplos
(ii) Adoro [flores [frescas e coloridas]].
(iii) [O rapaz [de barba]] é meu aluno.
(iv) [Os lobos [que vivem no Parque Peneda-Gerês]] estão em vias
de extinção.

Na escrita, os modificadores restritivos não podem ser separados
por vírgulas dos nomes a que se referem (cf. exemplos).




                                                                   56
Modificador do nome que não restringe a referência do nome que
modifica (i).

(i) (a) Os escuteiros, que são simpáticos, brincaram com as crianças.
    (b) *Os escuteiros, que são simpáticos, brincaram com as
crianças, os antipáticos não.

A relativa "que são simpáticos" não restringe a referência do nome
"escuteiros", isto é, não define o subconjunto dos escuteiros
simpáticos num conjunto prévio de escuteiros. Note-se que, pelo
facto de "simpáticos" não restringir a referência de "escuteiros", não
é possível inferir que nem todos os escuteiros eram simpáticos - por
isso mesmo, a frase (ib) não é aceitável.


                                                                     57
Os elementos que podem funcionar como modificadores
apositivos são, tipicamente, grupos nominais (ii) ou orações
relativas explicativas (iii).

Exemplos
(ii) [D. Afonso II [, o gordo,]] tem um novo monumento.
(iii) [Os lobos [,que são mamíferos,]] são animais muito bonitos.



Na escrita, os modificadores apositivos são sempre separados por
vírgulas dos nomes a que se referem (cf. exemplos).




                                                                    58
Dicionário terminológico – principais alterações, Texto




                                                    59
60
Complemento selecionado por um adjetivo. O complemento
do adjetivo pode ser um grupo preposicional (oracional (i) ou
não oracional (ii)).

Os complementos do adjetivo são, muitas vezes, de
preenchimento opcional.

Exemplos
(i) O João está [contente [por te ter convidado]] ([por te ter
convidado] é complemento do adjetivo "contente" no grupo adjetival
[contente por te ter convidado]).
(ii) O João está [contente [com a situação]] ([com a situação] é
complemento do adjetivo "contente" no grupo adjetival [contente
com a situação]).
                                                                61
ANTES E DEPOIS…

1. O que aconteceu ao sujeito?
O sujeito deixou de ser identificado como «aquele que pratica a ação»,
uma vez que em frases como «O João levou uma bofetada.» tal não se
verificava.

O sujeito não realizado chama-se sujeito nulo:
subentendido (Estou atrasado.),
indeterminado (Assaltaram a ourivesaria.)
expletivo (em vez de inexistente – Choveu muito.).
2. O que aconteceu aos complementos circunstanciais?
O tradicional complemento circunstancial pode ser classificado como:
Predicativo do sujeito – O Luís está em Lisboa. / O Luís está aqui.
Complemento oblíquo – O Luís mora em Lisboa. / O Luís mora aqui.
Modificador – O Luís estuda em Lisboa. / O Luís estuda aqui




                                                                         62
3. O que aconteceu aos complementos determinativos?
De um modo geral, os complementos determinativos são
modificadores (restritivos) do grupo nominal
– O rapaz de calções está à minha frente.

Podem igualmente ser complementos do nome
– O pai da Marta.


4. O que aconteceu ao atributo?
O tradicional atributo é um modificador (restritivo) do grupo nominal
– A saia azul é bonita

5. O que aconteceu ao aposto?
O aposto é um modificador (apositivo) do grupo nominal
– O Pedro, meu primo, chegou ontem.




                                                                        63
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68
69
70
Nova gramática didática de Português, Santillana

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6. sintaxe funçoes

  • 1. Os subdomínios : da Morfologia (B.2.), das Classe de Palavras (B.3.) e da (B.4.). 1
  • 2. 2
  • 3. 3
  • 4. Função sintática desempenhada pelo constituinte da frase que controla a concordância verbal. O sujeito deixou de ser identificado como «aquele que pratica a ação», uma vez que em frases como «O João levou uma bofetada.» tal não se verificava. 4
  • 5. Apesar de o português ser uma língua SVO, é comum o sujeito encontrar-se em posição pós verbal, como nas frases: "Vendem-se casas", "Chegaram os meninos", "Espanta-me [que faças isso]". 5
  • 6. Sujeito constituído exclusivamente por um grupo nominal (i) ou por uma oração (ii). A este contrapõe-se o sujeito composto. Exemplos (i) [O Manuel] telefonou pelas nove horas. (ii) [Quem não arrisca] não petisca. 6
  • 7. Sujeito constituído por uma coordenação de grupos nominais (i), de orações (ii), de pronomes (iii) ou de combinações destas categorias (iv). A este contrapõe-se o sujeito simples. Exemplos (i) [O Manuel e a Maria] telefonaram pelas nove horas. (ii) [Quem arrisca e quem sabe o que quer] é bem sucedido. (iii) [Eu e tu] telefonámos pelas nove horas. (iv) [Ela e o Manuel] telefonaram pelas nove horas. [O Pedro e quem tu sabes] acabam de entrar na sala. 7
  • 8. Sujeito sem realização lexical. - o sujeito não está expresso, não tem realização lexical, embora, pelo contexto, seja conhecido quem pratica a acção.  Li um livro fantástico! - não se sabe quem pratica a acção. É um sujeito sem realização lexical, expresso pela 3.ª pessoa do plural do verbo ou 3.ª pessoa do singular seguida de “se”.  Dizem que o homem era um forasteiro.  Diz-se que nesse dia choveu muito. - surge na oração com verbos impessoais cuja acção não pode ser atribuída a um sujeito - verbos como trovejar, chover, nevar - sujeito sem qualquer realização lexical ou semântica. 8  Ontem nevou muito na Serra da Estrela.
  • 9. 9
  • 10. Nova Gramática didática de Português, Santillana 10
  • 11. Função sintática desempenhada pelo grupo verbal. Exemplos (i) O João [pôs os livros na estante ontem]. (ii) [Surpreende-me] que a Teresa tenha mentido. (iii) O João [está doente], infelizmente. (iv) [É óptimo] que possas vir à festa. Amanhã, ele encontrar-se-á com a Rita na Biblioteca da escola. 11
  • 12. 12
  • 13. Função sintática desempenhada por constituintes não selecionados por nenhum elemento do grupo sintático de que fazem parte. Por não serem selecionados, a sua omissão geralmente não afecta a gramaticalidade de uma frase (i). Exemplos (i) [Felizmente], vou ficar em casa. 13
  • 14. 14 A Gramática no Ensino Básico, Porto Editora (PPT de Fernanda Costa)
  • 15. 15
  • 16. Notas! • Sujeito • Predicado (verbo, complementos e modificadores de predicado) •Complemento circunstancial Modificador (de frase) •Modificador (de frase) •Vocativo 16
  • 17. 17 A Gramática no Ensino Básico, Porto Editora (PPT de Fernanda Costa)
  • 18. 18 Dicionário terminológico – principais alterações, Texto
  • 19. 19
  • 20. Complemento selecionado pelo verbo, que pode ter uma das seguintes formas: - grupo preposicional que não é substituível pelo pronome pessoal na sua forma dativa ("lhe" / "lhes") (i-ii). - grupo adverbial (iii). - a coordenação de qualquer uma destas formas (por exemplo (iv)). Exemplos: (i) O João foi [a Nova Iorque]. *O João foi-lhe. (ii) O João gosta [de bolos]. *O João gosta-lhes. (iii) O João mora [aqui]. (iv) O João vive [aqui ou em Lisboa]? 20 Um complemento oblíquo pode ter diferentes valores semânticos, conforme exemplificado em (i) e (ii).
  • 21. A Gramática no Ensino Básico, Porto Editora (PPT de Fernanda Costa) 21
  • 22. 22
  • 23. 23
  • 24. 24
  • 25. Função sintática desempenhada por constituintes não selecionados por nenhum elemento do grupo sintático de que fazem parte. Por não serem selecionados, a sua omissão geralmente não afecta a gramaticalidade de uma frase (i). Os modificadores podem relacionar-se com constituintes verbais (ii) ou nominais (iii). Exemplos (i) (a) O camião explodiu [aqui]. (b) O camião explodiu. (ii) A Ana cantou [ontem]. A Ana cantou [mal]. (iii) O rapaz [gordo] chegou. O rapaz [que tu conheces] chegou. 25
  • 26. Os modificadores podem ter diferentes formas (iv) e diferentes valores semânticos (v). Exemplos (iv) Modificadores com diferentes formas (grupo adverbial, grupo preposicional e oração) e com valor semântico idêntico (temporal): A Ana cantou [ontem]. A Ana cantou [naquele dia]. A Ana cantou [quando tu chegaste de França]. (v) Modificadores com forma idêntica e diferentes valores semânticos (locativo, temporal e de modo): A Ana cantou [naquela sala]. A Ana cantou [naquele dia]. A Ana cantou [daquela maneira]. 26
  • 27. 27 A Gramática no Ensino Básico, Porto Editora (PPT de Fernanda Costa)
  • 28. 28
  • 29. 29
  • 30. 30
  • 31. 31
  • 32. A Gramática no Ensino Básico, Porto Editora (PPT de Fernanda Costa) 32
  • 33. 33
  • 34. 34
  • 35. 35
  • 36. 36
  • 37. 37
  • 38. 38
  • 39. 39
  • 40. 40
  • 41. 41
  • 42. Função sintática desempenhada pelo constituinte que ocorre em frases com verbos copulativos, que predica algo acerca do sujeito. O predicativo do sujeito pode ser um grupo nominal (i), um grupo adjetival (ii), um grupo preposicional (iii) ou um grupo adverbial (iv-v). Exemplos (i) O João é [professor de Matemática]. (ii) Os alunos estão [muito interessados]. (iii) A Joana ficou [na escola]. (iv) A minha casa é [aqui]. (v) O teste é [amanhã]. 42
  • 43.  O predicativo do sujeito contribui para a interpretação do sujeito, atribuindo-lhe uma propriedade, uma característica ou uma localização (temporal ou espacial).  Neste sentido, diferencia-se dos complementos dos verbos transitivos (diretos ou indiretos), cujo significado não contribui necessariamente para uma identificação de uma propriedade ou de uma localização atribuível ao sujeito.  É possível constatar que expressões com valor locativo selecionadas por verbos copulativos desempenham a função de predicativo do sujeito, porque podem ser coordenadas com outros constituintes com a mesma função, independentemente do seu valor: (i) O João está [em Paris e muito doente]. 43
  • 44. Notas! Complemento oblíquo designa o constituinte da frase pedido obrigatoriamente pelo verbo e constituído por um grupo preposicional, ou adverbial, ou pela coordenação de uma dessas formas. Exemplos: O João gosta de bolachas. A Joana portou-se mal. O Pedro mora aqui. Modificador do grupo verbal designa um constituinte não selecionado pelo verbo. Exemplos: Choveu ontem. Ela compra roupa onde calha. Fui ao teatro com o meu namorado. 44 Complemento circunstancial Complemento oblíquo Modificador (do grupo verbal)
  • 45. A Gramática no Ensino Básico, Porto Editora (PPT de Fernanda Costa) 45
  • 46. Dicionário terminológico – principais alterações, Texto 46
  • 47. 47
  • 48. Complemento selecionado por um nome. O complemento do nome pode ser um grupo preposicional oracional (i) ou não oracional (ii)) ou, menos frequentemente, um grupo adjetival (iii). Exemplos (i) [A ideia [de que o João aceitaria o lugar]] é absurda. ([de que o João aceitaria o lugar] é o complemento do nome "ideia" no grupo nominal [a ideia de que o João aceitaria o lugar]) (ii) [A construção [do edifício]] parece-me difícil. ([do edifício] é complemento do nome "construção" no grupo nominal [a construção do edifício]) (iii) [A pesca [baleeira]] tem vindo a aumentar. ([baleeira] é o complemento do nome "pesca" no grupo nominal [a pesca baleeira]) 48
  • 49. Um nome pode selecionar mais de um complemento (iv). Os complementos do nome são sempre de preenchimento opcional. Exemplos (iv) [A oferta [de livros] [às bibliotecas escolares]] é importante. ([de livros] e [às bibliotecas escolares] são complementos do nome "oferta" no grupo nominal [a oferta de livros às bibliotecas escolares]). Complemento do nome – esta função sintática é selecionada, na maioria das vezes, por nomes derivados ou de natureza relacional. O complemento do nome situa-se à direita do nome que o seleciona e é de preenchimento opcional. 49
  • 50. 1. Nomes derivados Nomes derivados Nomes derivados Nomes derivados de de verbos de nomes adjetivos cedência (ceder) porteiro (porta) beleza (belo) ocorrência artista (arte) alegria (alegre) (ocorrer) Transparência tolerância (tolerar) (transparente) invasão (invadir) oferta (oferecer) 50
  • 51. A relação que existe entre o nome derivado de um verbo e os seus complementos é de natureza semelhante à relação que existe entre esse verbo e os seus complementos. EX.: edificar > edificação edificar  Os trabalhadores edificaram [a estátua]. edificação  A edificação [da estátua] sofreu alguns atrasos. 51
  • 52. Nomes derivados de verbos – conclusões: 1.ª – os nomes derivados de verbos trazem consigo a estrutura argumental do verbo de que derivam: se o verbo selecionar um argumento, o nome selecionará um argumento, se selecionar dois, o nome terá o mesmo comportamento. Ex.: inaugurar  verbo que seleciona um complemento O Presidente da Junta inaugurou [a ponte]. inauguração  nome que vai selecionar um complemento A inauguração [da ponte] correu como previsto. oferecer  verbo que seleciona dois complementos O Rui ofereceu [um livro] [à irmã]. oferta  nome que vai selecionar dois complementos A oferta [do livro] [à irmã] emocionou a família. 52
  • 53. Nomes derivados de verbos – conclusões: 2.ª – no caso do verbo, a presença dos complementos é obrigatória, pois o verbo define uma situação em processo; no caso do nome, o complemento é opcional, pois o nome apresenta a situação como resultado. Ex.: O Presidente da Junta inaugurou [a ponte]. / *O Presidente da Junta inaugurou. O Rui ofereceu [um livro] [à irmã]. / *O Rui ofereceu. A inauguração [da ponte] correu como previsto. / A inauguração correu como previsto. A oferta [do livro] [à irmã] emocionou a família. / A oferta emocionou a família. 53
  • 54. 2. Nomes relacionais Parentesco Partes do Icónicos Epistémicos corpo pai perna quadro hipótese mãe cabeça imagem verdade filho mão fotografia pensamento tia… braço... pintura... constatação... Outros nomes livro, casa, embalagem, tecido... 54
  • 55. Modificador do nome que limita, i.e., restringe a referência do nome que modifica (i). (i) (a) Os escuteiros que são simpáticos brincaram com as crianças. (b) Os escuteiros que são simpáticos brincaram com as crianças, os antipáticos não. A relativa "que são simpáticos" restringe a referência do nome "escuteiros", isto é, define o subconjunto dos escuteiros simpáticos num conjunto prévio de escuteiros. Note-se que, pelo facto de "que são simpáticos" restringir a referência de "escuteiros", é possível inferir que nem todos os escuteiros eram simpáticos - por isso mesmo, a frase (ib) é aceitável. 55
  • 56. Os elementos que podem funcionar como modificadores restritivos do nome podem ser grupos adjetivais (ii), grupos preposicionais (iii) ou orações subordinadas adjetivas (iv). Exemplos (ii) Adoro [flores [frescas e coloridas]]. (iii) [O rapaz [de barba]] é meu aluno. (iv) [Os lobos [que vivem no Parque Peneda-Gerês]] estão em vias de extinção. Na escrita, os modificadores restritivos não podem ser separados por vírgulas dos nomes a que se referem (cf. exemplos). 56
  • 57. Modificador do nome que não restringe a referência do nome que modifica (i). (i) (a) Os escuteiros, que são simpáticos, brincaram com as crianças. (b) *Os escuteiros, que são simpáticos, brincaram com as crianças, os antipáticos não. A relativa "que são simpáticos" não restringe a referência do nome "escuteiros", isto é, não define o subconjunto dos escuteiros simpáticos num conjunto prévio de escuteiros. Note-se que, pelo facto de "simpáticos" não restringir a referência de "escuteiros", não é possível inferir que nem todos os escuteiros eram simpáticos - por isso mesmo, a frase (ib) não é aceitável. 57
  • 58. Os elementos que podem funcionar como modificadores apositivos são, tipicamente, grupos nominais (ii) ou orações relativas explicativas (iii). Exemplos (ii) [D. Afonso II [, o gordo,]] tem um novo monumento. (iii) [Os lobos [,que são mamíferos,]] são animais muito bonitos. Na escrita, os modificadores apositivos são sempre separados por vírgulas dos nomes a que se referem (cf. exemplos). 58
  • 59. Dicionário terminológico – principais alterações, Texto 59
  • 60. 60
  • 61. Complemento selecionado por um adjetivo. O complemento do adjetivo pode ser um grupo preposicional (oracional (i) ou não oracional (ii)). Os complementos do adjetivo são, muitas vezes, de preenchimento opcional. Exemplos (i) O João está [contente [por te ter convidado]] ([por te ter convidado] é complemento do adjetivo "contente" no grupo adjetival [contente por te ter convidado]). (ii) O João está [contente [com a situação]] ([com a situação] é complemento do adjetivo "contente" no grupo adjetival [contente com a situação]). 61
  • 62. ANTES E DEPOIS… 1. O que aconteceu ao sujeito? O sujeito deixou de ser identificado como «aquele que pratica a ação», uma vez que em frases como «O João levou uma bofetada.» tal não se verificava. O sujeito não realizado chama-se sujeito nulo: subentendido (Estou atrasado.), indeterminado (Assaltaram a ourivesaria.) expletivo (em vez de inexistente – Choveu muito.). 2. O que aconteceu aos complementos circunstanciais? O tradicional complemento circunstancial pode ser classificado como: Predicativo do sujeito – O Luís está em Lisboa. / O Luís está aqui. Complemento oblíquo – O Luís mora em Lisboa. / O Luís mora aqui. Modificador – O Luís estuda em Lisboa. / O Luís estuda aqui 62
  • 63. 3. O que aconteceu aos complementos determinativos? De um modo geral, os complementos determinativos são modificadores (restritivos) do grupo nominal – O rapaz de calções está à minha frente. Podem igualmente ser complementos do nome – O pai da Marta. 4. O que aconteceu ao atributo? O tradicional atributo é um modificador (restritivo) do grupo nominal – A saia azul é bonita 5. O que aconteceu ao aposto? O aposto é um modificador (apositivo) do grupo nominal – O Pedro, meu primo, chegou ontem. 63
  • 64. 64
  • 65. 65
  • 66. 66
  • 67. 67
  • 68. 68
  • 69. 69
  • 70. 70 Nova gramática didática de Português, Santillana