1) A polícia e o exército sitiaram Boston para caçar os irmãos suspeitos do atentado na Maratona, de origem chechena.
2) Um dos irmãos foi morto durante confronto com a polícia e o outro foi capturado após quase 23 horas de perseguição.
3) Embora morassem há 10 anos nos EUA, as suspeitas surpreenderam a família, enquanto os pais alegaram armação do FBI.
“Inusitados moradores da cidade grande” - Moisés Sarraf
De bem com Belém - Luciana Fróes e Lou Bittencourt
1. Um forte aparato policial e militar sitiou to-
da a região de Boston, transformando-a nu-
ma metrópole-fantasma, para caçar a dupla
suspeita de ser a maior ameaça terrorista ao
país desde o 11 de Setembro: os irmãos Ta-
merlan e Dzhokar Tsarnaev, muçulmanos
de origem chechena, acusados do atentado
na Maratona de Boston. No cerco, que co-
meçou na noite de quinta-feira, Tamerlan,
de 26 anos, foi morto durante um tiroteio,
segundo a polícia. Após quase 23 horas de
perseguição, seu irmão Dzhokar foi captura-
do no interior de um barco no quintal de
uma casa na cidade de Watertown e levado
para um hospital. Os irmãos moravam há
cerca de dez anos nos EUA, e estavam legali-
zados. Tamerlan lutava boxe, dizia não ter
amigos americanos e abandonara o curso
de engenharia. Seu irmão, que trabalhou
como salva-vidas, iniciava a faculdade de
medicina e era descrito como alegre. O su-
posto envolvimento no atentado surpreen-
deu a família. Os pais, na Rússia, disseram
que houve armação do FBI. Já o tio, segundo
quem Tamerlan telefonou e pediu descul-
pas, se disse envergonhado. PÁGINAS 30 a 34
NEALHAMBERG/REUTERS
Com Boston sitiada, FBI mata
um suspeito e prende o irmão
Caçada a jovens muçulmanos, de origem
chechena, mobiliza os EUA
Família se surpreende com o envolvimento dos dois, que
moravam há cerca de dez anos no país e estavam legalizados.
O mais velho dizia não entender os americanos.
23 HORAS DE PERSEGUIÇÃO
_
Cidade-fantasma. Rua de Boston vazia, após o toque de recolher
MARIOTAMA/AFP
Caçada. Agentes da Swat cercam a cidade de Watertown, no subúrbio de Boston, após a morte de Tamerlan Tsarnaev, acima à esquerda, para capturar seu irmão Dzhokar, à direita
JULIAMALAKIE/AP
ROBINYOUNG/AP
OGLOBOSÁBADO, 20 DE ABRIL DE 2013 ANO LXXXVIII - Nº 29.111 Irineu Marinho (1876-1925) (1904-2003) Roberto Marinho RIO DE JANEIRO oglobo.com.br
A gastronomia,
o design e os lugares
que fazem da capital
do Pará uma das
cidades mais
empolgantes do
Brasil e destino de
gringos descolados.
O LADO
TECNO-
CHIQUE
DE BELÉM
Historiadores
revisitam Levante
do Gueto de
Varsóvia 70 anos
depois. PÁGINA 36
HISTÓRIA
VITÓRIA
MORAL
SEGUNDO CADERNO
De olho nas transformações da cidade, braço
da Universidade de Columbia no Rio busca
entender a nova arquitetura carioca.
O RIO RISCADO COM
RÉGUA E COMPASSO
DIVULGAÇÃO
Parque Olímpico. Um projeto de Daniel Gusmão
FOTOSDELUCIANAFRÓES
Livro de Ubiratan Machado
detalha a história das
livrarias da cidade desde
o Império até hoje,
analisando o papel político
e cultural que elas tiveram
ao longo dos séculos.
PRATELEIRAS
CARIOCAS
DIVULGAÇÃO
PROSA
Anúncio. A Garnier, no Centro do Rio
Preço deste exemplar no Estado do Rio de Janeiro R$ 2,50 - Circulam com esta edição: Segundo Caderno, Ela, Globinho, Prosa e caderno Esportes: 78 páginas
Mais votado para premier, Pier
Luigi Bersani não conseguiu
formar governo. Ontem,
ele renunciou como líder da
centro-esquerda, depois que
seus partidários não votaram
em seu candidato presidencial.
O país está sem premier
e sem presidente. PÁGINA 35
Itália agora sem
presidente e
sem 1º ministro
País à deriva
A ementa do julgamento do
mensalão, divulgada pelo STF,
atesta que o ex-ministro José
Dirceu (PT) participou da
organização e do controle
do esquema. PÁGINAS 3 e 4
STF: José Dirceu
organizou mensalão
A ementa do julgamento
O Conselho de Políticas sobre
Drogas (Conad), vinculado ao
Ministério da Justiça, discute
descriminalização do uso de
drogas e liberação da maconha
para uso médico. PÁGINA 6
Conselho já debate
descriminalização
Uso de drogas
Contratos irregulares
envolvendo 35 empresas
e 36 servidores provocaram
um rombo de R$ 47,8 milhões
nas contas de seis hospitais
federais no Rio. PÁGINA 10
Hospitais: rombo
de R$ 48 milhões
Crimes na Saúde
Motorista da Viação Jabour
foi preso com revólver após
ameaçar passageiro que
reclamou de ter ficado com
mão presa na roleta. PÁGINA 18
Motorista armado
ameaça passageiro
Ônibus sem lei
De repente,
neste mundo louco...
Os irmãos morte!
CHICO
Filme em cartaz
renova influência
do livro “O meu pé
de laranja lima”.
GLOBINHO
UM CLÁSSICO
NO CINEMA
VERSO
MEMÓRIAS AFETIVAS
DE HONÓRIO GURGEL
OpresidenteNicolásMaduroto-
mou posse sem a presença da
oposição, que comemorou a de-
cisãodoCNEdeauditar46%dos
votos. Mas este processo deverá
levar um mês e é pouco claro o
que acontecerá, já que a oposi-
ção tem 15 dias após as eleições
para pedir a impugnação das
mesas. Diante de presidentes,
como Dilma e Ahmadinejad, do
Irã, Maduro minimizou a checa-
gem, que classificou como “um
capricho da burguesia”. PÁGINA 35
Maduro assume com
boicote da oposição
CARLOSGARCIARAWLINS/REUTERS
Herdeiro. Maduro assume, apesar de auditoria
O ministro da Fazenda vai
dizer hoje em Washington que
os países emergentes devem
poder controlar o fluxo de
dólares que chega. PÁGINA 23
Mantega defende
controle de capital
Efeitos da crise
2. OGLOBO
DE BEM COM BELÉM
FOTOS DE LOU BITTENCOURT
TECNOBREGA, QUE NADA! RESTAURANTES, MERCADOS E DESIGN ATRAEM VISITANTES À
CAPITAL DO PARÁ. NESTE ÚLTIMO VERÃO, FORAM 68 TRANSATLÂNTICOS. PÁGINA 2
Pimentas malagueta e de cheiro no Ver-o-Peso Aves no Mangal das Garças Mureta com desenho marajoara: Baía do Guajará
Tucumã, no restaurante Remanso do Bosque Panelas fervendo o caldo de tucupi Pintura indígena em tecidos
Marca de história de amor registrada na fachada Mercado Municipal de Carnes Portão em Art Nouveau
SÁBADO 20.4.2013 oglobo.com.br
NÃO É PRETO NO BRANCO
DUAS EXIBIÇÕES DE FOTOS DE
HELMUT NEWTON EM BERLIM
MOSTRAM O GLAMOUR E O
DESALENTO DA VIDA. PÁGINA 9
TEMPORADA DE CAÇA
CHEFS DO BRASIL E DE
PORTUGAL VIAJAM À PROCURA
DE TÚBERAS E PERCEBES EM
TERRAS LUSITANAS. PÁGINA 6
3. CARIBE AMAZÔNICO
P
ense Belém além do mercado
Ver-o-Peso (mas não se esqueça
de visitá-lo, seria imperdoável). E
troque por uns dias (e só por uns
dias) o pato ao tucupi e o tacacá
de rua pelos sabores elaborados, delica-
dos e geniais do Remanso do Bosque, res-
taurante de cozinha moderna paraense
dos irmãos Castanho, Thiago e Felipe,
que bambas como Roberta Sudbrack,
Thomas Troisgros, Alex Atala e uma dele-
gação de pesos-pesados da culinária pop
espanhola (capitaneada por Ferran
Adrià) frequentam. Na última edição do
Ver-o-Peso da Cozinha Paraense, o res-
taurante dos Castanhos virou quartel-ge-
neral desse que é o mais expressivo festi-
val do país.
Depois de se embasbacar com as espé-
ciesdoMercadodePeixes(maparádeca-
meta,piramutaba,sarda,filhote,gurijuba,
pirapemae,jáprovoualgum?),atravessea
rua(enemsepreocupecomosinal:civili-
zadamente, os motoristas costumam dar
passagem aos pedestres) e descubra um
outro mercado, o de Carnes, que data de
1908, todo em ferro trazido da Escócia,
quatro pavilhões em estilo art noveau. É
um deslumbre. Em um de seus boxes em
ferro verde com rosetas vermelhas estão
expostosotrabalhodeMara,índiaquere-
produz em tecidos e peças em madeira as
tatuagens usadas pelos membros da sua
aldeia, a Asurini Awaeté. É para encher a
mala.
A esta altura do ano, felizmente, o calor
é camarada na mais populosa cidade da
Amazônia: 7 milhões de habitantes (2 mi-
lhões na região metropolitana) que se es-
palham pelas margens dos rios de águas
barrentas e de temperatura amena. De
guarda-chuva em punho, sempre, afinal,
em Belém é assim: quando não chove to-
dos os dias, chove o dia todo. Não falha.
Mas graças ao talento do arquiteto pa-
raensePauloChaves,hámuitooquefazer
porlá.Façachuva,façasol.Acomeçarpe-
la Estação das Docas, projeto que leva a
sua assinatura, às margens da Baía do
Guarajá,um complexo de lazer com cine-
ma, bares, restaurantes, espaços de arte
distribuídos pelos mais de mil metros
quadrados. Ficar ali, em uma das mesas
do Lá em Casa, tradicional restaurante do
chefPauloMartins,hojenasmãosdamu-
lher Tania e das filhas Joana e Daniela, é
programa dos melhores. Seja qual for a
sua nacionalidade. E aqui vai uma suges-
tão:provarMondicoeZefinho,adivertida
versão de Martins (que morreu há cinco
anos) para o clássico Romeu e Julieta. No
lugar da goiabada, doce de bacuri. E o
queijo é o marajoara, feito com leite de
búfala, espetacular. E sobre trilhos, no te-
to, um pequeno palco percorre os arma-
zéns, com músicos tocando obras de Ba-
ch, Vivaldi, Villa Lobos...
VIVEIROS E CHOUPANA
Dali das Docas partem barcos para as
ilhasdeBelém,39aotodo.Algumasficam
bempróximas,comoadeCumbu,menos
de dez minutos de barco seguro, onde a
Saudosa Maloca, uma choupana de teto
depiaçava,rodeadadecacaueiro,palmei-
rinhas de açaí, pés de andiroba, borracha
e samaumeira (não se esqueça de que es-
tamos na Amazônia) servem iscas de fi-
lhote empanadas, caldinho de tacacá,
pescadaamarelacompirão,dessavezou-
vindo Gang Eletro e Felipe Cordeiro, mú-
sicos que o crítico do Segundo Caderno
Carlos Albuquerque já elogiou. Já a Ilha
de Marajó está a três horas de barco, mas
é experiência mais do que válida ver de
perto suas fazendas de búfalos (isso
quando as águas baixam), os canais, os
imensos campos verdes e as praias que
misturam as águas do rio e do mar. Provei
ali, pela primeira vez, tournedos de carne
de búfalo. É de não esquecer nunca mais.
Na praia fluvial de Mosqueiro, pertinho
do centro de Belém, tem até onda. Dá pa-
ra surfar, imagina. Mas é no sudeste do
Pará, em Santarém (celeiro da melhor
gastronomia do estado), onde fica a praia
queojornalinglês“TheGuardian”elegeu
como a mais bela do Brasil: a de Alter do
Chão, do Rio Tapajós, que vem sendo
chamada de Caribe Amazônico.
Noantigopresídiodacidade(outropro-
jeto de Paulo Chaves) fica o Espaço São
José Liberto, um pólo de joalheiros mo-
dernos. Nas antigas celas funcionam lojas
de designers como Lindalva Azevedo, au-
tora da peça inspirada na flora amazôni-
ca, em prata e pedras brasileiras, que ilus-
tra esta página.
No Mangal das Garças, 40 mil metros
quadrados, há viveiros, orquidário, bor-
boletário, aquário e um bom restaurante
em uma enorme choupana, de onde se
tem uma bela vista do Rio Gumá.
Belém nunca esteve tão bem. l
LUCIANA FRÓES
MERCADO de
Carne: o mais
bonito do Brasil,
todo em ferro
escocês
OS IRMÃOS
Thiago e Felipe
Castanho:
expoentes
da cozinha
paraense
moderna
LUCIANA FRÓES
lua@oglobo.com.br
-BELÉM DO PARÁ-
BRASILIDADE . Peça de
Linda Azevedo, jovem
designer
REPRODUÇÕES
O clássico não tem idade, ensinam os professores, a condição
efêmera da beleza e da tristeza de todas as coisas que passam...
Mas ainda assim é surpreendente. Não porque Sei Shônagon
fosse moderna para o final do século X (o segredo de ser
moderno é não aparentar ser moderno), mas porque ela era ao
mesmo tempo lúcida e sensível. E tão admirável quanto sua
escrita é a constatação de que mil anos depois muitas coisas
continuam iguais. Como podemos sentir por esses trechos:
“Coisas que causam insegurança. Genro de temperamento
volúvel que negligencia a esposa e frequentemente deixa de lhe
prestar visitas noturnas. Pessoa mentirosa que se faz de
eficiente e recebe incumbência importante. Barco a vela sob
ventos fortíssimos. Pessoa com 70, 80 anos, adoecida há dias.”
“Coisas distantes que parecem próximas. A relação entre um
homem e uma mulher.”
“Coisas que soam iguais embora soem diferentes. A fala do
religioso. A fala do homem, a fala da mulher. Na fala dos
medíocres sempre sobram palavras. O comedimento, sim, soa
elegante.” Tão atual nestes dias de exageros.
“Antigamente, todas as pessoas eram realmente refinadas.”
Não ouvimos isso o tempo todo?
“Pessoas que se acham espertas. As
crianças de três anos dos dias de hoje.”
A diferença é que crianças de 3 anos
hoje não apenas se acham espertas:
são espertas.
“É muito desagradável que, ao se dar
atenção especial com carinhos e
agrados às crianças que casualmente
aparecem, elas acabem se
acostumando e comecem a vir com
frequência, desarrumando o
mobiliário”. Hoje: o politicamente
correto matou a sinceridade.
“É muito prazeroso, em momentos
de tédio, receber uma visita não tão
íntima que fala comedidamente sobre
as coisas da vida relacionadas a
acontecimentos recentes, divertidos,
desagradáveis ou inacreditáveis desta
ou daquela pessoa, discernindo com
firmeza o social do particular”. Essas
pessoas sempre foram raras: são os
homens (e mulheres) de salão (para
usar uma expressão antiga),
fundamentais para o sucesso de um jantar.
“Para encontros secretos de amantes, no verão é mais
agradável. Como a noite é muito curta, a manhã chega sem
termos dormido nada. Todos os recintos permanecem abertos
dando uma sensação de frescor. Como sempre resta algo que
falar, ficamos em confidências e é excitante que um corvo a
sobrevoar grasnando alto dê a impressão de estarmos sendo
observados”. O verão em Quioto deve ser ótimo. No Rio, seria
impossível o cenário: faltam corvos e sobram mosquitos. Aliás,
amor e verão sem ar-condicionado, só para os muito jovens.
“Coisas que não têm nada em comum. O verão e o inverno. O
preto e o branco. A pessoa amada e a odiada. Ainda que se trate
da mesma pessoa, quando é querida ou não, parece
completamente diferente”. Tem gente que faz anos de análise
para tentar entender como é possível gostar e desgostar da
mesma pessoa. Não é para entender, é para aceitar. E
principalmente se perdoar.
“Mulheres que se satisfazem com uma felicidade singela e um
futuro previsível e estável são deprimentes e desprezíveis. Acho,
pois, que as jovens de boas famílias deveriam prestar serviço na
Corte para alargar sua visão do mundo e acumular
experiências”. Mil anos depois, as mulheres têm experiência,
trabalho, uma felicidade singela e um futuro instável. l
Ana
Cristina
Reis
(
PARECE QUE FOI ONTEM
A japonesa Sei Shônagon, cultivada dama da
corte da imperatriz Teishi, escreveu um livro. Na
verdade, um diário relatando hábitos, valores e
casos que viveu ou ouviu falar entre 994 a 1001.
Às vezes, era só uma linha com suas impressões;
noutras, parecia um conto, descrevendo o que
acontecia no palácio imperial. Trezentos textos
foram então reunidos sob o título “O livro do
travesseiro”, virando um clássico da literatura.
)
Há mais de
mil anos,
uma mulher
da corte
japonesa
escreveu um
diário sem
censura. O
resultado? As
dificuldades
no amor e no
convívio e em
sociedade
continuam
quase as
mesmas
2 l O GLOBO l ela l Sábado 20.4.2013
Editora: Ana Cristina Reis (ana.reis@oglobo.com.br)
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JOIAS, BOLSAS E DÉCOR: UM
GUIA DE COMPRAS EM BELÉM
Visitar Belém exige estratégia. Na-
da melhor do que abrir a agenda
de endereços de quem conhece
bem a cidade.
A consultora de moda Cristina Fran-
co trouxe ao Rio a exposição de biojoias
que está na Rajasthan, em Ipanema.
Ela recomenda uma visita ao polo joa-
lheiro de São José Liberto.
— Vale procurar o trabalho dos mes-
tres Isaías, que faz cuias lindas, Darlin-
do, que trabalha com a balata, uma es-
pécie de borracha que só existe no Pa-
rá, e Tarcísio, que usa o chifre dos búfa-
los. As peças de decoração em madeira
também são incríveis — conta.
Eloysa Simão, gestora do salão de ne-
gócios do Fashion Rio, morou em Be-
lém e viaja à cidade regularmente. Ela
adora a Perfumaria Orion (R. Frutuoso
Guimarães, 370).
— É antiquíssima, tem estantes lin-
das e vidros imensos com essências,
perfumes e óleos. A visita vale para
quem gosta de decoração: móveis e vi-
dros são de babar — diz Eloysa, que
também cita as bolsas de Celeste Heit-
mann (R. Mariz e Barros, 2751/501).
— Gosto das bolsas no formato baú,
de couro recortado a laser.
O designer Carlos Alcantarino sugere
as lojas de decoração Jardim Secreto
(R. dos Tamoios, 1357) e Galeria Mar-
mobraz (R. dos Pariquis, 2391).
— A primeira é muito charmosa. Já a
outra é onde encontramos design assi-
nado — diz Carlos, que destaca o traba-
lho dos fotógrafos paraenses. — Estão
em alta Emanoel Nassar, Luiz Braga,
Otávio Cardoso e Walda Marques. l