1. setembro 2011 | 1ª edição | 0,50 páginas |
SUMÁRIO
Editorial
Pág. 2
Rumo ao
Descanso Novas regras
Pág. 3
Palavras que mudam
Contos O alfabeto da língua portuguesa passa a ser
Págs. 4 a 7 oficialmente composto por 26 letras, com a
integração de K, W e Y. (…)
Páginas centrais
Acordo Orto-
gráfico
Págs. 8 a 11
Arte
Págs. 12
Gala de Fina-
listas Conta-nos contos
Págs. 13
Prémios
Págs. 14 e 15 Premiados
em
Projetos múltiplas
Pág. 16
áreas
2. Querida Escola,
Aqui estou eu de novo, aquele que está sempre numa escrita um pouco diferente – disseram-me
pronto para tomar nota do que tens para dizer e que é por causa de uma coisa chamada novo acordo
guardar as imagens que colheste de alguma situa- ortográfico. E que apareceu para que todos os povos
ção interessante aqui revelada, para depois levar as que falam português se assemelhem também na
tuas notícias a outros, dentro e fora destas paredes, escrita. Por mim, está tudo bem. Não deixarei por
dentro e fora deste recinto, junto do lago ou para lá isso de comunicar convosco, que é o que me interes-
do portão. sa.
Sempre que aqui regressamos, depois do verão, Fiquem agora com o que vos trouxe hoje: algumas
recuso-me a dizer que é “mais um ano letivo”, pois notícias do final do ano letivo passado, algumas infor-
sei que cada um tem uma identidade própria, com mações que poderão ser úteis para este ano, um
novidades a que nos adaptamos ou que recebe- transporte para outros mundos na leitura das narrati-
mos com satisfação. E que sempre, sempre, se vas… as minhas páginas darão para recordar e so-
trata de uma nova fila de tijolos que cimentamos nhar – um balanço do passado, um sonho no pre-
para suporte da nossa evolução. sente, uma projeção para o futuro.
Hoje apareço aqui com três missões diferentes: Fiquem bem, sejam felizes,
quero dar as boas vindas a todos quantos aqui Deste vosso amigo
chegam pela primeira vez, aos que aqui regressam Paginastantas
depois da pausa do verão e quero dizer um amigá-
vel “até já!” aos finalistas, professores e
funcionários que já fizeram por aqui o
seu percurso e lhe vão dar continuida-
de noutros lugares.
Aos caloiros e aos veteranos, que fa-
çam boa viagem por este ano, e que
me vão contactando, juntando pala-
vras e sonoridades em poemas de
sonho e dando notícias daquelas que
se podem contar aos outros, pois é
isso que farei.
Este ano querem que eu me revele
FICHA TÉCNICA
Propriedade: Escola Secundária José Saramago – Mafra; Sede: Sala 6 do Pavilhão E
Coordenação / Montagem: Isabel Vaz Antunes, Margarida Cachão e António Antunes
Reprodução: Clara Tomás, Luisa Maria e Eugénia Caloiro
Colaboradores: alunos - professores—funcionários
Versão online: http://jornalpaginastantas.no.sapo.pt
Correio electrónico: paginastantas@sapo.pt
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3. RUMO AO DESCANSO!
Fernanda Oliveira, Joana Barra-
das, José Rosa, Maria José Madail,
Rute Loureiro e Adélia Duarte… no-
mes que parecerão iguais a tantos
outros, mas que para nós são muito
especiais. Pelas horas passadas na
escola, pelas conversas, pelos sorri-
sos que partilharam com todos nós,
pelo profissionalismo com que sem-
pre trabalharam, enfim, por toda
uma vida de dedicação e entrega aos
alunos, mereceram a recompensa fi-
nal, o descanso da reforma. Descan-
so que, acreditamos, será por pouco
tempo, pois continuarão, certamente,
a dar o excelente contributo da sua experiência a todos quantos com eles
conviverem.
Só nos resta desejar que esta nova etapa das suas vidas venha recheada
de bons e felizes momentos.
A nossa escola participou na fase regional das
Olimpíadas da Astronia que decorreu no dia 15 de
março, na FCU, com o número máximo de alunos
permitido (5 alunos do 12º D).
Foi com alegria que recebemos a informação de
que 4 alunos da escola faziam parte dos dez fina-
listas, selecionados a nível nacional, que participa-
ram na final das Olimpíadas da Astronomia em
Alunos Finalistas
Constança.
Ricardo Miguel Moreira
A todos os participantes nesta atividade os nossos
António Maria Batalha
parabéns!
Ricardo Filipe Almeida
Artur Jorge Varanda O Clube da Ciência
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4. definhar e mor-
rer. Mas então e
o pensamento?
Finito Tudo
ser humano é
no
limitado, tem um
princípio e tem
E
um fim. Aprende-
stava com o lápis na
mos desde novos
mão, mas não sabia
que esta é a re-
sobre o que havia de
gra máxima da
escrever. Podia es-
nossa existência.
crever sobre o que quisesse
O mundo é finito,
e no entanto sentia-me li-
o sol é finito, a
mitada. Comecei por pensar
galáxia é finita.
que podia escrever sobre
Como, é que por
tudo aquilo que pensava,
de trás de tantas
mas se escrevesse sobre
limitações encon-
tudo o que pensava, decer-
tramos o infinito?
to acabaria com toda a tinta
Será puro egoís-
existente no planeta.
mo, pensar que
No entanto, se pen- algo no qual par-
sasse sobre tudo aquilo que ticipamos não
escrevo, decerto que o meu tem fim? Ou será
pensamento não se iria es- apenas medo do
gotar. Até podia começar desconhecido?
por pensar no que escrevo
Seja de
e acabar a divagar, que de
certeza que o meu pensa- que maneira for,
mento ia chegar. Não é en- inventado ou
graçado pensar que algo não, demos-lhe um nome,
sei. Apenas sei que o pen-
em nós é infinito? Quer di- atribuímos-lhe grupo numé-
zer, passamos a vida ator- samento humano é algo
rico e hoje em dia faz parte
mentados com o facto de o tão grandioso que até o
das nossas vidas. Se o pen-
petróleo ser finito, o carvão infinito delimitou.
ser finito, até a própria vida samento é infinito? Prefiro
ser finita e nunca nos lem- acreditar que sim, mas não
bramos que o pensamento
é infinito. Quer dizer, será
que alguém sabe o que re-
almente é o infinito? Não
será um pouco assustador,
só e até mesmo triste?
Bom, se considerar-
mos que a nossa vida é fini-
ta e que o pensamento aca-
ba com ela, então somos
obrigados a acreditar que
também ele é finito. Mas
quem pode ter a certeza?
Sejamos francos, nenhum
de nós sabe o que o fim nos
reserva. Sabemos que o
nosso corpo, como qualquer
organismo vivo, acaba por
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5. Outra mudança recente bonitas. E foi aí que percebi.
em mim foi o género de li- Um livro vende-se por duas
A compra vro. Era comum ser apanha-
da a ler um policial aluci-
coisas: autor e capa. Se o
autor for bom, mal lança um
nante ou um livro fantasio- livro, todos vão querer lê-lo
P
assei pela porta da so, recheado de criaturas sem sequer saberem previa-
entrada e ouvi o fascinantes com poderes mente do que se trata. É co-
habitual tilintar exuberantes. Mas essa fase mo se esse já fosse o livro
anunciar a minha passou. Agora devorava ro- perfeito desde que fora edi-
chegada. Olhei em meu re- mances. tado.
dor e deparei-me com um Dirigi-me então para a Com a capa a situação era
aglomerado de leitores se- zona dos romances estran- diferente. Se o livro tivesse
quiosos por um bom livro. geiros. Recentemente anda- uma capa jeitosa o leitor
Pareciam selvagens. Abri- va relutante em relação aos ainda se dava ao trabalho de
am e fechavam livros a to- livros portugueses, pois ler o seu resumo, e, se este
da a velocidade. Observa- eram poucos os livros bons lhe agradasse, aí sim, com-
vam o resumo, questiona- a serem editados e aqueles prá-lo-ia. Compreendi que
vam-se se conheciam o es- que atingiam o auge mediá- aquilo não passava de mar-
critor, e, caso não fosse tico ou eram escritos por keting. É ele que nos atrai a
suficiente para os cativar, gente famosa sem um pingo qualquer coisa desconheci-
sem qualquer demora, ati- de cabeça ou eram escritos da. Actualmente era ele que
ravam-nos para o amonto- por polícias que viam os movia o mundo. Até o mun-
ado de livros por arrumar. seus casos mais aterradores do literário. Olhei para cen-
A livraria encontrava-se como uma boa forma de ga- tenas de livros, li dezenas de
num estado caótico. Havia nhar dinheiro. resumos e por fim peguei
livros espalhados por aqui e num que me pareceu especi-
A prateleira estava reche-
por ali à espera de alguém al. Estava coberto por um
ada de livros de todos os
que lhes conferisse alguma saco de tecido branco com
feitios. Alguns tinham cores
atenção colocando-os de brilhos em tom de prateado:
vivas, outros, com cores
novo no lugar. Tive pena era aquele que eu queria. Já
mais suaves, tinham fitas
por ver que existiam pesso- nem me importava com a
garridas formando laços à
as que não sabiam como repugnância que sentia pelo
sua volta; e ainda existiam
tratar um livro. Entrei cum- total controlo do marketing.
outros que tinham uma capa
primentando a empregada Era aquele, tinha a certeza!
lisa. Comecei por observar
da loja e dirigi-me rapida-
aqueles que tinham, na mi-
mente ao que me interes-
nha opinião, as capas mais
sava: um livro novo.
A escolha de um livro
nunca fora um desafio ex-
tremamente difícil para
mim. Costumava planear,
mesmo antes de acabar o
livro que na altura estava a
ler, aquele que se lhe se-
guiria. Assim, sabia sempre
onde me dirigir na livraria.
Era só pegar, pagar e co-
meçar. Mas desta vez era
diferente. Sentia-me tão
perdida dentro daquela loja
como qualquer outra pes-
soa. Desta vez, não sabia o
que queria ler. Decidi co-
meçar por olhar para tudo
o que me rodeava. Estavam
divididos por género.
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6. com a procura da perfeição bonitas aparecem com uma
A ganância da aromática. O seu nascimen- embalagem de perfume na
mão que, mesmo sem a
to é retratado por uma po-
fragrância breza enorme, mas, mais televisão conseguir mostrar
H
importante, é retratado com -nos qual o cheiro desse
á algo inexplicá- perfume, lhes confere um
dádivas por parte de três
vel em cada mo- ar ainda mais doce ou ape-
homens de berço nobre: os
vimento do ser tecível.
três Reis Magos. O presente
humano. Algo
que um desses homens deu E claro que nós, consu-
que atrai ou repugna sem
ao Menino, e único que me midores ferozes e anima-
sequer ter de dizer nada.
interessa referir, foi incen- lescos, nos deixamos levar
Algo que percorre o ar es-
so. Incenso era uma fra- nas mais triviais conversas
palhando-se em todos os
grância usada para disfarçar do bandido. Compramos
sentidos e bailando em to-
outra, neste caso o odor de um e outro, experimenta-
das as direcções. A esta ini-
pessoas de um tempo em mos tudo o que há a expe-
maginável força a que mui-
que tomar banho era algo rimentar, sem nunca desis-
tos chamam atracção, eu
desagradável e com a sua tir da triste utopia da fra-
chamo fragrância.
razão. grância perfeita. Até pode-
Lembro-me de não me mos achar que nos fica
O incenso foi evoluindo,
lembrar há quanto tempo bem, mas não nos torna
pois o seu cheiro também
procuram a fragrância ideal, tão especiais como nos
não era lá muito agradável,
aquela que funcionaria co- anúncios torna as modelos.
e hoje substituímo-lo por
mo um atractivo máximo a Então desistimos deste e
perfumes. Objectos que de
que ninguém seria capaz de passamos a outro. “O que
duas mil e uma maneiras
resistir. Claro que para se interessa é que toda a gen-
nos entram pela casa a den-
ter um objectivo tão alto te note”, pensamos muito
tro todos os dias, esvoaçan-
somos obrigados a ter um seguros de nós próprios.
do pelo ar. Saímos de casa
mais baixo primeiro. Antiga- Pobres de nós que nos es-
e vemos placares a impin-
mente, apenas queriam um quecemos de que o nosso
girem-nos perfumes com
bom aroma. objectivo era sermos dife-
frascos de todos os tama-
Regressemos então à mi- nhos e de todas as cores. rentes e que a nossa ânsia
nha doce infância, onde me Fugimos de toda esta pres- mudou de direcção e nos
recheavam a cabeça com são e refugiamo-nos no leva para a amargura da
todos os pormenores, aos nosso lar, que automatica- igualdade. Mas é este o
quais o senso comum atri- mente nos transporta, atra- efeito da publicidade, é es-
bui uma veracidade incon- vés de uma pequena caixa, te o efeito de um marketing
testável, sobre o nascimen- habitualmente denominada que apenas visa cegar
to do Jesus, apesar de apa- por televisão, para um qualquer um a qualquer
rentemente nada ter a ver mundo onde todas as caras custo, nem que seja pelo
cansaço.
Já nos anos 70 as mulheres
eram a imagem de marca de
qualquer perfume, com os seus
cabelos todos armadilho-
arranjados, que lhes eram ca-
racterísticos. Pelo menos nesta
altura, Portugal ainda tinha
gente em muito atrasada em
relação à Europa, mas infeliz-
mente essa ideia de que não
conhecemos tudo mudou, e
hoje não passamos de gente
cega que nada vê mas tudo
pensa saber.
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7. Espelho Fumado
(Auto-biografia)
24 de Fevereiro de 2010
Acordei com o tilintar radiofónico do meu
despertador a perfurar-me os tímpanos. Levantei
-me a custo, cambaleei até à casa de banho e por
fim parei em frente ao lavatório, olhei para o es-
pelho e não me reconheci. Quer dizer, era eu.
Isso, eu sabia. Não estava mais ninguém em casa, por isso quem mais poderia ser? Mas se
era eu, quem era eu afinal? E quem saberia quem era eu, se eu própria não sabia? Fugi da
casa de banho como quem foge da cruz e aterrei na cama, tapei-me e fechei os olhos.
11 de Maio de 1994
Há ideias que formamos porque terceiros nos contaram. Ideias que mais tarde se trans-
formam em memórias. Memórias que apesar de não nos pertencerem, nunca ninguém as po-
derá roubar.
É assim que vejo a data do meu nascimento. O dia em que, através de um rugido
amedrontado, anunciei ao mundo que mais um bebé nascera. Lembro-me de não me lembrar
de olhar para os meus pais e sorrir-lhes, de começar a arranhar palavras, de começar a an-
dar, de ser batizada. Coisas com as quais os pais se derretem. Coisas das quais jamais me
lembrarei. Mas lembro-me de comer bolachas em casa da minha avó, de ir para a creche, de
fazer amigos, de pintar com as mãos, de desfilar cabisbaixa, de fazer puzzles, de ser criança.
Quando entrei para o ciclo decidi que já não era oficialmente uma criança e passei a
denominar-me pré-adolescente. Não sei por que motivo as crianças gostam tanto de crescer,
o que é facto é que gostam. A partir daí evoluí de forma normal. Fiz amigos com quem ri e
chorei. Fiz disparates de cujo castigo ainda hoje me lembro. Tirei boas notas. E finalmente
cheguei ao nono ano.
O nono ano é uma altura importante. Basta perguntar a qualquer adolescente qual foi
o ano de que mais gostou no terceiro ciclo. Estou certa que todos responderão que foi o nono
ano. No nono ano, os alunos são populares, grandes, os mais importantes. Têm o mundo aos
seus pés ou pelo menos acreditam que sim. O que é bastante importante para adolescentes
que viram a sua auto-estima abalada pelas borbulhas e mudanças próprias da idade.
A partir daí, do ciclo propriamente dito, a minha vida mudou. Tive de escolher qual
seria o melhor curso para mim. Demorei algum tempo, devo confessar. Afinal existem tantas
possibilidades. Tantos caminhos por explorar. Como decidir de um momento para o outro em
que porta devo entrar? Escolhi ciências. Não quero ser cientista nem nada parecido. Para ser
sincera, não sei o que quero ser. Escolhi ciências porque é algo com que me identifico.
Depois de escolher, tive de conhecer novas pessoas. Tive de me afastar de alguns
amigos que escolheram caminhos diferentes e adaptar-me a tudo o que era novo. E aqui es-
tou eu.
24 de Fevereiro de 2010
Após recordar todos os passos gigantes que dei ao longo da vida, abri os olhos. Afinal,
eu sabia quem era. Eu, mais que ninguém, conhecia cada traço que preenchia a minha per-
sonalidade. Eu, que posso não ter feito nada de grandioso à vista dos outros, superei-me a
mim mesma durante toda a minha vida. Quinze anos é pouco tempo e eu bem sei. Talvez
daqui a uns anos volte a olhar para o espelho e não me reconheça. Talvez daqui a uns anos
me volte a lembrar de que já fui criança. Hoje, hoje vou sair da cama e olhar para o céu.
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8. 1. ALFABETO
O alfabeto da língua portuguesa passa a ser oficialmente composto
por 26 letras, com a integração de K, W e Y. (…)
Estas letras usam-se nas seguintes situações:
Nomes de pessoas (antropónimos) e seus derivados originá-
rios de línguas estrangeiras:
Kant, kantiano;
Weber, weberiano;
Yang, yanguiano
Nomes de localidades (topónimos) e seus derivados originários de lín-
guas estrangeiras:
Kuwait, kuwaitiano;
Washington, washingtoni-
ano;
Yorkshire, yorkshiriano
Siglas:
WC
Símbolos:
Km (quilómetro)
Unidades de medida internacionais:
Watt
Palavras de origem estrangeira de uso corrente:
Kart, workshop, yoga
2. CONSOANTES MUDAS OU NÃO ARTICULADAS
2.1. Supressão da consoante
O Acordo Ortográfico prevê a queda das consoantes c e p quando não são pronunci-
adas:
accionar > acionar
leccionar > lecionar
acção > ação
ATENÇÃO!
injecção > injeção
Quando as consoantes
actual > atual
c e p são pronunciadas,
objectivo > objetivo
mantêm-se:
adopcionismo > adocionismo
apto, convicção, egíp-
decepcionar > dececionar
cio, ficcional, opção, pacto.
adopção > adoção
excepção > exceção
baptizar > batizar
óptimo > ótimo
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9. Nos casos em que há oscilação de pronúncia, o Acordo Ortográfico admite duas grafias
para a mesma palavra. [conforme lista para consulta no Portal da Língua Portuguesa]
Exemplos: - característica ou caraterística
- Conceptual ou concetual
- Intersecção ou interseção
- Sector ou setor
3. ACENTUAÇÃO
O Acordo Ortográfico introduz novas regras de acentuação.
3.1. Supressão do acento gráfico
palavras graves com ditongo tónico ói:
- bóia > boia; jóia > joia
formas verbais graves terminadas em –êem:
- dêem > deem; crêem > creem
palavras graves homógrafas de proclíticas – deixa de haver distinção acen-
tual em casos como:
- para (forma verbal e preposição)
- pelo (forma verbal, nome e contração)
- pera (nome e antiga preposição)
Mantém-se, no entanto, a distinção entre
pôr/por e pode/pôde
formas dos verbos arguir e redarguir nas 2ª e 3ª pessoas do singular e na
3ª pessoa do plural do presente do indicativo (as terminações verbais gue
(s), que(s), gui(s) e qui(s))
- argúis, argúi, argúem > arguis, argui, arguem
- redargúis, redargúi, redargúem > redarguis, redargui, redarguem
4. HIFENIZAÇÃO
O Acordo Ortográfico simplifica o uso do hífen.
4.1. Supressão do hífen
nas locuções de uso geral:
- cartão de visita, fim de semana
nos compostos em que se perdeu a noção de composição:
- mandachuva, paraquedas
no presente do indicativo do verbo haver:
- hei de, hás de, há de, heis de, hão de
em formações por prefixação:
- quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal
diferente: autoestrada, extraescolar
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10. - quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r
ou s, duplicando-se a consoante: antirracismo, contrassenha
com o prefixo co-, mesmo quando seguido de vogal igual: coocorrência
4.2. Uso do hífen
Em nomes de espécies botânicas e zoológicas:
- Andorinha-do-mar, bicho-da-seda, couve-flor
Em formações por prefixação:
- quando o prefixo termina na mesma vogal ou consoante que inicia o segundo ele-
mento: inter-regional, micro-ondas
- quando o segundo elemento começa por h: auto-hipnose
- com os prefixos pós-, pré-, pró-, recém-, além-, aquém-, recém-, sem-,
vice- e ex- (quando significa cessamento)]
- com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começa por
vogal ou m, n, ou h (circum-navegação, pan-africano)
- com sub- ou sob-, antes de r, b e h
- com bem- e mal- quando a seguir vem vogal ou h
- antes de estrangeirismos, nomes próprios ou siglas
- nos topónimos iniciados por grã, grão, forma verbal ou ligados por artigo
5. MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS
5.1. Uso obrigatório de minúscula
Nomes dos meses e estações do ano:
- janeiro, verão
Nomes dos pontos cardeais e colaterais:
- norte, sul
(mas na correspondentes abreviaturas, N e S, e quando designam regiões,
usa-se a maiúscula: vivo no Norte)
Todos os usos de fulano, sicrano e beltrano
5.2. Uso facultativo de minúscula ou maiúscula
Nomes de disciplinas escolares, cursos e domínios de saber:
- matemática ou Matemática
Nomes de ruas, lugares públicos, templos e edifícios:
- rua ou Rua da Restauração,
palácio ou Palácio da Bolsa,
igreja ou Igreja do Carmo
Formas de tratamento e nomes sagrados:
- senhor doutor ou Senhor Doutor,
santa ou Santa Filomena
Nomes de livros:
- O Crime do Padre Amaro ou
O crime do padre Amaro
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11. Algumas das PALAVRAS QUE MUDAM
agro-pecuária – agro- há-de – há de
pecuária imperceptível – impercetível
água-de-colónia ou interruptor ou interrutor
água de colónia
jibóia – jiboia
ajudante-de-campo –
leccionar – lecionar
ajudante de campo
Luso-descendente - lusodescendente
alcalóide – alcaloide
mão-de-obra – mão de obra
alfinete-de-ama – alfi-
nete de ama microonda – micro-onda
anoréctico – anorético mingúe (de minguar) - mingue
auto-avaliação – autoavaliação neo-romântico – neorromântico
bairro-de-lata – bairro de lata olfacto – olfato
boca-a-boca – boca a boca pára-raios – para-raios
bóia – boia pôr-do-sol – pôr do sol
busca-pólos – busca-polos quartos-de-final – quartos de final
cacto – cato quimiorreceptividade - quimiorrecetividade
característica ou caraterística rés-do-chão – rés do chão
côa – coa ruptura - rutura
contra-indicado – contraindicado supra-escrito – supraescrito
contra-ordem – contraordem semi-recta – semirreta
co-piloto - copiloto tipóia - tipoia
cor-de-laranja – cor de laranja tractor – trator
cor-de-rosa - cor-de-rosa ou cor de rosa trouxa-de-ovos – trouxa de ovos
co-redactor – corredator ultra-secreto - ultrassecreto
dêem – deem ultra-som – ultrassom
deíctico – deítico vêem - veem
dêmos ou demos Verão – verão
director – diretor vector - vetor
electrão – eletrão vice-director – vice-diretor
espectador ou espetador x-acto – x-ato
ex-seleccionador – ex-selecionador xistóide - xistoide
extra-escolar – extraescolar Zé-dos-anzóis – zé dos anzóis
factor – fator zooelectricidade - zooeletricidade
fim-de-semana – fim de semana
fogo-de-santelmo – fogo de Santelmo
fora-de-jogo – fora de jogo
Nota: este documento foi elaborado com base no livro O
foto-reportagem – fotorreportagem QUE MUDA NO ENSINO DO PORTUGUÊS, da Porto Editora,
guarda-jóias – guarda-joias com anotações de António Pereira, mestre e formador.
guarda-nocturno – guarda-noturno
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12. 11º U2 - Curso Profissional / Técnico de Apoio
à Infância
Realização de livros infantis
ilustrados com Pop-ups. Os
livros com Pop-ups já exis-
tem desde 1860 e surge ao
leitor como algo extrema-
mente motivante e criativo.
São concebidos para serem
manipulados e podem ado-
tar formas variadas e ines-
peradas, em 3 D.
12º L - Curso Científico- Humanístico / Artes
Realização de naturezas
mortas / Desenho de obser-
vação / Exploração de dife-
rentes suportes e materiais.
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13. O DIA DA TRANSFORMAÇÃO
Pois é, este é o dia em que muitos dos nossos
alunos sofrem uma verdadeira transformação.
Vêm todos bonitos, em traje formal. A elegância
marca lugar. Mas a diversão e o espírito de festa
é que dominam. Há muito a celebrar, um percurso conquistado, um futuro mesmo
aí à espera de ser, também ele, conquistado. Os passos que agora terminam vale-
ram a pena, é hora de partilhar essa alegria. Os sorrisos efusivos dizem quase tu-
do, o brilho nos olhares, nos vestidos e no ambiente dizem o resto.
Já se sabe do que estamos a falar: o grande baile de gala dos nossos finalis-
tas. Eles marcaram lugar entre nós. Que marquem lugar, igualmente, por onde
quer que passem, e tornem cada um desses cantinhos do mundo um pouquinho
melhores do que eram antes de chegarem.
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14. ALUNOS DE EXCELÊNCIA 2010-2011
No final do ano letivo de 2010-2011, é tempo de balan-
ço. Para memória futura, pretende-se que fique regista-
do nos anais da nossa Escola a forma como toda a Co-
munidade Escolar se envolveu e empenhou, com o obje-
tivo de engrandecer e elevar bem alto o nome da Escola
a que pertence, revelando um espírito nobre e aberto.
Assim, e porque o seu exemplo de entrega, motivação e
dedicação são valores a seguir pelas novas gerações,
não podemos deixar de salientar o nome de todos os
alunos que participaram, em comunhão de esforços,
acompanhados pelos seus professores, de forma volun-
tariosa em atividades das mais variadas áreas.
O Conselho Geral congratula-se e quer manifestar o seu orgulho, apresentando os seus
Parabéns, extensivos aos professores que os acompanharam nestas etapas, elencando os
alunos e o nome da atividade em que foram intervenientes:
Alunos Atividades Prémios
Olimpíadas Ibero-
Gonçalo Bonifácio americanas de Quími- medalha de prata
ca no México
Concurso de Astrono- 2os classificados do Ensino
Daniel Silva, Levi Silva, Valter Francisco
mia Artística Secundário
Cláudia Elvas, Daniela Pereira, Madale- Concurso de Astrono- menção honrosa equivalen-
na Pires mia Artística te ao 4º lugar
1º prémio na área da Cultura,
Catarina Salvado, Ana Beatriz Varanda, Concurso N@ escolas
uma das seis equipas, a nível naci-
Ricardo Rodrigues do Diário de Notícias
onal, que foram premiadas
Ricardo Miguel Moreira, António Maria
Olimpíadas da Astro- entre os dez finalistas, a
Batalha, Ricardo Filipe Almeida, Artur
nomia nível nacional
Varanda
Catarina Antunes, Daniel Silva, Joana
Branco Revés, Ricardo Miguel Moreira,
Maria Curado Róis, Rita Morais Franco,
Olimpíadas da Biologia apuramento para a final
Gonçalo Rocha Roque, Ana Beatriz Va-
randa, Inês Franco, Joana Guerreiro,
Bárbara Sá
Pedro Pessoa, António Batalha, Rui Oli-
Parlamento dos Jovens vitória no distrito de Lisboa
veira
Badminton Feminino Fase Local (Mafra) 1º e 2º lugares
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15. Alunos Atividades Prémios
Badminton Masculino Fase Local (Mafra)
Equipa de Basquetebol Ju-
Sintra/Mafra Fase Final - 1º Lugar
niores Feminino
Ricardo Batalha, Nuno Mi-
Natação Masculinos - Estafetas Campeões Regionais e Vice
guel Ferreira, Rodrigo Lopes
4x25 Estilos Campeões Nacionais
Morais, Rui Cirne
Inês da Conceição Coelho
Alves, Iolanda Catarina Al- Natação Feminina - Estafeta de
Campeãs Regionais
ves Correia, Daniela Filipa 4x25m estilos
Pereira, Inês Filipa Morais
Natação - Campeonato Regional
Daniela Filipa Silva Pereira 3º lugar
100m Costas
Natação Campeonato Regional
2º lugar
Rodrigo Lopes Morais Natação Campeonato Regional de
3º lugar
50m Bruços 100m Bruços
Natação - Campeonato Regional
Ricardo Batalha 2º lugar
100m Costas
Equipa de Voleibol Juniores
Fase Final Sintra/Mafra 7º lugar
Feminino
Equipa de Voleibol Juniores
Fase Final Sintra/Mafra 3º lugar
Masculino
Alunos que, pela sua com-
Claúdia Sofia Nogueira El- Campeonato regional e nacionais petência e excelente de-
vas, Ruben Emanuel Ribeiro do Desporto Escolar e Campeona- sempenho, foram convoca-
Gonçalves to Internacional da FISEC. dos para exercerem fun-
ções de juízes/árbitros;
Inês Soares, Joana Revês, Atletismo do Desporto Escolar: Equipa vencedora - classifica-
Stefanie Baptista, Carina Du- Corta-Mato Juvenis Femininos da ção coletiva, e apurada para o
arte área educativa de Sintra/Mafra campeonato nacional
Reydleon Paulo, Rui Silva, Atletismo do Desporto Escolar: Equipa vencedora – classifica-
Leonardo Fernandes, Diogo Corta-Mato Juvenis Masculinos da ção coletiva, e apurada para o
Veríssimo área educativa de Sintra/Mafra campeonato nacional
Atletismo do Desporto Escolar:
Catarina Salvado Corta-Mato Juniores Femininos da 3º lugar
área educativa de Sintra/Mafra
Setembro 2011 15
16. O
jornal Ciência Hoje e a Agência Ciência Viva estão a As inscrições estão abertas até
promover mais um concurso para o Ensino Secun- 15 de Outubro.
dário intitulado «Jovens Jornalistas de Ciência» que A página do concurso onde de-
terá como primeiro prémio uma viagem a Nova Iorque com vem fazer a inscrição é:
o apoio da Embaixada do Estados da América. jjc.cienciahoje.pt.
Jorge Massada
Trata-se de um desafio aos jovens e pretende incutir-lhes o
Director de Ciência Hoje
gosto pela comunicação pública de Ciência.
Contactos:
Tem três provas - uma reportagem escrita, uma de vídeo e
Tel: 22 400 79 17
uma entrevista áudio. As cinco melhores equipas disputarão
Tlm: 912 812 602
a final em 25 de Maio de 2012 no Casino da Figueira da Foz.
concurso@cienciahoje.pt
Nesta final entrevistarão ao vivo um cientista de que apenas
cienciahoje@cienciahoje.pt
conhecerão o nome duas horas antes de conversar com ele.
A sensibilização dos jovens para a temática da deficiência é
uma das principais preocupações da Associação Salvador,
pois os jovens têm um enorme potencial enquanto agentes
de mudança, podendo nesta área da deficiência contribuir
de forma decisiva para que as pessoas com deficiência mo-
tora se integrem.
Nos últimos três anos a Associação desafiou as escolas a
desenvolverem trabalhos sobre a problemática da deficiên-
cia. A recetividade tem sido grande, havendo de ano para
ano um maior número de participações.
Para o ano letivo 2011/12 a Associação Salvador gostaria de
convidar os alunos do vosso estabelecimento de ensino a
organizarem um projeto com vista a sensibilizar a comuni-
dade envolvente para o tema da comunidade motora.
O projeto poderá ser desenvolvido no âmbito da disciplina
de Formação Cívica ou outras.
www.associacaosalvador.com
Setembro 2011 16