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1. HISTÓRIA DA ASTRONOMIA



     PIBID 2/ Física
          UEL
                         GILBERTO C. SANZOVO
                       UEL/Departamento de Física
1. HISTÓRIA DA ASTRONOMIA

Astronomia  ramo da Ciência que se preocupa com o estudo dos fenômenos
       celestes  observação dos astros e a criação de teorias sobre os
                       seus movimentos, sua constituição, origem e evolução

                mais antiga das Ciências.

   Homem Primitivo em sua luta pela sobrevivência  observação e tentativa
             da compreensão dos fenômenos celestes

       fenômenos celestes  movimentos do Sol, da Lua, dos Planetas, as fases
                       da Lua, os eclipses, aparecimento de cometas, etc.


Com a evolução do Homem Primitivo  utilização dos conhecimentos das
       estrelas e demais astros para sua orientação em viagens sobre a
                      superfície da Terra e sobre os oceanos.
1.1. Astronomia                  Pré-Histórica
Mais antigos registros  ~ 10.000 anos

                 pinturas rupestres (principalmente nas cavernas)
                 esculturas
                 túmulos
                 gravações em pedras e construções megalíticas, etc

        (agrupamentos estelares, como as Plêiades, Ursa Maior, Ursa Menor, etc)

 Várias regiões da Europa  conjuntos de blocos de rochas orientados, quase
                          sempre, na direção do nascer do Sol.
                               Carnac  França
                              Callanish  Escócia
                           Stonenhenge  Inglaterra
     (essas construções provam que os povos que as construíram possuiam
    conhecimentos sobre os movimentos do Sol, Lua e Estrelas)  3000 aC.


        Indícios de que esses povos podiam prever eclipses e fases da Lua
Primeiros conhecimentos  movimentos do Sol, Lua e Planetas  relação com
        a claridade (dia) e a escuridão (noite) e com as mudanças do clima e
                 temperatura que estavam afetos diretamente à sua
                           sobrevivência.


Movimento do Sol em relação ao horizonte  nossos ancestrais notaram que
      após surgir no nascente (levante, oriente ou leste), o Sol descrevia uma
              trajetória com o passar do tempo, alcançando um máximo de
                       afastamento do horizonte, e dele depois se
                                aproximando outra vez até desaparecer
                                        no poente (ocaso, ocidente ou
                                                 oeste).




             Surgiu, então a primeira unidade útil de tempo : o DIA
Eles verificaram, também que, com o passar dos dias, a trajetória do Sol ia se
         modificando lentamente, afastando-se para o Norte ou para o Sul. Em
         determinadas épocas, seu nascer e ocaso atingiam um máximo
         afastamento para o Norte e, em outras épocas, o Sol nascia e se
         punha com um afastamento máximo para o Sul.


Consequência natural  os períodos de claridade e escuridão tinham diferentes
       durações: em certas ocasiões as durações do dia e da noite eram iguais
       (equinócios); em outras, a diferença de duração entre o dia e a noite
       (nos solstícios) alcançava um valor máximo.


Equinócios  a temperatura era mais amena e também o clima  início
                das estações da primavera e do outono.
Solstícios  a temperatura aumentava (e diminuía) muito  início do verão
                         (e inverno) .




   Homem criou uma nova unidade de tempo para o seu calendário  o ANO
Eles verificaram, também que a Lua apresentava um comportamento
       semelhantes àquele do Sol em termos de movimento diário


Ela nascia e se punha sempre em pontos diferentes do horizonte alterando sua
posição para Norte ou para Sul bem mais rápido do que o Sol, voltando a nascer
no mesmo ponto a cada 28 dias, aproximadamente, enquanto que o Sol fazia isso
em cerca de 365 dias.


Verificaram também, que os afastamentos máximos da Lua com respeito ao
horizonte eram de cerca de 10º para o Norte e ~ 10º para o Sul e que assumia
aproximadamente o mesmo valor em aproximadamente 18 anos e meio.



O Homem constatou, também que, na medida em que a Lua executava o seu
movimento em relação às estrelas, ia modificando seu aspecto (fases)  depois
de cerca de 29 ou 30 dias a Lua voltava a apresentar uma mesma aparência.


             Estabeleceu-se uma nova unidade de tempo  o MÊS
Eles verificaram, também que os eclipses estavam relacionados com os
        movimentos do Sol e da Lua  podiam ser previstos para épocas
        futuras

Observação das Estrelas  também se movimentavam em relação ao horizonte
       mas que, ao contrário do Sol e da Lua, suas trajetórias não se
       modificavam com o passar do tempo, permanecendo invariantes os seus
       pontos de nascer e ocaso.

Observaram que havia estrelas que nunca se escondiam no horizonte,
        permanecendo visíveis todas as noites do ano, executando trajetórias
        circulares em torno de um ponto comum do Céu  o Polo Celeste.

Observaram que as estrelas não modificavam suas posições relativas
         formavam agrupamentos ou configurações inalteráveis no tempo
                             as Constelações.
As constelações visíveis, próximas do horizonte leste antes do nascer do Sol , à
        cada dia, à mesma hora, eram observadas mais altas no Céu, ocorrendo
        o contrário com aquelas constelações e estrelas perto do horizonte oeste
         descobriram, com isso, que o movimento do Sol em relação às estrelas
                 está inclinado em relação à direção de seu movimento diurno.
O Homem Primitivo também verificou a existência e o movimento dos “Errantes”
      (Planetas) por entre as estrelas.


 Todos esses fenômenos eram conhecidas pelo Homem Pré-histórico
          sabemos isso ao analisarmos os primeiros registros históricos!


Invenção da Escrita  maior desenvolvimento da Astronomia
                   um número muito maior de pessoas puderam ter acesso
                        a estes conhecimentos e, a partir deles, realizar novas
                                 observações e descobertas, bem como tentar
                                         criar explicações para os fenômenos
                                                  observados.
OBSERVATÓRIOS-TEMPLOS


    E


OBSERVATÓRIOS (era pré-telescópica)
Observatórios da Antiguidade  observatórios-templos  eram, com freqüência,
        transformados em locais de cultos e centros divinatórios (China, Babilônia,
                Egito, Índia, Perú e México).


 ~ 2.500 a ~ 3.000 aC  conjunto de pedras, o “Stonehenge”,      construído
          muito provavelmente no período neolítico, localizado em Salisbury,
                 na Inglaterra.

                  Não se sabe qual povo a construiu [Druídas , local de oferendas
                          e sacrifícios ] ( Era um observatório-templo ???)

          O historiador S. Singh aponta uma idade ainda maior ( ~ 5.000 aC)

Possíveis interpretações
         1.963  Gerald Hawkins  influente estudo argumentando que o
                  monumento era útil para predizer eclipses e as estações do
                         ano usando, para tal, o alinhamento do Sol por
                                entre as pedras (???)

         1.963  Fred Hoyle  observatório representando o Sistema Solar (???)
Imagem do Stonehenge [Fonte: http:// www.space.about.com]
Observatório-Templo da Mesopotâmia (2.000 aC) onde os terraços eram
      destinados a ritos religiosos e observações astronômicas.
            [Fonte: Astronomia, Rio Gráfica Editora, 1986]
Observatório de Chomsung Dae, Coréia  estrutura simples, em forma de
                colméia e uma abertura central no teto.
[Fonte: Astronomia: Uma aventura na Ciência, Edtora Globo, ano impreciso]
Observatório-Templo de Jaipur , Índia ( ~ 1.700 aC)
  [Fonte: Astronomia, Rio Gráfica Editora, 1986]
~ 300 aC  O grego Ptolomeo I Sotero construiu, na Alexandria, um observatório
          Erastótenes utilizou-se desse observatório para estudar as passagens
                         do Sol pelo plano equatorial.


 ~ 140 aC  Observatório da Ilha de Rhodes, construído por Hiparcus
        Famoso catálogo de estrelas revisto e ampliado por Ptolomeo.


 Ano de 1.260  na Pérsia, observatório construído por Hulaghu Khan.

  Em 1.400  Observatório de Samarcanda (Ásia Central, atual Uzbequistão),
      inaugurado pelo príncipe persa Ulagha Beigh  elaboração do catálogo
              de estrelas de Samarcanda.


Ano de 1.471  na Europa, Observatório de Nuremberg, projetado e construído
       pelo matemático e astrônomo alemão Regiomontano.
1.561  Observatório de Kassel (Alemanha) , erigido por Guilherme IV .
         funcionou ativamente por mais de 30 anos durante os quais
                acumulou numerosos registros de planetas.


  1572  Observatório do Colégio Romano, construído pelo jesuíta Clávio (1537-
                          1612)  observações planetárias.


8 de Agosto de 1576  Início da construção do Observatório de Tycho Brahe na
         Ilha de Hveen, Dinamarca.
          Observatório mais importante da era pré-telescópica.
Face mutável da Lua  influências na Antiguidade (e atualmente ???).
   A lua nova era considerada melhor ocasião para realizar empreendimentos
   A lua cheia era temida como uma época em que os espíritos ficavam livres
        para vaguear na Terra e causar problemas e loucuras entre as pessoas.

O termo “lunático” vem de luna, termo latino para Lua.

                Imagem da Lua. [Fonte: Astronomia: Uma aventura na Ciência,
                                Edtora Globo, ano impreciso]
Principais Centros de
   Astronomia no
       Mundo Antigo
          e suas
             Contribuições
Centros astronômicos antigos (Fonte: J. Herrmann, in “ Astronomy Atlaes” , 1973)
1. CIVILIZAÇÃO BABILÔNICA


Início (3º Milênio aC) ;
          Apogeu (entre 600 e 500 aC) ;
                  Declínio (no ultimo século da Era Cristã).


 duração média entre duas fases lunares iguais (Lunação ou Mês Sinódico)
       = 29,530641 dias (N. Annu, fins do Séc III aC);
       = 29,530594 dias (A. Kidinnu, ~ 380 aC)

                  Valor moderno aceito para a lunação = 29,530589 dias.


  • Descoberta do Ciclo de Saros (= 223 meses sinódicos = 18 anos e 11,3 dias)
          Uma das mais significativas contribuições do povo
                  babilônico  marca intervalo entre eclípses completamente
                                    idênticos.
•   Observação mais antiga de um eclipse solar  15 junho de 763 aC
                (a periodicidade dos eclipses já era conhecida no Séc III aC).


     • Confecção do calendário lunar (1 ano era constituído de 12 meses de 30 dias).

               Para corrigir a defasagem com respeito à duração do ano solar
                        (365,25 d), eles adicionavam 1 mês a mais, de vez em
                                  quando.

               A partir de 383 aC eles passaram a adicionar 7 meses a cada 19 anos
                        criando o chamado Ano Luni-solar.


•   Divisão do dia a partir do por do Sol. Até 1.760 aC conhecia-se a sua divisão em
           24 horas .

• Constelações mais importantes  receberam suas denominações no 3º Milênio aC.
            A Moderna Astronomia adotou a maioria desses nomes para designar as
                           constelações zodiacais.
2. CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA

•   Ao contrário da civilização babilônica, os egípcios adotaram o calendário solar.
        No 4º Milênio aC eles já sabiam que o ano solar continha 365 dias, com 12
                 meses de 30 dias e 5 dias complementares.


•   Início do ano egípcio  Ortho-helíaco de Sirius; ou seja, pela data da sua
         primeira aparição após o período de invisibilidade.

    •   Esse fato coincidia com o início das cheias do rio Nilo.

        Observações posteriores revelaram um atraso equivalente a 1 dia a cada
           4 anos, de modo que o ortho-helíaco e as cheias do Nilo não
               coincidiram em um período de 1.400 anos (Período Sothíaco).


•   Constelações estelares  divisão zodiacal em 36 decanos, cada qual regido
       por divindades particulares.
Foto aérea das pirâmides de Gizé. tirada de um balão, por Eduard Spelterini,
       em 21/11/1904). [Fonte: http://pt.wikipedia.com ].
3. CIVILIZAÇÃO CHINESA

•   A história da astronomia chinesa desde o 3º Milênio aC foi compilada na obra
        “Calendário de 3 ciclos”, de Liu HSIN.

•   O antigo calendário chinês é parecido com o babilônico e é conhecido desde o
        Séc II aC. Era Luni-solar com ciclos bisextos de 19 anos.


•   Os astrônomos da corte chinesa observaram fenômenos celestes
        extraordinários, cuja descrição conhecemos até hoje. Essas “Crônicas
                Astronômicas” representam uma valiosa fonte de investigação
                          uma vez que elas confirmam a aparição de novas estrelas,
                                  de cometas, etc.


•   Fins do 3o Milênio aC  os astrônomos Hi e Ho foram condenados à morte por
         descuido de suas obrigações ao não anunciarem, com tempo hábil, o
                 início de um eclipse solar que marcava, para o povo chinês, o
                          início de certos cultos importantes.
Imagem mostrando a esfera celeste da China Antiga
(Fonte: J. Horvartt, in “O ABCD da Astronomia e Astrofísica” , 2008)
4. CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA E AMÉRICA CENTRAL


    •     Do 3º ao 4º Milênio aC, os Maias tiveram um enorme desenvolvimento
              astronômico . Muitas de suas observações são conhecidas até hoje
                       (p.ex., o eclipse lunar de 15 fevereiro de 3.379 aC).

          Eles conheciam com grande precisão, os períodos sinódicos dos planetas, a
               periodicidade dos eclípses, etc.


•       O calendário maia tem início possivelmente em 8 de junho de 8.498 aC.
              A partir daí se contava com as seguintes unidades:
                 1 kin = 1 dia; 1 uinal = 20 kin; 1 tun = 18 uinal; 1 katun = 20 tun, e
                 1 baktun = 20 katun ou 144.000 dias.

        Eles reconheciam o ano de 365 dias (com 18 meses de 20 dias e 1 mês
             intercalado de 5 dias) e o período tzolkin equivalente a 260 kin.
•     No Perú, a Astronomia Inca teve grande desenvolvimento. Eles conheciam o
          período sinódico dos planetas com exatidão admirável. Segundo R.
                   MULLER & L. LOCKE, as anotações encontradas assinalavam 115,8
                           dias para Mercúrio, 584,8 d para Vênus e 398,88 d para
                                    Júpiter (Os valores modernos são 115,88, 583,92
                                             e 398,88 dias, respectivamente).

•     Calendário inca: 365 dias divididos em 12 meses de 30 dias (+ 5 dias
                                                                       intercalados).

ASTECAS (México)

     Matemática com base no número 20 (vinte)
      Conhecimento sobre a duração do ano (365 dias divididos em 18 meses
                 de 20 dias cada)
       Sabiam determinar, com precisão, os solstícios .
          Fases e eclipses da Lua.
             Reconheciam as posições de diversas constelações, tais como
                   Plêiades e Ursa Maior (ou Grande Ursa).
                   Conheciam, com precisão, a revolução de Vênus.
Edifício em forma de observatório conhecido como “El Caracol”, Yucatan, México.
    Conhecido desde o Século 13 da era cristã, foi construído durante o ápice da
        civilização Maia. [Fonte: http://pt.wikipedia.com ]
Pedra Asteca ou esfera representativa do Calendário Asteca mostrando as
        estações e os movimentos das estrelas e dos planetas
        [Fonte: NASA Exploration: To the edge of the Universe, 1986]
5. CIVILIZAÇÃO GREGA

 Cultura grega  desenvolvimento intenso da Astronomia.
     No início a Terra era visualizada como possuindo a forma de um disco em
          cujo centro achava-se o Olimpo e, no seu entorno, estavam os oceanos
                   e o mar universal.

Com o tempo, ganhou força a idéia de uma Terra esférica. Entre as principais
   evidências, destacavam-se:
         observação dos navios ao se aproximarem ou se afastarem da costa;
         o fato de que a sombra da Terra que cai sobre a Lua nos eclipses é
                sempre circular (Aristóteles, 384-322 aC), e
         as diferentes alturas dos astros quando observados simultaneamente,
                no horizonte, de diferentes lugares.


  PITÁGORAS (DE SAMOS ) [ ~ 540 aC ]
     Utilizando sua paixão pela Matemática, demonstrou que os números e as
          equações podiam ser usadas na formulação de teorias científicas.
ANAXÁGORAS [ ~ 500 – ~ 425 aC ]
      Sol  tocha incandescente muito maior do que o Peloponeso.

 DEMÓCRITO [ ~ 460 – ~ 370 aC ]
        afirmava que a Via Láctea consistia de um número muito grande de
                estrelas.

ARISTÓTELES (DE ESTAGIRA) [ ~ 384 a ~ 322 aC ]
• Influenciou os rumos da Ciência por mais de 2.000 anos.
• Explicou que as fases da Lua dependem do quanto da parte da face iluminada
       pelo Sol está voltada para a Terra.
• Explicou os eclipses: um eclipse do Sol ocorre quando a Lua passa entre a Terra
       e o Sol; um eclipse da Lua acontece quando ela está na sombra da Terra.
• Aristóteles argumentou a favor da esfericidade da Terra através da observação
       de que a sombra da Terra na Lua durante um eclipse lunar é sempre
                 arredondada.
• Universo esférico e a Terra, também esférica e imóvel achava-se no lugar mais
       privilegiado: o centro desse Universo. Os astros, considerados esféricos,
                 imaculados e inalteráveis, moviam-se uniformemente em torno
                         da Terra descrevendo trajetórias circulares, suportadas
                                  por esferas de cristal.
•       Com esse modelo, a Terra era rodeada sucessivamente por esferas que
           suportavam a Lua, Mercúrio, Vênus, o Sol, Marte, Júpiter e Saturno.
                   Por fim, encontrava-se a esfera das estrelas fixas realizando uma
                            volta por dia em torno da Terra.

•       Esse modelo de Universo de Aristóteles era movido por uma força motriz
            necessária ao movimento de todas as esferas. As esferas tinham contacto
                    entre si de modo que o movimento da esfera das estrelas fixas era
                              transmitido de esfera a esfera e determinava o
                                      movimento dos planetas, até a esfera da Lua.
    ARISTARCO (DE SAMOS) [ ~ 310 a ~ 230 aC ]

    •     Filósofo grego com idéias muito avançadas para o seu tempo

    •     Ao que tudo indica, foi o primeiro a sugerir que a Terra possui, ao mesmo
              tempo, movimento de rotação diário em torno de seu eixo, e movimento
                      de translação em torno do Sol, demorando 1 ano para percorrer
                                esse movimento.

    •     Aristarco também acreditava que a órbita da Terra em torno do Sol não
               representava mais que um ponto, comparado com a dimensão da esfera
                       das estrelas fixas.
ERASTÓTENES (DE CIRENE) [ 276 – 200 aC ]

    •     Ocupou cargo de bibliotecário-chefe em Alexandria (posto acadêmico de
             maior prestígio no mundo antigo)


•       Utilizando a altura do Sol como base de medida, encontrou 7,2o para a
             distância angular entre Siena (atual Assuã, sul do Egito) e Alexandria.

    Segundo suas medições, a distância entre as 2 cidades era de 5.000 estádios.
        Com isso, ele encontrou o perímetro da Terra como sendo
               (5.000 x 360o)/ 7,2º = 250.000 estádios = 39.250 km.
                             (valor atual ~ 40.100 km)
(1 estádio olímpico= distância padrão em que eram disputadas as corridas = 185 m)
                            (1 estádio egípcio = 157 m).


        Importante: Independentemente do resultado obtido (2% de erro) , vale
               salientar que Erastótenes desenvolveu um meio científico de medir a
                        dimensão da Terra.
Esquema de Erastótenes para cálculo da dimensão da Terra
      (Fonte: S. Singh, in “Big Bang” , 2008)
•   Comparou o tamanho da sombra projetada pela Terra sobre a Lua, em um
       eclipse lunar, para verificar que o diâmetro da Lua era ¼ do diâmetro
               da Terra que ele mesmo havia determinado .




              A diâmetro da Lua , 3.200 km, segundo Erastótenes
                    (Fonte: S. Singh, in “Big Bang” , 2008)
•   Deduziu a distância até a Lua a partir da sua dimensão. Com um braço esticado
       ele notou que a Lua ficava totalmente encoberta pelo tamanho da unha
                 do seu dedo indicador.

•   Verificou que a proporção entre a altura da unha e o comprimento do braço
        era, aproximadamente a mesma existente entre o diâmetro da Lua e sua
              distância até a Terra. Como o comprimento do braço é 100 vezes
                  maior que o tamanho da unha, a distância até a Lua é cerca de
                          100 vezes o seu diâmetro.




             Distância até a Lua , 320.000 km, na visão de Erastótenes
                      (Fonte: S. Singh, in “Big Bang” , 2008)
•   Deduziu a distância até o Sol usando o fato de que a Terra, a Lua e o Sol
       formam um triângulo reto quando a Lua se encontra na metade de sua
                 fase. Na meia-Lua, mediu o ângulo formado entre a Terra, a Lua
                          e o Sol e, usando trigonometria, encontrou a distância
                                   entre a Terra e o Sol.




                Distância Terra-Sol, segundo a visão de Erastótenes
                       (Fonte: S. Singh, in “Big Bang” , 2008)
•    Erastótenes deduziu um ângulo equivalente a 87o . Como a distância
             Terra-Lua, por ele determinada, foi 320.000 km ele encontrou:

                      dTS = 320.000 km/cos(87o) = 611.400 km



    •     Sabemos, atualmente que o ângulo vale 89,85o . Como a distância (média)
                      Terra-Lua vale 384.400 km encontramos:

                      dTS = 384.400 km/cos(89,85o) = 146.800.000 km



•       Salientamos novamente  os resultados obtidos pelo grego não é importante
             e sim o seu raciocínio lógico com base na trigonometria.
HIPARCUS (DE NICÉIA) [ 160 - 125 aC ]

•     Foi, provavelmente, o maior astrônomo da Era pré-cristã.

       Construiu um observatório na Ilha de Rhodes onde fez observações
         por mais de 40 anos.


     Compilou um catálogo que dispunha a posição e o brilho (magnitude
                aparente) de 850 estrelas.
     na escala de Hiparcus, a magnitude estelar era dividida em 6 categorias,
       sendo que as estrelas de primeira magnitude eram as mais brilhantes e
                aquelas de magnitude 6 eram as mais fracas, visíveis a olho nu.


 Deduziu a direção correta dos pólos celestes e o movimento de precessão da
          Terra
   variação da direção do eixo de rotação da Terra em virtude da influência
          gravitacional da Lua e do Sol, que leva cerca de 26.000 anos para
                   completar um ciclo.
CLAUDIO PTOLOMEO [ ~ 87 – 170 dC]


Compilou todo o conhecimento astronômico de sua época em 13 tomos
       conhecidos como “ Mathematik Syntaxis” ou “ Megale Syntaxis”.
                Na Europa , a sua obra ficou conhecida com a denominação
                        arábica “Almagesto”.

De acordo com o Almagesto, os 7 planetas, entre os quais também figuravam a
    Terra e a Lua, moviam-se sobre 7 esferas em torno da Terra, que
        ocupava o centro do sistema.

        De dentro para fora sucediam-se a Lua, Mercúrio, Vênus, o Sol, Marte,
                Júpiter e Saturno.

A Terra não ocupava o centro exato de cada órbita; ou seja, as órbitas planetárias
    eram excêntricas. Somente o Sol e a Lua moviam-se em círculos; os demais
         planetas percorriam epiciclos cujos centros deslizavam sobre outro círculo
                 conhecido como deferente.
•      Apesar de complexo, o Sistema Geocêntrico de Ptolomeo previa as posições
          e os movimentos aparentes de todos os planetas conhecidos com erro
                   máximo de 1 grau.


•      O modelo foi utilizado durante 13 séculos. Manteve-se sem contestação até
          o Século XVI.


    Algumas críticas  Afonso X, rei de Castela e Leão (1.221 – 1.284)
                      “ Se o Senhor Todo-poderoso me tivesse consultado antes de
                            iniciar a Criação, certamente eu teria recomendado
                                      alguma coisa mais simples”

           Nicole d´Oresme, Capelão de Carlos V da França
                     declarou abertamente que a idéia de um Universo centrado
                          na Terra ainda não tinha sido completamente
                                   comprovada

           Cardeal Nicolau de Cusa (Alemanha, Séc. XV)  sugeriu que a Terra não
                   era o centro do Universo . Evitou sugerir que o Sol ocupasse esse
                            lugar.
O modelo geocêntrico de Ptolomeo
(Fonte: J. Herrmann, in “Astronomy Atlaes” , 1973)
INÍCIO
         DA NOVA

            ASTRONOMIA
NICOLAU COPÉRNICO (Mikolaj Kopernik) [1473 – 1543]

•   Nascido de uma próspera família polonesa, Copérnico foi nomeado
        cônego da Catedral de Frauemburgo devido à influência de seu tio
                (Lucas), que era bispo de Ermland.

•   Estudou Direito e Medicina na Itália. Na Polônia, especializou-se em
         Economia (reforma monetária).
•   Era apaixonado por Astronomia. Admirava Ptolomeo mas achava seu
         sistema geocêntrico muito complexo.
•   Como cônego, suas principais atribuições eram agir como médico de seu tio
         e seu secretário particular. Sobrava-lhe muito tempo para se dedicar
              à Astronomia.

•   Publicou, em 1543, a obra “De revolutionibus orbium coelestium” ou “Das
        revoluções dos corpos celestes”, estabelecendo as bases do sistema
                heliocêntrico. Faleceu naquele mesmo ano, vitima hemorragia
                         cerebral ,não chegando a manusear a obra publicada.
•     Os 7 axiomas da Teoria Heliocêntrica :

      1. Os corpos celestes não compartilham de um centro comum.
      2. O centro da Terra não é o centro do Universo.
      3. O ponto central do Universo fica perto do Sol.
      4. A distância Terra-Sol é insignificante quando comparada com a distância às
           estrelas.
      5. O movimento diário aparente das estrelas é o resultado da rotação da Terra
           em torno de seu próprio eixo.
      6. A seqüência anual aparente de movimento do Sol é o resultado de uma
           revolução da Terra em torno dele. Todos os planetas giram em torno do
                     Sol.
      7. O movimento retrógrado aparente de alguns planetas é o resultado da
           nossa posição como observadores em uma Terra móvel.


    Os axiomas de Copérnico são notáveis em todos os seus aspectos: A Terra e
            os outros planetas giram em torno do Sol. Isso explica as órbitas
                    planetárias retrógradas , enquanto que a incapacidade de
                            qualquer paralaxe se deve ao fato das estrelas
                                     estarem localizadas à grandes distâncias.
O modelo heliocêntrico de Copérnico
[Fonte: J. Herrmann, in “Astronomy Atlaes” , 1973]
TYCHO BRAHE [1546 – 1601]

 •    Proveniente da nobreza dinamarquesa, Tycho ganhou fama por dois motivos:

 1.   Em 1566 envolveu-se com um duelo com seu primo (Manderup) por causa de
          uma previsão astrológica. Tycho previra a morte de um soberano
                 otomano sem saber que ele já havia morrido 6 meses antes.
                          A briga culminou com um duelo de espadas onde seu
                                   nariz foi cortado ao meio e sua testa marcada.

          A partir de então, ele passou a usar um nariz falso, colado, feito de ligas
                   de cobre, prata e ouro.

2. Tycho elevou a Astronomia Observacional a um nível de precisão incrível.
           Com o auxílio de sextantes e quadrantes, determinou a órbita de
                  Marte.
           Além das órbitas planetárias construiu um catálogo de estrelas com
                  precisão de 1/30 de graus (2´ de arco).
      (Talvez toda essa precisão fosse conseguida pela facilidade que tinha em
         remover seu nariz postiço para melhor alinhar a vista com o objeto na
                  linha de visada).
•   Tycho tinha , à sua disposição, o Observatório de Uranibourg construído por
        Frederico II (o observatório chegava a consumir cerca de 5% do PIB da
                  Dinamarca, anualmente).
         Biblioteca, fábrica de papel, gráfica, laboratório alquímico , prisão
                  (para servos rebeldes), além de um observatório dispondo de
                           sextantes e quadrantes para observação .

1588  Publicou “De mundi aetheri reentioribus phoenomeris” (À respeito de
      novos fenômenos no mundo etéreo). No modelo de Tycho, todos os
              planetas orbitam o Sol que, por sua vez, orbita a Terra.

Ainda em 1588  migrou para Praga onde foi nomeado matemático imperial de
       Rodolfo II.
         Acolheu, como assistente, Johannes Kepler, um excelente matemático.
        A dupla Brahe-Kepler foi perfeita: Brahe havia compilado o melhor
               catálogo de observações astronômicas e Kepler se mostraria,
                       com o tempo, como sendo um excelente interprete
                               desses resultados observacionais.

1601  em jantar oferecido pelo barão de Rosenberg , bebeu com o excesso
       costumeiro. Quando chegou em casa, passou a ter febres e alternar
               períodos de inconsciência e delírios falecendo dias depois.
JOHANNES KEPLER [1571 – 1630]
•   Com a morte de Tycho, Kepler passou a ocupar o cargo de Astrônomo da Corte Imperial de
          Praga .

• Analisou as observações catalogadas por Tycho e, em 1609, publicou “ Astronomia nova” (A
          nova astronomia) com as duas primeiras leis do movimento planetário (a lei da
                   elípse e a lei das áreas). A terceira lei de Kepler aparece na obra
                              “Harmonices mundi” (Mundo harmonioso), publicado em 1619.

• De acordo com Kepler, Copérnico falhava nos seguintes axiomas:
         1. Os planetas movem-se em círculos perfeitos.
         2. Os planetas movem-se com velocidades constantes.
         3. O Sol localiza-se no centro dessas órbitas.

• Kepler expôs os erros de Copérnico ao mostrar que:
          1. Os planetas movem-se em órbitas elípticas, não em círculos perfeitos.
          2. Ao longo dessas órbitas, as velocidades planetárias variam constantemente.
          3. O Sol não se localiza, exatamente, no centro dessas órbitas.

• Embora simples, elegante e preciso nas previsão das órbitas planetárias, a grande maioria
        dos filósofos, astrônomos e líderes da Igreja aceitou que era um bom modelo para
                  se fazer cálculos. Mas continuou com a firme crença de que a Terra
                            estava localizada no centro do Universo.
•   Em 1610, um amigo (von Wackenfels) deu a Kepler a notícia mais empolgante até então
     recebida: na Itália, Galileo estava usando um novo instrumento de medidas que
       explorava, em detalhes, os corpos celestes. Dessas observações, Galileo havia
          armazenado evidências que concluíam que Aristarco, Copérnico e Kepler estavam
            corretos em afirmar que o Sol estava no centro do Universo.




     Primeira e Segunda Leis: das órbitas elípticas e das velocidades planetárias (um raio-
             vetor que se estenda desde o Sol até o planeta varre áreas iguais em iguais
                     intervalos de tempo).
Movimentos real e aparente dos planetas. [Fonte: Astronomia: Uma Aventura na
                       Ciência, Editora Globo, 1987]
GALILEO GALILEI [1564 – 1642]

•      Considerado o pai da Ciência Moderna, Galileo desempenhou um papel
          fundamental para a consolidação do modelo heliocêntrico através das
                  observações astronômicas


    • 1609  Aperfeiçoou o instrumento óptico de Hans Lippershey criando uma
           luneta cuja capacidade de ampliação alcançava 20x.

•    Contribuições mais significativas:

           Leis de queda livre dos corpos
           Lei das oscilações dos pêndulos
           observou as manchas solares
           descobriu as 4 principais luas de Júpiter
          observou as fases de Vênus
           detectou as irregularidades (relevo) da Lua
Luneta de Galileo em exposição em Florença (ITA).
                        [Fonte: www.wikipedia.com]

1610  Publicação dos resultados observacionais na obra “Siderius nuncius”

1616  compareceu pela primeira vez ante a Inquisição Romana  foi proibido
     de continuar defendendo o modelo heliocêntrico sob pena de
             excomunhão e exílio.
Mapas mostrando as irregularidades na superfície lunar, de acordo com as
   observações de Galileo [Fonte: S. Singh, in “Big Bang” , 2008]

Interpretação das principais observações astronômicas de Galileo:
         A Lua não era perfeita, imaculada.
                 A Terra não era perfeita, imaculada,
                         O Sol não era perfeito, imaculado.
Observadas com regularidades, as manchas solares permitiam concluir que o
    Sol rotacionava em torno de um eixo próprio. Sendo assim, Terra e Lua
        também poderiam ter movimentos de rotação


Ao observar Vênus, Galileo pode concluir que ele não emitia luz própria de modo
   que, tal como a Terra, Vênus reflete a luz do Sol.


Ao observar, em 07 de janeiro de 1610, 3 “estrelinhas “ em movimento de rotação
    (mais tarde, observou a quarta) em torno de Júpiter, Galileo concluiu que eram
        seus satélites naturais. Os astros podiam, afinal, girar em torno de outro
                 astro que não fosse a Terra. Não havia objeção ao heliocentrismo
                          uma vez que Júpiter e suas luas constituiam um Sistema
                                   Solar miniaturizado.


         Todas essas conclusões motivaram Galileo ao confrontamento com a
              Igreja Romana
Ao publicar “Dialogo sobre dois Sistemas”, Galileo teve mais problemas com a
        Inquisição. Foi obrigado a se exilar em sua casa, em Arcetri.

        “Diálogo” foi acrescentado ao “Index Librorum Prohibitorum”.


Frente à Inquisição, Galileo afirmou: “A Sagrada Escritura destina-se a ensinar
         aos homens como ir para o Céu e não como o Céu funciona”.


Faleceu em 1637, exilado e cego , provavelmente em virtude de glaucoma
        produzido pelas observações solares.
ISAAC NEWTON [1642 – 1727]

•    Nascimento em circunstâncias trágicas: seu pai morrera alguns meses antes
        e sua mãe casara-se novamente com uma pessoa de 63 anos que recusou
            aceitá-lo em sua casa. Newton foi criado por seus avós , tornando-se
                uma pessoa amargurada, isolada e, às vezes, cruel.

 • 1696  foi nomeado diretor da Casa da Moeda Inglesa  implacável na caça
    aos falsificadores de moedas que estavam levando o país à falência. Newton
        introduziu moedas com bordas estriadas, muito difíceis de serem
                  falsificadas. Com essa medida, Newton recuperou o poderio
                            financeiro daquele império.

• 1997  A moeda britânica de 2 libras tinha a inscrição “De pé, sobre ombros de
        Gigantes” , uma homenagem a Newton quando escreveu essa frase para seu
                “amigo” , Robert Hooke. A história ensina que Newton reconhecia
                         seu próprio sucesso graças aos trabalhos de gigantes
                                 como Pitágoras e Galileo.

        Para S. Singh, a frase fazia alusão velada e ofensiva à corcunda de Hooke e
                 seu andar curvado.
•   Contribuições mais significativas:

          Criação do Cálculo Diferencial e Integral.

          Leis da Cinemática e Dinâmica dos Corpos.

           Criação do telescópio refletor.

          Teoria de Gravitação Universal e bases da Mecânica Celeste.

• 1687  publicou a obra “Philosophiae naturalis principia mathematica”
               (Princípios Matemáticos de Filosofia Natural)

         [algumas dessas contribuições serão aplicadas durante o nosso Curso]
• Algumas conseqüências para a Astronomia do trabalho de Newton

    E. Halley determinou a órbita precisa do Cometa de 1682 e previu
           retornos.

   1755  I. Kant atribuiu à gênese do Sistema Planetário, um processo
                   mecânico.

    1788  J. L. Lagrange estudou o problema de três corpos.

   1799  P. S. Laplace publicou, em “Mecânica Celeste”, a invariabilidade do
          semi-eixo maior das órbitas planetárias.

   Leverrier & Adams previram a existência de Netuno, com base em um
            estudo das perturbações na órbita de Urano

   1846  Observatório de Berlin confirma a observação do planeta Netuno.
1844  F. W. Bessel prevê a existência de uma companheira para Sirius ao
                estudar perturbações em sua órbita.

1862  Descoberta a “companheira” de Sirius.

J. Dollong  desenvolvimento e construção das lentes acromáticas,
         aperfeiçoadas por J. Fraunhoffer (1787-1826) na Alemanha.

W. Hershell (1738 – 1822)  talvez o maior de todos os construtores de
       telescópios refletores.

         Estudo de Nebulosas e Aglomerados Estelares.

         Estatística estelar da Via Láctea.

         Descobrimento de novos satélites naturais dos planetas do SS.

1838  W. Strüve determina a primeira paralaxe de uma estrela fixa.

1859  R. W. Bunsen e G. R. Kirchhoff  técnicas da análise espectral
Segunda Metade do Século XIX  Introdução da fotografia e dos métodos
       fotométricos às observações astronômicas.

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Primeira aula de Astrofísica

  • 1. 1. HISTÓRIA DA ASTRONOMIA PIBID 2/ Física UEL GILBERTO C. SANZOVO UEL/Departamento de Física
  • 2. 1. HISTÓRIA DA ASTRONOMIA Astronomia  ramo da Ciência que se preocupa com o estudo dos fenômenos celestes  observação dos astros e a criação de teorias sobre os seus movimentos, sua constituição, origem e evolução  mais antiga das Ciências. Homem Primitivo em sua luta pela sobrevivência  observação e tentativa da compreensão dos fenômenos celestes fenômenos celestes  movimentos do Sol, da Lua, dos Planetas, as fases da Lua, os eclipses, aparecimento de cometas, etc. Com a evolução do Homem Primitivo  utilização dos conhecimentos das estrelas e demais astros para sua orientação em viagens sobre a superfície da Terra e sobre os oceanos.
  • 3. 1.1. Astronomia Pré-Histórica Mais antigos registros  ~ 10.000 anos  pinturas rupestres (principalmente nas cavernas)  esculturas  túmulos  gravações em pedras e construções megalíticas, etc (agrupamentos estelares, como as Plêiades, Ursa Maior, Ursa Menor, etc) Várias regiões da Europa  conjuntos de blocos de rochas orientados, quase sempre, na direção do nascer do Sol. Carnac  França Callanish  Escócia Stonenhenge  Inglaterra (essas construções provam que os povos que as construíram possuiam conhecimentos sobre os movimentos do Sol, Lua e Estrelas)  3000 aC. Indícios de que esses povos podiam prever eclipses e fases da Lua
  • 4. Primeiros conhecimentos  movimentos do Sol, Lua e Planetas  relação com a claridade (dia) e a escuridão (noite) e com as mudanças do clima e temperatura que estavam afetos diretamente à sua sobrevivência. Movimento do Sol em relação ao horizonte  nossos ancestrais notaram que após surgir no nascente (levante, oriente ou leste), o Sol descrevia uma trajetória com o passar do tempo, alcançando um máximo de afastamento do horizonte, e dele depois se aproximando outra vez até desaparecer no poente (ocaso, ocidente ou oeste). Surgiu, então a primeira unidade útil de tempo : o DIA
  • 5. Eles verificaram, também que, com o passar dos dias, a trajetória do Sol ia se modificando lentamente, afastando-se para o Norte ou para o Sul. Em determinadas épocas, seu nascer e ocaso atingiam um máximo afastamento para o Norte e, em outras épocas, o Sol nascia e se punha com um afastamento máximo para o Sul. Consequência natural  os períodos de claridade e escuridão tinham diferentes durações: em certas ocasiões as durações do dia e da noite eram iguais (equinócios); em outras, a diferença de duração entre o dia e a noite (nos solstícios) alcançava um valor máximo. Equinócios  a temperatura era mais amena e também o clima  início das estações da primavera e do outono. Solstícios  a temperatura aumentava (e diminuía) muito  início do verão (e inverno) . Homem criou uma nova unidade de tempo para o seu calendário  o ANO
  • 6. Eles verificaram, também que a Lua apresentava um comportamento semelhantes àquele do Sol em termos de movimento diário Ela nascia e se punha sempre em pontos diferentes do horizonte alterando sua posição para Norte ou para Sul bem mais rápido do que o Sol, voltando a nascer no mesmo ponto a cada 28 dias, aproximadamente, enquanto que o Sol fazia isso em cerca de 365 dias. Verificaram também, que os afastamentos máximos da Lua com respeito ao horizonte eram de cerca de 10º para o Norte e ~ 10º para o Sul e que assumia aproximadamente o mesmo valor em aproximadamente 18 anos e meio. O Homem constatou, também que, na medida em que a Lua executava o seu movimento em relação às estrelas, ia modificando seu aspecto (fases)  depois de cerca de 29 ou 30 dias a Lua voltava a apresentar uma mesma aparência. Estabeleceu-se uma nova unidade de tempo  o MÊS
  • 7. Eles verificaram, também que os eclipses estavam relacionados com os movimentos do Sol e da Lua  podiam ser previstos para épocas futuras Observação das Estrelas  também se movimentavam em relação ao horizonte mas que, ao contrário do Sol e da Lua, suas trajetórias não se modificavam com o passar do tempo, permanecendo invariantes os seus pontos de nascer e ocaso. Observaram que havia estrelas que nunca se escondiam no horizonte, permanecendo visíveis todas as noites do ano, executando trajetórias circulares em torno de um ponto comum do Céu  o Polo Celeste. Observaram que as estrelas não modificavam suas posições relativas  formavam agrupamentos ou configurações inalteráveis no tempo  as Constelações. As constelações visíveis, próximas do horizonte leste antes do nascer do Sol , à cada dia, à mesma hora, eram observadas mais altas no Céu, ocorrendo o contrário com aquelas constelações e estrelas perto do horizonte oeste  descobriram, com isso, que o movimento do Sol em relação às estrelas está inclinado em relação à direção de seu movimento diurno.
  • 8. O Homem Primitivo também verificou a existência e o movimento dos “Errantes” (Planetas) por entre as estrelas. Todos esses fenômenos eram conhecidas pelo Homem Pré-histórico  sabemos isso ao analisarmos os primeiros registros históricos! Invenção da Escrita  maior desenvolvimento da Astronomia  um número muito maior de pessoas puderam ter acesso a estes conhecimentos e, a partir deles, realizar novas observações e descobertas, bem como tentar criar explicações para os fenômenos observados.
  • 9. OBSERVATÓRIOS-TEMPLOS E OBSERVATÓRIOS (era pré-telescópica)
  • 10. Observatórios da Antiguidade  observatórios-templos  eram, com freqüência, transformados em locais de cultos e centros divinatórios (China, Babilônia, Egito, Índia, Perú e México). ~ 2.500 a ~ 3.000 aC  conjunto de pedras, o “Stonehenge”, construído muito provavelmente no período neolítico, localizado em Salisbury, na Inglaterra. Não se sabe qual povo a construiu [Druídas , local de oferendas e sacrifícios ] ( Era um observatório-templo ???) O historiador S. Singh aponta uma idade ainda maior ( ~ 5.000 aC) Possíveis interpretações 1.963  Gerald Hawkins  influente estudo argumentando que o monumento era útil para predizer eclipses e as estações do ano usando, para tal, o alinhamento do Sol por entre as pedras (???) 1.963  Fred Hoyle  observatório representando o Sistema Solar (???)
  • 11. Imagem do Stonehenge [Fonte: http:// www.space.about.com]
  • 12. Observatório-Templo da Mesopotâmia (2.000 aC) onde os terraços eram destinados a ritos religiosos e observações astronômicas. [Fonte: Astronomia, Rio Gráfica Editora, 1986]
  • 13. Observatório de Chomsung Dae, Coréia  estrutura simples, em forma de colméia e uma abertura central no teto. [Fonte: Astronomia: Uma aventura na Ciência, Edtora Globo, ano impreciso]
  • 14. Observatório-Templo de Jaipur , Índia ( ~ 1.700 aC) [Fonte: Astronomia, Rio Gráfica Editora, 1986]
  • 15. ~ 300 aC  O grego Ptolomeo I Sotero construiu, na Alexandria, um observatório  Erastótenes utilizou-se desse observatório para estudar as passagens do Sol pelo plano equatorial. ~ 140 aC  Observatório da Ilha de Rhodes, construído por Hiparcus  Famoso catálogo de estrelas revisto e ampliado por Ptolomeo. Ano de 1.260  na Pérsia, observatório construído por Hulaghu Khan. Em 1.400  Observatório de Samarcanda (Ásia Central, atual Uzbequistão), inaugurado pelo príncipe persa Ulagha Beigh  elaboração do catálogo de estrelas de Samarcanda. Ano de 1.471  na Europa, Observatório de Nuremberg, projetado e construído pelo matemático e astrônomo alemão Regiomontano.
  • 16. 1.561  Observatório de Kassel (Alemanha) , erigido por Guilherme IV .  funcionou ativamente por mais de 30 anos durante os quais acumulou numerosos registros de planetas. 1572  Observatório do Colégio Romano, construído pelo jesuíta Clávio (1537- 1612)  observações planetárias. 8 de Agosto de 1576  Início da construção do Observatório de Tycho Brahe na Ilha de Hveen, Dinamarca.  Observatório mais importante da era pré-telescópica.
  • 17. Face mutável da Lua  influências na Antiguidade (e atualmente ???).  A lua nova era considerada melhor ocasião para realizar empreendimentos  A lua cheia era temida como uma época em que os espíritos ficavam livres para vaguear na Terra e causar problemas e loucuras entre as pessoas. O termo “lunático” vem de luna, termo latino para Lua. Imagem da Lua. [Fonte: Astronomia: Uma aventura na Ciência, Edtora Globo, ano impreciso]
  • 18. Principais Centros de Astronomia no Mundo Antigo e suas Contribuições
  • 19. Centros astronômicos antigos (Fonte: J. Herrmann, in “ Astronomy Atlaes” , 1973)
  • 20. 1. CIVILIZAÇÃO BABILÔNICA Início (3º Milênio aC) ; Apogeu (entre 600 e 500 aC) ; Declínio (no ultimo século da Era Cristã).  duração média entre duas fases lunares iguais (Lunação ou Mês Sinódico) = 29,530641 dias (N. Annu, fins do Séc III aC); = 29,530594 dias (A. Kidinnu, ~ 380 aC) Valor moderno aceito para a lunação = 29,530589 dias. • Descoberta do Ciclo de Saros (= 223 meses sinódicos = 18 anos e 11,3 dias) Uma das mais significativas contribuições do povo babilônico  marca intervalo entre eclípses completamente idênticos.
  • 21. Observação mais antiga de um eclipse solar  15 junho de 763 aC (a periodicidade dos eclipses já era conhecida no Séc III aC). • Confecção do calendário lunar (1 ano era constituído de 12 meses de 30 dias). Para corrigir a defasagem com respeito à duração do ano solar (365,25 d), eles adicionavam 1 mês a mais, de vez em quando. A partir de 383 aC eles passaram a adicionar 7 meses a cada 19 anos criando o chamado Ano Luni-solar. • Divisão do dia a partir do por do Sol. Até 1.760 aC conhecia-se a sua divisão em 24 horas . • Constelações mais importantes  receberam suas denominações no 3º Milênio aC. A Moderna Astronomia adotou a maioria desses nomes para designar as constelações zodiacais.
  • 22. 2. CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA • Ao contrário da civilização babilônica, os egípcios adotaram o calendário solar. No 4º Milênio aC eles já sabiam que o ano solar continha 365 dias, com 12 meses de 30 dias e 5 dias complementares. • Início do ano egípcio  Ortho-helíaco de Sirius; ou seja, pela data da sua primeira aparição após o período de invisibilidade. • Esse fato coincidia com o início das cheias do rio Nilo. Observações posteriores revelaram um atraso equivalente a 1 dia a cada 4 anos, de modo que o ortho-helíaco e as cheias do Nilo não coincidiram em um período de 1.400 anos (Período Sothíaco). • Constelações estelares  divisão zodiacal em 36 decanos, cada qual regido por divindades particulares.
  • 23. Foto aérea das pirâmides de Gizé. tirada de um balão, por Eduard Spelterini, em 21/11/1904). [Fonte: http://pt.wikipedia.com ].
  • 24. 3. CIVILIZAÇÃO CHINESA • A história da astronomia chinesa desde o 3º Milênio aC foi compilada na obra “Calendário de 3 ciclos”, de Liu HSIN. • O antigo calendário chinês é parecido com o babilônico e é conhecido desde o Séc II aC. Era Luni-solar com ciclos bisextos de 19 anos. • Os astrônomos da corte chinesa observaram fenômenos celestes extraordinários, cuja descrição conhecemos até hoje. Essas “Crônicas Astronômicas” representam uma valiosa fonte de investigação uma vez que elas confirmam a aparição de novas estrelas, de cometas, etc. • Fins do 3o Milênio aC  os astrônomos Hi e Ho foram condenados à morte por descuido de suas obrigações ao não anunciarem, com tempo hábil, o início de um eclipse solar que marcava, para o povo chinês, o início de certos cultos importantes.
  • 25. Imagem mostrando a esfera celeste da China Antiga (Fonte: J. Horvartt, in “O ABCD da Astronomia e Astrofísica” , 2008)
  • 26. 4. CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA E AMÉRICA CENTRAL • Do 3º ao 4º Milênio aC, os Maias tiveram um enorme desenvolvimento astronômico . Muitas de suas observações são conhecidas até hoje (p.ex., o eclipse lunar de 15 fevereiro de 3.379 aC). Eles conheciam com grande precisão, os períodos sinódicos dos planetas, a periodicidade dos eclípses, etc. • O calendário maia tem início possivelmente em 8 de junho de 8.498 aC. A partir daí se contava com as seguintes unidades: 1 kin = 1 dia; 1 uinal = 20 kin; 1 tun = 18 uinal; 1 katun = 20 tun, e 1 baktun = 20 katun ou 144.000 dias. Eles reconheciam o ano de 365 dias (com 18 meses de 20 dias e 1 mês intercalado de 5 dias) e o período tzolkin equivalente a 260 kin.
  • 27. No Perú, a Astronomia Inca teve grande desenvolvimento. Eles conheciam o período sinódico dos planetas com exatidão admirável. Segundo R. MULLER & L. LOCKE, as anotações encontradas assinalavam 115,8 dias para Mercúrio, 584,8 d para Vênus e 398,88 d para Júpiter (Os valores modernos são 115,88, 583,92 e 398,88 dias, respectivamente). • Calendário inca: 365 dias divididos em 12 meses de 30 dias (+ 5 dias intercalados). ASTECAS (México)  Matemática com base no número 20 (vinte)  Conhecimento sobre a duração do ano (365 dias divididos em 18 meses de 20 dias cada)  Sabiam determinar, com precisão, os solstícios .  Fases e eclipses da Lua.  Reconheciam as posições de diversas constelações, tais como Plêiades e Ursa Maior (ou Grande Ursa).  Conheciam, com precisão, a revolução de Vênus.
  • 28. Edifício em forma de observatório conhecido como “El Caracol”, Yucatan, México. Conhecido desde o Século 13 da era cristã, foi construído durante o ápice da civilização Maia. [Fonte: http://pt.wikipedia.com ]
  • 29. Pedra Asteca ou esfera representativa do Calendário Asteca mostrando as estações e os movimentos das estrelas e dos planetas [Fonte: NASA Exploration: To the edge of the Universe, 1986]
  • 30. 5. CIVILIZAÇÃO GREGA Cultura grega  desenvolvimento intenso da Astronomia. No início a Terra era visualizada como possuindo a forma de um disco em cujo centro achava-se o Olimpo e, no seu entorno, estavam os oceanos e o mar universal. Com o tempo, ganhou força a idéia de uma Terra esférica. Entre as principais evidências, destacavam-se:  observação dos navios ao se aproximarem ou se afastarem da costa;  o fato de que a sombra da Terra que cai sobre a Lua nos eclipses é sempre circular (Aristóteles, 384-322 aC), e  as diferentes alturas dos astros quando observados simultaneamente, no horizonte, de diferentes lugares. PITÁGORAS (DE SAMOS ) [ ~ 540 aC ]  Utilizando sua paixão pela Matemática, demonstrou que os números e as equações podiam ser usadas na formulação de teorias científicas.
  • 31. ANAXÁGORAS [ ~ 500 – ~ 425 aC ] Sol  tocha incandescente muito maior do que o Peloponeso. DEMÓCRITO [ ~ 460 – ~ 370 aC ]  afirmava que a Via Láctea consistia de um número muito grande de estrelas. ARISTÓTELES (DE ESTAGIRA) [ ~ 384 a ~ 322 aC ] • Influenciou os rumos da Ciência por mais de 2.000 anos. • Explicou que as fases da Lua dependem do quanto da parte da face iluminada pelo Sol está voltada para a Terra. • Explicou os eclipses: um eclipse do Sol ocorre quando a Lua passa entre a Terra e o Sol; um eclipse da Lua acontece quando ela está na sombra da Terra. • Aristóteles argumentou a favor da esfericidade da Terra através da observação de que a sombra da Terra na Lua durante um eclipse lunar é sempre arredondada. • Universo esférico e a Terra, também esférica e imóvel achava-se no lugar mais privilegiado: o centro desse Universo. Os astros, considerados esféricos, imaculados e inalteráveis, moviam-se uniformemente em torno da Terra descrevendo trajetórias circulares, suportadas por esferas de cristal.
  • 32. Com esse modelo, a Terra era rodeada sucessivamente por esferas que suportavam a Lua, Mercúrio, Vênus, o Sol, Marte, Júpiter e Saturno. Por fim, encontrava-se a esfera das estrelas fixas realizando uma volta por dia em torno da Terra. • Esse modelo de Universo de Aristóteles era movido por uma força motriz necessária ao movimento de todas as esferas. As esferas tinham contacto entre si de modo que o movimento da esfera das estrelas fixas era transmitido de esfera a esfera e determinava o movimento dos planetas, até a esfera da Lua. ARISTARCO (DE SAMOS) [ ~ 310 a ~ 230 aC ] • Filósofo grego com idéias muito avançadas para o seu tempo • Ao que tudo indica, foi o primeiro a sugerir que a Terra possui, ao mesmo tempo, movimento de rotação diário em torno de seu eixo, e movimento de translação em torno do Sol, demorando 1 ano para percorrer esse movimento. • Aristarco também acreditava que a órbita da Terra em torno do Sol não representava mais que um ponto, comparado com a dimensão da esfera das estrelas fixas.
  • 33. ERASTÓTENES (DE CIRENE) [ 276 – 200 aC ] • Ocupou cargo de bibliotecário-chefe em Alexandria (posto acadêmico de maior prestígio no mundo antigo) • Utilizando a altura do Sol como base de medida, encontrou 7,2o para a distância angular entre Siena (atual Assuã, sul do Egito) e Alexandria. Segundo suas medições, a distância entre as 2 cidades era de 5.000 estádios. Com isso, ele encontrou o perímetro da Terra como sendo (5.000 x 360o)/ 7,2º = 250.000 estádios = 39.250 km. (valor atual ~ 40.100 km) (1 estádio olímpico= distância padrão em que eram disputadas as corridas = 185 m) (1 estádio egípcio = 157 m). Importante: Independentemente do resultado obtido (2% de erro) , vale salientar que Erastótenes desenvolveu um meio científico de medir a dimensão da Terra.
  • 34. Esquema de Erastótenes para cálculo da dimensão da Terra (Fonte: S. Singh, in “Big Bang” , 2008)
  • 35. Comparou o tamanho da sombra projetada pela Terra sobre a Lua, em um eclipse lunar, para verificar que o diâmetro da Lua era ¼ do diâmetro da Terra que ele mesmo havia determinado . A diâmetro da Lua , 3.200 km, segundo Erastótenes (Fonte: S. Singh, in “Big Bang” , 2008)
  • 36. Deduziu a distância até a Lua a partir da sua dimensão. Com um braço esticado ele notou que a Lua ficava totalmente encoberta pelo tamanho da unha do seu dedo indicador. • Verificou que a proporção entre a altura da unha e o comprimento do braço era, aproximadamente a mesma existente entre o diâmetro da Lua e sua distância até a Terra. Como o comprimento do braço é 100 vezes maior que o tamanho da unha, a distância até a Lua é cerca de 100 vezes o seu diâmetro. Distância até a Lua , 320.000 km, na visão de Erastótenes (Fonte: S. Singh, in “Big Bang” , 2008)
  • 37. Deduziu a distância até o Sol usando o fato de que a Terra, a Lua e o Sol formam um triângulo reto quando a Lua se encontra na metade de sua fase. Na meia-Lua, mediu o ângulo formado entre a Terra, a Lua e o Sol e, usando trigonometria, encontrou a distância entre a Terra e o Sol. Distância Terra-Sol, segundo a visão de Erastótenes (Fonte: S. Singh, in “Big Bang” , 2008)
  • 38. Erastótenes deduziu um ângulo equivalente a 87o . Como a distância Terra-Lua, por ele determinada, foi 320.000 km ele encontrou: dTS = 320.000 km/cos(87o) = 611.400 km • Sabemos, atualmente que o ângulo vale 89,85o . Como a distância (média) Terra-Lua vale 384.400 km encontramos: dTS = 384.400 km/cos(89,85o) = 146.800.000 km • Salientamos novamente  os resultados obtidos pelo grego não é importante e sim o seu raciocínio lógico com base na trigonometria.
  • 39. HIPARCUS (DE NICÉIA) [ 160 - 125 aC ] • Foi, provavelmente, o maior astrônomo da Era pré-cristã.  Construiu um observatório na Ilha de Rhodes onde fez observações por mais de 40 anos.  Compilou um catálogo que dispunha a posição e o brilho (magnitude aparente) de 850 estrelas.  na escala de Hiparcus, a magnitude estelar era dividida em 6 categorias, sendo que as estrelas de primeira magnitude eram as mais brilhantes e aquelas de magnitude 6 eram as mais fracas, visíveis a olho nu.  Deduziu a direção correta dos pólos celestes e o movimento de precessão da Terra  variação da direção do eixo de rotação da Terra em virtude da influência gravitacional da Lua e do Sol, que leva cerca de 26.000 anos para completar um ciclo.
  • 40. CLAUDIO PTOLOMEO [ ~ 87 – 170 dC] Compilou todo o conhecimento astronômico de sua época em 13 tomos conhecidos como “ Mathematik Syntaxis” ou “ Megale Syntaxis”. Na Europa , a sua obra ficou conhecida com a denominação arábica “Almagesto”. De acordo com o Almagesto, os 7 planetas, entre os quais também figuravam a Terra e a Lua, moviam-se sobre 7 esferas em torno da Terra, que ocupava o centro do sistema. De dentro para fora sucediam-se a Lua, Mercúrio, Vênus, o Sol, Marte, Júpiter e Saturno. A Terra não ocupava o centro exato de cada órbita; ou seja, as órbitas planetárias eram excêntricas. Somente o Sol e a Lua moviam-se em círculos; os demais planetas percorriam epiciclos cujos centros deslizavam sobre outro círculo conhecido como deferente.
  • 41. Apesar de complexo, o Sistema Geocêntrico de Ptolomeo previa as posições e os movimentos aparentes de todos os planetas conhecidos com erro máximo de 1 grau. • O modelo foi utilizado durante 13 séculos. Manteve-se sem contestação até o Século XVI. Algumas críticas  Afonso X, rei de Castela e Leão (1.221 – 1.284)  “ Se o Senhor Todo-poderoso me tivesse consultado antes de iniciar a Criação, certamente eu teria recomendado alguma coisa mais simples” Nicole d´Oresme, Capelão de Carlos V da França  declarou abertamente que a idéia de um Universo centrado na Terra ainda não tinha sido completamente comprovada Cardeal Nicolau de Cusa (Alemanha, Séc. XV)  sugeriu que a Terra não era o centro do Universo . Evitou sugerir que o Sol ocupasse esse lugar.
  • 42. O modelo geocêntrico de Ptolomeo (Fonte: J. Herrmann, in “Astronomy Atlaes” , 1973)
  • 43. INÍCIO DA NOVA ASTRONOMIA
  • 44. NICOLAU COPÉRNICO (Mikolaj Kopernik) [1473 – 1543] • Nascido de uma próspera família polonesa, Copérnico foi nomeado cônego da Catedral de Frauemburgo devido à influência de seu tio (Lucas), que era bispo de Ermland. • Estudou Direito e Medicina na Itália. Na Polônia, especializou-se em Economia (reforma monetária). • Era apaixonado por Astronomia. Admirava Ptolomeo mas achava seu sistema geocêntrico muito complexo. • Como cônego, suas principais atribuições eram agir como médico de seu tio e seu secretário particular. Sobrava-lhe muito tempo para se dedicar à Astronomia. • Publicou, em 1543, a obra “De revolutionibus orbium coelestium” ou “Das revoluções dos corpos celestes”, estabelecendo as bases do sistema heliocêntrico. Faleceu naquele mesmo ano, vitima hemorragia cerebral ,não chegando a manusear a obra publicada.
  • 45. Os 7 axiomas da Teoria Heliocêntrica : 1. Os corpos celestes não compartilham de um centro comum. 2. O centro da Terra não é o centro do Universo. 3. O ponto central do Universo fica perto do Sol. 4. A distância Terra-Sol é insignificante quando comparada com a distância às estrelas. 5. O movimento diário aparente das estrelas é o resultado da rotação da Terra em torno de seu próprio eixo. 6. A seqüência anual aparente de movimento do Sol é o resultado de uma revolução da Terra em torno dele. Todos os planetas giram em torno do Sol. 7. O movimento retrógrado aparente de alguns planetas é o resultado da nossa posição como observadores em uma Terra móvel. Os axiomas de Copérnico são notáveis em todos os seus aspectos: A Terra e os outros planetas giram em torno do Sol. Isso explica as órbitas planetárias retrógradas , enquanto que a incapacidade de qualquer paralaxe se deve ao fato das estrelas estarem localizadas à grandes distâncias.
  • 46. O modelo heliocêntrico de Copérnico [Fonte: J. Herrmann, in “Astronomy Atlaes” , 1973]
  • 47. TYCHO BRAHE [1546 – 1601] • Proveniente da nobreza dinamarquesa, Tycho ganhou fama por dois motivos: 1. Em 1566 envolveu-se com um duelo com seu primo (Manderup) por causa de uma previsão astrológica. Tycho previra a morte de um soberano otomano sem saber que ele já havia morrido 6 meses antes. A briga culminou com um duelo de espadas onde seu nariz foi cortado ao meio e sua testa marcada. A partir de então, ele passou a usar um nariz falso, colado, feito de ligas de cobre, prata e ouro. 2. Tycho elevou a Astronomia Observacional a um nível de precisão incrível.  Com o auxílio de sextantes e quadrantes, determinou a órbita de Marte.  Além das órbitas planetárias construiu um catálogo de estrelas com precisão de 1/30 de graus (2´ de arco). (Talvez toda essa precisão fosse conseguida pela facilidade que tinha em remover seu nariz postiço para melhor alinhar a vista com o objeto na linha de visada).
  • 48. Tycho tinha , à sua disposição, o Observatório de Uranibourg construído por Frederico II (o observatório chegava a consumir cerca de 5% do PIB da Dinamarca, anualmente).  Biblioteca, fábrica de papel, gráfica, laboratório alquímico , prisão (para servos rebeldes), além de um observatório dispondo de sextantes e quadrantes para observação . 1588  Publicou “De mundi aetheri reentioribus phoenomeris” (À respeito de novos fenômenos no mundo etéreo). No modelo de Tycho, todos os planetas orbitam o Sol que, por sua vez, orbita a Terra. Ainda em 1588  migrou para Praga onde foi nomeado matemático imperial de Rodolfo II.  Acolheu, como assistente, Johannes Kepler, um excelente matemático.  A dupla Brahe-Kepler foi perfeita: Brahe havia compilado o melhor catálogo de observações astronômicas e Kepler se mostraria, com o tempo, como sendo um excelente interprete desses resultados observacionais. 1601  em jantar oferecido pelo barão de Rosenberg , bebeu com o excesso costumeiro. Quando chegou em casa, passou a ter febres e alternar períodos de inconsciência e delírios falecendo dias depois.
  • 49. JOHANNES KEPLER [1571 – 1630] • Com a morte de Tycho, Kepler passou a ocupar o cargo de Astrônomo da Corte Imperial de Praga . • Analisou as observações catalogadas por Tycho e, em 1609, publicou “ Astronomia nova” (A nova astronomia) com as duas primeiras leis do movimento planetário (a lei da elípse e a lei das áreas). A terceira lei de Kepler aparece na obra “Harmonices mundi” (Mundo harmonioso), publicado em 1619. • De acordo com Kepler, Copérnico falhava nos seguintes axiomas: 1. Os planetas movem-se em círculos perfeitos. 2. Os planetas movem-se com velocidades constantes. 3. O Sol localiza-se no centro dessas órbitas. • Kepler expôs os erros de Copérnico ao mostrar que: 1. Os planetas movem-se em órbitas elípticas, não em círculos perfeitos. 2. Ao longo dessas órbitas, as velocidades planetárias variam constantemente. 3. O Sol não se localiza, exatamente, no centro dessas órbitas. • Embora simples, elegante e preciso nas previsão das órbitas planetárias, a grande maioria dos filósofos, astrônomos e líderes da Igreja aceitou que era um bom modelo para se fazer cálculos. Mas continuou com a firme crença de que a Terra estava localizada no centro do Universo.
  • 50. Em 1610, um amigo (von Wackenfels) deu a Kepler a notícia mais empolgante até então recebida: na Itália, Galileo estava usando um novo instrumento de medidas que explorava, em detalhes, os corpos celestes. Dessas observações, Galileo havia armazenado evidências que concluíam que Aristarco, Copérnico e Kepler estavam corretos em afirmar que o Sol estava no centro do Universo. Primeira e Segunda Leis: das órbitas elípticas e das velocidades planetárias (um raio- vetor que se estenda desde o Sol até o planeta varre áreas iguais em iguais intervalos de tempo).
  • 51. Movimentos real e aparente dos planetas. [Fonte: Astronomia: Uma Aventura na Ciência, Editora Globo, 1987]
  • 52. GALILEO GALILEI [1564 – 1642] • Considerado o pai da Ciência Moderna, Galileo desempenhou um papel fundamental para a consolidação do modelo heliocêntrico através das observações astronômicas • 1609  Aperfeiçoou o instrumento óptico de Hans Lippershey criando uma luneta cuja capacidade de ampliação alcançava 20x. • Contribuições mais significativas:  Leis de queda livre dos corpos  Lei das oscilações dos pêndulos  observou as manchas solares  descobriu as 4 principais luas de Júpiter observou as fases de Vênus  detectou as irregularidades (relevo) da Lua
  • 53. Luneta de Galileo em exposição em Florença (ITA). [Fonte: www.wikipedia.com] 1610  Publicação dos resultados observacionais na obra “Siderius nuncius” 1616  compareceu pela primeira vez ante a Inquisição Romana  foi proibido de continuar defendendo o modelo heliocêntrico sob pena de excomunhão e exílio.
  • 54. Mapas mostrando as irregularidades na superfície lunar, de acordo com as observações de Galileo [Fonte: S. Singh, in “Big Bang” , 2008] Interpretação das principais observações astronômicas de Galileo: A Lua não era perfeita, imaculada. A Terra não era perfeita, imaculada, O Sol não era perfeito, imaculado.
  • 55. Observadas com regularidades, as manchas solares permitiam concluir que o Sol rotacionava em torno de um eixo próprio. Sendo assim, Terra e Lua também poderiam ter movimentos de rotação Ao observar Vênus, Galileo pode concluir que ele não emitia luz própria de modo que, tal como a Terra, Vênus reflete a luz do Sol. Ao observar, em 07 de janeiro de 1610, 3 “estrelinhas “ em movimento de rotação (mais tarde, observou a quarta) em torno de Júpiter, Galileo concluiu que eram seus satélites naturais. Os astros podiam, afinal, girar em torno de outro astro que não fosse a Terra. Não havia objeção ao heliocentrismo uma vez que Júpiter e suas luas constituiam um Sistema Solar miniaturizado.  Todas essas conclusões motivaram Galileo ao confrontamento com a Igreja Romana
  • 56. Ao publicar “Dialogo sobre dois Sistemas”, Galileo teve mais problemas com a Inquisição. Foi obrigado a se exilar em sua casa, em Arcetri. “Diálogo” foi acrescentado ao “Index Librorum Prohibitorum”. Frente à Inquisição, Galileo afirmou: “A Sagrada Escritura destina-se a ensinar aos homens como ir para o Céu e não como o Céu funciona”. Faleceu em 1637, exilado e cego , provavelmente em virtude de glaucoma produzido pelas observações solares.
  • 57. ISAAC NEWTON [1642 – 1727] • Nascimento em circunstâncias trágicas: seu pai morrera alguns meses antes e sua mãe casara-se novamente com uma pessoa de 63 anos que recusou aceitá-lo em sua casa. Newton foi criado por seus avós , tornando-se uma pessoa amargurada, isolada e, às vezes, cruel. • 1696  foi nomeado diretor da Casa da Moeda Inglesa  implacável na caça aos falsificadores de moedas que estavam levando o país à falência. Newton introduziu moedas com bordas estriadas, muito difíceis de serem falsificadas. Com essa medida, Newton recuperou o poderio financeiro daquele império. • 1997  A moeda britânica de 2 libras tinha a inscrição “De pé, sobre ombros de Gigantes” , uma homenagem a Newton quando escreveu essa frase para seu “amigo” , Robert Hooke. A história ensina que Newton reconhecia seu próprio sucesso graças aos trabalhos de gigantes como Pitágoras e Galileo. Para S. Singh, a frase fazia alusão velada e ofensiva à corcunda de Hooke e seu andar curvado.
  • 58. Contribuições mais significativas:  Criação do Cálculo Diferencial e Integral.  Leis da Cinemática e Dinâmica dos Corpos.  Criação do telescópio refletor.  Teoria de Gravitação Universal e bases da Mecânica Celeste. • 1687  publicou a obra “Philosophiae naturalis principia mathematica” (Princípios Matemáticos de Filosofia Natural) [algumas dessas contribuições serão aplicadas durante o nosso Curso]
  • 59. • Algumas conseqüências para a Astronomia do trabalho de Newton  E. Halley determinou a órbita precisa do Cometa de 1682 e previu retornos. 1755  I. Kant atribuiu à gênese do Sistema Planetário, um processo mecânico. 1788  J. L. Lagrange estudou o problema de três corpos. 1799  P. S. Laplace publicou, em “Mecânica Celeste”, a invariabilidade do semi-eixo maior das órbitas planetárias. Leverrier & Adams previram a existência de Netuno, com base em um estudo das perturbações na órbita de Urano 1846  Observatório de Berlin confirma a observação do planeta Netuno.
  • 60. 1844  F. W. Bessel prevê a existência de uma companheira para Sirius ao estudar perturbações em sua órbita. 1862  Descoberta a “companheira” de Sirius. J. Dollong  desenvolvimento e construção das lentes acromáticas, aperfeiçoadas por J. Fraunhoffer (1787-1826) na Alemanha. W. Hershell (1738 – 1822)  talvez o maior de todos os construtores de telescópios refletores.  Estudo de Nebulosas e Aglomerados Estelares.  Estatística estelar da Via Láctea.  Descobrimento de novos satélites naturais dos planetas do SS. 1838  W. Strüve determina a primeira paralaxe de uma estrela fixa. 1859  R. W. Bunsen e G. R. Kirchhoff  técnicas da análise espectral
  • 61. Segunda Metade do Século XIX  Introdução da fotografia e dos métodos fotométricos às observações astronômicas.