SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 31
Baixar para ler offline
ALTERNATIVAS LOCACIONAIS PARA IMPLANTAÇÃO DO
    COMPLEXO PORTO SUL NA REGIÃO DE ILHÉUS, BAHIA
    - INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS E POLO INDUSTRIAL E DE SERVIÇOS -




       Esta análise configura os aspectos técnicos relevantes do ponto de vista ambiental e
de engenharia envolvendo as Alternativas Locacionais para Implantação do Complexo
Porto Sul e foi acordada com a Secretaria de Estado da Casa Civil após realização de
reunião, em 14 de outubro de 2008, com a participação das Secretarias de Planejamento,
Meio Ambiente, Indústria, Comércio e Mineração e Infra-Estrutura do Estado da Bahia, para
escolha da alternativa mais adequada para implantação, no município de Ilhéus, do
Complexo Porto Sul - porto, retro-porto e retro-área industrial.
       O objetivo do Governo da Bahia é maximizar a competitividade da operação
portuária e os benefícios socioeconômicos para a região e minimizar os impactos e riscos
ambientais associados à instalação de uma estrutura desse porte, bem como garantir o
controle e o ordenamento da ocupação da área destinada ao complexo portuário e do seu
entorno, em sintonia com a sua atual “missão” e “visão de futuro”:


                                                         Promover o desenvolvimento socioeconômico
                                               e ambiental do Estado a Bahia em bases sustentáveis,
                                               garantindo igualdade de oportunidades a todos os
                                               cidadãos, independentemente de raça, gênero e religião.


                                                         Estado cuja população desfrute de qualidade
                                               de vida, equilíbrio social e étnico, produtor de bens e
                                               serviços de alto valor agregado, articulado nacional e
                                               internacionalmente.


       Este documento está dividido em 04 (quatro) partes: inicialmente, é realizada a
contextualização do empreendimento, seguida da apresentação do objeto de estudo, dos
empreendimentos associados ao Complexo Porto Sul e das alternativas locacionais
consideradas. É, então, apresentada a avaliação das alternativas sob os enfoques
ambiental1 e de engenharia2 e, finalmente, são apresentadas as conclusões e
recomendações gerais vinculadas às principais preocupações referentes à localização e
implantação do Complexo.



1
  “Avaliação das Alternativas Locacionais de Implantação do Programa Multimodal de Transporte e Desenvolvimento Mínero-
industrial da Região Cacaueira — Complexo Porto Sul”, realizado pelo LIMA/COPPE/UFRJ, por solicitação do Instituto de Meio
Ambiente (IMA), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMAD).
2
  “Avaliação Preliminar de Alternativas para Implantação do Complexo Porto Sul”, realizado pela Secretaria de Infra-Estrutura.


                                                              1
1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO COMPLEXO PORTUÁRIO

        O Complexo Porto Sul deverá se constituir em um centro logístico importante,
oferecendo uma alternativa eficiente e competitiva para o escoamento da produção agrícola
e mineral e para a importação de insumos e produtos para o Estado e região central do
Brasil. Quando totalmente implantado esse complexo portuário/industrial irá constituir um
importante vetor de desconcentração econômica do Estado, estimulando o desenvolvimento
para uma extensa região que abarca o Litoral Sul do Estado e o Semi-árido Baiano,
influenciando positivamente, também, as regiões de cerrado do Estado e da Região Centro
Oeste do Brasil.
        No âmbito regional, sabe-se que a instalação de uma estrutura portuária estimula
uma série de atividades econômicas em função de vantagens competitivas associadas às
facilidades logísticas, além de demandar uma rede de serviços diversos que dão suporte à
operação portuária e às outras empresas que se estabelecem nas proximidades do porto.
        Trata-se de uma estrutura de escoamento de produtos capaz de atrair atividades
industriais e suas respectivas cadeias produtivas, como é o caso da siderurgia e do pólo
metal-mecânico. Estimula, ainda, outros setores produtivos, como a construção civil e o
setor de comércio e serviços, que é impulsionado a partir de efeitos positivos diretos e
indiretos sobre a demanda.
       Um primeiro olhar sobre as mudanças advindas da implantação de um complexo
portuário desse porte sugere uma série de benefícios, geralmente associados às novas
oportunidades de emprego e investimento para a população local e ao crescimento
econômico. As novas atividades e o aumento da renda têm um efeito multiplicador sobre a
economia local e regional, estimulando o mercado consumidor e outros setores que não
estão diretamente associados à atividade portuária. Vale ressaltar que estes efeitos se
estendem à economia estadual e a outras regiões do país.
       Ao mesmo tempo, entretanto, há uma série de aspectos negativos que devem ser
considerados. A simples expectativa com relação aos novos investimentos pode induzir
fluxos migratórios capazes de sobrecarregar a infra-estrutura existente, agravando uma
série de problemas comuns aos centros urbanos em áreas como segurança, saúde,
educação, transporte e saneamento ambiental. Ainda nesse sentido, são muito importantes
os problemas associados à expansão desordenada e ocupação irregular no entorno dos
centros urbanos e do próprio complexo portuário.
        A implantação do complexo Porto Sul irá interferir profundamente na estrutura
espacial e funcional, não só da cidade de Ilhéus, mas, de todo o eixo urbano Ilhéus-Itabuna,
sendo sua localização estratégica para garantir o desenvolvimento região. Terá, ainda,
reflexos significativos sobre o processo de planejamento e a estrutura do turismo, tanto para
a cidade de Ilhéus quanto para a Zona Turística da Costa do Cacau.




                                              2
Com relação aos aspectos ambientais, ressalta-se que os impactos potenciais da
implantação do Porto Sul sobre a biodiversidade, a dinâmica dos ecossistemas terrestres e
marinhos, a alteração da paisagem e a modificação em termos qualitativos e quantitativos
dos recursos hídricos irão extrapolar o sítio portuário e as retro-áreas.
        Estes impactos devem surgir regionalmente, como conseqüência das fortes
alterações de ordem econômica e social esperadas. A minimização dos riscos ambientais e
sociais, assim como a maximização dos benefícios econômicos serão possíveis caso sejam
adotadas medidas adequadas de planejamento, controle e gestão dos empreendimentos.


   2. OBJETO DO ESTUDO E ALTERNATIVAS LOCACIONAIS

        A implantação do Complexo do Porto Sul representa uma demanda do Governo do
Estado da Bahia para o escoamento da produção mineral e agrícola, associando
empreendimentos vinculados à rota siderúrgica, entre outros, agregando valor e ampliando
as vantagens competitivas. Nessa perspectiva, o Governo vem planejando corrigir as
carências de infra-estrutura e, dentro de uma nova estratégia logística, pretende interligar,
por ferrovia, as áreas produtoras de grãos do oeste e as reservas ferríferas do sudoeste a
uma estrutura portuária com capacidade para grandes volumes de produção.
       Considerando as melhores alternativas do ponto de vista econômico — trajetos mais
planos e mais curtos para a ferrovia, batimetria favorável em função do calado dos navios e
a presença de uma cidade com infra-estrutura compatível com o suporte necessário à
implantação do complexo, houve o indicativo para a seleção do município de Ilhéus.
       Em função das dificuldades relacionadas ao porto existente em Ilhéus - Porto do
Malhado - um novo porto deverá ser construído para atender às necessidades do novo
corredor de transporte. O porto do Malhado não possui calado para operação de navios de
grande porte, essenciais no transporte marítimo internacional, e apresenta elevados custos
de operação, em virtude da necessidade freqüente de dragagens. Além disso, está situado
em plena zona urbana da cidade, o que inviabiliza a expansão das suas atividades retro-
portuárias e a implantação de novos corredores de acesso ferroviário e rodoviário.
        O novo porto deverá ser do tipo “off-shore”, com características básicas de um
terminal marítimo para movimentação de minério, que será a carga predominante, tendo em
vista as dimensões, capacidades e características geométricas dos navios necessários ao
seu carregamento comercial.
       Instalações (piers) para movimentação de outras cargas, como grãos agrícolas,
combustíveis, contêineres e para apoio ao setor petrolífero (supply boats), por exemplo,
serão projetadas considerando a configuração da ponte marítima “off-shore”.
       O terminal marítimo deverá ser dimensionado para atender embarcações de 170.000
a 200.000 DWT. O seu canal de acesso com 200 m de largura e bacia de evolução com
diâmetro de 700m deverão estar dragados na cota -19m, compatível com a profundidade
exigida para a operação desse tipo de embarcação.


                                              3
O Complexo Porto Sul, além das instalações “off-shore”, compreenderá             as
seguintes áreas em terra:

          •   Área portuária primária para pátios operacionais e administração, com
              aproximadamente 500 ha;

          •   1ª retro-área, próxima à área primária, para terminais de carga, com cerca de
              750 ha;

          •   2ª retro-área, distante do porto, para indústrias e terminais de carga, com
              cerca de 2.100 ha.
       O dimensionamento das áreas levou em conta as necessidades de movimentação
de fluxos de minérios, carvão, grãos agrícolas, fertilizantes, combustíveis, produtos
siderúrgicos e contêineres, considerados como os de maior atratividade para o Complexo.
        Para a localização das instalações do futuro complexo portuário optou-se,
inicialmente, por avaliar a viabilidade de três áreas, do ponto de vista ambiental e de
engenharia. Duas dessas três áreas estão situadas no litoral norte do município de Ilhéus
(Ponta da Tulha e Aritaguá) e a outra ao sul de Olivença (Figura 1).




              Figura 1 – Alternativas Locacionais



                                            4
Aritaguá — a área está localizada ao norte da sede municipal de Ilhéus, na margem
         direita do rio Almada, próxima à Estrada-parque Ilhéus–Itacaré (BA-001) e do Distrito
         Industrial, estando inserida na APA Lagoa Encantada e Rio Almada.
         Ponta da Tulha — localizada na região conhecida como Ponta da Tulha, ao norte da
         cidade de Ilhéus, próxima à área de Aritaguá, estando inserida na APA Lagoa
         Encantada e Rio Almada. O Governo do Estado da Bahia decretou3, em fevereiro de
         2008, uma área localizada nessa região como de utilidade pública para a
         “implantação de um novo porto e pólo industrial e de serviços”4. O novo aeroporto
         projetado para Ilhéus ficaria entre as duas áreas: Ponta da Tulha e Aritaguá.
         Sul de Olivença — a área está localizada ao sul da sede municipal de Ilhéus, na
         região entre Olivença (Distrito de Ilhéus) e Una. Ainda que não esteja inserida em
         uma unidade de conservação, como as anteriores, está, entretanto, inserida no mini-
         corredor Una-Baixão-Lontras.


    3. AVALIAÇÃO DAS ALTERNATIVAS

       Com o desenvolvimento dos trabalhos de avaliação, a alternativa ao sul de Olivença
que, em um primeiro momento, se mostrou a mais promissora do ponto de vista ambiental,
apresentou algumas características que foram consideradas limitantes à implantação do
Complexo Portuário e da sua infra-estrutura de acesso necessária.
       O primeiro aspecto diz respeito à presença de tribos indígenas naquela região. De
acordo com a FUNAI (2008), já existem terras indígenas declaradas, com limites
reconhecidos pelo Ministério da Justiça e outras com Portaria de Restrição de Uso ou em
fase de estudo, levando à exclusão desta opção locacional.
       Embora a questão indígena per si já caracterize motivação para exclusão, existem
outras fatores técnicos e econômicos que tornam a construção do Complexo Porto Sul,
como concebida, extremamente onerosa e problemática.
       Em primeiro lugar, o relevo da área, bastante acidentado, implicaria em grandes
volumes de terraplenagem para a implantação das instalações em terra, com elevados
custos de construção.
      Em segundo, pelas mesmas razões, associadas às características do relevo, o
acesso ferroviário a essa alternativa se daria pelo vale do rio Cachoeira, cruzando esse rio e
o Santana nas proximidades de Ilhéus, cortando a área urbana da cidade para se



3
  Decreto n. 10.917 de 20/02/08, revogado pelo Decreto n. 11.003 de 09/04/08, o qual retirou do texto original o caráter de
urgência.
4
  A definição desta área foi consolidada a partir da criação de ‘Grupo de Estudo’ envolvendo as Secretarias de Planejamento,
Infra-Estrutura e Indústria, Comércio e Mineração e Meio Ambiente. Criado pelo Decreto n. 10.812/2008 e Portaria n. 002/2008
esse Grupo, inicialmente, indicou cinco áreas com potencial para implantação do complexo: Porto do Malhado, Distrito
Industrial de Ilhéus, Aritaguá, Ponta da Tulha e Campinho. Em um segundo momento, em função de causas ambientais, físicas
e econômicas optou-se pela realização de estudos direcionados para as atuais três áreas em análise, consideradas mais
propícias.



                                                             5
desenvolver ao longo do litoral até atingir a área em questão. O mesmo aconteceria com o
acesso rodoviário, que se daria pelo eixo da BR 415 e pela BA 001.
         O cruzamento da zona urbana da cidade de Ilhéus, a localização dos acessos
ferroviário e rodoviário no eixo Itabuna – Ilhéus, hoje praticamente conurbado, e a utilização
de trecho da rodovia turística BA 001 trariam, na prática, para o novo porto, as mesmas
restrições hoje existentes para o Porto do Malhado, o que inviabilizaria a sua implantação e
operação.
       A análise conjunta de todos esses aspectos apontou para a necessidade de
exclusão da área ao sul de Olivença. A partir dessa exclusão, ampliou-se o foco nos
aspectos levantados na análise ambiental e de engenharia para Aritaguá e Ponta da Tulha.



    3.1              ANÁLISE AMBIENTAL

        A análise ambiental baseou-se em determinados temas, considerados críticos tanto
pela comunidade local5, quanto pela equipe técnica, incluindo questões sociais e
econômicas. A cada um desses fatores foram selecionados os processos estratégicos e
respectivos indicadores, que balizaram a análise da situação atual e prospectiva6. Os
potenciais impactos e riscos7 ambientais identificados retratam as conseqüências da
implantação do Complexo Porto Sul. A percepção da sociedade também foi avaliada em
entrevistas às organizações sociais, universidade e junto à própria população em pesquisa
expedita8. A Tabela 1 apresenta os fatores críticos, processos estratégicos e indicadores
considerados na análise ambiental.


         Tabela 1 – Fatores Críticos, Processos e Indicadores


          Fator
                                                 Processo                                         Indicador
       Estratégico
                                                                                  Área com cobertura florestal /área de uso
                             Perda da cobertura vegetal nativa.
                                                                                  antrópico (%).
Biodiversidade e
                             Redução do potencial de restauração dos              Fragmentação dos remanescentes
dinâmica dos
                             ecossistemas e biodiversidade.                       florestais.
ecossistemas terrestres
                             Eliminação de ambientes singulares e espécies        Extinção de espécies em nível local e
                             da fauna e flora.                                    regional.
Biodiversidade e                                                                  Concentração de contaminantes na cadeia
                             Contaminação do fundo marinho.
Dinâmica dos                                                                      trófica.
Ecossistemas Marinhos
                             Desestruturação das comunidades biológicas.          Redução da produtividade pesqueira.
                             Alteração da qualidade ambiental dos
                                                                                  Perda da biodiversidade.
                             ecossistemas costeiros.



5
  O IMA promoveu algumas reuniões com a comunidade local, previamente à construção do Termo de Referência para a
realização da Avaliação Ambiental Estratégica, cujos resultados foram considerados na análise ambiental.
6
  Detalhamento das análises no Relatório Técnico já mencionado, disponível para consulta.
7
  O risco de ocorrência de eventos acidentais de derramamento de óleo foi associado ao potencial relacionado às atividades de
exploração e produção de petróleo nas Bacias de Camamu e Almada — totalizam uma área de 22.900 km² até o limite da cota
batimétrica de 3.000 m, sendo 16.500 km² pertencentes à Bacia de Camamu e 6.400 km² à Bacia de Almada (ANP, 2006).
8
  A pesquisa, ao longo de uma semana, foi direcionada à implantação do Complexo Portuário em Ilhéus, sem dar ênfase à
alternativa locacional.



                                                             6
Acessibilidade às áreas tradicionais de pesca.     Aumento nos conflitos de uso.
                                                                             Relação entre a área impermeabilizada do
                          Impermeabilização de áreas.
                                                                             porto e a área total do porto (%).
Recursos Hídricos         Contaminação dos recursos hídricos superficiais.   Índice de Qualidade de Água (IQA)
                          Contaminação dos recursos hídricos
                                                                             Índice de Qualidade de Água Subterrânea.
                          subterrâneos.
                                                                             Concentração de material particulado e
Recursos Atmosféricos     Degradação da qualidade do ar.
                                                                             gases (NOx, SOx e outros).
                                                                             Percentual de áreas com conflitos /
                          Comprometimento do Plano Diretor e do ZEE.
                                                                             mudanças de uso.
Ordenamento Territorial                                                      Níveis de desagregação e degradação
                          Novos usos e frentes de ocupação.
                                                                             urbanísticas.
                          Ocupações desordenadas em áreas críticas.          Áreas e locais comprometidos.

                          Dinâmica espacial de desenvolvimento               Distribuição regional do PIB Municipal.
Socioeconomia                                                                Número de populações tradicionais e sítios
                          Perda de valores socioculturais.
                                                                             de interesse afetados.
                          Desvinculação do sistema de planejamento           Redução dos investimentos públicos e
                          turístico – PRODETUR, com perda de                 privados em infra-estrutura turística /
                          credibilidade institucional.                       valores ameaçados a curto e longo prazo.
Turismo
                          Degradação e descaracterização das paisagens,
                                                                             Número e peso de elementos
                          da qualidade visual e conceitual do turismo
                                                                             desconfigurantes.
                          sustentável.



      A análise da Biodiversidade e Dinâmica dos Ecossistemas Terrestres apontou
algumas diferenças entre as duas áreas, principalmente no que diz respeito ao estágio de
regeneração da cobertura vegetal, à conectividade e à presença de áreas frágeis (áreas
alagadas e a proximidade da Lagoa Encantada), identificando a região de Aritaguá como
menos sensível aos potenciais impactos associados à implantação do complexo portuário.
       No caso da Biodiversidade e Dinâmica dos Ecossistemas Marinhos, a diferença
entre as duas áreas está principalmente associada à suscetibilidade de contaminação do
fundo marinho. Neste caso, Aritaguá apresenta-se como a região mais sensível, devido à
predominância do fundo lamoso, que favorece a absorção de contaminantes.
       Com relação aos Recursos Hídricos, a questão ressaltada é a facilidade de se
controlar os efluentes das atividades ali instaladas, em função da dinâmica de drenagem, o
que, no caso da Ponta da Tulha, é menos complexa do que na região de Aritaguá, à
margem direita do Rio Almada.
       A análise dos aspectos relacionados à Qualidade do Ar não diferencia as duas
áreas em um primeiro momento, mas aponta uma maior fragilidade da região de Ponta da
Tulha com relação à dispersão de poluentes atmosféricos, por conta da maior proximidade
com a Lagoa Encantada.
       No que diz respeito ao Ordenamento Territorial, a alternativa de Aritaguá apresenta
vantagens associadas ao potencial de ampliação e conectividade territorial e funcional das
novas atividades ao eixo Ilhéus - Itabuna e se mostra menos problemática no que se refere
à inibição do crescimento habitacional desordenado, proporcionado pela pressão
demográfica.
      Os aspectos socioeconômicos foram avaliados de duas perspectivas diferentes.
Com relação aos benefícios econômicos, estes não dependerão da localização do porto em



                                                             7
uma ou outra área. A diferença mais marcante está associada ao valor sociocultural da
Lagoa Encantada, o que torna a Ponta da Tulha uma região mais importante para a
comunidade local.
         A única atividade produtiva avaliada foi o Turismo, cuja análise mostrou maior
sensibilidade da atividade aos impactos visuais e à degradação da paisagem pela estrutura
portuária em Ponta da Tulha, devido à proximidade da Lagoa Encantada e com os destinos
turísticos ao norte de Ilhéus, ao longo da rodovia BA 001.
        No que se refere aos riscos ambientais, as duas regiões apresentam características
muito semelhantes. A análise apontou, entretanto, algumas questões que estão associadas
às duas áreas e avaliou o risco de acidentes de colisão e encalhe e acidentes durante
transferência de carga ou operações de abastecimento, que devem ser consideradas no
planejamento do porto.
         O processo de avaliação das Percepções Sociais identificou, basicamente, três
grupos distintos: os que são declaradamente a favor, os que são totalmente contra e os que
estão em dúvida com relação à implantação do Complexo Porto Sul em Ilhéus. Vale
destacar, como resultado, a disposição do grupo contrário ao empreendimento em
judicializar o processo, por meio da impetração seqüencial de ações na justiça, caso uma
série de condições não seja atendida.
       Assim, os aspectos avaliados sinalizam com impactos e riscos ambientais que
favorecem a implantação do Complexo Porto Sul em Aritaguá, em detrimento da Ponta da
Tulha. Maiores detalhes sobre as análises encontram-se no ANEXO I, síntese do estudo de
“Avaliação das Alternativas Locacionais de Implantação do Programa Multimodal de
Transporte e Desenvolvimento Mínero-industrial da Região Cacaueira — Complexo Porto
Sul”.



        3.2        ANÁLISE DE ENGENHARIA

        A análise das alternativas sob o enfoque de engenharia foi efetuada com base em
carta topográfica na escala 1:100.000, de 1972, complementada com informações sobre a
ferrovia Bahia Oeste definida pela VALEC9. Foi utilizada, também, carta náutica na escala
1:50.000, para pré-dimensionamento das estruturas de atracação, e imagem de satélite da
região.
       A avaliação dos sítios de Aritaguá e Ponta da Tulha foi feita segundo os seguintes
aspectos construtivos:

    •   Acesso rodoviário;
    •   Acesso ferroviário;
    •   Acesso à profundidade 19 m; e
    •   Terreno para implantação do porto
9
 A VALEC-Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. é uma empresa pública, sob a forma de sociedade por ações, controlada
pela União, no Ministério dos Transportes.



                                                          8
Não foram consideradas, para efeito de avaliação comparativa, as retro-áreas mais
distantes, destinadas às indústrias, com previsão para combustíveis, siderurgia, metal
mecânicos, petroquímicos, usina de gaseificação e usina termoelétrica (UTE). Essas áreas,
cuja localização considerou sugestões da Associação Brasileira de Zonas de
Processamento de Exportação (ABRAZPE), foram situadas próximas à rodovia Uruçuca –
Ilhéus, sendo comuns a ambas as alternativas.
         Na análise efetuada foram observadas as seguintes premissas:

         •    Acessos rodoviários:

              •    Minimizar o impacto de tráfego gerado na BR 415, no segmento
                   Ilhéus/Itabuna, quando da entrada em operação do Porto;

              •    Não permitir ligação direta entre a Rodovia BA-001 e a área portuária, em
                   razão de sua condição de Estrada Parque e do turismo local;

              •    Priorizar a utilização da Rodovia BR-101 como principal corredor de acesso à
                   região.

         •    Acesso ferroviário: considerar o traçado geral da ferrovia fornecido pela
              VALEC.

         •    Acesso marítimo: considerar as características básicas de um terminal marítimo
              para movimentação de minério, considerando as profundidades definidas.

         •    Área para implantação do porto: considerar as condições topográficas das
              áreas em análise, a hidrografia, condições executivas de terraplenagem e
              ocorrência de materiais adequados.

      As tabelas a seguir mostram, de forma resumida, o resultado das avaliações feitas
segundo os aspectos considerados.


                                        Tabela 2 - Acessos Terrestres
                                 Acesso                                              Acesso
                                                            Diferença                                 Diferença
                                Rodoviário1                                         Ferroviário
                                                               (Km)                                      (Km)
                                   (Km)                                                (Km)
  ARITAGUÁ                         27,8                                                25,4
  PONTA DA TULHA                   33,5                       + 5,7                    30,6             + 5,2
(¹) acesso a partir da BR 101, com 16 km de trecho comum.



                        Tabela 3 - Instalação Off-Shore e Acessos Marítimos¹
                                                                 Bacia de
                          Molhe            Canal de                                                 Ponte Travessia
                                                                 Evolução          Ponte Marítima
                          Abrigo           Acesso                                                       Ba 001
                                                                 Diâmetro               (M)
                           (M)               (M)                                                          (M)
                                                                    (M)
ARITAGUÁ                   1.700             1.500                  700                2.600             1.000
PONTA DA
                           1.700              200                  700                 2.350             400
TULHA
(¹) Considerado apenas a instalação portuária para embarque de minério de ferro.




                                                             9
Tabela 4 - Instalação Off-Shore e Acessos Marítimos – Volume de Enrocamento,
                      Dragagem e Área das Estruturas em Concreto¹
                         Enrocamento Molhe                                                        Ponte Travessia
                                                           Dragagem²             Ponte Marítima
                               Abrigo                                                                 BA 001
                                                            (M³X10³)                  (M²)
                              (M³X10³)                                                                 (M²)

ARITAGUÁ                          2.200                        4.980                  15.600           6.000

PONTA DA
                                  2.200                        1.712                  14.100           2.400
TULHA
(¹) Considerado apenas a instalação, portuária para embarque de minério de ferro.
(²) Volume de dragagem do canal de acesso, bacia de evolução e pier de carga para cota -19.


        Com relação às condições do terreno para implantação do porto, o desconhecimento
da cota de chegada da ferrovia, entre outras variáveis, não permitiu a estimativa das cotas
dos platôs para implantação dos vários terminais de carga nas duas alternativas. A
determinação da cota é importante para o cálculo do volume de movimentação de terra,
especialmente em Aritaguá, onde a área do porto apresenta maior dificuldade na
terraplenagem para implantação dos vários platôs, em face da sua topografia mais
acidentada.
    A análise efetuada permitiu a constatação de aspectos importantes:
         há grandes diferenças nos volumes de terraplenagem necessários para implantação
         das instalações em terra nas duas alternativas, com vantagens para a área de Ponta
         da Tulha;
         Em função, entretanto, da incerteza na determinação das cotas para lançamento dos
         platôs e, conseqüentemente, na determinação mais precisa dos quantitativos de
         terraplenagem, optou-se, nesta análise preliminar, por uma avaliação comparativa
         conservadora dos sítios, adotando-se uma diferença de apenas 10% no volume de
         terraplenagem entre as duas alternativas.
         há grandes diferenças existentes, tanto no dimensionamento das estruturas “off-
         shore”, quanto nos volumes de dragagem necessários para a implantação do
         terminal marítimo nas duas alternativas, novamente com vantagem para a área de
         Ponta da Tulha.
Os volumes de terraplenagem e de dragagem representam os principais itens de custos de
implantação da infraestrutura básica do Porto Sul, com um percentual de participação de
aproximadamente 80% no total dos investimentos. Dessa forma, a avaliação preliminar
técnica e econômica, sob o enfoque da engenharia, apontou a alternativa Ponta da Tulha
como a mais indicada para a implantação do Complexo Porto Sul.
       Nas tabelas e mapas no ANEXO II podem ser vistos um resumo dos resultados das
análises realizadas para cada alternativa, obtidas a partir do Relatório de Avaliação
Preliminar de Alternativas para Implantação do Complexo Porto Sul, da Secretaria de Infra-
Estrutura do Estado da Bahia.




                                                            10
4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

       As conclusões da análise ambiental apontam a alternativa locacional de Aritaguá
como relativamente mais favorável, principalmente quando são considerados os impactos
potenciais aos ecossistemas e à biodiversidade terrestre, os aspectos sócio-culturais e as
repercussões sobre a atividade do turismo.
        Ainda sob o ponto de vista ambiental, três outros aspectos precisam ser
considerados. O primeiro diz respeito ao posicionamento da sociedade que, de forma
simplificada, pode ser agrupada em: “declaradamente a favor”, “totalmente contra” e “em
dúvida” (anexo 1). Destes, o “grupo totalmente contra” apresenta forte organização e
capacidade de mobilização e reivindica a exclusão da alternativa Ponta da Tulha.
        Um segundo aspecto a ser considerado é que ainda não estão disponíveis, para
análise ambiental, resultados de modelagem da dispersão das emissões atmosféricas,
principalmente os efeitos cumulativos e sinérgicos quando se considera a instalação do
futuro aeroporto e a APA Lagoa Encantada.
       Por fim, deve ser considerado que os custos associados ao processo de mitigação
dos impactos e minimização dos riscos associados ao projeto não foram avaliados.
       Por outro lado, quando são considerados os aspectos técnico-econômicos,
associados tanto à implantação, quanto à operação da estrutura portuária, com
repercussões na sua competitividade internacional, já se verifica que a alternativa locacional
de Ponta da Tulha aparece como sendo a mais recomendável.
        Analisada de forma estanque, as discussões socioambientais e técnico-econômicas
sobre à localização do terminal marítimo podem levar a posições conflitantes e de difícil
compatibilização. Contudo, avaliando o projeto do Complexo Porto Sul de forma integrada,
com suas repercussões para o dinamismo da economia regional e estadual e seus
conseqüentes reflexos na sociedade, verifica-se que a área do Complexo — porto, retro-
porto e a área industrial — extrapola a discussão em torno da dicotomia Ponta da Tulha e
Aritaguá para uma área única envolvendo essas duas regiões, com atividades off-shore
(porto na Ponta da Tulha) e on-shore (retro-porto e distrito industrial ao longo das duas
áreas).
         Um Complexo, como o previsto, deve contar com uma área cujas dimensões sejam
compatíveis com projetos de longo prazo, uso ordenado do solo e preservação ambiental, a
exemplo de outros complexos portuários no Brasil, como Suape e Pecém. Nesses portos, as
áreas definidas para o entorno do porto e que integram o complexo industrial-portuário são,
respectivamente, 13.500 ha e 21.000 ha. Neles, o uso do solo previsto contempla a
delimitação de zonas portuária, industrial, agrícola florestal, de proteção ambiental e de
expansão urbana, entre outras, estabelecendo os usos e regras para o seu ordenamento
territorial, minimizando os impactos ambientais e socioeconômicos.
      Estes exemplos evidenciam a necessidade de se planejar o uso de uma área que
certamente será uma composição expandida das duas áreas discutidas neste documento.


                                             11
Neste ponto, quando normalmente têm início as discussões sobre os recursos financeiros
necessários à manutenção adequada de uma área com essas proporções, principalmente
no que diz respeito a seus ativos ambientais, chega-se à conclusão de que será necessário
um projeto com foco na saúde financeira dos empreendimentos e no compromisso com a
qualidade de vida da população local e a preservação do meio ambiente.
       Contudo, apesar de técnica e economicamente vantajosa, a implantação da estrutura
portuária em Ponta da Tulha e do complexo industrial a ela associado em uma área
expandida envolvendo Aritaguá, deve observar as seguintes recomendações:
   1. deverá ser considerada uma área maior que a inicialmente estimada pelo Decreto
      Estadual para a implantação do Complexo, em função das necessidades de
      preservação e conservação ambiental e de amortecimento para uso urbano, e do
      ordenamento do uso e da ocupação do solo na área de influência direta do complexo
      portuário;
   2. O planejamento da ocupação da área total do Complexo Porto Sul deve ser
      precedido de estudo detalhado, com mapeamento das áreas de maior sensibilidade
      ambiental;
   3. as áreas antropizadas da região expandida Ponta da Tulha-Aritaguá deverão ter uso
      preferencial, procurando-se resguardar a vegetação em melhor estado de
      conservação para fins de preservação da biodiversidade e formação de corredores
      ecológicos e o uso e manejo da terra com práticas sustentáveis, sobretudo na zona-
      tampão de unidades de conservação;
   4. deverão ser identificadas ações e medidas que permitam o ordenamento e a
      fiscalização eficiente do uso do solo urbano e do território no entorno do Complexo,
      ao longo de todo o processo de implantação e operação;
   5. deverão ser observados princípios de ecologia industrial na definição da rota
      siderúrgica e das demais atividades vinculadas, associada ao uso das melhores
      tecnologias e do gás natural como fonte energética;
   6. deverá ser elaborado o Plano Diretor de Desenvolvimento do Complexo Porto Sul,
      para estabelecer parâmetros básicos de operação, exploração e zoneamento dos
      diversos componentes que deverão ser adotados pelo Governo;
   7. o dimensionamento da estrutura off-shore deve considerar os fluxos identificados no
      Plano Diretor e a possibilidade de associação com outros terminais previstos para a
      região;
   8. deverá ser feita a revisão do zoneamento da APA da Lagoa Encantada e Rio Almada
      em função das novas atividades previstas, prioritariamente no trecho que for
      decretado como área do complexo portuário;
   9. áreas protegidas deverão ser criadas visando assegurar a manutenção e melhoria
      dos remanescentes florestais no entorno do complexo portuário, da Lagoa
      Encantada e do Rio Almada;



                                           12
10. devem ser previstos trabalhos de comunicação junto às comunidades para garantir a
    sua inserção no processo de planejamento e implantação do empreendimento, de
    modo a minimizar conflitos e discutir medidas compensatórias;
11. deve ser prevista a criação de programas de qualificação e capacitação da mão-de-
    obra sintonizados com o perfil profissional demandado pelas novas atividades,
    voltados para a população local, de forma que esta tenha chances reais de ser
    absorvida pelo mercado desde as fases iniciais de implantação do Complexo;
12. devem ser estudados mecanismos para incremento da arrecadação municipal,
    garantindo a capacidade de investimento do município e a distribuição ampla e
    equitativa dos benefícios econômicos gerados;
13. investimentos em infra-estrutura urbana e serviços básicos devem ser previstos,
    considerando as demandas atuais e o futuro incremento populacional, que deve ser
    devidamente estimado, com vistas a garantir a qualidade de vida da população local;
14. a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), como prevista, deverá auxiliar na
    priorização e localização das atividades complementares a serem implementadas e
    propor diretrizes e recomendações para garantir a sustentabilidade do
    empreendimento e avaliar a cumulatividade e a sinergia em função das interferências
    das várias atividades previstas.




                                        13
ANEXO I


MATRIZ SÍNTESE:
              ANÁLISE AMBIENTAL – PONTA DA TULHA
              ANÁLISE AMBIENTAL – ARITAGUÁ
              ANÁLISE DE RISCO AMBIENTAL – ARITAGUÁ E PONTA DA TULHA
              ANÁLISE PERCEPÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL




                                 14
1.     MATRIZ SÍNTESE DA ANÁLISE AMBIENTAL – PONTA DA TULHA


                                                                                                            PONTA DA TULHA
    Fator
                    Processo            Indicador
 Estratégico
                                                                           Situação atual                                           Situação com o Porto Sul
                                                          Predominância da cobertura vegetal nativa (floresta
                                                                                                                     Redução acentuada da cobertura vegetal nativa e ampliação
                                                          ombrófila, restinga e áreas úmidas);
                Perda da            Área com                                                                         das áreas de uso antrópico;
                                                          Presença de cobertura vegetal com variados graus de
                cobertura vegetal   cobertura florestal                                                              Redução da participação relativa de cobertura vegetal nas
                                                          conservação no interior das áreas de uso antrópico;
                nativa.             nativa / área de                                                                 áreas antrópicas;
                                                          Predominância de ambientes naturais com elevado
                                    uso antrópico (%).                                                               Predominância de ambientes antrópicos com potencial nulo
                                                          grau de conservação e alto potencial para a
                                                                                                                     de conservação da biodiversidade.
                                                          conservação da biodiversidade.
                                                                                                                     Eliminação de extensas áreas verdes naturais florestadas
                                                                                                                     com redução da possibilidade de implantação de programas
                                                                                                                     de restauração da paisagem (corredores ecológicos), com
                                                          Elevado potencial para a manutenção da conexão de
                                                                                                                     repercussões para outras áreas com elevado grau de
                Redução do                                remanescentes florestais de valor estratégico para a
                                    Grau de                                                                          conservação;
Biodiversida-   potencial de                              conservação da biodiversidade;
                                    fragmentação dos                                                                 Aumento do efeito de borda, com potencializacão dos danos
de e Dinâmica   restauração dos                           Predominância de áreas prioritárias para a
                                    remanescentes                                                                    causados aos ambientes naturais em função da eliminação
dos             ecossistemas e                            recuperação da qualidade dos ambientes naturais
                                    florestais.                                                                      da vegetação nativa no sitio portuário, retro-porto e distritos
Ecossistemas    biodiversidade.                           com a implementação de programas de restauração
                                                                                                                     industriais;
Terrestres                                                da paisagem (corredores ecológicos).
                                                                                                                     Aumento do grau de isolamento das mais extensas e bem
                                                                                                                     conservadas áreas naturais a sudeste da APA da Lagoa
                                                                                                                     Encantada e Rio Almada.
                                                                                                                     Acentuado aumento do desmatamento, com crescimento
                                                          Reduzidas chances de extinção de espécies da fauna
                                                                                                                     proporcional da possibilidade de extinção de espécies em
                                                          e flora em função do desmatamento;
                Eliminação de                                                                                        nível local e regional;
                                    Número de             O corte seletivo de espécies arbóreas, a caça e o
                ambientes                                                                                            Tendência de aumento do corte seletivo de espécies
                                    espécies em           tráfico de animais silvestres representam as maiores
                singulares e                                                                                         arbóreas, da caça e do tráfico de animais silvestres;
                                    extinção em nível     ameaças à biodiversidade;
                espécies da fauna                                                                                    Aumento do efeito de borda, com conseqüente perda da
                                    local e regional.     Efeito de borda presente, mas de impacto
                e flora.                                                                                             qualidade ambiental e redução da diversidade biológica
                                                          relativamente baixo, em função da alta conectividade
                                                                                                                     como resultado da fragmentação de remanescentes
                                                          física entre remanescentes florestais.
                                                                                                                     florestais.
                                    Nível de
                                                          Não há indícios de contaminação da área;                   Aumento potencial da concentração de contaminantes;
                Contaminação do     concentração de
                                                          O fundo arenoso não favorece a adsorção de                 Aumento de contaminantes em função da acumulação de
                 fundo marinho.     contaminantes na
                                                          contaminantes.                                             sedimentos finos decorrentes da construção do Porto.
Biodiversida-                       cadeia trófica
de e Dinâmica                                             Disponibilidade de nutrientes por influência de feições
                                                                                                                     Possível redução da produção primária (fito e zooplancton)
dos                                                       submarinas, provocando ressurgência localmente;
                Desestruturação        Redução da                                                                    devido à alteração na topografia submarina;
Ecossistemas                                              Processos estáveis de dispersão de larvas e
                das comunidades       produtividade                                                                  Interferência nos processos de dispersão de larvas e
Marinhos                                                  recrutamento dos recursos pesqueiros.
                   biológicas.        pesqueira (%).                                                                 recrutamento;
                                                          Presença de recursos pesqueiros de alto valor
                                                                                                                     Redução da capacidade de reposição dos estoques
                                                          comercial (camarão branco e rosa e espécies de
                                                                                                                     pesqueiros de alto valor comercial.
                                                          peixes recifais).



                                                                                        15
PONTA DA TULHA
    Fator
                   Processo             Indicador
 Estratégico
                                                                           Situação atual                                          Situação com o Porto Sul
                  Alteração da
                   qualidade
                                        Perda da          Presença de áreas prioritárias para conservação            Possível alteração da qualidade ambiental destes
                 ambiental dos
                                     biodiversidade.      (costões rochosos e bentos marinhos).                      ecossistemas.
                 ecossistemas
                   costeiros.
               Acessibilidade às                          Acesso irrestrito às áreas de pesca costeira
                                    Aumento nos                                                                      Restrição de acesso às áreas de pesca costeira (jangadas);
               áreas tradicionais                         (jangadas); de arrasto de camarão; e de pesca de
                                    conflitos de uso.                                                                de arrasto de camarão; de pesca de linha.
                   de pesca.                              linha.
                                    Relação entre a       Freqüências e magnitudes das cheias muito próximas         Substituição de áreas verdes com boa cobertura vegetal por
               Impermeabilização    área impermeabili-    da condição natural original, decorrentes da cobertura     áreas impermeáveis (telhados, pátios de manobra, áreas
               de áreas.            zada do porto e a     vegetal nativa e da presença de cobertura verde com        para acumulo de minério a céu-aberto), com efeito
                                    área total do porto   variados graus de conservação nas áreas de uso             significativo.
                                    (%).                  antrópico.
Recursos                                                  Indicadores de balanço iônico dentro dos limites da
               Contaminação dos     Índice de                                                                        Alteração dos indicadores de balanço iônico e elevação das
Hídricos                                                  Classe 2 (pH, sólidos totais e cloretos);
               recursos hídricos    Qualidade de                                                                     concentrações de metais, principalmente de ferro solúvel em
                                                          Metais dentro dos limites da Classe 2 (chumbo,
               superficiais.        Água (IQA).                                                                      água.
                                                          cádmio, cromo hexavalente, exceção a ferro e cobre).
               Contaminação dos     Índice de             Não há registros que descrevam a situação atual,
                                                                                                                     Alteração dos indicadores de qualidade de água em função
               recursos hídricos    Qualidade de          contudo estima-se que seja semelhante a da água
                                                                                                                     da porcentagem de solos arenosos.
               subterrâneos.        Água Subterrânea.     superficial.
                                     Concentração de
               Degradação da              material
Qualidade do                                                                                                         Tendência ao aumento significativo da concentração de
               qualidade do ar         particulado e      Não há informações para a região.
     ar                                                                                                              poluentes do ar na região: material particulado e gases.
                                      gases no ar da
                                           região.
               Comprometimento      Percentual de         Plano Diretor: macro-zona de interesse ambiental e
                                                                                                                     Plano Diretor: necessidade de adequação;
               das diretrizes       áreas com             faixa de expansão urbana litorânea;
                                                                                                                     ZEE: APA Lagoa Encantada com comprometimento da
               básicas do Plano     conflitos /           ZEE: APA Lagoa Encantada com zoneamento
                                                                                                                     estrutura do zoneamento.
               Diretor e do ZEE.    mudanças de uso.      compatível com zona de preservação.
                                    Níveis de
Ordenamento    Novos usos e                               Integrada ao contexto do Litoral Norte – mix de áreas
                                    desagregação e                                                                   Área industrial satélite de Ilhéus, com problemas de infra-
Territorial    frentes de                                 urbanas e naturais, externo ao núcleo urbano central
                                    degradação                                                                       estrutura de comunicação e limitação da expansão.
               ocupação.                                  de Ilhéus.
                                    urbanísticas.
               Ocupação                                   Vila popular integrada ao contexto do Litoral Norte –
                                    Áreas e locais                                                                   Pressão de crescimento desordenado das ocupações
               desordenada em                             mix de áreas urbanas e naturais, externo ao núcleo
                                    comprometidos.                                                                   urbanas e redução do grau de preservação da orla.
               áreas críticas.                            urbano central de Ilhéus.
               Dinâmica espacial                          Dependência econômica do eixo Ilhéus-Itabuna;              Melhoria dos indicadores econômicos;
                                    Distribuição
                       de                                 Indicadores econômicos acompanhando a tendência            Risco de comprometimento do desenvolvimento a partir do
                                    regional do PIB
Socioecono-     desenvolvimento.                          de deterioração associada ao afastamento de Ilhéus;        turismo;
                                    Municipal
mia                                                       Boas perspectivas de desenvolvimento pelo turismo.         Grande possibilidade de integração do eixo Ilhéus-Itabuna.
               Perda de valores     Número de             Presença de comunidades pesqueiras tradicionais            Possível desaparecimento ou deslocamento das
               socioculturais       populações            (subsistência);                                            comunidades pesqueiras;



                                                                                       16
PONTA DA TULHA
    Fator
                   Processo             Indicador
 Estratégico
                                                                           Situação atual                                         Situação com o Porto Sul
                                    tradicionais e          Lagoa Encantada como referência para a população e      Redução do valor sociocultural da Lagoa Encantada e do seu
                                    sítios de interesse     potencial turístico expressivo;                         potencial turístico;
                                    afetados                Áreas ocupadas no litoral por residências e             Provável deslocamento da população que ocupa o litoral.
                                                            empreendimentos turísticos.
               Desvinculação do     Redução dos             Zona Turística da Costa do Cacau em
               sistema de           investimentos           desenvolvimento;
                                                                                                                    Comprometimento significativo da situação de portal para
               planejamento         públicos e              Região em processo contínuo de implantação de
                                                                                                                    toda zona turística do Litoral Norte de Ilhéus até a Baía de
               turístico -          privados em infra-      equipamentos hoteleiros;
                                                                                                                    Camamu;
               PRODETUR com         estrutura turística /   Ilhéus como portal turístico e a BA-001 como via
                                                                                                                    Comprometimento e possível inviabilização da programação
               perda de             valores ameaça-         costeira turística do Estado;
                                                                                                                    de investimentos.
               credibilidade        dos a curto e           Perspectivas de construção do novo aeroporto,
Turismo
               institucional.       longo prazo.            consolidando Ilhéus como portal turístico.
               Degradação e
                                                                                                                    Transformação do trecho do portal da BA-001 em paisagem
               descaracterização
                                    Número e peso de                                                                industrial, com infra-estrutura para pórticos de instalações
               das paisagens, da                            Região homogênea, com mix de áreas urbanas e
                                    elementos                                                                       portuárias.
               qualidade visual e                           áreas naturais do Litoral Norte.
                                    desconfigurantes.                                                               Impacto visual direto na chegada dos visitantes pelo novo
               conceitual do tu-
                                                                                                                    Aeroporto turístico.
               rismo sustentável.




                                                                                       17
2.      MATRIZ SÍNTESE DA ANÁLISE AMBIENTAL – ARITAGUÁ

                                                                                                                     ARITAGUÁ
    Fator
                    Processo             Indicador
 Estratégico
                                                                             Situação Atual                                                 Situação com o Porto Sul
                                                           Predominância da cobertura vegetal antropizada, com
                                                           qualidade ambiental intermediária (cabruca);                  Redução acentuada da cobertura vegetal nativa e ampliação das
                 Perda da            Área com              Presença de cobertura vegetal com variados graus de           áreas de uso antrópico;
                 cobertura vegetal   cobertura florestal   conservação no interior das áreas de uso antrópico,           Redução da participação relativa de cobertura vegetal nas áreas
                 nativa.             nativa/área de uso    principalmente cabruca;                                       antrópicas;
                                     antrópico (%).        Predominância de ambientes antropizados, mas com              Predominância de ambientes antrópicos com potencial nulo de
                                                           grau intermediário de conservação e potencial de              conservação da biodiversidade.
                                                           conservação da biodiversidade.
                                                                                                                         Eliminação de extensas áreas verdes naturais florestadas com
                                                           Intermediário potencial para a manutenção da conexão          redução da possibilidade de implantação de programas de
                 Redução do
                                                           de remanescentes florestais de valor estratégico para a       restauração da paisagem (corredores ecológicos);
                 potencial de
Biodiversidade                       Fragmentação dos      conservação da biodiversidade;                                Aumento do efeito de borda, com potencializacão dos danos
                 restauração dos
e dinâmica dos                       remanescentes         Predominância de áreas prioritárias para a recuperação        causados aos ambientes naturais em função da eliminação da
                 ecossistemas e
 ecossistemas                        florestais.           da qualidade dos ambientes naturais pela implementação        vegetação nativa no sitio portuário, retroporto e distritos industriais.
                 biodiversidade.
   terrestres                                              de programas de restauração da paisagem (corredores           Aumento do grau de isolamento das mais extensas e bem
                                                           ecológicos).                                                  conservadas áreas naturais a sudeste da APA da Lagoa Encantada
                                                                                                                         e Rio Almada.
                                                           Reduzidas chances de extinção de espécies da fauna e
                                                                                                                         Acentuado aumento do desmatamento, com crescimento
                                                           flora em função do desmatamento;
                                                                                                                         proporcional da possibilidade de extinção de espécies em nível local
                 Eliminação de                             O corte seletivo de espécies arbóreas, a presença da
                                                                                                                         e regional;
                 ambientes           Extinção de           monocultura do cacau e a caça e o tráfico de animais
                                                                                                                         Tendência do aumento do corte seletivo de espécies arbóreas, da
                 singulares e        espécies em nível     silvestres representam as maiores ameaças a
                                                                                                                         caça e do tráfico de animais silvestres;
                 espécies da         local e regional.     biodiversidade;
                                                                                                                         Aumento do efeito de borda, com conseqüente perda da qualidade
                 fauna e flora.                            Efeito de borda presente com impacto medianamente
                                                                                                                         ambiental e redução da diversidade biológica como resultado da
                                                           significativo, em função da presença de áreas mais
                                                                                                                         fragmentação de remanescentes florestais.
                                                           extensas de cabrucas.
Biodiversidade                       Concentração de                                                                     Aumento do potencial de adsorção de contaminantes por conta
                 Contaminação do                           Não há indícios de contaminação da área;
e Dinâmica dos                       contaminantes na                                                                    presença do alto teor de lama que predomina no sedimento
                  fundo marinho.                           O fundo lamoso favorece a adsorção de contaminantes.
 Ecossistemas                        cadeia trófica.                                                                     superficial de fundo.
   Marinhos                                                Disponibilidade de nutrientes por influência de feições
                                                                                                                         Redução da produção primária (fito e zooplancton) devido à
                 Desestruturação         Redução da        submarinas, provocando ressurgência localmente;
                                                                                                                         alteração no aporte de nutrientes;
                 das comunidades        produtividade      Processos estáveis de dispersão de larvas e
                                                                                                                         Interferência nos processos de dispersão de larvas e recrutamento;
                    biológicas.          pesqueira.        recrutamento dos recursos pesqueiros;
                                                                                                                         Redução da capacidade de reposição dos estoques pesqueiros de
                                                           Presença de recursos pesqueiros de alto valor comercial
                                                                                                                         alto valor comercial.
                                                           (camarão branco e rosa e espécies de peixes recifais).
                   Alteração da
                    qualidade
                                          Perda da         Presença de áreas prioritárias para conservação
                  ambiental dos                                                                                          Possível alteração da qualidade ambiental desses ecossistemas.
                                       biodiversidade.     (manguezais e bentos marinhos).
                  ecossistemas
                    costeiros.



                                                                                     18
ARITAGUÁ
     Fator
                     Processo               Indicador
  Estratégico
                                                                                 Situação Atual                                                 Situação com o Porto Sul
                  Acessibilidade às
                                       Aumento nos             Acesso irrestrito às áreas de pesca costeira (jangadas),       Restrição de acesso às áreas de pesca costeira (jangadas), de
                    áreas tradici-
                                       conflitos de uso.       de arrasto de camarão e de pesca de linha.                     arrasto de camarão e de pesca de linha.
                   onais de pesca.
                                       Relação entre a         Freqüências e magnitudes das cheias muito próximas da
                                                                                                                              Substituição de áreas verdes com boa cobertura vegetal por áreas
                  Impermeabiliza-      área                    condição natural original, decorrentes da cobertura
                                                                                                                              impermeáveis (telhados, pátios de manobra, áreas para acumulo de
                  ção de áreas.        impermeabilizada        vegetal nativa e da presença de cobertura verde com
                                                                                                                              minério a céu-aberto), com efeitos muito significativos.
                                       do porto e a área       variados graus de conservação nas áreas de uso
                                       total do porto (%).     antrópico.
                                                               Informações do rio Almada Lagoa Encantada.
                  Contaminação                                                                                                Alteração dos indicadores de balanço iônico e elevação das
  Recursos                             Índice de               Indicadores de balanço iônico dentro dos limites da
                  dos recursos                                                                                                concentrações de metais, principalmente de ferro solúvel em água;
  Hídricos                             Qualidade de Água       Classe 2 (pH, sólidos totais e cloretos);
                  hídricos                                                                                                    Alteração crítica no trecho do rio Almada, a jusante da área do
                                       (IQA)                   Metais dentro dos limites da Classe 2 (chumbo, cádmio,
                  superficiais.                                                                                               porto.
                                                               cromo hexavalente, exceção a ferro e cobre).
                  Contaminação                                                                                                Alteração dos indicadores de balanço iônico e elevação das
                                       Índice de
                  dos recursos                                 Não há registros que descrevam a situação atual,               concentrações de metais, principalmente de ferro solúvel em água,
                                       Qualidade de Água
                  hídricos                                     contudo estima-se semelhante a da água superficial.            atenuado para muito significativo pela porcentagem elevada de
                                       Subterrânea.
                  subterrâneos.                                                                                               solos argilosos (permeabilidade baixa).
                                         Concentração de
                  Degradação da
                                             material                                                                         Tendência ao aumento significativo da concentração de poluentes
Qualidade do ar   qualidade do ar.                             Não há informações para a região.
                                       particulado e gases                                                                    do ar na região: material particulado e gases.
                                         no ar da região.
                                       Percentual de           Plano Diretor: zona de expansão urbana;                        Plano Diretor: necessidade de adequação;
                  Comprometiment
                                       áreas com conflitos     ZEE: APA Lagoa Encantada localizada na periferia da            ZEE: APA Lagoa Encantada com comprometimento da estrutura de
                  o do Plano
                                       / mudanças de           sua zona central.                                              zoneamento.
                  Diretor e do ZEE.
                                       uso.
 Ordenamento      Novos usos e         Níveis de desagre-                                                                     Área de retro-porto, integrada à infra-estrutura de acesso de Ilhéus,
                                                               Área direta de expansão urbana de Ilhéus (distrito
  Territorial     frentes de           gação e degrada-                                                                       com facilidade de expansão de atividades industriais para o eixo
                                                               industrial).
                  ocupação.            ção urbanísticas.                                                                      Ilhéus-Itabuna.
                  Ocupações
                                       Áreas e locais          Área direta de expansão urbana de Ilhéus (distrito             Pressão de crescimento desordenado da área integrada à malha
                  desordenadas
                                       comprometidos.          industrial).                                                   urbana de Ilhéus (serviços, habitação).
                  em áreas críticas.
                                                               Dependência econômica do eixo Ilhéus-Itabuna;
                     Dinâmica                                  Indicadores econômicos acompanhando a tendência de             Melhoria dos indicadores econômicos;
                                       Distribuição
                    espacial de                                deterioração associada ao afastamento de Ilhéus;               Perspectivas praticamente inexistente de desenvolvimento a partir
                                       regional do PIB
                  desenvolvimento                              Poucas perspectivas de desenvolvimento pelo turismo;           do turismo;
                                       Municipal.
                                                               Maior probabilidade de integração à área urbana de             Integração ao eixo Ilhéus-Itabuna.
Socioeconomia                                                  Ilhéus.
                                       Número de               Presença de comunidades pesqueiras tradicionais
                                                                                                                              Possível desaparecimento ou deslocamento das comunidades
                  Perda de valores     populações              (subsistência);
                                                                                                                              pesqueiras mais próximas da área destinada para o porto;
                  socioculturais.      tradicionais e sítios   Presença de propriedades agrícolas de cacau (cabruca);
                                                                                                                              Redução das áreas de cultivo de cacau;
                                       de interesse            Áreas ocupadas no litoral por residências e
                                                                                                                              Provável deslocamento de parte da população que ocupa o litoral.
                                       afetados.               empreendimentos turísticos.
Turismo
                  Desvinculação do     Redução dos             Zona Turística da Costa do Cacau em desenvolvimento            Comprometimento da situação do portal da cidade de Ilhéus;


                                                                                          19
ARITAGUÁ
   Fator
                 Processo            Indicador
Estratégico
                                                                          Situação Atual                                           Situação com o Porto Sul
              sistema de         investimentos         Região em processo contínuo de implantação de              Comprometimento de investimentos turísticos na cidade de Ilhéus.
              planejamento       públicos e privados   equipamentos hoteleiros;
              turístico –        em infra-estrutura    Situação portal – BA-001 – via costeira turística do
              PRODETUR com       turística / valores   Estado;
              perda de           ameaçados a curto     Perspectivas de construção do novo aeroporto,
              credibilidade      e longo prazo.        consolidando Ilhéus como portal turístico.
              institucional.
              Degradação e
              descaracterizaçã
              o das paisagens,   Número e peso de
                                                       Região homogênea, com mix de áreas urbanas e áreas         Interferência visual no eixo da BA-001apenas pelas instalações
              da qualidade       elementos
                                                       naturais do Litoral Norte.                                 portuárias já na área de influência do atual Porto de Ilhéus.
              visual e concei-   desconfigurantes.
              tual do turismo
              sustentável.




                                                                                   20
3.      MATRIZ SÍNTESE DA ANÁLISE DE RISCO AMBIENTAL – ARITAGUÁ E PONTA DA TULHA


                                                                                                                     Nível de Risco
  Cenários acidentais                    Risco ambiental (freqüência x severidade)
                                                                                                    Situação atual                    Situação com Porto

                                                       Alterações na composição, estrutura e
                                                       função da biodiversidade                       Nível 1 a 2                           Nível 3

                           Ecossistemas marinhos,
                           costeiros e de transição    Tipo da costa/substrato                          Nível 2                             Nível 3

Acidentes de colisão e                                 Áreas protegidas e ambientes
                                                                                                      Nível 1 a 2                           Nível 3
encalhe                                                ecologicamente estratégicos

                                                       Bens e serviços ambientais dos
                           Modos de vida                                                                Nível 1                             Nível 2
                                                       ecossistemas (pesca, turismo etc.)

                                                       Alterações na composição, estrutura e
                                                                                                        Nível 2                             Nível 2
                                                       função da biodiversidade
                           Ecossistemas marinhos,
                                                       Tipo da costa/substrato                          Nível 2                             Nível 2
                           costeiros e de transição
                                                       Áreas protegidas e ambientes
Acidentes durante                                                                                       Nível 2                             Nível 3
                                                       ecologicamente estratégicos
transferência de carga
ou operações de
abastecimento                                          Bens e serviços ambientais dos
                           Modos de vida                                                                Nível 2                             Nível 2
                                                       ecossistemas (pesca, turismo etc.)
Obs. o nível de risco 1 é o de menor freqüência e severidade.




                                                                                               21
4.      MATRIZ SÍNTESE DA ANÁLISE PERCEPÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL


     Grupos
  Organizados da          Interesses no Porto Sul                        Nível de Organização                                   Atuais Táticas de Ação Admitidas
  Sociedade Civil
                         Geração de empregos para a                                                                  Evitar perder uma oportunidade de desenvolvimento,
                                                          Moderadamente organizados:
                         comunidade nativa e,                                                                        considerando:
                                                              •   parte aguarda os resultados
Declaradamente a favor   secundariamente,                                                                                 •     decadência do cacau
                                                              •   parte articulada com entidades de elevada
                         preocupação com eventuais                                                                        •    demora no deslanche do turismo
                                                                  influência política regional.
                         danos ao meio ambiente.                                                                          •    precariedade da indústria de informática.

                                                          Bastante organizados e contam com especialistas
                                                                                                                     Impetração seqüencial de ações na justiça, com possibilidade
                                                          criativos e altamente motivados:
                                                                                                                     de negociação caso seja:
                                                                •    contra o empreendimento em qualquer parte
                                                                                                                          •   comprovado que a relação custo-benefício social,
                                                                     do município
                                                                                                                              econômico e ambiental é positiva
                         Interesses econômicos                  •    a favor da exclusão da alternativa na Ponta
                                                                                                                          •   encontrada uma localização ao sul de lhéus em área
Totalmente contra        específicos (como turismo), de              da Tulha
                                                                                                                              já degradada
                         moradia e/ou ambientais .              •    diante da ameaça muito séria ao meio
                                                                                                                          •   garantida a adoção de tecnologia de ponta em todas
                                                                     ambiente
                                                                                                                              as instalações propostas
                                                                •    por ferir a vocação "natural" da região com a
                                                                                                                          •   garantias efetivas de implementação de eventuais
                                                                     total reversão da política governamental dos
                                                                                                                              compensações socioambientais.
                                                                     últimos 15 anos no turismo.


                                                                                                                     Impotentes face às informação disponibilizadas, até o
                                                                                                                     momento, pelo Governo Estadual. Aguardam:
                                                                                                                         •    mais detalhes e maiores compromissos de que todas
                                                                                                                              as precauções necessárias, mitigações e
                         Criação de meios de vida         Buscam acompanhar o processo realizando pesquisas                   compensações socioambientais sejam adotadas
Em dúvida                sustentáveis para a população    independentes sobre alguns aspectos que considerados           •    compromisso de que não será de responsabilidade
                         nativa.                          fundamentais.                                                       exclusiva do município os investimentos em infra-
                                                                                                                              estrutura urbana: saúde, educação, moradia,
                                                                                                                              saneamento ambiental
                                                                                                                         •    negociar benefícios com os governos estadual e
                                                                                                                              federal.




                                                                                             22
ANEXO II
ALTERNATIVAS LOCACIONAIS PARA IMPLANTAÇÃO DO COMPLEXO
PORTO SUL — INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS E POLO INDUSTRIAL E DE
SERVIÇOS — NA REGIÃO DE ILHÉUS, BAHIA




1. PLANTA DE LOCALIZAÇÃO DAS ALTERNATIVAS ARITAGUÁ E PONTA
DA TULHA




                             23
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS


       Avaliação preliminar, sob o enfoque da engenharia , de duas alternativas de
       localização do Porto Sul, próximo à cidade de Ilhéus;
       Avaliação efetuada com base em carta topográfica na escala 1:100.000,
       informações sobre ferrovia Bahia Oeste – Leste definida pela VALEC, carta
       náutica na escala 1:50.000, para pré-dimensionamento das estruturas de
       atracação, e imagem de satélite da região.
       Na avaliação preliminar das alternativas foram consideradas as características
       básicas de um terminal marítimo “off-shore” para movimentação de minério, que
       será a carga predominante no porto, tendo em vista as dimensões, capacidades e
       características dos navios necessários ao seu carregamento comercial.


3. ESTUDO CARGAS


       Grãos (soja)        5 milhões t/ano
       Ferro               50 milhões t/ano
       Siderurgia
       •   Gusa                   10 milhões t/ano
       •   Carvão                 8 milhões t/ano (coque)
       •   Placas                 10 milhões t/ano
       •   Escória         4 milhões t/ano (porto ou ferrovia)
       Álcool              1,0 milhão litros/ano
       Cimento             0,5 milhão t/ano
       Fertilizantes       3 milhões t/ano
       Contêineres         300.000 TEU/ano).


4. ESTIMATIVA PRELIMINAR DE ÁREAS NECESSÁRIAS


4.1. TERMINAIS


TIPO                                          ÁREA (ha)          TOTAL (ha)
Área portuária - pátios                                             500
Minério Ferro, Carvão                     60.000 T.10³              500
Grãos Agrícolas                              6.000 T.10³            100
Fertilizantes                                3.000 T.10³
Prod. Siderúrgicos                        5.000 T.10³
Contêineres                                   300 TEU'S .10³     150   1250


                                         24
4. 2. POLO INDUSTRIAL


TIPO                        ÁREA (ha)           TOTAL (ha)
Combustíveis (1.500 L)         200
Siderurgia                     400
Ind. Petróleo                  400
Metal Mecânico                 500
Petroquímicos                  500
Us. Gás                         50
UTE                             50               2100




5. ACESSOS RODOVIÁRIO, FERROVIÁRIO E MARÍTIMO
  ALTERNATIVAS ARITAGUÁ E PONTA DA TULHA




                              25
5.1. ACESSO RODOVIÁRIO - PREMISSAS ADOTADAS


       Minimizar o impacto de tráfego gerado na BR 415, no segmento Ilhéus/Itabuna,
       quando da entrada em operação do Porto;
       Não permitir ligação direta entre a Rodovia BA 001 e a área portuária, em razão
       de sua condição de Estrada Parque e do turismo local;
       Priorizar a utilização da Rodovia BR 101 como principal ligação com a zona
       portuária.




5.2. ACESSO FERROVIÁRIO - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS


1.   Bitola.......................        1,60 m
                                          ♦   Sentido exportação: 0,60%
2.   Rampa Máxima Compensada....
                                          ♦   Sentido importação: 1,00%

     Raio de Curva Horizontal
3.   Mínimo...................
                                          500 m.



4.   Velocidade diretriz..                80 km/h.


5.   Trem Tipo para Bitola Larga..        TB 360


6.   Faixa de Domínio Mínima..            40 m
                                          ♦   Altura acima do boleto do trilho: 8,0 m
7.   Gabarito de Livre Passagem.
                                          ♦   Largura a partir do eixo da linha: 2,8 m


                                     Seção Tipo




                                         26
5.3. ACESSOS MARÍTIMOS – ARITAGUÁ E PONTA DA TULHA




                              27
Navio Tipo
                 Comprimento do       Boca          Calado do      Profundidade
     DWT
                     Navio           do Navio         Navio         Dragagem
    170.000           300 m            46 m           18 m            -19 m




5.4. CARACTERÍSTICAS DO TERMINAL MARÍTIMO NOS DOIS SÍTIOS
ESTUDADOS:

ARITAGUÁ

     Molhe de Abrigo e Enrocamento: 1.700m;
     Bacia de Evolução: 700 m de diâmetro na profundidade -19m;
     Canal de Acesso: 1.500 m, com 200m de largura na profundidade -19m;
     Ponte de Acesso no Mar: 2.600m no mar;
     Ponte de travessia do rio Almada e da BA-001: 1.000m;


PONTA DA TULHA

     Molhe de Abrigo e Enrocamento: 1.700m;
     Bacia de Evolução: 700 m de diâmetro na profundidade -19m;
     Canal de Acesso: 200 m com 200 m de largura, na profundidade -19m;
     Ponte de Acesso no Mar: 2.350m no mar;
     Ponte de travessia da BA-001 = 400m.




                                      28
5.5. ARRANJO GERAL DAS ALTERNATIVAS – TERMINAL MARÍTIMO

ARITAGUÁ - Obras Marítimas

      Molhe de Proteção - enrocamento: 2.200.000 m3
      Áreas de Estrutura em m2:

        Píer de Carga                                     6.000
        Ponte de Acesso                                  15.600
        Travessia do Rio Almada e Rod. BA 001             6.000
        Total                                        27.600.000



      Volumes de Dragagem em m3:

        Canal de Acesso                               1.350.000
        Bacia de Evolução                             2.370.000
        Canal de Acostagem                            1.260.000
        Total                                         4.980.000



PONTA DA TULHA - Obras Marítimas

      Molhe de Proteção - enrocamento: 2.200.000 m3
      Áreas de Estrutura em m2:

        Píer de Carga                                     6.000
        Ponte de Acesso                                  14.100
        Travessia da Rod. BA 001                          2.400
        Total                                        22.500.000

        Volumes de Dragagem em m3:

        Canal de Acesso                                 450.000
        Bacia de Evolução                               496.000
        Canal de Acostagem                              766.000
        Total                                         1.712.000




                                                29
6. PLANTA TOPOGRÁFICA – ALTERNATIVA ARITAGUÁ




Obs.: cotas obtidas a partir de imagem de satélite.




                                                 30
7. PLANTA TOPOGRÁFICA – ALTERNATIVA PONTA DA TULHA




Obs.: cotas obtidas a partir de imagem de satélite.




                                                 31

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Apresentação do Plano de Mobilidade de Olinda (PLAMOB/Olinda) - Oswaldo Lima ...
Apresentação do Plano de Mobilidade de Olinda (PLAMOB/Olinda) - Oswaldo Lima ...Apresentação do Plano de Mobilidade de Olinda (PLAMOB/Olinda) - Oswaldo Lima ...
Apresentação do Plano de Mobilidade de Olinda (PLAMOB/Olinda) - Oswaldo Lima ...Prefeitura de Olinda
 
Estudo Sobre Vila Olimpia Como Polo Gerador De TráFego
Estudo Sobre Vila Olimpia Como Polo Gerador De TráFegoEstudo Sobre Vila Olimpia Como Polo Gerador De TráFego
Estudo Sobre Vila Olimpia Como Polo Gerador De TráFegoChico Macena
 
Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) - Porto Maravilha (Rio de Janeiro/RJ)
Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) - Porto Maravilha (Rio de Janeiro/RJ)Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) - Porto Maravilha (Rio de Janeiro/RJ)
Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) - Porto Maravilha (Rio de Janeiro/RJ)Demétrio Luiz Riguete Gripp
 
Apresentação seplan infraestrutura 07082013
Apresentação seplan infraestrutura 07082013Apresentação seplan infraestrutura 07082013
Apresentação seplan infraestrutura 07082013Seplan_Bahia
 
Apresentacao padrao v53(câmara)an
Apresentacao padrao v53(câmara)anApresentacao padrao v53(câmara)an
Apresentacao padrao v53(câmara)anSeplan_Bahia
 
Apresentação na Câmara de Vereadores
Apresentação na Câmara de VereadoresApresentação na Câmara de Vereadores
Apresentação na Câmara de VereadoresJose_Sergio_Gabrielli
 
O projeto de Lei do Novo Recife
O projeto de Lei do Novo RecifeO projeto de Lei do Novo Recife
O projeto de Lei do Novo RecifeJamildo Melo
 
Programa de governo de Geraldo
Programa de governo de GeraldoPrograma de governo de Geraldo
Programa de governo de GeraldoMarcela Balbino
 
20130814 debate vc v6
20130814 debate vc v620130814 debate vc v6
20130814 debate vc v6Seplan_Bahia
 
Engenheiros da Chesf não aceitam venda de usinas para ajudar no ajuste fiscal...
Engenheiros da Chesf não aceitam venda de usinas para ajudar no ajuste fiscal...Engenheiros da Chesf não aceitam venda de usinas para ajudar no ajuste fiscal...
Engenheiros da Chesf não aceitam venda de usinas para ajudar no ajuste fiscal...Portal NE10
 
Novos corredores de transporte público 18.12.13
Novos corredores de transporte público 18.12.13Novos corredores de transporte público 18.12.13
Novos corredores de transporte público 18.12.13Roberta Soares
 
Apresentação da Operação Urbana Água Branca
Apresentação da Operação Urbana Água BrancaApresentação da Operação Urbana Água Branca
Apresentação da Operação Urbana Água BrancaChico Macena
 
Apresentação do IPUF do Plano Diretor da Planície do Campeche
Apresentação do IPUF do Plano Diretor da Planície do CampecheApresentação do IPUF do Plano Diretor da Planície do Campeche
Apresentação do IPUF do Plano Diretor da Planície do CampecheComunidade Campeche
 
Apresentação de intervenção urbana Agua Branca-SP
Apresentação de intervenção urbana Agua Branca-SPApresentação de intervenção urbana Agua Branca-SP
Apresentação de intervenção urbana Agua Branca-SPLuciana Paixão Arquitetura
 
Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Junho 2012
Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Junho 2012Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Junho 2012
Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Junho 2012Sistema FIEB
 

Mais procurados (18)

Apresentação do Plano de Mobilidade de Olinda (PLAMOB/Olinda) - Oswaldo Lima ...
Apresentação do Plano de Mobilidade de Olinda (PLAMOB/Olinda) - Oswaldo Lima ...Apresentação do Plano de Mobilidade de Olinda (PLAMOB/Olinda) - Oswaldo Lima ...
Apresentação do Plano de Mobilidade de Olinda (PLAMOB/Olinda) - Oswaldo Lima ...
 
Estudo Sobre Vila Olimpia Como Polo Gerador De TráFego
Estudo Sobre Vila Olimpia Como Polo Gerador De TráFegoEstudo Sobre Vila Olimpia Como Polo Gerador De TráFego
Estudo Sobre Vila Olimpia Como Polo Gerador De TráFego
 
Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) - Porto Maravilha (Rio de Janeiro/RJ)
Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) - Porto Maravilha (Rio de Janeiro/RJ)Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) - Porto Maravilha (Rio de Janeiro/RJ)
Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) - Porto Maravilha (Rio de Janeiro/RJ)
 
Apresentação seplan infraestrutura 07082013
Apresentação seplan infraestrutura 07082013Apresentação seplan infraestrutura 07082013
Apresentação seplan infraestrutura 07082013
 
Apresentacao padrao v53(câmara)an
Apresentacao padrao v53(câmara)anApresentacao padrao v53(câmara)an
Apresentacao padrao v53(câmara)an
 
Apresentação na Câmara de Vereadores
Apresentação na Câmara de VereadoresApresentação na Câmara de Vereadores
Apresentação na Câmara de Vereadores
 
O projeto de Lei do Novo Recife
O projeto de Lei do Novo RecifeO projeto de Lei do Novo Recife
O projeto de Lei do Novo Recife
 
Programa de governo de Geraldo
Programa de governo de GeraldoPrograma de governo de Geraldo
Programa de governo de Geraldo
 
PIT - Construção Sustentável em Rodovias, por Marcelo Perrupato
PIT - Construção Sustentável em Rodovias, por Marcelo PerrupatoPIT - Construção Sustentável em Rodovias, por Marcelo Perrupato
PIT - Construção Sustentável em Rodovias, por Marcelo Perrupato
 
20130814 debate vc v6
20130814 debate vc v620130814 debate vc v6
20130814 debate vc v6
 
Engenheiros da Chesf não aceitam venda de usinas para ajudar no ajuste fiscal...
Engenheiros da Chesf não aceitam venda de usinas para ajudar no ajuste fiscal...Engenheiros da Chesf não aceitam venda de usinas para ajudar no ajuste fiscal...
Engenheiros da Chesf não aceitam venda de usinas para ajudar no ajuste fiscal...
 
Novos corredores de transporte público 18.12.13
Novos corredores de transporte público 18.12.13Novos corredores de transporte público 18.12.13
Novos corredores de transporte público 18.12.13
 
Apresentação da Operação Urbana Água Branca
Apresentação da Operação Urbana Água BrancaApresentação da Operação Urbana Água Branca
Apresentação da Operação Urbana Água Branca
 
Obras da Copa 2014
Obras da Copa 2014Obras da Copa 2014
Obras da Copa 2014
 
Apresentação do IPUF do Plano Diretor da Planície do Campeche
Apresentação do IPUF do Plano Diretor da Planície do CampecheApresentação do IPUF do Plano Diretor da Planície do Campeche
Apresentação do IPUF do Plano Diretor da Planície do Campeche
 
Apresentação de intervenção urbana Agua Branca-SP
Apresentação de intervenção urbana Agua Branca-SPApresentação de intervenção urbana Agua Branca-SP
Apresentação de intervenção urbana Agua Branca-SP
 
Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Junho 2012
Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Junho 2012Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Junho 2012
Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Junho 2012
 
Conder
Conder Conder
Conder
 

Destaque (6)

JCI CR
JCI CRJCI CR
JCI CR
 
Po lcuaderno4 ensenaraconvivir.
Po lcuaderno4 ensenaraconvivir.Po lcuaderno4 ensenaraconvivir.
Po lcuaderno4 ensenaraconvivir.
 
A nostalgia das ossadas Roberto Campos
A nostalgia das ossadas   Roberto CamposA nostalgia das ossadas   Roberto Campos
A nostalgia das ossadas Roberto Campos
 
Modelos de Negócios Canvas
Modelos de Negócios CanvasModelos de Negócios Canvas
Modelos de Negócios Canvas
 
Produtividade em Desenvolvimento de Software
Produtividade em Desenvolvimento de SoftwareProdutividade em Desenvolvimento de Software
Produtividade em Desenvolvimento de Software
 
Explicando o Modelo de Negócios (canvas) - Virada Empreendedora 2013
Explicando o Modelo de Negócios (canvas) - Virada Empreendedora 2013Explicando o Modelo de Negócios (canvas) - Virada Empreendedora 2013
Explicando o Modelo de Negócios (canvas) - Virada Empreendedora 2013
 

Semelhante a Parecer conjunto amb_eng

RIMA - Relatório de Impacto Ambiental Porto Sul
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental Porto SulRIMA - Relatório de Impacto Ambiental Porto Sul
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental Porto SulSecom Ilhéus
 
Parecer ibama 01 02-2012[1] porto sul - ilhéus - bahia
Parecer ibama 01 02-2012[1] porto sul - ilhéus - bahiaParecer ibama 01 02-2012[1] porto sul - ilhéus - bahia
Parecer ibama 01 02-2012[1] porto sul - ilhéus - bahiaPaulo Sérgio Paiva
 
Bndes dimensionamento do potencial de investimento para o setor portuário p
Bndes dimensionamento do potencial de investimento para o setor portuário pBndes dimensionamento do potencial de investimento para o setor portuário p
Bndes dimensionamento do potencial de investimento para o setor portuário pIsis Perdigão
 
Investimentos portuarios-brasil-bahia
Investimentos portuarios-brasil-bahiaInvestimentos portuarios-brasil-bahia
Investimentos portuarios-brasil-bahiaPortal iBahia
 
Jornal da ponte_ed01
Jornal da ponte_ed01Jornal da ponte_ed01
Jornal da ponte_ed01Ponte_ssailha
 
Porto privativo da bamin
Porto privativo da baminPorto privativo da bamin
Porto privativo da baminGuy Valerio
 
RELATÓRIO DE VISTORIA Nº. 13 /2012 - COPAH/CGTMO/DILIC/IBAMA
RELATÓRIO DE VISTORIA Nº. 13 /2012 - COPAH/CGTMO/DILIC/IBAMARELATÓRIO DE VISTORIA Nº. 13 /2012 - COPAH/CGTMO/DILIC/IBAMA
RELATÓRIO DE VISTORIA Nº. 13 /2012 - COPAH/CGTMO/DILIC/IBAMAPaulo Sérgio Paiva
 
Doc 8 vistoria da área - junho - publicação 27-08
Doc 8   vistoria da área - junho - publicação 27-08Doc 8   vistoria da área - junho - publicação 27-08
Doc 8 vistoria da área - junho - publicação 27-08Emilio Gusmão
 
Organização e Estrutura Portuária.ppt
Organização e Estrutura Portuária.pptOrganização e Estrutura Portuária.ppt
Organização e Estrutura Portuária.pptLeonardoAzevedo732389
 
Relatório de Infraestrutura - Março - 2012
Relatório de Infraestrutura - Março - 2012Relatório de Infraestrutura - Março - 2012
Relatório de Infraestrutura - Março - 2012Sistema FIEB
 
LLX Apresentação Setembro 2011
LLX Apresentação Setembro 2011LLX Apresentação Setembro 2011
LLX Apresentação Setembro 2011LLX
 
LLX Apresentação Corporativa - Setembro 2011
LLX Apresentação Corporativa - Setembro 2011LLX Apresentação Corporativa - Setembro 2011
LLX Apresentação Corporativa - Setembro 2011LLX
 
LLX Apresentação Corporativa Outubro 2011
LLX Apresentação Corporativa Outubro 2011LLX Apresentação Corporativa Outubro 2011
LLX Apresentação Corporativa Outubro 2011LLX
 
LLX Apresentação Corporativa Setembro 2011
LLX Apresentação Corporativa Setembro 2011LLX Apresentação Corporativa Setembro 2011
LLX Apresentação Corporativa Setembro 2011LLX
 
Infraestrutura brasileira - Construções Modernas Brasileiras - Engenharia Civ...
Infraestrutura brasileira - Construções Modernas Brasileiras - Engenharia Civ...Infraestrutura brasileira - Construções Modernas Brasileiras - Engenharia Civ...
Infraestrutura brasileira - Construções Modernas Brasileiras - Engenharia Civ...Rafael Romani
 

Semelhante a Parecer conjunto amb_eng (20)

RIMA - Relatório de Impacto Ambiental Porto Sul
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental Porto SulRIMA - Relatório de Impacto Ambiental Porto Sul
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental Porto Sul
 
Parecer ibama 01 02-2012[1] porto sul - ilhéus - bahia
Parecer ibama 01 02-2012[1] porto sul - ilhéus - bahiaParecer ibama 01 02-2012[1] porto sul - ilhéus - bahia
Parecer ibama 01 02-2012[1] porto sul - ilhéus - bahia
 
PecéM Cede
PecéM CedePecéM Cede
PecéM Cede
 
LLX - Super Porto do Açu
LLX - Super Porto do AçuLLX - Super Porto do Açu
LLX - Super Porto do Açu
 
Bndes dimensionamento do potencial de investimento para o setor portuário p
Bndes dimensionamento do potencial de investimento para o setor portuário pBndes dimensionamento do potencial de investimento para o setor portuário p
Bndes dimensionamento do potencial de investimento para o setor portuário p
 
Investimentos portuarios-brasil-bahia
Investimentos portuarios-brasil-bahiaInvestimentos portuarios-brasil-bahia
Investimentos portuarios-brasil-bahia
 
7 rel tomo_i
7 rel tomo_i7 rel tomo_i
7 rel tomo_i
 
Jornal da ponte_ed01
Jornal da ponte_ed01Jornal da ponte_ed01
Jornal da ponte_ed01
 
Porto privativo da bamin
Porto privativo da baminPorto privativo da bamin
Porto privativo da bamin
 
RELATÓRIO DE VISTORIA Nº. 13 /2012 - COPAH/CGTMO/DILIC/IBAMA
RELATÓRIO DE VISTORIA Nº. 13 /2012 - COPAH/CGTMO/DILIC/IBAMARELATÓRIO DE VISTORIA Nº. 13 /2012 - COPAH/CGTMO/DILIC/IBAMA
RELATÓRIO DE VISTORIA Nº. 13 /2012 - COPAH/CGTMO/DILIC/IBAMA
 
Doc 8 vistoria da área - junho - publicação 27-08
Doc 8   vistoria da área - junho - publicação 27-08Doc 8   vistoria da área - junho - publicação 27-08
Doc 8 vistoria da área - junho - publicação 27-08
 
Organização e Estrutura Portuária.ppt
Organização e Estrutura Portuária.pptOrganização e Estrutura Portuária.ppt
Organização e Estrutura Portuária.ppt
 
Projeto Cidade da Pesca - Masterplan
Projeto Cidade da Pesca - Masterplan Projeto Cidade da Pesca - Masterplan
Projeto Cidade da Pesca - Masterplan
 
Relatório de Infraestrutura - Março - 2012
Relatório de Infraestrutura - Março - 2012Relatório de Infraestrutura - Março - 2012
Relatório de Infraestrutura - Março - 2012
 
Nota da CODEBA.
Nota da CODEBA.Nota da CODEBA.
Nota da CODEBA.
 
LLX Apresentação Setembro 2011
LLX Apresentação Setembro 2011LLX Apresentação Setembro 2011
LLX Apresentação Setembro 2011
 
LLX Apresentação Corporativa - Setembro 2011
LLX Apresentação Corporativa - Setembro 2011LLX Apresentação Corporativa - Setembro 2011
LLX Apresentação Corporativa - Setembro 2011
 
LLX Apresentação Corporativa Outubro 2011
LLX Apresentação Corporativa Outubro 2011LLX Apresentação Corporativa Outubro 2011
LLX Apresentação Corporativa Outubro 2011
 
LLX Apresentação Corporativa Setembro 2011
LLX Apresentação Corporativa Setembro 2011LLX Apresentação Corporativa Setembro 2011
LLX Apresentação Corporativa Setembro 2011
 
Infraestrutura brasileira - Construções Modernas Brasileiras - Engenharia Civ...
Infraestrutura brasileira - Construções Modernas Brasileiras - Engenharia Civ...Infraestrutura brasileira - Construções Modernas Brasileiras - Engenharia Civ...
Infraestrutura brasileira - Construções Modernas Brasileiras - Engenharia Civ...
 

Mais de Guy Valerio Barros dos Santos

Mais de Guy Valerio Barros dos Santos (20)

Diário eletrônico edição_129.pdf
Diário eletrônico edição_129.pdfDiário eletrônico edição_129.pdf
Diário eletrônico edição_129.pdf
 
Cartilha fiol-fev2019
Cartilha fiol-fev2019Cartilha fiol-fev2019
Cartilha fiol-fev2019
 
Novo documento 2017 10-02
Novo documento 2017 10-02Novo documento 2017 10-02
Novo documento 2017 10-02
 
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 23-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 23-03-2017DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 23-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 23-03-2017
 
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 22-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 22-03-2017DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 22-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 22-03-2017
 
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 21-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 21-03-2017DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 21-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 21-03-2017
 
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 20-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 20-03-2017DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 20-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 20-03-2017
 
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 17-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 17-03-2017DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 17-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 17-03-2017
 
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 16-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 16-03-2017DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 16-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 16-03-2017
 
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 15-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 15-03-2017DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 15-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 15-03-2017
 
Edital Secretaria de Saúde
Edital Secretaria de SaúdeEdital Secretaria de Saúde
Edital Secretaria de Saúde
 
Edital Secretaria de Saúde
Edital Secretaria de SaúdeEdital Secretaria de Saúde
Edital Secretaria de Saúde
 
Edital Secretária de Saúde
Edital Secretária de SaúdeEdital Secretária de Saúde
Edital Secretária de Saúde
 
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 10-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 10-03-2017DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 10-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 10-03-2017
 
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 09-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 09-03-2017DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 09-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 09-03-2017
 
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 08-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 08-03-2017DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 08-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 08-03-2017
 
Lei2312 891
Lei2312 891Lei2312 891
Lei2312 891
 
Lei 1105
Lei 1105Lei 1105
Lei 1105
 
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 07-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 07-03-2017DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 07-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 07-03-2017
 
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 06-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 06-03-2017DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 06-03-2017
DIÁRIO OFICIAL DE ILHÉUS DO DIA 06-03-2017
 

Parecer conjunto amb_eng

  • 1. ALTERNATIVAS LOCACIONAIS PARA IMPLANTAÇÃO DO COMPLEXO PORTO SUL NA REGIÃO DE ILHÉUS, BAHIA - INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS E POLO INDUSTRIAL E DE SERVIÇOS - Esta análise configura os aspectos técnicos relevantes do ponto de vista ambiental e de engenharia envolvendo as Alternativas Locacionais para Implantação do Complexo Porto Sul e foi acordada com a Secretaria de Estado da Casa Civil após realização de reunião, em 14 de outubro de 2008, com a participação das Secretarias de Planejamento, Meio Ambiente, Indústria, Comércio e Mineração e Infra-Estrutura do Estado da Bahia, para escolha da alternativa mais adequada para implantação, no município de Ilhéus, do Complexo Porto Sul - porto, retro-porto e retro-área industrial. O objetivo do Governo da Bahia é maximizar a competitividade da operação portuária e os benefícios socioeconômicos para a região e minimizar os impactos e riscos ambientais associados à instalação de uma estrutura desse porte, bem como garantir o controle e o ordenamento da ocupação da área destinada ao complexo portuário e do seu entorno, em sintonia com a sua atual “missão” e “visão de futuro”: Promover o desenvolvimento socioeconômico e ambiental do Estado a Bahia em bases sustentáveis, garantindo igualdade de oportunidades a todos os cidadãos, independentemente de raça, gênero e religião. Estado cuja população desfrute de qualidade de vida, equilíbrio social e étnico, produtor de bens e serviços de alto valor agregado, articulado nacional e internacionalmente. Este documento está dividido em 04 (quatro) partes: inicialmente, é realizada a contextualização do empreendimento, seguida da apresentação do objeto de estudo, dos empreendimentos associados ao Complexo Porto Sul e das alternativas locacionais consideradas. É, então, apresentada a avaliação das alternativas sob os enfoques ambiental1 e de engenharia2 e, finalmente, são apresentadas as conclusões e recomendações gerais vinculadas às principais preocupações referentes à localização e implantação do Complexo. 1 “Avaliação das Alternativas Locacionais de Implantação do Programa Multimodal de Transporte e Desenvolvimento Mínero- industrial da Região Cacaueira — Complexo Porto Sul”, realizado pelo LIMA/COPPE/UFRJ, por solicitação do Instituto de Meio Ambiente (IMA), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMAD). 2 “Avaliação Preliminar de Alternativas para Implantação do Complexo Porto Sul”, realizado pela Secretaria de Infra-Estrutura. 1
  • 2. 1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO COMPLEXO PORTUÁRIO O Complexo Porto Sul deverá se constituir em um centro logístico importante, oferecendo uma alternativa eficiente e competitiva para o escoamento da produção agrícola e mineral e para a importação de insumos e produtos para o Estado e região central do Brasil. Quando totalmente implantado esse complexo portuário/industrial irá constituir um importante vetor de desconcentração econômica do Estado, estimulando o desenvolvimento para uma extensa região que abarca o Litoral Sul do Estado e o Semi-árido Baiano, influenciando positivamente, também, as regiões de cerrado do Estado e da Região Centro Oeste do Brasil. No âmbito regional, sabe-se que a instalação de uma estrutura portuária estimula uma série de atividades econômicas em função de vantagens competitivas associadas às facilidades logísticas, além de demandar uma rede de serviços diversos que dão suporte à operação portuária e às outras empresas que se estabelecem nas proximidades do porto. Trata-se de uma estrutura de escoamento de produtos capaz de atrair atividades industriais e suas respectivas cadeias produtivas, como é o caso da siderurgia e do pólo metal-mecânico. Estimula, ainda, outros setores produtivos, como a construção civil e o setor de comércio e serviços, que é impulsionado a partir de efeitos positivos diretos e indiretos sobre a demanda. Um primeiro olhar sobre as mudanças advindas da implantação de um complexo portuário desse porte sugere uma série de benefícios, geralmente associados às novas oportunidades de emprego e investimento para a população local e ao crescimento econômico. As novas atividades e o aumento da renda têm um efeito multiplicador sobre a economia local e regional, estimulando o mercado consumidor e outros setores que não estão diretamente associados à atividade portuária. Vale ressaltar que estes efeitos se estendem à economia estadual e a outras regiões do país. Ao mesmo tempo, entretanto, há uma série de aspectos negativos que devem ser considerados. A simples expectativa com relação aos novos investimentos pode induzir fluxos migratórios capazes de sobrecarregar a infra-estrutura existente, agravando uma série de problemas comuns aos centros urbanos em áreas como segurança, saúde, educação, transporte e saneamento ambiental. Ainda nesse sentido, são muito importantes os problemas associados à expansão desordenada e ocupação irregular no entorno dos centros urbanos e do próprio complexo portuário. A implantação do complexo Porto Sul irá interferir profundamente na estrutura espacial e funcional, não só da cidade de Ilhéus, mas, de todo o eixo urbano Ilhéus-Itabuna, sendo sua localização estratégica para garantir o desenvolvimento região. Terá, ainda, reflexos significativos sobre o processo de planejamento e a estrutura do turismo, tanto para a cidade de Ilhéus quanto para a Zona Turística da Costa do Cacau. 2
  • 3. Com relação aos aspectos ambientais, ressalta-se que os impactos potenciais da implantação do Porto Sul sobre a biodiversidade, a dinâmica dos ecossistemas terrestres e marinhos, a alteração da paisagem e a modificação em termos qualitativos e quantitativos dos recursos hídricos irão extrapolar o sítio portuário e as retro-áreas. Estes impactos devem surgir regionalmente, como conseqüência das fortes alterações de ordem econômica e social esperadas. A minimização dos riscos ambientais e sociais, assim como a maximização dos benefícios econômicos serão possíveis caso sejam adotadas medidas adequadas de planejamento, controle e gestão dos empreendimentos. 2. OBJETO DO ESTUDO E ALTERNATIVAS LOCACIONAIS A implantação do Complexo do Porto Sul representa uma demanda do Governo do Estado da Bahia para o escoamento da produção mineral e agrícola, associando empreendimentos vinculados à rota siderúrgica, entre outros, agregando valor e ampliando as vantagens competitivas. Nessa perspectiva, o Governo vem planejando corrigir as carências de infra-estrutura e, dentro de uma nova estratégia logística, pretende interligar, por ferrovia, as áreas produtoras de grãos do oeste e as reservas ferríferas do sudoeste a uma estrutura portuária com capacidade para grandes volumes de produção. Considerando as melhores alternativas do ponto de vista econômico — trajetos mais planos e mais curtos para a ferrovia, batimetria favorável em função do calado dos navios e a presença de uma cidade com infra-estrutura compatível com o suporte necessário à implantação do complexo, houve o indicativo para a seleção do município de Ilhéus. Em função das dificuldades relacionadas ao porto existente em Ilhéus - Porto do Malhado - um novo porto deverá ser construído para atender às necessidades do novo corredor de transporte. O porto do Malhado não possui calado para operação de navios de grande porte, essenciais no transporte marítimo internacional, e apresenta elevados custos de operação, em virtude da necessidade freqüente de dragagens. Além disso, está situado em plena zona urbana da cidade, o que inviabiliza a expansão das suas atividades retro- portuárias e a implantação de novos corredores de acesso ferroviário e rodoviário. O novo porto deverá ser do tipo “off-shore”, com características básicas de um terminal marítimo para movimentação de minério, que será a carga predominante, tendo em vista as dimensões, capacidades e características geométricas dos navios necessários ao seu carregamento comercial. Instalações (piers) para movimentação de outras cargas, como grãos agrícolas, combustíveis, contêineres e para apoio ao setor petrolífero (supply boats), por exemplo, serão projetadas considerando a configuração da ponte marítima “off-shore”. O terminal marítimo deverá ser dimensionado para atender embarcações de 170.000 a 200.000 DWT. O seu canal de acesso com 200 m de largura e bacia de evolução com diâmetro de 700m deverão estar dragados na cota -19m, compatível com a profundidade exigida para a operação desse tipo de embarcação. 3
  • 4. O Complexo Porto Sul, além das instalações “off-shore”, compreenderá as seguintes áreas em terra: • Área portuária primária para pátios operacionais e administração, com aproximadamente 500 ha; • 1ª retro-área, próxima à área primária, para terminais de carga, com cerca de 750 ha; • 2ª retro-área, distante do porto, para indústrias e terminais de carga, com cerca de 2.100 ha. O dimensionamento das áreas levou em conta as necessidades de movimentação de fluxos de minérios, carvão, grãos agrícolas, fertilizantes, combustíveis, produtos siderúrgicos e contêineres, considerados como os de maior atratividade para o Complexo. Para a localização das instalações do futuro complexo portuário optou-se, inicialmente, por avaliar a viabilidade de três áreas, do ponto de vista ambiental e de engenharia. Duas dessas três áreas estão situadas no litoral norte do município de Ilhéus (Ponta da Tulha e Aritaguá) e a outra ao sul de Olivença (Figura 1). Figura 1 – Alternativas Locacionais 4
  • 5. Aritaguá — a área está localizada ao norte da sede municipal de Ilhéus, na margem direita do rio Almada, próxima à Estrada-parque Ilhéus–Itacaré (BA-001) e do Distrito Industrial, estando inserida na APA Lagoa Encantada e Rio Almada. Ponta da Tulha — localizada na região conhecida como Ponta da Tulha, ao norte da cidade de Ilhéus, próxima à área de Aritaguá, estando inserida na APA Lagoa Encantada e Rio Almada. O Governo do Estado da Bahia decretou3, em fevereiro de 2008, uma área localizada nessa região como de utilidade pública para a “implantação de um novo porto e pólo industrial e de serviços”4. O novo aeroporto projetado para Ilhéus ficaria entre as duas áreas: Ponta da Tulha e Aritaguá. Sul de Olivença — a área está localizada ao sul da sede municipal de Ilhéus, na região entre Olivença (Distrito de Ilhéus) e Una. Ainda que não esteja inserida em uma unidade de conservação, como as anteriores, está, entretanto, inserida no mini- corredor Una-Baixão-Lontras. 3. AVALIAÇÃO DAS ALTERNATIVAS Com o desenvolvimento dos trabalhos de avaliação, a alternativa ao sul de Olivença que, em um primeiro momento, se mostrou a mais promissora do ponto de vista ambiental, apresentou algumas características que foram consideradas limitantes à implantação do Complexo Portuário e da sua infra-estrutura de acesso necessária. O primeiro aspecto diz respeito à presença de tribos indígenas naquela região. De acordo com a FUNAI (2008), já existem terras indígenas declaradas, com limites reconhecidos pelo Ministério da Justiça e outras com Portaria de Restrição de Uso ou em fase de estudo, levando à exclusão desta opção locacional. Embora a questão indígena per si já caracterize motivação para exclusão, existem outras fatores técnicos e econômicos que tornam a construção do Complexo Porto Sul, como concebida, extremamente onerosa e problemática. Em primeiro lugar, o relevo da área, bastante acidentado, implicaria em grandes volumes de terraplenagem para a implantação das instalações em terra, com elevados custos de construção. Em segundo, pelas mesmas razões, associadas às características do relevo, o acesso ferroviário a essa alternativa se daria pelo vale do rio Cachoeira, cruzando esse rio e o Santana nas proximidades de Ilhéus, cortando a área urbana da cidade para se 3 Decreto n. 10.917 de 20/02/08, revogado pelo Decreto n. 11.003 de 09/04/08, o qual retirou do texto original o caráter de urgência. 4 A definição desta área foi consolidada a partir da criação de ‘Grupo de Estudo’ envolvendo as Secretarias de Planejamento, Infra-Estrutura e Indústria, Comércio e Mineração e Meio Ambiente. Criado pelo Decreto n. 10.812/2008 e Portaria n. 002/2008 esse Grupo, inicialmente, indicou cinco áreas com potencial para implantação do complexo: Porto do Malhado, Distrito Industrial de Ilhéus, Aritaguá, Ponta da Tulha e Campinho. Em um segundo momento, em função de causas ambientais, físicas e econômicas optou-se pela realização de estudos direcionados para as atuais três áreas em análise, consideradas mais propícias. 5
  • 6. desenvolver ao longo do litoral até atingir a área em questão. O mesmo aconteceria com o acesso rodoviário, que se daria pelo eixo da BR 415 e pela BA 001. O cruzamento da zona urbana da cidade de Ilhéus, a localização dos acessos ferroviário e rodoviário no eixo Itabuna – Ilhéus, hoje praticamente conurbado, e a utilização de trecho da rodovia turística BA 001 trariam, na prática, para o novo porto, as mesmas restrições hoje existentes para o Porto do Malhado, o que inviabilizaria a sua implantação e operação. A análise conjunta de todos esses aspectos apontou para a necessidade de exclusão da área ao sul de Olivença. A partir dessa exclusão, ampliou-se o foco nos aspectos levantados na análise ambiental e de engenharia para Aritaguá e Ponta da Tulha. 3.1 ANÁLISE AMBIENTAL A análise ambiental baseou-se em determinados temas, considerados críticos tanto pela comunidade local5, quanto pela equipe técnica, incluindo questões sociais e econômicas. A cada um desses fatores foram selecionados os processos estratégicos e respectivos indicadores, que balizaram a análise da situação atual e prospectiva6. Os potenciais impactos e riscos7 ambientais identificados retratam as conseqüências da implantação do Complexo Porto Sul. A percepção da sociedade também foi avaliada em entrevistas às organizações sociais, universidade e junto à própria população em pesquisa expedita8. A Tabela 1 apresenta os fatores críticos, processos estratégicos e indicadores considerados na análise ambiental. Tabela 1 – Fatores Críticos, Processos e Indicadores Fator Processo Indicador Estratégico Área com cobertura florestal /área de uso Perda da cobertura vegetal nativa. antrópico (%). Biodiversidade e Redução do potencial de restauração dos Fragmentação dos remanescentes dinâmica dos ecossistemas e biodiversidade. florestais. ecossistemas terrestres Eliminação de ambientes singulares e espécies Extinção de espécies em nível local e da fauna e flora. regional. Biodiversidade e Concentração de contaminantes na cadeia Contaminação do fundo marinho. Dinâmica dos trófica. Ecossistemas Marinhos Desestruturação das comunidades biológicas. Redução da produtividade pesqueira. Alteração da qualidade ambiental dos Perda da biodiversidade. ecossistemas costeiros. 5 O IMA promoveu algumas reuniões com a comunidade local, previamente à construção do Termo de Referência para a realização da Avaliação Ambiental Estratégica, cujos resultados foram considerados na análise ambiental. 6 Detalhamento das análises no Relatório Técnico já mencionado, disponível para consulta. 7 O risco de ocorrência de eventos acidentais de derramamento de óleo foi associado ao potencial relacionado às atividades de exploração e produção de petróleo nas Bacias de Camamu e Almada — totalizam uma área de 22.900 km² até o limite da cota batimétrica de 3.000 m, sendo 16.500 km² pertencentes à Bacia de Camamu e 6.400 km² à Bacia de Almada (ANP, 2006). 8 A pesquisa, ao longo de uma semana, foi direcionada à implantação do Complexo Portuário em Ilhéus, sem dar ênfase à alternativa locacional. 6
  • 7. Acessibilidade às áreas tradicionais de pesca. Aumento nos conflitos de uso. Relação entre a área impermeabilizada do Impermeabilização de áreas. porto e a área total do porto (%). Recursos Hídricos Contaminação dos recursos hídricos superficiais. Índice de Qualidade de Água (IQA) Contaminação dos recursos hídricos Índice de Qualidade de Água Subterrânea. subterrâneos. Concentração de material particulado e Recursos Atmosféricos Degradação da qualidade do ar. gases (NOx, SOx e outros). Percentual de áreas com conflitos / Comprometimento do Plano Diretor e do ZEE. mudanças de uso. Ordenamento Territorial Níveis de desagregação e degradação Novos usos e frentes de ocupação. urbanísticas. Ocupações desordenadas em áreas críticas. Áreas e locais comprometidos. Dinâmica espacial de desenvolvimento Distribuição regional do PIB Municipal. Socioeconomia Número de populações tradicionais e sítios Perda de valores socioculturais. de interesse afetados. Desvinculação do sistema de planejamento Redução dos investimentos públicos e turístico – PRODETUR, com perda de privados em infra-estrutura turística / credibilidade institucional. valores ameaçados a curto e longo prazo. Turismo Degradação e descaracterização das paisagens, Número e peso de elementos da qualidade visual e conceitual do turismo desconfigurantes. sustentável. A análise da Biodiversidade e Dinâmica dos Ecossistemas Terrestres apontou algumas diferenças entre as duas áreas, principalmente no que diz respeito ao estágio de regeneração da cobertura vegetal, à conectividade e à presença de áreas frágeis (áreas alagadas e a proximidade da Lagoa Encantada), identificando a região de Aritaguá como menos sensível aos potenciais impactos associados à implantação do complexo portuário. No caso da Biodiversidade e Dinâmica dos Ecossistemas Marinhos, a diferença entre as duas áreas está principalmente associada à suscetibilidade de contaminação do fundo marinho. Neste caso, Aritaguá apresenta-se como a região mais sensível, devido à predominância do fundo lamoso, que favorece a absorção de contaminantes. Com relação aos Recursos Hídricos, a questão ressaltada é a facilidade de se controlar os efluentes das atividades ali instaladas, em função da dinâmica de drenagem, o que, no caso da Ponta da Tulha, é menos complexa do que na região de Aritaguá, à margem direita do Rio Almada. A análise dos aspectos relacionados à Qualidade do Ar não diferencia as duas áreas em um primeiro momento, mas aponta uma maior fragilidade da região de Ponta da Tulha com relação à dispersão de poluentes atmosféricos, por conta da maior proximidade com a Lagoa Encantada. No que diz respeito ao Ordenamento Territorial, a alternativa de Aritaguá apresenta vantagens associadas ao potencial de ampliação e conectividade territorial e funcional das novas atividades ao eixo Ilhéus - Itabuna e se mostra menos problemática no que se refere à inibição do crescimento habitacional desordenado, proporcionado pela pressão demográfica. Os aspectos socioeconômicos foram avaliados de duas perspectivas diferentes. Com relação aos benefícios econômicos, estes não dependerão da localização do porto em 7
  • 8. uma ou outra área. A diferença mais marcante está associada ao valor sociocultural da Lagoa Encantada, o que torna a Ponta da Tulha uma região mais importante para a comunidade local. A única atividade produtiva avaliada foi o Turismo, cuja análise mostrou maior sensibilidade da atividade aos impactos visuais e à degradação da paisagem pela estrutura portuária em Ponta da Tulha, devido à proximidade da Lagoa Encantada e com os destinos turísticos ao norte de Ilhéus, ao longo da rodovia BA 001. No que se refere aos riscos ambientais, as duas regiões apresentam características muito semelhantes. A análise apontou, entretanto, algumas questões que estão associadas às duas áreas e avaliou o risco de acidentes de colisão e encalhe e acidentes durante transferência de carga ou operações de abastecimento, que devem ser consideradas no planejamento do porto. O processo de avaliação das Percepções Sociais identificou, basicamente, três grupos distintos: os que são declaradamente a favor, os que são totalmente contra e os que estão em dúvida com relação à implantação do Complexo Porto Sul em Ilhéus. Vale destacar, como resultado, a disposição do grupo contrário ao empreendimento em judicializar o processo, por meio da impetração seqüencial de ações na justiça, caso uma série de condições não seja atendida. Assim, os aspectos avaliados sinalizam com impactos e riscos ambientais que favorecem a implantação do Complexo Porto Sul em Aritaguá, em detrimento da Ponta da Tulha. Maiores detalhes sobre as análises encontram-se no ANEXO I, síntese do estudo de “Avaliação das Alternativas Locacionais de Implantação do Programa Multimodal de Transporte e Desenvolvimento Mínero-industrial da Região Cacaueira — Complexo Porto Sul”. 3.2 ANÁLISE DE ENGENHARIA A análise das alternativas sob o enfoque de engenharia foi efetuada com base em carta topográfica na escala 1:100.000, de 1972, complementada com informações sobre a ferrovia Bahia Oeste definida pela VALEC9. Foi utilizada, também, carta náutica na escala 1:50.000, para pré-dimensionamento das estruturas de atracação, e imagem de satélite da região. A avaliação dos sítios de Aritaguá e Ponta da Tulha foi feita segundo os seguintes aspectos construtivos: • Acesso rodoviário; • Acesso ferroviário; • Acesso à profundidade 19 m; e • Terreno para implantação do porto 9 A VALEC-Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. é uma empresa pública, sob a forma de sociedade por ações, controlada pela União, no Ministério dos Transportes. 8
  • 9. Não foram consideradas, para efeito de avaliação comparativa, as retro-áreas mais distantes, destinadas às indústrias, com previsão para combustíveis, siderurgia, metal mecânicos, petroquímicos, usina de gaseificação e usina termoelétrica (UTE). Essas áreas, cuja localização considerou sugestões da Associação Brasileira de Zonas de Processamento de Exportação (ABRAZPE), foram situadas próximas à rodovia Uruçuca – Ilhéus, sendo comuns a ambas as alternativas. Na análise efetuada foram observadas as seguintes premissas: • Acessos rodoviários: • Minimizar o impacto de tráfego gerado na BR 415, no segmento Ilhéus/Itabuna, quando da entrada em operação do Porto; • Não permitir ligação direta entre a Rodovia BA-001 e a área portuária, em razão de sua condição de Estrada Parque e do turismo local; • Priorizar a utilização da Rodovia BR-101 como principal corredor de acesso à região. • Acesso ferroviário: considerar o traçado geral da ferrovia fornecido pela VALEC. • Acesso marítimo: considerar as características básicas de um terminal marítimo para movimentação de minério, considerando as profundidades definidas. • Área para implantação do porto: considerar as condições topográficas das áreas em análise, a hidrografia, condições executivas de terraplenagem e ocorrência de materiais adequados. As tabelas a seguir mostram, de forma resumida, o resultado das avaliações feitas segundo os aspectos considerados. Tabela 2 - Acessos Terrestres Acesso Acesso Diferença Diferença Rodoviário1 Ferroviário (Km) (Km) (Km) (Km) ARITAGUÁ 27,8 25,4 PONTA DA TULHA 33,5 + 5,7 30,6 + 5,2 (¹) acesso a partir da BR 101, com 16 km de trecho comum. Tabela 3 - Instalação Off-Shore e Acessos Marítimos¹ Bacia de Molhe Canal de Ponte Travessia Evolução Ponte Marítima Abrigo Acesso Ba 001 Diâmetro (M) (M) (M) (M) (M) ARITAGUÁ 1.700 1.500 700 2.600 1.000 PONTA DA 1.700 200 700 2.350 400 TULHA (¹) Considerado apenas a instalação portuária para embarque de minério de ferro. 9
  • 10. Tabela 4 - Instalação Off-Shore e Acessos Marítimos – Volume de Enrocamento, Dragagem e Área das Estruturas em Concreto¹ Enrocamento Molhe Ponte Travessia Dragagem² Ponte Marítima Abrigo BA 001 (M³X10³) (M²) (M³X10³) (M²) ARITAGUÁ 2.200 4.980 15.600 6.000 PONTA DA 2.200 1.712 14.100 2.400 TULHA (¹) Considerado apenas a instalação, portuária para embarque de minério de ferro. (²) Volume de dragagem do canal de acesso, bacia de evolução e pier de carga para cota -19. Com relação às condições do terreno para implantação do porto, o desconhecimento da cota de chegada da ferrovia, entre outras variáveis, não permitiu a estimativa das cotas dos platôs para implantação dos vários terminais de carga nas duas alternativas. A determinação da cota é importante para o cálculo do volume de movimentação de terra, especialmente em Aritaguá, onde a área do porto apresenta maior dificuldade na terraplenagem para implantação dos vários platôs, em face da sua topografia mais acidentada. A análise efetuada permitiu a constatação de aspectos importantes: há grandes diferenças nos volumes de terraplenagem necessários para implantação das instalações em terra nas duas alternativas, com vantagens para a área de Ponta da Tulha; Em função, entretanto, da incerteza na determinação das cotas para lançamento dos platôs e, conseqüentemente, na determinação mais precisa dos quantitativos de terraplenagem, optou-se, nesta análise preliminar, por uma avaliação comparativa conservadora dos sítios, adotando-se uma diferença de apenas 10% no volume de terraplenagem entre as duas alternativas. há grandes diferenças existentes, tanto no dimensionamento das estruturas “off- shore”, quanto nos volumes de dragagem necessários para a implantação do terminal marítimo nas duas alternativas, novamente com vantagem para a área de Ponta da Tulha. Os volumes de terraplenagem e de dragagem representam os principais itens de custos de implantação da infraestrutura básica do Porto Sul, com um percentual de participação de aproximadamente 80% no total dos investimentos. Dessa forma, a avaliação preliminar técnica e econômica, sob o enfoque da engenharia, apontou a alternativa Ponta da Tulha como a mais indicada para a implantação do Complexo Porto Sul. Nas tabelas e mapas no ANEXO II podem ser vistos um resumo dos resultados das análises realizadas para cada alternativa, obtidas a partir do Relatório de Avaliação Preliminar de Alternativas para Implantação do Complexo Porto Sul, da Secretaria de Infra- Estrutura do Estado da Bahia. 10
  • 11. 4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES As conclusões da análise ambiental apontam a alternativa locacional de Aritaguá como relativamente mais favorável, principalmente quando são considerados os impactos potenciais aos ecossistemas e à biodiversidade terrestre, os aspectos sócio-culturais e as repercussões sobre a atividade do turismo. Ainda sob o ponto de vista ambiental, três outros aspectos precisam ser considerados. O primeiro diz respeito ao posicionamento da sociedade que, de forma simplificada, pode ser agrupada em: “declaradamente a favor”, “totalmente contra” e “em dúvida” (anexo 1). Destes, o “grupo totalmente contra” apresenta forte organização e capacidade de mobilização e reivindica a exclusão da alternativa Ponta da Tulha. Um segundo aspecto a ser considerado é que ainda não estão disponíveis, para análise ambiental, resultados de modelagem da dispersão das emissões atmosféricas, principalmente os efeitos cumulativos e sinérgicos quando se considera a instalação do futuro aeroporto e a APA Lagoa Encantada. Por fim, deve ser considerado que os custos associados ao processo de mitigação dos impactos e minimização dos riscos associados ao projeto não foram avaliados. Por outro lado, quando são considerados os aspectos técnico-econômicos, associados tanto à implantação, quanto à operação da estrutura portuária, com repercussões na sua competitividade internacional, já se verifica que a alternativa locacional de Ponta da Tulha aparece como sendo a mais recomendável. Analisada de forma estanque, as discussões socioambientais e técnico-econômicas sobre à localização do terminal marítimo podem levar a posições conflitantes e de difícil compatibilização. Contudo, avaliando o projeto do Complexo Porto Sul de forma integrada, com suas repercussões para o dinamismo da economia regional e estadual e seus conseqüentes reflexos na sociedade, verifica-se que a área do Complexo — porto, retro- porto e a área industrial — extrapola a discussão em torno da dicotomia Ponta da Tulha e Aritaguá para uma área única envolvendo essas duas regiões, com atividades off-shore (porto na Ponta da Tulha) e on-shore (retro-porto e distrito industrial ao longo das duas áreas). Um Complexo, como o previsto, deve contar com uma área cujas dimensões sejam compatíveis com projetos de longo prazo, uso ordenado do solo e preservação ambiental, a exemplo de outros complexos portuários no Brasil, como Suape e Pecém. Nesses portos, as áreas definidas para o entorno do porto e que integram o complexo industrial-portuário são, respectivamente, 13.500 ha e 21.000 ha. Neles, o uso do solo previsto contempla a delimitação de zonas portuária, industrial, agrícola florestal, de proteção ambiental e de expansão urbana, entre outras, estabelecendo os usos e regras para o seu ordenamento territorial, minimizando os impactos ambientais e socioeconômicos. Estes exemplos evidenciam a necessidade de se planejar o uso de uma área que certamente será uma composição expandida das duas áreas discutidas neste documento. 11
  • 12. Neste ponto, quando normalmente têm início as discussões sobre os recursos financeiros necessários à manutenção adequada de uma área com essas proporções, principalmente no que diz respeito a seus ativos ambientais, chega-se à conclusão de que será necessário um projeto com foco na saúde financeira dos empreendimentos e no compromisso com a qualidade de vida da população local e a preservação do meio ambiente. Contudo, apesar de técnica e economicamente vantajosa, a implantação da estrutura portuária em Ponta da Tulha e do complexo industrial a ela associado em uma área expandida envolvendo Aritaguá, deve observar as seguintes recomendações: 1. deverá ser considerada uma área maior que a inicialmente estimada pelo Decreto Estadual para a implantação do Complexo, em função das necessidades de preservação e conservação ambiental e de amortecimento para uso urbano, e do ordenamento do uso e da ocupação do solo na área de influência direta do complexo portuário; 2. O planejamento da ocupação da área total do Complexo Porto Sul deve ser precedido de estudo detalhado, com mapeamento das áreas de maior sensibilidade ambiental; 3. as áreas antropizadas da região expandida Ponta da Tulha-Aritaguá deverão ter uso preferencial, procurando-se resguardar a vegetação em melhor estado de conservação para fins de preservação da biodiversidade e formação de corredores ecológicos e o uso e manejo da terra com práticas sustentáveis, sobretudo na zona- tampão de unidades de conservação; 4. deverão ser identificadas ações e medidas que permitam o ordenamento e a fiscalização eficiente do uso do solo urbano e do território no entorno do Complexo, ao longo de todo o processo de implantação e operação; 5. deverão ser observados princípios de ecologia industrial na definição da rota siderúrgica e das demais atividades vinculadas, associada ao uso das melhores tecnologias e do gás natural como fonte energética; 6. deverá ser elaborado o Plano Diretor de Desenvolvimento do Complexo Porto Sul, para estabelecer parâmetros básicos de operação, exploração e zoneamento dos diversos componentes que deverão ser adotados pelo Governo; 7. o dimensionamento da estrutura off-shore deve considerar os fluxos identificados no Plano Diretor e a possibilidade de associação com outros terminais previstos para a região; 8. deverá ser feita a revisão do zoneamento da APA da Lagoa Encantada e Rio Almada em função das novas atividades previstas, prioritariamente no trecho que for decretado como área do complexo portuário; 9. áreas protegidas deverão ser criadas visando assegurar a manutenção e melhoria dos remanescentes florestais no entorno do complexo portuário, da Lagoa Encantada e do Rio Almada; 12
  • 13. 10. devem ser previstos trabalhos de comunicação junto às comunidades para garantir a sua inserção no processo de planejamento e implantação do empreendimento, de modo a minimizar conflitos e discutir medidas compensatórias; 11. deve ser prevista a criação de programas de qualificação e capacitação da mão-de- obra sintonizados com o perfil profissional demandado pelas novas atividades, voltados para a população local, de forma que esta tenha chances reais de ser absorvida pelo mercado desde as fases iniciais de implantação do Complexo; 12. devem ser estudados mecanismos para incremento da arrecadação municipal, garantindo a capacidade de investimento do município e a distribuição ampla e equitativa dos benefícios econômicos gerados; 13. investimentos em infra-estrutura urbana e serviços básicos devem ser previstos, considerando as demandas atuais e o futuro incremento populacional, que deve ser devidamente estimado, com vistas a garantir a qualidade de vida da população local; 14. a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), como prevista, deverá auxiliar na priorização e localização das atividades complementares a serem implementadas e propor diretrizes e recomendações para garantir a sustentabilidade do empreendimento e avaliar a cumulatividade e a sinergia em função das interferências das várias atividades previstas. 13
  • 14. ANEXO I MATRIZ SÍNTESE: ANÁLISE AMBIENTAL – PONTA DA TULHA ANÁLISE AMBIENTAL – ARITAGUÁ ANÁLISE DE RISCO AMBIENTAL – ARITAGUÁ E PONTA DA TULHA ANÁLISE PERCEPÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL 14
  • 15. 1. MATRIZ SÍNTESE DA ANÁLISE AMBIENTAL – PONTA DA TULHA PONTA DA TULHA Fator Processo Indicador Estratégico Situação atual Situação com o Porto Sul Predominância da cobertura vegetal nativa (floresta Redução acentuada da cobertura vegetal nativa e ampliação ombrófila, restinga e áreas úmidas); Perda da Área com das áreas de uso antrópico; Presença de cobertura vegetal com variados graus de cobertura vegetal cobertura florestal Redução da participação relativa de cobertura vegetal nas conservação no interior das áreas de uso antrópico; nativa. nativa / área de áreas antrópicas; Predominância de ambientes naturais com elevado uso antrópico (%). Predominância de ambientes antrópicos com potencial nulo grau de conservação e alto potencial para a de conservação da biodiversidade. conservação da biodiversidade. Eliminação de extensas áreas verdes naturais florestadas com redução da possibilidade de implantação de programas de restauração da paisagem (corredores ecológicos), com Elevado potencial para a manutenção da conexão de repercussões para outras áreas com elevado grau de Redução do remanescentes florestais de valor estratégico para a Grau de conservação; Biodiversida- potencial de conservação da biodiversidade; fragmentação dos Aumento do efeito de borda, com potencializacão dos danos de e Dinâmica restauração dos Predominância de áreas prioritárias para a remanescentes causados aos ambientes naturais em função da eliminação dos ecossistemas e recuperação da qualidade dos ambientes naturais florestais. da vegetação nativa no sitio portuário, retro-porto e distritos Ecossistemas biodiversidade. com a implementação de programas de restauração industriais; Terrestres da paisagem (corredores ecológicos). Aumento do grau de isolamento das mais extensas e bem conservadas áreas naturais a sudeste da APA da Lagoa Encantada e Rio Almada. Acentuado aumento do desmatamento, com crescimento Reduzidas chances de extinção de espécies da fauna proporcional da possibilidade de extinção de espécies em e flora em função do desmatamento; Eliminação de nível local e regional; Número de O corte seletivo de espécies arbóreas, a caça e o ambientes Tendência de aumento do corte seletivo de espécies espécies em tráfico de animais silvestres representam as maiores singulares e arbóreas, da caça e do tráfico de animais silvestres; extinção em nível ameaças à biodiversidade; espécies da fauna Aumento do efeito de borda, com conseqüente perda da local e regional. Efeito de borda presente, mas de impacto e flora. qualidade ambiental e redução da diversidade biológica relativamente baixo, em função da alta conectividade como resultado da fragmentação de remanescentes física entre remanescentes florestais. florestais. Nível de Não há indícios de contaminação da área; Aumento potencial da concentração de contaminantes; Contaminação do concentração de O fundo arenoso não favorece a adsorção de Aumento de contaminantes em função da acumulação de fundo marinho. contaminantes na contaminantes. sedimentos finos decorrentes da construção do Porto. Biodiversida- cadeia trófica de e Dinâmica Disponibilidade de nutrientes por influência de feições Possível redução da produção primária (fito e zooplancton) dos submarinas, provocando ressurgência localmente; Desestruturação Redução da devido à alteração na topografia submarina; Ecossistemas Processos estáveis de dispersão de larvas e das comunidades produtividade Interferência nos processos de dispersão de larvas e Marinhos recrutamento dos recursos pesqueiros. biológicas. pesqueira (%). recrutamento; Presença de recursos pesqueiros de alto valor Redução da capacidade de reposição dos estoques comercial (camarão branco e rosa e espécies de pesqueiros de alto valor comercial. peixes recifais). 15
  • 16. PONTA DA TULHA Fator Processo Indicador Estratégico Situação atual Situação com o Porto Sul Alteração da qualidade Perda da Presença de áreas prioritárias para conservação Possível alteração da qualidade ambiental destes ambiental dos biodiversidade. (costões rochosos e bentos marinhos). ecossistemas. ecossistemas costeiros. Acessibilidade às Acesso irrestrito às áreas de pesca costeira Aumento nos Restrição de acesso às áreas de pesca costeira (jangadas); áreas tradicionais (jangadas); de arrasto de camarão; e de pesca de conflitos de uso. de arrasto de camarão; de pesca de linha. de pesca. linha. Relação entre a Freqüências e magnitudes das cheias muito próximas Substituição de áreas verdes com boa cobertura vegetal por Impermeabilização área impermeabili- da condição natural original, decorrentes da cobertura áreas impermeáveis (telhados, pátios de manobra, áreas de áreas. zada do porto e a vegetal nativa e da presença de cobertura verde com para acumulo de minério a céu-aberto), com efeito área total do porto variados graus de conservação nas áreas de uso significativo. (%). antrópico. Recursos Indicadores de balanço iônico dentro dos limites da Contaminação dos Índice de Alteração dos indicadores de balanço iônico e elevação das Hídricos Classe 2 (pH, sólidos totais e cloretos); recursos hídricos Qualidade de concentrações de metais, principalmente de ferro solúvel em Metais dentro dos limites da Classe 2 (chumbo, superficiais. Água (IQA). água. cádmio, cromo hexavalente, exceção a ferro e cobre). Contaminação dos Índice de Não há registros que descrevam a situação atual, Alteração dos indicadores de qualidade de água em função recursos hídricos Qualidade de contudo estima-se que seja semelhante a da água da porcentagem de solos arenosos. subterrâneos. Água Subterrânea. superficial. Concentração de Degradação da material Qualidade do Tendência ao aumento significativo da concentração de qualidade do ar particulado e Não há informações para a região. ar poluentes do ar na região: material particulado e gases. gases no ar da região. Comprometimento Percentual de Plano Diretor: macro-zona de interesse ambiental e Plano Diretor: necessidade de adequação; das diretrizes áreas com faixa de expansão urbana litorânea; ZEE: APA Lagoa Encantada com comprometimento da básicas do Plano conflitos / ZEE: APA Lagoa Encantada com zoneamento estrutura do zoneamento. Diretor e do ZEE. mudanças de uso. compatível com zona de preservação. Níveis de Ordenamento Novos usos e Integrada ao contexto do Litoral Norte – mix de áreas desagregação e Área industrial satélite de Ilhéus, com problemas de infra- Territorial frentes de urbanas e naturais, externo ao núcleo urbano central degradação estrutura de comunicação e limitação da expansão. ocupação. de Ilhéus. urbanísticas. Ocupação Vila popular integrada ao contexto do Litoral Norte – Áreas e locais Pressão de crescimento desordenado das ocupações desordenada em mix de áreas urbanas e naturais, externo ao núcleo comprometidos. urbanas e redução do grau de preservação da orla. áreas críticas. urbano central de Ilhéus. Dinâmica espacial Dependência econômica do eixo Ilhéus-Itabuna; Melhoria dos indicadores econômicos; Distribuição de Indicadores econômicos acompanhando a tendência Risco de comprometimento do desenvolvimento a partir do regional do PIB Socioecono- desenvolvimento. de deterioração associada ao afastamento de Ilhéus; turismo; Municipal mia Boas perspectivas de desenvolvimento pelo turismo. Grande possibilidade de integração do eixo Ilhéus-Itabuna. Perda de valores Número de Presença de comunidades pesqueiras tradicionais Possível desaparecimento ou deslocamento das socioculturais populações (subsistência); comunidades pesqueiras; 16
  • 17. PONTA DA TULHA Fator Processo Indicador Estratégico Situação atual Situação com o Porto Sul tradicionais e Lagoa Encantada como referência para a população e Redução do valor sociocultural da Lagoa Encantada e do seu sítios de interesse potencial turístico expressivo; potencial turístico; afetados Áreas ocupadas no litoral por residências e Provável deslocamento da população que ocupa o litoral. empreendimentos turísticos. Desvinculação do Redução dos Zona Turística da Costa do Cacau em sistema de investimentos desenvolvimento; Comprometimento significativo da situação de portal para planejamento públicos e Região em processo contínuo de implantação de toda zona turística do Litoral Norte de Ilhéus até a Baía de turístico - privados em infra- equipamentos hoteleiros; Camamu; PRODETUR com estrutura turística / Ilhéus como portal turístico e a BA-001 como via Comprometimento e possível inviabilização da programação perda de valores ameaça- costeira turística do Estado; de investimentos. credibilidade dos a curto e Perspectivas de construção do novo aeroporto, Turismo institucional. longo prazo. consolidando Ilhéus como portal turístico. Degradação e Transformação do trecho do portal da BA-001 em paisagem descaracterização Número e peso de industrial, com infra-estrutura para pórticos de instalações das paisagens, da Região homogênea, com mix de áreas urbanas e elementos portuárias. qualidade visual e áreas naturais do Litoral Norte. desconfigurantes. Impacto visual direto na chegada dos visitantes pelo novo conceitual do tu- Aeroporto turístico. rismo sustentável. 17
  • 18. 2. MATRIZ SÍNTESE DA ANÁLISE AMBIENTAL – ARITAGUÁ ARITAGUÁ Fator Processo Indicador Estratégico Situação Atual Situação com o Porto Sul Predominância da cobertura vegetal antropizada, com qualidade ambiental intermediária (cabruca); Redução acentuada da cobertura vegetal nativa e ampliação das Perda da Área com Presença de cobertura vegetal com variados graus de áreas de uso antrópico; cobertura vegetal cobertura florestal conservação no interior das áreas de uso antrópico, Redução da participação relativa de cobertura vegetal nas áreas nativa. nativa/área de uso principalmente cabruca; antrópicas; antrópico (%). Predominância de ambientes antropizados, mas com Predominância de ambientes antrópicos com potencial nulo de grau intermediário de conservação e potencial de conservação da biodiversidade. conservação da biodiversidade. Eliminação de extensas áreas verdes naturais florestadas com Intermediário potencial para a manutenção da conexão redução da possibilidade de implantação de programas de Redução do de remanescentes florestais de valor estratégico para a restauração da paisagem (corredores ecológicos); potencial de Biodiversidade Fragmentação dos conservação da biodiversidade; Aumento do efeito de borda, com potencializacão dos danos restauração dos e dinâmica dos remanescentes Predominância de áreas prioritárias para a recuperação causados aos ambientes naturais em função da eliminação da ecossistemas e ecossistemas florestais. da qualidade dos ambientes naturais pela implementação vegetação nativa no sitio portuário, retroporto e distritos industriais. biodiversidade. terrestres de programas de restauração da paisagem (corredores Aumento do grau de isolamento das mais extensas e bem ecológicos). conservadas áreas naturais a sudeste da APA da Lagoa Encantada e Rio Almada. Reduzidas chances de extinção de espécies da fauna e Acentuado aumento do desmatamento, com crescimento flora em função do desmatamento; proporcional da possibilidade de extinção de espécies em nível local Eliminação de O corte seletivo de espécies arbóreas, a presença da e regional; ambientes Extinção de monocultura do cacau e a caça e o tráfico de animais Tendência do aumento do corte seletivo de espécies arbóreas, da singulares e espécies em nível silvestres representam as maiores ameaças a caça e do tráfico de animais silvestres; espécies da local e regional. biodiversidade; Aumento do efeito de borda, com conseqüente perda da qualidade fauna e flora. Efeito de borda presente com impacto medianamente ambiental e redução da diversidade biológica como resultado da significativo, em função da presença de áreas mais fragmentação de remanescentes florestais. extensas de cabrucas. Biodiversidade Concentração de Aumento do potencial de adsorção de contaminantes por conta Contaminação do Não há indícios de contaminação da área; e Dinâmica dos contaminantes na presença do alto teor de lama que predomina no sedimento fundo marinho. O fundo lamoso favorece a adsorção de contaminantes. Ecossistemas cadeia trófica. superficial de fundo. Marinhos Disponibilidade de nutrientes por influência de feições Redução da produção primária (fito e zooplancton) devido à Desestruturação Redução da submarinas, provocando ressurgência localmente; alteração no aporte de nutrientes; das comunidades produtividade Processos estáveis de dispersão de larvas e Interferência nos processos de dispersão de larvas e recrutamento; biológicas. pesqueira. recrutamento dos recursos pesqueiros; Redução da capacidade de reposição dos estoques pesqueiros de Presença de recursos pesqueiros de alto valor comercial alto valor comercial. (camarão branco e rosa e espécies de peixes recifais). Alteração da qualidade Perda da Presença de áreas prioritárias para conservação ambiental dos Possível alteração da qualidade ambiental desses ecossistemas. biodiversidade. (manguezais e bentos marinhos). ecossistemas costeiros. 18
  • 19. ARITAGUÁ Fator Processo Indicador Estratégico Situação Atual Situação com o Porto Sul Acessibilidade às Aumento nos Acesso irrestrito às áreas de pesca costeira (jangadas), Restrição de acesso às áreas de pesca costeira (jangadas), de áreas tradici- conflitos de uso. de arrasto de camarão e de pesca de linha. arrasto de camarão e de pesca de linha. onais de pesca. Relação entre a Freqüências e magnitudes das cheias muito próximas da Substituição de áreas verdes com boa cobertura vegetal por áreas Impermeabiliza- área condição natural original, decorrentes da cobertura impermeáveis (telhados, pátios de manobra, áreas para acumulo de ção de áreas. impermeabilizada vegetal nativa e da presença de cobertura verde com minério a céu-aberto), com efeitos muito significativos. do porto e a área variados graus de conservação nas áreas de uso total do porto (%). antrópico. Informações do rio Almada Lagoa Encantada. Contaminação Alteração dos indicadores de balanço iônico e elevação das Recursos Índice de Indicadores de balanço iônico dentro dos limites da dos recursos concentrações de metais, principalmente de ferro solúvel em água; Hídricos Qualidade de Água Classe 2 (pH, sólidos totais e cloretos); hídricos Alteração crítica no trecho do rio Almada, a jusante da área do (IQA) Metais dentro dos limites da Classe 2 (chumbo, cádmio, superficiais. porto. cromo hexavalente, exceção a ferro e cobre). Contaminação Alteração dos indicadores de balanço iônico e elevação das Índice de dos recursos Não há registros que descrevam a situação atual, concentrações de metais, principalmente de ferro solúvel em água, Qualidade de Água hídricos contudo estima-se semelhante a da água superficial. atenuado para muito significativo pela porcentagem elevada de Subterrânea. subterrâneos. solos argilosos (permeabilidade baixa). Concentração de Degradação da material Tendência ao aumento significativo da concentração de poluentes Qualidade do ar qualidade do ar. Não há informações para a região. particulado e gases do ar na região: material particulado e gases. no ar da região. Percentual de Plano Diretor: zona de expansão urbana; Plano Diretor: necessidade de adequação; Comprometiment áreas com conflitos ZEE: APA Lagoa Encantada localizada na periferia da ZEE: APA Lagoa Encantada com comprometimento da estrutura de o do Plano / mudanças de sua zona central. zoneamento. Diretor e do ZEE. uso. Ordenamento Novos usos e Níveis de desagre- Área de retro-porto, integrada à infra-estrutura de acesso de Ilhéus, Área direta de expansão urbana de Ilhéus (distrito Territorial frentes de gação e degrada- com facilidade de expansão de atividades industriais para o eixo industrial). ocupação. ção urbanísticas. Ilhéus-Itabuna. Ocupações Áreas e locais Área direta de expansão urbana de Ilhéus (distrito Pressão de crescimento desordenado da área integrada à malha desordenadas comprometidos. industrial). urbana de Ilhéus (serviços, habitação). em áreas críticas. Dependência econômica do eixo Ilhéus-Itabuna; Dinâmica Indicadores econômicos acompanhando a tendência de Melhoria dos indicadores econômicos; Distribuição espacial de deterioração associada ao afastamento de Ilhéus; Perspectivas praticamente inexistente de desenvolvimento a partir regional do PIB desenvolvimento Poucas perspectivas de desenvolvimento pelo turismo; do turismo; Municipal. Maior probabilidade de integração à área urbana de Integração ao eixo Ilhéus-Itabuna. Socioeconomia Ilhéus. Número de Presença de comunidades pesqueiras tradicionais Possível desaparecimento ou deslocamento das comunidades Perda de valores populações (subsistência); pesqueiras mais próximas da área destinada para o porto; socioculturais. tradicionais e sítios Presença de propriedades agrícolas de cacau (cabruca); Redução das áreas de cultivo de cacau; de interesse Áreas ocupadas no litoral por residências e Provável deslocamento de parte da população que ocupa o litoral. afetados. empreendimentos turísticos. Turismo Desvinculação do Redução dos Zona Turística da Costa do Cacau em desenvolvimento Comprometimento da situação do portal da cidade de Ilhéus; 19
  • 20. ARITAGUÁ Fator Processo Indicador Estratégico Situação Atual Situação com o Porto Sul sistema de investimentos Região em processo contínuo de implantação de Comprometimento de investimentos turísticos na cidade de Ilhéus. planejamento públicos e privados equipamentos hoteleiros; turístico – em infra-estrutura Situação portal – BA-001 – via costeira turística do PRODETUR com turística / valores Estado; perda de ameaçados a curto Perspectivas de construção do novo aeroporto, credibilidade e longo prazo. consolidando Ilhéus como portal turístico. institucional. Degradação e descaracterizaçã o das paisagens, Número e peso de Região homogênea, com mix de áreas urbanas e áreas Interferência visual no eixo da BA-001apenas pelas instalações da qualidade elementos naturais do Litoral Norte. portuárias já na área de influência do atual Porto de Ilhéus. visual e concei- desconfigurantes. tual do turismo sustentável. 20
  • 21. 3. MATRIZ SÍNTESE DA ANÁLISE DE RISCO AMBIENTAL – ARITAGUÁ E PONTA DA TULHA Nível de Risco Cenários acidentais Risco ambiental (freqüência x severidade) Situação atual Situação com Porto Alterações na composição, estrutura e função da biodiversidade Nível 1 a 2 Nível 3 Ecossistemas marinhos, costeiros e de transição Tipo da costa/substrato Nível 2 Nível 3 Acidentes de colisão e Áreas protegidas e ambientes Nível 1 a 2 Nível 3 encalhe ecologicamente estratégicos Bens e serviços ambientais dos Modos de vida Nível 1 Nível 2 ecossistemas (pesca, turismo etc.) Alterações na composição, estrutura e Nível 2 Nível 2 função da biodiversidade Ecossistemas marinhos, Tipo da costa/substrato Nível 2 Nível 2 costeiros e de transição Áreas protegidas e ambientes Acidentes durante Nível 2 Nível 3 ecologicamente estratégicos transferência de carga ou operações de abastecimento Bens e serviços ambientais dos Modos de vida Nível 2 Nível 2 ecossistemas (pesca, turismo etc.) Obs. o nível de risco 1 é o de menor freqüência e severidade. 21
  • 22. 4. MATRIZ SÍNTESE DA ANÁLISE PERCEPÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL Grupos Organizados da Interesses no Porto Sul Nível de Organização Atuais Táticas de Ação Admitidas Sociedade Civil Geração de empregos para a Evitar perder uma oportunidade de desenvolvimento, Moderadamente organizados: comunidade nativa e, considerando: • parte aguarda os resultados Declaradamente a favor secundariamente, • decadência do cacau • parte articulada com entidades de elevada preocupação com eventuais • demora no deslanche do turismo influência política regional. danos ao meio ambiente. • precariedade da indústria de informática. Bastante organizados e contam com especialistas Impetração seqüencial de ações na justiça, com possibilidade criativos e altamente motivados: de negociação caso seja: • contra o empreendimento em qualquer parte • comprovado que a relação custo-benefício social, do município econômico e ambiental é positiva Interesses econômicos • a favor da exclusão da alternativa na Ponta • encontrada uma localização ao sul de lhéus em área Totalmente contra específicos (como turismo), de da Tulha já degradada moradia e/ou ambientais . • diante da ameaça muito séria ao meio • garantida a adoção de tecnologia de ponta em todas ambiente as instalações propostas • por ferir a vocação "natural" da região com a • garantias efetivas de implementação de eventuais total reversão da política governamental dos compensações socioambientais. últimos 15 anos no turismo. Impotentes face às informação disponibilizadas, até o momento, pelo Governo Estadual. Aguardam: • mais detalhes e maiores compromissos de que todas as precauções necessárias, mitigações e Criação de meios de vida Buscam acompanhar o processo realizando pesquisas compensações socioambientais sejam adotadas Em dúvida sustentáveis para a população independentes sobre alguns aspectos que considerados • compromisso de que não será de responsabilidade nativa. fundamentais. exclusiva do município os investimentos em infra- estrutura urbana: saúde, educação, moradia, saneamento ambiental • negociar benefícios com os governos estadual e federal. 22
  • 23. ANEXO II ALTERNATIVAS LOCACIONAIS PARA IMPLANTAÇÃO DO COMPLEXO PORTO SUL — INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS E POLO INDUSTRIAL E DE SERVIÇOS — NA REGIÃO DE ILHÉUS, BAHIA 1. PLANTA DE LOCALIZAÇÃO DAS ALTERNATIVAS ARITAGUÁ E PONTA DA TULHA 23
  • 24. 2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Avaliação preliminar, sob o enfoque da engenharia , de duas alternativas de localização do Porto Sul, próximo à cidade de Ilhéus; Avaliação efetuada com base em carta topográfica na escala 1:100.000, informações sobre ferrovia Bahia Oeste – Leste definida pela VALEC, carta náutica na escala 1:50.000, para pré-dimensionamento das estruturas de atracação, e imagem de satélite da região. Na avaliação preliminar das alternativas foram consideradas as características básicas de um terminal marítimo “off-shore” para movimentação de minério, que será a carga predominante no porto, tendo em vista as dimensões, capacidades e características dos navios necessários ao seu carregamento comercial. 3. ESTUDO CARGAS Grãos (soja) 5 milhões t/ano Ferro 50 milhões t/ano Siderurgia • Gusa 10 milhões t/ano • Carvão 8 milhões t/ano (coque) • Placas 10 milhões t/ano • Escória 4 milhões t/ano (porto ou ferrovia) Álcool 1,0 milhão litros/ano Cimento 0,5 milhão t/ano Fertilizantes 3 milhões t/ano Contêineres 300.000 TEU/ano). 4. ESTIMATIVA PRELIMINAR DE ÁREAS NECESSÁRIAS 4.1. TERMINAIS TIPO ÁREA (ha) TOTAL (ha) Área portuária - pátios 500 Minério Ferro, Carvão 60.000 T.10³ 500 Grãos Agrícolas 6.000 T.10³ 100 Fertilizantes 3.000 T.10³ Prod. Siderúrgicos 5.000 T.10³ Contêineres 300 TEU'S .10³ 150 1250 24
  • 25. 4. 2. POLO INDUSTRIAL TIPO ÁREA (ha) TOTAL (ha) Combustíveis (1.500 L) 200 Siderurgia 400 Ind. Petróleo 400 Metal Mecânico 500 Petroquímicos 500 Us. Gás 50 UTE 50 2100 5. ACESSOS RODOVIÁRIO, FERROVIÁRIO E MARÍTIMO ALTERNATIVAS ARITAGUÁ E PONTA DA TULHA 25
  • 26. 5.1. ACESSO RODOVIÁRIO - PREMISSAS ADOTADAS Minimizar o impacto de tráfego gerado na BR 415, no segmento Ilhéus/Itabuna, quando da entrada em operação do Porto; Não permitir ligação direta entre a Rodovia BA 001 e a área portuária, em razão de sua condição de Estrada Parque e do turismo local; Priorizar a utilização da Rodovia BR 101 como principal ligação com a zona portuária. 5.2. ACESSO FERROVIÁRIO - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS 1. Bitola....................... 1,60 m ♦ Sentido exportação: 0,60% 2. Rampa Máxima Compensada.... ♦ Sentido importação: 1,00% Raio de Curva Horizontal 3. Mínimo................... 500 m. 4. Velocidade diretriz.. 80 km/h. 5. Trem Tipo para Bitola Larga.. TB 360 6. Faixa de Domínio Mínima.. 40 m ♦ Altura acima do boleto do trilho: 8,0 m 7. Gabarito de Livre Passagem. ♦ Largura a partir do eixo da linha: 2,8 m Seção Tipo 26
  • 27. 5.3. ACESSOS MARÍTIMOS – ARITAGUÁ E PONTA DA TULHA 27
  • 28. Navio Tipo Comprimento do Boca Calado do Profundidade DWT Navio do Navio Navio Dragagem 170.000 300 m 46 m 18 m -19 m 5.4. CARACTERÍSTICAS DO TERMINAL MARÍTIMO NOS DOIS SÍTIOS ESTUDADOS: ARITAGUÁ Molhe de Abrigo e Enrocamento: 1.700m; Bacia de Evolução: 700 m de diâmetro na profundidade -19m; Canal de Acesso: 1.500 m, com 200m de largura na profundidade -19m; Ponte de Acesso no Mar: 2.600m no mar; Ponte de travessia do rio Almada e da BA-001: 1.000m; PONTA DA TULHA Molhe de Abrigo e Enrocamento: 1.700m; Bacia de Evolução: 700 m de diâmetro na profundidade -19m; Canal de Acesso: 200 m com 200 m de largura, na profundidade -19m; Ponte de Acesso no Mar: 2.350m no mar; Ponte de travessia da BA-001 = 400m. 28
  • 29. 5.5. ARRANJO GERAL DAS ALTERNATIVAS – TERMINAL MARÍTIMO ARITAGUÁ - Obras Marítimas Molhe de Proteção - enrocamento: 2.200.000 m3 Áreas de Estrutura em m2: Píer de Carga 6.000 Ponte de Acesso 15.600 Travessia do Rio Almada e Rod. BA 001 6.000 Total 27.600.000 Volumes de Dragagem em m3: Canal de Acesso 1.350.000 Bacia de Evolução 2.370.000 Canal de Acostagem 1.260.000 Total 4.980.000 PONTA DA TULHA - Obras Marítimas Molhe de Proteção - enrocamento: 2.200.000 m3 Áreas de Estrutura em m2: Píer de Carga 6.000 Ponte de Acesso 14.100 Travessia da Rod. BA 001 2.400 Total 22.500.000 Volumes de Dragagem em m3: Canal de Acesso 450.000 Bacia de Evolução 496.000 Canal de Acostagem 766.000 Total 1.712.000 29
  • 30. 6. PLANTA TOPOGRÁFICA – ALTERNATIVA ARITAGUÁ Obs.: cotas obtidas a partir de imagem de satélite. 30
  • 31. 7. PLANTA TOPOGRÁFICA – ALTERNATIVA PONTA DA TULHA Obs.: cotas obtidas a partir de imagem de satélite. 31