3. Incidência
Essa fratura é exclusivamente do esqueleto imaturo .
Uma intensa remodelação óssea na região metafisária.
Trabéculas óssea menos definidas e mais finas, com as
corticais adelgaçadas.
Frouxidão ligamentar.
Facilita o olécrano a agir como elemento de corte nas
quedas com hiperextensão do cotovelo.
4. Tipos de fraturas supracondilianas
As fraturas supracondileanas dividem-se em 2 tipos:
Extensão (97%)
• As fraturas em extensão resultam de uma queda com o cotovelo em extensão com uma
força de angulação concentrada que age diretamente na região supracondilar,
concentrada no olécrano, provocando a fratura.
Flexão (3%)
• Nas fraturas em flexão o mecanismo de lesão clássico é o trauma direto sobre a região
posterior do cotovelo durante uma queda.
5. Classificação de Gartland
Dividida em 3 tipos:
Tipo I – Traço de fratura pouco evidente, sem desvio entre os fragmentos.
Tipo II – Traço de fratura evidente, com desvio, com contato de, pelo menos, uma das
corticais. Subdividida em valgo ou varo.
Tipo III – Não contato entre as corticais. Subdividida em póstero-medial e póstero-
lateral.
6. Quadro clínico
Sinais clássicos de fratura:
Edema;
Impotência funcional;
Verificar equimose na prega anterior do cotovelo;
Verificar cova na face anterior do braço – Indica que o fragmento proximal penetrou no
M. braquial - Pinçamento Anterior.
Derrame articular - Facilmente palpado no espaço posterior ao músculo ancôneo, onde a
capsula articular é mais superficial ;
Rotação medial do antebraço em relação ao úmero;
Se a fx está completamente desviada o cotovelo exibe deformidade em “S” – Desvio
anterior da porção distal e posterior da porção na região do olécrano. - Deformidade em
baioneta .
7. Tratamento
Fraturas tipo I podem ser tratadas apenas com gesso
axilopalmar, com flexão 90°, por 3 a 4 sem.
A maioria das fraturas desviadas do tipo II e fraturas
redutíveis do tipo III são tratadas com redução fechada e
fixação percutânea com fios de Kirschner.
A fixação percutânea pode ser feita com 2 fios divergentes
introduzidos lateralmente, ou 2 fios cruzados, um
introduzido medialmente e outro lateralmente, com
angulação entre si de 30 a 40º.
Em casos de fraturas irredutíveis, a redução aberta está
indicada.
8. Complicações
O N. radial é lesado pela espícula lateral do fragmento
proximal do úmero.
N. interósseo anterior ramo do nervo mediano. Perda
motora dos músculos flexores do polegar e indicador.
O nervo ulnar é afetado nas fraturas em flexão, e pode
ser transfixado pelo fio de Kirschner.
Pode ocorrer lesão direta da A. braquial.
Síndrome Volkmann - comprometem o músculo flexor
profundo dos dedos no terço médio do antebraço.
9. Fraturas do Cotovelo
Fraturas do Côndilo Lateral
Mais comuns depois das supracondilianas: 18,5%
Fraturas articulares, tipo Salter-Harris tipo IV.
Mecanismo de lesão: cotovelo em extensão associado a
um valgo compressivo ou a um varismo.
10. Classificação
Classificação segundo Milch
Tipo I: A linha de fratura cursa lateralmente à tróclea. Trata-se
de uma fratura Salter-Harris tipo 4, com o cotovelo estável pois
a tróclea está intacta.
Tipo II: A linha de fratura estende-se até o ápice da tróclea.
Trata-se de uma fratura Salter-Harris tipo 2, com o cotovelo
instável devido a fratura troclear (mais comum)
12. Complicações
Perda funcional
Retardo de consolidação
Vascular
Liquido Sinovial
Distúrbios do crescimento: Valgo grave
Pseudo-artrose
13. Fraturas do Côndilo Medial
1,3% fraturas de cotovelo
Incidência: 8 a 14a
Fratura articular que acomete a tróclea – Cotovelo fletido - A
força passa pelo olécrano.
Cotovelo em Extensão - Valgo
Lesão Salter-Harris tipo IV
14. Classificação segundo Milch
Tipo I: A linha de fratura passa pelo ápice da tróclea.
Fratura Salter-Harris tipo II (mais comum)
Tipo II: A linha de fratura passa pelo sulco
capitulotroclear. Fratura Salter-Harris tipo IV (pouco
freqüente)
17. Fraturas do Epicôndilo Medial
Fratura extra-articular
8% das fraturas de cotovelo
Ocorre entre 9 e 14a
Associada em cerca de 50% dos casos com a luxação do
cotovelo.
Trauma direto – Porção medial do cotovelo.
Avulsão – Flexão e contraçao muscular.
Associado com luxação
do cotovelo – Avulsão .
18. Classificação
Sem desvio
Com deslocamento
–Separados por mais
de que 5 mm.
Com fragmento encarcerado:
Entre a tróclea e a fossa olecraniana
19. Tratamento
Conservador:não deslocadas ou deslocamento mínimo
faz-se imobilização com cotovelo fletido 90°.
Fraturas deslocadas: RAFI
Fraturas encarceradas: redução da luxação e fratura,
com fixação interna com fios de Kirschner divergentes
20. Fraturas do Epicôndilo Lateral
Fraturas extremamente rara, acredita-se que ocorra por
avulsão, devido os M. extensores do antebraço ;
A maior complicação é a possibilidade do fragmento
encarcerar entre o capítulo e a cabeça do radial .
São tratadas , na maioria das vezes com a simples
imobilização.
Tratamento cruento está reservado para as situações
que tiver o fragmento entre o capítulo e a cabeça do
radial .