1. HISTÓRIA DA INDUMNETÁRIA E MODA
EPOPÉIA DA HUMANIDADE
GRÉCIA ANTIGA ATÉ A ERA CRISTÃ
PROF. ODAIR TUONO
2. EVOLUÇÃO Pré História
Idade Antiga
Oriente Ocidente
Mesopotâmia Egito Creta Etrúria
Grécia Roma
Idade Média
Europa
Gótica
Europa
Feudal
Povos Bizâncio
Bárbaros
3. IDADE ANTIGA OCIDENTAL
GRÉCIA ROMA
•Democracia
•Estética – Belo
•Filosofia
•Mitologia
•Olimpíadas
•Racionalismo
•Realismo
•Teatro
•Urbanidade
I. Discóbolo de Miron. I. Estátua de Augusto. Roma
4. CRETA
Creta é a maior ilha e uma das treze
periféricas da Grécia. Era naquela ilha
que vivia Minotauro, segundo um mito.
Minotauro era uma criatura meio
homem e meio touro. Ele morava no
Labirinto, que foi elaborado e construí-do
por Dédalo, a pedido do rei Minos,
para manter o Minotauro por lá, longe
do povo de Creta. O Minotauro foi mor-to
por Teseu.
A lenda do Minotauro pode estar rela-cionada
à importância do touro no ritual
minoano. Os prédios eram enfeitados
com chifres de touro e as tampas das
ampulhetas eram revestidas com o cou-ro
do touro.
5. Na civilização de Creta, supõe-se
que as mulheres usavam saias de
várias camadas sob aventais. Na
parte superior, trajavam uma jaque-ta
ou corpete que deixava os seios
amostra.
I. Deusa com serpentes, c. 1600
a.C. Heraklion Museum. I. Deusa de
Cnossos. Fitzwilliam Museum,
Cambrigde.
CRETA
6. CRETA
O traje masculino cretense era uma espécie de tanga com um cinto e o torso
normalmente nu. Característica marcante aos dois sexos eram a cintura
afunilada, conquistada pelo uso de um cinto desde a infância, além dos
cabelos longos em cachos.
I. Jogos acrobáticos com touro. Palácio de Cnossos.
7. GRÉCIA ANTIGA
Os gregos originaram-se de povos
que migraram para a península
balcânica com início no III milênio
a.C.
Entre os invasores, merecem desta-que
os pioneiros: os aqueus, os jôni-cos,
os eólios e os dóricos; proveni-entes
da Europa Oriental.
As populações invasoras são em ge-ral
conhecidas como "helênicas",
pois sua organização de clãs funda-mentava-
se na crença de que des-cendiam
do deus Heleno.
8. GRÉCIA ANTIGA – HIERARQUIA SOCIAL
02 REIS
Possuíam funções militares e religiosas.
GERÚSIA
Formada por 28 gerontes (cidadãos com + de 60 anos) e os 02 reis.
Elaboravam as leis que eram votadas pela Assembléia.
ELITE – CIDADÃOS (HOMENS)
Proprietários de terras, podiam controlar a religião, a política, os assuntos militares.
PERIECOS – METECOS (ESTRANGEIROS).
Não tinham direitos políticos, proibidos de adquirir terras, dedicavam-se
ao comércio e ao artesanato, obrigados a pagar impostos e prestar serviço militar
HILOTAS – ESCRAVOS (PRISIONEIROS DE GUERRA) / DEVEDORES
Formavam a grande maioria da população, cada cidadão adulto podia manter até
18 escravos, não tinham direito político, assim como as mulheres e crianças
9. GRÉCIA ANTIGA
A veste grega era com-posta
por um tecido re-tangular
envolto ao cor-po
chamado quíton.
O efeito drapeado era
característico desta in-dumentária
presa por
alfinetes ou broches e
amarrado por um cinto
ou cordão.
I. Orfeu, Eurídice e
Mercúrio. V a.C. Museu
do Louvre, Paris.
QUÍTON + HIMATION PEPLO CLÂMIDE
10. GRÉCIA ANTIGA
O material utilizado para as vestes
eram o linho ou lã, sendo de couro e
metal para os militares.
Túnica (quíton) e manto (himation,
clâmide ou peplo) podiam ter cores
variadas e decoração nas barras.
O quíton largo e comprido permitia o
efeito blusonado, o tecido era puxado
sobre o cinto para conseguir um as-pecto
mais solto.
I. Cariátides, V a.C. Atenas.
11. ETRÚRIA
Os Etruscos eram um conjunto de
povos que viveram na península
Itálica na região a sul do rio Arno e a
norte do Tibre, equivalente à atual
Toscana.
A Etrúria era composta por uma dú-zia
de cidades-estados que tiveram
grande influência sobre os romanos.
Verificaram-se prolongadas lutas
entre a Etrúria e Roma, terminando
com a vitória desta última nos anos
200 a.C.
12. ETRÚRIA
Os homens utilizavam uma túnica e
capa (tebana) de formato semicircu-lar
ou retangular.
As sandálias eram de influência
grega e as botas com bico ligeira-mente
levantado de influência orien-tal.
I. Dançarinos da tumba dos Leopar-dos
(detalhe), Etrúria. Museo dell’
Opera della Cattedrale.
13. ETRÚRIA
A mulher etrusca, ao contrário da
grega ou romana, não era marginali-zada
em relação à vida social, parti-cipava
ativamente de banquetes,
jogos ginásticos e nas danças.
Esta situação social da mulher entre
os etruscos fez que helenos e latinos
a considerassem "promíscua" e "li-cenciosa".
Esperava-se que a mulher, no caso
de morte do marido, assumisse a
tarefa da conservação das riquezas,
a continuidade da família e através
dela transmitia-se à herança.
14. ETRÚRIA
As mulheres usavam túnicas longas e o manto podia ser passado sobre a
cabeça, as peças podiam ser adornadas nas bordas.
I. Afresco da tumba de Ruovo, V a.C. Museo Nazionale, Nápoles.
15. ROMA ANTIGA
Segundo a mitologia romana, os
gêmeos Rômulo e Remo foram
jogados no rio Tibre, na Itália.
Resgatados por uma loba, que os
amamentou, foram criados posterior-mente
por um casal de pastores.
Adultos, retornam a cidade natal de
Alba Longa e ganham terras para
fundar uma nova cidade que seria
Roma, fruto de um desentendimento
Rômulo acaba por assassinar seu
irmão Remo.
Após a fundação da cidade, Rômulo
preocupou-se em povoá-la. Criou o
Capitólio um refugio para todos os
banidos, devedores e assassinos da
redondeza.
16. ROMA ANTIGA
Roma foi fundada em 753 a.C. (século
VIII a.C.) A cidade de sistema republi-cano
em seu apogeu tornou-se impé-rio
estendendo-se do ocidente ao
oriente, impossibilitados de controlar
seu legado inicia-se o declínio de seu
poder.
No século V, o decadente Império
Romano tremeu diante de uma amea-ça
terrível vinda dos Balcãs: hordas
de guerreiros a cavalo, comandados
por Átila, rei dos hunos, tomaram de
assalto a Europa, semeando terror e
destruição.
17. ROMA ANTIGA – HIERARQUIA SOCIAL
PATRÍCIOS – CIDADÃOS ROMANOS
Grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos.
Desempenhavam funções públicas atuando no exército,
na religião, na justiça ou na administração.
CLIENTES
Homens livres que se associavam aos patrícios
Prestando-lhes serviços em troca de auxílio econômico e proteção
Ponto de apoio da denominação política e militar dos patrícios.
PLEBEUS
Homens e Mulheres livres que se dedicavam
ao comércio, artesanato e trabalhos agrícolas.
ESCRAVOS
Representavam uma propriedade, o senhor tinha o
direito de castigá-los, vendê-los ou de alugar seus serviços.
18. ROMA ANTIGA
As peças características do
traje romano foram a túnica e
a toga, correspondente ao hi-mation
grego e a tebana
etrusca.
As mulheres usavam a túnica
longa e muitas vezes a stola
como uma sobre túnica com
mangas.
Pessoas simples e soldados
utilizavam apenas a túnica.
I. Villa dei Misteri di Pompei,
detalhe de afresco. 50 a.C.
19. ROMA ANTIGA
As roupas de campanha eram compostas por uma túnica curta, saiote e
couraça de metal, para proteger o tórax, nos pés um tipo de bota fechada.
I. Coluna de Trajano (detalhe). Relevo da narração monumental da conquista
de Dácia por Trajano. Roma.
21. GRÉCIA E ROMA ANTIGA - MITOLOGIA
GRÉCIA ROMA CARACTERÍSTICA
Crono Saturno Titã – Senhor do tempo
Réia Cibele Grã – Madre dos deuses
Zeus Júpiter Maior divindade do Olimpo
Hera Juno Senhora do Céu e da Terra
Posídon Netuno Deus do mar
Hades Plutão Deus das regiões infernais
Palas Atena Minerva Deusa do pensamento
Apolo Febo Apolo Deus da luz
Ártemis Diana Deusa da caça
Afrodite Vênus Deusa do amor e da beleza
Hermes Mercúrio Mensageiro dos deuses, comércio e dos ladrões
Ares Marte Deus da guerra
Hefesto Vulcano Deus do fogo
Héstia Vesta Deusa da lareira, o símbolo do lar
Deméter Ceres Deusa da agricultura
Dioniso Baco Deus do vinho
Hércules Hércules Herói – filho de Zeus e Alcmena
22. GRÉCIA E ROMA ANTIGA
• Alexandre (2004, EUA). Dir. Oliver Stone.
• Fúria de Titãs (1981, ING). Dir. Desmond
Davis.
• Gladiador (2000, EUA). Dir. Ridley Scott.
• Helena de Tróia - Paixão e Guerra (2003,
EUA/GRE). Dir. John Kent Harrison.
• A Odisseia (1997, EUA). Dir. Andrei
Konchalovsy.
• A Paixão de Cristo (2003, EUA). Dir. Mel
Gibson.
• Pompeia (2014, EUA). Dir. Paul W. S.
Anderson.
•Tróia (2004, EUA). Dir. Wolfgang Petersen.
• A Última Legião (2007, UK). Dir. Doug
Lefler.
24. MARIANO FORTUNY
Mariano Fortuny e Madrazo
(1871 Granada, ESP. – 1949
Veneza, IT.).
Palazzo Fortuny – Art Mu-seum,
São Marco, Veneza,
Itália.
Acervo de pinturas, projetos
de iluminação, fotografia, têx-teis
e vestuário.
25. MADELEINE VIONNET
Madeleine Vionnet (1876 Chilleurs-aux-Bois,
FR. – 1975 Paris, FR.).
Inspirada pela Arte Grega, Vionnet utilizava pre-ferencialmente
crepe de seda, gabardine e cetim
em manequins de 80 cm, utilizando os tecidos
em viés permitia a fluidez e o movimento do cor-po
feminino em suas criações.
27. IDADE MÉDIA
A maior parte da arte medieval tem
um foco religioso fundamentado no
Cristianismo.
Essa arte era financiada pela Igreja
ou por patronos seculares ricos. A
vasta maioria dos camponeses era
iletrada, sendo assim as artes
visuais aliadas aos sermões, eram
os principais métodos para comuni-car
as idéias religiosas.
Com a invasão dos povos bárbaros
em Roma, as pessoas foram para o
campo, onde estariam seguras. Os
grandes proprietários então, cons-truíram
castelos com muralhas e
segurança para se protegerem dos
bárbaros.
28. IDADE MÉDIA
REI
NOBREZA FEUDAL – SENHORES FEUDAIS
CAVALEIROS, CONDES, DUQUES, VISCONDES
Detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses.
CLERO – MEMBROS DA IGREJA CATÓLICA
Zelavam pela proteção espiritual da sociedade,
isento de impostos e arrecadavam o dízimo.
SERVOS (CAMPONESES) E PEQUENOS ARTESÃOS.
Deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais.
30. POVOS BÁRBAROS
Couro, lã, linho e algodão eram uti-lizados
para criar túnicas e mantos.
Os homens utilizavam calções curtos
denominados braies ou calças lon-gas
e justas atadas às pernas por
bandas de tecido abaixo do joelho.
Calçados fechados ou sandálias de
couro atadas por correias eram utili-zados
por ambos os sexos.
I. Filme, Conan, o Bárbaro.
31. POVOS BÁRBAROS
As mulheres vestiam uma túnica
longa presa por broches e atadas
ao corpo por cintos, sobre ela uti-lizavam
um xale.
Por baixo da túnica trajavam uma
camisa, em geral de linho, com
abertura frontal até o peito.
Homens e mulheres tinham ca-belos
longos e para se protege-rem
usavam toucas.
I. Ilustração, John Peacock.
32. IMPÉRIO BIZANTINO
O luxo oriental sempre foi mais
ostensivo do que o ocidental
influenciando o próprio Império
Romano.
Durante o governo do imperador
Justiniano, cuja esposa era
Teodora, a cultura bizantina de-senvolveu
todo seu esplendor no
século VI.
Os trajes civis e religiosos apre-sentavam
grande semelhança.
I. Imperatriz Teodora e oferta
eucarística do vinho (detalhe).
Igreja de São Vital, Ravena.
33. IMPÉRIO BIZANTINO
A seda foi o principal tecido em
Bizâncio, as roupas eram bordadas
com fios de ouro e prata, pérolas e
pedras preciosas.
A roupa era semelhante para os
dois sexos que utilizavam túnica de
mangas longas até os punhos.
A Igreja Ortodoxa, em suas cerimô-nias
religiosas trajam paramentos
semelhantes com as roupas usa-das
pelos imperadores bizantinos.
I. Ilustração, John Peacock.
34. EUROPA FEUDAL
Os centros urbanos, no século V,
passaram por grandes crises
gerando: decadência do comércio,
descentralização da autoridade e
deslocamento para o campo.
A túnica, presa por um cinto,
utilizada pelos homens deste
período é chamada de gonelle. As
capas para proteção do corpo
poderiam ser forradas de peles, os
braies – calções – eram usados
com meias por baixo das túnicas.
I. Cena de casamento. Idade Média
35. EUROPA FEUDAL
As túnicas femininas, com ou sem
mangas, em função do clima, recebi-am
o nome de stolla e eram vesti-das
pela cabeça.
Sobre os ombros usavam um lenço
cujo nome era palla ou o manto lon-go
no comprimento da túnica.
Os cabelos para ambos os sexos
eram longos, as mulheres os utiliza-vam
presos. Os calçados eram de
couro com tiras para amarrar nas
pernas.
I. Ilustração, John Peacock.
36. EUROPA GÓTICA
O restabelecimento da economia, novas
técnicas agrícolas e a intensificação do
comércio, causaram a revalorização dos
centros urbanos europeus.
A Igreja se sobrepunha a tudo e os pró-prios
monarcas em escala social esta-vam
abaixo do Sumo Pontífice.
Os homens usavam meias que eram
cortadas no formato da própria perna; os
calções longos braies.
As túnicas foram se encurtando transfor-mando-
se na peça chamada gibão
I. Cena de casamento. Período Gótico.
37. EUROPA GÓTICA
Os vestidos femininos passaram a
ter abotoamento lateral, as mangas
cresceram e ganharam amplitude na
altura dos punhos.
O corpete do vestido era ajustado ao
corpo enquanto as saias amplas pelo
volume do tecido chegavam ate os
pés.
As mulheres usavam uma banda de
tecido que passava pelo queixo, ele-vada
às têmporas e presa no alto da
cabeça sob o penteado, chamada
de barbette.
I. Ilustração, John Peacock.
38. EUROPA GÓTICA
O período gótico encerra a in-fluência
da Idade Média para
uma revalorização do legado
greco-romano, fonte de inspira-ção
para o Renascimento em
Florença no século XV.
Artistas como Bruegel, Bosch,
Van Eyck e Giotto são exem-plos
desta fase de transição.
I. Casal Arnolfini, século XV,
Jan Van Eyck. Galeria Nacio-nal,
Londres.
39. IDADE MÉDIA
• Cruzada (2005, EUA/ING/ESP). Dir.
Riddley Scott.
• O Nome da Rosa (1986, ITA/ALE/
FRA). Dir. Jean Jacques Annaud.
• Rei Arthur (2004, EUA). Dir. Antoine
Fuqua.
• Tristão & Isolda (2006, EUA) Dir. Kevin
Reynolds.
40. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRIL, Editora. Enciclopédia Multimídia da Arte Universal. São Paulo:
Alphabetum Edições Multimídia, 1997.
BRAGA, João. História da Moda: uma narrativa. São Paulo: Editora Anhembi
Morumbi, 2004.
BOUCHER, François. A History of Costume in the West. Nova York: Thames and
Hudson Ltd., 1987.
LAVER, James. A roupa e a moda uma história concisa. São Paulo: Companhia
das Letras, 1996.
PEACOCK, John. The Chronicle of Western Costume. Londres: Thames and
Hudson Ltd., 1991.
ROBERTS, J. M. O Livro de Ouro da História do Mundo – da Pré-História à Idade
Contemporânea. Rio de Janeiro, Ediouro, 2000.