Este documento discute sete mitos comuns sobre psicoterapia. Explica que procurar ajuda profissional não significa que alguém esteja maluco, e que amigos e família, embora importantes, nem sempre podem fornecer o mesmo nível de compreensão e tratamento que um psicólogo. Também discute que embora esforço e atitude positiva sejam úteis, problemas mentais podem requerer mais do que isso, e que a psicoterapia envolve mais do que apenas ouvir problemas.
1. Mitos sobre a
Psicoterapia
Baseado no artigo da American Psychological Association
Será que a forma como vê a psicoterapia o está a
impedir de usufruir dos seus benefícios
2. Esta é uma afirmação que ouvimos frequentemente e que revela o
estigma que existe relativamente à saúde mental. As pessoas
procuram a psicoterapia por diferentes razões: porque estão
deprimidas, têm um perturbação de ansiedade ou para situações de
abuso de substâncias. Outras procuram a psicoterapia porque estão
com dificuldade em lidar com acontecimentos de vida (divórcio,
desemprego, morte de um ente querido, doença) ou para mudarem
comportamentos pouco saudáveis. Outras ainda desejam melhorar
competências ao nível da comunicação/relação ou desenvolver
recursos internos que lhes permitam ser mais resilientes.
Na verdade, procurar ajuda de um profissional é visto como um
recurso. A ênfase colocada na relação mente-corpo tem mostrado
como a saúde mental é determinante para uma boa saúde física e são
as duas faces da mesma moeda.
1 - Não estou maluco(a) para ir a um
psicólogo!
3. 2 - Os amigos e a família substituem os
psicólogos!
O apoio dos amigos e de familiares é um recurso importante nos bons e
nos maus momentos. No entanto por vezes não é suficiente e os
profissionais de saúde mental podem oferecer algo mais. Estes
profissionais tem anos de formação e experiência na área da saúde
mental o que os torna aptos na compreensão e tratamento de
problemas mentais e emocionais.
Estudos têm mostrado que a Psicoterapia é útil e eficaz. As técnicas
utilizadas pelo psicólogo são o resultado de décadas de investigação
cientifica e não se resumem "apenas a falar e ouvir", permitem
detectar padrões de funcionamento (cognitivo, emocional e
comportamental) que os amigos nunca notaram ou deixaram de
notar. Para além disso e apesar dos nossos amigos e familiares serem
pessoas em quem confiamos, há "questões que sentimos vergonha de
abordar ". Com o psicólogo esta questão não se coloca pela
confidencialidade da relação terapêutica.
4. 3 - Tenho a capacidade de ultrapassar os
meus problemas, para isso basta
esforçar-me e ter uma atitude positiva!
É verdade. No entanto por vezes não é suficiente o que estamos a tentar
fazer para melhorar. Algumas perturbações podem ter uma
componente neurológica, tal como a depressão ou os ataques de pânico.
Isso não significa que falhamos ou que somos incapazes. Pelo contrário,
admitir que precisamos de ajuda é um sinal de força e o primeiro passo
para nos sentirmos melhor.
5. 4 - Para quê pagar a um psicólogo apenas
para ouvir os meus problemas!
A escuta é apenas uma componente do processo terapêutico que se
pretende ser colaborativo e interactivo e onde o paciente é o agente
activo da mudança a que se propõe.
No inicio o psicólogo começa por pedir para descrever o que motivou a
ida ao psicólogo, depois irá recolher informação sobre a história do
seu problema e informação sobre outras áreas de vida, e a forma como
tem tentando resolver os problema, para poderem em conjunto
estabelecer objectivos terapêuticos.
6. 5 - Os psicólogos acabam por atribuir todos
os problemas a experiências na infância e à
relação com os pais!
Uma das componentes da psicoterapia poderá ser explorar o impacto
que as experiências e relações significativas na infância e adolescência
tiveram na sua vida. Esta viagem ao passado pode ajudar a
compreender padrões na forma como percepcionamos o problema e
como temos vindo a lidar com ele. Esta ponte entre o passado e o
presente é essencial para compreendermos o presente e identificar
mudanças no futuro.
No entanto o psicólogo pode focar-se apenas no problema ou crise
actual. Neste caso é transmitido e ensinado um conjunto de
ferramentas e desenvolvidas competências para lidar com o problema
actual de forma mais saudável.
7. 6 - A psicoterapia para ser efectiva dura
anos ou mesmo a vida inteira!
A psicoterapia é um processo individual e por isso o tempo necessário é
variável (12 sessões, 6 meses,...) que deve ser discutido com o psicólogo
quando se estabelecem os objectivos terapêuticos.
Lembre-se que o objectivo do psicólogo não é mantê-lo em terapia por
muito tempo mas fortalecê-lo para lidar com as situações sozinho no dia
a dia.
8. 7 - A psicoterapia é um processo muito caro!
Sem dúvida! Este pode ser um dos factores que o leva a adiar a ajuda de
um profissional. Passe a olhar para o processo terapêutico a médio e
longo prazo e foque-se nos benefícios que este investimento lhe trará, a
nível pessoal, relacional e económico.
A Oficina de Psicologia dispõe de uma oferta diversificada em termos de
honorários e pode escolher aqueles que melhor se adequam
à sua situação actual.
9. A Oficina de Psicologia dispõe de uma equipa de
profissionais qualificados e prontos a
recebê-lo(a) e a elaborar o programa
terapêutico adequado às suas necessidades.