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Dissertação de Mestrado em Gestão de
               Serviço de Clientes

   FORECASTING NA INDÚSTRIA DA
    SEGURANÇA ELECTRÓNICA EM
           PORTUGAL
              Mestrando – Nuno Tasso de Figueiredo - nº 207056
                                  Data - 2012
                          Dia e Hora – 00/00 às 00:00
                 Local – IPAM ESCOLA SUPERIOR DE LISBOA
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RESUMO / INTRODUÇÃO
O Quê?

A questão Inicial baseou-se no pressuposto da utilização ou não por parte das empresas
da Indústria da Segurança Eletrónica em Portugal, e em que contexto, de algumas
ferramentas de gestão como o “Forecasting” (previsão de vendas) como peça fundamental
para o estabelecimento de objetivos, e se tinham em conta variáveis como a volatilidade
dos mercados.


Porquê?

Verificou-se que as dissonâncias no ambiente empresarial em geral, envolvendo as
diferenças entre teoria o discurso e a prática, também ocorrem em áreas estratégicas.

Foi observado de que forma as escolhas ou opções estratégicas e táticas podem afetar a
posição das organizações, a sustentabilidade dos negócios, validade dos seus objetivos, a
sua credibilidade (interna e externa) e a motivação das suas equipas de colaboradores.




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RESUMO / INTRODUÇÃO

                    Alguns exemplos de dissonâncias, ou das origens das
                    mesmas, que são normais nas organizações
                    contemporâneas:

                    PINK (2009) existem inúmeras questões comprovadas
                    cientificamente mas que os gestores simplesmente
                    ignoram,


                    BATESON (1972) refere que a razão de todos os nossos
                    problemas de hoje residem na diferença entre como
                    pensamos e como a natureza funciona,


                    MINTZBERG (1973) constata que quando se questiona
                    um gestor acerca do que faz para não nos admirarmos
                    se não conseguirmos relacionar o que ele diz com a
                    realidade.

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RESUMO / INTRODUÇÃO
Um planeamento eficiente, capacidade de adaptação à mudança e flexibilidade revelam-
se, cada vez mais, como uma necessidade intrínseca das organizações para serem "pró-ativas
na estratégia" assim como "na excelência das operações".

Assim conseguirão estar melhor apetrechadas para obter os alinhamentos necessários sem
cometerem atropelos como “downsizing” e reestruturações difíceis de compreender, ou seja,
Despedimentos; Contratações; Promoções (de produtos e serviços) mal estruturadas,
aleatórias e desenquadradas; Encerramento de delegações... Ou seja, menos reativas e sem o
imediatismo de medidas baseadas em compromissos de racionalidade duvidosa que
normalmente não servem no curto, médio e longo prazo os interesses das empresas e dos
seus acionistas/empresários.



Quando?

A Investigação decorreu entre os anos de 2010 e 2012


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RESUMO / INTRODUÇÃO
Como?

Determinou-se o tipo de Investigação, efetuou-se a análise dos dados; retiraram-se as
respetivas ilações da informação obtida e que foram transformadas num conhecimento mais
aprofundado acerca do tema.

Estabeleceram-se hipóteses de variáveis como:

Credibilidade;
Organizacionais;
Gestão;
Sistemas de Análise e Apoio à Decisão;
Ambientes Micro e Macro;
Volatilidade dos Mercados;
Recursos Humanos…

A metodologia utilizada na realização desta investigação visou efetuar comparações dos
dados-informação-conhecimento obtidos através de uma pesquisa exploratória subdividida
entre as vertentes qualitativa(s) e quantitativa(s).

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RESUMO / INTRODUÇÃO
Onde?

Recorreu-se a dados secundários e entrevistas pessoais para obter os dados qualitativos e
as bases teóricas sobre o tema usando, não só em artigos científicos assim como no trabalho
de outros investigadores para se poderem estabelecer comparações.

Os dados quantitativos foram obtidos através de um “Survey” efetuado a alguns
Profissionais da Indústria Eletrónica de Segurança em Portugal.




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RESUMO / INTRODUÇÃO
Quem?

A Indústria da Segurança Eletrónica em Portugal foi escolhida não só por conveniência, dada
a facilidade na obtenção de dados, mas também pelo interesse do investigador.

A investigação não teve a intenção de apresentar o melhor método para fazer previsões
de vendas. O foco foi, nomeadamente na Indústria da Segurança Eletrónica em Portugal, e
avaliar o impacto da previsão de vendas nas organizações e nos stakeholders em geral.




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REVISÃO DA LITERATURA

Identificaram-se algumas áreas, sob as quais se pretendeu verificar o que diversos autores e
estudos científicos referiam e que se pensaram pertinentes ao tema da investigação:

As relações, a imagem e a credibilidade que as organizações e os seus profissionais
passam para o mercado e que influenciam a sua credibilidade interna e externa assim como
as estruturas organizacionais e cultura empresarial de que forma influenciam servem os
propósitos das organizações;
 O papel dos gestores e qual a ideia que eles próprios têm disso;
 O planeamento, a integração e interação de funções nas organizações;
 Como as organizações e os seus colaboradores encaram, lidam e reagem face à mudança;
 Os sistemas de apoio à decisão como o “Forecasting”;
 Como vislumbram e lidam com as envolventes Micro e Macro;
 A forma como segmentam o mercado, elegem o seu “target” e estipulam os canais de
distribuição;
 Como encaram e abordam uma das razões da sua existência “o cliente”;
 A volatilidade económica.



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Credibilidade das Organizações e as Suas Estruturas
              KOTLER (2010) no seu livro “Marketing 3.0” apresenta-se como uma
              realidade, vivida por empresas que veem os seus consumidores a terem mais
              acesso às tecnologias, maior poder de comparação de produtos, mais poder no
              processo da decisão de compra. Por isso, apela à visão holística como a forma
              de perceber a realidade e a abordagem sistêmica, o primeiro nível de
              operacionalização desta visão, voltada para o ser humano e não apenas
              para o consumidor, como era feito há algum tempo. Ou seja, as organizações
              para além de terem que reorganizar os seus processos e metodologias
              terão que se preocupar em “ser em vez de parecer”.

              ROSA (2003) referiu que …“a estratégia que é veiculada por governantes,
              funcionários e tecnocratas dos dois lados do Atlântico que procuram lavar
              o cérebro da opinião pública com sua retórica neoliberal, assumida ou sub-
              reptícia, categórica ou dissimulada, construída sobre neologismos tais como:
              “responsabilidade social das empresas”…
              ...”Reputação é um conceito que comporta confiança, credibilidade,
              responsabilidade e transparência. Mas essencialmente localiza-se no plano das
              perceções, tal como a imagem pública, pois a maioria das pessoas fora do
              círculo da administração de uma empresa, incluindo os seus
              trabalhadores, não tem acesso a informação certa e completa.”...
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Gestão, os Gestores e as suas Funções

                    MINTZBERG (1990) no seu artigo e investigação “The Manager’s job:
                    Folklore and Fact” da Harvard Business Review, refere que a gestão e
                    as funções dos gestores estão cheias de contradições. Ainda refere
                    que o que os gestores fazem nem eles sempre sabem (anexo I),


                    SOUZA; TRIERWEILLER; WEISE; ROCHA e MONTEIRO (2011),
                    referem que as probabilidades de erros estão sempre presentes
                    devido aos inúmeros fatores imprevisíveis. Assim, e como aconselha
                    o estudo, os gestores devem estar atentos ao mercado e preparados
                    para as distorções e ou dissonâncias (anexo II).


                    De acordo com os autores e aos temas por eles abordados, existem
                    uma série de condicionalismos em torno dos gestores e da função
                    gestão que podem chegar ao cúmulo de referirem que Planeiam,
                    Organizam, Lideram e Controlam mas que numa análise mais
                    cuidada poderemos ser confrontados com o oposto.

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A Arte do Planeamento Face aos Condicionalismos
                               Contemporâneos
PLASCHKE; ROGHÉ e GUNTHER (2011) no artigo “The Art of Planning” do The Boston Consulting
Group referem que uma economia global, cada vez mais complexa, e mais volátil apresenta
mudanças e desafios que alteraram o contexto no qual as empresas devem realizar o
planeamento (anexo III). Os autores referem três pontos fundamentais:

Mudanças externas: Dada a falta de estabilidade e previsibilidade na nova realidade global,
as empresas tanto quanto possível têm que aprender a ser mais ágeis e adaptáveis.

Conflitos internos: As empresas atam as próprias mãos. Obstáculos internos ao planeamento
incluem recursos e funcionários limitados; processos ineficientes, não fiáveis, dados de baixa
qualidade, e, a cultura própria de uma empresa.

Enfrentar a mudança: Através de 10 princípios-Fazer prioritário o estabelecimento de
objetivos top-down; Ter a perspetiva do plano de um analista; Planear com menos detalhes;
Aplicar um nível diferente de detalhe em cada etapa; Encurtar o ciclo de planeamento;
Equilibrar as ambições com as previsões; Ser adaptável e flexível; Repensar o sistema de
incentivos; Gerir compromissos; Governação e objetivos claros e transparentes para todos.

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A Arte do Planeamento Face aos Condicionalismos
                        Contemporâneos
BARRET (2009) no estudo da GARTNER (Anexo IV) “Conquering the Seven Deadly Challenges
of Sales & Operations Planning”, refere que a partir dos finais dos anos 2000 os Líderes devem
impulsionar a procura através de 10 pontos:

•Recolher dados das vendas e do mercado;
•Integrar no plano operacional;
•Introduzir novos produtos e gestão dos mesmos;
•Hierarquias de multinível e multidimensão;
•Seguimento e gestão das assunções;
•Gestão de processos e “workflows”;
•Restrições baseadas no planeamento;
•Gestão da performance;
•Planeamento financeiro com a integração no plano operacional;
•Gestão de cenários e simulações baseadas em “e se?” .

Num estudo levado a cabo em 2009 entre 182 Fabricantes e Retalhistas, as questões ou o
que os inquiridos referiram como mais relevantes:


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A Arte do Planeamento Face aos Condicionalismos
                        Contemporâneos
Ainda BARRET (2009), definem o modelo da maturidade das empresas em 4 níveis:
I-Reaching;
II-Anticipating;
III-Collaborating;
IV-Orchestrating;

Referem que 67% das empresas não conseguia ultrapassar o nível II

Definem como os 7 pecados das organizações:

11.Clareza dos objetivos;
12.Alinhamento com a estratégia;
13.Sistema de incentivos;
14.O que é uma boa decisão?;
15. Governação;
16.O papel das previsões;
17.Ligação do plano à execução do mesmo.

E ainda referem que os problemas se concentram com a seguinte classificação:
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A Mudança Vs o Capital Humano das Organizações
                       Quando a informação demora, meras hipóteses passam a ser
                       verdades pessoais com tudo o que de negativo pode trazer. Na
                       fórmula da mudança “D+V+F> R” (BECKHARD & PRITCHARD,
                       1992)

                       D = (Dissatisfaction) Insatisfação com a situação presente
                       (porquê desta mudança ser necessária?);
                       V = (Vision) Perspectiva de como as coisas ficarão depois da
                       mudança (onde iremos?);
                       F = (First Steps) Conhecimento dos elementos e passos
                       possíveis de dar que formam o plano/processo de mudança
                       enquadrado com a visão (como chegamos lá?);
                       R = (Resistance to Change) Perceção do custo da mudança
                       para indivíduos e grupos.

                       Ou seja, subestimar os recursos de tempo e comunicação
                       necessários à mudança pode levar ao caos e a mudança deve
                       ser vista como um processo de reeducação no qual se buscam
                       criar novos valores, crenças e cultura para a organização.

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Forecasting como Ferramenta Integrante do Sistema de
                 Análise e de Apoio à Decisão
Bons processos ou métodos de previsão facultam à organização a possibilidade de estimar o
futuro e otimizar as suas ações em conformidade. Por outro lado a previsão ajuda as empresas a
alcançar uma vantagem competitiva através da integração dos planos de Marketing e de
Vendas focados no cliente.

A previsão de vendas interliga áreas e variáveis explicativas, prováveis causadores da procura.
Para IIDA (2002) e ROGGEVEEN e JOHAR (2004) depois de escolhido o método de previsão de
vendas e estando na posse das mesmas, é preciso alinhá-la com a capacidade de produção.

Para MAGALHÃES (1993 e 1994) o “Forecasting” em particular a previsão de vendas, é uma
ferramenta preciosa para a decisão e para que a mesma não seja tomada ao acaso. Ao nível de
qualquer organização, a previsão deve ser integrada na tomada de decisões como um meio e não
como um fim. Um dos grandes objetivos da previsão é permitir que quem decide compreenda
melhor as incertezas do futuro e os seus riscos associados quando se planeia ou tomam as
decisões. Previsões estão sempre condicionadas por inúmeras variáveis e não é aconselhável
uma utilização direta das mesmas como uma verdade absoluta mas sim serem consideradas como
ferramentas de suporte e apoio à decisão assim como um complemento da reflexão pessoal dos
responsáveis das organizações.

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As Envolventes “Fatores Internos e Externos”
É vital para o sucesso das organizações a observação e adaptação constantes às mudanças do
ambiente onde estão inseridas. A envolvente tanto oferece oportunidades como ameaças. Fatores,
ou variáveis, que não são constantes ou lineares e que indiscutivelmente têm influência nas
organizações e nos seus equilíbrios. A considerar no ambiente Micro:

 Determinantes da competitividade (PORTER 1990)
 Segmentação & Targeting (KOTLER 1998)
 Canais de distribuição (STERN 1972)
 Comportamento e motivação
  do consumidor (MOWEN e MINOR 1998)
 Integração estratégica de funções de
  marketing, logística e produção Vs satisfação do
  cliente (FARIA e CARVALHO 2009)


De acordo com KREINDLER e RAJGURU no artigo da HBR (2006) 39% dos clientes demonstram
insatisfação face aos níveis de conhecimento que os vendedores (dos seus fornecedores) têm face
ao seu negócio e à sua Indústria; Só 25% das empresas, no processo de recrutamento, é que
considera o conhecimento sobre a Indústria dos clientes (anexo VIII).

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As Envolventes “Fatores Internos e Externos”
A considerar no ambiente Macro:
 Volatilidade Económica (KRACKLAUER; JANSSEN e DORR
2010)
De acordo com os autores, ajustar rapidamente às mudanças no
clima de negócios não é apenas uma vantagem competitiva,
mas em muitas indústrias é agora fundamental para a
sobrevivência.
Essa capacidade significa ser tanto "pró-ativa na estratégia" assim
como "na excelência das operações". As funções de negócios
(finanças, contratos de tecnologia da informação e recursos
humanos) desempenham um papel crucial e a necessidade de
elevar o seu foco funcional tradicionalmente estreito ao nível
da empresa. Especificamente, devem juntar ao desenvolvimento
de uma visão holística da empresa a capacidade de gestão de
desempenho. Além disso, cada função individualmente precisa de
criar, para alcançar a excelência nas operações, um modelo de
operação escalável, com uma grande componente de custo
variável. Subjacente à capacidade de executar, a transformação
necessária é um modelo otimizado de Prestação de Serviços
(anexo X).
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Quadro de Referência da Investigação




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Metodologia
 De acordo com MALHOTRA (2005), a pesquisa exploratória tem por finalidade,
 especialmente quando se trata de pesquisa bibliográfica, proporcionar maiores
 informações sobre um determinado assunto; facilitar a delimitação de uma temática de
 estudo; definir os objetivos ou formular as hipóteses de uma pesquisa ou, ainda, descobrir um
 novo enfoque para o estudo que se pretende realizar. Pode-se dizer que a pesquisa
 exploratória tem como objetivos principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de
 intuições. Na maioria dos casos, a pesquisa exploratória envolve:

 Levantamento bibliográfico;
 Entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado;
 Análise de exemplos que estimule a compreensão do facto estudado.

              Tipo e Propósito da Investigação Exploratória
   A investigação exploratória foi subdividida entre as vertentes qualitativa(s) e quantitativa(s)
   e a mesma visou obter dados e informações pertinentes para reflexão e efetuar comparações
   pertinentes para os objetivos estipulados



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Processo de Investigação Quantitativa Vs Qualitativa
 A vertente qualitativa recorreu a dados secundários e foi utilizada, não só para se obter a
 fundamentação teórica relativa ao tema desenvolvido, assim como em conjunto com a
 vertente quantitativa avaliar os pontos comuns e os pontos divergentes entre a teoria
 (obtidos recorrendo a dados qualitativos em publicações ou artigos científicos), o discurso
 (obtido por meio de dados qualitativos a partir de entrevista(s) em profundidade e por
 observação) e a prática (através de meios quantitativos por meio de survey / inquérito
 realizado por amostragem junto ao público oriundo da Indústria da Segurança Eletrónica em
 Portugal). O papel dos dados primários foi determinante pois serviram para compreender,
 sustentar e organizar as ideias relativas ao objeto de estudo (Indústria e empresas da
 Indústria da Segurança Eletrónica).
              Lógica da Investigação Dedutiva Vs Indutiva
  Dado que se trata de uma investigação exploratória o estudo foi indutivo. Envolveu revisão
  de literatura, entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema
  pesquisado, houve a utilização de um questionário (Survey), analisaram-se exemplos que
  auxiliaram a compreensão de forma mais ampla a partir dos dados, cuja análise geralmente
  foi qualitativa, foi possível formular sugestões para a melhoria de práticas. O seu
  planeamento foi flexível e não-estruturado, a amostra selecionada foi simples e não-
  representativa e, como tal, os resultados finais não são considerados como definitivos
  (leis) e normalmente este tipo de pesquisa assume a forma de pesquisa bibliográfica ou
  de estudo de caso MALHOTRA (2005).
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Método de Seleção de Dados

 A natureza do Universo que serviu de base ao processo de amostragem foi a população das
 empresas da Indústria da Segurança Eletrónica, que segundo o estudo da DBK de
 Setembro 2010 (Anexo XII) são cerca de 117, não fazendo discriminação na região
 demográfica, dimensão, ou forma de operar no mercado. Foi dada preferência aos grandes
 centros urbanos, visto serem mais representativos para a Indústria da Segurança. Assim,
 foram inquiridos 100 funcionários de 20 empresas desta Indústria e conduzida(s)
 entrevista(s) a 2 quadro(s) médio(s) e superior(es) das mesmas, assim como à Secretária
 Geral da Associação Empresarial da Indústria.

 A intenção da amostra utilizada, não foi com o intuito que a mesma fosse representativa
 mas que desse algum contributo para o tema ao nível da sensibilidade ou da tendência.




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Método de Tratamento dos Dados
Para depois testar cada uma das hipóteses da investigação:
Recolha dos dados quantitativos e qualitativos (dados primários: Survey; Entrevistas; e dados
secundários: Artigos Científicos e informação diversa constante na Bibliografia e Netgrafia);
Análise da pertinência dos mesmos para o objeto de estudo por parte do investigador;
Reflexão sobre a forma ou de que forma se enquadravam ou eram pertinentes para a
investigação;
Fundamentação, baseada na análise de conteúdo das entrevistas e nos dados qualitativos,
utilizados numa forma descritiva (Artigos Científicos e informação diversa – Bibliografia e
Netgrafia), que permitiram aferir de uma forma indutiva os dados e a informação inscritos nesta
investigação;
Compilação e sistematização, ou registo e quantificação das ocorrências simples, servindo para
comparação do nível e percentagem (%) das ocorrências assim como a análise de categorias e
divergências das diversas variáveis. Quantificando os dados mais relevantes em folhas de cálculo e
gráficos, com vista a obter uma análise mais eficaz dos dados estatísticos, ao nível descritivo e face
ao objeto de estudo;
Após o tratamento e análise dos dados quantitativos obtidos no Survey foi efetuada a
comparação dos resultados com a informação obtida nas entrevistas onde se tentou retirar
ilações acerca da desfasagem entre a visão da gestão e dos trabalhadores do sector.
Possibilitando a enumeração de algumas sugestões, estudos mais aprofundados ou ações futuras
necessárias para uma melhor compreensão sobre o tema dado que esta investigação não é
representativa do Universo da Indústria da Segurança Eletrónica em Portugal.
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Tratamento e Análise dos Dados Resultantes do Survey
                                       Questão 1- Pretendeu-se saber
                                       que tipo de empresa é que estava
                                       envolvida nas respostas obtidas
                                       e, sendo assim, discriminou-se a
                                       atividade, a zona geográfica e o
                                       tipo sendo os resultados e a sua
                                       estratificação como se discrimina
                                       nos gráficos

                                       Ou seja, cerca de 70% das
                                       respostas foram de Instaladores
                                       e Integradores onde cerca de
                                       68% dos inquiridos são de
                                       empresas que têm cobertura
                                       Nacional, cerca de 47% são de
                                       Multinacionais e cerca de 59%
                                       dos inquiridos são de empresas
                                       que não são cotadas em bolsa.


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Tratamento e Análise dos Dados Resultantes do Survey
                                       Questão 2 - Em termos das
                                       funções, 39% dos inquiridos
                                       exercem cargos de Direção, nas
                                       funções venda e pós venda 55%,
                                       Comerciais 23%, Técnicos 29% e
                                       Marketing 3%.




                                       Questão 3- 90% (dos inquiridos)
                                       afirmou que as organizações
                                       efetuavam previsões de vendas,
                                       10% mencionaram que, ou não se
                                       faziam previsões (9%), ou não
                                       sabiam se eram efetuadas (1%).


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Tratamento e Análise dos Dados Resultantes do Survey
                                       Questão 4 - Quando se
                                       questionou       acerca        da
                                       metodologia utilizada para se
                                       efetuarem as previsões, 57%
                                       revelou que se baseavam em
                                       séries temporais mas não deixou
                                       de ser interessante verificar que
                                       18% não sabiam que métodos
                                       eram utilizados.




                                       Questão 5 – 67% referem que as
                                       variáveis Macro e Micro são tidas
                                       em conta nas previsões e 33%
                                       não sabiam (27%) ou referiram
                                       que as variáveis das Micro e
                                       Macro envolventes não eram
                                       tidas em conta (6%).
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                                       Questão 6 - Relativamente à
                                       sensibilidade de cada um, 57%
                                       referiu as variáveis Micro-
                                       Externas como as mais influentes
                                       sobre as previsões.




                                       Questão 7 - Quanto a se os
                                       objetivos nas organizações são
                                       credíveis, 89% referiu que sim,
                                       11% referiram que não (5%) ou
                                       que não sabiam (6%).




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                                   Questão 8 - Embora 64% tivessem
                                   mencionado que existia monitorização e
                                   correções aos objetivos, é relevante que
                                   36% referiram que ou não havia
                                   monitorização (9%) ou que não existiam
                                   correções aos desvios (27%).

                                   Questão 9 - Quando se solicitaram
                                   respostas quanto às implicações de não
                                   atingir os objetivos, 31% refere a
                                   revisão da estratégia, apenas 4% refere
                                   o investimento no benchmarking e na
                                   inovação, 4% refiram que não há
                                   alterações e 16% refiram que tem que se
                                   aumentar a força de vendas (5%), fazer
                                   promoções com reduções nas margens
                                   (7%) ou ainda a redução de
                                   vencimentos e outras variáveis (4%), em
                                   contraste com a formação apenas com
                                   9%.
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                                      Questão 9 - A rentabilidade, com
                                      49% das respostas, foi apontada
                                      como a que sofre mais impacto no
                                      caso de não se efetuarem
                                      previsões, ou que as mesmas
                                      sejam efetuadas de forma
                                      deficiente. Não deixa de ser
                                      curioso que 20% refiram a
                                      eficiência (fazer bem), apenas
                                      18% tenham mencionado a
                                      satisfação do cliente (9%) e a
                                      motivação das equipas (9%).




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Tratamento e Análise dos Dados Resultantes das
                          Entrevistas
Dr.ª Maria João Conde:
...” O sucesso no mercado da segurança eletrónica depende fortemente da capacidade das
empresas para acompanhar a evolução tecnológica e para atualizar as competências
técnicas dos recursos humanos”...

...”Empresas da Indústria, na generalidade, não sabem o que é segmentação e targeting e não
os utilizam”...

...”Existem lacunas sobre a noção real da rentabilidade das empresas, prazos médios de
recebimento, prazos médios de pagamento e da gestão dos fluxos de caixa”...

...”Empresários desta Indústria terão competências ao nível da gestão comercial e da liderança
mas lacunas na gestão dos recursos humanos e da gestão financeira”...

...” A APSEI pode ter uma intervenção na formação dos gestores e dos técnicos do sector”...; ...”
Reforçar as competências de gestão sobretudo ao nível da análise dos custos de exploração
também me parece relevante. Por outro lado, a Associação pode também constituir o motor para
a organização de um observatório do mercado da segurança que permita monitorizar a dimensão
do mercado, os dinamismos dos agentes económicos, a evolução de rendimentos e gastos, as
competências, entre outros fatores que carecem de monitorização”...
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Tratamento e Análise dos Dados Resultantes das
                          Entrevistas
Eng.º Jorge Afonso:
...” Os Gestores destas empresas têm um baixo nível de conhecimento e não estão disponíveis
para a mudança de acordo com a velocidade que o mercado global hoje imprime.”…
…”O Associativismo tem um papel importante a desempenhar neste processo. Conhecedor do
nível de conhecimento dos seus Associados deve proporcionar aos mesmos Cursos de Gestão,
onde o nível de conhecimento dos respetivos Gestores/Donos despertará para a mudança que
todas as Empresas atualmente terão que atravessar, se de facto querem sobreviver e manter o seu
posicionamento no mercado. Além disto, será através da informação que eventualmente pode ser
passada quer seja por seminários, workshops ou reuniões, que uma vez mais os Associados
poderão desenvolver estratégias conducentes a atingir os objetivos a que se propõem. O
Associativismo tem ainda papel importante em ser alavancador/gerador de novos negócios e
ainda na “produção” de legislação para o sector.”…
…”Para se garantir o êxito que se pretende não podemos esquecer a Gestão de Recursos
Humanos em cada um dos sectores de cada Empresa. Considerando por hipótese, que se tem
todos os recursos necessários, mas se não tivermos uma equipa de trabalho motivada e
entrosada, não se conseguirá obter os resultados pretendidos. O relacionamento, o
estabelecimento de objetivos exequíveis, a transparência, a formação e ainda a aplicação de
uma política clara, suportada em valores meritocráticos, no que diz respeito à remuneração
dos colaboradores são fatores decisivos para o sucesso que cada Empresa se propõe e que,
naturalmente não se devem ignorar.”…
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Tratamento e Análise dos Dados Recolhidos na Revisão
                      da Literatura
KOTLER, Philip (2010) refere que as organizações para além de terem que reorganizar os seus
processos e metodologias terão que se preocupar em “ser em vez de parecer”.
MINTZBERG, Henry (2000) refere que existem nas organizações forças, que se encontram em
constante comunicação ou confronto, aferir a complexidade das mesmas e os equilíbrios que são
necessários mas, dada a complexidade, nem sempre conseguidos. O mesmo MINTZBERG, Henry
(1990 – anexo I) refere que os gestores nem sempre sabem o que fazem no entanto, é referido
(INGEPRO - anexo II) que devem estar atentos ao mercado e preparados para as distorções e ou
dissonâncias.
O Boston Consulting Group (Abril 2011 – anexo III) refere que uma economia global, cada vez
mais complexa, e mais volátil apresenta mudanças e desafios que alteraram o contexto no qual as
empresas devem realizar o planeamento e que as mesmas têm que aprender a ser mais ágeis e
adaptáveis e eliminar os obstáculos internos que atam as suas mãos como recursos e funcionários
limitados; processos ineficientes, não fiáveis, dados de baixa qualidade, e, a cultura própria de
uma empresa.
A GARTNER (2009 – anexo IV) refere que as organizações com uma comunicação afinada,
liderança transparente e uma vontade de mudar a sua cultura, as empresas podem implementar
um planeamento eficaz. Relativamente à resistência à mudança das equipas Beckhard &
Pritchard (1992) também se preconizam a comunicação como um processo vital de reeducação
no qual se buscam criar novos valores, crenças e cultura para a organização.
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Tratamento e Análise dos Dados Recolhidos na Revisão
                      da Literatura
Quanto ao “forecasting” IIDA (2002) e ROGGEVEEN & JOHAR (2004) torna-se fundamental no
sentido de alinhar a capacidade produtiva das organizações face às solicitações do mercado mas
que é necessário saber conviver com a incerteza acerca da capacidade de produção futura. Por
outro lado, para MAGALHÃES, Manuela (1993 e 1994) o forecasting deve estar integrado no
processo de tomada de decisão como um meio e não como um fim.
O alinhamento de funções dentro das organizações, conforme se viu (anexo V), não é um processo
simples mas que é estratégico até rumo à satisfação do cliente. Ficou claro que é fundamental um
constante ajuste entre a previsão da procura e a capacidade produtiva (ORGANIZZARE - anexo
VI) assim como a avaliação do desempenho da empresa a partir do ponto de vista do cliente
(ENCICLOPÉDIA BIOSFERA - anexo VII). Ou seja, as organizações são complexas e tendem a não
interpretar de uma forma correta o que a realidade dos factos lhes diz.
O Hackett Group (2010 – anexo X) refere que ajustar rapidamente às mudanças no clima de
negócios não é apenas uma vantagem competitiva, mas em muitas indústrias é agora fundamental
para a sobrevivência e para tal as empresas devem ser "pró-ativas na estratégia" assim como "na
excelência das operações".
A comunicação, a sua estratégia e a forma como é efetuada, como BECKHARD & PRITCHARD
(1992) preconizam, é fundamental para evitar a resistência à mudança, manter a coesão das
equipas e a sua produtividade.

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Discussão Crítica dos Resultados
Relativamente a algumas dificuldades encontradas na investigação, as mesmas tiveram a ver com
o facto de se terem obtido só 79% de respostas ao inquérito (Survey). Por outro lado, das três
(3) entrevistas presenciais preconizadas no início, só duas (2) se efetivaram (Dr.ª Maria João
Conde, Secretária Geral da APSEI e Eng.º Jorge Afonso, Country Manager da UTC – Fire & Security
em Portugal).

Através dos resultados do inquérito e das entrevistas, cruzando com a revisão da literatura,
poderemos retirar algumas ilações. Também, e devido à abrangência, riqueza e interligação dos
temas aflorados nesta investigação, surgiram inúmeras questões que eventualmente seriam
dignas de outra investigação ou um estudo mais aprofundado.

Minzberg (1990 – anexo I) refere que os gestores nem sempre saberem o que fazem assim como
existem contradições na gestão e nas funções dos gestores, o estudo da Gartner (2009 – anexo IV),
a entrevista efetuada ao Eng.º Jorge Afonso (anexo - XI) e o estudo da INGEPRO (anexo – II)
abordam as mesmas dissonâncias entre o que as empresas e os seus gestores consideram
prioritário ou estratégico, e o que efetivamente fazem. Tendo em conta que 39% dos
respondentes ao Survey exercem cargos de direção, as suas respostas podem muito bem
refletir a dissonância entre o que é feito versus o que deveria ser feito. Poderemos tirar a
ilação de que efetivamente as empresas da Indústria da Segurança Eletrónica em Portugal
podem não estar muito atentas ao mercado e preparadas para as distorções e a mudança.
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Discussão Crítica dos Resultados

Conjugando o que foi abordado nas entrevistas presenciais, onde a sensibilidade demonstrada
evidencia carências na Indústria de uma forma transversal ao nível das competências, com os
resultados do Survey, não é de espantar que 34% dos inquiridos no Survey refira que ou não
se fazem previsões ou que não se fazem correções. Poderemos tirar a ilação que, face aos
89% que referiram que os objetivos eram credíveis ou exequíveis, não existe muita coerência.
Seguindo esta linha de pensamento, não deixa de causar alguma perplexidade, conforme
preconiza o Hackett Group (2010 – anexo X), no contexto económico atual e a volatilidade
inerente, o facto de 57% dos inquiridos mencionar que a variável de maior influência nas
previsões de vendas é a envolvente Micro-externa.

Quando 34% dos inquiridos no Survey referiram que não monitorizam ou não fazem
correções aos desvios, não deixa de causar alguma perplexidade face às implicações de
quando os objetivos não são atingidos. Como é que referem que se deve rever a estratégia ou
efetuar alterações à estrutura (47%), que ou não muda ou aumenta a força de vendas (9%), que
reduzem as margens quando os objetivos não foram cumpridos (7%). Se não medem como
podem saber de onde vêm os desvios e quais as correções a efetuar? A ilação que se pode
tirar é que também não existe muita coerência nas respostas.


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Discussão Crítica dos Resultados
Ao mesmo tempo que 10% dos inquiridos no Survey refere que não se fazem previsões de
vendas ou não sabem como as mesmas são efetuadas, 18% não sabe que metodologias são
utilizadas ou 33% não sabe que variáveis estão envolvidas, de acordo com MAGALHÃES (1993
e 1994) as previsões devem ser parte integrante do processo da tomada de decisão no
sentido de compreender melhor as incertezas do futuro e onde obrigatoriamente devem ter
em conta os fatores internos e externos das organizações. Por outro lado, IIDA (2002) e
ROGGEVEEN e JOHAR (2004) referem que é necessário efetuar alinhamentos com a
capacidade produtiva. Assim os resultados podem não ser coerentes com o facto de 89%
referirem que os objetivos são credíveis ou exequíveis e, segundo a sensibilidade do
investigador, distanciam-se do que devem ser as boas práticas.

Relativamente ao planeamento e seguindo a linha de pensamento evidenciada por PLASCHKE;
ROGHÉ e GUNTHER (2011 – anexo III), face aos resultados do Survey e das entrevistas realizadas,
e de acordo com a sensibilidade do investigador, surgem dúvidas se efetivamente a Indústria
da Segurança Eletrónica (Portugal) encurta o ciclo de planeamento, equilibra as ambições
com as previsões, se adaptam e se são flexíveis quando 36% ou não monitoriza ou não
introduz correções. Mais dúvidas se levantam quanto ao facto dos objetivos serem claros e
transparentes para todos dado que 33% não sabe que variáveis são tidas em conta nas
previsões, 10% mencionar não saber se as previsões de vendas são efetuadas, 11%
mencionar que os objetivos ou não são credíveis ou não são exequíveis.
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Discussão Crítica dos Resultados
Face ao impacto não efetuar previsões, ou efetuá-las de forma deficiente os respondentes do
Survey (20%) valorizaram mais a eficiência (fazer bem) face à eficácia (fazer o que é necessário)
que é inerente à gestão de stocks, produção (13%), motivação das equipas (9%) e a satisfação do
cliente (9%). Também, de acordo com a sensibilidade do investigador, se pode tirar a ilação
de que não estão tão focados na sustentabilidade do médio e longo prazo e têm uma maior
preocupação com o imediatismo do curto prazo assente exclusivamente na rentabilidade
(49%) ou seja, eventualmente, uma maior preocupação face às consequências e não tão
grande face às causas.

Os estudos da Gartner (2009 – anexo IV) e do BCG (2011 – anexo III) referem que a procura deve
ser impulsionada por uma série de variáveis e procedimentos que devem ser tidos em conta
pelas organizações, que de uma forma transversal as falhas nas organizações devem ser
identificadas e corrigidas, devem adaptar a procura à oferta, medir e comunicar o plano.
Algumas dessas “boas práticas” , de acordo com a sensibilidade do investigador, não encaixam
naquilo que é efetuado e parece não haver muita coerência com o que as empresas
Portuguesas da Indústria em análise efetivamente fazem quando 36% dos inquiridos não
mede ou não introduz correções, 33%, não sabe que variáveis são utilizadas ou 11% refere
que os objetivos não são credíveis ou não sabem.


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Considerações Finais
Fazendo o balanço final deste trabalho de investigação realça-se como aspeto principal do "que se
fez" e formulando alguns juízos críticos (positivos e negativos) sobre o que se conseguiu, de
acordo com o que foi apurado podem-se, tirar as seguintes ilações:

As organizações, as suas estruturas, os gestores, as estratégias e as consequentes táticas, os
processos e as metodologias utilizadas, entre outros, são um campo vasto para a
investigação.

Existe alguma dificuldade em traçar uma teoria geral de suporte, uma vez que cada processo
é permeado por razões intrínsecas das administrações das organizações e Indústrias
envolvidas assim como de um conjunto de inúmeras variáveis intrinsecamente ligadas.

As dissonâncias são frequentes e existem de uma forma transversal a todas as atividades e
funções desenvolvidas, inerentes às organizações e em áreas ou Indústrias distintas.

Podemos concluir face à questão inicial que deu origem a esta investigação, “A Indústria da
Segurança Eletrónica em Portugal faz previsões antes de estabelecer os objetivos?”, que as
previsões até são efetuadas no entanto podemos tirar algumas ilações negativas
relativamente à validade ou correção face às metodologias utilizadas, objetivos, questões de
fundo que estão subjacentes e às correções que daí advêm.
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Considerações Finais
Com as dissonâncias normais nas organizações aliadas às lacunas notórias dos quadros médios e
superiores ao nível das competências (na Indústria em análise), as ilações que se podem tirar são
de que eventualmente o cliente e a satisfação do mesmo é tratada como um “pequeno”
detalhe, que o planeamento é efetuado de uma forma deficiente e pouco cuidada, que os
recursos humanos são peças pouco importantes no conjunto, ou que as estratégias e as suas
táticas são pouco sustentáveis.

Lançando algumas sugestões para trabalho futuro, ou como destaque apontando para novos
estudos, no decorrer desta investigação outras questões surgiram que eventualmente seriam
interessantes aprofundar, tais como: - As relações que se estabelecem no mundo empresarial; A
imagem que as organizações e os seus profissionais passam para o mercado e que influencia
a sua credibilidade interna e externa; As estruturas organizacionais e a cultura empresarial
ao serviço dos propósitos das organizações; O papel dos gestores e qual a ideia que eles
próprios têm disso; O planeamento, a integração e interação de funções assim como a
utilização de sistemas de apoio à decisão; Como as organizações e os seus colaboradores
encaram, lidam e reagem face à mudança; Como vislumbram e lidam com as envolventes
Micro e Macro; A forma como segmentam o mercado, elegem o seu “target” e estipulam os
canais de distribuição; A volatilidade económica e a influência ou em como encaram e
abordam uma das razões da sua existência “o cliente”.


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Considerações Finais


Como sugestão, visto o que se verificou no Survey assim como nas constatações derivadas das
entrevistas efetuadas, a APSEI (Associação Empresarias da Indústria em análise) pode
desempenhar um papel preponderante no sentido de se conseguir uma maior qualificação,
ao nível das competências na Organização e Gestão de Empresas, Marketing, entre outras
áreas, dos quadros médios e superiores desta indústria. Esse objetivo poderá ser conseguido
através de formações específicas levadas a cabo por entidades Académicas ou Entidades
Formadoras.

Neste clima económico onde as oportunidades têm que ser geradas e procuradas com mais afinco,
parcerias “win win” que se possam estabelecer nesse âmbito decerto serão bem-vindas e
enriquecedoras da Indústria em questão, assim como uma oportunidade para as entidades
formadoras.




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Forecasting new

  • 1.
  • 2. Dissertação de Mestrado em Gestão de Serviço de Clientes FORECASTING NA INDÚSTRIA DA SEGURANÇA ELECTRÓNICA EM PORTUGAL Mestrando – Nuno Tasso de Figueiredo - nº 207056 Data - 2012 Dia e Hora – 00/00 às 00:00 Local – IPAM ESCOLA SUPERIOR DE LISBOA www.ipam.pt
  • 3. RESUMO / INTRODUÇÃO O Quê? A questão Inicial baseou-se no pressuposto da utilização ou não por parte das empresas da Indústria da Segurança Eletrónica em Portugal, e em que contexto, de algumas ferramentas de gestão como o “Forecasting” (previsão de vendas) como peça fundamental para o estabelecimento de objetivos, e se tinham em conta variáveis como a volatilidade dos mercados. Porquê? Verificou-se que as dissonâncias no ambiente empresarial em geral, envolvendo as diferenças entre teoria o discurso e a prática, também ocorrem em áreas estratégicas. Foi observado de que forma as escolhas ou opções estratégicas e táticas podem afetar a posição das organizações, a sustentabilidade dos negócios, validade dos seus objetivos, a sua credibilidade (interna e externa) e a motivação das suas equipas de colaboradores. www.ipam.pt
  • 4. RESUMO / INTRODUÇÃO Alguns exemplos de dissonâncias, ou das origens das mesmas, que são normais nas organizações contemporâneas: PINK (2009) existem inúmeras questões comprovadas cientificamente mas que os gestores simplesmente ignoram, BATESON (1972) refere que a razão de todos os nossos problemas de hoje residem na diferença entre como pensamos e como a natureza funciona, MINTZBERG (1973) constata que quando se questiona um gestor acerca do que faz para não nos admirarmos se não conseguirmos relacionar o que ele diz com a realidade. www.ipam.pt
  • 5. RESUMO / INTRODUÇÃO Um planeamento eficiente, capacidade de adaptação à mudança e flexibilidade revelam- se, cada vez mais, como uma necessidade intrínseca das organizações para serem "pró-ativas na estratégia" assim como "na excelência das operações". Assim conseguirão estar melhor apetrechadas para obter os alinhamentos necessários sem cometerem atropelos como “downsizing” e reestruturações difíceis de compreender, ou seja, Despedimentos; Contratações; Promoções (de produtos e serviços) mal estruturadas, aleatórias e desenquadradas; Encerramento de delegações... Ou seja, menos reativas e sem o imediatismo de medidas baseadas em compromissos de racionalidade duvidosa que normalmente não servem no curto, médio e longo prazo os interesses das empresas e dos seus acionistas/empresários. Quando? A Investigação decorreu entre os anos de 2010 e 2012 www.ipam.pt
  • 6. RESUMO / INTRODUÇÃO Como? Determinou-se o tipo de Investigação, efetuou-se a análise dos dados; retiraram-se as respetivas ilações da informação obtida e que foram transformadas num conhecimento mais aprofundado acerca do tema. Estabeleceram-se hipóteses de variáveis como: Credibilidade; Organizacionais; Gestão; Sistemas de Análise e Apoio à Decisão; Ambientes Micro e Macro; Volatilidade dos Mercados; Recursos Humanos… A metodologia utilizada na realização desta investigação visou efetuar comparações dos dados-informação-conhecimento obtidos através de uma pesquisa exploratória subdividida entre as vertentes qualitativa(s) e quantitativa(s). www.ipam.pt
  • 7. RESUMO / INTRODUÇÃO Onde? Recorreu-se a dados secundários e entrevistas pessoais para obter os dados qualitativos e as bases teóricas sobre o tema usando, não só em artigos científicos assim como no trabalho de outros investigadores para se poderem estabelecer comparações. Os dados quantitativos foram obtidos através de um “Survey” efetuado a alguns Profissionais da Indústria Eletrónica de Segurança em Portugal. www.ipam.pt
  • 8. RESUMO / INTRODUÇÃO Quem? A Indústria da Segurança Eletrónica em Portugal foi escolhida não só por conveniência, dada a facilidade na obtenção de dados, mas também pelo interesse do investigador. A investigação não teve a intenção de apresentar o melhor método para fazer previsões de vendas. O foco foi, nomeadamente na Indústria da Segurança Eletrónica em Portugal, e avaliar o impacto da previsão de vendas nas organizações e nos stakeholders em geral. www.ipam.pt
  • 9. REVISÃO DA LITERATURA Identificaram-se algumas áreas, sob as quais se pretendeu verificar o que diversos autores e estudos científicos referiam e que se pensaram pertinentes ao tema da investigação: As relações, a imagem e a credibilidade que as organizações e os seus profissionais passam para o mercado e que influenciam a sua credibilidade interna e externa assim como as estruturas organizacionais e cultura empresarial de que forma influenciam servem os propósitos das organizações;  O papel dos gestores e qual a ideia que eles próprios têm disso;  O planeamento, a integração e interação de funções nas organizações;  Como as organizações e os seus colaboradores encaram, lidam e reagem face à mudança;  Os sistemas de apoio à decisão como o “Forecasting”;  Como vislumbram e lidam com as envolventes Micro e Macro;  A forma como segmentam o mercado, elegem o seu “target” e estipulam os canais de distribuição;  Como encaram e abordam uma das razões da sua existência “o cliente”;  A volatilidade económica. www.ipam.pt
  • 10. Credibilidade das Organizações e as Suas Estruturas KOTLER (2010) no seu livro “Marketing 3.0” apresenta-se como uma realidade, vivida por empresas que veem os seus consumidores a terem mais acesso às tecnologias, maior poder de comparação de produtos, mais poder no processo da decisão de compra. Por isso, apela à visão holística como a forma de perceber a realidade e a abordagem sistêmica, o primeiro nível de operacionalização desta visão, voltada para o ser humano e não apenas para o consumidor, como era feito há algum tempo. Ou seja, as organizações para além de terem que reorganizar os seus processos e metodologias terão que se preocupar em “ser em vez de parecer”. ROSA (2003) referiu que …“a estratégia que é veiculada por governantes, funcionários e tecnocratas dos dois lados do Atlântico que procuram lavar o cérebro da opinião pública com sua retórica neoliberal, assumida ou sub- reptícia, categórica ou dissimulada, construída sobre neologismos tais como: “responsabilidade social das empresas”… ...”Reputação é um conceito que comporta confiança, credibilidade, responsabilidade e transparência. Mas essencialmente localiza-se no plano das perceções, tal como a imagem pública, pois a maioria das pessoas fora do círculo da administração de uma empresa, incluindo os seus trabalhadores, não tem acesso a informação certa e completa.”... www.ipam.pt
  • 11. Gestão, os Gestores e as suas Funções MINTZBERG (1990) no seu artigo e investigação “The Manager’s job: Folklore and Fact” da Harvard Business Review, refere que a gestão e as funções dos gestores estão cheias de contradições. Ainda refere que o que os gestores fazem nem eles sempre sabem (anexo I), SOUZA; TRIERWEILLER; WEISE; ROCHA e MONTEIRO (2011), referem que as probabilidades de erros estão sempre presentes devido aos inúmeros fatores imprevisíveis. Assim, e como aconselha o estudo, os gestores devem estar atentos ao mercado e preparados para as distorções e ou dissonâncias (anexo II). De acordo com os autores e aos temas por eles abordados, existem uma série de condicionalismos em torno dos gestores e da função gestão que podem chegar ao cúmulo de referirem que Planeiam, Organizam, Lideram e Controlam mas que numa análise mais cuidada poderemos ser confrontados com o oposto. www.ipam.pt
  • 12. A Arte do Planeamento Face aos Condicionalismos Contemporâneos PLASCHKE; ROGHÉ e GUNTHER (2011) no artigo “The Art of Planning” do The Boston Consulting Group referem que uma economia global, cada vez mais complexa, e mais volátil apresenta mudanças e desafios que alteraram o contexto no qual as empresas devem realizar o planeamento (anexo III). Os autores referem três pontos fundamentais: Mudanças externas: Dada a falta de estabilidade e previsibilidade na nova realidade global, as empresas tanto quanto possível têm que aprender a ser mais ágeis e adaptáveis. Conflitos internos: As empresas atam as próprias mãos. Obstáculos internos ao planeamento incluem recursos e funcionários limitados; processos ineficientes, não fiáveis, dados de baixa qualidade, e, a cultura própria de uma empresa. Enfrentar a mudança: Através de 10 princípios-Fazer prioritário o estabelecimento de objetivos top-down; Ter a perspetiva do plano de um analista; Planear com menos detalhes; Aplicar um nível diferente de detalhe em cada etapa; Encurtar o ciclo de planeamento; Equilibrar as ambições com as previsões; Ser adaptável e flexível; Repensar o sistema de incentivos; Gerir compromissos; Governação e objetivos claros e transparentes para todos. www.ipam.pt
  • 13. A Arte do Planeamento Face aos Condicionalismos Contemporâneos BARRET (2009) no estudo da GARTNER (Anexo IV) “Conquering the Seven Deadly Challenges of Sales & Operations Planning”, refere que a partir dos finais dos anos 2000 os Líderes devem impulsionar a procura através de 10 pontos: •Recolher dados das vendas e do mercado; •Integrar no plano operacional; •Introduzir novos produtos e gestão dos mesmos; •Hierarquias de multinível e multidimensão; •Seguimento e gestão das assunções; •Gestão de processos e “workflows”; •Restrições baseadas no planeamento; •Gestão da performance; •Planeamento financeiro com a integração no plano operacional; •Gestão de cenários e simulações baseadas em “e se?” . Num estudo levado a cabo em 2009 entre 182 Fabricantes e Retalhistas, as questões ou o que os inquiridos referiram como mais relevantes: www.ipam.pt
  • 14. A Arte do Planeamento Face aos Condicionalismos Contemporâneos Ainda BARRET (2009), definem o modelo da maturidade das empresas em 4 níveis: I-Reaching; II-Anticipating; III-Collaborating; IV-Orchestrating; Referem que 67% das empresas não conseguia ultrapassar o nível II Definem como os 7 pecados das organizações: 11.Clareza dos objetivos; 12.Alinhamento com a estratégia; 13.Sistema de incentivos; 14.O que é uma boa decisão?; 15. Governação; 16.O papel das previsões; 17.Ligação do plano à execução do mesmo. E ainda referem que os problemas se concentram com a seguinte classificação: www.ipam.pt
  • 15. A Mudança Vs o Capital Humano das Organizações Quando a informação demora, meras hipóteses passam a ser verdades pessoais com tudo o que de negativo pode trazer. Na fórmula da mudança “D+V+F> R” (BECKHARD & PRITCHARD, 1992) D = (Dissatisfaction) Insatisfação com a situação presente (porquê desta mudança ser necessária?); V = (Vision) Perspectiva de como as coisas ficarão depois da mudança (onde iremos?); F = (First Steps) Conhecimento dos elementos e passos possíveis de dar que formam o plano/processo de mudança enquadrado com a visão (como chegamos lá?); R = (Resistance to Change) Perceção do custo da mudança para indivíduos e grupos. Ou seja, subestimar os recursos de tempo e comunicação necessários à mudança pode levar ao caos e a mudança deve ser vista como um processo de reeducação no qual se buscam criar novos valores, crenças e cultura para a organização. www.ipam.pt
  • 16. Forecasting como Ferramenta Integrante do Sistema de Análise e de Apoio à Decisão Bons processos ou métodos de previsão facultam à organização a possibilidade de estimar o futuro e otimizar as suas ações em conformidade. Por outro lado a previsão ajuda as empresas a alcançar uma vantagem competitiva através da integração dos planos de Marketing e de Vendas focados no cliente. A previsão de vendas interliga áreas e variáveis explicativas, prováveis causadores da procura. Para IIDA (2002) e ROGGEVEEN e JOHAR (2004) depois de escolhido o método de previsão de vendas e estando na posse das mesmas, é preciso alinhá-la com a capacidade de produção. Para MAGALHÃES (1993 e 1994) o “Forecasting” em particular a previsão de vendas, é uma ferramenta preciosa para a decisão e para que a mesma não seja tomada ao acaso. Ao nível de qualquer organização, a previsão deve ser integrada na tomada de decisões como um meio e não como um fim. Um dos grandes objetivos da previsão é permitir que quem decide compreenda melhor as incertezas do futuro e os seus riscos associados quando se planeia ou tomam as decisões. Previsões estão sempre condicionadas por inúmeras variáveis e não é aconselhável uma utilização direta das mesmas como uma verdade absoluta mas sim serem consideradas como ferramentas de suporte e apoio à decisão assim como um complemento da reflexão pessoal dos responsáveis das organizações. www.ipam.pt
  • 17. As Envolventes “Fatores Internos e Externos” É vital para o sucesso das organizações a observação e adaptação constantes às mudanças do ambiente onde estão inseridas. A envolvente tanto oferece oportunidades como ameaças. Fatores, ou variáveis, que não são constantes ou lineares e que indiscutivelmente têm influência nas organizações e nos seus equilíbrios. A considerar no ambiente Micro:  Determinantes da competitividade (PORTER 1990)  Segmentação & Targeting (KOTLER 1998)  Canais de distribuição (STERN 1972)  Comportamento e motivação do consumidor (MOWEN e MINOR 1998)  Integração estratégica de funções de marketing, logística e produção Vs satisfação do cliente (FARIA e CARVALHO 2009) De acordo com KREINDLER e RAJGURU no artigo da HBR (2006) 39% dos clientes demonstram insatisfação face aos níveis de conhecimento que os vendedores (dos seus fornecedores) têm face ao seu negócio e à sua Indústria; Só 25% das empresas, no processo de recrutamento, é que considera o conhecimento sobre a Indústria dos clientes (anexo VIII). www.ipam.pt
  • 18. As Envolventes “Fatores Internos e Externos” A considerar no ambiente Macro:  Volatilidade Económica (KRACKLAUER; JANSSEN e DORR 2010) De acordo com os autores, ajustar rapidamente às mudanças no clima de negócios não é apenas uma vantagem competitiva, mas em muitas indústrias é agora fundamental para a sobrevivência. Essa capacidade significa ser tanto "pró-ativa na estratégia" assim como "na excelência das operações". As funções de negócios (finanças, contratos de tecnologia da informação e recursos humanos) desempenham um papel crucial e a necessidade de elevar o seu foco funcional tradicionalmente estreito ao nível da empresa. Especificamente, devem juntar ao desenvolvimento de uma visão holística da empresa a capacidade de gestão de desempenho. Além disso, cada função individualmente precisa de criar, para alcançar a excelência nas operações, um modelo de operação escalável, com uma grande componente de custo variável. Subjacente à capacidade de executar, a transformação necessária é um modelo otimizado de Prestação de Serviços (anexo X). www.ipam.pt
  • 19. Quadro de Referência da Investigação www.ipam.pt
  • 20. Metodologia De acordo com MALHOTRA (2005), a pesquisa exploratória tem por finalidade, especialmente quando se trata de pesquisa bibliográfica, proporcionar maiores informações sobre um determinado assunto; facilitar a delimitação de uma temática de estudo; definir os objetivos ou formular as hipóteses de uma pesquisa ou, ainda, descobrir um novo enfoque para o estudo que se pretende realizar. Pode-se dizer que a pesquisa exploratória tem como objetivos principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Na maioria dos casos, a pesquisa exploratória envolve: Levantamento bibliográfico; Entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; Análise de exemplos que estimule a compreensão do facto estudado. Tipo e Propósito da Investigação Exploratória A investigação exploratória foi subdividida entre as vertentes qualitativa(s) e quantitativa(s) e a mesma visou obter dados e informações pertinentes para reflexão e efetuar comparações pertinentes para os objetivos estipulados www.ipam.pt
  • 21. Processo de Investigação Quantitativa Vs Qualitativa A vertente qualitativa recorreu a dados secundários e foi utilizada, não só para se obter a fundamentação teórica relativa ao tema desenvolvido, assim como em conjunto com a vertente quantitativa avaliar os pontos comuns e os pontos divergentes entre a teoria (obtidos recorrendo a dados qualitativos em publicações ou artigos científicos), o discurso (obtido por meio de dados qualitativos a partir de entrevista(s) em profundidade e por observação) e a prática (através de meios quantitativos por meio de survey / inquérito realizado por amostragem junto ao público oriundo da Indústria da Segurança Eletrónica em Portugal). O papel dos dados primários foi determinante pois serviram para compreender, sustentar e organizar as ideias relativas ao objeto de estudo (Indústria e empresas da Indústria da Segurança Eletrónica). Lógica da Investigação Dedutiva Vs Indutiva Dado que se trata de uma investigação exploratória o estudo foi indutivo. Envolveu revisão de literatura, entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado, houve a utilização de um questionário (Survey), analisaram-se exemplos que auxiliaram a compreensão de forma mais ampla a partir dos dados, cuja análise geralmente foi qualitativa, foi possível formular sugestões para a melhoria de práticas. O seu planeamento foi flexível e não-estruturado, a amostra selecionada foi simples e não- representativa e, como tal, os resultados finais não são considerados como definitivos (leis) e normalmente este tipo de pesquisa assume a forma de pesquisa bibliográfica ou de estudo de caso MALHOTRA (2005). www.ipam.pt
  • 22. Método de Seleção de Dados A natureza do Universo que serviu de base ao processo de amostragem foi a população das empresas da Indústria da Segurança Eletrónica, que segundo o estudo da DBK de Setembro 2010 (Anexo XII) são cerca de 117, não fazendo discriminação na região demográfica, dimensão, ou forma de operar no mercado. Foi dada preferência aos grandes centros urbanos, visto serem mais representativos para a Indústria da Segurança. Assim, foram inquiridos 100 funcionários de 20 empresas desta Indústria e conduzida(s) entrevista(s) a 2 quadro(s) médio(s) e superior(es) das mesmas, assim como à Secretária Geral da Associação Empresarial da Indústria. A intenção da amostra utilizada, não foi com o intuito que a mesma fosse representativa mas que desse algum contributo para o tema ao nível da sensibilidade ou da tendência. www.ipam.pt
  • 23. Método de Tratamento dos Dados Para depois testar cada uma das hipóteses da investigação: Recolha dos dados quantitativos e qualitativos (dados primários: Survey; Entrevistas; e dados secundários: Artigos Científicos e informação diversa constante na Bibliografia e Netgrafia); Análise da pertinência dos mesmos para o objeto de estudo por parte do investigador; Reflexão sobre a forma ou de que forma se enquadravam ou eram pertinentes para a investigação; Fundamentação, baseada na análise de conteúdo das entrevistas e nos dados qualitativos, utilizados numa forma descritiva (Artigos Científicos e informação diversa – Bibliografia e Netgrafia), que permitiram aferir de uma forma indutiva os dados e a informação inscritos nesta investigação; Compilação e sistematização, ou registo e quantificação das ocorrências simples, servindo para comparação do nível e percentagem (%) das ocorrências assim como a análise de categorias e divergências das diversas variáveis. Quantificando os dados mais relevantes em folhas de cálculo e gráficos, com vista a obter uma análise mais eficaz dos dados estatísticos, ao nível descritivo e face ao objeto de estudo; Após o tratamento e análise dos dados quantitativos obtidos no Survey foi efetuada a comparação dos resultados com a informação obtida nas entrevistas onde se tentou retirar ilações acerca da desfasagem entre a visão da gestão e dos trabalhadores do sector. Possibilitando a enumeração de algumas sugestões, estudos mais aprofundados ou ações futuras necessárias para uma melhor compreensão sobre o tema dado que esta investigação não é representativa do Universo da Indústria da Segurança Eletrónica em Portugal. www.ipam.pt
  • 24. Tratamento e Análise dos Dados Resultantes do Survey Questão 1- Pretendeu-se saber que tipo de empresa é que estava envolvida nas respostas obtidas e, sendo assim, discriminou-se a atividade, a zona geográfica e o tipo sendo os resultados e a sua estratificação como se discrimina nos gráficos Ou seja, cerca de 70% das respostas foram de Instaladores e Integradores onde cerca de 68% dos inquiridos são de empresas que têm cobertura Nacional, cerca de 47% são de Multinacionais e cerca de 59% dos inquiridos são de empresas que não são cotadas em bolsa. www.ipam.pt
  • 25. Tratamento e Análise dos Dados Resultantes do Survey Questão 2 - Em termos das funções, 39% dos inquiridos exercem cargos de Direção, nas funções venda e pós venda 55%, Comerciais 23%, Técnicos 29% e Marketing 3%. Questão 3- 90% (dos inquiridos) afirmou que as organizações efetuavam previsões de vendas, 10% mencionaram que, ou não se faziam previsões (9%), ou não sabiam se eram efetuadas (1%). www.ipam.pt
  • 26. Tratamento e Análise dos Dados Resultantes do Survey Questão 4 - Quando se questionou acerca da metodologia utilizada para se efetuarem as previsões, 57% revelou que se baseavam em séries temporais mas não deixou de ser interessante verificar que 18% não sabiam que métodos eram utilizados. Questão 5 – 67% referem que as variáveis Macro e Micro são tidas em conta nas previsões e 33% não sabiam (27%) ou referiram que as variáveis das Micro e Macro envolventes não eram tidas em conta (6%). www.ipam.pt
  • 27. Tratamento e Análise dos Dados Resultantes do Survey Questão 6 - Relativamente à sensibilidade de cada um, 57% referiu as variáveis Micro- Externas como as mais influentes sobre as previsões. Questão 7 - Quanto a se os objetivos nas organizações são credíveis, 89% referiu que sim, 11% referiram que não (5%) ou que não sabiam (6%). www.ipam.pt
  • 28. Tratamento e Análise dos Dados Resultantes do Survey Questão 8 - Embora 64% tivessem mencionado que existia monitorização e correções aos objetivos, é relevante que 36% referiram que ou não havia monitorização (9%) ou que não existiam correções aos desvios (27%). Questão 9 - Quando se solicitaram respostas quanto às implicações de não atingir os objetivos, 31% refere a revisão da estratégia, apenas 4% refere o investimento no benchmarking e na inovação, 4% refiram que não há alterações e 16% refiram que tem que se aumentar a força de vendas (5%), fazer promoções com reduções nas margens (7%) ou ainda a redução de vencimentos e outras variáveis (4%), em contraste com a formação apenas com 9%. www.ipam.pt
  • 29. Tratamento e Análise dos Dados Resultantes do Survey Questão 9 - A rentabilidade, com 49% das respostas, foi apontada como a que sofre mais impacto no caso de não se efetuarem previsões, ou que as mesmas sejam efetuadas de forma deficiente. Não deixa de ser curioso que 20% refiram a eficiência (fazer bem), apenas 18% tenham mencionado a satisfação do cliente (9%) e a motivação das equipas (9%). www.ipam.pt
  • 30. Tratamento e Análise dos Dados Resultantes das Entrevistas Dr.ª Maria João Conde: ...” O sucesso no mercado da segurança eletrónica depende fortemente da capacidade das empresas para acompanhar a evolução tecnológica e para atualizar as competências técnicas dos recursos humanos”... ...”Empresas da Indústria, na generalidade, não sabem o que é segmentação e targeting e não os utilizam”... ...”Existem lacunas sobre a noção real da rentabilidade das empresas, prazos médios de recebimento, prazos médios de pagamento e da gestão dos fluxos de caixa”... ...”Empresários desta Indústria terão competências ao nível da gestão comercial e da liderança mas lacunas na gestão dos recursos humanos e da gestão financeira”... ...” A APSEI pode ter uma intervenção na formação dos gestores e dos técnicos do sector”...; ...” Reforçar as competências de gestão sobretudo ao nível da análise dos custos de exploração também me parece relevante. Por outro lado, a Associação pode também constituir o motor para a organização de um observatório do mercado da segurança que permita monitorizar a dimensão do mercado, os dinamismos dos agentes económicos, a evolução de rendimentos e gastos, as competências, entre outros fatores que carecem de monitorização”... www.ipam.pt
  • 31. Tratamento e Análise dos Dados Resultantes das Entrevistas Eng.º Jorge Afonso: ...” Os Gestores destas empresas têm um baixo nível de conhecimento e não estão disponíveis para a mudança de acordo com a velocidade que o mercado global hoje imprime.”… …”O Associativismo tem um papel importante a desempenhar neste processo. Conhecedor do nível de conhecimento dos seus Associados deve proporcionar aos mesmos Cursos de Gestão, onde o nível de conhecimento dos respetivos Gestores/Donos despertará para a mudança que todas as Empresas atualmente terão que atravessar, se de facto querem sobreviver e manter o seu posicionamento no mercado. Além disto, será através da informação que eventualmente pode ser passada quer seja por seminários, workshops ou reuniões, que uma vez mais os Associados poderão desenvolver estratégias conducentes a atingir os objetivos a que se propõem. O Associativismo tem ainda papel importante em ser alavancador/gerador de novos negócios e ainda na “produção” de legislação para o sector.”… …”Para se garantir o êxito que se pretende não podemos esquecer a Gestão de Recursos Humanos em cada um dos sectores de cada Empresa. Considerando por hipótese, que se tem todos os recursos necessários, mas se não tivermos uma equipa de trabalho motivada e entrosada, não se conseguirá obter os resultados pretendidos. O relacionamento, o estabelecimento de objetivos exequíveis, a transparência, a formação e ainda a aplicação de uma política clara, suportada em valores meritocráticos, no que diz respeito à remuneração dos colaboradores são fatores decisivos para o sucesso que cada Empresa se propõe e que, naturalmente não se devem ignorar.”… www.ipam.pt
  • 32. Tratamento e Análise dos Dados Recolhidos na Revisão da Literatura KOTLER, Philip (2010) refere que as organizações para além de terem que reorganizar os seus processos e metodologias terão que se preocupar em “ser em vez de parecer”. MINTZBERG, Henry (2000) refere que existem nas organizações forças, que se encontram em constante comunicação ou confronto, aferir a complexidade das mesmas e os equilíbrios que são necessários mas, dada a complexidade, nem sempre conseguidos. O mesmo MINTZBERG, Henry (1990 – anexo I) refere que os gestores nem sempre sabem o que fazem no entanto, é referido (INGEPRO - anexo II) que devem estar atentos ao mercado e preparados para as distorções e ou dissonâncias. O Boston Consulting Group (Abril 2011 – anexo III) refere que uma economia global, cada vez mais complexa, e mais volátil apresenta mudanças e desafios que alteraram o contexto no qual as empresas devem realizar o planeamento e que as mesmas têm que aprender a ser mais ágeis e adaptáveis e eliminar os obstáculos internos que atam as suas mãos como recursos e funcionários limitados; processos ineficientes, não fiáveis, dados de baixa qualidade, e, a cultura própria de uma empresa. A GARTNER (2009 – anexo IV) refere que as organizações com uma comunicação afinada, liderança transparente e uma vontade de mudar a sua cultura, as empresas podem implementar um planeamento eficaz. Relativamente à resistência à mudança das equipas Beckhard & Pritchard (1992) também se preconizam a comunicação como um processo vital de reeducação no qual se buscam criar novos valores, crenças e cultura para a organização. www.ipam.pt
  • 33. Tratamento e Análise dos Dados Recolhidos na Revisão da Literatura Quanto ao “forecasting” IIDA (2002) e ROGGEVEEN & JOHAR (2004) torna-se fundamental no sentido de alinhar a capacidade produtiva das organizações face às solicitações do mercado mas que é necessário saber conviver com a incerteza acerca da capacidade de produção futura. Por outro lado, para MAGALHÃES, Manuela (1993 e 1994) o forecasting deve estar integrado no processo de tomada de decisão como um meio e não como um fim. O alinhamento de funções dentro das organizações, conforme se viu (anexo V), não é um processo simples mas que é estratégico até rumo à satisfação do cliente. Ficou claro que é fundamental um constante ajuste entre a previsão da procura e a capacidade produtiva (ORGANIZZARE - anexo VI) assim como a avaliação do desempenho da empresa a partir do ponto de vista do cliente (ENCICLOPÉDIA BIOSFERA - anexo VII). Ou seja, as organizações são complexas e tendem a não interpretar de uma forma correta o que a realidade dos factos lhes diz. O Hackett Group (2010 – anexo X) refere que ajustar rapidamente às mudanças no clima de negócios não é apenas uma vantagem competitiva, mas em muitas indústrias é agora fundamental para a sobrevivência e para tal as empresas devem ser "pró-ativas na estratégia" assim como "na excelência das operações". A comunicação, a sua estratégia e a forma como é efetuada, como BECKHARD & PRITCHARD (1992) preconizam, é fundamental para evitar a resistência à mudança, manter a coesão das equipas e a sua produtividade. www.ipam.pt
  • 34. Discussão Crítica dos Resultados Relativamente a algumas dificuldades encontradas na investigação, as mesmas tiveram a ver com o facto de se terem obtido só 79% de respostas ao inquérito (Survey). Por outro lado, das três (3) entrevistas presenciais preconizadas no início, só duas (2) se efetivaram (Dr.ª Maria João Conde, Secretária Geral da APSEI e Eng.º Jorge Afonso, Country Manager da UTC – Fire & Security em Portugal). Através dos resultados do inquérito e das entrevistas, cruzando com a revisão da literatura, poderemos retirar algumas ilações. Também, e devido à abrangência, riqueza e interligação dos temas aflorados nesta investigação, surgiram inúmeras questões que eventualmente seriam dignas de outra investigação ou um estudo mais aprofundado. Minzberg (1990 – anexo I) refere que os gestores nem sempre saberem o que fazem assim como existem contradições na gestão e nas funções dos gestores, o estudo da Gartner (2009 – anexo IV), a entrevista efetuada ao Eng.º Jorge Afonso (anexo - XI) e o estudo da INGEPRO (anexo – II) abordam as mesmas dissonâncias entre o que as empresas e os seus gestores consideram prioritário ou estratégico, e o que efetivamente fazem. Tendo em conta que 39% dos respondentes ao Survey exercem cargos de direção, as suas respostas podem muito bem refletir a dissonância entre o que é feito versus o que deveria ser feito. Poderemos tirar a ilação de que efetivamente as empresas da Indústria da Segurança Eletrónica em Portugal podem não estar muito atentas ao mercado e preparadas para as distorções e a mudança. www.ipam.pt
  • 35. Discussão Crítica dos Resultados Conjugando o que foi abordado nas entrevistas presenciais, onde a sensibilidade demonstrada evidencia carências na Indústria de uma forma transversal ao nível das competências, com os resultados do Survey, não é de espantar que 34% dos inquiridos no Survey refira que ou não se fazem previsões ou que não se fazem correções. Poderemos tirar a ilação que, face aos 89% que referiram que os objetivos eram credíveis ou exequíveis, não existe muita coerência. Seguindo esta linha de pensamento, não deixa de causar alguma perplexidade, conforme preconiza o Hackett Group (2010 – anexo X), no contexto económico atual e a volatilidade inerente, o facto de 57% dos inquiridos mencionar que a variável de maior influência nas previsões de vendas é a envolvente Micro-externa. Quando 34% dos inquiridos no Survey referiram que não monitorizam ou não fazem correções aos desvios, não deixa de causar alguma perplexidade face às implicações de quando os objetivos não são atingidos. Como é que referem que se deve rever a estratégia ou efetuar alterações à estrutura (47%), que ou não muda ou aumenta a força de vendas (9%), que reduzem as margens quando os objetivos não foram cumpridos (7%). Se não medem como podem saber de onde vêm os desvios e quais as correções a efetuar? A ilação que se pode tirar é que também não existe muita coerência nas respostas. www.ipam.pt
  • 36. Discussão Crítica dos Resultados Ao mesmo tempo que 10% dos inquiridos no Survey refere que não se fazem previsões de vendas ou não sabem como as mesmas são efetuadas, 18% não sabe que metodologias são utilizadas ou 33% não sabe que variáveis estão envolvidas, de acordo com MAGALHÃES (1993 e 1994) as previsões devem ser parte integrante do processo da tomada de decisão no sentido de compreender melhor as incertezas do futuro e onde obrigatoriamente devem ter em conta os fatores internos e externos das organizações. Por outro lado, IIDA (2002) e ROGGEVEEN e JOHAR (2004) referem que é necessário efetuar alinhamentos com a capacidade produtiva. Assim os resultados podem não ser coerentes com o facto de 89% referirem que os objetivos são credíveis ou exequíveis e, segundo a sensibilidade do investigador, distanciam-se do que devem ser as boas práticas. Relativamente ao planeamento e seguindo a linha de pensamento evidenciada por PLASCHKE; ROGHÉ e GUNTHER (2011 – anexo III), face aos resultados do Survey e das entrevistas realizadas, e de acordo com a sensibilidade do investigador, surgem dúvidas se efetivamente a Indústria da Segurança Eletrónica (Portugal) encurta o ciclo de planeamento, equilibra as ambições com as previsões, se adaptam e se são flexíveis quando 36% ou não monitoriza ou não introduz correções. Mais dúvidas se levantam quanto ao facto dos objetivos serem claros e transparentes para todos dado que 33% não sabe que variáveis são tidas em conta nas previsões, 10% mencionar não saber se as previsões de vendas são efetuadas, 11% mencionar que os objetivos ou não são credíveis ou não são exequíveis. www.ipam.pt
  • 37. Discussão Crítica dos Resultados Face ao impacto não efetuar previsões, ou efetuá-las de forma deficiente os respondentes do Survey (20%) valorizaram mais a eficiência (fazer bem) face à eficácia (fazer o que é necessário) que é inerente à gestão de stocks, produção (13%), motivação das equipas (9%) e a satisfação do cliente (9%). Também, de acordo com a sensibilidade do investigador, se pode tirar a ilação de que não estão tão focados na sustentabilidade do médio e longo prazo e têm uma maior preocupação com o imediatismo do curto prazo assente exclusivamente na rentabilidade (49%) ou seja, eventualmente, uma maior preocupação face às consequências e não tão grande face às causas. Os estudos da Gartner (2009 – anexo IV) e do BCG (2011 – anexo III) referem que a procura deve ser impulsionada por uma série de variáveis e procedimentos que devem ser tidos em conta pelas organizações, que de uma forma transversal as falhas nas organizações devem ser identificadas e corrigidas, devem adaptar a procura à oferta, medir e comunicar o plano. Algumas dessas “boas práticas” , de acordo com a sensibilidade do investigador, não encaixam naquilo que é efetuado e parece não haver muita coerência com o que as empresas Portuguesas da Indústria em análise efetivamente fazem quando 36% dos inquiridos não mede ou não introduz correções, 33%, não sabe que variáveis são utilizadas ou 11% refere que os objetivos não são credíveis ou não sabem. www.ipam.pt
  • 38. Considerações Finais Fazendo o balanço final deste trabalho de investigação realça-se como aspeto principal do "que se fez" e formulando alguns juízos críticos (positivos e negativos) sobre o que se conseguiu, de acordo com o que foi apurado podem-se, tirar as seguintes ilações: As organizações, as suas estruturas, os gestores, as estratégias e as consequentes táticas, os processos e as metodologias utilizadas, entre outros, são um campo vasto para a investigação. Existe alguma dificuldade em traçar uma teoria geral de suporte, uma vez que cada processo é permeado por razões intrínsecas das administrações das organizações e Indústrias envolvidas assim como de um conjunto de inúmeras variáveis intrinsecamente ligadas. As dissonâncias são frequentes e existem de uma forma transversal a todas as atividades e funções desenvolvidas, inerentes às organizações e em áreas ou Indústrias distintas. Podemos concluir face à questão inicial que deu origem a esta investigação, “A Indústria da Segurança Eletrónica em Portugal faz previsões antes de estabelecer os objetivos?”, que as previsões até são efetuadas no entanto podemos tirar algumas ilações negativas relativamente à validade ou correção face às metodologias utilizadas, objetivos, questões de fundo que estão subjacentes e às correções que daí advêm. www.ipam.pt
  • 39. Considerações Finais Com as dissonâncias normais nas organizações aliadas às lacunas notórias dos quadros médios e superiores ao nível das competências (na Indústria em análise), as ilações que se podem tirar são de que eventualmente o cliente e a satisfação do mesmo é tratada como um “pequeno” detalhe, que o planeamento é efetuado de uma forma deficiente e pouco cuidada, que os recursos humanos são peças pouco importantes no conjunto, ou que as estratégias e as suas táticas são pouco sustentáveis. Lançando algumas sugestões para trabalho futuro, ou como destaque apontando para novos estudos, no decorrer desta investigação outras questões surgiram que eventualmente seriam interessantes aprofundar, tais como: - As relações que se estabelecem no mundo empresarial; A imagem que as organizações e os seus profissionais passam para o mercado e que influencia a sua credibilidade interna e externa; As estruturas organizacionais e a cultura empresarial ao serviço dos propósitos das organizações; O papel dos gestores e qual a ideia que eles próprios têm disso; O planeamento, a integração e interação de funções assim como a utilização de sistemas de apoio à decisão; Como as organizações e os seus colaboradores encaram, lidam e reagem face à mudança; Como vislumbram e lidam com as envolventes Micro e Macro; A forma como segmentam o mercado, elegem o seu “target” e estipulam os canais de distribuição; A volatilidade económica e a influência ou em como encaram e abordam uma das razões da sua existência “o cliente”. www.ipam.pt
  • 40. Considerações Finais Como sugestão, visto o que se verificou no Survey assim como nas constatações derivadas das entrevistas efetuadas, a APSEI (Associação Empresarias da Indústria em análise) pode desempenhar um papel preponderante no sentido de se conseguir uma maior qualificação, ao nível das competências na Organização e Gestão de Empresas, Marketing, entre outras áreas, dos quadros médios e superiores desta indústria. Esse objetivo poderá ser conseguido através de formações específicas levadas a cabo por entidades Académicas ou Entidades Formadoras. Neste clima económico onde as oportunidades têm que ser geradas e procuradas com mais afinco, parcerias “win win” que se possam estabelecer nesse âmbito decerto serão bem-vindas e enriquecedoras da Indústria em questão, assim como uma oportunidade para as entidades formadoras. www.ipam.pt

Notas do Editor

  1. Joseph Rudyard Kipling Nobel de Literatura de 1907 - Tenho seis regras que me ensinaram tudo o que sei: O quê?, Porquê?, Quando?, Como?, Onde?, e Quem?
  2. Joseph Rudyard Kipling Nobel de Literatura de 1907 - Tenho seis regras que me ensinaram tudo o que sei: O quê?, Porquê?, Quando?, Como?, Onde?, e Quem?
  3. Joseph Rudyard Kipling Nobel de Literatura de 1907 - Tenho seis regras que me ensinaram tudo o que sei: O quê?, Porquê?, Quando?, Como?, Onde?, e Quem?
  4. Joseph Rudyard Kipling Nobel de Literatura de 1907 - Tenho seis regras que me ensinaram tudo o que sei: O quê?, Porquê?, Quando?, Como?, Onde?, e Quem?
  5. Joseph Rudyard Kipling Nobel de Literatura de 1907 - Tenho seis regras que me ensinaram tudo o que sei: O quê?, Porquê?, Quando?, Como?, Onde?, e Quem?
  6. Joseph Rudyard Kipling Nobel de Literatura de 1907 - Tenho seis regras que me ensinaram tudo o que sei: O quê?, Porquê?, Quando?, Como?, Onde?, e Quem?