SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 69
Comunidades Quilombolas em 
MS
• Existem comunidades quilombolas em pelo 
menos 24 estados do Brasil: Amazonas, 
Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, 
Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso 
do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, 
Pernambuco, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio 
Grande do Norte, Rio Grande do Sul, 
Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe 
e Tocantins.
• Antigamente uma comunidade quilombola 
seria o ajuntamento de mais de 05 negros 
fugitivos no meio da mata. Atualmente, um 
decreto de 4.887/2003 considera como 
Comunidade Quilombola: “Conforme o artigo 
2º do Decreto, consideram-se remanescentes 
das comunidades dos quilombos, para fins 
deste Decreto, os grupos étnico-raciais, 
seguindo critérios de
• autoafirmação, com a trajetória histórica 
própria, dotados de relações territoriais 
especificas, com presunção de ancestralidade 
negra relacionada com a resistência à 
opressão histórica sofrida (BRASIL, 2008).”
Mato Grosso do Sul:
• Mato Grosso do Sul também possui 
ajuntamentos populacionais que podem ser 
considerados Quilombos, isso analisado 
dentro do contexto da luta pela liberdade e 
pela terra por parte dos negros .
Furnas do Dionísio – Jaraguari:
• A Comunidade Furna de Dionísio foi fundada 
em 1901 por Dionísio Antônio Vieira, ex-escravo, 
oriundo de Minas Gerais, que 
deslocou-se com sua família na expectativa de 
encontrar solo produtivo no qual pudesse 
garantir a subsistência de seus familiares e se 
estabeleceu na região que pertence ao 
município de Jaraguari atrás. As Furnas do 
Dionísio ficam a 40 Km de Campo Grande.
• A Comunidade Quilombola Furnas do Dionísio 
é composta por 89 famílias. São cerca de 400 
pessoas que descendem diretamente de 
Dionísio. Possui agroindústria- Produtos da 
Cana-de-açúcar (açúcar mascavo, rapadura, 
mel de cana), além de vários tipos de queijos, 
farinha de mandioca e artesanato em geral.
Escola Estadual Zumbi dos 
Palmares:
• Através da preservação das raízes e costumes 
herdados de seus fundadores, os moradores 
conseguem ter uma rotina muito parecida 
com a que tinham nos tempos de Dionísio.
Comunidade São Benedito – Tia Eva – 
Campo Grande
Michel e Narzira: Bisnetos de Tia 
Eva
• Eva Maria de Jesus conseguiu a sua carta de 
alforria em 1887 e veio de Mineiros (GO), 
procurando um lugar para morar com sua 
família; chegou em Campos de Vacarias no 
Estado do Mato Grosso (atual MS). Ela morreu 
no dia 11 de novembro de 1926, com 88 anos. 
Ela era benzedeira e tinha por volta de 45 e 
três filhas anos quando formou o quilombo.
• Ela sabia ler e escrever. Para quem foi escrava, 
não era pouca coisa. Em 1910, Tia Eva decide 
pagar a promessa que tinha feito a São 
Benedito por ter sido curada de uma ferida na 
perna. Ela constrói uma capela em 
agradecimento ao santo e conclui a igrejinha 
em 1912, demolida e substituída por uma de 
alvenaria em 1919.
• Tia Eva está enterrada dentro da igreja de São 
Benedito que é a mais antiga de Campo 
Grande. Calcula-se que existem 2 mil 
descendentes de Tia Eva espalhados pelas 
comunidades negras do Estado.
Igreja de São Benedito:
Sérgio Antonio da Silva “Michel” – 
Bisneto da Tia Eva
Furnas de Boa Sorte - Corguinho
• Furnas de Boa Sorte é uma comunidade 
remanescente de quilombo que tem registro 
na Fundação Palmares. Os fundadores desse 
lugar – José Matias Ribeiro, Bonifácio Lino 
Maria e João Bonifácio - eram de Minas 
Gerais, no final do século XIX(19), logo depois 
da abolição da escravidão, vieram para o 
então Mato Grosso e habitaram a região de 
Boa Sorte, hoje município de Corguinho.
• Com o tempo, as terras foram expropriadas 
por fazendeiros e grileiros. Apesar de 
resistirem, não tiveram o apoio das 
autoridades e nem informações para impedir 
a invasão. Algumas pessoas, filhos dos 
fundadores foram obrigados a vender suas 
áreas.
• O artigo 68 da Constituição determina que os 
estados titulem terras quilombolas. Em 2001 
a Fundação Palmares titulou mais de mil 
quatrocentos hectares de Furnas de Boa 
Sorte, como área remanescente de quilombo 
mas, não indenizou os ocupantes do local não 
oriundos dos negros que habitaram a região.
• Em 2003 um decreto presidencial determinou 
o Incra como responsável pela regulação 
fundiária. Segundo Geraldo Pereira Graciano, 
técnico do Incra, nesses casos os estudos 
antropológicos definem ou não a área como 
quilombola e isso independe de “terras 
produtivas ou improdutivas, elas pertencem 
aquele grupo e devem voltar aos seus 
verdadeiros donos.”
• Hoje, na antiga fazenda São Sebastião, vivem 
45 famílias – aproximadamente 250 pessoas, 
que produzem rapadura e a farinha . Boa 
parte dos jovens buscam trabalho fora da 
comunidade. Muitos vão para as fazendas 
trabalhar como peões. A cestaria é o mais 
importante produto artesanal produzido em 
Furnas de Boa Sorte.
Morro São Sebastião:
Comunidade quilombola Chácara 
Buriti:
• A Comunidade Quilombola Chácara Buriti 
situada na BR-163 a 27 km de Campo Grande, 
e recebeu o título definitivo de sua terra em 
01/06/2012 e o documento beneficia 87 
pessoas de 26 famílias. A comunidade Chácara 
Buriti planta hortaliças: uma parte da 
produção é usada para subsistência e outra 
parte é comercializada com a Conab por meio
• do Programa de Aquisição de alimentos (PAA), 
do Ministério de Desenvolvimento Agrário 
(MDA). . Por ocasião da entrega do título, a 
bisneta de João Antonio da Silva, Lucinéia de 
Jesus Domingos Gabilão, 27 anos, líder da 
comunidade Chácara Buriti, declarou: “É a 
realização de um sonho de gerações. A volta 
dessa terra pra gente favorece os produtores”
Comunidades Quilombolas em MS
Comunidades Quilombolas em MS
Comunidades Quilombolas em MS
Comunidades Quilombolas em MS
Comunidades Quilombolas em MS
Comunidades Quilombolas em MS
Comunidades Quilombolas em MS
Comunidades Quilombolas em MS
Comunidades Quilombolas em MS
Comunidades Quilombolas em MS

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

História indígena e o povo terena em ms
História indígena e o povo terena em msHistória indígena e o povo terena em ms
História indígena e o povo terena em msMarinaMarcos
 
Resumo Pré História de MS
Resumo Pré História de MSResumo Pré História de MS
Resumo Pré História de MSMarielly Parrela
 
Tribos indígenas no ms atual, 8ºa
Tribos indígenas no ms atual, 8ºaTribos indígenas no ms atual, 8ºa
Tribos indígenas no ms atual, 8ºajuzaurizio
 
Educacao Quilombola
Educacao QuilombolaEducacao Quilombola
Educacao Quilombolaculturaafro
 
T ribos do ms 8º c
T ribos do ms 8º cT ribos do ms 8º c
T ribos do ms 8º cjuzaurizio
 
íNdios do brasil aula 1º ano
íNdios do brasil   aula 1º anoíNdios do brasil   aula 1º ano
íNdios do brasil aula 1º anoseixasmarianas
 
Influências indígenas e africanas na cidade de Uberlãndia
Influências indígenas e africanas na cidade de UberlãndiaInfluências indígenas e africanas na cidade de Uberlãndia
Influências indígenas e africanas na cidade de UberlãndiaLarissa Silva
 
Tribos indígenas no ms atual, 8ºb
Tribos indígenas no ms atual, 8ºbTribos indígenas no ms atual, 8ºb
Tribos indígenas no ms atual, 8ºbjuzaurizio
 
A assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOS
A assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOSA assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOS
A assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOSSilvânio Barcelos
 
Sentidos de estudar a história indígena
Sentidos de estudar a história indígenaSentidos de estudar a história indígena
Sentidos de estudar a história indígenaSharley Cunha
 
As identidades culturais indiginas na pós modernidade
As identidades culturais indiginas na pós modernidadeAs identidades culturais indiginas na pós modernidade
As identidades culturais indiginas na pós modernidadeHérika Diniz
 

Mais procurados (20)

História indígena e o povo terena em ms
História indígena e o povo terena em msHistória indígena e o povo terena em ms
História indígena e o povo terena em ms
 
Matrizes culturais iii
Matrizes culturais iiiMatrizes culturais iii
Matrizes culturais iii
 
Lutas e desafios quilombolas no brasil
Lutas e desafios quilombolas no brasilLutas e desafios quilombolas no brasil
Lutas e desafios quilombolas no brasil
 
Resumo Pré História de MS
Resumo Pré História de MSResumo Pré História de MS
Resumo Pré História de MS
 
Quilombos
QuilombosQuilombos
Quilombos
 
Terra qulombola
Terra qulombolaTerra qulombola
Terra qulombola
 
Tribos indígenas no ms atual, 8ºa
Tribos indígenas no ms atual, 8ºaTribos indígenas no ms atual, 8ºa
Tribos indígenas no ms atual, 8ºa
 
Educacao Quilombola
Educacao QuilombolaEducacao Quilombola
Educacao Quilombola
 
Capítulo 3 - Povos indígenas no Brasil
Capítulo 3 - Povos indígenas no BrasilCapítulo 3 - Povos indígenas no Brasil
Capítulo 3 - Povos indígenas no Brasil
 
T ribos do ms 8º c
T ribos do ms 8º cT ribos do ms 8º c
T ribos do ms 8º c
 
íNdios do brasil aula 1º ano
íNdios do brasil   aula 1º anoíNdios do brasil   aula 1º ano
íNdios do brasil aula 1º ano
 
Influências indígenas e africanas na cidade de Uberlãndia
Influências indígenas e africanas na cidade de UberlãndiaInfluências indígenas e africanas na cidade de Uberlãndia
Influências indígenas e africanas na cidade de Uberlãndia
 
Indígenas no Brasil
Indígenas no BrasilIndígenas no Brasil
Indígenas no Brasil
 
06
0606
06
 
Tribos indígenas no ms atual, 8ºb
Tribos indígenas no ms atual, 8ºbTribos indígenas no ms atual, 8ºb
Tribos indígenas no ms atual, 8ºb
 
Comunidades quilombolas em ms
Comunidades quilombolas em msComunidades quilombolas em ms
Comunidades quilombolas em ms
 
A assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOS
A assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOSA assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOS
A assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOS
 
Sentidos de estudar a história indígena
Sentidos de estudar a história indígenaSentidos de estudar a história indígena
Sentidos de estudar a história indígena
 
As identidades culturais indiginas na pós modernidade
As identidades culturais indiginas na pós modernidadeAs identidades culturais indiginas na pós modernidade
As identidades culturais indiginas na pós modernidade
 
Indios
IndiosIndios
Indios
 

Semelhante a Comunidades Quilombolas em MS

Pré história americana.pptx.............
Pré história americana.pptx.............Pré história americana.pptx.............
Pré história americana.pptx.............ocg50
 
Histórico do Povoado Tirirical em Bom Jardim - MA
Histórico do Povoado Tirirical em Bom Jardim - MAHistórico do Povoado Tirirical em Bom Jardim - MA
Histórico do Povoado Tirirical em Bom Jardim - MAAdilson P Motta Motta
 
Diálogos do Turismo: Uma viagem de Inclusão - IGUALDADE RACIAL E TURISMO (P. ...
Diálogos do Turismo: Uma viagem de Inclusão - IGUALDADE RACIAL E TURISMO (P. ...Diálogos do Turismo: Uma viagem de Inclusão - IGUALDADE RACIAL E TURISMO (P. ...
Diálogos do Turismo: Uma viagem de Inclusão - IGUALDADE RACIAL E TURISMO (P. ...Maísa Fernandes
 
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: Estud...
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: Estud...ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: Estud...
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: Estud...1sested
 
HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS POVOADOS DE BOM JARDIM - MARANHÃO
HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS POVOADOS  DE BOM JARDIM - MARANHÃO   HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS POVOADOS  DE BOM JARDIM - MARANHÃO
HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS POVOADOS DE BOM JARDIM - MARANHÃO Adilson P Motta Motta
 
Resumo para Tópicos Regionais de MS
Resumo para Tópicos Regionais de MSResumo para Tópicos Regionais de MS
Resumo para Tópicos Regionais de MSMarielly Parrela
 
íNdios caingangues
íNdios cainganguesíNdios caingangues
íNdios cainganguesviajante2
 
Pobres e Nojentas - número 2
Pobres e Nojentas  - número 2Pobres e Nojentas  - número 2
Pobres e Nojentas - número 2Pobres e Nojentas
 

Semelhante a Comunidades Quilombolas em MS (20)

Comunidades quilombolas em ms
Comunidades quilombolas em msComunidades quilombolas em ms
Comunidades quilombolas em ms
 
Marketing Brasileiro - Formação Cultural do Povo Brasileiro
Marketing Brasileiro - Formação Cultural do Povo BrasileiroMarketing Brasileiro - Formação Cultural do Povo Brasileiro
Marketing Brasileiro - Formação Cultural do Povo Brasileiro
 
Furnas de dionísio
Furnas de dionísioFurnas de dionísio
Furnas de dionísio
 
Aula de historia pp
Aula de historia ppAula de historia pp
Aula de historia pp
 
Povo e cultura
Povo e culturaPovo e cultura
Povo e cultura
 
Pré história americana.pptx.............
Pré história americana.pptx.............Pré história americana.pptx.............
Pré história americana.pptx.............
 
Kaigang
KaigangKaigang
Kaigang
 
Indígenas na américa
Indígenas na américaIndígenas na américa
Indígenas na américa
 
Farra antropologia oportunista_teoria_3
Farra antropologia oportunista_teoria_3Farra antropologia oportunista_teoria_3
Farra antropologia oportunista_teoria_3
 
Histórico do Povoado Tirirical em Bom Jardim - MA
Histórico do Povoado Tirirical em Bom Jardim - MAHistórico do Povoado Tirirical em Bom Jardim - MA
Histórico do Povoado Tirirical em Bom Jardim - MA
 
Diálogos do Turismo: Uma viagem de Inclusão - IGUALDADE RACIAL E TURISMO (P. ...
Diálogos do Turismo: Uma viagem de Inclusão - IGUALDADE RACIAL E TURISMO (P. ...Diálogos do Turismo: Uma viagem de Inclusão - IGUALDADE RACIAL E TURISMO (P. ...
Diálogos do Turismo: Uma viagem de Inclusão - IGUALDADE RACIAL E TURISMO (P. ...
 
íNdios keynote
íNdios keynoteíNdios keynote
íNdios keynote
 
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: Estud...
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: Estud...ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: Estud...
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: Estud...
 
HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS POVOADOS DE BOM JARDIM - MARANHÃO
HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS POVOADOS  DE BOM JARDIM - MARANHÃO   HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS POVOADOS  DE BOM JARDIM - MARANHÃO
HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS POVOADOS DE BOM JARDIM - MARANHÃO
 
Resumo para Tópicos Regionais de MS
Resumo para Tópicos Regionais de MSResumo para Tópicos Regionais de MS
Resumo para Tópicos Regionais de MS
 
A farra antropologica revista veja e as ongs
A farra antropologica revista veja e as ongsA farra antropologica revista veja e as ongs
A farra antropologica revista veja e as ongs
 
íNdios caingangues
íNdios cainganguesíNdios caingangues
íNdios caingangues
 
Pobres e Nojentas - número 2
Pobres e Nojentas  - número 2Pobres e Nojentas  - número 2
Pobres e Nojentas - número 2
 
Formação social da colônia
Formação social da colôniaFormação social da colônia
Formação social da colônia
 
O povo brasileiro
O povo brasileiroO povo brasileiro
O povo brasileiro
 

Mais de Nelia Salles Nantes

A ditadura militar no brasil 2017
A ditadura militar no brasil   2017A ditadura militar no brasil   2017
A ditadura militar no brasil 2017Nelia Salles Nantes
 
A vinda da família real ao brasil
A vinda da família real ao brasilA vinda da família real ao brasil
A vinda da família real ao brasilNelia Salles Nantes
 
2 guerra japão e estados unidos - 2017
2 guerra   japão e estados unidos - 20172 guerra   japão e estados unidos - 2017
2 guerra japão e estados unidos - 2017Nelia Salles Nantes
 
2ª guerra em imagens do dia d ao fim da guerra na europa -2017
2ª guerra em imagens   do dia d ao fim da guerra na europa -20172ª guerra em imagens   do dia d ao fim da guerra na europa -2017
2ª guerra em imagens do dia d ao fim da guerra na europa -2017Nelia Salles Nantes
 
2ª guerra áfrica italia e alemanha
2ª guerra    áfrica italia e alemanha2ª guerra    áfrica italia e alemanha
2ª guerra áfrica italia e alemanhaNelia Salles Nantes
 
A vinda da família real ao brasil
A vinda da família real ao brasilA vinda da família real ao brasil
A vinda da família real ao brasilNelia Salles Nantes
 
Os regimes totalitários na europa
Os regimes totalitários na europaOs regimes totalitários na europa
Os regimes totalitários na europaNelia Salles Nantes
 
A crise de 1929 e o new deal 2017
A crise de 1929 e o new deal   2017A crise de 1929 e o new deal   2017
A crise de 1929 e o new deal 2017Nelia Salles Nantes
 

Mais de Nelia Salles Nantes (20)

A ditadura militar no brasil 2017
A ditadura militar no brasil   2017A ditadura militar no brasil   2017
A ditadura militar no brasil 2017
 
O período regencial 2017
O período regencial   2017O período regencial   2017
O período regencial 2017
 
Brasil 1945 1964 -
Brasil 1945   1964 -Brasil 1945   1964 -
Brasil 1945 1964 -
 
O 1º reinado
O 1º reinadoO 1º reinado
O 1º reinado
 
A independência do brasil
A independência do brasilA independência do brasil
A independência do brasil
 
A vinda da família real ao brasil
A vinda da família real ao brasilA vinda da família real ao brasil
A vinda da família real ao brasil
 
2 guerra japão e estados unidos - 2017
2 guerra   japão e estados unidos - 20172 guerra   japão e estados unidos - 2017
2 guerra japão e estados unidos - 2017
 
2ª guerra em imagens do dia d ao fim da guerra na europa -2017
2ª guerra em imagens   do dia d ao fim da guerra na europa -20172ª guerra em imagens   do dia d ao fim da guerra na europa -2017
2ª guerra em imagens do dia d ao fim da guerra na europa -2017
 
2ª guerra 1942 a 1945 imagens
2ª guerra 1942 a 1945   imagens2ª guerra 1942 a 1945   imagens
2ª guerra 1942 a 1945 imagens
 
2ª guerra áfrica italia e alemanha
2ª guerra    áfrica italia e alemanha2ª guerra    áfrica italia e alemanha
2ª guerra áfrica italia e alemanha
 
A vinda da família real ao brasil
A vinda da família real ao brasilA vinda da família real ao brasil
A vinda da família real ao brasil
 
A 2ª guerra mundial 2017
A 2ª guerra mundial   2017A 2ª guerra mundial   2017
A 2ª guerra mundial 2017
 
A era napoleônica 2017
A era napoleônica   2017A era napoleônica   2017
A era napoleônica 2017
 
A era napoleônica 2017
A era napoleônica   2017A era napoleônica   2017
A era napoleônica 2017
 
A revolução francesa
A revolução francesaA revolução francesa
A revolução francesa
 
Os regimes totalitários na europa
Os regimes totalitários na europaOs regimes totalitários na europa
Os regimes totalitários na europa
 
A crise de 1929 e o new deal 2017
A crise de 1929 e o new deal   2017A crise de 1929 e o new deal   2017
A crise de 1929 e o new deal 2017
 
O despotismo esclarecido 2017
O despotismo esclarecido   2017O despotismo esclarecido   2017
O despotismo esclarecido 2017
 
O iluminismo 2017
O iluminismo   2017O iluminismo   2017
O iluminismo 2017
 
A república velha 2017
A república velha   2017A república velha   2017
A república velha 2017
 

Comunidades Quilombolas em MS

  • 2. • Existem comunidades quilombolas em pelo menos 24 estados do Brasil: Amazonas, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
  • 3. • Antigamente uma comunidade quilombola seria o ajuntamento de mais de 05 negros fugitivos no meio da mata. Atualmente, um decreto de 4.887/2003 considera como Comunidade Quilombola: “Conforme o artigo 2º do Decreto, consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos, para fins deste Decreto, os grupos étnico-raciais, seguindo critérios de
  • 4. • autoafirmação, com a trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais especificas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida (BRASIL, 2008).”
  • 6. • Mato Grosso do Sul também possui ajuntamentos populacionais que podem ser considerados Quilombos, isso analisado dentro do contexto da luta pela liberdade e pela terra por parte dos negros .
  • 7.
  • 8. Furnas do Dionísio – Jaraguari:
  • 9.
  • 10. • A Comunidade Furna de Dionísio foi fundada em 1901 por Dionísio Antônio Vieira, ex-escravo, oriundo de Minas Gerais, que deslocou-se com sua família na expectativa de encontrar solo produtivo no qual pudesse garantir a subsistência de seus familiares e se estabeleceu na região que pertence ao município de Jaraguari atrás. As Furnas do Dionísio ficam a 40 Km de Campo Grande.
  • 11.
  • 12.
  • 13. • A Comunidade Quilombola Furnas do Dionísio é composta por 89 famílias. São cerca de 400 pessoas que descendem diretamente de Dionísio. Possui agroindústria- Produtos da Cana-de-açúcar (açúcar mascavo, rapadura, mel de cana), além de vários tipos de queijos, farinha de mandioca e artesanato em geral.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20. Escola Estadual Zumbi dos Palmares:
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24. • Através da preservação das raízes e costumes herdados de seus fundadores, os moradores conseguem ter uma rotina muito parecida com a que tinham nos tempos de Dionísio.
  • 25.
  • 26.
  • 27. Comunidade São Benedito – Tia Eva – Campo Grande
  • 28.
  • 29. Michel e Narzira: Bisnetos de Tia Eva
  • 30. • Eva Maria de Jesus conseguiu a sua carta de alforria em 1887 e veio de Mineiros (GO), procurando um lugar para morar com sua família; chegou em Campos de Vacarias no Estado do Mato Grosso (atual MS). Ela morreu no dia 11 de novembro de 1926, com 88 anos. Ela era benzedeira e tinha por volta de 45 e três filhas anos quando formou o quilombo.
  • 31. • Ela sabia ler e escrever. Para quem foi escrava, não era pouca coisa. Em 1910, Tia Eva decide pagar a promessa que tinha feito a São Benedito por ter sido curada de uma ferida na perna. Ela constrói uma capela em agradecimento ao santo e conclui a igrejinha em 1912, demolida e substituída por uma de alvenaria em 1919.
  • 32. • Tia Eva está enterrada dentro da igreja de São Benedito que é a mais antiga de Campo Grande. Calcula-se que existem 2 mil descendentes de Tia Eva espalhados pelas comunidades negras do Estado.
  • 33.
  • 34. Igreja de São Benedito:
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38. Sérgio Antonio da Silva “Michel” – Bisneto da Tia Eva
  • 39. Furnas de Boa Sorte - Corguinho
  • 40.
  • 41. • Furnas de Boa Sorte é uma comunidade remanescente de quilombo que tem registro na Fundação Palmares. Os fundadores desse lugar – José Matias Ribeiro, Bonifácio Lino Maria e João Bonifácio - eram de Minas Gerais, no final do século XIX(19), logo depois da abolição da escravidão, vieram para o então Mato Grosso e habitaram a região de Boa Sorte, hoje município de Corguinho.
  • 42. • Com o tempo, as terras foram expropriadas por fazendeiros e grileiros. Apesar de resistirem, não tiveram o apoio das autoridades e nem informações para impedir a invasão. Algumas pessoas, filhos dos fundadores foram obrigados a vender suas áreas.
  • 43. • O artigo 68 da Constituição determina que os estados titulem terras quilombolas. Em 2001 a Fundação Palmares titulou mais de mil quatrocentos hectares de Furnas de Boa Sorte, como área remanescente de quilombo mas, não indenizou os ocupantes do local não oriundos dos negros que habitaram a região.
  • 44. • Em 2003 um decreto presidencial determinou o Incra como responsável pela regulação fundiária. Segundo Geraldo Pereira Graciano, técnico do Incra, nesses casos os estudos antropológicos definem ou não a área como quilombola e isso independe de “terras produtivas ou improdutivas, elas pertencem aquele grupo e devem voltar aos seus verdadeiros donos.”
  • 45.
  • 46.
  • 47.
  • 48. • Hoje, na antiga fazenda São Sebastião, vivem 45 famílias – aproximadamente 250 pessoas, que produzem rapadura e a farinha . Boa parte dos jovens buscam trabalho fora da comunidade. Muitos vão para as fazendas trabalhar como peões. A cestaria é o mais importante produto artesanal produzido em Furnas de Boa Sorte.
  • 50.
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 55.
  • 56.
  • 58. • A Comunidade Quilombola Chácara Buriti situada na BR-163 a 27 km de Campo Grande, e recebeu o título definitivo de sua terra em 01/06/2012 e o documento beneficia 87 pessoas de 26 famílias. A comunidade Chácara Buriti planta hortaliças: uma parte da produção é usada para subsistência e outra parte é comercializada com a Conab por meio
  • 59. • do Programa de Aquisição de alimentos (PAA), do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA). . Por ocasião da entrega do título, a bisneta de João Antonio da Silva, Lucinéia de Jesus Domingos Gabilão, 27 anos, líder da comunidade Chácara Buriti, declarou: “É a realização de um sonho de gerações. A volta dessa terra pra gente favorece os produtores”