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A Independência do Haiti:
• O Haiti faz parte de uma das ilhas do Caribe,
que junto com Cuba foi o primeiro ponto da
invasão européia na América, importante
entreposto na viagem entre a costa da
América Espanhola e a Europa. Depois, sob
administração francesa, seria responsável por
mais de 70% da produção de açúcar
consumido na Europa e de mais de 60% do
café. Em seu solo produziam também cacau e
algodão para a metrópole.
• Conhecido no período colonial pela riqueza
que proporcionava à França, o Haiti seria
apelidado de "Pérola da Antilhas". Devido à
brutal exploração que sofriam os escravos e
sob influência dos ideais de liberdade e
igualdade propagados durante a Revolução
Francesa, ocorre uma revolta de escravos
liderada por Toussaint L’Overture, que levaria
à primeira independência na América Latina,
em 1804.
• O Haiti foi o primeiro país da América Latina a
se tornar independente. Chamada de colônia
Saint Domingue, o país era o maior produtor
de açúcar do mundo e o principal exportador
de café para a Europa.
• Sua população era de aproximadamente 500
mil habitantes: 35 mil brancos, 30 mil mulatos
livres e mais de 430 mil escravos negros
oriundos da África Ocidental.
• Percebendo que estavam em maioria, os
escravos negros formaram uma rebelião
liderada por Toussaint L’Overture e pelo líder
religioso Dutty Boukman para se livrar do
domínio da França.
Toussaint L’Overture :
• Em 1791, L’Overture instigou os escravos a
massacrarem a população branca, que cada
vez mais restringia a liberdade de seus
escravos com políticas racistas. As tropas
francesas continuaram resistindo por um bom
tempo, chegando a receber apoio de exércitos
ingleses e espanhóis, mas logo foram
derrotadas pelos escravos.
Toussand L’Overture:
• L’Overture chegou a assumir o governo de
Saint Domingue em 1801, mas acabou sendo
aprisionado pelas tropas de Napoleão
Bonaparte. Morreu em péssimas condições
dois anos depois, em Paris.
• Porém, os escravos continuaram
demonstrando força e resistência perante os
franceses. Em 1804, o ex-escravo Jean-
Jacques Dessalines formou uma nova frente
de negros escravos e assumiu o Império da
ilha, que passou a se chamar Haiti – nome
dado pelas primeiras populações indígenas de
São Domingos, que significa “a terra das
montanhas”.
Jean-Jacques Dessalines:
• Apesar da longa batalha, as consequências
da independência do Haiti foram muito
negativas. Livres da França, os países que
mantinham relações comerciais com a ilha
ficaram com medo de que esse ato de rebelião
se expandisse para as colônias americanas e
acabaram não cumprindo os pactos comerciais
que tinham combinado antes.
• Além de ter de pagar uma quantia absurda de
indenização para a França, o Haiti sofreu uma
grave crise econômica, principalmente após a
morte de Dessalines, em 1806. O país chegou
a ser dividido em dois regimes, um
monárquico e outro republicano. Somente em
1820 os territórios foram reunificados por
Jean Boyer, que adotou o sistema
republicano.
• Após a independência e ao longo de todo o
século XIX, o Haiti aumentou a exploração de
suas riquezas, mas esse processo lhe custou
um grande endividamento externo,
especialmente com capitais norte-americanos.
• Essa dependência cresceu até o momento em
que os EUA, alegando que o Haiti não estava
cumprindo dos contratos, invadiram o Haiti
em 1915 e o transformaram em uma colônia
até o ano de 1934. Era o Big Stick funcionando
a todo vapor na América Latina.
Haiti – 1949:
Julho de 1949:
• Depois de 1934, a influência norte-americana
continuava forte, apesar de suas tropas terem
saído do país. Em 1957, o Haiti teve as suas
primeiras eleições livres e o médico sanitarista
François Duvalier foi eleito.
François Duvalier, o Papa-Doc:
• Querido pelo povo haitiano por sua luta contra
a malária, um mal que assolava o país, Duvalier
foi apelidado de Papa Doc, ou seja, Papai
Médico.
• Mas o encanto durou pouco: o “papai médico”
logo mostrou sua face de monstro e passou a
implantar uma ditadura ferrenha que
perseguia, torturava e matava opositores e
proibia partidos políticos de oposição.
• Em 1961 Papa-Doc se reelegeu usando
corrupção e fraudes e em 1964 proclamou-se
presidente vitalício. Para conseguir tudo isso,
montou um verdadeiro batalhão do terror:
os tontons-macoutes (uma tropa leal a ele);
para o povo haitiano os tontons-macoutes
eram um tipo de bicho-papão.
• O saldo dessa fase, que durou até 1971, foi de
aproximadamente 30 mil mortos, 15 mil
desaparecidos e uma enorme dívida externa.
Mas quem pensava que o pesadelo chamado
Papa Doc tinha terminado enganou-se. Em seu
lugar, acabou assumindo seu filho, Baby Doc,
que continuou com a mesma política
devastadora em todos os sentidos tanto
econômica quanto socialmente.
Baby Doc:
• Na fase Baby Doc (1971-1986), meio milhão
de haitianos fugiram para países vizinhos
como Cuba, República Dominicana e também
para os EUA.
• Quando seu pai morreu em 1971, Baby Doc
tinha 19 anos de idade foi consagrado
presidente vitalício do Haiti, o presidente mais
jovem do mundo. Inexperiente e
irresponsável, a princípio a presidência na
realidade foi exercida por sua mãe, Simone 
Ovide Duvalier, sua irmã mais velha Marie-
Denise Duvalier,
• e um comitê conduzido por Luckner Cambron,
o Ministro do Interior de Papa Doc. Baby Doc
só aparecia nos cerimoniais e vivia como um
playboy. A população se revoltou e a
repressão política ficou muito mais forte.
• O rigor da repressão, o aumento da corrupção
e, o descontentamento crescente da
comunidade de negócios e de outros setores
do país com o governo, desestabilizaram
irreversivelmente seu governo. Pressões
internacionais obrigaram Baby Doc a adotar
medidas aparentemente democratizantes,
como a liberação de presos políticos.
• Durante sua visita (1983), o Papa João Paulo 
II viu tanta miséria que declarou: - Algo deve 
se modificar aqui!
• Uma revolta organizada começou nas
províncias em 1985 e a cidade de Gonaïves foi
primeira a perder o controle do governo
central. Até o final daquele ano mais outras
seis cidades, estavam sob o controle dos
rebeldes e no início de 1986 os rebeldes
tomaram Les Cayes.
• A repressão militar ficou mais violenta, mas
não conseguiu retomar o controle da situação
e os governos internacionais, inclusive dos
Estados Unidos comandados por Ronald 
Reagan, começaram a pressionar os Duvalier,
pedindo sua renúncia e deixar o Haiti.
• Jean-Claude Duvalier fugiu com família e
seguidores mais próximos, no dia 07 de
fevereiro em um avião de Força Aérea de
Estados Unidos, direto para Paris, França, país
colonizador do Haiti, e que lhe deu asilo, onde
passou a viver com sua esposa e os dois filhos.
Baby Doc em Paris:
• Entre 1985 e 1990, o Haiti procurou estabilizar
sua situação política, mas uma sucessão de
golpes militares impediu qualquer
organização. Em 1990, Jean Bertrand Aristide
foi eleito para governar o país, assumindo o
cargo em fevereiro de 1991.
Jean Bertrand Aristide:
• Sacerdote defensor da Teologia da Libertação,
Aristide estabeleceu como eixos de seu
governo o combate à corrupção e ao
narcotráfico e a luta contra a pobreza. Mas,
em poucos meses, seu governo sofreu um
golpe, liderado pelo general Raoul Cedras.
Raoul Cedras:
• Aristide só conseguiu retornar ao poder em
1993, depois de muita negociação com o
ditador Raul Cedras intermediadas pela OEA e
pela ONU. Os EUA lideraram um embargo
comercial ao Haiti que acabou por
desestruturar a economia do país,
favorecendo o clima para golpes militares e a
permanência de regimes de terror como
• aquele conhecido no período da família
Duvalier (Papa-Doc e Baby-Doc). Jean
Bertrand Aristide foi novamente eleito pela
população haitiana em 2001 para um
mandato de cinco anos, até 2006; mas sem o
apoio da comunidade internacional, sofreu
enorme pressão para renunciar.
• O Haiti dos golpes militares se vê novamente
sob a iminência de um governo de rebeldes
armados, sem projeto para o país e respeito
às leis vigentes e que ainda acredita que a
força das armas é o melhor caminho.
Definitivamente, os valores democráticos
ainda estão longe da sociedade haitiana.
Junho – 2009:
2009:
Outubro – 2009:
Palácio presidencial:
Haiti - 2011
Antes do terremoto:
Reconstruindo ainda melhor do
que antes:
• O chefe da Unidade de Gênero e Direitos do
UNICEF, Dan Seymour, observou que as
consequências de um terremoto dessa
magnitude – embora sérias – provavelmente
teriam sido muito menos devastadoras num
país mais desenvolvido.
• “Então a questão não é um terremoto”, disse
Seymour. “É o cruzamento, a interação entre
o terremoto e a situação no Haiti, um país
pobre com uma limitadíssima capacidade de
cuidar de suas crianças mesmo no melhor dos
tempos.”
Haiti – 2014:
• “Mesmo antes do terremoto, o sistema de
saúde era relativamente fraco e a cobertura
vacinal não era adequada”, disse a Chefe de
Saúde Materna, do Recém-nascido e da
Criança do UNICEF, Renee Van de Weerdt. “Os
indicadores de desnutrição eram altos”,
acrescentou Van de Weerdt. “Nós sabemos
que temos de lidar com uma população muito
vulnerável.”
Independência do Haiti e sua história

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Independência do Haiti e sua história

  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8. • O Haiti faz parte de uma das ilhas do Caribe, que junto com Cuba foi o primeiro ponto da invasão européia na América, importante entreposto na viagem entre a costa da América Espanhola e a Europa. Depois, sob administração francesa, seria responsável por mais de 70% da produção de açúcar consumido na Europa e de mais de 60% do café. Em seu solo produziam também cacau e algodão para a metrópole.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12. • Conhecido no período colonial pela riqueza que proporcionava à França, o Haiti seria apelidado de "Pérola da Antilhas". Devido à brutal exploração que sofriam os escravos e sob influência dos ideais de liberdade e igualdade propagados durante a Revolução Francesa, ocorre uma revolta de escravos liderada por Toussaint L’Overture, que levaria à primeira independência na América Latina, em 1804.
  • 13.
  • 14.
  • 15. • O Haiti foi o primeiro país da América Latina a se tornar independente. Chamada de colônia Saint Domingue, o país era o maior produtor de açúcar do mundo e o principal exportador de café para a Europa.
  • 16. • Sua população era de aproximadamente 500 mil habitantes: 35 mil brancos, 30 mil mulatos livres e mais de 430 mil escravos negros oriundos da África Ocidental. • Percebendo que estavam em maioria, os escravos negros formaram uma rebelião liderada por Toussaint L’Overture e pelo líder religioso Dutty Boukman para se livrar do domínio da França.
  • 18. • Em 1791, L’Overture instigou os escravos a massacrarem a população branca, que cada vez mais restringia a liberdade de seus escravos com políticas racistas. As tropas francesas continuaram resistindo por um bom tempo, chegando a receber apoio de exércitos ingleses e espanhóis, mas logo foram derrotadas pelos escravos.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 24. • L’Overture chegou a assumir o governo de Saint Domingue em 1801, mas acabou sendo aprisionado pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Morreu em péssimas condições dois anos depois, em Paris.
  • 25. • Porém, os escravos continuaram demonstrando força e resistência perante os franceses. Em 1804, o ex-escravo Jean- Jacques Dessalines formou uma nova frente de negros escravos e assumiu o Império da ilha, que passou a se chamar Haiti – nome dado pelas primeiras populações indígenas de São Domingos, que significa “a terra das montanhas”.
  • 26.
  • 28. • Apesar da longa batalha, as consequências da independência do Haiti foram muito negativas. Livres da França, os países que mantinham relações comerciais com a ilha ficaram com medo de que esse ato de rebelião se expandisse para as colônias americanas e acabaram não cumprindo os pactos comerciais que tinham combinado antes.
  • 29. • Além de ter de pagar uma quantia absurda de indenização para a França, o Haiti sofreu uma grave crise econômica, principalmente após a morte de Dessalines, em 1806. O país chegou a ser dividido em dois regimes, um monárquico e outro republicano. Somente em 1820 os territórios foram reunificados por Jean Boyer, que adotou o sistema republicano.
  • 30.
  • 31. • Após a independência e ao longo de todo o século XIX, o Haiti aumentou a exploração de suas riquezas, mas esse processo lhe custou um grande endividamento externo, especialmente com capitais norte-americanos.
  • 32. • Essa dependência cresceu até o momento em que os EUA, alegando que o Haiti não estava cumprindo dos contratos, invadiram o Haiti em 1915 e o transformaram em uma colônia até o ano de 1934. Era o Big Stick funcionando a todo vapor na América Latina.
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 38.
  • 39. • Depois de 1934, a influência norte-americana continuava forte, apesar de suas tropas terem saído do país. Em 1957, o Haiti teve as suas primeiras eleições livres e o médico sanitarista François Duvalier foi eleito.
  • 41. • Querido pelo povo haitiano por sua luta contra a malária, um mal que assolava o país, Duvalier foi apelidado de Papa Doc, ou seja, Papai Médico. • Mas o encanto durou pouco: o “papai médico” logo mostrou sua face de monstro e passou a implantar uma ditadura ferrenha que perseguia, torturava e matava opositores e proibia partidos políticos de oposição.
  • 42. • Em 1961 Papa-Doc se reelegeu usando corrupção e fraudes e em 1964 proclamou-se presidente vitalício. Para conseguir tudo isso, montou um verdadeiro batalhão do terror: os tontons-macoutes (uma tropa leal a ele); para o povo haitiano os tontons-macoutes eram um tipo de bicho-papão.
  • 43.
  • 44.
  • 45.
  • 46. • O saldo dessa fase, que durou até 1971, foi de aproximadamente 30 mil mortos, 15 mil desaparecidos e uma enorme dívida externa. Mas quem pensava que o pesadelo chamado Papa Doc tinha terminado enganou-se. Em seu lugar, acabou assumindo seu filho, Baby Doc, que continuou com a mesma política devastadora em todos os sentidos tanto econômica quanto socialmente.
  • 48. • Na fase Baby Doc (1971-1986), meio milhão de haitianos fugiram para países vizinhos como Cuba, República Dominicana e também para os EUA.
  • 49.
  • 50. • Quando seu pai morreu em 1971, Baby Doc tinha 19 anos de idade foi consagrado presidente vitalício do Haiti, o presidente mais jovem do mundo. Inexperiente e irresponsável, a princípio a presidência na realidade foi exercida por sua mãe, Simone  Ovide Duvalier, sua irmã mais velha Marie- Denise Duvalier,
  • 51. • e um comitê conduzido por Luckner Cambron, o Ministro do Interior de Papa Doc. Baby Doc só aparecia nos cerimoniais e vivia como um playboy. A população se revoltou e a repressão política ficou muito mais forte.
  • 52. • O rigor da repressão, o aumento da corrupção e, o descontentamento crescente da comunidade de negócios e de outros setores do país com o governo, desestabilizaram irreversivelmente seu governo. Pressões internacionais obrigaram Baby Doc a adotar medidas aparentemente democratizantes, como a liberação de presos políticos.
  • 53. • Durante sua visita (1983), o Papa João Paulo  II viu tanta miséria que declarou: - Algo deve  se modificar aqui!
  • 54. • Uma revolta organizada começou nas províncias em 1985 e a cidade de Gonaïves foi primeira a perder o controle do governo central. Até o final daquele ano mais outras seis cidades, estavam sob o controle dos rebeldes e no início de 1986 os rebeldes tomaram Les Cayes.
  • 55.
  • 56.
  • 57.
  • 58. • A repressão militar ficou mais violenta, mas não conseguiu retomar o controle da situação e os governos internacionais, inclusive dos Estados Unidos comandados por Ronald  Reagan, começaram a pressionar os Duvalier, pedindo sua renúncia e deixar o Haiti.
  • 59.
  • 60. • Jean-Claude Duvalier fugiu com família e seguidores mais próximos, no dia 07 de fevereiro em um avião de Força Aérea de Estados Unidos, direto para Paris, França, país colonizador do Haiti, e que lhe deu asilo, onde passou a viver com sua esposa e os dois filhos.
  • 61. Baby Doc em Paris:
  • 62.
  • 63.
  • 64. • Entre 1985 e 1990, o Haiti procurou estabilizar sua situação política, mas uma sucessão de golpes militares impediu qualquer organização. Em 1990, Jean Bertrand Aristide foi eleito para governar o país, assumindo o cargo em fevereiro de 1991.
  • 66. • Sacerdote defensor da Teologia da Libertação, Aristide estabeleceu como eixos de seu governo o combate à corrupção e ao narcotráfico e a luta contra a pobreza. Mas, em poucos meses, seu governo sofreu um golpe, liderado pelo general Raoul Cedras.
  • 68. • Aristide só conseguiu retornar ao poder em 1993, depois de muita negociação com o ditador Raul Cedras intermediadas pela OEA e pela ONU. Os EUA lideraram um embargo comercial ao Haiti que acabou por desestruturar a economia do país, favorecendo o clima para golpes militares e a permanência de regimes de terror como
  • 69. • aquele conhecido no período da família Duvalier (Papa-Doc e Baby-Doc). Jean Bertrand Aristide foi novamente eleito pela população haitiana em 2001 para um mandato de cinco anos, até 2006; mas sem o apoio da comunidade internacional, sofreu enorme pressão para renunciar.
  • 70. • O Haiti dos golpes militares se vê novamente sob a iminência de um governo de rebeldes armados, sem projeto para o país e respeito às leis vigentes e que ainda acredita que a força das armas é o melhor caminho. Definitivamente, os valores democráticos ainda estão longe da sociedade haitiana.
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  • 76. 2009:
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  • 87. Reconstruindo ainda melhor do que antes: • O chefe da Unidade de Gênero e Direitos do UNICEF, Dan Seymour, observou que as consequências de um terremoto dessa magnitude – embora sérias – provavelmente teriam sido muito menos devastadoras num país mais desenvolvido.
  • 88. • “Então a questão não é um terremoto”, disse Seymour. “É o cruzamento, a interação entre o terremoto e a situação no Haiti, um país pobre com uma limitadíssima capacidade de cuidar de suas crianças mesmo no melhor dos tempos.”
  • 89.
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  • 93. • “Mesmo antes do terremoto, o sistema de saúde era relativamente fraco e a cobertura vacinal não era adequada”, disse a Chefe de Saúde Materna, do Recém-nascido e da Criança do UNICEF, Renee Van de Weerdt. “Os indicadores de desnutrição eram altos”, acrescentou Van de Weerdt. “Nós sabemos que temos de lidar com uma população muito vulnerável.”