4. • O Dia D, 6 de junho de 1944, foi a data em que
ocorreu o desembarque das tropas aliadas na
Normandia (noroeste da França). Este dia é
considerado por muitos historiadores como o
mais importante da Segunda Guerra Mundial.
Foi decisivo na vitória dos aliados contra o
Eixo (Alemanha, Itália e Japão). O nome oficial
deste plano militar era Operação Overlord.
6. • A região era dominada pelos alemães na
chamada Muralha do Atlântico. Os aliados,
desembarcaram com mais de 300 mil homens
e milhares de armamentos. Os aliados usaram
senhas e informações falsas sobre o
desembarque, estratégia importante para
confundir as tropas alemãs.
7. • Após duras batalhas, a operação Overlord
funcionou e os aliados venceram. Esta vitória
foi crucial para o avanço dos aliados rumo a
vitória sobre a Alemanha em 1945. Os
soldados das tropas aliadas, que participaram
da invasão da Normandia durante no Dia D
eram dos seguintes países: Estados Unidos,
Reino Unido, Canadá, França (parte livre),
Polônia, Austrália, Bélgica, Nova Zelândia,
Holanda e Noruega.
12. • Transportados por uma frota de 14.200
barcos, protegida por 600 navios e milhares
de aviões, asseguraram uma sólida cabeça-de-
praia no litoral francês e dali partiram para
expulsar os nazistas de Paris e, em seguida,
marchar em direção à fronteira da Alemanha.
Era o início do colapso final do III Reich, o
império que, segundo a propaganda nazista,
deveria durar mil anos.
21. A situação da União Soviética em
1942:
• Desde 1942, os soviéticos, que estavam sofrendo
horrores para deter e fazer os nazistas recuarem da
URSS, vinham clamando para que seus aliados
ocidentais, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha,
abrissem um fronte no ocidente para aliviar a
fortíssima pressão que o exército alemão exercia sobre
o território russo. Desde que ocorrera a invasão do
solo soviético em 22 de julho de 1941, a Wehrmacht
havia conquistado imensas fatias do território russo,
fazendo com que a sua linha ofensiva saísse da região
de Leningrado, no Norte do país, se estendesse em
direção a linha Moscou-Smolesk, chegando até o
Cáucaso, a cadeia de montanhas bem ao sul da URSS.
22. • Os soviéticos haviam finalmente invertido a
maré da guerra na batalha de Stalingrado, no
inverno de 1942/43, mas as perdas humanas e
materiais eram colossais. O 6º exército
alemão, comandado pelo marechal Von
Paulus, rendeu-se ao marechal Zukov depois
de ter perdido mais de 300 mil homens nas
ruínas e nas cercanias daquela cidade do
Volga.
23. A Guerra na África:
• Os aliados ocidentais, num primeiro
momento, comprometeram-se a abastecer os
soviéticos através da rota do ártico, pelos
portos de Murmansk e Arcangel, mas isso não
era suficiente para minorar os sofrimentos do
povo russo. Em 1942, os anglo-canadenses
fizeram uma tentativa de desembarque no
litoral ocidental, em Dieppe, na Bélgica, mas
foram quase dizimados pelas defesas nazistas.
24. • Os aliados ocidentais concluíram que as forças nazistas
eram muito poderosas ainda para tentar-se um
desembarque em larga escala. Resolveram então
primeiro atacar o fronte sul das forças do Eixo: o norte
da África e, em seguida, a Itália. Em fins de 1942, um
exército americano desembarcou na Argélia,
conjugado com uma ofensiva britânica na Líbia,
levaram o "África Korps" o exército de elite dos
alemães, comandado pelo marechal Rommel à
rendição na Tunísia em princípios de 1943. Logo em
seguida os aliados avançam para a Sicília, e dali para a
península italiana.
28. • O primeiro resultado político positivo dessa
operação foi a queda do ditador fascista Benito
Mussolini. No dia 25 de julho de 1943, o Grande
Conselho Fascista, por pressão do rei da Itália e
do Exército, destituiu e prendeu Mussolini, que
se mostrara incapaz de fazer os americanos e
ingleses recuarem do solo italiano. Pouco tempo
depois, os italianos abandonam a guerra e
negociam uma paz em separado com os aliados.
A traição deles obrigou os nazistas a deslocarem
parte de suas forças ocidentais para tapar a
brecha italiana aberta pelos aliados.
29. • O ataque aero-naval só poderia dar-se durante o verão
europeu. Somente naquela estação era possível
realizar-se uma operação na escala desejada. Desde
que Hitler desistira de invadir a Inglaterra em 1940, ele
determinara a construção da chamada "Muralha do
Atlântico", um conjunto de fortificações de concreto,
bunkers, que tinham a função de proteger as suas
defesas de um ataque de surpresa vindo do mar.
Também esperavam que este ocorresse na região de
Calais, onde o Canal da Mancha, que separa a França
da Inglaterra, e mais estreito, concentrando ali a
maioria das suas divisões.
32. • Hitler e o marechal Rommel palpitaram que era bem
possível que os aliados desembarcassem na
Normandia porque lá encontrariam os dois grandes
portos capazes de acolher a enorme quantidade de
homens e de material bélico que estavam
concentrados no Sul e Sudoeste da Inglaterra: os
portos franceses de Le Havre e Cherbourg. Finalmente
os aliados decidiram- se por fazê-lo no verão de 1944,
Aproveitando-se de uma momentânea melhoria
climática, o general Eisenhower, comandante supremo
dos aliados ordenou que aquela imensa força se
deslocasse no dia seis de junho.
33. • Na madrugada daquele dia, foram lançados nas
proximidades de Cherburgo uma leva de tropas
pára-quedistas para dar proteção ao
desembarque que ocorreria a seguir pela manhã.
Às 6h30, milhares de pequenos barcos
começaram a despejar os soldados: americanos
nas praias de codinome "Utah" e "Omaha",
ingleses e canadenses nas praias de "Juno",
"Cold4" e "Sword". Apesar da forte resistência
feita pelos nazistas, o elemento surpresa foi
fundamental.
36. • Houve indecisão no alto comando alemão nas
primeiras horas e isso lhes foi fatal. O marechal von
Rundstedt, comandante-geral das forças alemãs no
Ocidente, acreditava ser possível expulsar os aliados
de volta para o mar logo que eles desembarcassem,
lançando mão das divisões panzer de reserva. Para o
marechal Erwin Rommel, a grande estrela do exército
alemão, ao contrário, os invasores não deviam nem
chegar a pôr os pés no litoral. Para ele, a superioridade
aérea dos americanos e ingleses impediria qualquer
possibilidade das tropas alemãs de lançarem-se numa
contra-ofensiva.
37. • De fato, já no primeiro dia do desembarque na
Normandia, os aliados conseguiram fixar-se
firmemente no litoral, começando a avançar para
o interior da península de Cherburgo.
Simultaneamente, os soviéticos deram início a
sua ofensiva de verão em toda a frente oriental;
do Báltico, passando pela Bielorússia e Ucrânia,
uma gigantesca massa de divisões russas
esmagaram as defesas nazistas e chegaram até
as portas de Varsóvia, capital da Polônia, em
apenas quarenta dias.
43. • A partir da invasão aliada ficou claro para setores do
alto comando militar alemão que a guerra estava
perdida. Os aliados no entanto haviam acertado no
tratado de Teerã, em 1943, que só aceitariam a
rendição incondicional da Alemanha nazista, e que
nenhum deles faria uma paz em separado com ela.
• Os militares alemães metidos no complô, no entanto,
pensaram que se eles eliminassem Hitler e
neutralizassem as Waffen SS, as divisões nazistas,
haveria possibilidade de fazer uma paz em separado
com os anglo-americanos e, desta forma, evitar que a
Alemanha fosse invadida pelos russos se tornasse
comunista.
46. • No dia 20 de julho de 1944, 44 dias depois do
Dia-D, o coronel von Stauffenberg, um
mutilado de guerra que servia no estado-
maior de Hitler, colocou uma bomba no
abrigo onde o Führer encontrava-se com seus
comandados, na chamada "Toca do Lobo", em
Rastenburg, na Prússia Oriental.
47. • Alguns oficiais morreram, mas Hitler sobreviveu
ao atentado. Tomado por um assombro místico,
ele considerou o episódio um sinal, uma prova de
que a divina providência o havia salvo para
continuar até a vitória final. Os conspiradores
foram presos e julgados por um Tribunal do Povo
e executados. A guerra ainda seria prolongada
por mais onze meses inutilmente. O coronel von
Stauffenberg evitou as humilhações suicidando-
se.
48. O Levante de Varsóvia:
• Aproveitando-se da proximidade do Exército Vermelho
das cercanias de Varsóvia, as forças da resistência
polonesa, a Armija Krazowa (AK), lideradas por Bor-
Komarowscki tentaram um grande levante armado
contra os nazistas. Como os soviéticos não foram
consultados, não houve articulação entre o levante na
cidade e as tropas russas que estavam acampadas do
outro lado do rio Vístula, fazendo com que as forças do
AK fossem dizimadas pelas divisões panzer que,
obedecendo a ordem de Hitler, destruíram
praticamente nove décimos da capital polonesa,
matando, estima-se, 300 mil habitantes da capital.
51. A ofensiva final:
• Hitler ainda tentou em dezembro de 1944,
jogando a sua última cartada, dividir os
exércitos aliados pela surpreendente ofensiva
de Ardenas na Bélgica, mas poucas semanas
depois do ataque, sem cobertura aérea e sem
combustível para os seus tanques, viram que
era inútil. No dia 12 de janeiro de 1945, os
soviéticos ordenaram a ofensiva de inverno, a
final, aquela que terminaria com a ocupação
da Alemanha.
52. • A Alemanha, derrotada na frente oriental
pelos soviéticos, tentava agora, na frente
ocidental, conter o avanço das tropas aliadas.
No dia 16 de dezembro de 1944, os alemães
procuraram deter as forças americanas e
inglesas na região belga das Ardenas. Os
Aliados apelaram então a Stalin para que
reiniciasse a ofensiva contra as forças alemãs,
para dividi-las e, enfraquecê-las.
53. • A ofensiva soviética foi reiniciada. Com isso,
os alemães foram obrigados novamente a
enfrentar os soviéticos no leste; estes, em
fevereiro de 1945, chegaram a 150
quilômetros em Berlim. Nos dois meses
seguintes, forças soviéticas e norte-
americanas ocuparam toda a Alemanha.
59. • Berlim, bombardeada dia e noite, foi o centro
da resistência derradeira de Hitler. Os aliados
ocidentais começaram o seu ataque em
fevereiro de 1945 e, por fim, encontraram-se
com as tropas soviéticas no rio EIba. Foi um
momento histórico extraordinário quando os
soldados norte-americanos confraternizaram
com os russos, trocando apertos de mão e
goles de bebida forte.
61. • Hitler, depois de passar seus últimos dias
completamente isolando no seu bunker
subterrâneo, suicidou-se no dia 30 de abril,
deixando a chefia do Reich sob o comando do
almirante Doenitz. No dia 7 de maio de 1945,
o comando do exército alemão rendeu-se
incondicionalmente. A guerra na Europa havia
chegado a seu fim.
65. Os tratados da grande aliança:
• Os integrantes da "Grande Aliança"
(EUA/GB/URSS), encontraram-se três vezes
entre 1943 e 1945: a primeira foi em Teerã,
capital do Irã, em novembro/dezembro de
1943, quando o primeiro-ministro da
Inglaterra W. Churchill apresentou um plano
de ataque aos nazistas partindo do
Mediterrâneo, sendo objetado por Stalin, que
insistiu que o melhor efeito seria a invasão da
França.
67. • Naquele momento, os aliados não haviam
chegado ainda a um acordo sobre que destino
dar à Alemanha no pós-guerra. O segundo
encontro deu-se em Yalta, no sul da URSS, em
fevereiro de 1945, quando a guerra marchava
para o fim. Acertou-se ali a formação da ONU,
bem como a proposta da divisão da Alemanha
em quatro zonas de ocupação (a americana, a
britânica, a francesa e a soviética), tendo ela que
pagar indenizações que atingiriam 80% do seu
parque industrial pesado.
69. • A URSS comprometeu-se a entrar em guerra contra o
Japão assim que o conflito contra os nazistas tivesse se
encerrado na Europa. O último encontro ocorreu
depois da rendição final dos alemães. Foi em Potsdam,
símbolo do militarismo dos reis prussianos, em julho-
agosto de 1945, nas proximidades de Berlim, quando
confirmou-se a política de "zonas de influência"
sugerida pelos britânicos, onde os aliados vencedores
dividiram entre si o território alemão conquistado. A
URSS, conforme o prometido, declara guerra ao Japão.
Mas a guerra no Oriente estava prestes a se encerrar
porque os norte-americanos já possuíam a bomba
atômica.