SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 60
A Importância do Reporte de Incidentes no contexto da Garantia de Qualidade em RT Neide Maria Campos [email_address]
Índice ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Neide Maria Campos
Austrália  (Wilson et al, 1995) 18.000 mortes/ano por erros médicos Canadian  Adverse Events Study (2004) 7% das admissões hospitalares ocorriam eventos adversos, e estimou que 9.000/24.000 Canadianos morrem/ano após um erro evitável (Roos Baker et al, 2004) Nova Zelândia ,  Dinamarca  e países desenvolvidos em colaboração com  WHO , 1 em 10 pessoas que recebam cuidados de saúde sofrerão de danos evitáveis Neide Maria Campos Australian Council for Safety and Quality  in Health Care http://www.npsa.nhs.uk http://www.who.int/patientsafety/
Recomendation Rec(2006)7  Council of Europe Committee of ministers to member states on mangement of patient safety and prevention of adverse events in health care ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Neide Maria Campos
Segurança do Doente (vi) Desenvolver indicadores válidos (vii) Criar plataformas de cooperação internacional para partilha de experiências e de conhecimento (viii) Promover a investigação  (ix) Produzir relatórios periódicos (x) Implementar as medidas em apêndice (xi) Traduzir este documento e desenvolver estratégias locais que permitam a sua implementação  Neide Maria Campos (iv) Analisar outras fontes de informação como “queixas” dos doentes (v) Promover programas de formação para todos os profissionais
Health care is a complex system  Neide Maria Campos
ANÁLISE DE REPORTS EM  RADIOTERAPIA Neide Maria Campos
«Lessons learned from accidental exposures in radiotherapy» Report Series nº 17, IAEA, 2000 Trata-se de um relatório sobre um conjunto de acidentes ou incidentes (92) em RTE (52), BT (32) e ainda MN (8), reportados às autoridades competentes. O método adoptado neste relatório é o do anonimato, com a intenção de estimular a divulgação de situações anormais sem o medo de perseguição profissional. Conclui que um Departamento de RT tem que ter um nº de profissionais suficiente face ao nº de doentes e às modlidades de tratamento disponibilizadas. Um nº insuficiente conduz ao aumento de erros, bem como incorrecta distribuição de tarefas. 14 erros tiveram como causa directa a falta de formação e treino de profissionais. 56 tiveram como causas, a falta de estabelecimento de procedimentos, protocolos e documentação conducentes à existência de uma prática de segurança adequada. Neide Maria Campos
« Accidental exposure of Radiotherapy Patients in Bia ł y INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY, Vienna 2004 PART I. THE ACCIDENTAL OVEREXPOSURE «On 27 February 2001, a radiological accident occurred in the Białystok Oncology Centre (BOC) in Poland that affected five patients who were undergoing radiotherapy. The patients were given significantly higher doses than intended and, as a result, developed radiation induced injuries. The accident resulted from a transitory loss of electrical power that caused an automatic shutdown of the Polish built linear accelerator, an accelerator of the NEPTUN 10P® type. The power cut occurred during the radiation treatment of a patient. Following the restoration of electrical power, the machine was restarted after its controls had been checked. The treatments were resumed and the patient receiving radiotherapy at the time of the power cut and four additional patients were treated. Two patients experienced itching and burning sensations during their irradiation. This prompted the staff to halt the treatment. Subsequent dosimetry measurements revealed that the machine’s output was significantly higher than expected. Further checks revealed that the dose monitoring system of the accelerator was not functioning properly, and that one of the electronic components of the safety interlock system was damaged. Subsequently,  all five  patients developed local radiation injuries of varying severity. The International Basic Safety Standards for Protection against Ionizing Radiation and for the Safety of Radiation Sources establish the requirements for protection and safety, including those for the protection of patients. Recommendations on how to comply with these requirements have been published.» The report produced by this mission team stated that it was not possible to determine precisely the doses given to the affected patients and  emphasized that the doses to the individual patients ought not to have exceeded 25 Gy» I Neide Maria Campos
FIG. 15. Patient 2 on 1 December 2001: Depigmented area (14 cm × 10 cm) exhibiting poor epithelialization, marked exudation and multiple punctate areas of bleeding without obvious areas of necrosis or infection. FIG. 13. Patient 1 in December 2001: Ulcerated lesion (3.5 cm × 1.5 cm) along the axis o f  the surgical scar. FIG. 14. Patient 2 on 4 June 2001: Moist desquamation area measuring 5 cm × 10 cm in the centre of a 10 cm × 14 cm depigmented field in the zone of the mastectomy. Neide Maria Campos FIG. 23. Patient 4 in May 2002: Local injury before reparative surgery.
INVESTIGATION OF NA ACCIDENTAL EXPOSURE OF RADIOTHERAPY PATIENTS IN PANAMA Report of a Team of Experts, 26 May–1 June 2001  IAEA Instituto Oncológico Nacional (ION) no Panamá. 28 doentes afectados entre Agosto de 2000 e Março de 2001. Zona pélvica (próstata e colo), 50 – 100% de incremento sobre a dose prescrita. Morbilidade e mortalidade aumentadas significativamente (8 mortes). No caso deste acidente a «divisão de profissionais por dois hospitais e a presença limitada de alguns deles» pode ter  para um certo grau de dispersão no cuidado individual a cada paciente. O nº de doentes tratados por dia na unidade de tratamento, alguns já a horas avançadas também piorou a situação. A pressão resultante da carga de trabalho pode resultar num decréscimo da segurança e qualidade, se não forem criadas barreiras e procedimentos  seguros. A dosimetria in-vivo deve ser promovida de acordo com as possibilidades de cada Serviço, mas para isso a preparação do respectivo programa exige a disponibilização de meios técnicos e humanos. Neide Maria Campos
FIG. 22. Endoscopy of patient No. 22 showing ulcerations and destruction of mucosa  (arrows). FIG. 25. Endoscopy of the colon of the same patient (No. 3) showing haemorrhage two days  before death. «By the time of the mission eight patients had already died. At least five of the deaths were probably radiation related. One death was assumed to be cancer related and in two cases there was not enough information to decide the cause of death. All 20 surviving patients were examined by the medical team. Most of the injuries of these patients were related to the bowel, with a number of patients suffering persistent bloody diarrhoea, necrosis, ulceration and anaemia. About three quarters of them are expected to develop serious complications, which in some cases may ultimately prove fatal.» Neide Maria Campos
INVESTIGATION OF NA ACCIDENTAL EXPOSURE OF RADIOTHERAPY PATIENTS IN PANAMA Neide Maria Campos ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Module 2.6: Miscalibration of beam (Costa Rica)  IAEA . Error in calculation •  Overdosage •  115 patients affected •  Person in charge of dosimetry not appropriately Qualified •  Failure to act on advice Neide Maria Campos
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Total absorbed dose (Gy) Equivalent treatment with 2 Gy/fraction (Gy) 52 Neide Maria Campos
•  Child affected by overdose to brain and spinal cord •  Loss of ability to speak and walk Neide Maria Campos
•  Young woman who became quadriplegic as a result of accidental overexposure to the spinal cord Neide Maria Campos
Neide Maria Campos ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Module 2.6: Miscalibration of beam Costa Rica
«Unintended overexposure of  patient Lisa Norris during radiotherapy treatment at the Beatson Oncology Center, Glasgow, in January 2006» Report of na investigation by the Inspector appointed by the Scotish Minister for The Ionising Radiation (Medical Exposure) Regulations 2000, 2006 Beatson Oncology Center (BOC) em Glasgow, Janeiro de 2006. O erro foi detectado quando a doente tinha já recebido 19 das 20 fracções. O excesso de dose ascendeu a 58%. O relatório sobre o acidente conclui que há evidência de uma inadequada provisão de profissionais para o estabelecimento e manutenção  de um sistema de gestão da qualidade relativa aos tratamentos em RT no BOC. Estabeleceu ainda uma relação entre o erro ocorrido e a carga de trabalho face aos níveis de provisão de profissionais (isto é, nº adequado de profissionais mas tarefas mal distribuídas). Neide Maria Campos
Segurança do Doente ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Neide Maria Campos
Segurança do Doente ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Neide Maria Campos
Índice ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Segurança do Doente
Segurança do Doente PARA QUÊ? «How safe are we in our Department? CULTURA DE SEGURANÇA E PREVENÇÃO  Neide Maria Campos
[object Object],[object Object],[object Object],Neide Maria Campos O  Indivíduo
Factores individuais de predisposição para o erro capacidade de memória limitada; fadiga; stress; doença; estados emocionais; factores culturais; factores linguísticos. Segurança do Doente Neide Maria Campos Se estiveres: P  reocupado… A  trasado… R  abugento… A  nsioso… PÁRA!
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Neide Maria Campos O Sistema
Segurança do Doente I Complexidade  ₌ aumento da probabilidade de alguma coisa correr mal!  ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Neide Maria Campos
Segurança do Doente I Neide Maria Campos A Cultura ,[object Object],[object Object],[object Object]
A Segurança do Doente como contri Segurança do Doente Modelo do “queijo suíço” ( Reason, 2000) http://faalessons.workforceconnect.org/l1/tool/did Neide Maria Campos Garantia de Qualidade (GQ) Identificação de buracos no  Sistema  A Organização
Segurança do Doente Prevenção dos erros clínicos  « The belief that one day it may be possible for the bad experience suffered by a patient in one part of the world to be a source of transmitted learning that benefits future patients in many countries is a powerful element of the vision behind the WHO World Alliance for Patient Safety.» ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Segurança do Doente ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Neide Maria Campos
Segurança do Doente . Neide Maria Campos ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Segurança do Doente Conceitos básicos O QUE É UM ACIDENTE EM RADIOTERAPIA? Neide Maria Campos
Segurança do Doente Introdução aos Conceitos Fundamentais Grav  i dade Evento sentinela Evento adverso I ncidente Near miss Neide Maria Campos Pirâmide de Heinrich A pirâmide de Heinrich revela que por cada  incidente fatal, existem cerca de 30 incidentes minor e cerca de 300 near misses. Probabilidade
Segurança do Doente Neide Maria Campos INCIDENTES ACIDENTES A Escala ASN / SFRO ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Nível 0 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 Nível 6 Nível 7 Sem efeito Efeitos suaves Efeitos  moderados Efeitos severos Efeitos  Sérios (potencial ris- co  de vida) Morte Acidente  sério Acidente Major
Acidentes declarados em França desde 2005 Neide Maria Campos DATA Nº PACIENTES ASN / SFRO score 2003 1 4 2004 1 5 2004 1 4 Maio 2004-Maio 2005 24 6 2001 - 2006 397 3 1987 - 2000 312 n.d. Abril  2006 – Abril 2007 145 n.d.
Segurança do Doente Neide Maria Campos «Incidents not resulting in harm (near misses)», IAEA, de 1976 a 2007 Incidents  (near misses) 4616 ,[object Object],9% ,[object Object],38% ,[object Object],18% ,[object Object],35%
Segurança do Doente Garantia de Qualidade em RT (WHO, 1988) - O conjunto de procedimentos que asseguram consistência à prescrição médica e o cumprimento seguro dessa prescrição no que respeita tanto à dose no volume-alvo como à poupança dos tecidos normais, para além da exposição mínima do pessoal e o adequado seguimento do doente por forma a determinar o resultado final do tratamento. Neide Maria Campos
Positioning &immobilization Simulation & imaging Commissioning
Segurança do Doente ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Neide Maria Campos
Índice ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Segurança do Doente
Segurança do Doente COMO? Reporte de Incidentes CULTURA DE SEGURANÇA E PREVENÇÃO Neide Maria Campos
Segurança do Doente ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Neide Maria Campos
Segurança do Doente A prestação de cuidados de saúde é complexa; Assumir que os erros são inevitáveis; Identificar as circunstâncias mais predispostas ao erro; Um erro é o acto final numa cadeia de eventos que se tivessem sido identificados a tempo, podia ter-se evitado o resultado final trágico; Compreender a cadeia do erro; Dizer  não  a uma cultura de culpa; Valorizar a importância da comunicação e do trabalho em equipa; Identificar a necessidade de discutir abertamente as ocorrências e aprender com elas Neide Maria Campos A Cultura
Segurança do Doente ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Neide Maria Campos
«Process Tree» Compreender o processo é o primeiro passo Segurança do Doente Neide Maria Campos Diagnóstico e Estudo clínico Decisão terapêutica Imobilização e posicionamento Delineamento de estruturas Planeamento  dosimétrico Aprovação  do plano Transferência do  Plano R& V Entrada doente Na base de dados RT Agendamento Aquisição de imagens Transf. imagens Verif. – dia 1 Tratamento – dia 1 Verif. – dia n Tratamento dia  n
Segurança do Doente Eventos de partida Exposição acidental Eventos de partida Exposição acidental Interpondo um nível de segurança, muitos eventos não conduzirão a expo- sições acidentais Um só nível não é suficiente para  evitar o acidente Neide Maria Campos
Segurança do Doente Eventos de partida Exposição acidental ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Neide Maria Campos
Neide Maria Campos ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Segurança do Doente Neide Maria Campos ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Segurança do Doente ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Neide Maria Campos
Segurança do Doente ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Segurança do Doente ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Segurança do Doente PSA – Probability Safety Assessment (exemplo:) Contribuição do erro humano para a frequência de acidentes envolvendo vários doentes (88,4%) Omissão do commissioning de uma actualização do TPS ou alteração da sua utilização 45,5% Omissão ou erro no CQ mensal do TPS 32% Omissão na avaliação dos efeitos adversos de um doente 3,9% Omissão de verificação independente por outro físico 2,7% Omissão de observação do doente durante o posicionamento/tratamento 2,4 % Erro relacionado com execução de imagem portal 1,9%
Segurança do Doente ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Gestão do risco? Neide Maria Campos
Segurança do Doente Objectivo das  guidelines : Facilitar o desenvolvimento ou melhoria  de sistemas de notificação Sistemas de notificação ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Neide Maria Campos
Segurança do Doente Metodologia 1-Elaboração, discussão e aprovação da folha de registo interno de incidentes Nota: desenvolvimento de garantia de confidencialidade dos registos 2-Reunião Geral de Departamento para apresentação do projecto e apresentação das folhas de registo 3-Análise mensal dos registos e feedback  trimestral aos colaboradores, na forma de relatório, com sugestões de medidas a implementar, a analisar em Reunião de Serviço. Neide Maria Campos
Segurança do Doente Métodos para uma Segurança do Doente mais efectiva  Envolvimento dos profissionais desde o início do processo Feedback a todos os profissionais e doentes envolvidos num incidente Ênfase num sistema não burocrático Implementação de uma “learning organisation” Publicitação de acções e resultados Avaliação quantitativa contínua das políticas de segurança do doente Linhas de financiamento a nível nacional Implementação do sistema de registo
Segurança do Doente

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Spectct - Apresentacao Geral
Spectct - Apresentacao GeralSpectct - Apresentacao Geral
Spectct - Apresentacao Geralcaduanselmi
 
20 radioterapia estereotáctica corpórea no câncer de pulmão
20   radioterapia estereotáctica corpórea no câncer de pulmão20   radioterapia estereotáctica corpórea no câncer de pulmão
20 radioterapia estereotáctica corpórea no câncer de pulmãoONCOcare
 
Condutas cirúrgicas para tornar a metastase hepatica colorretal ressecavel
Condutas cirúrgicas para tornar a metastase hepatica colorretal ressecavelCondutas cirúrgicas para tornar a metastase hepatica colorretal ressecavel
Condutas cirúrgicas para tornar a metastase hepatica colorretal ressecavelCirurgia Online
 
Medicina Nuclear Aula Inicial Graduacao
Medicina Nuclear   Aula Inicial   GraduacaoMedicina Nuclear   Aula Inicial   Graduacao
Medicina Nuclear Aula Inicial Graduacaocaduanselmi
 
Função renal após nefrectomia
Função renal após nefrectomiaFunção renal após nefrectomia
Função renal após nefrectomiaUrovideo.org
 
Equipe multidisciplinar - cuidados pre e pós-operatórios
Equipe multidisciplinar - cuidados pre e pós-operatóriosEquipe multidisciplinar - cuidados pre e pós-operatórios
Equipe multidisciplinar - cuidados pre e pós-operatóriosDr Jônatas Catunda
 
Resumo risco cirurgico e pré anestesico
Resumo risco cirurgico e pré anestesicoResumo risco cirurgico e pré anestesico
Resumo risco cirurgico e pré anestesicoTalita Marques
 
Braquiterapia permanente (ldr) em tumor da próstata
Braquiterapia permanente (ldr) em tumor da próstataBraquiterapia permanente (ldr) em tumor da próstata
Braquiterapia permanente (ldr) em tumor da próstataLucas Radicchi
 
Câncer de de mama - Abordagem da axila
Câncer de de mama - Abordagem da axilaCâncer de de mama - Abordagem da axila
Câncer de de mama - Abordagem da axilaIdalecio de Oliveira
 
TORS e TLM em Cirurgia de cabeça e pescoço
TORS e TLM em Cirurgia de cabeça e pescoçoTORS e TLM em Cirurgia de cabeça e pescoço
TORS e TLM em Cirurgia de cabeça e pescoçoDr Jônatas Catunda
 
Influência da Hipóxia Tumoral no Tratamento do Cancro
Influência da Hipóxia Tumoral no Tratamento do CancroInfluência da Hipóxia Tumoral no Tratamento do Cancro
Influência da Hipóxia Tumoral no Tratamento do CancroRui P Rodrigues
 
NEFRECTOMIA PARCIAL SEMPRE QUE POSSÍVE
NEFRECTOMIA PARCIAL SEMPRE QUE POSSÍVENEFRECTOMIA PARCIAL SEMPRE QUE POSSÍVE
NEFRECTOMIA PARCIAL SEMPRE QUE POSSÍVEUrovideo.org
 
Anestesia e Cirurgia Seguras
Anestesia e Cirurgia SegurasAnestesia e Cirurgia Seguras
Anestesia e Cirurgia SegurasAnestesiador
 

Mais procurados (20)

Spectct - Apresentacao Geral
Spectct - Apresentacao GeralSpectct - Apresentacao Geral
Spectct - Apresentacao Geral
 
Cirurgia em ec iv
Cirurgia em ec ivCirurgia em ec iv
Cirurgia em ec iv
 
20 radioterapia estereotáctica corpórea no câncer de pulmão
20   radioterapia estereotáctica corpórea no câncer de pulmão20   radioterapia estereotáctica corpórea no câncer de pulmão
20 radioterapia estereotáctica corpórea no câncer de pulmão
 
Condutas cirúrgicas para tornar a metastase hepatica colorretal ressecavel
Condutas cirúrgicas para tornar a metastase hepatica colorretal ressecavelCondutas cirúrgicas para tornar a metastase hepatica colorretal ressecavel
Condutas cirúrgicas para tornar a metastase hepatica colorretal ressecavel
 
Medicina nuclear em oncologia
Medicina nuclear em oncologiaMedicina nuclear em oncologia
Medicina nuclear em oncologia
 
Medicina Nuclear Aula Inicial Graduacao
Medicina Nuclear   Aula Inicial   GraduacaoMedicina Nuclear   Aula Inicial   Graduacao
Medicina Nuclear Aula Inicial Graduacao
 
Função renal após nefrectomia
Função renal após nefrectomiaFunção renal após nefrectomia
Função renal após nefrectomia
 
Equipe multidisciplinar - cuidados pre e pós-operatórios
Equipe multidisciplinar - cuidados pre e pós-operatóriosEquipe multidisciplinar - cuidados pre e pós-operatórios
Equipe multidisciplinar - cuidados pre e pós-operatórios
 
Aula 4 câncer de mama
Aula 4   câncer de mamaAula 4   câncer de mama
Aula 4 câncer de mama
 
Resumo risco cirurgico e pré anestesico
Resumo risco cirurgico e pré anestesicoResumo risco cirurgico e pré anestesico
Resumo risco cirurgico e pré anestesico
 
Braquiterapia permanente (ldr) em tumor da próstata
Braquiterapia permanente (ldr) em tumor da próstataBraquiterapia permanente (ldr) em tumor da próstata
Braquiterapia permanente (ldr) em tumor da próstata
 
Aula 4 - câncer de mama
Aula 4 - câncer de mamaAula 4 - câncer de mama
Aula 4 - câncer de mama
 
Câncer de mama enfoque hormonal
Câncer de mama   enfoque hormonalCâncer de mama   enfoque hormonal
Câncer de mama enfoque hormonal
 
Tratamento do câncer de mama 2014
Tratamento do câncer de mama 2014Tratamento do câncer de mama 2014
Tratamento do câncer de mama 2014
 
Câncer de de mama - Abordagem da axila
Câncer de de mama - Abordagem da axilaCâncer de de mama - Abordagem da axila
Câncer de de mama - Abordagem da axila
 
TORS e TLM em Cirurgia de cabeça e pescoço
TORS e TLM em Cirurgia de cabeça e pescoçoTORS e TLM em Cirurgia de cabeça e pescoço
TORS e TLM em Cirurgia de cabeça e pescoço
 
Influência da Hipóxia Tumoral no Tratamento do Cancro
Influência da Hipóxia Tumoral no Tratamento do CancroInfluência da Hipóxia Tumoral no Tratamento do Cancro
Influência da Hipóxia Tumoral no Tratamento do Cancro
 
NEFRECTOMIA PARCIAL SEMPRE QUE POSSÍVE
NEFRECTOMIA PARCIAL SEMPRE QUE POSSÍVENEFRECTOMIA PARCIAL SEMPRE QUE POSSÍVE
NEFRECTOMIA PARCIAL SEMPRE QUE POSSÍVE
 
Câncer de mama em idosas (2)
Câncer de mama em idosas (2)Câncer de mama em idosas (2)
Câncer de mama em idosas (2)
 
Anestesia e Cirurgia Seguras
Anestesia e Cirurgia SegurasAnestesia e Cirurgia Seguras
Anestesia e Cirurgia Seguras
 

Semelhante a Q.A. Report E AvaliaçãO De Incidentes Em Radioterapia

Aula Cirurgias Seguras Salvam Vidas
Aula Cirurgias Seguras Salvam VidasAula Cirurgias Seguras Salvam Vidas
Aula Cirurgias Seguras Salvam VidasProqualis
 
Aula introducao à segurança do paciente
Aula introducao à segurança do pacienteAula introducao à segurança do paciente
Aula introducao à segurança do pacienteProqualis
 
Palavras chave radiologia-intervencionista_dosimet
Palavras chave radiologia-intervencionista_dosimetPalavras chave radiologia-intervencionista_dosimet
Palavras chave radiologia-intervencionista_dosimetPABLOPLINIOMOSQUEIRO
 
Aula de eventos adversos aspectos introdutorios
Aula de eventos adversos   aspectos introdutoriosAula de eventos adversos   aspectos introdutorios
Aula de eventos adversos aspectos introdutoriosProqualis
 
Segurança do paciente e gerencimento de risco (slide)
Segurança do paciente e gerencimento de risco (slide)Segurança do paciente e gerencimento de risco (slide)
Segurança do paciente e gerencimento de risco (slide)JONAS ARAUJO
 
Medir o dano
Medir o danoMedir o dano
Medir o danoProqualis
 
Segurança do paciente
Segurança do pacienteSegurança do paciente
Segurança do pacienteHIAGO SANTOS
 
Sistemas e Tecnologias de Informação na Saúde e Qualidade Assistencial nas UCI
Sistemas e Tecnologias de Informação na Saúde e Qualidade Assistencial nas UCISistemas e Tecnologias de Informação na Saúde e Qualidade Assistencial nas UCI
Sistemas e Tecnologias de Informação na Saúde e Qualidade Assistencial nas UCIAISTI
 
Protocolo de cirurgia segura
Protocolo de cirurgia seguraProtocolo de cirurgia segura
Protocolo de cirurgia seguraSocorro Carneiro
 
Implementação do Check List de Cirurgia Segura Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Implementação do Check List de Cirurgia Segura Hospital Alemão Oswaldo CruzImplementação do Check List de Cirurgia Segura Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Implementação do Check List de Cirurgia Segura Hospital Alemão Oswaldo CruzProqualis
 
Aula 3 programa de segurança do paciente - qualidade em saúde e indicadores...
Aula 3   programa de segurança do paciente - qualidade em saúde e indicadores...Aula 3   programa de segurança do paciente - qualidade em saúde e indicadores...
Aula 3 programa de segurança do paciente - qualidade em saúde e indicadores...Milena de Oliveira Matos Carvalho
 
Antibioterapia em Cirurgia.pptx
Antibioterapia em Cirurgia.pptxAntibioterapia em Cirurgia.pptx
Antibioterapia em Cirurgia.pptxhenry20000
 
Seguranca do Paciente - Medicamentos
Seguranca do Paciente - MedicamentosSeguranca do Paciente - Medicamentos
Seguranca do Paciente - MedicamentosEmmanuel Souza
 

Semelhante a Q.A. Report E AvaliaçãO De Incidentes Em Radioterapia (20)

Cirurgiasegura
CirurgiaseguraCirurgiasegura
Cirurgiasegura
 
Aula Cirurgias Seguras Salvam Vidas
Aula Cirurgias Seguras Salvam VidasAula Cirurgias Seguras Salvam Vidas
Aula Cirurgias Seguras Salvam Vidas
 
Aula introducao à segurança do paciente
Aula introducao à segurança do pacienteAula introducao à segurança do paciente
Aula introducao à segurança do paciente
 
Palavras chave radiologia-intervencionista_dosimet
Palavras chave radiologia-intervencionista_dosimetPalavras chave radiologia-intervencionista_dosimet
Palavras chave radiologia-intervencionista_dosimet
 
Aula de eventos adversos aspectos introdutorios
Aula de eventos adversos   aspectos introdutoriosAula de eventos adversos   aspectos introdutorios
Aula de eventos adversos aspectos introdutorios
 
Segurança do paciente e gerencimento de risco (slide)
Segurança do paciente e gerencimento de risco (slide)Segurança do paciente e gerencimento de risco (slide)
Segurança do paciente e gerencimento de risco (slide)
 
Medir o dano
Medir o danoMedir o dano
Medir o dano
 
segurança do paciente
segurança do paciente segurança do paciente
segurança do paciente
 
Segurança do paciente
Segurança do pacienteSegurança do paciente
Segurança do paciente
 
Segurança do Paciente.pptx
Segurança do Paciente.pptxSegurança do Paciente.pptx
Segurança do Paciente.pptx
 
PRM caso clinico.pdf
PRM caso clinico.pdfPRM caso clinico.pdf
PRM caso clinico.pdf
 
Sistemas e Tecnologias de Informação na Saúde e Qualidade Assistencial nas UCI
Sistemas e Tecnologias de Informação na Saúde e Qualidade Assistencial nas UCISistemas e Tecnologias de Informação na Saúde e Qualidade Assistencial nas UCI
Sistemas e Tecnologias de Informação na Saúde e Qualidade Assistencial nas UCI
 
Cirurgia segura
Cirurgia seguraCirurgia segura
Cirurgia segura
 
Protocolo cirurgia-segura
Protocolo cirurgia-seguraProtocolo cirurgia-segura
Protocolo cirurgia-segura
 
Protocolo de cirurgia segura
Protocolo de cirurgia seguraProtocolo de cirurgia segura
Protocolo de cirurgia segura
 
segurança do paciente
segurança do pacientesegurança do paciente
segurança do paciente
 
Implementação do Check List de Cirurgia Segura Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Implementação do Check List de Cirurgia Segura Hospital Alemão Oswaldo CruzImplementação do Check List de Cirurgia Segura Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Implementação do Check List de Cirurgia Segura Hospital Alemão Oswaldo Cruz
 
Aula 3 programa de segurança do paciente - qualidade em saúde e indicadores...
Aula 3   programa de segurança do paciente - qualidade em saúde e indicadores...Aula 3   programa de segurança do paciente - qualidade em saúde e indicadores...
Aula 3 programa de segurança do paciente - qualidade em saúde e indicadores...
 
Antibioterapia em Cirurgia.pptx
Antibioterapia em Cirurgia.pptxAntibioterapia em Cirurgia.pptx
Antibioterapia em Cirurgia.pptx
 
Seguranca do Paciente - Medicamentos
Seguranca do Paciente - MedicamentosSeguranca do Paciente - Medicamentos
Seguranca do Paciente - Medicamentos
 

Último

O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfNelmo Pinto
 
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxAULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxLeonardoSauro1
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxssuser4ba5b7
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgeryCarlos D A Bersot
 
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaCristianodaRosa5
 
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfPrurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfAlberto205764
 

Último (9)

O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
 
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxAULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
 
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfPrurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
 

Q.A. Report E AvaliaçãO De Incidentes Em Radioterapia

  • 1. A Importância do Reporte de Incidentes no contexto da Garantia de Qualidade em RT Neide Maria Campos [email_address]
  • 2.
  • 3.
  • 4. Austrália (Wilson et al, 1995) 18.000 mortes/ano por erros médicos Canadian Adverse Events Study (2004) 7% das admissões hospitalares ocorriam eventos adversos, e estimou que 9.000/24.000 Canadianos morrem/ano após um erro evitável (Roos Baker et al, 2004) Nova Zelândia , Dinamarca e países desenvolvidos em colaboração com WHO , 1 em 10 pessoas que recebam cuidados de saúde sofrerão de danos evitáveis Neide Maria Campos Australian Council for Safety and Quality in Health Care http://www.npsa.nhs.uk http://www.who.int/patientsafety/
  • 5.
  • 6. Segurança do Doente (vi) Desenvolver indicadores válidos (vii) Criar plataformas de cooperação internacional para partilha de experiências e de conhecimento (viii) Promover a investigação (ix) Produzir relatórios periódicos (x) Implementar as medidas em apêndice (xi) Traduzir este documento e desenvolver estratégias locais que permitam a sua implementação Neide Maria Campos (iv) Analisar outras fontes de informação como “queixas” dos doentes (v) Promover programas de formação para todos os profissionais
  • 7. Health care is a complex system Neide Maria Campos
  • 8. ANÁLISE DE REPORTS EM RADIOTERAPIA Neide Maria Campos
  • 9. «Lessons learned from accidental exposures in radiotherapy» Report Series nº 17, IAEA, 2000 Trata-se de um relatório sobre um conjunto de acidentes ou incidentes (92) em RTE (52), BT (32) e ainda MN (8), reportados às autoridades competentes. O método adoptado neste relatório é o do anonimato, com a intenção de estimular a divulgação de situações anormais sem o medo de perseguição profissional. Conclui que um Departamento de RT tem que ter um nº de profissionais suficiente face ao nº de doentes e às modlidades de tratamento disponibilizadas. Um nº insuficiente conduz ao aumento de erros, bem como incorrecta distribuição de tarefas. 14 erros tiveram como causa directa a falta de formação e treino de profissionais. 56 tiveram como causas, a falta de estabelecimento de procedimentos, protocolos e documentação conducentes à existência de uma prática de segurança adequada. Neide Maria Campos
  • 10. « Accidental exposure of Radiotherapy Patients in Bia ł y INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY, Vienna 2004 PART I. THE ACCIDENTAL OVEREXPOSURE «On 27 February 2001, a radiological accident occurred in the Białystok Oncology Centre (BOC) in Poland that affected five patients who were undergoing radiotherapy. The patients were given significantly higher doses than intended and, as a result, developed radiation induced injuries. The accident resulted from a transitory loss of electrical power that caused an automatic shutdown of the Polish built linear accelerator, an accelerator of the NEPTUN 10P® type. The power cut occurred during the radiation treatment of a patient. Following the restoration of electrical power, the machine was restarted after its controls had been checked. The treatments were resumed and the patient receiving radiotherapy at the time of the power cut and four additional patients were treated. Two patients experienced itching and burning sensations during their irradiation. This prompted the staff to halt the treatment. Subsequent dosimetry measurements revealed that the machine’s output was significantly higher than expected. Further checks revealed that the dose monitoring system of the accelerator was not functioning properly, and that one of the electronic components of the safety interlock system was damaged. Subsequently, all five patients developed local radiation injuries of varying severity. The International Basic Safety Standards for Protection against Ionizing Radiation and for the Safety of Radiation Sources establish the requirements for protection and safety, including those for the protection of patients. Recommendations on how to comply with these requirements have been published.» The report produced by this mission team stated that it was not possible to determine precisely the doses given to the affected patients and emphasized that the doses to the individual patients ought not to have exceeded 25 Gy» I Neide Maria Campos
  • 11. FIG. 15. Patient 2 on 1 December 2001: Depigmented area (14 cm × 10 cm) exhibiting poor epithelialization, marked exudation and multiple punctate areas of bleeding without obvious areas of necrosis or infection. FIG. 13. Patient 1 in December 2001: Ulcerated lesion (3.5 cm × 1.5 cm) along the axis o f the surgical scar. FIG. 14. Patient 2 on 4 June 2001: Moist desquamation area measuring 5 cm × 10 cm in the centre of a 10 cm × 14 cm depigmented field in the zone of the mastectomy. Neide Maria Campos FIG. 23. Patient 4 in May 2002: Local injury before reparative surgery.
  • 12. INVESTIGATION OF NA ACCIDENTAL EXPOSURE OF RADIOTHERAPY PATIENTS IN PANAMA Report of a Team of Experts, 26 May–1 June 2001 IAEA Instituto Oncológico Nacional (ION) no Panamá. 28 doentes afectados entre Agosto de 2000 e Março de 2001. Zona pélvica (próstata e colo), 50 – 100% de incremento sobre a dose prescrita. Morbilidade e mortalidade aumentadas significativamente (8 mortes). No caso deste acidente a «divisão de profissionais por dois hospitais e a presença limitada de alguns deles» pode ter para um certo grau de dispersão no cuidado individual a cada paciente. O nº de doentes tratados por dia na unidade de tratamento, alguns já a horas avançadas também piorou a situação. A pressão resultante da carga de trabalho pode resultar num decréscimo da segurança e qualidade, se não forem criadas barreiras e procedimentos seguros. A dosimetria in-vivo deve ser promovida de acordo com as possibilidades de cada Serviço, mas para isso a preparação do respectivo programa exige a disponibilização de meios técnicos e humanos. Neide Maria Campos
  • 13. FIG. 22. Endoscopy of patient No. 22 showing ulcerations and destruction of mucosa (arrows). FIG. 25. Endoscopy of the colon of the same patient (No. 3) showing haemorrhage two days before death. «By the time of the mission eight patients had already died. At least five of the deaths were probably radiation related. One death was assumed to be cancer related and in two cases there was not enough information to decide the cause of death. All 20 surviving patients were examined by the medical team. Most of the injuries of these patients were related to the bowel, with a number of patients suffering persistent bloody diarrhoea, necrosis, ulceration and anaemia. About three quarters of them are expected to develop serious complications, which in some cases may ultimately prove fatal.» Neide Maria Campos
  • 14.
  • 15. Module 2.6: Miscalibration of beam (Costa Rica) IAEA . Error in calculation • Overdosage • 115 patients affected • Person in charge of dosimetry not appropriately Qualified • Failure to act on advice Neide Maria Campos
  • 16.
  • 17. • Child affected by overdose to brain and spinal cord • Loss of ability to speak and walk Neide Maria Campos
  • 18. • Young woman who became quadriplegic as a result of accidental overexposure to the spinal cord Neide Maria Campos
  • 19.
  • 20. «Unintended overexposure of patient Lisa Norris during radiotherapy treatment at the Beatson Oncology Center, Glasgow, in January 2006» Report of na investigation by the Inspector appointed by the Scotish Minister for The Ionising Radiation (Medical Exposure) Regulations 2000, 2006 Beatson Oncology Center (BOC) em Glasgow, Janeiro de 2006. O erro foi detectado quando a doente tinha já recebido 19 das 20 fracções. O excesso de dose ascendeu a 58%. O relatório sobre o acidente conclui que há evidência de uma inadequada provisão de profissionais para o estabelecimento e manutenção de um sistema de gestão da qualidade relativa aos tratamentos em RT no BOC. Estabeleceu ainda uma relação entre o erro ocorrido e a carga de trabalho face aos níveis de provisão de profissionais (isto é, nº adequado de profissionais mas tarefas mal distribuídas). Neide Maria Campos
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24. Segurança do Doente PARA QUÊ? «How safe are we in our Department? CULTURA DE SEGURANÇA E PREVENÇÃO Neide Maria Campos
  • 25.
  • 26. Factores individuais de predisposição para o erro capacidade de memória limitada; fadiga; stress; doença; estados emocionais; factores culturais; factores linguísticos. Segurança do Doente Neide Maria Campos Se estiveres: P reocupado… A trasado… R abugento… A nsioso… PÁRA!
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30. A Segurança do Doente como contri Segurança do Doente Modelo do “queijo suíço” ( Reason, 2000) http://faalessons.workforceconnect.org/l1/tool/did Neide Maria Campos Garantia de Qualidade (GQ) Identificação de buracos no Sistema A Organização
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35. Segurança do Doente Introdução aos Conceitos Fundamentais Grav i dade Evento sentinela Evento adverso I ncidente Near miss Neide Maria Campos Pirâmide de Heinrich A pirâmide de Heinrich revela que por cada incidente fatal, existem cerca de 30 incidentes minor e cerca de 300 near misses. Probabilidade
  • 36.
  • 37. Acidentes declarados em França desde 2005 Neide Maria Campos DATA Nº PACIENTES ASN / SFRO score 2003 1 4 2004 1 5 2004 1 4 Maio 2004-Maio 2005 24 6 2001 - 2006 397 3 1987 - 2000 312 n.d. Abril 2006 – Abril 2007 145 n.d.
  • 38.
  • 39. Segurança do Doente Garantia de Qualidade em RT (WHO, 1988) - O conjunto de procedimentos que asseguram consistência à prescrição médica e o cumprimento seguro dessa prescrição no que respeita tanto à dose no volume-alvo como à poupança dos tecidos normais, para além da exposição mínima do pessoal e o adequado seguimento do doente por forma a determinar o resultado final do tratamento. Neide Maria Campos
  • 40. Positioning &immobilization Simulation & imaging Commissioning
  • 41.
  • 42.
  • 43. Segurança do Doente COMO? Reporte de Incidentes CULTURA DE SEGURANÇA E PREVENÇÃO Neide Maria Campos
  • 44.
  • 45. Segurança do Doente A prestação de cuidados de saúde é complexa; Assumir que os erros são inevitáveis; Identificar as circunstâncias mais predispostas ao erro; Um erro é o acto final numa cadeia de eventos que se tivessem sido identificados a tempo, podia ter-se evitado o resultado final trágico; Compreender a cadeia do erro; Dizer não a uma cultura de culpa; Valorizar a importância da comunicação e do trabalho em equipa; Identificar a necessidade de discutir abertamente as ocorrências e aprender com elas Neide Maria Campos A Cultura
  • 46.
  • 47. «Process Tree» Compreender o processo é o primeiro passo Segurança do Doente Neide Maria Campos Diagnóstico e Estudo clínico Decisão terapêutica Imobilização e posicionamento Delineamento de estruturas Planeamento dosimétrico Aprovação do plano Transferência do Plano R& V Entrada doente Na base de dados RT Agendamento Aquisição de imagens Transf. imagens Verif. – dia 1 Tratamento – dia 1 Verif. – dia n Tratamento dia n
  • 48. Segurança do Doente Eventos de partida Exposição acidental Eventos de partida Exposição acidental Interpondo um nível de segurança, muitos eventos não conduzirão a expo- sições acidentais Um só nível não é suficiente para evitar o acidente Neide Maria Campos
  • 49.
  • 50.
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 55. Segurança do Doente PSA – Probability Safety Assessment (exemplo:) Contribuição do erro humano para a frequência de acidentes envolvendo vários doentes (88,4%) Omissão do commissioning de uma actualização do TPS ou alteração da sua utilização 45,5% Omissão ou erro no CQ mensal do TPS 32% Omissão na avaliação dos efeitos adversos de um doente 3,9% Omissão de verificação independente por outro físico 2,7% Omissão de observação do doente durante o posicionamento/tratamento 2,4 % Erro relacionado com execução de imagem portal 1,9%
  • 56.
  • 57.
  • 58. Segurança do Doente Metodologia 1-Elaboração, discussão e aprovação da folha de registo interno de incidentes Nota: desenvolvimento de garantia de confidencialidade dos registos 2-Reunião Geral de Departamento para apresentação do projecto e apresentação das folhas de registo 3-Análise mensal dos registos e feedback trimestral aos colaboradores, na forma de relatório, com sugestões de medidas a implementar, a analisar em Reunião de Serviço. Neide Maria Campos
  • 59. Segurança do Doente Métodos para uma Segurança do Doente mais efectiva Envolvimento dos profissionais desde o início do processo Feedback a todos os profissionais e doentes envolvidos num incidente Ênfase num sistema não burocrático Implementação de uma “learning organisation” Publicitação de acções e resultados Avaliação quantitativa contínua das políticas de segurança do doente Linhas de financiamento a nível nacional Implementação do sistema de registo

Notas do Editor

  1. Porquê em Radioterapia?
  2. A dose prescrita era de 2 – 2,5 Gy /fracção com electrões de 8 Mev. Após o corte de energia a taxa de dose encontrava-se bastante mais elevada, para electrões de 8 Mev. As medidas individuais para cada campo de tratamento apresentavam variações que podiam ir até aos 10%.
  3. Taxa de dose utilizada para cálculo, inferior à taxa de dose real - 1.22Gy/mn para 2.02Gy/mn, após a mudança da fonte radioactiva. Os tempos de tratamento estavam aumentados em relação ao que se pretendia.
  4. Será que no nosso Departamento temos as melhores práticas? Ou podemos melhorar o que fazemos? Estarmos dispostos a fazê-lo?
  5. A consciencialização do ambiente em que trabalhamos e sobretudo de que não somos infalíveis, é importante na percepção correcta dos riscos que corremos.
  6. Como podemos melhorar a cultura departamental e torná-la mais segura? De facto a Certficação dá-nos garantia de que o que fazemos é seguro/correcto em termos de segurança para o doente e para os profissionais?