O documento descreve a história antiga de várias civilizações africanas, incluindo o Egito Antigo, Cartago e os impérios dos Bantos e Soninkés. O Egito foi uma das primeiras civilizações a se desenvolver na África há cerca de 5.000 anos e teve vários períodos dinásticos e de dominação estrangeira. Cartago foi fundada por colonizadores fenícios e se tornou uma potência marítima que entrou em conflito com Roma. Os Bantos e Soninkés formaram grandes reinos e
2. A história da África é conhecida no Ocidente por escritos que datam
da Antiguidade Clássica. No entanto, vários povos deixaram testemunhos
ainda mais antigos das suas civilizações. O Egito foi provavelmente o
primeiro estado a constituir-se na África, há cerca de 5000 anos, mas muitos
outros reinos ou cidades-estados se foram sucedendo neste continente, ao
longo dos séculos.
EGITO ANTIGO
As enchentes periódicas do Nilo fertilizavam as terras ao longo do
vale e também causava inundações, o que obrigou seus habitantes a
represar e distribuir as águas. Esse trabalho intenso e organizado levou à
criação de uma civilização. Inicialmente, dividia-se em Alto Egito (vales) e
Baixo Egito (deltas).
RELIGIÃO DO ANTIGO EGITO
De religião politeísta, os egípcios adoravam deuses antopormófica
(sob a forma humana) e antropozoomórfica (corpo humano com a cabeça de
um animal). O deus mais importante era Rá , mas o mais popular era Osíris.
Acreditando que os mortos podiam voltar à vida, desenvolveram a
mumificação.
3. PERÍODO PRÉ-DINÁSTICO
De 4.000-3.200 a.C. foram construídas as pirâmides de Queóps,
Quéfren e Miquerinos. Essas obras custaram tanto esforço e sacrifício que a
população rebelou-se. A nobreza de Tebas restabeleceu a autoridade do
faraó e teve início ao Médio Império (2100-1750 a.C.). Foi uma época de
prosperidade, mas as revoltas internas facilitaram a vitória dos hicsos, que
dominaram o Egito por 150 anos. A expulsão dos hicsos deu início ao Novo
Império (1580-525 a.C.), marcado por uma política guerreira e expansionista.
Nesse período ocorreu a ocupação dos persas.
4. CARTAGO
Cidade da costa da África do Norte, numa península próxima da
qual se encontra hoje a cidade de Túnis, na Tunisia. Foi fundada por
colonizadores fenícios de Tiro. Cartago tornou-se, dentro de pouco tempo, a
capital de uma república marítima muito poderosa, que substituiu Tiro no
Ocidente, criou colônias na Sicília, na Sardenha, na Espanha, enviou
navegadores ao Atlântico Norte e entre os séculos V e III a.C. envolveu-se
em freqüentes hostilidades com a Grécia e a Sicília. Foi nesta última que
Cartago teve seu primeiro choque com Roma, e as três Guerras Púnicas
acabaram com a destruição da cidade em 146 a.C.
A antiga capital púnica é hoje um bairro de Túnis e uma estação
arqueológica e turística importante, tendo sido classificado patrimônio
mundial pela UNESCO em 1979.
5. O POVO BÉRBERE
Os bérberes eram povos nômades do deserto do Saara. Este povo
enfrentava as tempestades de areia e a falta de água, para atravessar com
suas caravanas este território, fazendo comércio. Costumavam comercializar
diversos produtos, tais como: objetos de ouro e cobre, sal, artesanato,
temperos, vidro, plumas, pedras preciosas etc.
Costumavam obter água nos oásis. Utilizavam o camelo como
principal meio de transporte, graças à resistência deste animal e de sua
adaptação ao meio desértico. Durante as viagens, os bérberes levavam e
traziam informações e aspectos culturais. Logo, eles foram de extrema
importância para a troca cultural que ocorreu no norte do continente.
6. OS BANTOS
Este povo habitava o noroeste do continente, onde atualmente são os
países Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões. Ao contrário dos bérberes, os
bantos eram agricultores. Viviam também da caça e da pesca.
Conheciam a metalurgia, fato que deu grande vantagem a este povo
na conquista de povos vizinhos. Chegaram a formar um grande reino (reino do
Congo) que dominava grande parte do noroeste do continente.
Viviam em aldeias que era comandada por um chefe. O rei banto
cobrava impostos em forma de mercadorias e alimentos de todas as tribos que
formavam seu reino.
O rei gastava parte do que arrecadava com os impostos para manter
um exército particular, que garantia sua proteção, e funcionários reais. Os
habitantes do reino acreditavam que o rei possuía poderes sagrados e que
influenciavam nas colheitas, guerras e saúde do povo.
7. OS SONINKÉS E O IMPÉRIO DE GANA
Os soninkés habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este
povo estava organizado em tribos que constituíam um grande império. Viviam
da criação de animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região com
grandes reservas de ouro. Extraíam o ouro para trocar por outros produtos com
os povos do deserto (bérberes). A região de Gana tornou-se com o tempo,
uma área de intenso comércio.
Os habitantes do império deviam pagar impostos para a nobreza. Um
exército poderoso fazia a proteção das terras e do comércio que era praticado
na região. Além de pagar impostos, as aldeias deviam contribuir com soldados
e lavradores, que trabalhavam nas terras da nobreza.