7. MyBrainMagazine • 7
Com os palheiros típicos que dão cor à vila, mesmo à beira da ria de Aveiro.
COSTA NOVA
Com os palheiros típicos que dão cor à vila, mesmo à
beira da ria de Aveiro.
visão
“É preciso provocar sistematicamente confusão. Isso
promove a criatividade. Tudo aquilo que é
contraditório gera vida.” Salvador Dalí
8. 8 • MyBrainMagazine
A TEORIA DAS CORES
Era uma vez um pintor que tinha um aquário com um peixe vermelho. Vivia o peixe tranquilamente acompanhado pela sua
cor vermelha até que principiou a tornar-se negro a partir de dentro, um nó preto atrás da cor encarnada. O nó
desenvolvia-se alastrando e tomando conta de todo o peixe. Por fora do aquário o pintor assistia surpreendido ao
aparecimento do novo peixe.
O problema do artista era que, obrigado a interromper o quadro onde estava a chegar o vermelho do peixe, não sabia que
fazer da cor preta que ele agora lhe ensinava. Os elementos do problema constituíam-se na observação dos fatos e
punham-se por esta ordem: peixe, vermelho, pintor — sendo o vermelho o nexo entre o peixe e o quadro através do pintor.
O preto formava a insídia do real e abria um abismo na primitiva fidelidade do pintor.
Ao meditar sobre as razões da mudança exatamente quando assentava na sua fidelidade, o pintor supôs que o peixe,
efetuando um número de prestidigitação, mostrava que existia apenas uma lei abrangendo tanto o mundo das coisas como
o da imaginação. Era a lei da metamorfose.
Compreendida esta espécie de fidelidade, o artista pintou na sua tela um peixe amarelo.
Herberto Helder, Retrato em Movimento
meditação
“Meditação traz sabedoria; a falta de meditação deixa
a ignorância. Escolha o caminho que o guia à
sabedoria.” Buda
9. MyBrainMagazine • 9
“O mundo é um imenso livro do qual aqueles
que nunca saem de casa leem apenas uma
página.” Agostinho de Hipona
roteiro de viagem
ALPES (9 DIAS)
1 VOO - Milão
Ida para o hotel e jantar no restaurante Trattoria del Nuovo Macello.
QUALYS HOTEL RASCO
2 Milão
Começar o dia às 10:00 com a visita ao exterior e à praça interior do Castelo Sforzesco.
Às 10:15 partida para a igreja de Santa Maria delle Grazie, com chegada às 10:30, para
visita do quadro de Da Vinci, a Última Ceia. Às 10:45, partida para a igreja di San
Maurizio, com chegada às 11:00. Sua visita e às 11:20 continuação até à Piazza del Duomo,
com chegada às 11:30. Visita ao Duomo, ao batistério e ao telhado e às 12:15, continuação
para as galerias Vittorio Emanuelle II. Às 12:45, continuação para o teatro alla Scala, e sua
visita até às 13:30. Almoço pela zona e até à hora do jantar passeio pelo Quadrilatero
della Moda, pelas Via della Spiga, Via Sant’Andrea, Via Monte Napoleone e Via Pisoni. Às
20:30 continuação até ao restaurante Latteria di San Marco, com chegada às 20:45.
3 Milão - Lugano - Santa Caterina Del Sasso Ballaro - Locarno - Bellinzona - Castello di
Montebello - Locarno - Lugano - Cadenabbia - Bellagio
Às 8:20, apanhar o comboio na estação central de Milão para Lugano. Chegada às 09:32.
Ir a pé até Via San Gottardo 13 para alugar o carro com chegada por volta das 09:45.
Partida por volta das 10:15 para a ermida de Santa Caterina del Sasso Ballaro, com
chegada às 11:30. Às 12:30, continuação pela costa do Lago Maggiore, vendo Locarno até
chegar a Bellinzona, às 14:00, onde se almoça. Visita ao castelo di Montebello, em
Bellinzona, Suíça, às 15:30. Às 16:00, partida para Bellagio, passando por Lugano, e
partida no ferry às 17:40 desde o porto de Cadenabbia, com chegada às 17:50 a Bellagio
e às 18:00 aos jardins da Villa Melzi. Sua visita e às 18:30 continuação para o hotel. Jantar
pela zona.
BORGO LE TERRAZZE
4 Bellagio - Villa Carlotta - Villa Del Balbianello - Varenna - Villa Monastero - Sirmione -
Verona
Às 9:40 parte-se de Bellagio no Battello Naveta in Centro Lago da Villa Melzi para a Villa
Carlotta, onde se chega às 9:56. Às 10:56 partida para Lenno, Villa del Balbianello com
chegada às 11:09 e sua visita até às 12:00 e às 12:10 partida para Bellagio no barco, com
chegada às 12:40. Visita ao interior do hotel Villa Serbelloni e às 13:20 partida no ferry
que nos leva até Varenna, tendo vistas para a Villa Serbelloni e para a povoação de
Varenna. Chegada à vila às 13:40. Almoço e às 14:30 visita aos jardins da Villa Monastero.
Às 15:20 partida para Sirmione, com chegada às 16:40 ao castelo Scaligero e visita às
17:00 à povoação romana Grotte di Catullo. Partida às 17:45 para Verona, com chegada
às 18:40 ao hotel. Às 19:15, visita à Arena romana por fora e partida para aos Giardino
Giusti com chegada às 19:35. Às 20:00 partida para o Duomo di Verona com chegada às
20:20. Continuação para a catedral de Sant’Anastasia, com chegada às 20:25 e
continuação até a Scaliger Tombs, às 20:28. Às 20:30 chegada à Piazza Erbe e às 20:35
chegada à casa de Julieta. Às 20:40 chegada à Piazza Erbe para jantar.
LOCCANDA IPPOPOTAMO
5 Verona - Seceda (ir de teleférico) - Lippenhof (Funes) - Innsbruck - Leutasch
Às 9:00 saída do hotel de Verona para Ortisei, passando pelo castelo e ponte de
Castelvecchio (Verona) (15 minutos) com chegada às 11:15. Apanhar o teleférico Ortisei -
Furnes - Seceda até às montanhas e regresso no mesmo. Almoço em Ortisei e às 14:30
continuação para o vale de Funes, para Lippenhof, com chegada às 15:10. Passeio pelo
campo e às 15:30 continuação para Innsbruck, com chegada às 17:00. Visita ao exterior
da igreja Hofkirche e ao telhado dourado Goldenes Dahl. Às 18:00, partida para Leutasch,
para o hotel, com chegada às 18:45. Jantar às 20:00 no restaurante Dorfstadl.
BIO-LANDPENSION MONIKA
6 Leutasch - Garmisch - Reißersee - Neuschwanstein - Munique
Após pequeno almoço, partida às 9:30 para Garmisch com chegada à vila às 10:15.
Continuação para o lago Reißersee a 5 km da povoação com chegada às 10:25. Partida
para o castelo de Neuschwanstein (passando pela montanha Zugspitze) com chegada às
11:45. Visita ao castelo até às 13:30 e almoço no seu restaurante. Passeio a pé até à
Marienbrücke para ter uma vista para o castelo, com chegada às 14:30 (10 minutos a
partir do castelo). Às 15:00 continuação para Munique, com chegada às 16:30 a Munich
Residenz, um palácio com teatro e tesouros bávaros. Ir para o hotel de carro às 18:00
(visto a Munich Residenz fechar às 18:00). Voltar à visita da cidade às 18:30 e visitar a
catedral Frauenkirche, Marienplatz (com a câmara municipal Neues Rathaus) e jantar na
mais famosa cervejaria de Munique, Hofbräuhaus am Platzl.
NEW ORLY
7 Munique - Pfahlbauten museum - Stein am Rhein - Rhine falls - Zurique
7 Munique - Pfahlbauten museum - Stein am
Rhein - Rhine falls - Zurique
Sair do hotel e às 9:00 tomar o pequeno almoço
no Viktualienmarkt, mercado gourmet ao ar
livre. Continuar até ao museu de palafitas
Pfahlbauten, no lago Constança, com chegada
às 12:00. Sua visita e às 12:45 partida para Stein
am Rhein, com chegada às 14:00. Almoço e
visita à vila. Às 16:00 partida para às cascatas
do Reno, Rheinfalls, com chegada às 16:30. Às
17:00 partida para Zurique, com chegada às
17:45. Visita da cidade às 18:15, à catedral
Grossmunster e continuação para a rua de lojas
Bahnhofstrasse, nomeadamente para o Sprungli
Café, com chocolates e macarons, na
Paradeplatz. Jantar pela zona.
RAMADA HOTEL ZÜRICH-CITY
8 11/08 Zurique - Lucerna - Aare gorge -
Interlaken - Lauterbrunnen - Schloss Oberhofen
- Berna
Às 9:15 saída para Lucerna, com chegada às
10:00. Visita à ponte Kapellbrücke, à ponte
Spreuersbrücke e à igreja St. Leodegar. Almoçar
no hotel des Balances e, às 14:30, partida para o
desfiladeiro Aare Gorge, com chegada às 15:50.
Às 16:30, partida para Lauterbrunnen, com
chegada às 17:10. Às 17:30 partida para o
Schloss Oberhofen, passando por Interlaken,
com chegada às 18:15. Vista do castelo pelo cais
da vila e às 18:30 partida para Berna, com
chegada às 19:00. Às 19:30 visita da cidade
começando pelo parque Barengraben.
Continuação para a vista sobre Berna da rua
Aargauerstalden, depois pela catedral
Bernermunster, com chegada às 20:00.
Continuação para o Zytglogge, com chegada às
20:05 e depois para a Bundesplatz, com
chegada às 20:10.
NOVOTEL BERN EXPO
9 Berna - Gruyères - Chillon - Lausanne -
Genebra - VOO
Às 9:00 partida para Gruyères, com chegada às
10:00. Visita ao castelo e às 10:30 visita a La
Maison du Gruyère, a fábrica do queijo Gruyère.
Partida para o castelo de Chillon às 11:15 e
chegada às 12:00. Visita ao castelo por fora e às
12:20 partida para Lausanne, com chegada às
13:00. Visita ao exterior da catedral gótica e às
13:20 partida para Genebra, com chegada às
14:00 ao Palácio das Nações, passando em
frente de carro. Às 14:15, chegada ao
restaurante Café de Paris (Chez Boubier).
Continuação às 15:30 para o Jet d’Eau e às 15:45
chegada à catedral de Genebra. Continuação de
carro até à junção das águas dos rios Ródano e
Arve, com chegada às 16:00. Às 16:20 chegada
ao aeroporto de Genebra.
10. 10 • MyBrainMagazine
GEOGRAFIA
Suíça, o país dos Alpes, encanta com as suas
paisagens montanhosas e com as suas
povoações tão pitorescas. O país divide-se em
três regiões geográficas (de noroeste para
sudeste): as montanhas do Jura, o planalto
central e os Alpes. As montanhas do Jura
ocupam 12% da área total. É uma zona
escassamente florestada mas coberta de
pradarias. O planalto central ocupa um quarto
do território e é uma zona rica em agricultura;
é também aqui que se concentram as cidades e
as restantes atividades económicas. Os Alpes
são compostos por soberbas rochas
escarpadas, picos nevados e por vastos vales
profundos e estreitos com as encostas
escarpadas. O monte Rosa, perto da fronteira
com Itália, é o ponto mais alto da Suíça; tem
4634 metros de altitude. Os 50 picos alpinos
têm em média 3660 metros de altitude. A
região alpina central, em redor de S. Gotardo, é
onde se localizam os maiores lençóis de água
da Europa e é também onde nascem os dois
maiores rios do país: o Reno e o Ródano.
Stein am Rhein, cantão de Schaffhausen
A região foi habitada por povos a quem os
Romanos chamaram helvéticos ou transalpinos
gauleses. Passou a fazer parte do Império
Romano depois da conquista de Júlio César. Foi
ocupada por tribos germânicas até ao século
VI. Um século depois, os missionários cristãos
começaram a converter os helvéticos. Em 1291,
os cantões de Schwyz, Uri e Unterwalden
formaram uma Liga Permanente para
defenderem as suas liberdades frente aos
suseranos de Habsburgo. Mais cidades e
distritos se juntaram à Liga e, em 1513, eram já
treze cantões.
A
10 • MyBrainMagazine
do território e é uma zona rica em agricultura; é também aqui que
se concentram as cidades e as restantes atividades económicas. Os
Alpes são compostos por soberbas rochas escarpadas, picos
nevados e por vastos vales profundos e estreitos com as encostas
escarpadas. O monte Rosa, perto da fronteira com Itália, é o ponto
mais alto da Suíça; tem 4634 metros de altitude. Os 50 picos
alpinos têm em média 3660 metros de altitude. A região alpina
central, em redor de S. Gotardo, é onde se localizam os maiores
lençóis de água da Europa e é também onde nascem os dois maiores
rios do país: o Reno e o Ródano.
A região foi habitada por povos a quem os Romanos chamaram
helvéticos ou transalpinos gauleses. Passou a fazer parte do
Império Romano depois da conquista de Júlio César. Foi ocupada
por tribos germânicas até ao século VI. Um século depois, os
missionários cristãos começaram a converter os helvéticos. Em
1291, os cantões de Schwyz, Uri e Unterwalden formaram uma Liga
Permanente para defenderem as suas liberdades frente aos
suseranos de Habsburgo. Mais cidades e distritos se juntaram à Liga
e, em 1513, eram já treze cantões.
Durante o século XVI, a Suíça tornou-se o centro da Reforma
Protestante, e a confederação dividiu-se entre católicos e
protestantes. A Reforma foi aceite por Zurique, Berna e Basileia,
enquanto que os cantões rurais permaneceram católicos. A Suíça
foi-se libertando gradualmente do controlo dos Habsburgo até
atingir a completa independência reconhecida pelo Tratado de
Vestefália, em 1648, depois de 30 anos em guerra. A invasão
francesa de 1798 estabeleceu a República Helvética com um
governo centralizado. Esta forma de governo foi modificada pelo
Ato de Mediação de Napoleão, em 1803, que fez da Suíça uma
federação democrática. Com o fim das guerras napoleónicas, os
participantes no Congresso de Viena, em 1815, garantiram a
lago Lungern no cantão de
Obwald, carta federal de
1291, Suíça - vista satélite,
TAG Heuer - relógios de
pulso suíços, inauguração
em 1881 do túnel ferroviário
de São Gotardo, Antiga
Confederação Suíça de 1291
(verde escuro) ao século XVI
(verde claro) e seus
associados (em azul)
11. MyBrainMagazine • 11
GEOGRAFIA
Vestefália, em 1648, depois de 30 anos em guerra. A invasão
francesa de 1798 estabeleceu a República Helvética com um
governo centralizado. Esta forma de governo foi modificada pelo
Ato de Mediação de Napoleão, em 1803, que fez da Suíça uma
federação democrática. Com o fim das guerras napoleónicas, os
participantes no Congresso de Viena, em 1815, garantiram a
neutralidade à Suíça. Recebeu Genebra e outros territórios,
aumentando para 22 o número de cantões. Depois da guerra civil
entre a união dos cantões católicos contra os liberais, um novo
Estado federal foi formado em 1848 e estabelecida Berna como
capital. Anos depois, em 1874, a Constituição sofreu uma revisão
introduzindo o referendo; é desta data que provém a atual
constituição. Com a sua política de neutralidade, escapou ao
conflito franco-prussiano, entre 1870 e 1871.
Durante as duas guerras mundiais manteve-se neutral, embora na
última Grande Guerra o exército tenha sido mobilizado para
defender o seu território. Em 1920, a Liga das Nações formou aqui o
seu quartel-general. Em 1959, passou a fazer parte da Associação
Europeia para o Comércio Livre (EFTA). Em 1972, assinou um acordo
de comércio livre com a Europa comunitária. Um referendo em
1986 rejeitou a proposta de se tornar membro das Nações Unidas,
na crença de que, assim, subvertia a sua política de neutralidade.
A Suíça é uma república federal composta por 20 cantões e 6
meios-cantões. Na Assembleia Federal há duas câmaras: o Conselho
Nacional e o Conselho de Estado. Cada cantão tem os seus direitos,
mas o governo federal é responsável pela política nacional, pela
segurança interna e externa e pelo sistema monetário. Os
habitantes são, antes de mais, cidadãos do seu cantão. É o cantão
que emite autorização de residência. Todos os cidadãos suíços
cumprem serviço militar no ativo ou na reserva até aos 50 anos. De
acordo com a política de neutralidade, o exército serve somente
para preservar a independência. A Suíça tem uma antiga tradição
de país neutral assim como de sede de várias organizações
internacionais e local de conferências para a paz. Através de uma
política caseira de coligações e de estabilidade, a Suíça é um dos
países mais ricos per capita do globo. Em 2002, um referendo
valida a adesão do país às Nações Unidas, tornando-se assim o 190.º
membro da ONU.
mapa com os cantões e línguas da Suíça,
relógios de cuco, , fondue de queijo, macarons
na confeitaria Sprüngli em Zurique, macaron e
chocolate quente na confeitaria Sprüngli em
Zurique, chocolateria em Gruyères no cantão
de Friburgo, vacas em Lauterbrunnen no
cantão de Berna, queijo Gruyère na fábrica La
Maison du Gruyère, em Gruyères, cantão de
Friburgo
12. 12 • MyBrainMagazine
GEOGRAFIA
Zurique (x2), bandeiras da Suíça e dos seus cantões em Zurique
(x2), confeitaria Sprüngli em Zurique, Grossmunster em Zurique,
igreja de St. Leodegar em Lucerna, edifício em Lucerna,
Kapellbrücke (x2).
Os dois pratos suíços mais conhecidos são: o fondue, originalmente à base de
queijo aquecido sobre uma lamparina e consiste basicamente numa mistura de
queijos (normalmente dos queijos Gruyère e Emmental) fundidos com vinho,
que vai à mesa acompanhada de pedaços de pão, batatas e cenouras. Esses
acompanhamentos devem ser mergulhados no fondue com um garfo comprido
para ficarem cobertos com o queijo fundido. Além da fondue de queijo,
existem algumas outras variações, como a fondue de chocolate e carne; e a
raclette, prato à base de queijo aquecido e raspado sobre os pratos. O
chocolate e o queijo são os produtos alimentares mais conhecidos da Suíça. Os
relógios e a indústria farmacêutica são as indústrias suíças mais famosas.
A fauna e flora da Suíça é alpina. Os animais suíços mais conhecidos são as
cabras, íbex e o cão S. Bernardo.
Berna, capital e quarta cidade maior da Suíça, terá sido fundada em 1191 pelo
duque de Zähringen, Bertoldo II e, numa lenda local, este teria prometido
batizar a cidade com o nome do primeiro animal que caçasse – após matar um
urso (Bär) na península de Aare, a cidade passou então a chamar-se Bärn.
Outros, porém, menos crentes em lendas, defendem que o nome é um
topónimo de origem celta. Em 1405, Berna sofreu um incêndio de grandes
proporções, tendo sido imediatamente reconstruída pelos seus habitantes. Nos
séculos XV e XVI foi considerada a cidade mais importante a norte dos Alpes e,
em 1848, tornou-se, pela nova constituição federal, a capital helvética. Possui
uma catedral, Bernermunster, cuja construção demorou centenas de anos a ser
concluída - iniciou-se no século XV e a última etapa, a torre, só foi terminada
no século XIX. Destacam-se também outros edifícios de interesse como a Torre
do Relógio - Zytglogge - de traça medieval, um dos monumentos mais
importantes da cidade, a igreja mais antiga da cidade, datada de 1270 e
conhecida por Igreja Francesa, e o Palácio Federal, Bundeshaus.
A terceira cidade maior é Basileia. Os monumentos principais são a catedral
gótica (séc. XIV), a Universidade (séc. XV) e o Palácio Municipal, com frescos
do século XVI, são os principais monumentos da cidade. O cantão de Basileia
passou a fazer parte da Confederação Helvética em 1501. Perto de Basileia
estão as ruínas da cidade romana de Augusta Raurica.
Genebra é a segunda maior cidade e situa-se na extremidade sudoeste do lago
Léman. Fundada pelos Romanos, Genebra passou a ducado em 1416 sob o
domínio da Casa de Sabóia, dali despojada em 1536, tornando-se então o
principal centro do calvinismo. Foi tomada pela França revolucionária em 1798,
mas juntou-se à Confederação Suíça em 1815, após a queda de Napoleão. Foi
sede da Sociedade das Nações e ainda é a sede da Cruz Vermelha e de várias
organizações internacionais, como as Nações Unidas. Possui uma universidade
fundada por Calvino (1509-1564), a Catedral de S. Pedro, a junção dos rios
Ródano e Arve, o Jet d'Eau (o maior jato de água do mundo), o Palácio das
Nações e o Horloge Fleurie. Esta cidade tem como principais indústrias a
relojoaria, a mecânica de precisão e os produtos químicos. é nesta cidade que
está o CERN, com o LHC e o Grande Colisor de Hadrões.
Zurique é a maior cidade da Suíça. À beira do lago Zurique, tem como
principais atrações as igrejas Grossmünster, Fraumünster e S. Pedro, o museu
nacional suíço, a confeitaria Sprüngli e a Bahnhofstrasse.
Lucerna, situada nas margens do rio Reuss e banhada pelo Lago dos Quatro
Cantões, é uma das cidades mais famosas da Suíça e é conhecida pela igreja de
St. Leodegar e pelas pontes de madeira: Spreuersbrücke e nomeadamente a
Kapellbrücke, de 1365, com a torre da água Wasserturm. Perto dela está o
Monte Pilatus, donde se tem uma bela vista sob o lago.
Outras cidades e povoações turísticas famosas são Lausanne (com a catedral
gótica mais antiga), Bellinzona (com três castelos medievais), Lugano (à beira
do lago com o seu nome), Chur (cidade mais antiga da Suíça), St. Moritz (com
uma famosa estância de esqui), Vevey (onde viveu e morreu Charlot), Zugo
(com a torre Zyt), Interlaken (entre dois lagos), Thun (à beira do lago com o
seu nome, tem perto o castelo de Oberhofen, medieval do século XIII, com uma
torre no lago, localizado nas margens do lago Thun), Neuchâtel (com o castelo
e a igreja colegiada, à beira do lago com o nome da cidade), Biel (a terra dos
relógios), Friburgo (cidade bilíngue onde se fala francês e alemão), Baden
(com águas termais), Aarau (nas margens do rio Aare), Murten (com um lago e
uma torre de relógio), Lauterbrunnen e Grindelwald (com os vales mais
bonitos da Suíça e a primeira com a catarata Staubbach, segunda mais alta da
Suíça), Sion (com o Castelo Ruin e a Fortaleza Valeria), Briga (com o palácio
Stockalper e perto do glaciar de Aletsch - o maior da Europa -, e do Jungfrau),
Locarno (à beira do lago Maggiore), Zermatt (sem automóveis, está muito
perto do famoso pico piramidal Matterhorn, com 4478 m), Schaffhausen (com
a fortaleza de Munot e as Quedas do Reno, Rheinfall, com 23 metros de altura,
formadas na última glaciação), Affoltern im Emmental (onde se produz o
queijo Emmental), St Gallen (O Convento de St Gallen, um exemplo perfeito de
um grande mosteiro carolíngio, foi, desde o século XVIII à sua secularização,
13. MyBrainMagazine • 13
GEOGRAFIA
vista sobre o centro de Berna, Berna, Palácio
Federal (Bundesplatz, Berna), Zytglogge (Berna),
L'Horloge Fleurie (Genebra), Genebra, Catedral
de Saint-Pierre (Genebra) , Jet d’Eau (Genebra).
relógios), Friburgo (cidade bilíngue onde se fala francês
e alemão), Baden (com águas termais), Aarau (nas
margens do rio Aare), Murten (com um lago e uma torre
de relógio), Lauterbrunnen e Grindelwald (com os vales
mais bonitos da Suíça e a primeira com a catarata
Staubbach, segunda mais alta da Suíça), Sion (com o
Castelo Ruin e a Fortaleza Valeria), Briga (com o palácio
Stockalper e perto do glaciar de Aletsch - o maior da
Europa -, e do Jungfrau), Locarno (à beira do lago
Maggiore), Zermatt (sem automóveis, está muito perto
do famoso pico piramidal Matterhorn, com 4478 m),
Schaffhausen (com a fortaleza de Munot e as Quedas do
Reno, Rheinfall, com 23 metros de altura, formadas na
última glaciação), Affoltern im Emmental (onde se
produz o queijo Emmental), St Gallen (O Convento de St
Gallen, um exemplo perfeito de um grande mosteiro
carolíngio, foi, desde o século XVIII à sua secularização,
em 1805, um dos mais importantes da Europa. A sua
biblioteca é uma das mais ricas e mais antiga do mundo
e contém manuscritos preciosos, como o plano
arquitetónico mais antigo conhecido desenhado em
pergaminho. A partir de 1755-1768, a área conventual foi
reconstruída em estilo barroco. A catedral e a biblioteca
são as principais características deste complexo
arquitetónico notável, refletindo 12 séculos de atividade
contínua.), Stein am Rhein (com casas em enxaimel, é
uma povoação medieval à beira do rio Reno), Gruyères
(terra do queijo Gruyère, com a fábrica La Maison du
Gruyère, tem um castelo do século XIII), Meiringen (com
o desfiladeiro do rio Aare, Aareschlucht, com 1400
metros de comprimento e 200 metros de profundidade,
originado devido a uma formação rochosa entre
Meiringen e Innertkirchet chamada de "Kirchet"
composta por calcário. Esta formação foi criada no
período Cretáceo, à aproximadamente 130 a 160 milhões
de anos, com sedimentos oceânicos do mar de Tétis que
endureceram no calcário ao longo dos anos. Quando os
Alpes foram formados, há 15 milhões de anos atrás, estes
depósitos de sedimentos juntaram-se aos estratos
sedimentares das montanhas, mas a rocha na área do
Kirchet é autóctone, o que significa que esta mal se
moveu. Como resultado, o calcário aqui é muito sólido e
resistente à água e ao gelo. Os glaciares da idade do
gelo, que começaram há aproximadamente 1 a 2 milhões
de anos atrás, foram capazes de corroer as falésias do
Kirchet. Nos primeiros períodos quentes, como os
glaciares recuaram, a água corroeu um desfiladeiro
através dos penhascos. No período frio que se seguiu, o
glaciar mais uma vez cobriu o Kirchet que encheu o
desfiladeiro com uma morena. Durante o período de
aquecimento seguinte, a água do degelo não lavou e
morena, mas fez um novo desfiladeiro entre as falésias e
muitos desfiladeiros foram criados durante as eras
glaciais.), Montreux (com o famoso Castelo de Chillon,
um dos castelos mais famosos da Suíça, situa-se numa
das margens do Lago Léman, tendo sido construído sob
um rochedo, um ponto de proteção natural e
estratégico para controlar a passagem entre o sul e o
norte da Europa. O castelo foi construído por volta de
1150. Foi sucessivamente ocupado pela Casa de Sabóia e
depois pelos bernenses, de 1536 a 1798. No passado,
personalidades como Goethe e Hemingway visitaram o
castelo na Suíça, enquanto outras, como Rousseau,
Victor Hugo e Lord Byron, o enalteceram. O mais famoso
dos seus prisioneiros foi Fançois Bonivard, um monge e
político de Genebra, que incitou o povo a revoltar-se
contra a Casa de Sabóia e ficou preso por quatro anos. A
sua história inspirou o poeta Lord Byron a escrever "O
prisioneiro de Chillon", de 1816. As partes mais visitadas
do local são a famosa prisão de Bonivard, que fica no
subsolo e, como as outras salas subterrâneas, lembra as
catedrais góticas do século XIII, a Camera Domini, uma
sala extraordinária pintada com símbolos medievais, a
capela, uma belíssima construção religiosa com pinturas
do século XIV, as quatro principais salas com janelas
voltadas para o Lago Léman, entre outros.),...
14. 14 • MyBrainMagazine
GEOGRAFIA
Lauterbrunnen (x2), Jungfrau, Castelo de Chillon
(x2), rio Aare depois do seu desfiladeiro, Lago
Lucerna no cantão de Nidwald, vista sobre Giswil
e lago Sarnen, cantão de Obwald.
gelo, que começaram há aproximadamente 1 a 2 milhões
de anos atrás, foram capazes de corroer as falésias do
Kirchet. Nos primeiros períodos quentes, como os
glaciares recuaram, a água corroeu um desfiladeiro
através dos penhascos. No período frio que se seguiu, o
glaciar mais uma vez cobriu o Kirchet que encheu o
desfiladeiro com uma morena. Durante o período de
aquecimento seguinte, a água do degelo não lavou e
morena, mas fez um novo desfiladeiro entre as falésias e
muitos desfiladeiros foram criados durante as eras
glaciais.), Montreux (com o famoso Castelo de Chillon,
um dos castelos mais famosos da Suíça, situa-se numa
das margens do Lago Léman, tendo sido construído sob
um rochedo, um ponto de proteção natural e
estratégico para controlar a passagem entre o sul e o
norte da Europa. O castelo foi construído por volta de
1150. Foi sucessivamente ocupado pela Casa de Sabóia e
depois pelos bernenses, de 1536 a 1798. No passado,
personalidades como Goethe e Hemingway visitaram o
castelo na Suíça, enquanto outras, como Rousseau,
Victor Hugo e Lord Byron, o enalteceram. O mais famoso
dos seus prisioneiros foi Fançois Bonivard, um monge e
político de Genebra, que incitou o povo a revoltar-se
contra a Casa de Sabóia e ficou preso por quatro anos. A
sua história inspirou o poeta Lord Byron a escrever "O
prisioneiro de Chillon", de 1816. As partes mais visitadas
do local são a famosa prisão de Bonivard, que fica no
subsolo e, como as outras salas subterrâneas, lembra as
catedrais góticas do século XIII, a Camera Domini, uma
sala extraordinária pintada com símbolos medievais, a
capela, uma belíssima construção religiosa com pinturas
do século XIV, as quatro principais salas com janelas
voltadas para o Lago Léman, entre outros.),...
15. MyBrainMagazine • 15
GEOGRAFIA
Stein am Rhein (cantão de Sschaffhausen) x5, desfiladeiro do rio Aare (cantão de
Berna) x4, Gruyères (cantão de Friburgo – igreja e castelo) x5.
16. 16 • MyBrainMagazine
GEOGRAFIA
Verona, banhada pelo rio Ádige, famosa por Romeu e Julieta de Shakespeare.
Desde o século III a.C. que Verona é uma cidade. A história de Verona começa
em tempos antigos, quando povos indo-europeus, os Euganei e Reti (e
provavelmente também os etruscos) estabelecera-se na zona onde o rio fica
mais lento e acaricia as colinas, formando um lugar ideal para o nascimento da
cidade. O primeiro contacto significativo com o mundo romano acontece em
216 a.C., quando a cidade estava aliada com Roma na batalha de Cannes. Desde
então, a história da cidade está entrelaçada com a de Roma, tornou-se uma
cidade romana no primeiro século a.C.. Durante este tempo Verona foi
chamada de "Pequena Roma" pela a beleza dos seus monumentos e sua
importância política. O teatro romano e a famosa Arena de Verona, de
mármore rosa, construída no século I d.C, são exemplos da arquitetura romana
em Verona. Uma vez caído o Império Romano, a história da cidade começa a
ser confundida com a lenda. O rei ostrogodo Teodorico escolheu Verona como
residência da sua corte e construiu o palácio real entre as colinas.
Posteriormente, com o rei Albónio, Verona tornou-se a primeira capital dos
lombardos, na Itália. E quando Desidério, o último rei da Lombardia, foi
derrotado por Carlos Magno, e o filho deste, Pipino, escolhe Verona para fixar
residência. Durante a Idade Média, Verona foi um município livre, e depois
viveu o seu período de máximo esplendor, com a chegada dos Scaligeri. A
cidade é transformada e embelezada com edifícios importantes, e a corte
torna-se um importante centro de produção artística e cultural, atraindo
artistas e poetas como Giotto, Altichiero, Dante e Petrarca. Segundo a
tradição, é neste momento que a história de Romeu e Julieta, que será, então,
imortalizada na peça de Shakespeare, ocorre. No Renascimento, a cidade
tornou-se parte da República de Veneza, partilhando a sua glória na arte e na
vida social. As grandes famílias da nobreza e a nova burguesia mercantil
enriqueceram a cidade com jardins, edifícios, moradias e igrejas, promovendo
assim o desenvolvimento económico, social e artístico. Com a queda da
República de Veneza e com a chegada de Napoleão, Verona e o seu território
tornaram-se pontos estratégicos no panorama internacional e palco de
inúmeras batalhas. Durante a primeira metade do século XIX, Verona torna-se
um forte militar do Império Austríaco e em 1866 tornou-se uma cidade
italiana.
Os pontos de interesse de Verona, além da Arena, são a Piazza delle Erbe
(praça com a torre dei Lamberti, do século XII), a Catedral de Sant'Anastasia
(catedral gótica do século XIII), o Duomo de Verona (catedral do século XII
com a fachada dos séculos XVI e XVII), o castelo Castelvecchio (construído em
1350 por Cangrande II), a casa de Julieta (Esta casa é atribuída à ficcional
Julieta por causa da semelhança entre o nome da sua família, Capuleti, e o da
família à qual esta casa pertenceu na vida real, Dal Capello. Em 1905, a cidade
de Verona comprou este edifício de estilo gótico, do século XIV e acrescentou
a varanda em 1930, ao estilo do século XIV), os Giardini Giusti (jardins
renascentistas e Arche Scaligere (tumbas dos Scaligere).
A região de Trentino Alto-Ádige, onde se encontram as Dolomites, é uma zona
bilíngue, onde falam italiano e, quanto mais a norte, mais alemão. A subzona
do Alto-Ádige pertence à região histórica do Tirol, frequente chamada de
Tirol Meridional. As Dolomites pertencem à Cordilheira dos Alpes e têm uns
dos vales alpinos mais bonitos, como o Val di Funes,... até a Cortina
d'Ampezzo, famosa estância de esqui, ou ao Passo del Stelvio, estrada íngreme
famosa pelos motoqueiros.
A capital desta região é a cidade de Trento, famosa pelo Concílio de Trento,
convocado pelo papa Paulo III, em 1542, reação da Igreja Católica à Reforma
Protestante, iniciada por Martinho Lutero na primeira metade do século XVI.
As atrações de Trento são o castelo de Buonconsiglio (do século XIV,
construído para fins defensivos e moradia dos príncipes bispos), a Piazza del
Duomo (com a Fontana di Nettuno, o Palazzo Pretorio e a Torre Civica) e o
Duomo (Catedral de São Vigílio), onde se deu o Concílio de Trento.
praça da arena de Verona, arco em Verona, arena de Verona,
rua em Verona, Torre dei Lamberti, Piazza delle Erbe, Verona,
Piazza delle Erbe, Verona.
17. MyBrainMagazine • 17
GEOGRAFIA
Val di Funes, Santa Magdalena — Trentino Alto-Ádige; Arche Scaligere, Verona; Catedral de Sant'Anastasia, Verona; Duomo de Verona; ponte
e castelo de Castelvecchio; Casa da Julieta, Verona; Piazza delle Erbe, Verona; Chiesa di Santa Maria Maggiore, Trento; rua em Trento;
Duomo de Trento (x2); Piazza Duomo, Trento - Palazzo Pretorio e Torre Civica
18. 18 • MyBrainMagazine
GEOGRAFIA
O Tirol austríaco, um dos estados federais da
Áustria, com capital em Innsbruck, nunca pode
ser falado sem se mencionar na zona histórica
do Tirol, que também engloba Itália.
Innsbruck é uma cidade colorida e é à beira do
rio Inn, rio a que deve o seu nome ("Ponte do
Inn"). A torre do relógio Stadtturm e o telhado
dourado Goldenes Dachl (construído em 1500,
decorado com 2738 telhas de cobre dourado
para o imperador Maximiliano I para marcar o
seu casamento com Bianca Maria Sforza. O
imperador e a sua esposa utilizavam a varanda
para observar festivais, torneios e outros
acontecimentos que tiveram lugar na praça
abaixo.) são os monumentos mais importantes
da cidade.
O Zugspitze, com 2962 m, é o ponto mais alto
da Alemanha, mas também tem uma parte na
Áustria, visto ser a fronteira das duas nações.
A região situa-se na área da Áustria, habitada
pelos récios, a partir do século I a.C.. Mas a
história do Tirol tem início na Idade Média, com
o Principado Episcopal de Trento, cuja extensão
original compreendia, além do atual Trentino,
também grande parte do atual Tirol Meridional,
e foi durante a Idade Média e Moderna um
estado autónomo dentro do Sacro Império
Romano-Germânico. As relações do principado
de Trento com os condes do Tirol oscilaram
entre a dependência político-militar até a queda
do principado sob o domínio napoleónico e sua
total administração pela Habsburgo.
Em 1252, Alberto III do Tirol obteve do bispo de
Trento os feudos da extinta casa dos condes de
Apiano, depois de ter obtido os feudos de
Bressanone. Os principados de Trento e
Bressanone uniam-se administrativamente ao
Condado do Tirol, mas não foram submetidos a
este, pois os bispos eram príncipes do Sacro
Império e, como tais, eleitores do imperador e a
este submetidos. No século XIII, pela política
matrimonial da época, a primeira dinastia dos
condes de Tirol foi substituída pela dinastia
Tirol-Gorizia, da qual o maior expoente foi
Mainhard II, verdadeiro fundador da "potência
tirolesa". Neste período, o Tirol estendeu sua
influência sobre uma vasta área alpina, nos
confins de territórios das atuais Áustria, Suíça e
Itália. Em 1363, Margarida Maultasch, sobrinha
de Mainardo II, então viúva e sem herdeiros,
cedeu o título e o controle do território a
Rodolfo IV de Habsburgo.
Durante a segunda metade de 1500, com
Leopoldo V da Áustria, nasceu a dinastia dos
Habsburgo-Tirol que durou até 1665. O
Imperador austríaco Maximiliano de Habsburgo
foi coroado na Catedral de Trento (Duomo di
Trento) e, em 1511 promulgou o famoso
Landlibell, que organizou a proteção territorial
tirolesa através de atiradores selecionados
entre a nobreza, burguesia e camponeses - os
Schützen, organização que se mantém viva e
ativa até os dias atuais em todas as regiões do
Tirol histórico.
Do fim do século XIV até 1918, com exceção do
período napoleónico, a região tornou-se um dos
principais domínios da Casa de Habsburgo, os
quais passaram a administrar em 1815 os
ativa até os dias atuais em todas as regiões do
Tirol histórico.
Do fim do século XIV até 1918, com exceção do
período napoleónico, a região tornou-se um dos
principais domínios da Casa de Habsburgo, os
quais passaram a administrar em 1815 os
territórios do Principado Episcopal de Trento
(secularizado em 1801, por Napoleão Bonaparte)
entre os confins administrativos do Condado do
Tirol, tornado parte do Império Austríaco.
No fim da 1.ª Guerra Mundial, as tropas do
Império Austro-Húngaro foram derrotadas na
batalha de Vittorio Veneto em 29 de outubro de
1918. Apesar do subsequente armistício firmado
em 3 de novembro (que passaria a valer a partir
do dia seguinte), o comando austríaco recuou
imediatamente, o que permitiu que as tropas
italianas capturassem 356 mil soldados
austríacos (Kaiserjäger) e ocupassem o Tirol,
incluída a parte setentrional (Tirol Meridional)
formada pelas regiões Südtirol e Trentino
(Welschtirol). Os territórios do Condado de
Tirol ao sul da vertente alpina foram anexados
ao Reino de Itália e assim o Condado de Tirol
termina, com a ocupação italiana em 1918.
O Tratado de Saint-Germain-en-Laye
estabeleceu que a parte meridional do Tirol
seria cedida ao Reino de Itália, o que incluía não
apenas a região italianófona do Tirol, chamada
então Trentino, mas também a parte
germanófona hoje administrativamente
conhecida como Alto Ádige (Südtirol) - à época
apenas 3% da população era de língua italiana.
A região do Trentino, o Tirol italiano, também
adquiriu autonomia, para que as tradições
tirolesas da área fossem protegidas.
Em 1919, com o Tratado de Saint-Germain-en-
Laye, da conferência de Paris, que marcou o fim
do Império Austro-Húngaro, o Condado de Tirol
foi dividido entre Áustria e Itália, nas seguintes
áreas:
- Tirol Setentrional (Nordtirol) com capital
Innsbruck.
- Tirol Oriental (Osttirol) com capital Lienz;
Tirol Setentrional e Oriental são atualmente
unidos no estado federal austríaco (Bundesland)
do Tirol.
- Tirol Meridional (região denominada entre as
duas guerras mundiais Veneza Tridentina
segundo o nome proposto em 1863 pelo
linguista goriziano Graziadio Isaia Ascoli, depois
denominada Trentino-Alto Ádige),
compreendendo os atuais Alto Ádige/Südtirol e
Trentino, com capitais Trento (Trient) e Bolzano
(Bozen) respectivamente capitais do Trentino e
do Alto Ádige-Südtirol, formalizado com o
estatuto de autonomia de 1972.
Stadtturm (Innsbruck), Goldenes Dachl
(Innsbruck), Innsbruck, mapa do Tirol, casa
típica em Leutasch, paisagem campestre
alpina perto de Leutasch (x2), Lermoos,
Zugspitze, menina vestida de tirolesa no
restaurante típico Dorfstadl, Leutasch,
comida típica no mesmo restaurante
19. MyBrainMagazine • 19
GEOGRAFIA
A segunda maior cidade de França, Marselha, está situada
na famosa Côte d'Azur, é a capital da Provença, e tem um
dos maiores portos do Mediterrâneo, sendo também a
cidade mais cosmopolita do país.A cidade de Marselha
propriamente dita foi fundada em 600 a.C. pelos gregos de
Foceia, na península de Anatólia, como um porto comercial
sob o nome de Μασσαλία (Massália). O desenvolvimento
posterior de Massália, que atingiria um significativo
número de habitantes e a categoria de pólis (cidade-
estado), a transformou num porto grego de referência na
Europa Ocidental. Entretanto, aliou-se, por proteção, à
República Romana em suas disputas com etruscos, celtas e
cartagineses. Esta aliança fez a colónia grega prosperar
graças a sua posição como ponte de comércio entre Roma
e os povos do interior da Gália, facilitando o intercâmbio
de bens manufaturados, escravos e, particularmente, de
vinho, cuja elaboração e cultivo em Marselha remonta ao
século IV a.C., como demonstram a escavações na colina de
Saint-Charles, com a descoberta de substratos de
viticultura, os mais antigos descobertos na França.Em 49
a.C., como consequência de seu apoio ao partido de
Pompeu em sua disputa com Júlio César, foi anexada a
Roma por este último após vencer e capturar a sua frota,
adotando o nome latino de Massília. A administração
romana manteve a fundação construída pelos gregos,
como atestam os achados arqueológicos, que mostram
também trabalhos de ampliação e obras de infraestrutura
inovadoras dos romanos, como o esgoto, do qual Marselha
foi a primeira vila na Gália a ser equipada.
Após o colapso do Império Romano na Europa Ocidental,
no século V, a cidade passou a ser governada pelos
visigodos, que a cederam aos ostrogodos após a Batalha de
Vouillé em 507, para evitar que caísse nas mãos dos
francos, que, entretanto, acabaram ocupando-a. No início
do século VIII, a destruição do Reino Visigótico pelo
Califado Omíada e a instauração de seu poder na Península
Ibérica, iniciou um período de disputa pelo controle da
Europa Ocidental com o Império Carolíngio, o que afetou o
desenvolvimento de Marselha e as demais vilas francas da
costa mediterrânea, principalmente na primeira metade do
século IX, com o assédio das rotas comerciais pela
pirataria. Marselha foi atacada e saqueada duas vezes
naquele período por tropas muçulmanas enviadas de Al-
Andalus, em 838 e 846. A decadência económica
manifestou-se durante todo o século X, e Marselha não
pode manter seus privilégios municipais, porém foi-se
recuperando uma vez integrada as possessões dos condes
da Provença. Em 1262, a cidade se rebelou sob Bonifácio VI
de Castellana e Hugues des Baux, primo de Barral des Baux,
contra o governo dos angevinos, porém foi derrotada por
Carlos I da Sicília e Nápoles. Em 1348, a cidade foi um dos
focos de penetração na Europa da devastadora epidemia
de peste negra, por sua condição de porto, resultando na
morte de cerca de 15 000 de seus 25 000 habitantes. Além
disso, sem se recuperar do desastre demográfico, a cidade
é atacada e saqueada durante 3 dias em 1423 pela frota de
Afonso V de Aragão, em resposta as pretensões de Luís III
de Nápoles em recuperar o domínio dos territórios do sul
da Itália.
Em 1437, Renato I de Nápoles, que sucedeu a seu pai Luís II
de Nápoles como Rei da Sicília e Duque de Anjou, chegou a
Marselha e tornou-a um dos assentamentos mais
fortificados fora de París. Marselha foi logo usada pelo
duque de Anjou como uma base marítima estratégica na
reconquista de seu reino da Sicília. O Rei René, que
desejava equipar a entrada do porto com uma sólida
defesa, decidiu construir sobre as ruínas da antiga torre
Maubert e estabelecer uma série de muralhas para
proteger o porto. Jean Pardo, engenheiro, criou os projetos
e Jean Robert, pedreiro de Tarascon, cuidou do trabalho. A
construção das novas defesas da cidade ocorreu entre 1447
e 1453.Marselha uniu-se à Provença em 1481 e então se
incorporou ao Reino da França no ano seguinte, mas logo
adquiriu uma reputação por se rebelar contra o governo
central.Uns 30 anos após sua incorporação, Francisco I
central.Uns 30 anos após sua incorporação, Francisco I visitou
Marselha, atraído por sua curiosidade de ver um rinoceronte que
o rei Manuel I de Portugal estava enviando ao papa Leão X, mas
que havia naufragado na Ilha de If. Como resultado desta visita, se
construiu a fortaleza do Castelo de If, o que não bastou para
impedir o cerco do exército do Sacro Império Romano alguns anos
mais tarde. Marselha tornou-se base naval para a aliança franco-
otomana em 1536, enquanto uma frota franco-turco ficava
estacionada no porto, ameaçando o Sacro Império Romano e,
especialmente, a Génova. No final do século XVI, Marselha sofreu
outro surto da praga, o que contribuiu para que pouco depois se
fundasse o hospital do Hôtel-Dieu. Um século mais tarde o rei Luis
XIV teve que descer a Marselha, a frente de seu exército, com o
fim de eliminar um levante local contra o governador. Como
consequência, os fortes de San Juan e San Nicolás foram erguidos
acima do porto e uma grande frota e arsenal instalados no
próprio porto.
No transcorrer do século XVIII, a defesa do porto foi melhorada e
Marselha se tornou mais importante, como principal porto militar
francês no Mediterrâneo. Em 1720, a grande peste de Marselha,
uma variante da Peste Negra, provocou 100 000 mortes na cidade
e nas províncias limítrofes.A população local abraçou com
entusiasmo a Revolução Francesa e 500 voluntários marcharam
para Paris em 1792 para defender o governo revolucionário. Em
sua marcha de Marselha a Paris cantavam uma canção, que passou
a ser conhecida como La Marseillaise, hoje em dia convertida no
hino nacional da França.Durante o século XIX, a cidade foi lugar de
inovações industriais e de crescimento na indústria. A ascensão do
Império Francês e as conquistas da França de 1830 em diante
(sobretudo a Argélia) estimularam o comércio marítimo e
aumentaram a prosperidade da cidade. As oportunidades
marítimas também aumentaram com a abertura do Canal de Suez
em 1869. Este período na história de Marselha se reflete em muito
de seus monumentos, como o obelisco napoleónico de Mazargues
e o arco do triunfo real na Praça Jules Guesde.Durante a primeira
metade do século XX, Marselha comemorou o seu status de "porto
do Império" na exposição colonial de 1906 e 1922. A monumental
escadaria na estação de trem, glorificando as conquistas coloniais
francesas, datam desta época. Em 1934, Alexandre I da Iugoslávia
chegou ao porto para se reunir com o ministro das relações
exteriores francês Louis Barthou, porém, ambos foram ali
assassinados por Vlado Chernozemski. Durante a Segunda Guerra
Mundial, a cidade foi bombardeada pela Alemanha e Itália em
1940. Foi ocupada pelos alemães entre novembro de 1942 e
agosto de 1944. Uma grande parte do centro antigo da cidade foi
dinamitado num enorme projeto de limpeza, com o objetivo de
reduzir as possibilidades de ocultar membros da suposta
resistência, que operavam nos edifícios antigos de grande
densidade de população. Os governos da Alemanha Oriental,
Alemanha Ocidental e Itália pagaram enormes reparações,
acrescidas de juros, para indenizar civis mortos, feridos ou que
ficaram sem-teto ou indigentes como consequência da guerra, e
para a reconstrução da cidade.A partir da década de 1950, a
cidade serviu como porto de entrada na França de mais de um
milhão de imigrantes. Em 1962, houve um grande fluxo após a
independência da Argélia que incluiu uns 150 000 Pieds-Noirs, que
se estabeleceram em Marselha, um número considerável para uma
cidade grande que já atravessa uma crise económica. Muitos dos
imigrantes permaneceram e tem dado a cidade um vibrante barro
africano com um grande mercado.
Alguns monumentos famosos de Marselha são o forte de Saint
Jean, Palais du Pharo, Catedral de La Major e Notre Dame de La
Garde. O castelo de If fica situado numa ilhota rochosa a cerca de
3 km a oeste de Marselha. Francisco I procedeu à fortificação da
ilha que dá o nome ao castelo para a proteger de ataques
marítimos no ano de 1524. É precisamente na altura em que manda
executar estas construções defensivas que dota a ilha de um
castelo. Trata-se de um castelo-fortaleza edificado nessa mesma
data e vem na sequência da atividade construtiva de estruturas
castelares que levou a cabo na região do Loire. No fim do século
XVI o monarca completou a obra de proteção com a colocação de
um sistema de bastiões em torno da ilha. A partir de 1634 o
castelo é transformado em prisão de Estado, tornando-se famoso
pelos prisioneiros que albergou, nomeadamente Mirabeau e
Philipe Égalitè. O castelo de If é igualmente imortalizado na obra
de Alexandre Dumas, O Conde de Monte-Cristo, onde apresenta
como prisioneiros o Abade de Faria e o próprio Edmond Dantes.
Porto (x2), Forte de Saint
Jean e Catedral La Major,
Forte de Saint Jean,
Palais du Pharo, Notre
Dame de La Garde.
20. 20 • MyBrainMagazine
Munique, terceira maior cidade alemã, é a capital da Baviera. O ano de 1158 é
considerado como a data da fundação de Munique, mencionado num documento.
Em 1180, Otto Wittelsbach I tornou-se duque da Baviera e de Munique e os seus
herdeiros de Otto governariam a Baviera até 1918. Em 1240, Munique começou a
ser governada por Otto Wittelsbach II e em 1255, quando o ducado da Baviera
foi dividido em dois, Munique tornou-se a residência ducal da Alta Baviera. O
duque Luís IV foi eleito rei em 1314 e coroado como Imperador do Sacro Império
Romano em 1328. Em 1327, a maioria da cidade foi destruída por um incêndio,
mas foi reconstruída, ampliada e protegida com uma nova fortificação, alguns
anos depois. Depois de os cidadãos se revoltarem várias vezes contra os duques,
um novo castelo foi construído perto da fortificação, a partir de 1385. Outro
incêndio devastador destruiu partes da cidade em 1429.
Quando a Baviera foi reunificada em 1506, Munique tornou-se sua capital.
Durante o século XVI, Munique era um dos grandes centros da Alemanha contra a
reforma, e também do Renascimento. Em 1623, durante a Guerra dos Trinta
Anos, Munique tornou-se residência de Maximiliano I, duque da Baviera que foi
investido com a dignidade da corte, mas, em 1632, a cidade foi ocupada por
Gustavo Adolfo II da Suécia. Quando a peste bubónica estourou, em 1634 e 1635,
cerca de um terço da população morreu. Sob a regência dos barões da Baviera,
Munique foi um importante centro barroco, mas também teve que sofrer com as
ocupações dos Habsburgos em 1704 e 1742. Em 1806, Munique tornou-se a
capital do novo Reino da Baviera. Muitos dos mais belos edifícios da cidade
pertencem a esse período e foram construídos sob o reinado de D. Luís I. Após a
eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914, a vida em Munique, tornou-se
muito difícil. Durante ataques aéreos franceses em 1916, três bombas caíram
sobre Munique. No rescaldo da guerra, Munique tornou-se um foco de políticas
de direita, entre os quais Adolf Hitler e os nazis a proeminência. A cidade
tornou-se uma fortaleza nazi, quando tomaram o poder na Alemanha em 1933.
Criaram o primeiro campo de concentração de Dachau, a noroeste da cidade. A
cidade foi fortemente danificada pelo bombardeio aliado durante a II Guerra
Mundial, foi atingida por 71 ataques aéreos durante um período de seis anos.
Após a ocupação americana em 1945, Munique foi completamente reconstruída.
Os principais pontos turísticos da cidade são a Munich Residenz (a residência dos
duques e reis da Baviera, em diversos estilos: Renascimento, Barroco, Rococó e
Classicismo, desde 1385), a catedral Frauenkirche, a cervejaria Holfbräuhaus am
Platzl que Hitler frequentava e a câmara municipal Neues Rathaus, na
Marienplatz (foi construído entre 1867 e 1908 em estilo neo-gótico e possui o
Rathaus-Glockenspiel, um relógio com figuras animadas). Nos arredores da
cidade está o palácio de Nymphenburg, palácio barroco inaugurado em 1675,
residência de verão dos governantes bávaros.
Mittenwald, no sul da Baviera, é uma pequena povoação típica bávara, perto de
Garmisch-Partenkirchen, famosa estância de esqui. Perto dessa cidade está a
montanha mais alta da Alemanha, Zugspitze.
O castelo de Neuschwanstein foi construído em 1869 por ordem do rei Luís II da
Baviera (conhecido como "o Louco"), na encosta do monte Pöllat que domina a
povoação de Hohenschwangau e os lagos Schwangau e Alp, a 965 m de altitude.
De linhas arquitetónicas bastante elaboradas, foi iniciado em 1869 e deixado por
acabar em 1986, data da morte de Luís II, rei solitário e misantropo, admirador
de Bismarck e protetor de Wagner, encontrado afogado no lago de Starnberg.
Este castelo dispendioso é uma excêntrica e romântica reconstrução de um
castelo medieval, completado com um pátio amuralhado, um jardim interior,
torres, flechas, para além de uma gruta artificial. Como patrono de Wagner, Luís
II decorou o interior de pinturas que aludem às lendas e tradições que serviram
de base às obras daquele compositor: a vida de Parsifal, na Sala dos Cantores, no
4.o andar; a saga de Tannhäuser, no estúdio; Lohengrin, na grande sala de
visitas.A sala do trono foi modelada como uma basílica bizantina. Estrelas
decoram o teto azul abobadado, assente sobre duas colunas de pórfiro
igualmente azul. O nome do castelo faz referência ao "cavaleiro do cisne",
Lohengrin, da ópera de Richard Wagner.
A partir da ação enérgica de frei Tomás de S. Cirilo, frei João Baptista e Alberto
da Virgem, o essencial da construção da complexa estrutura conventual
decorreu até 1639, altura em que foi sagrada a igreja dedicada a Santa Cruz.
Aqui, aliou-se o sentido simbólico da planta centralizada à prática pouco comum
da colocação do templo no meio dos espaços de circulação associados às
GEOGRAFIA
Frauenkirche, Munique; Munich Residenz; Neues Rathaus - Marienplatz,
Munique (x3), cervejaria Holfbräuhaus am Plaztl, Munique; dançarinos
folclóricos típicos bávaros na cervejaria Holfbräuhaus am Plaztl,
Munique.
21. MyBrainMagazine • 21
GEOGRAFIA
Mittenwald (x2), interior da igreja de
Mittenwald, Mittenwald, campo perto de
Garmisch-Partenkirchen (x2), Zugspitze -
montanha mais alta da Alemanha - vista da
Áustria, Castelo de Neuschwanstein (x2),
Castelo de Hohenschwangau , Castelo de
Neuschwanstein (x2), vista do castelo, Castelo
de Neuschwanstein – quarto, Castelo de
Neuschwanstein – sala dos cantores.
22. 22 • MyBrainMagazine
GEOGRAFIA
As ondas sísmicas podem ser ser internas ou superficiais. As ondas
internas têm origem no foco e propagam-se no interior da Terra e a sua
interação com a superfície da geosfera produz as ondas de superfície.
As ondas internas podem ser:
- Ondas P (primárias): ondas com maior velocidade de propagação,
exercem forças compressivas e distensivas nos materiais, paralelas à
direção de propagação das ondas e propagam-se em meios sólidos,
líquidos e gasosos;
- Ondas S (secundárias): deslocam-se com menor velocidade do que as
P, exercem forças perpendiculares à propagação das ondas, há
variações na forma dos materiais, mas não do volume e só se propagam
em meios sólidos.
As ondas superficiais ou longitudinais formam-se a partir das ondas
internas e podem ser:
- Ondas L (de Love): só se propagam em meios sólidos e à superfície,
provocam torção dos materiais (efeito ziguezague) e as partículas
vibram horizontalmente, fazendo um ângulo reto com a direção da
propagação da onda;
- Ondas R (de Rayleigh): propagam-se em meios sólidos e líquidos e as
partículas descrevem um movimento elíptico, num plano perpendicular
à direção de propagação.
Quanto maior a rigidez dos materiais, maior a velocidade de
propagação das ondas sísmicas. As ondas, segundo a sua propagação,
podem ser diretas, refletidas ou refratadas. As variações bruscas de
velocidade no interior da Terra, permitem detetar superfícies que
separam materiais de diferentes composições e propriedades, as
superfícies de descontinuidade:
- Descontinuidade de Mohorovicic (crosta/manto);
- Descontinuidade de Gutenberg (manto/núcleo externo);
- Descontinuidade de Lehmann (núcleo externo/núcleo interno).
fósforo. O fósforo é um nutriente essencial para as proteínas vegetais e
crescimento.
Ora, os nutrientes estão em falta nos solos da Amazónia. Estão presos
nas próprias plantas. A matéria orgânica fornece a maioria dos
nutrientes, que são rapidamente absorvidos pelas plantas e árvores
depois de entrar no solo. Mas alguns nutrientes, incluindo o fósforo,
são levados pela chuva em córregos e rios.
O fósforo que atinge solos amazónicos de areia do Sahara, um número
estimado de 22 mil toneladas por ano, é quase o mesmo montante que
esse perdeu da chuva e inundações. Os dados mostram que o vento e o
tempo levam, em média, 182 milhões de toneladas de pó a cada ano e
levam-no além da borda ocidental do Sahara. A poeira em seguida, viaja
1.600 milhas através do Oceano Atlântico. Perto da costa leste da
América do Sul, 132 milhões de toneladas permanecem no ar, e 27,7
milhões de toneladas caem na superfície sobre a Bacia Amazónica.
Cerca de 43 milhões de toneladas de poeira viajam mais longe para o
Mar das Caraíbas.
A quantidade de poeira é, na verdade, muito variável. Houve uma
mudança de 86% entre a maior quantidade de poeira transportada em
2007 e a menor em 2011. Porquê tanta variação? Os cientistas
acreditam que isso tem a ver com as condições do Sahel, a longa faixa
Nepal 2015, Indonésia 2004,
Japão 2011, São Francisco
1906, tipos de ondas
sísmicas, propagação de
ondas sísmicas no interior da
Terra.
23. MyBrainMagazine • 23
GEOGRAFIA
Cientistas portugueses descobriram perto dos Açores
uma depressão do fundo do Oceano Atlântico que
acreditam ter origem no impacto de um meteorito. A
cratera é relativamente circular, com uma cavidade
com seis quilómetros de largura e possui uma ampla
cúpula central, tendo sido denominada "Ovo Estrelado"
devido à sua forma distintiva. Caso se confirme que a
sua origem resulta do impacto de um corpo exterior,
estima-se que a colisão tenha provavelmente ocorrido
nos últimos 17 milhões de anos, a provável idade
máxima do fundo basáltico da rocha submarina onde
está a cratera.
24. 24 • MyBrainMagazine
GEOGRAFIA
Os vulcões podem ser:
- escudos: vulcões amplos, quase planos, formados por lava
que escorre lentamente, como o Mauna Loa, no Havai;
- cone de escórias: pequenos vulcões de uma só chaminé
compostos por rocha vulcânica desfeita e cinzas, como o
Paricutín, no México;
- estratovulcão: vulcões altos, com declives acentuados,
compostos por camadas alternadas de lava arrefecida e
piroclastos, como o Monte Fuji, no Japão;
- fissura: campos de lava quase planos que emergem de
longas fissuras em zonas de rifte, como o Las Pilas, no
Nicarágua.
As erupções vulcânicas podem ser:
- estromboliana: bolhas de gás enormes explodem à
superfície, lançando projéteis como bombas de lava,
salpicos de vidros e cinzas (ex.: Stromboli, Itália);
- vulcaniana: causada pela explosão súbita da lava
solidificada na chaminé, o material fundido que dispara
alcança quilómetros de altitude (ex.: Vulcano, Itália);
- peleana: incrivelmente letais, as rochas, detritos e lava
que escorrem pelas encostas do vulcão ultrapassam os 150
km/h (ex.: Pelée, Martinica);
- havaiana: a lava fluida é lançada no ar por fissuras ou
aberturas longas e estreitas (ex.: Kilauea, Havai);
- surtseyana: quando um vulcão subaquático atravessa a
superfície do oceano, o resultado é uma reação
hidromagmática explosiva (ex.: Surtsey, Islândia);
- submarina: mais de 75% do magma que chega à
superfície provém das dorsais meso-oceânicas (ex.:
Nishinoshima, Japão);
- subglacial: quando o magma chega à superfície através
de um manto de gelo glacial pode formar-se um lahar, rio
de lama e detritos (ex.: Grimsvötn, Islândia);
- freática: quando o magma ascendente passa por uma
massa de água, está evapora-se imediatamente, lançando
um jato de vapor (ex.: St. Helens, Washington, EUA);
- pliniana: a coluna de erupção liberta grandes quantidades
de cinza e fragmento de rocha superaquecida (ex.:
Vesúvio, Itália);
- islândica: através das fissuras, a lava flui e soprepõe-se
em vários estratos (ex.: Holuhraun, Islândia);
- serretiana: vulcão submarino que expele lava fluida rica
em voláteis em forma de blocos flutuantes que,
conjuntamente com bolhas de gases e piroclastos finos,
ascendem à superfície e explodem, libertando vapor de
água e submergindo de seguida (ex.: Serreta, Açores);
Quanto à violência, as erupções vulcânicas podem ser:
- Explosivas: As lavas são muito viscosas, fluem com
dificuldade e impedem a libertação de gases, ocorrendo
por isso, violentas explosões. Devido à sua viscosidade, a
lava, por vezes, não chega a derramar constituindo
estruturas arredondadas, chamadas domos. Noutras
situações a lava solidifica mesmo dentro da chaminé,
formando agulhas vulcânicas, que podem mais tarde ficar a
descoberto devido à erosão do cone. Nas erupções
por isso, violentas explosões. Devido à sua viscosidade, a lava, por vezes, não chega a
derramar constituindo estruturas arredondadas, chamadas domos. Noutras situações a lava
solidifica mesmo dentro da chaminé, formando agulhas vulcânicas, que podem mais tarde
ficar a descoberto devido à erosão do cone. Nas erupções explosivas os cones são
essencialmente formados pela acumulação de piroclastos.
- Efusivas: O magma é fluido, a libertação de gases é fácil e a erupção é calma, com
derramamento de lava abundante a altíssima temperatura. A lava desliza rapidamente,
espalhando-se por grandes distâncias. Se os terrenos forem planos, a lava pode cobrir
grandes áreas, constituindo os mantos de lava. Se houver declive acentuado, pode formar
"rios" de lava, denominados correntes de lava ou também escoadas lávicas. Os vulcões
predominantemente efusivos, quando formam cones, são baixos, pois a lava espalha-se por
grandes superfícies. O vulcanismo dos fundos oceânicos é do tipo efusivo.
- Mistas: Assumem aspetos intermédios entre os descritos, observando-se fases explosivas
que alternam com fases efusivas. Formam-se cones mistos, em que alternam camadas de lava
com camadas de piroclastos. As explosões são explicadas pela entrada de água na chaminé
ou na câmara magmática, que devido às altas temperaturas, se vaporizou, originando uma
grande quantidade de água. Por essa razão, deu-se um aumento da pressão interior,
tornando a erupção periodicamente explosiva.
- clima subpolar: verões frescos e curtos e invernos frios e grandes (só 2 estações),
precipitações reduzidas e amplitudes térmicas acentuadas;
- clima polar: só inverno com poucas precipitações (não há verões), temperaturas negativas
e amplitudes térmicas elevadas;
- clima de altitude ou de montanha: verões frescos e curtos e invernos frios e grandes,
precipitações abundantes e amplitudes térmicas moderadas.
Os tipos de clima influenciam a fauna e flora, Criando idiomas: Conjuntos formados pelo
clima, fauna e flora de uma região. Os biomas que existem são:
- floresta equatorial (clima equatorial): tem uma vegetação extremamente densa e contínua
e apresenta a maior variedade e riqueza de espécies;
- floresta tropical (clima tropical húmido): tem uma vegetação abundante e densa e à
medida que diminui a humidade, surge uma vegetação herbácea e arbustiva;
- savana (clima tropical seco): formação herbácea, com algumas árvores dispersas;
- deserto quente (clima desértico quente): vegetação xerófila adaptada à secura climática e
adaptada a elevadas amplitudes térmicas diversas;
- floresta mediterrânea (colina temperado mediterrâneo): vegetação constituída por
árvores de folha perene e perfeitamente adaptadas a secura;
- floresta caducifólia (clima temperado marítimo): vegetação constituída por árvores de
folha caduca;
- floresta mista/estepe/pradaria (clima temperado continental): floresta composta por
árvores de folha caduca de folha perene. No interior dos continentes, associada às grandes
planícies, encontra-se a estepe;
- taiga/floresta de coníferas (clima subpolar): floresta constituída por árvores de folha
perene;
- deserto gelado/tundra (clima polar): vegetação dispersa, baixa e escassa;
- vegetação de alta montanha (clima de altitude/montanha): vegetação arbustiva e disposta
em andares (estratificação horizontal).
fósforo. O fósforo é um nutriente essencial para as proteínas vegetais e crescimento.
vulcão Arenal, Costa Rica; vulcão Eyjafjallajökull, Islândia 2010;
Kilauea, Hawaii; erupção do Monte Cleveland, nas ilhas Aleutas;
vulcão Eyjafjallajökull, Islândia 2010.
25. MyBrainMagazine • 25
GEOGRAFIA
Bárðarbunga, Islândia; vulcão Eyjafjallajökull, Islândia 2010; vulcão fissural (x2);
cratera do vulcão Nyiragongo; Monte Rinjani, Lombok, Indonésia, 1994; Etna; ;
erupção efusiva ou havaiana no Havai; erupção de um vulcão submarino; balões de
lava produzidos pelo vulcão da Serreta, nos Açores; cratera do vulcão
Grábrókargígar, Islândia; tipos de vulcão e erupção; vulcanismo serretiano; tipos
de erupções vulcânicas quanto à violência
26. 26 • MyBrainMagazine
GEOGRAFIA
O calor interno da Terra provém de três fontes:
- Calor proveniente da acreção de planetisimais: o bombardeamento
de corpos celestes que ocorreram no início da formação do nosso
planeta produziram calor que se aprisionou no interior da Terra.
- Calor proveniente da contracção gravitacional: a contração que a
Terra sofreu nos primórdios da sua formação contribuiu para a
produção de calor que também se aprisionou no interior do nosso
planeta.
- Decaimento radioativo (principal fonte de energia interna da
Terra): com a descoberta da radioatividade em 1996 por Henri
Becquerel, as investigações começaram e descobriu-se que há
determinados elementos químicos que se encontram instáveis e que
têm tendência a se "estabelizarem" ao longo dos tempos. Assim, os
elementos radioactivos instáveis, ao se transformarem em elementos
estáveis, libertam partículas sob a forma de calor. Como este
decaimento continua ainda hoje em dia, há uma constante produção
de calor que faz mover os continentes, origina sismos e "aquece" os
vulcões.
- clima subpolar: verões frescos e curtos e invernos frios e grandes
(só 2 estações), precipitações reduzidas e amplitudes térmicas
acentuadas;
- clima polar: só inverno com poucas precipitações (não há verões),
temperaturas negativas e amplitudes térmicas elevadas;
- clima de altitude ou de montanha: verões frescos e curtos e
invernos frios e grandes, precipitações abundantes e amplitudes
térmicas moderadas.
Os tipos de clima influenciam a fauna e flora, Criando idiomas:
Conjuntos formados pelo clima, fauna e flora de uma região. Os
biomas que existem são:
- floresta equatorial (clima equatorial): tem uma vegetação
extremamente densa e contínua e apresenta a maior variedade e
riqueza de espécies;
- floresta tropical (clima tropical húmido): tem uma vegetação
abundante e densa e à medida que diminui a humidade, surge uma
vegetação herbácea e arbustiva;
- savana (clima tropical seco): formação herbácea, com algumas
árvores dispersas;
- deserto quente (clima desértico quente): vegetação xerófila
adaptada à secura climática e adaptada a elevadas amplitudes
térmicas diversas;
- floresta mediterrânea (colina temperado mediterrâneo): vegetação
constituída por árvores de folha perene e perfeitamente adaptadas a
secura;
- floresta caducifólia (clima temperado marítimo): vegetação
constituída por árvores de folha caduca;
- floresta mista/estepe/pradaria (clima temperado continental):
floresta composta por árvores de folha caduca de folha perene. No
interior dos continentes, associada às grandes planícies, encontra-se
a estepe;
- taiga/floresta de coníferas (clima subpolar): floresta constituída
por árvores de folha perene;
- deserto gelado/tundra (clima polar): vegetação dispersa, baixa e
escassa;
- vegetação de alta montanha (clima de altitude/montanha):
vegetação arbustiva e disposta em andares (estratificação
28. 28 • MyBrainMagazine
No dia 5 de Outubro de 1910, José Relvas e
Eusébio Leão proclamaram a República da
varanda da Câmara Municipal de Lisboa. A
notícia foi espalhada por telégrafo. A família
real, a rainha-mãe D. Amélia e o rei D. Manuel II,
refugiou-se em Mafra e mais tarde acabou por
exilar-se na Inglaterra. Assim foi o fim da
Monarquia e o início da República. O primeiro
presidente foi Manuel de Arriaga. O Governo
pôs a igualdade entre os cidadãos, extinção das
ordens religiosas, medidas no setor da cultura,
substituição do real pelo escudo e outras.
A Inglaterra, a França e a Alemanha rivalizavam
entre si por serem as principais potências
europeias a lutar pela posse das regiões
fornecedoras de matérias-primas para a
indústria. A Inglaterra, em 1916, pediu que
Portugal aprisionasse todos os navios ancorados
no Tejo. Logo a seguir a Alemanha declarou
Guerra com o nosso país. Em 1917, foram
enviados regimentos portugueses para França,
aos quais se deu o nome de Corpo
Expedicionário Português (CEP). Os militares
portugueses na 1.ª Guerra Mundial eram
comandados pelo general Gomes da Costa.
Em 1915, um grupo de escritores e artistas
jovens que frequentavam "A Brasileira" do
Chiado, alguns que viveram no estrangeiro,
vieram afetar, agitar e escandalizar o meio
cultural lisboeta, com a publicação da revista
Orpheu, destacando-se Fernando Pessoa, Mário
de Sá-Carneiro e Almada Negreiros. Alguns
escritores e poetas conhecidos na atualidade
viveram nesta época, como Miguel Torga e
Aquilino Ribeiro. Ao conjunto dos da Orpheu
deve-se a introdução do modernismo em
Portugal.
Em 1922, o almirante Gago Coutinho e o
comandante Sacadura Cabral planearam fazer a
travessia aérea do Atlântico Sul. A viagem
estava dividida em três etapas, num percurso de
8000 km, com o seguinte itinerário: Lisboa - Las
Palmas; Las Palmas – Cabo Verde; Cabo Verde –
Penedos de São Pedro e São Paulo.
Portugal vivia numa grave crise económica e
numa grande instabilidade política que
provocava descontentamento da população. A
28 de Maio de 1926, um militar português, o
general Gomes da Costa iniciou uma revolta em
Braga e a sul Mendes Cabeçadas a atacar Lisboa
– foi o Golpe Militar 28 de maio que começou
com uma ditadura - o Estado Novo. Salazar
começou por ser Ministro das Finanças, mas
depois passou a presidente do Conselho de
Ministros e criou a PIDE, que torturava quem se
atrevesse a criticar o Governo; a União Nacional
e proibiu o Direito à Greve; a propaganda
nacional e a Mocidade Portuguesa; a Legião
Portuguesa, a censura à imprensa e também fez
grandes construções. Ele dava à religião
católica, à nação e à família os três pilares da
sociedade. Após Salazar, sucedeu Marcello
Caetano.
Na 2.ª Guerra Mundial, Portugal
ficou neutro, mas um embaixador em França
com o nome Aristides de Sousa Mendes ajudou
os judeus com transferências para Portugal e a
Base das Lajes, na ilha Terceira, nos Açores,
HISTÓRIA
a Travessia Aérea do Atlântico Sul, Proclamação da República, A Lição de Salazar (x2), Salazar,
Lisboa e a ponte 25 de abril, estátua de bronze de Fernando Pessoa no café A Brasileira, no
Chiado, Lisboa, 25 de abril (x2).
Na 2.ª Guerra Mundial, Portugal ficou neutro,
mas um embaixador em França com o nome
Aristides de Sousa Mendes ajudou os judeus com
transferências para Portugal e a Base das Lajes,
na ilha Terceira, nos Açores, serviu de base para
a aviação dos Aliados.
No início da década de 60, as províncias
ultramarinas manifestaram-se em atos de
libertação de alguns territórios:
- Os territórios de Goa, Damão e Diu passaram
para a Índia;
- Em África revoltaram-se Angola (1961), Guiné
(1963) e Moçambique (1964), mas não
conseguiram ficar independentes.
Na madrugada do dia 25 de abril de 1974, o
Movimento das Forças Armadas (MFA) deu início
às operações (planeadas e dirigidas pelo Major
Otelo Saraiva de Carvalho) que conduziram ao
derrube do Estado Novo e à sua substituição por
um regime democrático. Neste dia as tropas do
MFA, comandadas pelo capitão Salgueiro Maia,
cercaram o quartel do Carmo em Lisboa onde se
tinha refugiado Marcelo Caetano. Ao fim do dia,
Marcelo Caetano e vários dos seus Ministros
renderam-se ao General Spínola que se deslocou
a este quartel e que viria a ser o Presidente da
Junta de Salvação Nacional. Sem grande
resistência as populações aderiram ao
movimento das forças armadas colocando flores
nas espingardas dos soldados. Foi o dia da
Revolução dos Cravos, o dia da Liberdade.
Terminava desta forma um longo período de
quase cinquenta anos em que Portugal ficou
marcado pela Guerra Colonial, a falta de
Liberdade de expressão, pela censura e a
violência.
Ingleses não saíam de Portugal. Beresford
perseguia todos aqueles que estavam contra a
presença dos ingleses em Portugal. Em 1817,
Gomes Freire de Andrade tentou expulsar os
ingleses mas não deu resultado. Porém, em 1818,
um grupo de homens do Porto formaram o
Sinédrio, uma sociedade secreta com objetivo
preparar uma revolução. Esta sociedade tinha
como principais membros Manuel Fernandes
Tomás e os coronéis Cabreira e Sepúlveda.
Em 24 de agosto de 1820 deu-se a
revolução. O povo ajudou os revoltosos e fez na
rua manifestações de apoio. A revolução
espalhou-se pelo país. Os Ingleses foram expulsos
de Portugal e criaram um governo provisório -
Junta Provisional de Governo do Reino. O
Governo Provisório começou a preparar eleições.
Portugal escolheu os seus deputados e estes
formaram as Cortes Constituintes que
elaboraram uma Constituição de veludo e
decorada a fio de ouro e prata. A Constituição de
1822 baseava-se na igualdade e na liberdade, ou
seja, era liberalista. Em 4 de julho de 1821 a
família real voltou e o rei D. João IV jurou com
toda a solenidade a Constituição Portuguesa.
Com a corte no Brasil durante 14 anos,
este ficou muito mais desenvolvido. D. Pedro
ficou a governar o Brasil e quando este recebeu a
notícia da constituição declarou independência
29. MyBrainMagazine • 29
HISTÓRIA
Leonardo da Vinci, artista genial e inventor
multifacetado italiano, nasceu a 15 de abril de 1452, em
Vinci, perto de Florença, e morreu a 2 de maio de 1519
em Amboise, França. Leonardo da Vinci foi um dos
grandes artistas do Renascimento italiano. A paixão pelo
conhecimento conduziu-o pelos vários campos do saber,
levando-o a interessar-se pela arquitetura, pela
engenharia e pela ciência.
Leonardo recebeu uma educação cuidada e foi aluno e
depois assistente de Verrocchio. Diz-se que este teria
deixado de pintar, dedicando-se exclusivamente à
escultura, por se sentir ultrapassado por Leonardo. Nos
trabalhos inacabados de S. Jerónimo (1481) e de A
Adoração dos Reis Magos (1481), a mestria do pintor está
já patente: o problema da representação de um grupo é
resolvido de modo a que as figuras do primeiro plano
não se deixem submergir pelas do segundo plano.
Em 1483, instalado em Milão, Leonardo trabalhou na
composição de A Virgem Dos Rochedos, de que existem
duas versões. Trabalhava muito os seus projetos e, em A
Virgem, o ritmo da composição evidencia uma forma
uterina, matriarcal, totalmente em harmonia com o
tema, e em que mesmo os gestos das personagens
apontam para um movimento circular. Em 1497 teria
completado o fresco A Última Ceia, considerado um
exemplo de penetração psicológica e de subtileza de
expressão, mas que infelizmente chegou até aos nossos
dias muito danificado.
Passou em Milão cerca de dezassete anos, trabalhando
em projetos de arquitetura e de engenharia (máquinas
de guerra). Durante esse período fez muitos estudos
anatómicos e tentou resolver os mais variados problemas
científicos. Os planos, notas e esboços resultantes,
deixou-os compilados em milhares de páginas. De volta a
Florença em 1503, pintou a Mona Lisa e terá começado A
Virgem e o Menino com Santa Ana. Viajou muito e
finalmente instalou-se em França, sob a proteção de
Francisco I, vindo a falecer em 1519.
.Ingleses não saíam de Portugal. Beresford
perseguia todos aqueles que estavam contra a presença
dos ingleses em Portugal. Em 1817, Gomes Freire de
Andrade tentou expulsar os ingleses mas não deu
resultado. Porém, em 1818, um grupo de homens do Porto
formaram o Sinédrio, uma sociedade secreta com objetivo
preparar uma revolução. Esta sociedade tinha como
principais membros Manuel Fernandes Tomás e os
coronéis Cabreira e Sepúlveda.
Em 24 de agosto de 1820 deu-se a revolução. O
povo ajudou os revoltosos e fez na rua manifestações de
apoio. A revolução espalhou-se pelo país. Os Ingleses
foram expulsos de Portugal e criaram um governo
provisório - Junta Provisional de Governo do Reino. O
Governo Provisório começou a preparar eleições. Portugal
escolheu os seus deputados e estes formaram as Cortes
Constituintes que elaboraram uma Constituição de veludo
e decorada a fio de ouro e prata. A Constituição de 1822
baseava-se na igualdade e na liberdade, ou seja, era
liberalista. Em 4 de julho de 1821 a família real voltou e o
rei D. João IV jurou com toda a solenidade a Constituição
Portuguesa.
Com a corte no Brasil durante 14 anos, este
ficou muito mais desenvolvido. D. Pedro ficou a governar o
Brasil e quando este recebeu a notícia da constituição
declarou independência ao Brasil, em 7 de setembro de
1822. Este acontecimento ficou conhecido como Grito do
Ipiranga.
Autorretrato de Da Vinci, Mona
Lisa,máquinas de guerra, ornitóptero,
estudos anatómicos, A Última Ceia, as duas
versões da Virgem dos Rochedos, Dama com
Arminho, A Virgem e o Menino com Santa
Ana, S. João Batista.
30. 30 • MyBrainMagazine
HISTÓRIA
A Idade Média, também conhecida como Idade das
Trevas, é o período histórico entre a Antiguidade e a
Época Moderna. Tradicionalmente, aponta-se para o
ano de 476 como início, data da deposição do último
imperador romano do Ocidente, Rómulo Augusto, por
Odoacro, que transferiu mesmo as insígnias imperiais
para Constantinopla. Porém outras datas são
avançadas usualmente: 395, morte de Teodósio I e
divisão do império; 406, início das invasões
germânicas; 410, queda de Roma às mãos de Alarico,
rei germânico. Se o início da Idade Média é polémico, o
fim não é claro também: para além de 1453, ocupação
de Constantinopla pelos Otomanos, também se aponta
1492, ano da primeira viagem de Colombo à América,
ou até as Guerras da Religião, ocorridas após a
Reforma Protestante de 1517 até ao Édito de Nantes,
em 1598.
Mas, afinal, o que foi a Idade Média? A civilização
medieval caracterizou-se por um fracionamento da
autoridade política e um enfraquecimento da noção de
Estado, tendo em conta a organização e centralidade
romanas. A economia baseava-se na agricultura,
embora o comércio e as manufaturas tenham
lentamente progredido. Socialmente, existia uma
divisão em três grupos distintos: dois poderosos, a
nobreza, guerreira e proprietária, e o clero, dominador
mental e culturalmente, e um pobre, servil e
maioritariamente camponês, o povo.
A Idade Média pode ser dividida em três períodos,
ainda que com variações cronológicas e regionais. Se o
Leste da Europa se manteve sob a influência de
Constantinopla e da cultura grega, sem grandes
mutações políticas e religiosas, o Ocidente europeu
acabou por ser a área de definição e desenvolvimento
da chamada civilização medieval. Assim, a Alta Idade
Média inicia-se com as invasões germânicas e com a
gradual rutura com Constantinopla, capital do Império
Romano do Oriente, que se manterá até 1453. A oeste,
a fusão das populações romanizadas com os invasores
germânicos acentua o declínio económico que se
verifica desde o século III na região. A insegurança, a
falta de mão de obra, os abusos de poder e a
estagnação das cidades, que se começam a fortificar
então e se resumem cada vez mais a funções
episcopais, são traços comuns da época. As populações
das cidades retornam ao campo. Os fracos submetem-
se aos ricos e poderosos, à aristocracia proprietária,
com mais poder que o rei, distante e sem influência. O
sistema administrativo romano perde-se gradualmente,
restando a Igreja como única herdeira do mundo
antigo, voltada agora para a catequização dos campos
e dos povos germânicos.Uma das marcas assinaláveis e
de maior projeção da Cristandade em crescimento e da
própria civilização medieval é a difusão da vida
monástica no Ocidente a partir da elaboração da Regra
de S. Bento, figura exponencial do seu tempo,
fundador da primeira Ordem religiosa ocidental, os
beneditinos, e considerado o pai da Europa. Os
mosteiros beneditinos passam a ser os herdeiros da
cultura latina e fiéis depositários do mundo antigo,
criadores do estilo românico e modelo de
administração e unidade. A monarquia carolíngia
(dinastia a que pertencia Carlos Magno, rei dos
Francos) serve-se desse exemplo.
O sonho de retorno ao Império Romano ilumina a ação
dos reis desses tempos, como Carlos Magno. Porém, as
partilhas sucessórias (como em 843, em Verdun, com a
divisão da França em três reinos) e o estado da
sociedade tornam-no difícil. O período entre os séculos
X e XIII marca o apogeu da feudalidade, do
senhorialismo. As tentativas centralizadoras - como a
Clero, nobreza e povo, Notre-Dame de
Paris em gótico, torneios medievais,
armadura medieval, gótica com
vitrais Sainte-Chapelle em Paris,
estudantes na universidade de Paris,
Europa em 526.
dos reis desses tempos, como Carlos Magno. Porém, as
partilhas sucessórias (como em 843, em Verdun, com a
divisão da França em três reinos) e o estado da
sociedade tornam-no difícil. O período entre os séculos
X e XIII marca o apogeu da feudalidade, do
senhorialismo. As tentativas centralizadoras - como a
dos carolíngios - enfraquecem-se desde o século IX: os
reis, para manterem alguma autoridade e fidelidade
dos seus vassalos, fazem inúmeras concessões de terras
(benefícios), fortalecendo os senhores feudais. Nessa
época, regressa a insegurança e o medo das
populações, devido às incursões de Normandos, Árabes
e Húngaros. A única defesa possível é em torno do
castelo senhorial: para se protegerem, os camponeses
renegam a sua liberdade e rendem-se à vassalidade ou
ao servilismo, fortalecendo ainda mais o senhorialismo.
Assim, o poder e a autoridade do rei esfumam-se, com
a classe guerreira a dominar, apoiada nos benefícios
(os feudos). A Alemanha é um exceção: Otton I restaura
em 962 o império, agora designado Sacro Império
Romano-Germânico. Também a aproximação do ano
1000 animará o Ocidente, semeando medos e
incertezas, tumultos, heresias e radicalismos: o refúgio
é a Igreja, que daí tira partido e se torna mais
poderosa.
O reforço do papado e da Igreja marca o segundo
período da Idade Média, compreendido entre o ano
1000 e o século XIII. Com a reforma gregoriana, em
finais do século XI, que elimina certos abusos papais, a
par da expansão monástica (nascimento de novas
ordens - Cister, Premontré, Cartuxa - e reforma de
outras - como a beneditina, com Cluny), da suavização
da brutalidade militar (com a "paz" ou "tréguas" de
Deus e os ideais de cavalaria), do apelo às cruzadas
(com S. Bernardo) e da luta contra as heresias (por
exemplo, os cátaros no sul de França), a Igreja ganha
um grande fulgor e assume-se como o "farol" da Idade
Média, moldando mentalidades, difundindo cultura e
impondo uma influência política determinante. O papa
sobrepõe-se mesmo aos príncipes, entrando em
conflito com os imperadores alemães: qualquer rei,
para o ser, teria que ter a aprovação de Roma, por
exemplo.
As cruzadas e as vitórias no mar sobre o Islão, bem
como o crescimento demográfico resultante de certas
melhorias na produção agrícola, reanimam o comércio
e o artesanato. Dá-se, consequentemente, um grande
impulso às cidades, elemento definidor por excelência
da Europa dos séculos XII e XIII, anunciando já o
Renascimento em certas regiões da Itália e da
Provença. Autonomizam-se cada vez mais as cidades,
refreando a tutela senhorial e lançando as bases do
movimento comunal, principalmente no Norte de Itália
e na Flandres. Nasce à margem da sociedade feudal, no
povo, um novo grupo social, a burguesia, urbana,
mercantil e manufatureira, dedicada à finança,
acumulando riquezas, poder e importância cultural.
Com o seu apoio, constrói-se um dos baluartes do
mundo medieval, principalmente dos séculos XII a XV: a
renovação da intelectualidade, desde sempre remetida
ao clero e fechada nas abadias europeias. Assim, a
atividade intelectual abre-se ao exterior, ainda que de
forma lenta, absorvendo elementos das culturas
judaica, árabe e persa, redescobrindo os autores
clássicos, como Aristóteles e, em menor escala, Platão.
Novos focos de cultura e de ensino nascem um pouco
por toda a Europa a partir dos séculos XII e XIII: as
universidades. Também é de assinalar a importância
crescente dos mosteiros medievais, em cujos
scriptoriae os copistas e bibliotecários se dedicavam à
conservação e tradução dos clássicos: sem eles, não
Novos focos de cultura e de ensino nascem
um pouco por toda a Europa a partir dos
séculos XII e XIII: as universidades. Também
é de assinalar a importância crescente dos
mosteiros medievais, em cujos scriptoriae
os copistas e bibliotecários se dedicavam à
conservação e tradução dos clássicos: sem
eles, não teria havido, talvez, Renascimento
e Humanismo. As Ordens Mendicantes são
outra marca da civilização medieval, em
virtude da sua atividade assistencial,
caritativa e apostólica, revolucionando a
atitude da Igreja perante o Homem e o
mundo: S. Francisco de Assis e S. Domingos
de Gusmão são duas das luminárias do seu
tempo.
.Ingleses não saíam de Portugal.
Beresford perseguia todos aqueles que
estavam contra a presença dos ingleses em
Portugal. Em 1817, Gomes Freire de Andrade
tentou expulsar os ingleses mas não deu
resultado. Porém, em 1818, um grupo de
homens do Porto formaram o Sinédrio, uma
sociedade secreta com objetivo preparar
uma revolução. Esta sociedade tinha como
principais membros Manuel Fernandes
Tomás e os coronéis Cabreira e Sepúlveda.
Em 24 de agosto de 1820 deu-se a
revolução. O povo ajudou os revoltosos e fez
na rua manifestações de apoio. A revolução
espalhou-se pelo país. Os Ingleses foram
expulsos de Portugal e criaram um governo
provisório - Junta Provisional de Governo do
Reino. O Governo Provisório começou a
preparar eleições. Portugal escolheu os seus
deputados e estes formaram as Cortes
Constituintes que elaboraram uma
Constituição de veludo e decorada a fio de
ouro e prata. A Constituição de 1822
baseava-se na igualdade e na liberdade, ou
seja, era liberalista. Em 4 de julho de 1821 a
família real voltou e o rei D. João IV jurou
com toda a solenidade a Constituição
Portuguesa.
Com a corte no Brasil durante 14
anos, este ficou muito mais desenvolvido. D.
Pedro ficou a governar o Brasil e quando este
recebeu a notícia da constituição declarou
independência ao Brasil, em 7 de setembro
de 1822. Este acontecimento ficou conhecido
como Grito do Ipiranga.