O Ministério da Saúde ampliou para 69 anos a idade máxima para doação de sangue no Brasil, o que aumenta em 2 milhões o público potencial de doadores. Também foi assinada portaria que torna obrigatória a realização do teste NAT (teste de ácido nucleico) em todas as bolsas de sangue coletadas no país. Confira: http://goo.gl/K7lr9z
Ministério amplia idade doação sangue 69 anos e torna NAT obrigatório
1. Radar Saúde
Congresso
Boletim informativo do
Ministério da Saúde
destinado aos parlamentares
Ministério da Saúde amplia para
69 anos a idade máxima para
doação de sangue no Brasil
Também foi assinada portaria que torna obrigatório teste NAT, para detecção
dos vírus HIV e da Hepatite C, em todos os serviços públicos e privados do país
O Ministério da Saúde ampliou para 69 anos a idade máxima para doação de sangue no Brasil, o que
aumenta em dois milhões o público potencial de doadores. Anualmente, são coletadas 3,6 milhões
de bolsas no Brasil, o que corresponde ao índice de 1,8%. Embora o percentual esteja dentro dos
parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS), o governo federal trabalha para chegar ao
índice de 3%. Em 2012, o Ministério da Saúde reduziu a idade mínima para doação de 18 para 16
anos. Com a expansão das idades mínima e máxima, houve a abertura para 8,7 milhões de novos
voluntários.
Também foi assinada nesta terça-feira (12) uma portaria que torna obrigatória a realização do teste
NAT (teste de ácido nucleico), para detecção dos vírus HIV e da Hepatite C, em todas as bolsas de
sangue coletadas no país. O exame permite a identificação mais rápida desses agentes infecciosos.
Desde 2011, o NAT está em fase de implementação por meio do desenvolvimento gradativo de
tecnologia nacional, sem importação de produtos e com rigorosos processos que garantem a
qualidade do sangue. O processo é realizado no laboratório público Bio-Manguinhos, da Fiocruz.
Os hemocentros de todo o país terão 90 dias para se adequar às novas regras, que serão fiscalizadas
pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Atualmente, 75% da coleta de sangue no país
é feita na rede pública e 25%, na rede privada.
Ano 3 | nº 166
Novembro 2013
3,6 milhões
de bolsas de sangue
são coletadas
anualmente no Brasil
75%
da coleta de sangue
no país é feita pela
rede pública
2 milhões
a mais de pessoas
passam a ser
potenciais doadores
2. Rede para doação
O Sistema Único de Saúde (SUS) conta com 32
hemocentros coordenadores e 368 regionais e
núcleos de hemoterapia distribuídos em todo o
país. O investimento do Ministério da Saúde na
rede de sangue em hemoderivados chegou a R$
1,1 bi em 2012. Os recursos foram aplicados no
custeio do serviço, na qualidade da coleta e na
modernização das unidades, inclusive com a
implantação de tecnologias mais seguras.
Desde a década de 90, a rede pública oferece
testagem para detecção dos vírus das hepatites
B e C, HIV, Doença de Chagas, Sífilis e Malária
(na Região Norte).
O teste NAT será feito de forma adicional (para
detecção de HIV e hepatite tipo C). Os exames de
sorologia continuarão sendo aplicados.
Teste NAT
Tecnologia mais avançado no mercado para a detecção dos vírus da
hepatite C e HIV, e já adotada em outros países.
A partir de 2014, o governo federal vai financiar todos os gastos dos
sítios testadores (localizados em 14 estados) para implantação do
NAT, incluindo recursos humanos e armazenagem das amostras.
Para isso, o Ministério da Saúde vai dobrar os investimentos,
alcançando R$ 64 milhões por ano. Atualmente, já são pagos os
kits (para realização do teste) e transporte das amostras.
Brasil realiza anualmente a coleta
de 3,6 milhões de bolsas de sangue
Índice de 1,8%, dentro do percentual nos parâmetros da OMS
Ministério da Saúde trabalha para chegar ao índice de 3%