2. Biografia, obras e estilo literário:
Érico Lopes Veríssimo nasceu em Cruz Alta, em 1905 e faleceu em
Porto Alegre, em 1975. Concluiu o 1º grau (antigo ginásio) em Porto
Alegre. De volta a sua cidade natal, empregou-se no comércio, foi
bancário e sócio de uma farmácia. Em 1930, transferiu-se para Porto
Alegre, onde, depois de trabalhar algum tempo como desenhista e de
publicar alguns contos na imprensa local, empregou-se na Editora
Globo como secretário do Departamento Editorial. Viajou duas vezes
aos Estados Unidos, onde ministrou cursos de literatura brasileira.
3. Obras literárias
Romance: Clarissa (1933);
Caminhos cruzados (1935);
Música ao longe (1935);
Um lugar ao sol (1936);
Olhai os lírios do campo (1938);
Saga (1940);
O resto é silêncio (1942);
O tempo e o de narrativas de viagens.
4. CARACTERÍSTICAS DAS OBRAS
Costuma-se dividir a obra de Érico Veríssimo em três grupos:
1) Romance urbano: Clarissa, Caminhos cruzados, Um lugar ao
sol, Olhai os lírios do campo, Saga e o Resto é silêncio. As obras
desta fase registram a vida da pequena burguesia portoalegrense, com uma visão otimista, às vezes lírica, às vezes
crítica, e com uma linguagem tradicional, sem maiores
inovações estilística. Desta fase destacam-se Caminhos
cruzados, considerado um marco na evolução do romance
brasileiro. Nele, Érico Veríssimo usa a técnica do
contraponto, desenvolvida por Aldous Huxley (de quem fora
tradutor) e que consiste mesclar pontos de vista diferentes (do
escritor e das personagens) com a representação fragmentária
das situações vividas pelas personagens, sem que haja no texto
um centro catalisador
5. 2) Romance histórico: O tempo e o vento. A trilogia de
Érico Veríssimo procura abranger duzentos anos da
história do Rio Grande do Sul, de 1745 a 1945. O primeiro
volume (O continente), narra a conquista de São Pedro
pelos primeiros colonos e é considerado o ponto mais
alto de sua obra.
6. 3) Romance político: O senhor embaixador, O
prisioneiro e Incidente em Antares. Escrito durante o
período da ditadura militar, iniciada em
1964, denunciam os males do autoritarismo e as
violações dos direitos humanos. Desta série destaca-se
Incidente em Antares.