Dicas para porta-vozes lidarem com perguntas difíceis na imprensa
1. Media Training – BR
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Dicas para o bom desempenho dos porta-vozes em seus contatos
com a imprensa
008
Novembro 2010
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2. Não é difícil ver porta-vozes inexperientes na função mostrarem-se irritados,
durante entrevistas, com os questionamentos mais duros dos repórteres.
Deixam claro a contrariedade e, por vezes, reagem a altura. "Partem com
tudo para o revide". Este tipo de postura é totalmente equivocada e porta-voz
algum deve adotá-la, qualquer que seja a circunstância.
É função do repórter perguntar. E dentro dos limites impostos pela educação
e pelos "bons modos", deve perguntar sobre qualquer tema, ainda que
este possa incomodar o entrevistado. Afinal, todo porta-voz deve saber que o
que compromete o entrevistado não é a pergunta do repórter, mas sim a
resposta que ele oferece. E mais: ao "revidar" a altura a pergunta "dura" do
repórter, ou seja, com agressividade, o porta-voz está, na verdade, agredindo
a audiência. E pior, em nome da empresa que representa. Não é difícil de
entender a situação - bastante explorada nos Media Trainings - embora ainda
aconteça com freqüência.
O porta-voz precisa entender e, mais do que isso, aplicar durante as
entrevista, que ele não "fala ao repórter", mas sim a sua audiência. Ou seja, o
repórter é um "meio" que precisa coletar corretamente as informações para
poder passá-las das mesma forma à sua audiência.
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3. Além disso, o porta-voz precisa saber que quando se manifesta publicamente,
não o está fazendo em seu nome, mas em nome da empresa que representa.
Por todas estas razões, os porta-vozes, ainda que inexperientes, devem
entender bem o seu papel e o do repórter. Contudo, se o repórter ultrapassar
os limites da educação e dos "bons modos", o porta-voz deve desculpar-se
perante a audiência (se conceder a um meio eletrônico) e deixar claro o
motivo pelo qual está deixando a entrevista. Ninguém é obrigado a aguentar a
falta de respeito de quem quer que seja, mesmo de um repórer.
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