Trajeto de uma aluna com baixa visão em sala inclusiva
1. Trajeto de uma aluna com visão
subnormal numa classe inclusiva
2. CCEAD PUC-RIO
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – GOVERNO FEDERAL
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO – TECNOLOGIAS DA EDUCAÇÃO
DISCIPLINA: INCLUSÃO E TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
SEMINÁRIO: INCLUSÃO E
TECNOLOGIAS ASSISTIVAS –
SENSIBILIZAÇÃO
3. SEMINÁRIO: INCLUSÃO E TECNOLOGIAS
ASSISTIVAS – SENSIBILIZAÇÃO
O trajeto aqui descrito representa um caso fictício de
como uma aluna com baixa visão deveria ser recebida
pela escola e de como este encaminhamento
proporcionaria uma acolhida que inclui e insere a
aluna no processo de educativo.
4. Grupo AMO – Além dos Meus
Olhos
Mediador:
Alex Sanders Bogado de Lima
Grupo:
Ana Cleide Neres Silva
Maria José Pereira de Jesus Silva
Pollianna Santos Castro de Queiroz
Coordenadora do Grupo
Maria José Pereira de Jesus Silva
5. Perfil da aluna
Nome: D.S.
Idade: 11 anos
Série: 5º ano
Dificuldades específicas:Dificuldade em enxergar de perto, e
necessita de um esforço maior para acomodar a imagem na retina.
Deficiência: Hipermetropia
Relatório:A aluna sente dores de cabeça, tonturas e cansaço visual,
principalmente se estiver lendo, escrevendo, pintando ou brincando
com objetos próximos dos olhos. Mostra-se dispersa em algumas
atividades e gosta de brincar ao ar livre.
6. Baixa Visão
Visão Subnormal pode ser conceituada como toda
diminuição de visão que ocasione incapacidade funcional.
Visão Normal Perda da Visão Central
8. Entendendo a Hipermetropia...
É uma condição na qual os raios luminosos que penetram no
olho são focalizados atrás da retina, ou seja, a pessoa que tem
hipermetropia tem o comprimento do olho menor que o normal
9. Preparação prévia do professor
Antes de receber a aluna a professora vivenciou algumas situações:
•Conhecimento básico do docente sobre Orientação e Mobilidade;
•Triagem através de ficha de avaliação da visão funcional;
•Busca junto à família de detalhes sobre a
real condição da criança;
•Contato com o professor da sala de recursos
multifuncionais para buscar orientações
de como atender a aluna;
•Preparação da equipe escolar.
10. Adaptação à sala
A fim de que D.S. se adaptasse a sala a
professora conversou com a turma,
tirou dúvidas e orientou para que todos
a recebesse de forma natural;
Com pouco tempo D.S. estava
familiarizada com a professora, com
meio físico e com os colegas.
Hoje a professora já conhece melhor
aluna e está atenta aos seus interesses,
habilidades e referencial perceptual,
tratando-a com respeito, sem esquecer
que assim como os colegas tem suas
características próprias.
11. Adaptações físicas
A sala de D.S. é uma sala arejada e iluminada, o professor
regente professor regente sempre está atento à disposição da
mobília e costuma manter a disposição do mobiliário da sala a
fim de facilitar o deslocamento da criança.
D.S. já consegue andar pelas dependências da escola sem
problemas, pois houve uma orientação para que o espaço
externo e interno da sal se tornasse familiar.
Na sala a professora evita deixar as portas entreabertas, as
gavetas ficam bem fechadas e os objetos não ficam espalhados
pelo chão.
O piso da sala é antiderrapante.
12. Instalação de artefatos
tecnológicos
Solução para os entraves
Sempre que necessário D.S. faz uso de recursos ópticos e não
ópticos.
Recursos ópticos
Para longe: telescópio; telessistemas, telelupas e lunetas.
Para perto: óculos especiais com lentes de aumento(óculos
bifocais, lentes esferoprismáticas, lentes monofocais esféricas,
sistemas telemicroscópicos).
Lupas manuais ou lupas de mesa e de
apoio: úteis para ampliar o tamanho de
fontes para a leitura, as dimensões de
mapas, gráficos, diagramas, figuras etc.
13. Instalação de artefatos
tecnológicos
Recursos não-òpticos:
Tipos ampliados: ampliação de fontes, de sinais e
símbolos gráficos em livros, apostilas, textos avulsos,
jogos, agendas, entre outros.
Acetato amarelo: diminui a incidência de claridade sobre
o papel.
Carteira adaptada, com a mesa inclinada para que o
aluno possa realizar as atividades com conforto visual e
estabilidade da coluna vertebral.
Softwares com magnificadores de tela e Programas com
síntese de voz.
17. Ações de acolhimento coletiva e
Atividades de integração
Na sala de D.S há um clima propício ao diálogo, esta é uma forma de
quebrar alguns tabus e acolher as diferenças;
O relacionamento entre colegas, professora e família é aberto;
D.S e os colegas conversam muito, esta é uma maneira de evitar a
comunicação gestual;
18. Ações de acolhimento coletiva e
Atividades de integração
A superproteção é evitada e não há espaço para a
discriminação na sala de D.
Nas atividades de educação física D.S. participa das
brincadeiras e sente inclusa no contexto; nestas
atividades são necessárias algumas adaptações;
Já nas atividades artísticas D. mostra suas habilidades e
são poucas as adaptações necessárias.
19. Execução de exercícios e provas
Ao fazer exercícios e provas a aluna
D.S. utiliza alguns instrumentos que
facilitem a leitura e a escrita, como:
Exercícios escritos em fontes
grandes;
Exercícios orais;
Tempo de avaliação é
estendido, considerando-se as
peculiaridades.
Tarefas escolares utilizando a
máquina de escrever em Braille
ou o computador.
20. Avaliação
Para avaliar D.S., a professora utiliza diversos recursos
sensoriais e cognitivos para contemplar as diferentes formas
de aprender da aluna.
As referências visuais são
alteradas ou adaptadas por
meio de representações e
relevo. É o caso, por exemplo,
de desenhos, gráficos,
diagramas, gravuras, uso de
microscópios
21. Trabalhos cooperativos
Atividades realizadas pela
professora de D.S. para uma
aprendizagem cooperativa:
• Atividades complementares;
• Atividades de apoio à
aprendizagem;
• Ensino em equipe.
O sucesso do ensino cooperativo
depende de dois fatores
fundamentais:
• Tempo disponível para o
planejamento em conjunto;
• Compatibilidade entre os estilos de
trabalho e personalidades dos dois
professores.
22. Interação com a família
A família de D.S está sempre
participando da vida escolar da
família, isso só foi possível porque
a escola desde o primeiro
momento manteve um diálogo
aberto com os pais
A escola conseguiu envolver os
pais no processo de inclusão
chamando-os para encontrar
soluções para as dificuldades
encontradas.
23. Tecnologias assistivas
DOSVOX: sistema operacional que possui um conjunto de ferramentas e aplicativos próprios
além de agenda, chat e jogos interativos.
http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox
VIRTUAL VISION: é um software brasileiro desenvolvido para operar com os utilitários e as
ferramentas doambiente Windows.
http://www.micropower.com.br
JAWS: software mundialmente conhecido como o leitor de tela mais completo e avançado.
Possui uma ampla gama de recursos e ferramentas com tradução para diversos
idiomas, inclusive para o português.
http://www.lerparaver.com
http://www.laramara.org.br
Materiais e equipamentos adaptados:
Desportivos - Objetos em relevo
Máquina braile - Texturas diversas
Reglete - Filmes
Punção - Tamanho de letras
Mapa tátil - Atrill + lupa+ luz + presilhas
Lentes de aumento - Softwares educativos específicos
Soroban - Bengalas
24. Olhar
Olhar não é ver...
Ver não é olhar...
tu me olhas
eu te vejo!
Ver
é sentir
a essência
do Ser
Edir Pina de Barros