SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 21
• Designa-se por Trovadorismo o período queDesigna-se por Trovadorismo o período que
engloba a produção literária de Portugal duranteengloba a produção literária de Portugal durante
seus primeiros séculos de existência (seus primeiros séculos de existência (séc. XII aoséc. XII ao
XVXV))..
• Durante essa época a poesia alcançou grandeDurante essa época a poesia alcançou grande
popularidade, não somente entre os nobres da cortepopularidade, não somente entre os nobres da corte
mas também entre as pessoas comuns do povo.mas também entre as pessoas comuns do povo.
• Os poemas eram cantados e acompanhados deOs poemas eram cantados e acompanhados de
instrumentos musicais e danças, por causa disso,instrumentos musicais e danças, por causa disso,
foram denominadosforam denominados cantigas.cantigas.
• Momento final da Idade Média naMomento final da Idade Média na
Península Ibérica, onde a culturaPenínsula Ibérica, onde a cultura
apresenta a religiosidade comoapresenta a religiosidade como
elemento marcante.elemento marcante.
• A vida do homem medieval éA vida do homem medieval é
totalmente norteada pelos valorestotalmente norteada pelos valores
religiosos e para a salvação da alma.religiosos e para a salvação da alma.
• São comuns procissões, romarias,São comuns procissões, romarias,
construção de templos religiosos,construção de templos religiosos,
• A arte reflete, então, esse sentimentoA arte reflete, então, esse sentimento
religioso em que tudo gira em torno dereligioso em que tudo gira em torno de
Deus.Deus.
• Por isso, essa época é chamada dePor isso, essa época é chamada de
Teocêntrica.Teocêntrica.
• As relações sociais estão baseadasAs relações sociais estão baseadas
também na submissão aos senhorestambém na submissão aos senhores
feudais. Estes eram os detentores dafeudais. Estes eram os detentores da
posse da terra, habitavam castelos eposse da terra, habitavam castelos e
exerciam o poder absoluto sobre seusexerciam o poder absoluto sobre seus
servos ou vassalos.servos ou vassalos.
• Há bastante distanciamento entre asHá bastante distanciamento entre as
classes sociais, marcando bem aclasses sociais, marcando bem a
superioridade de uma sobre a outra.superioridade de uma sobre a outra.
• O marco inicial do TrovadorismoO marco inicial do Trovadorismo
data da primeira cantiga feita pordata da primeira cantiga feita por
Paio Soares Taveirós,Paio Soares Taveirós,
provavelmente em 1198, entituladaprovavelmente em 1198, entitulada
Cantiga da Ribeirinha.Cantiga da Ribeirinha.
• A poesia desta época compõe-seA poesia desta época compõe-se
basicamente de cantigas, geralmente combasicamente de cantigas, geralmente com
acompanhamento de instrumentosacompanhamento de instrumentos
(alaúde, flauta, viola, gaita etc.).(alaúde, flauta, viola, gaita etc.).
• Os autores dessas cantigas eramOs autores dessas cantigas eram
chamados dechamados de trovadorestrovadores..
• Esses poetas faziam parte da nobreza ouEsses poetas faziam parte da nobreza ou
do clero e, além da letra, criavam ado clero e, além da letra, criavam a
música das composições que erammúsica das composições que eram
• Já nas camadas populares, quemJá nas camadas populares, quem
cantava e executava as canções,cantava e executava as canções,
mas não as criava, eram osmas não as criava, eram os jograis.jograis.
• Mais tarde, as cantigas foramMais tarde, as cantigas foram
copiladas em Cancioneiros.copiladas em Cancioneiros.
• Os mais importantes CancioneirosOs mais importantes Cancioneiros
desta época são o dadesta época são o da AjudaAjuda, o da, o da
BibliotecaBiblioteca NacionalNacional e o dae o da VaticanaVaticana..
• As cantigas eram cantadas no idiomaAs cantigas eram cantadas no idioma
galego-português e dividem-se em doisgalego-português e dividem-se em dois
tipos:tipos:
→→líricas (de amor e de amigo);líricas (de amor e de amigo);
→→ satíricas (de escárnio e mal-dizer).satíricas (de escárnio e mal-dizer).
• Do ponto de vista literário, as cantigasDo ponto de vista literário, as cantigas
líricas apresentam maior potencial poislíricas apresentam maior potencial pois
formam a base da poesia líricaformam a base da poesia lírica
• Origem em Provença, região da França.Origem em Provença, região da França.
• Trazidas através dos eventos religiosos eTrazidas através dos eventos religiosos e
contatos entre as cortes.contatos entre as cortes.
• Tratam, geralmente, de um relacionamentoTratam, geralmente, de um relacionamento
amoroso, em que o trovador canta seu amor aamoroso, em que o trovador canta seu amor a
uma dama, normalmente de posição socialuma dama, normalmente de posição social
superior, inatingível.superior, inatingível.
• Refletindo a relação social de servidão, oRefletindo a relação social de servidão, o
trovador roga a dama que aceite sua dedicaçãotrovador roga a dama que aceite sua dedicação
e submissão.e submissão.
• Eu-lírico -Eu-lírico - masculinomasculino
Perguntar-vos quero por DeusPerguntar-vos quero por Deus
Senhor fremosa, que vos fezSenhor fremosa, que vos fez
mesurada e de bon prez,mesurada e de bon prez,
que pecados foron os meusque pecados foron os meus
     que nunca tevestes por ben     que nunca tevestes por ben
     de nunca mi fazerdes ben.     de nunca mi fazerdes ben.
  
Pero sempre vos soub'amarPero sempre vos soub'amar
des aquel dia que vos vi,des aquel dia que vos vi,
mays que os meus olhos en mi,mays que os meus olhos en mi,
e assy o quis Deus guisar,e assy o quis Deus guisar,
     que nunca tevestes por ben     que nunca tevestes por ben
de nunca mi fazerdes ben.de nunca mi fazerdes ben.
Des que vos vi, sempr'o maiorDes que vos vi, sempr'o maior
ben que vos podia quererben que vos podia querer
vos quigi, a todo meu poder,vos quigi, a todo meu poder,
e pero quis Nostro Senhore pero quis Nostro Senhor
     que nunca tevestes por ben     que nunca tevestes por ben
     de nunca mi fazerdes ben.     de nunca mi fazerdes ben.
  
Mays, senhor, ainda con benMays, senhor, ainda con ben
se cobraria ben por ben.se cobraria ben por ben.
(Don Dinis, rei de Portugal que viveu entre(Don Dinis, rei de Portugal que viveu entre
1261 – 1325)1261 – 1325)
• Este tipo de texto apresenta um eu-líricoEste tipo de texto apresenta um eu-lírico
feminino.feminino.
• O trovador compõe a cantiga, mas oO trovador compõe a cantiga, mas o
ponto de vista é feminino.ponto de vista é feminino.
• Tem como tema o sofrimento da mulher àTem como tema o sofrimento da mulher à
espera do namorado (chamado "amigo"),espera do namorado (chamado "amigo"),
a dor do amor não correspondido, asa dor do amor não correspondido, as
saudades, os ciúmes, as confissões dasaudades, os ciúmes, as confissões da
mulher a suas amigas, etc.mulher a suas amigas, etc.
• Os elementos da natureza estãoOs elementos da natureza estão
sempre presentes, além de pessoassempre presentes, além de pessoas
do ambiente familiar, evidenciando odo ambiente familiar, evidenciando o
caráter popular da cantiga de amigo.caráter popular da cantiga de amigo.
• Eu-lírico -Eu-lírico - femininofeminino
Ondas do mar de Vigo,Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo!se vistes meu amigo!
E ai Deus, se verrá cedo!E ai Deus, se verrá cedo!
Ondas do mar levado,Ondas do mar levado,
se vistes meu amado!se vistes meu amado!
E ai Deus, se verrá cedo!E ai Deus, se verrá cedo!
Se vistes meu amigo,Se vistes meu amigo,
o por que eu sospiro!o por que eu sospiro!
E ai Deus, se verrá cedo!E ai Deus, se verrá cedo!
Se vistes meu amado,Se vistes meu amado,
por que hei gran cuidado!por que hei gran cuidado!
E ai Deus, se verrá cedo!E ai Deus, se verrá cedo!
Martin CodaxMartin Codax
Nessas cantigas os trovadoresNessas cantigas os trovadores
preocupavam-se em denunciar os falsospreocupavam-se em denunciar os falsos
valores morais vigentes, atingindo todasvalores morais vigentes, atingindo todas
as classes sociais: senhores feudais,as classes sociais: senhores feudais,
clérigos, povo e até eles próprios.clérigos, povo e até eles próprios.
Dividem-se em:Dividem-se em:
–Cantigas deCantigas de
escárnioescárnio - crítica - crítica
indireta e irônicaindireta e irônica
–Cantigas de maldizerCantigas de maldizer  - -
crítica direta e maiscrítica direta e mais
grosseiragrosseira
Ai, dona fea, foste-vos queixar Ai, dona fea, foste-vos queixar 
que vos nunca louv[o] em meuque vos nunca louv[o] em meu
cantar; cantar; 
mais ora quero fazer um cantar mais ora quero fazer um cantar 
em que vos loarei toda via; em que vos loarei toda via; 
e vedes como vos quero loar: e vedes como vos quero loar: 
dona fea, velha e sandia!... dona fea, velha e sandia!... 
Dona fea, se Deus me perdon,Dona fea, se Deus me perdon,
pois avedes [a] tan gran coraçonpois avedes [a] tan gran coraçon
que vos eu loe, en esta razonque vos eu loe, en esta razon
vos quero já loar toda via;vos quero já loar toda via;
e vedes qual será a loaçon:e vedes qual será a loaçon:
dona fea, velha e sandia!dona fea, velha e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loeiDona fea, nunca vos eu loei
en meu trobar, pero muito trobei;en meu trobar, pero muito trobei;
mais ora já un bon cantar farei,mais ora já un bon cantar farei,
en que vos loarei toda via;en que vos loarei toda via;
e direi-vos como vos loarei:e direi-vos como vos loarei:
dona fea, velha e sandia!dona fea, velha e sandia!
Joan Garcia de GuilhadeJoan Garcia de Guilhade
Maria Peres se mãefestou Maria Peres se mãefestou 
noutro dia, ca por pecador noutro dia, ca por pecador 
se sentiu, e log' a Nostro Senhorse sentiu, e log' a Nostro Senhor
prometeu, pelo mal em que andou,prometeu, pelo mal em que andou,
que tevess' um clérig' a seu poder, que tevess' um clérig' a seu poder, 
polos pecados que lhi faz fazerpolos pecados que lhi faz fazer
o demo, com que x'ela sempr'andou. o demo, com que x'ela sempr'andou. 
  
Mãefestou-se, caMãefestou-se, ca   diz que s'achoudiz que s'achou
pecador mui't,pecador mui't,  porém, rogadorporém, rogador
foi log' a Deus, ca teve por melhorfoi log' a Deus, ca teve por melhor
de guardar a El ca o que a guardoude guardar a El ca o que a guardou
E mentre E mentre   viva diz que quer teerviva diz que quer teer
um clérigo, com que se defenderum clérigo, com que se defender
possa do demo, que sempre guardoupossa do demo, que sempre guardou
E pois  que bem seus pecados catouE pois  que bem seus pecados catou
de sa mor' ouv  ela gram pavorde sa mor' ouv  ela gram pavor
e d'esmolar ouv' ela gram sabor e d'esmolar ouv' ela gram sabor 
E logo entom um clérico filhouE logo entom um clérico filhou  
e deu-lhe a cama em que sol jazer e deu-lhe a cama em que sol jazer 
E diz que o terrá mentre viverE diz que o terrá mentre viver
e esta fará; todo por Deus filhou. e esta fará; todo por Deus filhou. 
E pois que s'este preitoE pois que s'este preito   começou, começou,
antr'eles ambos ouve grand'amor.antr'eles ambos ouve grand'amor.
Antr'el Antr'el   á sempr'o demo maiorá sempr'o demo maior
atá que se Balteira confessou.atá que se Balteira confessou.
Mais pois que viu o clérigo caer,Mais pois que viu o clérigo caer,
antre'eles ambos ouv'i antre'eles ambos ouv'i   a perdera perder
o demo, dês que o demo, dês que (desde que)(desde que) s'ela confessou.  s'ela confessou. 
  

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (17)

Trovadorismo prof.-micheli
Trovadorismo prof.-micheliTrovadorismo prof.-micheli
Trovadorismo prof.-micheli
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Literatura Medieval Poesia e a Prosa Trovadoresca
Literatura Medieval  Poesia e a Prosa TrovadorescaLiteratura Medieval  Poesia e a Prosa Trovadoresca
Literatura Medieval Poesia e a Prosa Trovadoresca
 
A poesia lírica trovadoresca
A poesia lírica trovadoresca A poesia lírica trovadoresca
A poesia lírica trovadoresca
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Poesia Trovadoresca
Poesia TrovadorescaPoesia Trovadoresca
Poesia Trovadoresca
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Poesia trovadoresca
Poesia trovadorescaPoesia trovadoresca
Poesia trovadoresca
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Cantigas de amor
Cantigas de amorCantigas de amor
Cantigas de amor
 
Trovadorismo português
Trovadorismo portuguêsTrovadorismo português
Trovadorismo português
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Trovadorismo1
Trovadorismo1Trovadorismo1
Trovadorismo1
 
A.Apres.Cantigas.Medievais.Literatura
A.Apres.Cantigas.Medievais.LiteraturaA.Apres.Cantigas.Medievais.Literatura
A.Apres.Cantigas.Medievais.Literatura
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Resumos de literaturaportuguesa
Resumos de literaturaportuguesaResumos de literaturaportuguesa
Resumos de literaturaportuguesa
 
Sarau Era Medieval
Sarau Era MedievalSarau Era Medieval
Sarau Era Medieval
 

Destaque

סדנת ניקוי רעלים
סדנת ניקוי רעליםסדנת ניקוי רעלים
סדנת ניקוי רעליםn_avraham1
 
Lenka Communication
Lenka CommunicationLenka Communication
Lenka Communicationxavier
 
Custom Desktop
Custom DesktopCustom Desktop
Custom DesktopBechtel524
 
Opening presentation #pdfua
Opening presentation #pdfuaOpening presentation #pdfua
Opening presentation #pdfuaTechSoup Europe
 
סדנת ניקוי רעלים נועה
סדנת ניקוי רעלים נועהסדנת ניקוי רעלים נועה
סדנת ניקוי רעלים נועהn_avraham1
 
áLbum de fotografías de deportes
áLbum de fotografías de deportesáLbum de fotografías de deportes
áLbum de fotografías de deportesYaderlainSmail
 
Senior Project Work Log
Senior Project Work LogSenior Project Work Log
Senior Project Work Logaleiahollands
 
Previsão surf carcavelos
Previsão surf carcavelosPrevisão surf carcavelos
Previsão surf carcavelosMeteocean Surf
 
Acoe mms image slideshare v.2
Acoe mms image slideshare v.2Acoe mms image slideshare v.2
Acoe mms image slideshare v.2Reina Cabezas
 
Carta a gaia
Carta a gaiaCarta a gaia
Carta a gaialei428
 
Htc electro magnetic field tester emf 522
Htc electro magnetic field tester emf 522Htc electro magnetic field tester emf 522
Htc electro magnetic field tester emf 522Monarch Controls
 
MUC110 LEC7.CD PRODUCTION PROCESS
MUC110 LEC7.CD PRODUCTION PROCESSMUC110 LEC7.CD PRODUCTION PROCESS
MUC110 LEC7.CD PRODUCTION PROCESSMUC110
 

Destaque (16)

סדנת ניקוי רעלים
סדנת ניקוי רעליםסדנת ניקוי רעלים
סדנת ניקוי רעלים
 
Lenka Communication
Lenka CommunicationLenka Communication
Lenka Communication
 
Custom Desktop
Custom DesktopCustom Desktop
Custom Desktop
 
Syed M Wajihullah Manager Hr
Syed M Wajihullah  Manager HrSyed M Wajihullah  Manager Hr
Syed M Wajihullah Manager Hr
 
Tortugas
TortugasTortugas
Tortugas
 
Opening presentation #pdfua
Opening presentation #pdfuaOpening presentation #pdfua
Opening presentation #pdfua
 
HGBGObjetos
HGBGObjetosHGBGObjetos
HGBGObjetos
 
סדנת ניקוי רעלים נועה
סדנת ניקוי רעלים נועהסדנת ניקוי רעלים נועה
סדנת ניקוי רעלים נועה
 
áLbum de fotografías de deportes
áLbum de fotografías de deportesáLbum de fotografías de deportes
áLbum de fotografías de deportes
 
Senior Project Work Log
Senior Project Work LogSenior Project Work Log
Senior Project Work Log
 
Previsão surf carcavelos
Previsão surf carcavelosPrevisão surf carcavelos
Previsão surf carcavelos
 
Acoe mms image slideshare v.2
Acoe mms image slideshare v.2Acoe mms image slideshare v.2
Acoe mms image slideshare v.2
 
rd250
rd250rd250
rd250
 
Carta a gaia
Carta a gaiaCarta a gaia
Carta a gaia
 
Htc electro magnetic field tester emf 522
Htc electro magnetic field tester emf 522Htc electro magnetic field tester emf 522
Htc electro magnetic field tester emf 522
 
MUC110 LEC7.CD PRODUCTION PROCESS
MUC110 LEC7.CD PRODUCTION PROCESSMUC110 LEC7.CD PRODUCTION PROCESS
MUC110 LEC7.CD PRODUCTION PROCESS
 

Semelhante a O Trovadorismo na literatura medieval portuguesa

Literatura medieval prof katty
Literatura medieval    prof kattyLiteratura medieval    prof katty
Literatura medieval prof kattyKatty Rasga
 
Literatura portuguesa
Literatura portuguesaLiteratura portuguesa
Literatura portuguesacassab96
 
A Poesia Trovadoresca - contextualização .pptx
A Poesia Trovadoresca - contextualização .pptxA Poesia Trovadoresca - contextualização .pptx
A Poesia Trovadoresca - contextualização .pptxssuser74563c1
 
Trovadorismo revisado
Trovadorismo revisadoTrovadorismo revisado
Trovadorismo revisadoFrancisco
 
Trovadorismo e humanismo
Trovadorismo e humanismoTrovadorismo e humanismo
Trovadorismo e humanismorosangelajoao
 
História da literatura trovadorismo
História da literatura trovadorismoHistória da literatura trovadorismo
História da literatura trovadorismoJosue Jorge Cruz
 
poesia_trovadoresca.pptx
poesia_trovadoresca.pptxpoesia_trovadoresca.pptx
poesia_trovadoresca.pptxNdiaMonteiro17
 
Poesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - ResumoPoesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - ResumoGijasilvelitz 2
 
BOM_Sintese_poesia_trovadoresca.pptx
BOM_Sintese_poesia_trovadoresca.pptxBOM_Sintese_poesia_trovadoresca.pptx
BOM_Sintese_poesia_trovadoresca.pptxssuser7869761
 

Semelhante a O Trovadorismo na literatura medieval portuguesa (20)

Trovadorismo1
Trovadorismo1Trovadorismo1
Trovadorismo1
 
Trovadorismo1
Trovadorismo1Trovadorismo1
Trovadorismo1
 
Literatura medieval prof katty
Literatura medieval    prof kattyLiteratura medieval    prof katty
Literatura medieval prof katty
 
O Trovadorismo
O Trovadorismo O Trovadorismo
O Trovadorismo
 
Literatura Medieval
Literatura MedievalLiteratura Medieval
Literatura Medieval
 
Literatura portuguesa
Literatura portuguesaLiteratura portuguesa
Literatura portuguesa
 
Trovadorismo1
Trovadorismo1Trovadorismo1
Trovadorismo1
 
Trovadorismo1
Trovadorismo1Trovadorismo1
Trovadorismo1
 
Trovadorismo1
Trovadorismo1Trovadorismo1
Trovadorismo1
 
A Poesia Trovadoresca - contextualização .pptx
A Poesia Trovadoresca - contextualização .pptxA Poesia Trovadoresca - contextualização .pptx
A Poesia Trovadoresca - contextualização .pptx
 
Trovadorismo revisado
Trovadorismo revisadoTrovadorismo revisado
Trovadorismo revisado
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Trovadorismo e humanismo
Trovadorismo e humanismoTrovadorismo e humanismo
Trovadorismo e humanismo
 
História da literatura trovadorismo
História da literatura trovadorismoHistória da literatura trovadorismo
História da literatura trovadorismo
 
literatura_trovadorismo.ppt
literatura_trovadorismo.pptliteratura_trovadorismo.ppt
literatura_trovadorismo.ppt
 
literatura_trovadorismo.ppt
literatura_trovadorismo.pptliteratura_trovadorismo.ppt
literatura_trovadorismo.ppt
 
poesia_trovadoresca.pptx
poesia_trovadoresca.pptxpoesia_trovadoresca.pptx
poesia_trovadoresca.pptx
 
Poesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - ResumoPoesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - Resumo
 
BOM_Sintese_poesia_trovadoresca.pptx
BOM_Sintese_poesia_trovadoresca.pptxBOM_Sintese_poesia_trovadoresca.pptx
BOM_Sintese_poesia_trovadoresca.pptx
 
[Trovadorismo E Humanismo
[Trovadorismo E Humanismo[Trovadorismo E Humanismo
[Trovadorismo E Humanismo
 

Último

geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundonialb
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaA Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaFernanda Ledesma
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbyasminlarissa371
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxBiancaNogueira42
 
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfNoções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfdottoor
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASEdinardo Aguiar
 
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino FundamentalCartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamentalgeone480617
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoSilvaDias3
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira partecoletivoddois
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileirosMary Alvarenga
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESpatriciasofiacunha18
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfpaulafernandes540558
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfAnaGonalves804156
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...LuizHenriquedeAlmeid6
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdfProfGleide
 

Último (20)

geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaA Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
 
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppttreinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
 
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfNoções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
 
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino FundamentalCartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
 

O Trovadorismo na literatura medieval portuguesa

  • 1.
  • 2. • Designa-se por Trovadorismo o período queDesigna-se por Trovadorismo o período que engloba a produção literária de Portugal duranteengloba a produção literária de Portugal durante seus primeiros séculos de existência (seus primeiros séculos de existência (séc. XII aoséc. XII ao XVXV)).. • Durante essa época a poesia alcançou grandeDurante essa época a poesia alcançou grande popularidade, não somente entre os nobres da cortepopularidade, não somente entre os nobres da corte mas também entre as pessoas comuns do povo.mas também entre as pessoas comuns do povo. • Os poemas eram cantados e acompanhados deOs poemas eram cantados e acompanhados de instrumentos musicais e danças, por causa disso,instrumentos musicais e danças, por causa disso, foram denominadosforam denominados cantigas.cantigas.
  • 3. • Momento final da Idade Média naMomento final da Idade Média na Península Ibérica, onde a culturaPenínsula Ibérica, onde a cultura apresenta a religiosidade comoapresenta a religiosidade como elemento marcante.elemento marcante. • A vida do homem medieval éA vida do homem medieval é totalmente norteada pelos valorestotalmente norteada pelos valores religiosos e para a salvação da alma.religiosos e para a salvação da alma. • São comuns procissões, romarias,São comuns procissões, romarias, construção de templos religiosos,construção de templos religiosos,
  • 4. • A arte reflete, então, esse sentimentoA arte reflete, então, esse sentimento religioso em que tudo gira em torno dereligioso em que tudo gira em torno de Deus.Deus. • Por isso, essa época é chamada dePor isso, essa época é chamada de Teocêntrica.Teocêntrica. • As relações sociais estão baseadasAs relações sociais estão baseadas também na submissão aos senhorestambém na submissão aos senhores feudais. Estes eram os detentores dafeudais. Estes eram os detentores da posse da terra, habitavam castelos eposse da terra, habitavam castelos e exerciam o poder absoluto sobre seusexerciam o poder absoluto sobre seus servos ou vassalos.servos ou vassalos.
  • 5. • Há bastante distanciamento entre asHá bastante distanciamento entre as classes sociais, marcando bem aclasses sociais, marcando bem a superioridade de uma sobre a outra.superioridade de uma sobre a outra. • O marco inicial do TrovadorismoO marco inicial do Trovadorismo data da primeira cantiga feita pordata da primeira cantiga feita por Paio Soares Taveirós,Paio Soares Taveirós, provavelmente em 1198, entituladaprovavelmente em 1198, entitulada Cantiga da Ribeirinha.Cantiga da Ribeirinha.
  • 6. • A poesia desta época compõe-seA poesia desta época compõe-se basicamente de cantigas, geralmente combasicamente de cantigas, geralmente com acompanhamento de instrumentosacompanhamento de instrumentos (alaúde, flauta, viola, gaita etc.).(alaúde, flauta, viola, gaita etc.). • Os autores dessas cantigas eramOs autores dessas cantigas eram chamados dechamados de trovadorestrovadores.. • Esses poetas faziam parte da nobreza ouEsses poetas faziam parte da nobreza ou do clero e, além da letra, criavam ado clero e, além da letra, criavam a música das composições que erammúsica das composições que eram
  • 7. • Já nas camadas populares, quemJá nas camadas populares, quem cantava e executava as canções,cantava e executava as canções, mas não as criava, eram osmas não as criava, eram os jograis.jograis. • Mais tarde, as cantigas foramMais tarde, as cantigas foram copiladas em Cancioneiros.copiladas em Cancioneiros. • Os mais importantes CancioneirosOs mais importantes Cancioneiros desta época são o dadesta época são o da AjudaAjuda, o da, o da BibliotecaBiblioteca NacionalNacional e o dae o da VaticanaVaticana..
  • 8. • As cantigas eram cantadas no idiomaAs cantigas eram cantadas no idioma galego-português e dividem-se em doisgalego-português e dividem-se em dois tipos:tipos: →→líricas (de amor e de amigo);líricas (de amor e de amigo); →→ satíricas (de escárnio e mal-dizer).satíricas (de escárnio e mal-dizer). • Do ponto de vista literário, as cantigasDo ponto de vista literário, as cantigas líricas apresentam maior potencial poislíricas apresentam maior potencial pois formam a base da poesia líricaformam a base da poesia lírica
  • 9. • Origem em Provença, região da França.Origem em Provença, região da França. • Trazidas através dos eventos religiosos eTrazidas através dos eventos religiosos e contatos entre as cortes.contatos entre as cortes. • Tratam, geralmente, de um relacionamentoTratam, geralmente, de um relacionamento amoroso, em que o trovador canta seu amor aamoroso, em que o trovador canta seu amor a uma dama, normalmente de posição socialuma dama, normalmente de posição social superior, inatingível.superior, inatingível. • Refletindo a relação social de servidão, oRefletindo a relação social de servidão, o trovador roga a dama que aceite sua dedicaçãotrovador roga a dama que aceite sua dedicação e submissão.e submissão. • Eu-lírico -Eu-lírico - masculinomasculino
  • 10. Perguntar-vos quero por DeusPerguntar-vos quero por Deus Senhor fremosa, que vos fezSenhor fremosa, que vos fez mesurada e de bon prez,mesurada e de bon prez, que pecados foron os meusque pecados foron os meus      que nunca tevestes por ben     que nunca tevestes por ben      de nunca mi fazerdes ben.     de nunca mi fazerdes ben.    Pero sempre vos soub'amarPero sempre vos soub'amar des aquel dia que vos vi,des aquel dia que vos vi, mays que os meus olhos en mi,mays que os meus olhos en mi, e assy o quis Deus guisar,e assy o quis Deus guisar,      que nunca tevestes por ben     que nunca tevestes por ben de nunca mi fazerdes ben.de nunca mi fazerdes ben.
  • 11. Des que vos vi, sempr'o maiorDes que vos vi, sempr'o maior ben que vos podia quererben que vos podia querer vos quigi, a todo meu poder,vos quigi, a todo meu poder, e pero quis Nostro Senhore pero quis Nostro Senhor      que nunca tevestes por ben     que nunca tevestes por ben      de nunca mi fazerdes ben.     de nunca mi fazerdes ben.    Mays, senhor, ainda con benMays, senhor, ainda con ben se cobraria ben por ben.se cobraria ben por ben. (Don Dinis, rei de Portugal que viveu entre(Don Dinis, rei de Portugal que viveu entre 1261 – 1325)1261 – 1325)
  • 12. • Este tipo de texto apresenta um eu-líricoEste tipo de texto apresenta um eu-lírico feminino.feminino. • O trovador compõe a cantiga, mas oO trovador compõe a cantiga, mas o ponto de vista é feminino.ponto de vista é feminino. • Tem como tema o sofrimento da mulher àTem como tema o sofrimento da mulher à espera do namorado (chamado "amigo"),espera do namorado (chamado "amigo"), a dor do amor não correspondido, asa dor do amor não correspondido, as saudades, os ciúmes, as confissões dasaudades, os ciúmes, as confissões da mulher a suas amigas, etc.mulher a suas amigas, etc.
  • 13. • Os elementos da natureza estãoOs elementos da natureza estão sempre presentes, além de pessoassempre presentes, além de pessoas do ambiente familiar, evidenciando odo ambiente familiar, evidenciando o caráter popular da cantiga de amigo.caráter popular da cantiga de amigo. • Eu-lírico -Eu-lírico - femininofeminino
  • 14. Ondas do mar de Vigo,Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo!se vistes meu amigo! E ai Deus, se verrá cedo!E ai Deus, se verrá cedo! Ondas do mar levado,Ondas do mar levado, se vistes meu amado!se vistes meu amado! E ai Deus, se verrá cedo!E ai Deus, se verrá cedo!
  • 15. Se vistes meu amigo,Se vistes meu amigo, o por que eu sospiro!o por que eu sospiro! E ai Deus, se verrá cedo!E ai Deus, se verrá cedo! Se vistes meu amado,Se vistes meu amado, por que hei gran cuidado!por que hei gran cuidado! E ai Deus, se verrá cedo!E ai Deus, se verrá cedo! Martin CodaxMartin Codax
  • 16. Nessas cantigas os trovadoresNessas cantigas os trovadores preocupavam-se em denunciar os falsospreocupavam-se em denunciar os falsos valores morais vigentes, atingindo todasvalores morais vigentes, atingindo todas as classes sociais: senhores feudais,as classes sociais: senhores feudais, clérigos, povo e até eles próprios.clérigos, povo e até eles próprios. Dividem-se em:Dividem-se em:
  • 17. –Cantigas deCantigas de escárnioescárnio - crítica - crítica indireta e irônicaindireta e irônica –Cantigas de maldizerCantigas de maldizer  - - crítica direta e maiscrítica direta e mais grosseiragrosseira
  • 18. Ai, dona fea, foste-vos queixar Ai, dona fea, foste-vos queixar  que vos nunca louv[o] em meuque vos nunca louv[o] em meu cantar; cantar;  mais ora quero fazer um cantar mais ora quero fazer um cantar  em que vos loarei toda via; em que vos loarei toda via;  e vedes como vos quero loar: e vedes como vos quero loar:  dona fea, velha e sandia!... dona fea, velha e sandia!... 
  • 19. Dona fea, se Deus me perdon,Dona fea, se Deus me perdon, pois avedes [a] tan gran coraçonpois avedes [a] tan gran coraçon que vos eu loe, en esta razonque vos eu loe, en esta razon vos quero já loar toda via;vos quero já loar toda via; e vedes qual será a loaçon:e vedes qual será a loaçon: dona fea, velha e sandia!dona fea, velha e sandia! Dona fea, nunca vos eu loeiDona fea, nunca vos eu loei en meu trobar, pero muito trobei;en meu trobar, pero muito trobei; mais ora já un bon cantar farei,mais ora já un bon cantar farei, en que vos loarei toda via;en que vos loarei toda via; e direi-vos como vos loarei:e direi-vos como vos loarei: dona fea, velha e sandia!dona fea, velha e sandia! Joan Garcia de GuilhadeJoan Garcia de Guilhade
  • 20. Maria Peres se mãefestou Maria Peres se mãefestou  noutro dia, ca por pecador noutro dia, ca por pecador  se sentiu, e log' a Nostro Senhorse sentiu, e log' a Nostro Senhor prometeu, pelo mal em que andou,prometeu, pelo mal em que andou, que tevess' um clérig' a seu poder, que tevess' um clérig' a seu poder,  polos pecados que lhi faz fazerpolos pecados que lhi faz fazer o demo, com que x'ela sempr'andou. o demo, com que x'ela sempr'andou.     Mãefestou-se, caMãefestou-se, ca   diz que s'achoudiz que s'achou pecador mui't,pecador mui't,  porém, rogadorporém, rogador foi log' a Deus, ca teve por melhorfoi log' a Deus, ca teve por melhor de guardar a El ca o que a guardoude guardar a El ca o que a guardou E mentre E mentre   viva diz que quer teerviva diz que quer teer um clérigo, com que se defenderum clérigo, com que se defender possa do demo, que sempre guardoupossa do demo, que sempre guardou
  • 21. E pois  que bem seus pecados catouE pois  que bem seus pecados catou de sa mor' ouv  ela gram pavorde sa mor' ouv  ela gram pavor e d'esmolar ouv' ela gram sabor e d'esmolar ouv' ela gram sabor  E logo entom um clérico filhouE logo entom um clérico filhou   e deu-lhe a cama em que sol jazer e deu-lhe a cama em que sol jazer  E diz que o terrá mentre viverE diz que o terrá mentre viver e esta fará; todo por Deus filhou. e esta fará; todo por Deus filhou.  E pois que s'este preitoE pois que s'este preito   começou, começou, antr'eles ambos ouve grand'amor.antr'eles ambos ouve grand'amor. Antr'el Antr'el   á sempr'o demo maiorá sempr'o demo maior atá que se Balteira confessou.atá que se Balteira confessou. Mais pois que viu o clérigo caer,Mais pois que viu o clérigo caer, antre'eles ambos ouv'i antre'eles ambos ouv'i   a perdera perder o demo, dês que o demo, dês que (desde que)(desde que) s'ela confessou.  s'ela confessou.