Este documento discute o poeta brasileiro Jorge de Lima, um dos principais representantes da segunda geração do Modernismo brasileiro. Ele descreve sua biografia, incluindo suas primeiras publicações em 1908 e adesão ao movimento modernista em 1925. Também lista suas principais obras, como "O Acendedor de Lampiões" de 1932 e "Poemas Negros" de 1947, que exploram temas como a religiosidade, o amor e o regionalismo romântico por meio de uma linguagem coloquial.
4. INTRODUÇÃO
Nasceu em 1893 em Alagoas;
1907, jornais locais;
1908 muda-se para Bahia. “Bahia de todos os Santos”
1910 “O Acendedor de Lampiões”
.1921: Torna-se professor.
1925: Adere ao modernismo.
5. “Triste ironia atroz que o senso humano irrita:
-
Ele que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que
habita.
Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua!”
Acendedor de Lampiões
6. O Mundo do Menino Impossível
O menino impossível
que destruiu
os brinquedos perfeitos
que os vovós lhe deram:
o urso de Nürnberg,
o velho barbado jugoeslavo,
as poupées de Paris aux
cheveux crêpés,
o carrinho português
feito de folha-de-flandres,
a caixa de música checoslovaca,
o polichinelo italiano
made in England,
o trem de ferro de U. S. A.
e o macaco brasileiro
de Buenos Aires
moviendo la cola y la cabeza.
7. O menino impossível
que destruiu até
os soldados de chumbo de Moscou
e furou os olhos de um Papá Noel,
brinca com sabugos de milho,
caixas vazias,
tacos de pau,
pedrinhas brancas do rio...
8. ESSA NEGRA FULÔ
Ora, se deu que chegou
(isso já faz muito tempo)
no bangüê dum meu avô
uma negra bonitinha,
chamada negra Fulô.
[...]
Ó Fulô! Ó Fulô!
(Era a fala da Sinhá)
vem me ajudar, ó Fulô,
vem abanar o meu corpo
que eu estou suada, Fulô!
vem coçar minha coceira,
vem me catar cafuné,
vem balançar minha rede,
vem me contar uma história,
que eu estou com sono, Fulô!
9. Ó Fulô! Ó Fulô!
(Era a fala da Sinhá
Chamando a negra Fulô!)
Cadê meu frasco de cheiro
Que teu Sinhô me mandou?
— Ah! Foi você que roubou!
Ah! Foi você que roubou!
[...]
O Sinhô foi ver a negra
levar couro do feitor.
A negra tirou a roupa,
O Sinhô disse: Fulô!
(A vista se escureceu
que nem a negra Fulô).
[...]
O Sinhô foi açoitar
sozinho a negra Fulô.
A negra tirou a saia
e tirou o cabeção,
de dentro dêle pulou
nuinha a negra Fulô.
10. PRINCIPAIS POESIAS:
* XIV Alexandrinos (1914)
* O Mundo do Menino Impossível (1925)
* Poemas (1927)
* Novos Poemas (1929)
* O acendedor de lampiões (1932) Poemas Negros (1947)
* Livro de Sonetos (1949)
* Invenção de Orfeu (1952)
11. REFERÊNCIAS
De CANTO I, Fundação da Ilha – Invenção de Orfeu.
http://www.antoniomiranda.com.br/iberoamerica/brasil/jorge_de_lima.h
tml
http://www.jornaldepoesia.jor.br/jorge1.html
http://www.passeiweb.com/estudos/livros/invencao_de_orfeu
http://www.brasilescola.com/literatura/jorge-lima.htm