SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 42
Baixar para ler offline
,SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
                                                        SUBSECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃOBÁSICA
                                                        SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL
                                                        DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL

                                                                                                       PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA - PIP
                                                                                         MATRIZ CURRICULAR – LÍNGUA PORTUGUESA – VERSÃO PRELIMINAR
                                                                                    CICLO COMPLEMENTAR DA ALFABETIZAÇÃO - 4º E 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

                                                                                                                                                                                                         CICLO
                                                                                                                                                                                                    COMPLEMENTAR
EIX0                                                            CAPACIDADES                             DETALHAMENTO                                    CONTEÚDOS/CONCEITOS                         4° ANO    5º ANO
                                                        1.1   - Conhecer e valorizar a    Estar ativamente inserido na cultura escrita      Vivência e conhecimento:
                                                              escrita              em     significa ter comportamentos letrados,
                                                              diferentes modos de         atitudes e disposições, frente ao mundo da               dos espaços de circulação dos textos (no         R/T       T/C
                                                                                          escrita (como interesse e gosto pela leitura),            meio doméstico, urbano e escolar, entre
                                                              produção e circulação e
                                                                                          saberes específicos relacionados à leitura e à            outros);
EIXO 1 – Compreensão e Valorização da Cultura Escrita




                                                              em diferentes usos e        escrita que possibilitam usufruir de seus
                                                              funções.                    benefícios. Diz respeito também ao saber                 dos espaços institucionais de manutenção,
                                                                                          onde e como a escrita é usada no universo                 preservação, distribuição, venda de
                                                              Modos de produção –         social, sua importância na vida das pessoas,              material escrito (biblioteca, livrarias,
                                                              Essa     expressão   diz    quem produz textos escritos e quando são                  bancas, etc.);
                                                              respeito às formas como     produzidos, como e onde esses textos
                                                              os textos se constroem e    circulam e que vantagem a escrita traz para              das formas de aquisição e acesso aos
                                                              se apresentam        nos    as pessoas, o mundo, para a cultura em                    textos (compra, empréstimo e troca de
                                                                                          geral.                                                    livros, revistas, cadernos de receita, etc.);
                                                              meios sociais (gêneros
                                                              textuais).                  Exercitar essa capacidade significa colocar o            dos diversos suportes da escrita (cartazes,
                                                                                          aluno em contato com diferentes gêneros e                 out-door,     livros, revistas,    folhetos
                                                               Modos de circulação –      suportes de textos escritos e possibilitar-lhe            publicitários, murais escolares, livros
                                                              Essa expressão se refere    a vivência, o conhecimento e a utilização                 escolares, etc.);
                                                              aos meios, isto é, aos      dos diversos espaços de circulação de textos,
                                                              suportes,    através dos    desde as bancas, livrarias, bibliotecas, sebos,          dos instrumentos e tecnologias utilizados
                                                              quais os textos circulam    aos espaços virtuais.                                     para o registro escrito (lápis, cadernos,
                                                              na sociedade, refere-se                                                               computadores, etc.).
                                                              também ao onde e como
                                                              encontrá-los.
É importante que a escola, pela mediação do
                                      professor, desperte seu aluno para a
                                      observação da presença da escrita ao seu
                                      redor – em sua casa, na escola, na
1.2 - Reconhecer diferentes           comunidade, no bairro, na cidade. – para a
formas de acesso à informação         reflexão a respeito da função da escrita nos
                                      diversos ambientes, para o entendimento de
e ao conhecimento, em língua
                                      que a escrita está presente na vida das
escrita, (biblioteca, bancas de       pessoas – na identificação, nos documentos,
revista, livrarias, internet, etc.)   nos relacionamentos, nos negócios e em
e saber, utilizá-las.                 outros setores e com várias funções. –
                                      Assim, é importante e necessário incentivar
                                      o aluno a ler tudo, textos de todos os
                                      gêneros, instalados nos mais diversos
                                      suportes, das leituras necessárias às leituras
                                      por prazer, por entretenimento. Isso
                                      contribuirá para que ele se torne, a cada dia,
                                      mais eficiente enquanto leitor nesse universo
                                      letrado.

1.3 - Conhecer os usos e              Trabalhar os conhecimentos e capacidades            Reconhecimento e classificação, pelo             R/T   T/C
    funções sociais da escrita.       envolvidos na compreensão dos usos e                 formato, dos diversos suportes da escrita,
                                      funções sociais da escrita implica trazer,           tais como livros, revistas, jornais, folhetos.
                                      para a sala de aula, e possibilitar a
                                      observação e o manuseio pelos alunos de
                                                                                          Identificação das finalidades e funções da
                                      muitos textos dos mais variados gêneros e
                                      suportes, permitindo-lhes perceber funções,          leitura de textos a partir do exame de seus
                                      igualdades/diferenças, características físicas       suportes.
                                      e de conteúdo. Orientar os alunos para a
                                      exploração de materiais escritos - do               Relação entre suporte e possibilidade de
                                      dinheiro ao vale transporte, da bula de              significação, de temática, de gênero, de
                                      remédio à receita de bolo, da notícia à lista        finalidade do texto.
                                      de     compras      -    valorizando      seus
                                      conhecimentos prévios, permitindo deduções
                                      e descobertas a respeito dos usos e funções
                                      sociais, incentivando-os a criar hipóteses e a
                                      confirmar ou descartar suas expectativas,
                                      significa contribuir para que o aluno viva
                                      bem e interaja com competência, nessa
                                      sociedade “grafocêntrica”.
1.4 -            Desenvolver   Ser capaz de se utilizar da escrita no              Reconhecimento e utilização do suporte e                R   R
    capacidades necessárias    contexto escolar perpassa pelo conhecimento         instrumento de escrita usuais na escola e em outros
    para o uso da escrita no   e pela ampliação das possibilidades de              contextos, respeitando-se suas especificidades:
    contexto escolar.          emprego dos diversos instrumentos de
                               leitura e de escrita de que a escola dispõe.               Sequenciação do texto nas páginas;

                               Entre eles estão os livros didáticos, livros de            Disposição do texto escrito na página
                               literatura, dicionários, enciclopédias, os                  (margens, parágrafos, espaçamentos entre
                               próprios materiais de uso do aluno (lápis,                  as partes, títulos, cabeçalho);
                               borracha,      cadernos,      agendas)       os
                               computadores, os instrumentos de vídeo,                    Relação entre o texto escrito e as
                               entre outros.                                               ilustrações;

                               O professor deve desenvolver trabalhos com                 Reconhecimento de nome do livro, de seu
                               a perigrafia do livro, isto é, analisar, saber as           autor, editora e data de publicação;
                               funções da capa, das orelhas, da quarta capa,
                               do sumário, da apresentação, do prefácio.                  Localização, no livro didático, no livro
                               Também trabalhar com a utilização dos                       literário, no dicionário, na enciclopédia, na
                               cadernos de forma organizada, orientando o                  internet, de uma informação desejada;
                               aluno a respeitar margens, separar as
                               atividades e disciplinas; com os textos                    Consulta a índice, sumário;
                               produzidos, sejam manuscritos, digitalizados
                               no computador, máquina de escrever. É                      Reconhecimento e utilização de saberes
                               importante trabalhar a sua diagramação,                     relativos a como funcionam no
                               disposição na página, a utilização da                       computador:
                               estrutura pertinente ao gênero, o emprego de
                               parágrafos, respeitando-se o alinhamento; no                - a sequenciação do texto,
                               trabalho com a confecção de cartazes,
                                                                                           - a disposição na página,
                               panfletos, propagandas, é necessário discutir
                               e acordar quanto a utilização da letra no                   - a relação com imagens e ilustrações.
                               tamanho adequado, a conjugação entre
                               linguagem verbal e não-verbal, a disposição                 Reconhecimento e utilização do texto, no
                               da informação; enfim preparar o aluno para                   cartaz considerando-se: disposição, tipos
                               estar apto a se utilizar de todas as                         de letra, recursos gráficos.
                               possibilidades de leitura e de escrita, no
                               ambiente escolar e, consequentemente, fora                  Reconhecimento de como se leem
                               dele.                                                        histórias em quadrinho, tirinhas, livros
                                                                                            literários (capa, contracapa, orelhas),
                                                                                            jornais (primeira página, cadernos,
                                                                                            seções), revistas (índices por tema ou por
                                                                                            seção), textos de opinião, notícias,
                                                                                            propagandas, classificados, entre outros.
1.5 -            Desenvolver     Desenvolver capacidades para o uso da                Manuseio de livros escolares, de literatura,   R/T   T
    capacidades necessárias      escrita nos contextos sociais supõe preparar          de pesquisa, dicionários, enciclopédias,
    para o uso da escrita em     o aluno para a compreensão e o emprego dos            cadernos, computador, e de demais
    diferentes      ambientes,
                                 diversos gêneros textuais que circulam na             instrumentos de leitura e escrita.
    contextos sociais.
                                 sociedade. Essa interação com os textos,
                                 seus suportes (jornais, revistas, out-doors,         Cuidado com os textos manuscritos: letra
                                 embalagens, entre outros) seus usos e                 legível, conservação dos espaços na
                                 funções, seu contexto de circulação é                 página, paragrafação, diagramação
                                 construída também e inclusive com o                   conforme as características físicas do
                                 trabalho do professor, em sala de aula.               gênero, dando prioridade à adequação e a
                                 Explorar jornais, revistas; desenvolver ações         estética da apresentação do texto;
                                 como planejar e realizar excursões, visitas a
                                 feiras de cultura, idas a teatro, a exposições       Cuidado com os textos digitalizados:
                                 de arte, a cinema; realizar atividades que            disposição do texto na tela, diagramação e
                                 exijam leitura de resenhas, de planfletos, de         formatação adequadas às características do
                                 propagandas, de planos de viagens; que                gênero e do suporte de circulação;
                                 exijam produção de convite de solicitação,
                                                                                      Atenção ao conteúdo: fidelidade ao tema,
                                 de permissão, de comunicados, de
                                                                                       tratamento adequado ao conteúdo é a
                                 planejamento, antes, e de relatórios, após a
                                                                                       linguagem, considerando-se o destinatário,
                                 realização do evento, são experiências que
                                                                                       a situação comunicativa e o objetivo do
                                 permitem colocar o aluno em situações reais
                                                                                       texto a ser escrito, respeitando-se o gênero
                                 de leitura e de produção de textos orais e
                                                                                       e o suporte em que o texto poderá circular.
                                 escritos. Abre possibilidades para que o
                                 aluno se torne usuário da leitura e da escrita,
                                 no universo social, com competência.




.
CICLO
                                                                                                                                                                                                COMPLEMANETAR
                   EIXOS                            CAPACIDADES                             DETALHAMENTO                                       CONTEÚDOS/CONCEITOS
                                                                                                                                                                                                4° ANO   5º ANO
                                              2.1      Desenvolver atitudes      As disposições favoráveis à leitura              Desenvolvimento de atitudes de leitura:
                                                       e         disposições     manifestam-se pela adesão a práticas sociais
                                                       favoráveis à leitura.     próprias do universo da cultura escrita.                   Atitudes de leitura: visita a bibliotecas, a        R/T       T
                                                                                 Dentre essas práticas, estão ir a bibliotecas,              banca de jornal, a livrarias; atenção aos
                                                                                 freqüentar livrarias e bancas, visitar sebos,               escritos urbanos e escolares; uso do
                                                                                 ter disposição para ler os escritos que                     computador: busca de informações na
                                                                                 organizam o cotidiano da escola e do meio                   internet, uso das salas de bate-papo,
                                                                                 social. Estão também atividades de produzir                 manutenção de correspondência ( e-mail).
                                                                                 e organizar espaços, na escola e no meio em
                                                                                 que se vive, para realização de leituras, para
                                                                                 produção de instrumentos como jornais,
                                                                                 murais, para levar e buscar informações,
                                                                                 para ler, para se comunicar. Assim, adotar
                                                                                 atitudes coerentes com esses ambientes,
                                                                                 como também saber utilizar-se das
EIXO 2 - Leitura




                     EIXO 2 - Leitura




                                                                                 possibilidades e recursos que esses espaços
                                                                                 têm a oferecer são comportamentos e
                                                                                 aprendizagens que a escola, continuamente,
                                                                                 deve ajudar o seu aluno a desenvolver,
                                                                                 praticando essas atividades com ele.

                                        2.2         Identificar     diferentes   Para o desenvolvimento dessa capacidade                   Gêneros        sugeridos        para     leitura,
                                                    gêneros          textuais,   de identificar diferentes gêneros textuais, há             compreensão, análise e interpretação, para a
                                                    considerando sua função      que se considerar, nessa etapa escolar, a                                                                       R/T      T/C
                                                                                                                                            etapa: textos instrucionais, manchetes,
                                                    social,    seu    circuito
                                                                                 introdução de gêneros ainda não trabalhados,               reportagens, legendas, artigos de divulgação
                                                    comunicativo e suas
                                                    características              ou a escolha de textos de gêneros já                       científica, verbetes de dicionário e
                                                    lingüístico-discursivas.     trabalhados, mas com maior           grau de               enciclopédia, textos informativos, cartas de
                                                    (vocabulário, nível de       complexidade adequado à etapa escolar.                     leitor, tiras de jornal, relatos de experiência,
                                                    linguagem, emprego de        Essa complexidade pode ser observada na                    entrevistas, tabelas, diagramas, textos não -
                                                    determinadas palavras,       temática desenvolvida, na estruturação do                  verbais, textos mistos (verbal e não- verbal),
                                                    frases mais elaboradas,      texto, no vocabulário menos comum, na                      entre outros.
                                                    presença dos conectores,
                                                                                 utilização de frases mais elaboradas, entre
                                                    entre outros).
                                                                                 outros aspectos. Identificar o gênero do texto             Exploração de gêneros diversos (já
                                                                                 pela função, finalidade, pelo ambiente de                   trabalhados no ciclo anterior e os
                                                                                 circulação, pelos aspectos lingüístico-
discursivos supõe ser capaz de reconhecer o              recomendados para esta etapa):
                                seu destinatário pela linguagem empregada,
                                se gírias, se linguagem formal, o ambiente       -Contos infantis, tirinhas, notícias, cartilha
                                comunicativo, para que servem , se para          educativa, instruções de usos, de operação e
                                informar, convencer, advertir, instruir,         montagem de aparelhos e objetos, de confecção,
                                comentar, divertir, explicar, orientar, etc. É   texto didático, enunciado de questões, poemas,
                                importante, no trabalho com esse aspecto da      artigos de divulgação científica (de revistas
                                competência, utilizar estratégias de ensino      voltadas para o público infantil), mapas, tabelas,
                                para se discutir, por exemplo, a diferença       gráficos, outros.
                                entre relatar uma informação e informar algo
                                                                                        Exploração de imagens, título, autor dos
                                e que relatar é contar um fato e que, quando
                                                                                         textos lidos, fonte, datade publicação,
                                se informa, tem-se a intenção de apresentar
                                                                                         suporte, outros.
                                uma idéia um conhecimento novo ao leitor.
                                E tudo isso se faz com leitura e análise de
                                                                                        Exploração da perigrafia do livro (capa,
                                textos de gêneros variados, trabalhando
                                                                                         folha de rosto, sumário, quarta capa,
                                esses saberes.                                           orelhas, prefácio, etc.).
2.3   Antecipar conteúdos       Criar expectativas para leitura, questionando
      de textos a serem         de onde vem o texto, se vem de jornal,
      lidos a partir do         revista, livro, folheto, se acompanha um                                                                R/T   T/C
                                                                                        Adoção de procedimentos de leitura:
      suporte, do gênero,       produto, um remédio; quanto ao formato, se
      da contextualização,      se parece com algum texto já lido, de que                recuperação      de     informações,     de
      das     características   assunto deve tratar, para que e para quem foi            sequências, de assuntos, de temas, de
      gráficas     e       de   escrito, a data de publicação, o autor, a                vocabulário; estratégias de antecipação, de
      conhecimentos             editora, o suporte de onde foi extraído                  decifração,    seleção,     inferência    e
      prévios sobre o tema.     possibilita a motivação         e facilita a             verificação.
                                compreensão. Essas hipóteses levantadas,
                                entretanto, precisam ser confirmadas ou                 Levantamento e confirmação de hipóteses,
                                descartadas/substituídas, durante a leitura,
                                                                                         antes e no decorrer da leitura.
                                considerando-se os elementos do texto que
                                garantam isso.
                                                                                        Identificação das finalidades e usos sociais
                                É preciso também levar em conta os                       de textos e seus portadores.
                                conhecimentos prévios dos alunos sobre
                                aquele assunto, o que eles sabem a respeito             Reconhecimento das condições             de
                                da temática, levantar hipóteses sobre o                  produção e leitura de textos.
                                ambiente em que o texto circulará e para
                                quem foi escrito. Esses são caminhos para o
                                professor, além de incentivar para a leitura,
                                criar ambiente para a sua compreensão.
2.4   Levantar e confirmar     Uma vez levantadas as hipóteses antes da
      hipóteses relativas ao   leitura, é preciso confirmá-las ou descartá-
      conteúdo            de   las, durante a leitura. E suscitar novas, junto                                                      R/T   T/C
      passagens diversas
                               com os alunos, para as passagens que estão
      (acontecimentos,
      partes do texto, os      por vir. Um leitor proficiente já faz isso
      fatos    que     estão   instintivamente, é preciso criar esse hábito
      expressos no texto)      nos leitores iniciantes. As fábulas, os contos,
      do texto que está        os romances, lidos pelo professor em forma           Hipóteses sobre a função e funcionalidade
      sendo lido.              de capítulos são excelentes instrumentos              da escrita.
                               para o desenvolvimento dessa capacidade.
                               Utilizar a técnica de leitura da pausa
                               protocolada possibilita o desenvolvimento
                               dessa capacidade, com sucesso.

2.5 Selecionar                 Para cada gênero textual se adotam
    procedimentos        de    diferentes posturas de leitura. Não se lê uma
    leitura adequados a        carta de amor como se lê uma receita                                                                 R/T   T
    diferentes objetivos e
                               culinária ou um manual de instrução. Essa
    interesses (ler para se
    divertir, para obter       capacidade precisa ser desenvolvida na
    informações,       para    escola, e isso se faz ao trabalhar com o             Adoção de procedimentos de leitura
    seguir instruções, etc)    aluno, em sala de aula, com textos de                 adequados aos interesses e objetivos:
    e às características do    gêneros variados: notícias, avisos, anúncios,         desenvolvimento de estratégias de leitura
    gênero.                    cartas, contos, poemas, bulas, entre outros,          (folhear um livro ou uma revista, lendo
                               evidenciando o “para que” se lêem esses               somente títulos e subtítulos; buscar
                               textos, o que se busca neles quando são               informações específicas em jornais,
                               lidos. É esse exercício que possibilita ao            folhetos de supermercados, rótulos de
                               aluno adotar atitudes diferentes de leitura ao        produtos       alimentícios,      catálogos
                               se colocar diante de um texto.                        telefônicos,    escolher     as    entradas
                                                                                     pertinentes entre as possibilidades
                                                                                     oferecidas pelos sites de busca da internet,
                                                                                     avaliar numa pagina os links que podem
                                                                                     interessar, usar o índice ou sumário para
                                                                                     buscar a informação desejada; ler
                                                                                     cuidadosamente palavra por palavra para
                                                                                     revisar o texto; sublinhar palavras ou
                                                                                     trechos para recuperação futura de
                                                                                     informações, etc. ).
2.6 Relacionar o texto que       O trabalho com essa capacidade possibilita                                                        R/T   T
     está sendo lido a           ao aluno reconhecer as diferenças e
     outros textos orais ou      proximidades entre textos que tratam do
     escritos, reconhecendo
                                 mesmo tema, do mesmo assunto, em função
     diferentes formas de                                                             Relações entre textos:
     tratar             uma      do leitor-alvo, da ideologia, da época em que
     informação,         em      foi produzido e das intenções comunicativas.      - Identificação de relações intertextuais
     função das condições        Como exemplo disso,              encontram-se
     em que o texto foi          historinhas infantis utilizadas nos textos        - Estabelecimento de relação entre textos que
     produzido e daquelas        publicitários, textos clássicos trazidos para     tratam do mesmo tema, reconhecendo
     em que será recebido.       explicar ou como recurso para análise crítica     posicionamentos semelhantes ou distintos
                                 do cotidiano, entre outros, em que se             relativos ao tema desenvolvido.
                                 estabelece o diálogo entre textos.

                                 Uma estratégia para o desenvolvimento
                                 dessa capacidade é proporcionar ao aluno a
                                 leitura de textos relacionados ao mesmo
                                 tema, contendo diferentes posições. Podem
                                 ser textos retirados de diferentes portadores
                                 – jornais, revistas, internet, campanhas
                                 publicitárias, entre outros. É importante
                                 despertar nos alunos a consciência de que
                                 há vários textos de diferentes gêneros
                                 textuais que, embora tratem do mesmo
                                 tema, podem expressar sentidos diferentes,
                                 conforme a intenção do autor.

2.7             Compreender      Ler com compreensão inclui, entre outros,
      globalmente os textos      três componentes básicos: a compreensão
      lidos, identificando o     linear, a produção de inferência, a
      tema central, sendo
                                 compreensão global. A compreensão linear
      capaz de localizar                                                                                                           R/T   T
                                 supõe ler o que está escrito e saber, ao final       Relação título/ texto na construção da
      informações explícitas
      e       de       inferir   da leitura, se texto narrativo, o que acontece,       coerência do texto lido.
      informações                onde, quando, quem fez o que, com quem,
      implícitas,       inter-   como e por quê. Se o texto for                       Aplicação de estratégias básicas para a
      relacionando      essas    argumentativo, saber de que fala o texto, que         produção de respostas pertinentes a
      informações          no    idéias defende, que argumentos utiliza para           perguntas feitas (Como? Quando? Onde?
      processo             de                                                          Por quê? Quem? O Quê? Explicite.
                                 convencer o leitor, a que conclusões
      compreensão.                                                                     Argumente. Explique. Justifique.)
                                 chega.Com isso se permite identificar o tema
                                 do texto, sendo capaz de compreender o que
é informação principal e o que é secundária.        Identificação do assunto dos textos lidos.

                               O segundo componente – a produção de                Associação dos temas dos textos ao seu
                               inferências – diz respeito à compreensão do          conhecimento prévio ou de mundo.
                               que está sugerido no texto, mas não está dito
                               às claras, não está explicitado em palavras,        Articulação de informações explícitas e
                               valendo-se dos conhecimentos prévios do              implícitas, estabelecendo relações entre
                               leitor e das pistas que o próprio texto              elas para a produção de sentidos.
                               oferece.

                               Assim, a compreensão global do texto,
                               terceiro componente, não se dá apenas pelo
                               processamento das informações explícitas,
                               mas pela integração das informações
                               expressas, com os conhecimentos prévios do
                               leitor e/ou com elementos pressupostos no
                               texto.

2.8 Inferir, pelo contexto o   Os alunos do Ciclo Complementar devem                                                             R/T   T
sentido das palavras ou        ser preparados para inferir o sentido de uma
expressões.                    palavra ou expressão a partir do contexto no
                               qual ela aparece. As palavras são
                                                                                   Exploração de palavras e /ou expressões
                               polissêmicas, isto é, podem assumir sentidos
                                                                                    desconhecidas apresentadas nos textos
                               diferentes em contextos diferentes. É preciso
                                                                                    lidos.
                               que o professor trabalhe com os alunos essa
                               capacidade de forma que sejam capazes de            Reconhecimento dos efeitos de sentido
                               realizar esse tipo de inferência, percebendo o       produzidos no texto pelo uso intencional
                               sentido que a palavra assume dentro do               de palavras, expressões, recursos gráfico-
                               texto.                                               visuais, pontuação.
                               Numa frase como: Scliar “é ainda um
                               biógrafo de mão cheia.” A expressão de
                               “mão cheia” foge ao seu sentido próprio
                               para significar um biógrafo talentoso,
                               competente. (Para Gostar de Ler volume 27.
                               História sobre Ética . Ática, 1999.)

                               É diferente de uma frase, por exemplo,
                               construída assim: Saiu com a mão cheia de
doces. Essa expressão não traz nenhuma
                               conotação, nenhum sentido figurado, é
                               mesmo literal o seu significado. Não
                               depende do contexto a sua compreensão.

                               Os textos poéticos, literários, publicitários
                               são especialmente úteis para o trabalho com
                               os diferentes sentidos das palavras e das
                               expressões dentro do contexto. O professor
                               deve se dar conta de que é bom considerar
                               nessas atividades o conhecimento de mundo
                               dos alunos. Sua experiência com as palavras
                               e as expressões prontas (idiomáticas) ajuda
                               no desenvolvimento dessa capacidade.

                               Com o trabalho freqüente de leitura e análise
                               de textos, buscando-se compreender o
                               sentido das palavras e das expressões neles
                               contidas, o aluno chegará a inferir o sentido
                               até mesmo de expressões pouco familiares,
                               de     vocabulários     mais     complexos,
                               considerando pistas textuais e valendo-se de
                               sua experiência de mundo e leitor.



2.9 Identificar variedades     Essas competências 2.9 e 2.10 relacionam-se
    linguísticas        que    ao fato de que a língua não é imutável e faz        Reconhecimentos        das       variantes
    concorrem para a           parte do patrimônio social e cultural de uma         lingüísticas presentes no texto em
    construção do sentido      sociedade. Assim, identificar marcas                 articulação com a identificação do locutor   R/T   T
    do texto, isto é,          lingüísticas significa reconhecer as variações       e do interlocutor, dentro do texto e no
    reconhecer as marcas       que uma língua apresenta, de acordo com as           processo de comunicação.
    da           linguagem     condições sociais, culturais, regionais e
    coloquial      ou    da    históricas em que é utilizada. As variações         Variantes lingüísticas contextuais
    linguagem        formal,   lingüísticas, evidentemente, manifestam-se
    identificando o locutor    por formas, marcas, estruturas que revelam
    ou o interlocutor por      características (regionais ou sociais) do
    meio dessas marcas.        locutor (quem assume a voz no texto) e, por
2.10 Reconhecer a presença       vezes, do interlocutor (a quem se destina o
      de           diferentes    texto). Essas variações são, portanto,
      enunciadores               resultado do empenho dos interlocutores            Identificação de recursos lingüísticos e
      (narrador,                                                                     gráficos utilizados nos textos, como
                                 para se ajustarem às condições de produção
      personagens,                                                                   marcadores de enunciação (fala do             R/T   T/C
      participantes        de    e de circulação do texto.
                                                                                     enunciador).
      diálogo, enfim quem
      assume a voz), nos         O professor, em sala, deve trabalhar com
      textos            lidos,   textos que contenham muitas variantes              Leitura de contos, histórias em quadrinhos,
      identificando         as   lingüísticas, como expressões informais,            anedotas, piadas, em que apareçam
      marcas gráficas e          expressões         regionais,      expressões       personagens que utilizam variedades
      linguísticas        que    características de uma faixa etária ou de uma       lingüísticas diferentes da padrão ( por ex,
      sinalizam suas vozes       época, etc. Pode trabalhar a variação               Chico Bento) e exploração dos efeitos de
      (aspas, dois pontos,                                                           sentido provocados por esses usos.
                                 lingüística em gravações de áudio e vídeo de
      travessão, emprego
      do verbo na 1ª             textos orais, dramatização de textos de
                                 vários gêneros e em atividades com música          Exploração de variedades lingüísticas em
      pessoa, emprego do
      pronome você nos           de gêneros variados.                                diferentes situações comunicativas.
      textos publicitários,
      discurso direto e          É importante que o aluno perceba as marcas         Identificação de recursos usados em
      indireto, etc).            de coloquialidade ou de formalidade de uma          entrevistas para diferenciar as perguntas
                                 modalidade lingüística e identifique o              do entrevistador das respostas do
                                 locutor e o interlocutor por meio das marcas        entrevistado.
                                 lingüísticas e gráficas que sinalizam suas
                                                                                    Uso das aspas para marcar falas de
                                 vozes.
                                                                                     personagens.

                                                                                    Identificação de recursos usados nas
                                                                                     histórias em quadrinhos para marcar as
                                                                                     falas das personagens.

                                                                                    Exploração dos efeitos de sentido
                                                                                     provocados pelo uso de verbos que
                                                                                     introduzem falas (verbos de elocução):
                                                                                     murmurar, dizer, contestar, resmungar,
                                                                                     protestar, interrogar, etc.

                                                                                    Reconhecimento da utilização de regras
                                                                                     básicas de concordância verbal e nominal
                                                                                     em textos escritos na norma padrão.
2.11   Distinguir   fato   de   O desenvolvimento dessa capacidade                                                                 R/T   T/C
       opinião.                 possibilita ao aluno identificar, no texto, um      Exploração de notícias, reportagens,
                                fato relatado e diferenciá-lo do comentário          resenhas publicadas em cadernos de
                                que o autor, ou narrador, ou a personagem            jornais voltados para o público infantil,
                                fazem sobre esse fato. Recorrendo a textos           identificando palavras ou expressões que
                                de gêneros variados como notícias, contos,           introduzem opinião (eu acho, penso,
                                crônicas e outros, dentre os narrativos e            entendo, etc.), dos verbos de elocução
                                também em meio aos argumentativos, o                 (dizer, exclamar, resmungar, argumentar,
                                professor possibilitará ao aluno reconhecer o        etc).
                                que é opinião e o que é fato narrado. Por
                                exemplo, no texto de Rubem Braga, As                Percepção das escolhas lexicais (como
                                enchentes da minha infância, linha 10 –              adjetivação do fato ou das atitudes, uso de
                                “Então vinham todos dormir em nossa casa.            advérbios, etc.) dos articuladores usados
                                Isso para nós era uma festa...” traduz seu           para introduzir opiniões e contraopiniões (
                                sentimento, seu ponto de vista com relação           no entanto, apesar disso, embora, etc.) e
                                ao fato narrado.                                     recursos de modalização (advérbios, verbo
                                                                                     auxiliar modal, etc.)
                                O fato real está no relato “vinham todos
                                dormir em nossa casa”. O que retrata a
                                opinião, o que poderia ser diferente
                                conforme a concepção do narrador-
                                personagem está no trecho: “Isso para nós
                                era uma festa...”. Esse traduz seu
                                sentimento, seu ponto de vista com relação
                                ao fato narrado.

2.12 Identificar efeitos de     A ironia consiste em, aproveitando-se do                                                           R/T   T/C
      ironia ou humor em        contexto, utilizar palavras que devem ser           Interpretação de recursos que provocam
      textos variados.          compreendidas no sentido oposto do que               humor       e/ou    ironia   (caricatura,
                                aparentam transmitir.                                ambigüidades, exageros, duplicidade de
                                                                                     sentido, metáforas, recursos gráficos,
                                Compreender a ironia presente no texto               imagens, etc.)
                                supõe, num processo de inferência, que o
                                leitor ou o ouvinte devem entender que o
                                que é dito corresponde, na verdade, ao
                                contrário do que é explicitamente afirmado.
Textos ,como quadrinhos, anedotas, charges,
                                tiras, propagandas, entre outros, se utilizam
                                largamente de recursos expressivos. O               Exploração de textos de humor (tiras,
                                professor deve provocar, seus alunos para            charges, anedotas, etc.)
                                que percebam neles os efeitos de sentido que
                                o autor, intencionalmente, quis provocar, se
                                ironia, se humor, com o emprego das
                                palavras de duplo sentido (ambigüidades),
                                jogo de palavras, da pontuação, de
                                expressões metafóricas, de onomatopéias,
                                de palavras de sentido conotativo e de outros
                                recursos. Sem compreender a ironia ou o
                                humor de uma piada não se compreende o
                                texto.

2.13       Identificar     os   Identificar os elementos estruturadores de
       elementos         que    uma narrativa significa dizer onde, quando,
       constroem a narrativa    como, com quem os fatos ocorrem, bem                                                             R/T   T/C
       (lugar, tempo, o fato
                                como sob que ponto de vista a história é
       propriamente     dito,
                                narrada. Essa capacidade envolve ainda o            Exploração de contos infantis, narrativas
       com quem os fatos
       ocorrem, sob que         reconhecimento do fato que deu origem à              de aventuras, identificando o narrador, o
       ponto de vista a         história. (conflito ou fato gerador), o clímax       espaço em que se desenvolve a ação, as
       história ou o fato é     e o desfecho da narrativa. Esses elementos           personagens, o fato que deu origem à
       narrado),       como     dizem respeito tanto às narrativas literárias        trama envolvendo as personagens.
       também reconhecer o      (contos, fábulas, romances) como as não –
       que deu origem à
                                literárias como as notícias dos jornais.
       história ou ao fato
       narrado, isto é, o
                                É trabalhando esses elementos, a partir das
       conflito gerador do
       enredo.                  narrativas mais     simples até as mais
                                complexas (lidas, contadas, encenadas), que
                                o professor ajudará seus alunos a dominar
                                essa capacidade.
2.14 Reconhecer as relações    Em todo texto de maior extensão, aparecem
       que organizam o          expressões conectoras – sejam conjunções,
       conteúdo dos textos:     preposições, advérbios e respectivas                Reconhecimento de expressões conectoras      R/T   T
       tempo, espaço, causa,                                                         (conjunções, preposições, advérbios e suas
                                locuções – que criam e sinalizam relações
       consequência,                                                                 locuções), seus significados e as relações
       finalidade, condição,    semânticas (de significado) de diferentes
                                naturezas. Reconhecer essas palavras ou              de sentido que estabelecem dentro do
       oposição, conclusão,
       comparação,     entre    expressões e seus respectivos significados e         texto.
       outras.                  funções possibilitam ao aluno reconhecê-las
                                                                                    Reconhecimento das flexões verbais de
                                nos textos lidos, compreendendo as relações
                                de sentido que estabelecem, como também              modo e de tempo como recursos
                                                                                     lingüísticos em favor da coerência e do
                                empregá-las em seus próprios textos
                                                                                     fortalecimento das relações de sentido.
                                conforme a sua intenção comunicativa.

                                Para desenvolver essa capacidade, o
                                professor pode se valer de textos de gêneros
                                variados para trabalhar as relações lógico-
                                discursivas (isto é, trabalhar as relações que
                                possibilitam organizar o discurso, o texto, as
                                idéias conforme a intenção do autor). É
                                preciso mostrar aos alunos que todo texto se
                                constrói a partir de múltiplas relações de
                                sentido que se estabelecem entre os
                                enunciados que compõem o texto. Os textos
                                argumentativos, os textos informativos
                                (como as notícias), os literários são
                                excelentes para trabalhar o desenvolvimento
                                dessa capacidade, uma vez que se utilizam
                                largamente desses recursos.

2.15 Reconhecer os elementos    Diferentes partes de um texto podem estar
    que compõem a cadeia de     interligadas por uma expressão que se repete
    referentes de um texto,                                                         Reconhecimento de recursos lingüísticos
                                literalmente, ou que é substituída por um
    compreendendo           o                                                        que sinalizam a continuidade de
                                pronome, por um sinônimo, por uma palavra
    processo de introdução e                                                         informações e a introdução de informações
    de       retomada      de   ou expressão da mesma família de
                                                                                     novas ( pronomes, expressões nominais
    informações possibilitado   significado, isto é, do mesmo campo                                                               R/T   T
                                                                                     referenciais – sinônimos, palavras e
    pelo      emprego      de   semântico (hiperônimo, hipônimo).
                                                                                     expressões do mesmo campo semântico,
    pronomes,     como     os
    pessoais,              os   Por essas vias, nada no texto está solto. Tudo       etc.).
    demonstrativos,        os   continua e se articula numa rede de relações,
possessivos, relativos, e    de forma que o texto resulta numa unidade,
 pelo      emprego      de    num todo articulado e coerente.
 sinônimos ou expressões
 do     mesmo        campo    O professor, ao trabalhar o texto com os
 semântico.                   alunos, deve exercitar a percepção da coesão
                              textual, isto é, a relação que as palavras e
                              frases de um texto mantêm entre si.

                                (Ex: A que informação do texto se referem
                                       o pronome ele, e expressões como
                                       naquele dia, seu brinquedo? E as
                                       expressões a pobre menina, a
                                       garota de coração novo? E o pobre
                                       lenhador, o vendedor de lenha
                                       dentro da história de João e Maria?)


                              Sugere-se, nessa etapa escolar, que o
                              professor trabalhe, principalmente, a
                              referência pessoal, representada pelos
                              pronomes pessoais, e a coesão textual, por
                              meio de termos sinônimos ou mesmo
                              palavras afins que pertençam a um mesmo
                              campo semântico. Os textos verbais, de
                              gêneros variados, possibilitam esse trabalho.

2.16 Perceber a pontuação     Os sinais de pontuação, como reticências,
      como      um      dos   ponto      final,   vírgulas,   exclamação,
      elementos               interrogação, podem expressar sentidos                                                     R/T   R/T
      orientadores       na
                              variados, além dos próprios, e possibilitar
      produção de sentido.
                              uma leitura para além dos elementos                Percepção da presença e do efeito de
                              superficiais do texto é auxiliar o leitor na        sentido produzido pelo emprego da
                              construção       de    novos    significados.       pontuação no texto lido.
                              Reconhecer, por exemplo, que a frase “Tudo
                              bem?”, em um cumprimento, não é
                              interrogativa, mas apenas uma saudação e
                              que “Que bonito!”, quando alguém observa
                              que se fez algo não muito recomendável, não
                              é uma exclamação de elogio, mas uma
                              censura, uma reprovação é ampliar o
horizonte de compreensão e significado para
                                  além das regras.

                                  Com o objetivo de desenvolver essa
                                  capacidade, o professor pode orientar os
                                  alunos, ao longo do processo de leitura, a
                                  perceber e analisar a função desses sinais
                                  como elementos significativos para a
                                  construção de sentidos e não apenas para a
                                  sua função gramatical. Utilizar, nas aulas,
                                  textos publicitários, poemas, as narrativas
                                  com discurso direto, as anedotas, entre
                                  outros que utilizam amplamente dos
                                  recursos     da     pontuação    expressiva
                                  possibilitará aos alunos o exercício de
                                  perceber os efeitos de sentido, no texto,
                                  provocados por eles.

2.17     Interpretar    textos    Construir a compreensão global do texto
       levando em conta           perpassa pela análise do texto verbal e de
       pistas gráficas (caixa     tudo o mais que o autor utilizou,                                                                  R/T   T/C
       alta,    grifo,    etc),
                                  conscientemente, na construção do seu texto:
       imagens         (fotos,                                                        Reconhecimento de pistas gráficas (itálico,
       ilustrações, gráficos,     as imagens, a ilustração, os recursos gráficos
                                                                                       caixa alta, negrito, etc.), imagens
       etc) e elementos           e os mecanismos de notação, como o itálico,
                                                                                       (ilustrações, gráficos, etc.) e elementos
       contextualizadores         o negrito, a caixa alta, o tamanho da fonte e
       (data, local, suporte,                                                          contextualizadores (data, local, suporte,
                                  outros.
       etc).                                                                           editora, autor) na composição do sentido
                                  Reconhecer o suporte, o gênero , quando o            do texto lido.
                                  texto foi escrito e publicado, o seu autor,
                                  entre outras informações, que são elementos
                                  contextualizadores, isto é que permitem ao
                                  leitor situar o texto no tempo e no espaço
                                  contextuais, possibilita ao leitor dispensar
                                  ao texto o devido tratamento, como
                                  credibilidade, confiança na informação,
                                  utilização dos dados, dentre outros.

                                  Esse trabalho se inicia na escola. Cabe ao
                                  professor, ao desenvolver com os alunos
essa capacidade, instigá-los a exercitar a
                                análise e a observação desses itens além do
                                texto propriamente dito, uma vez que é esse
                                conjunto que compõe o sentido do texto.

2.18    Avaliar crítica e       Compartilhar       emoção,     compreensão,
       afetivamente o texto     posicionamento crítico com os colegas e
       lido,          fazendo   professores, projetando o sentido do texto                                                       R/T   T/C
       apreciações quanto a
                                para     outras     vivências,    realidades,
       valores que o texto
       possibilita realizar.    conhecimentos de mundo, de forma                   Discussão a respeito dos textos lidos
                                pertinente, com base no texto, faz parte do         (gostou, não gostou, por quê? O que você
                                exercício da compreensão global do texto e          pensa a respeito da atitude da personagem?
                                da sua inter-relação com outros textos e com        Você agiria assim? Por quê? Você
                                a vida.                                             concorda com as idéias do texto?
                                                                                    Argumente.)
                                Esse momento de discussão, tendo por base
                                o texto lido, deve ser realizado, sempre na
                                escola. Gostar ou não gostar do texto,
                                aprovar atitudes de personagens ou reprovar,
                                com base em argumentos pessoais,
                                concordar ou não com pontos de vista
                                diferenciados no texto, apresentando os
                                próprios porquês, tecendo comentários,
                                levando-se em conta conhecimentos de
                                mundo e os próprios princípios, tudo isso
                                sem perder o texto de vista, são exercícios
                                importantes para o desenvolvimento dessa
                                capacidade.

2.19 Ler com compreensão        A leitura, com compreensão, de diferentes
      diferentes gêneros        gêneros textuais perpassa pelo entendimento
      textuais.                 de que cada gênero requer um                                                                     R/T   T/C
                                comportamento de leitura, como já se disse         Leitura individual de textos de diferentes
                                na capacidade 2.5.                                  gêneros, adotando-se a postura adequada,
                                                                                    discutindo sobre o que leu.
                                Para contribuir com o desenvolvimento
                                dessa capacidade, é importante que o
                                professor proporcione aos alunos a
                                familiaridade com os mais diversos gêneros
textuais,      reconhecendo      as      suas
                             características gerais, do que costumam
                             tratar, como costumam se organizar, que
                             recursos lhe são comuns, para que servem.
                             Reconhecer diferentes gêneros textuais e
                             suas características gerais, seu suporte de
                             circulação, seu autor, época em que foi
                             publicado, com que objetivos foi escrito,
                             entre     outros,    favorece   bastante    a
                             compreensão, orienta adequadamente as
                             expectativas do leitor diante do texto e
                             durante a sua leitura, mesmo que nem todas
                             as características se confirmem em todos os
                             textos do mesmo gênero.

2.20 Ler oralmente com       Ler com fluência e expressividade, e com
     fluência           e    compreensão, supõe preparo. Para tanto, o
     expressividade. (com    professor pode criar situações em que o                                                            R/T/C   T/C
     ritmo,     entonação
                             aluno se sinta, como participante do texto,        Leitura expressiva de poemas, de textos
     adequada)                                                                   teatrais, participação em jograis, etc.
                             na função de narrador, de repórter de rádio
                             ou de televisão, em coro falado, em situação
                             de encenação. E o aluno, para esse
                             momento,      que    se     prepare    lendo
                             silenciosamente, lendo em voz alta, com
                             expressividade, ritmo, em situação real,
                             como para os pais e outros, em casa. Só
                             quem exercita compreende o que lê e é
                             capaz de fazer uma leitura oral competente.

2.21   Ler silenciosamente   A compreensão plena de textos de gêneros
       com compreensão e                                                        Leitura silenciosa de textos, como os que
                             variados supõe exercício permanente. Cabe
       autonomia.                                                                exigem tomada de atitude, para realizar        R/T/C   T/C
                             ao professor preparar o aluno para a leitura
                                                                                 tarefas (receitas, mapas de trajeto, manuais
                             autônoma, silenciosa, com compreensão, e
                                                                                 de instrução, regras de jogo, enunciado de
                             isto se faz colocando-o em contato com
                                                                                 questões, etc.)
                             textos de gêneros diversos, orientando-o a
                             adotar posturas de leitura adequadas a cada
                             gênero. É lendo que se aprende a ler num
                             processo de interação entre leitor e texto.
2.22 Ler obras literárias   Despertar      o     gosto    pela      leitura,   Conhecimentos Literários
     adequadas à faixa      principalmente a literária, um dos propósitos
     etária com gosto e     da escola, só acontece se o aluno perceber a              Leitura dos gêneros sugeridos para leitura,
     compreensão.                                                                      compreensão, análise e interpretação nesta
                            leitura como um ato prazeroso e necessário,
                                                                                       etapa:    novelas,   romances,     contos,     R/T   T
                            e se tiver um adulto como modelo. E o                      crônicas, lendas, mitos, poemas, letras de
                            professor é esse modelo, quando lê para o                  músicas, fábulas.
                            aluno e com o aluno, quando se mostra um
                            professor – leitor proficiente. Muitas vezes,             Reconhecimento das condições de
                            o aluno, como qualquer leitor, se sente                    produção e recepção de textos literários.
                            despertado para a leitura, mediante a
                                                                                      Reconhecimento        dos       elementos
                            recomendação, o depoimento, o comentário                   constitutivos dos gêneros indicados para a
                            de um outro leitor. Para o aluno, esse outro               leitura no ano.
                            leitor é, em especial, o seu professor.
                            Realizar sessões em que professor e alunos                Identificação dos elementos constitutivos
                            leem, apresentam e discutem os livros lidos,                da organização interna da narrativa
                            além de ser momento de prazer, é momento                    literária (personagens, foco narrativo,
                                                                                        local, tempo, descrições, conflito gerador,
                            de despertar, incentivar o outro para a leitura
                                                                                        enunciador do discurso direto, etc.)
                            de outros livros, de outros gêneros literários.
                                                                                      Elementos constitutivos da organização
                                                                                       interna do poema        (versos, rimas,
                                                                                       estrofação, etc.)

                                                                                      Intertextualidade: temas e gêneros

                                                                                      Textos da literatura: leitura e manejo do
                                                                                       suporte, escolhas, discussão e comentários
                                                                                       sobre a autoria, pesquisas.

                                                                                      Textos literários adaptados em outras
                                                                                       mídias, por exemplo cinema, novelas, etc.

                                                                                      Atitudes de leitura do texto literário.

                                                                                      Pesquisas sobre autores e obras.

                                                                                      Reconhecimento          dos   elementos
                                                                                       constitutivos da estrutura dos gêneros
                                                                                       indicados para a etapa.
CICLO
EIXOS                                                     CAPACIDADES                          DETALHAMENTO                              CONTEÚDOS/CONCEITOS                       COMPLEMANETAR
                                                                                                                                                                                   4° ANO   5º ANO

                                                      3.1 Identificar as letras,    Compreender que não se pode escrever               Reconhecimento do alfabeto e da            R/T/C      C
                                                          reconhecendo visual e     qualquer letra, mesmo que elas se pareçam           correspondência grafema/fonema
                                                          graficamente as de        graficamente, em qualquer posição numa
                                                          traçado semelhante.       palavra, significa ter consciência de que as
                                                                                    letras representam, na escrita, os fonemas
                                                                                    que são articulados na fala. Ler em voz alta,
                                                                                    o que se escreve, orientado pelo professor,
                                                                                    possibilita ao aluno perceber alguma troca
                                                                                    de letra e que a palavra escrita não foi bem
 EIXO 3 – Conhecimentos Ortográficos e Linguísticos




                                                                                    aquela que se pretendia escrever. Não basta,
                                                                                    portanto, corrigir a escrita do aluno, é
                                                                                    preciso provocar a análise e a reflexão a
                                                                                    respeito dessa escrita. É o conflito que
                                                                                    provoca a busca pela adequação da escrita.

                                                      3.2 Conhecer os usos das      Sempre que se escreve, escreve-se para ser         Emprego de letra maiúscula: nomes          R/T/C      C
                                                          letras maiúsculas e       lido, mesmo que seja pelo próprio autor. A
                                                          minúsculas,                                                                   próprios, início de frases e parágrafos.
                                                                                    partir dessa máxima, desenvolve-se a idéia
                                                          observando a caligrafia
                                                                                    de que a letra precisa seguir um traçado
                                                          e a legibilidade.
                                                                                    padrão e que escrever de forma legível é
                                                                                    uma necessidade para quem deseja que seu
                                                                                    texto seja lido. O emprego da letra cursiva,
                                                                                    da caligrafia legível e o da boa apresentação
                                                                                    para o texto, além da organização do texto
                                                                                    na página ainda continuam sendo objetivos a
                                                                                    serem alcançados por alunos e professores.

                                                                                    O emprego das letras maiúsculas e
                                                                                    minúsculas, nessa etapa da vida escolar, já
                                                                                    se supõe ser um conhecimento, se não
                                                                                    consolidado, em processo de consolidação.
                                                                                    Por supor regra ortográfica - letras
                                                                                    maiúsculas para nomes próprios e para início
                                                                                    de frase e minúsculas para as demais
                                                                                    palavras - esse aprendizado deve ser
sempre retomado tão logo se verifique o não
                                uso da norma. Em discussões coletivas,
                                sobre adequação ortográfica de textos
                                produzidos pelos alunos, bem como,
                                individualmente, em orientação para a
                                autocorreção e a reescrita do texto, a
                                intervenção do professor deve sempre
                                ocorrer.




3.3 Distinguir as consoantes    Trocar o /f/ pelo /v/, grafando vazenda,
     homorgânicas           e   quando se quisera escrever fazenda, explica-
     dominar      seu    uso.   se pela confusão provocada por fonemas que         Domínio do emprego das consoantes          T/C     T/C
     (Consoantes                                                                    homorgânicas
                                têm um mesmo ponto de articulação, cuja
     homorgânicas         são
     aquelas cuja pronúncia     diferença se dá na sonoridade. É preciso que
     se dá no mesmo ponto       a sílaba se constitua, porque os sons desses
     de    articulação.     A   fonemas são definidos sempre a partir do
     diferença entre os         apoio da vogal.
     pares       está      na
     sonoridade. (/f/e /v/, p    Nem todos os alunos têm dificuldades com
     e b, t e d, q e g,         os fonemas consonantais homorgânicos, mas
     (qu/gu).                   o professor precisa estar atento para as
                                situações em que a dificuldade ocorrer e
                                trabalhar com seus alunos os casos em pares
                                – guerra diferente de quero, vez diferente de
                                fez, bata diferente de pata - e assim por
                                diante.

3.4 Dominar a grafia de         Essa é uma capacidade que deve estar                                                           R/T/C   T/C
    palavras que podem          praticamente consolidada, entretanto o             Reconhecimento da diferença entre fala e
    ter, na escrita, a          professor precisa estar atento, porque pode         escrita.
    interferência        das
                                ser que os alunos já se tenham
    características da fala,
                                conscientizado de que o /i/ e o /u/ átonos de      Domínio da grafia de palavras que sofrem
    isto é, não se escreve
    como se fala, por           final de palavras sejam escritos com e e o          interferência da fala.
    exemplo,        falam-se    respectivamente – dente, pato. Mas há
    “denti”,      “mininu”,     situações, como o -r final dos infinitivos
    “tumati” escrevem-se
dente, menino, tomate.    verbais, o -ndo nos gerúndios, os ditongos
                               não pronunciados, que requerem uma
                               atenção especial do professor. Como
                               exemplo, podemos citar que, na fala
                               coloquial reproduzimos “Vô trabalhá/Tô
                               escreveno/O pexe nadô nu riberão, mas a
                               escrita, a não ser que seja fala de
                               personagem que dessa forma se expresse,
                               exige o padrão:

                               Vou trabalhar.

                               Estou escrevendo.

                               O peixe nadou no ribeirão.

3.5 Dominar          grafias   A capacidade aqui descrita diz respeito ao
    regidas por regras         emprego de grafemas, (letras) conforme sua          Domínio de grafias regidas por regras
    contextuais, isto é,       posição na sílaba ou na palavra, ou às letras        contextuais
    aquelas que dependem
                               que vêm antes e/ou depois. São os grafemas
    da posição que os                                                                                                       R/T/C   T/C
    fonemas/grafemas           c, g, h, l, m, n, r, s, x, z. O l têm valores
    ocupam na palavra          diferentes caso esteja no começo ou no final
    (por exemplo: e/o          da sílaba – bala e luva, alma, polvo e sol. No
    átonos em final de         começo não traduz dificuldade, é
    palavras; l, r, s, em      correspondência unívoca:som, letra. No final
    começo e final de          da sílaba, para falantes de algumas regiões
    sílabas; c e g diante de
                               do país, tem som da vogal u.
    a/o/u e diante de e/i,
    em início de palavras e
                               O h não tem valor sonoro no início de
    entre vogais etc.).
                               palavras (hora, homem) mas compõe os
                               dígrafos ch, lh, nh. As dificuldades poderão
                               surgir, no caso do ch cujo som corresponde a
                               alguns usos do x (chave e xarope) do lh pela
                               concorrência na pronúncia, por exemplo, de
                               velha e família, do nh em conseqüência da
                               nasalidade da vogal anterior.

                               O s e r apresentam valores diferentes: se
                               iniciais como em ramo e santo e se
                               intervocálicos, como em cara e rosa,
entretanto a regularidade se mantém.

O c e o g apresentam também valores
diferentes: se vierem antes a, o, u,
correspondem,       respectivamente, aos
fonemas /K/ e /g/, antes de e, i, o c
corresponde a /s/ e o g a /j/.

Em todos esses casos a regularidade se
mantém, há padrões que se repetem na
escrita e na leitura. É importante que o
professor possibilite aos alunos analisar e
entender essas correspondências, através da
exploração      sistemática,    contrapondo
exemplos adequados, para que a convenção
ortográfica seja apreendida e se consolide a
aprendizagem.

Quanto às vogais, é preciso que o professor
atente para o fato de que são apenas cinco
letras para, pelo menos, sete vogais orais
(casa, pele, cabelo, tipo, bola, bolo, pulo) e
cinco vogais nasalizadas (lã, pente, tinta,
ponto, assunto).

Caso as vogais e, o sejam tônicas, assim
serão pronunciadas e escritas, caso não
sejam tônicas, em final de palavras, são
pronunciadas como u/i mas escritas com e/o
(pente/sapo ), mesmo quando pretônicas, em
alguns casos de linguagem coloquial, isso
também ocorre, como em menino, tomate
cuja pronúncia ocorre como mininu, tumati.
3.6 Dominar e aplicar as        A situação da nasalidade possibilita formular      Domínio de regras ortográficas relativas à   R/T/C   C
    regras      ortográficas    regras. É preciso familiarizar-se com as            sinalização da nasalidade
    relativas à sinalização     palavras escrevendo-as, lendo-as nos textos.
    de nasalização (m, n e
                                Ex: lã, andar, comando, vento, tinto.
    til), bem como o uso
    da letra m antes de p e     Compor o banco de palavras possibilitará
    b e da letra n antes das    favorecer essa percepção.
    demais consoantes.
                                Quanto ao emprego de M antes de P e B, e N
                                antes das demais consoantes, há regularidade
                                o que facilita para os alunos a
                                sistematização. Entretanto é preciso que o
                                professor trabalhe sempre com esses casos
                                para que virem automatismo. Isso pode ser
                                realizado com a observação das palavras nos
                                textos, com jogos, como caça-palavras,
                                cruzadinhas e outros.

3.7 Dominar grafias regidas     Quanto a grafias regidas por regras                Domínio de grafias regidas por regras
    por regras morfológicas.    morfológicas, há situações que podem ser            morfológicas.
    Ex: viajem (verbo) e        sistematizadas com a ajuda do professor e                                                        R/T/C   T/C
    viagem     (substantivo),
    sufixo      -eza     nos
                                com alguns conhecimentos básicos de                Compreensão do processo de derivação na
    substantivos derivados      morfologia, mesmo que de forma intuitiva,           formação de palavras.
    de adjetivos – beleza,      com exemplos e elaboração de regras
    grandeza; sufixo – oso –    simples. A montagem do banco de palavras           Identificação das classes de palavras.
    formador de adjetivos       para esses casos, com os alunos, surte bom
    derivados             de    efeito, dando-se realce a cada caso.               Compreensão das flexões verbais (modo ,
    substantivos – guloso,                                                          tempo e pessoa).
    gostoso.                    Entre as situações de ortografia que
Regras morfológicas de          envolvem conhecimentos morfológicos e
ortografia são aquelas que
                                que podem ser sistematizadas estão:
levam em conta as classes
gramaticais, os processos de
composição e de derivação,             Substantivos abstratos derivados de
o emprego de sufixos e de               adjetivo com o emprego do sufixo –
desinências, entre outros               eza e – ez.
relativos à morfologia.
                                       Ex: belo –beleza
grande – grandeza

             limpo – limpeza

             rápido – rapidez

            grávido – gravidez

            escasso – escassez

       Desinência Modo-Temporal Pret.
        Imperfeito do Subjuntivo -SSE

        Cantasse

        Vendesse

        Brincássemos

        Lavassem

       3ª pessoa do singular do Pret.
        Perfeito do Indicativo sempre com
        ditongo terminado com u. Ex:
        cantou/vendeu/abriu/lavou

       3ª pessoa do plural do Futuro do
        Presente do      Indicativo sempre
        com -ão (por ser tônica) cantarão, -
        venderão, partirão, diferente da 3ª
        pessoa do singular do Pret. Perfeito
        do Indicativo - am (por ser átona)
        venderam, partiram, cantaram.

       Sufixo – oso formador de adjetivos
        a partir de substantivos:

Ex: corajoso/gostoso/feioso/meloso

    Sufixo – izar para formar verbos.

Ex: legalizar/agilizar/uniformizar (situação
diferente de analisar em que se acrescentou
apenas – ar)
    Sufixo     –gem     formador      de
                                        substantivos

                                        Ex:      folhagem/estiagem/viagem
                                        (diferente do verbo viajar que se
                                        escreve com j – Que eles viajem)

                               O aluno por si só não é capaz de fazer todas
                               essas associações. Cabe ao professor, com
                               habilidade,    num      processo    gradual,
                               retomando sempre, com atividades de
                               ensino, possibilitar ao aluno o automatismo
                               da escrita desses casos que permitem
                               sistematização. A aprendizagem dessas
                               regularidades garante ao aluno a escrita
                               correta de toda e qualquer palavra que se
                               enquadre nessas situações sistematizadas,
                               com raras exceções.



3.8 Memorizar a escrita        Quanto as grafias que não permitem                                                              R/T/C   T/C
    ortográfica de palavras    sistematização,     por     serem     escritas
    em que as relações                                                             Domínio da escrita de palavras de grafia
                               arbitrárias, não tendo apoio nem na posição
    fonema/grafema                                                                  arbitrária (palavras de uso mais comum).
                               na palavra, nem no contexto, sendo situações
    (som/letra)          são
    arbitrárias, isto é, não   específicas, particulares de cada caso, a
    obedecem a princípios      aprendizagem se faz           por meio da
    fonético-fonológicos       visualização e da memorização. É na
    (ex.: h inicial, l em      freqüência de usos, nas situações de leitura e
    final de sílabas, alguns   de escrita, na compreensão de seu
    casos de s e ss, de g e    significado (dimensão semântica) dentro dos
    j, de ch e x, etc).
                               textos, na observação da família de palavras,
                               que se dará o aprendizado delas.

                               O professor poderá estimular a observação e,
                               consequentemente, a memorização, com
                               atividades de uso de dicionário, com jogos
                               de ortografia, como palavras cruzadas, caça-
                               palavras, charadas, entre outros, em que
                               palavras     cujas    grafias    apresentem
dificuldades sejam o alvo da “brincadeira de
aprender”. O professor pode também
utilizar-se das aulas de informática para o
trato final aos textos produzidos. Ao
digitalizá-los, com o “corretor ortográfico”
acionado, a palavra será destacada. Com o
acompanhamento do professor, o aluno se
questionará se a palavra está escrita
incorretamente ou se não faz parte do
dicionário do computador. De qualquer
maneira será necessário certificar-se. Pode
ocorrer de uma palavra com mais de uma
grafia (seção, sessão e cessão – caçar e
cassar), empregada, inadequadamente, não
ser destacada pelo computador. Para esses
casos, o acompanhamento do professor é
sempre necessário e o uso do dicionário será
fundamental, já que essas palavras, ao mudar
a grafia, ganham outro significado
(parônimos homófonos).

No grupo das irregularidades ortográficas
temos os casos como:

    a) Um fonema (som) com vários
       grafemas (letras)

    Fonema /S/ antes de vogal:

            No início de palavras:

             Pode ser com S (santo, sentar,
             sino, sono, sendo), com C
             antes de e , i (cebola, cinema).

            No meio de palavras:

Escrevem-se com c - bicicleta, acidente -,
com ss - processo, essencial -, com xc -
exceção, exceto -, com ç - ação, criança -,
com sc -nascer, crescimento-. Antes de
vogal e depois de l e n o fonema /s/ pode ser
escrito com c (vencem, calcem), ou s (
pensem, embasar, valsa); ou ç (calças,
dançar, avançar)

    b) Um grafema (letra) representando
       outro ou vários fonemas:

            Grafema X

             - entre vogais, pode representar
             o fonema /Z/ (exame, exaltar),
             os fonemas /K S/ (táxi, reflexo)

            Grafema G

         - representando fonema /j/ antes de
         e, i: (garagem, girafa, gesso, gibi)

É importante que o professor estude e
planeje suas aulas de ortografia, a partir das
necessidades     percebidas     nos     textos
produzidos (reescrita) pelos alunos, de
situações reais de leitura e de escrita. Ter
clareza das particularidades de cada tipo e
dos caminhos, das estratégias pedagógicas
permitirá ao professor ajudar, com
competência, seus alunos, no complexo
aprendizado da escrita, mesmo sabendo que
não se consolidam todas essas aprendizagens
nessa etapa, já que a necessidade, a
descoberta e a apropriação de novas palavras
acompanham o indivíduo pela vida afora.
3.9 Usar o dicionário para     Aprender a usar o dicionário, em                                                                     R/T/C   C
    sanar dúvidas quanto à     conseqüência da compreensão do uso da
    grafia das palavras.       ordem alfabética, trará para o aluno a                Emprego do dicionário para certificação da
                               possibilidade de certificação do como se               escrita correta.
                               escreve uma determinada palavra. Esse é um
                               dos usos do dicionário, entretanto a escola
                               não deve se restringir a ele. O dicionário
                               deverá ser instrumento permanente na
                               escola, tanto para esse caso como para busca
                               de significado, de classe gramatical entre
                               outros.

3.10 Conhecer os usos da       Conhecer os usos da pontuação supõe                                                                  R/T/C   C
     pontuação de final de     compreender o seu emprego em favor do
     frases e de sinalização   texto e da finalidade comunicativa adotada
     de diálogos.
                               por quem o escreveu. Supõe também                     Emprego da pontuação em final de frase e
                               compreender que a pausa da fala não é                  em situação de diálogo (interrogação,
                               exatamente a pausa da escrita e que é esse             exclamação, reticências, travessão, dois
                               conhecimento que não nos permite utilizar              pontos, vírgula nas enumerações e para
                               vírgulas e pontos sem os critérios                     separar vocativo e aposto).
                               orientadores do emprego da pontuação. Um
                               terceiro ponto importante é saber que o uso
                               da pontuação nos textos tem o objetivo de
                               tentar traduzir, na escrita, a ênfase, a       Padrões da escrita
                               emoção, a intenção da fala, mesmo que seja
                               apenas por aproximação.                               Acentuação de palavras conhecidas.

                               Nessa etapa, o aluno precisa desenvolver a            Acentuação gráfica das proparoxítonas.
                               capacidade de empregar a pontuação em
                                                                                     Escrita de palavras de uso freqüente .
                               final de frase – ponto final, interrogação,
                               exclamação, reticências – imprimindo aqui a           Nasalização: “m” antes de “p” e “b”;
                               intenção do emprego desses sinais associada            contraposição (fazendo/fazeno) – uso
                               à intencionalidade contida no texto, se é              popular do gerúndio; sibilantes: /s/, /z/
                               declarar, perguntar, admirar-se ou deixar em           representados pela letra “s” (sapo, casa):
                               suspense o pensamento não acabado.                     sufixo: eza; fonemas /ch/, /ksi/, /s/, /z/
                                                                                      representadas pela letra “x” (xarope, fixo,
                               É claro que o professor, ao analisar, nos
                                                                                      próximo, exato); verbos na terceira
1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano
1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano
1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano
1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano
1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano
1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano
1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano
1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano
1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano
1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano
1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano
1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano
1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Planejamento 2012
Planejamento  2012Planejamento  2012
Planejamento 2012
 
Planejamento 3º ano
Planejamento 3º anoPlanejamento 3º ano
Planejamento 3º ano
 
Plano de aula
Plano de aulaPlano de aula
Plano de aula
 
Eixos Língua Portuguesa
Eixos Língua PortuguesaEixos Língua Portuguesa
Eixos Língua Portuguesa
 
Matriz bimestre 4ano
Matriz bimestre 4anoMatriz bimestre 4ano
Matriz bimestre 4ano
 
1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano
1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano
1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano
 
Plano 5ano 2011
Plano 5ano 2011Plano 5ano 2011
Plano 5ano 2011
 
Proposta curricular para o 3º ano do ensino fundamental
Proposta curricular para o 3º ano do ensino fundamentalProposta curricular para o 3º ano do ensino fundamental
Proposta curricular para o 3º ano do ensino fundamental
 
Pnaic producao textos_orais_escritos
Pnaic producao textos_orais_escritosPnaic producao textos_orais_escritos
Pnaic producao textos_orais_escritos
 
Planejamento anual 2 ano fund
Planejamento anual 2 ano fundPlanejamento anual 2 ano fund
Planejamento anual 2 ano fund
 
Planejamento anual 5 ano
Planejamento anual 5 anoPlanejamento anual 5 ano
Planejamento anual 5 ano
 
5º ano
5º ano5º ano
5º ano
 
Grade curricular do 5º ano
Grade curricular do 5º anoGrade curricular do 5º ano
Grade curricular do 5º ano
 
1ºano
1ºano1ºano
1ºano
 
Planejamento 4ª série
Planejamento 4ª sériePlanejamento 4ª série
Planejamento 4ª série
 
Plano de aula iv unidade 2014 1º ano doc1
Plano de aula iv unidade 2014 1º ano  doc1Plano de aula iv unidade 2014 1º ano  doc1
Plano de aula iv unidade 2014 1º ano doc1
 
Planos de estudo 4º
Planos de estudo 4ºPlanos de estudo 4º
Planos de estudo 4º
 
Planejamento anual 3 ano
Planejamento anual 3 anoPlanejamento anual 3 ano
Planejamento anual 3 ano
 
PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTALPROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
 
A unidade 5 ano 1 e 2
A unidade 5 ano 1 e 2A unidade 5 ano 1 e 2
A unidade 5 ano 1 e 2
 

Destaque

143313395 plano-de-intervencao-pedagogica-2012
143313395 plano-de-intervencao-pedagogica-2012143313395 plano-de-intervencao-pedagogica-2012
143313395 plano-de-intervencao-pedagogica-2012Selma Coimbra
 
Apresentação1 dia d correto dia dos pais 2013 correto
Apresentação1 dia d correto dia dos pais 2013 corretoApresentação1 dia d correto dia dos pais 2013 correto
Apresentação1 dia d correto dia dos pais 2013 corretoEunice Mendes de Oliveira
 
PNAIC - Ano 3 unidade 3
PNAIC - Ano 3 unidade 3PNAIC - Ano 3 unidade 3
PNAIC - Ano 3 unidade 3ElieneDias
 
Corrigido planejando as visitas às salas de aula -
Corrigido planejando as visitas às salas de aula -Corrigido planejando as visitas às salas de aula -
Corrigido planejando as visitas às salas de aula -Eunice Mendes de Oliveira
 
Atividade 3 5_eunice slides a formiga e a neve c
Atividade 3 5_eunice slides a formiga e  a neve   cAtividade 3 5_eunice slides a formiga e  a neve   c
Atividade 3 5_eunice slides a formiga e a neve cEunice Mendes de Oliveira
 
PNAIC - Refletindo sobre a ortografia na sala de aula
PNAIC - Refletindo sobre a ortografia na sala de aulaPNAIC - Refletindo sobre a ortografia na sala de aula
PNAIC - Refletindo sobre a ortografia na sala de aulaElieneDias
 
PNAIC - O trabalho com ortografia na escola
PNAIC - O trabalho com ortografia na escolaPNAIC - O trabalho com ortografia na escola
PNAIC - O trabalho com ortografia na escolaElieneDias
 
Pnaic unidade 3 sea - sistema de escrita alfabetica 1º encontro
Pnaic unidade 3   sea - sistema de escrita alfabetica  1º encontroPnaic unidade 3   sea - sistema de escrita alfabetica  1º encontro
Pnaic unidade 3 sea - sistema de escrita alfabetica 1º encontrotlfleite
 
Ano 2 pnaic 3º encontro blog2
Ano 2 pnaic 3º encontro blog2Ano 2 pnaic 3º encontro blog2
Ano 2 pnaic 3º encontro blog2miesbella
 

Destaque (20)

143313395 plano-de-intervencao-pedagogica-2012
143313395 plano-de-intervencao-pedagogica-2012143313395 plano-de-intervencao-pedagogica-2012
143313395 plano-de-intervencao-pedagogica-2012
 
Apresentação1 dia d correto dia dos pais 2013 correto
Apresentação1 dia d correto dia dos pais 2013 corretoApresentação1 dia d correto dia dos pais 2013 correto
Apresentação1 dia d correto dia dos pais 2013 correto
 
PNAIC - Ano 3 unidade 3
PNAIC - Ano 3 unidade 3PNAIC - Ano 3 unidade 3
PNAIC - Ano 3 unidade 3
 
Plano de aula
Plano de aula Plano de aula
Plano de aula
 
Planejamento 5º ano 2014
Planejamento 5º ano 2014Planejamento 5º ano 2014
Planejamento 5º ano 2014
 
Corrigido planejando as visitas às salas de aula -
Corrigido planejando as visitas às salas de aula -Corrigido planejando as visitas às salas de aula -
Corrigido planejando as visitas às salas de aula -
 
Dona Licinha conto1
Dona Licinha    conto1Dona Licinha    conto1
Dona Licinha conto1
 
Atividade 3 5_eunice slides a formiga e a neve c
Atividade 3 5_eunice slides a formiga e  a neve   cAtividade 3 5_eunice slides a formiga e  a neve   c
Atividade 3 5_eunice slides a formiga e a neve c
 
Falarcomdeu sco
Falarcomdeu scoFalarcomdeu sco
Falarcomdeu sco
 
Mensagem dia dos pais
Mensagem dia dos paisMensagem dia dos pais
Mensagem dia dos pais
 
Eunice
EuniceEunice
Eunice
 
PNAIC - Refletindo sobre a ortografia na sala de aula
PNAIC - Refletindo sobre a ortografia na sala de aulaPNAIC - Refletindo sobre a ortografia na sala de aula
PNAIC - Refletindo sobre a ortografia na sala de aula
 
Devocional diario (1)
Devocional diario (1)Devocional diario (1)
Devocional diario (1)
 
PNAIC - O trabalho com ortografia na escola
PNAIC - O trabalho com ortografia na escolaPNAIC - O trabalho com ortografia na escola
PNAIC - O trabalho com ortografia na escola
 
Trabahando com crianças do berçário
Trabahando com crianças do berçárioTrabahando com crianças do berçário
Trabahando com crianças do berçário
 
O menino que_aprendeu_a_ler[1]
O menino que_aprendeu_a_ler[1]O menino que_aprendeu_a_ler[1]
O menino que_aprendeu_a_ler[1]
 
Pnaic unidade 3 sea - sistema de escrita alfabetica 1º encontro
Pnaic unidade 3   sea - sistema de escrita alfabetica  1º encontroPnaic unidade 3   sea - sistema de escrita alfabetica  1º encontro
Pnaic unidade 3 sea - sistema de escrita alfabetica 1º encontro
 
Ano 2 pnaic 3º encontro blog2
Ano 2 pnaic 3º encontro blog2Ano 2 pnaic 3º encontro blog2
Ano 2 pnaic 3º encontro blog2
 
1 power~1
1 power~11 power~1
1 power~1
 
A arte de contar histórias
A arte de contar históriasA arte de contar histórias
A arte de contar histórias
 

Semelhante a 1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano

Planos de aula
Planos de aulaPlanos de aula
Planos de aulaMara Sueli
 
Fasciculo 1 primeiro encontro
Fasciculo 1   primeiro encontroFasciculo 1   primeiro encontro
Fasciculo 1 primeiro encontroAdriana Alves
 
Trabalhando com as capacidades
Trabalhando com as capacidadesTrabalhando com as capacidades
Trabalhando com as capacidadespipatcleopoldina
 
Alfabetizar letrando
Alfabetizar letrandoAlfabetizar letrando
Alfabetizar letrandoangelafreire
 
Concepcoes de alfabetizacao e letramento
Concepcoes de alfabetizacao e letramentoConcepcoes de alfabetizacao e letramento
Concepcoes de alfabetizacao e letramentozetesousa
 
Concepcoes alfabetizacao e_letramento
Concepcoes alfabetizacao e_letramentoConcepcoes alfabetizacao e_letramento
Concepcoes alfabetizacao e_letramentoPactoufba
 
PLANEJAMENTO 7º ANO (2023).pdf
PLANEJAMENTO 7º ANO (2023).pdfPLANEJAMENTO 7º ANO (2023).pdf
PLANEJAMENTO 7º ANO (2023).pdfssuser3646a1
 
PCNs de LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
PCNs de LÍNGUA PORTUGUESA.pptxPCNs de LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
PCNs de LÍNGUA PORTUGUESA.pptxRauennaOliveira
 
Plano de Ensino 1º ano - Anos Iniciais
Plano de Ensino 1º ano - Anos Iniciais Plano de Ensino 1º ano - Anos Iniciais
Plano de Ensino 1º ano - Anos Iniciais LOCIMAR MASSALAI
 
Planificação quem conta um conto aumenta um ponto
Planificação quem conta um conto aumenta um pontoPlanificação quem conta um conto aumenta um ponto
Planificação quem conta um conto aumenta um pontomaladigitalmourao
 
PLANEJAMENTO - LÍNGUA PORTUGUESA - 1 EM AV.docx
PLANEJAMENTO - LÍNGUA PORTUGUESA - 1 EM AV.docxPLANEJAMENTO - LÍNGUA PORTUGUESA - 1 EM AV.docx
PLANEJAMENTO - LÍNGUA PORTUGUESA - 1 EM AV.docxJeanFigueiredo12
 

Semelhante a 1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano (20)

1. lingua-portuguesa-1o-a-3o
1. lingua-portuguesa-1o-a-3o1. lingua-portuguesa-1o-a-3o
1. lingua-portuguesa-1o-a-3o
 
1. lingua-portuguesa-1o-a-3o
1. lingua-portuguesa-1o-a-3o1. lingua-portuguesa-1o-a-3o
1. lingua-portuguesa-1o-a-3o
 
Planos de aula
Planos de aulaPlanos de aula
Planos de aula
 
Fasciculo 1 primeiro encontro
Fasciculo 1   primeiro encontroFasciculo 1   primeiro encontro
Fasciculo 1 primeiro encontro
 
Trabalhando com as capacidades
Trabalhando com as capacidadesTrabalhando com as capacidades
Trabalhando com as capacidades
 
Planejamento
PlanejamentoPlanejamento
Planejamento
 
Cantinho
CantinhoCantinho
Cantinho
 
Unidade 5 - parte 2
Unidade 5 - parte 2Unidade 5 - parte 2
Unidade 5 - parte 2
 
Alfabetizar letrando
Alfabetizar letrandoAlfabetizar letrando
Alfabetizar letrando
 
DOCUMENTO CURRICULAR REFERENCIAL DO CEARÁ.pdf
DOCUMENTO CURRICULAR REFERENCIAL DO CEARÁ.pdfDOCUMENTO CURRICULAR REFERENCIAL DO CEARÁ.pdf
DOCUMENTO CURRICULAR REFERENCIAL DO CEARÁ.pdf
 
Concepcoes de alfabetizacao e letramento
Concepcoes de alfabetizacao e letramentoConcepcoes de alfabetizacao e letramento
Concepcoes de alfabetizacao e letramento
 
Concepcoes alfabetizacao e_letramento
Concepcoes alfabetizacao e_letramentoConcepcoes alfabetizacao e_letramento
Concepcoes alfabetizacao e_letramento
 
PLANEJAMENTO 7º ANO (2023).pdf
PLANEJAMENTO 7º ANO (2023).pdfPLANEJAMENTO 7º ANO (2023).pdf
PLANEJAMENTO 7º ANO (2023).pdf
 
Planejamento anual da 8ª série
Planejamento anual da 8ª sériePlanejamento anual da 8ª série
Planejamento anual da 8ª série
 
Planejamento 6º ano.pdf
Planejamento 6º ano.pdfPlanejamento 6º ano.pdf
Planejamento 6º ano.pdf
 
PCNs de LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
PCNs de LÍNGUA PORTUGUESA.pptxPCNs de LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
PCNs de LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
 
Plano de Ensino 1º ano - Anos Iniciais
Plano de Ensino 1º ano - Anos Iniciais Plano de Ensino 1º ano - Anos Iniciais
Plano de Ensino 1º ano - Anos Iniciais
 
SLIDE JAYSLA.pptx
SLIDE JAYSLA.pptxSLIDE JAYSLA.pptx
SLIDE JAYSLA.pptx
 
Planificação quem conta um conto aumenta um ponto
Planificação quem conta um conto aumenta um pontoPlanificação quem conta um conto aumenta um ponto
Planificação quem conta um conto aumenta um ponto
 
PLANEJAMENTO - LÍNGUA PORTUGUESA - 1 EM AV.docx
PLANEJAMENTO - LÍNGUA PORTUGUESA - 1 EM AV.docxPLANEJAMENTO - LÍNGUA PORTUGUESA - 1 EM AV.docx
PLANEJAMENTO - LÍNGUA PORTUGUESA - 1 EM AV.docx
 

Mais de Maria Vasconcellos (20)

Preprojeto de pesquisa
Preprojeto de pesquisaPreprojeto de pesquisa
Preprojeto de pesquisa
 
Matriz bimestre 3º_ano[1]
Matriz bimestre 3º_ano[1]Matriz bimestre 3º_ano[1]
Matriz bimestre 3º_ano[1]
 
Matriz bimestre 2º_ano[1]
Matriz bimestre 2º_ano[1]Matriz bimestre 2º_ano[1]
Matriz bimestre 2º_ano[1]
 
Matriz bimestre4º 5º_completo[1]
Matriz bimestre4º 5º_completo[1]Matriz bimestre4º 5º_completo[1]
Matriz bimestre4º 5º_completo[1]
 
Matriz bimestre 1º_ano[1]
Matriz bimestre 1º_ano[1]Matriz bimestre 1º_ano[1]
Matriz bimestre 1º_ano[1]
 
Matriz bimestre 2º_ano[1]
Matriz bimestre 2º_ano[1]Matriz bimestre 2º_ano[1]
Matriz bimestre 2º_ano[1]
 
Matriz bimestre 1º_ano[1]
Matriz bimestre 1º_ano[1]Matriz bimestre 1º_ano[1]
Matriz bimestre 1º_ano[1]
 
Matriz bimestre4º 5º_completo[1]
Matriz bimestre4º 5º_completo[1]Matriz bimestre4º 5º_completo[1]
Matriz bimestre4º 5º_completo[1]
 
Matriz bimestre 3º_ano[1]
Matriz bimestre 3º_ano[1]Matriz bimestre 3º_ano[1]
Matriz bimestre 3º_ano[1]
 
Matrizreferencia 3ano
Matrizreferencia 3anoMatrizreferencia 3ano
Matrizreferencia 3ano
 
6. artes-1o-a-3o
6. artes-1o-a-3o6. artes-1o-a-3o
6. artes-1o-a-3o
 
6.artes 4o-e-5o-ano
6.artes 4o-e-5o-ano6.artes 4o-e-5o-ano
6.artes 4o-e-5o-ano
 
5. ciencias-4o-e-5o-ano
5. ciencias-4o-e-5o-ano5. ciencias-4o-e-5o-ano
5. ciencias-4o-e-5o-ano
 
5. ciencias-1o-a-3o
5. ciencias-1o-a-3o5. ciencias-1o-a-3o
5. ciencias-1o-a-3o
 
4. historia-1o-a-3o
4. historia-1o-a-3o4. historia-1o-a-3o
4. historia-1o-a-3o
 
4.historia 4o-e-5o-ano
4.historia 4o-e-5o-ano4.historia 4o-e-5o-ano
4.historia 4o-e-5o-ano
 
3. geografia-1o-a-3o
3. geografia-1o-a-3o3. geografia-1o-a-3o
3. geografia-1o-a-3o
 
3.geografia 4o-e-5o-ano
3.geografia 4o-e-5o-ano3.geografia 4o-e-5o-ano
3.geografia 4o-e-5o-ano
 
2. matematica-1o-a-3o
2. matematica-1o-a-3o2. matematica-1o-a-3o
2. matematica-1o-a-3o
 
2.matematica 4o-e-5o-ano
2.matematica 4o-e-5o-ano2.matematica 4o-e-5o-ano
2.matematica 4o-e-5o-ano
 

1.lingua portuguesa-4o-e-5o-ano

  • 1. ,SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS SUBSECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃOBÁSICA SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA - PIP MATRIZ CURRICULAR – LÍNGUA PORTUGUESA – VERSÃO PRELIMINAR CICLO COMPLEMENTAR DA ALFABETIZAÇÃO - 4º E 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL CICLO COMPLEMENTAR EIX0 CAPACIDADES DETALHAMENTO CONTEÚDOS/CONCEITOS 4° ANO 5º ANO 1.1 - Conhecer e valorizar a Estar ativamente inserido na cultura escrita Vivência e conhecimento: escrita em significa ter comportamentos letrados, diferentes modos de atitudes e disposições, frente ao mundo da  dos espaços de circulação dos textos (no R/T T/C escrita (como interesse e gosto pela leitura), meio doméstico, urbano e escolar, entre produção e circulação e saberes específicos relacionados à leitura e à outros); EIXO 1 – Compreensão e Valorização da Cultura Escrita em diferentes usos e escrita que possibilitam usufruir de seus funções. benefícios. Diz respeito também ao saber  dos espaços institucionais de manutenção, onde e como a escrita é usada no universo preservação, distribuição, venda de Modos de produção – social, sua importância na vida das pessoas, material escrito (biblioteca, livrarias, Essa expressão diz quem produz textos escritos e quando são bancas, etc.); respeito às formas como produzidos, como e onde esses textos os textos se constroem e circulam e que vantagem a escrita traz para  das formas de aquisição e acesso aos se apresentam nos as pessoas, o mundo, para a cultura em textos (compra, empréstimo e troca de geral. livros, revistas, cadernos de receita, etc.); meios sociais (gêneros textuais). Exercitar essa capacidade significa colocar o  dos diversos suportes da escrita (cartazes, aluno em contato com diferentes gêneros e out-door, livros, revistas, folhetos Modos de circulação – suportes de textos escritos e possibilitar-lhe publicitários, murais escolares, livros Essa expressão se refere a vivência, o conhecimento e a utilização escolares, etc.); aos meios, isto é, aos dos diversos espaços de circulação de textos, suportes, através dos desde as bancas, livrarias, bibliotecas, sebos,  dos instrumentos e tecnologias utilizados quais os textos circulam aos espaços virtuais. para o registro escrito (lápis, cadernos, na sociedade, refere-se computadores, etc.). também ao onde e como encontrá-los.
  • 2. É importante que a escola, pela mediação do professor, desperte seu aluno para a observação da presença da escrita ao seu redor – em sua casa, na escola, na 1.2 - Reconhecer diferentes comunidade, no bairro, na cidade. – para a formas de acesso à informação reflexão a respeito da função da escrita nos diversos ambientes, para o entendimento de e ao conhecimento, em língua que a escrita está presente na vida das escrita, (biblioteca, bancas de pessoas – na identificação, nos documentos, revista, livrarias, internet, etc.) nos relacionamentos, nos negócios e em e saber, utilizá-las. outros setores e com várias funções. – Assim, é importante e necessário incentivar o aluno a ler tudo, textos de todos os gêneros, instalados nos mais diversos suportes, das leituras necessárias às leituras por prazer, por entretenimento. Isso contribuirá para que ele se torne, a cada dia, mais eficiente enquanto leitor nesse universo letrado. 1.3 - Conhecer os usos e Trabalhar os conhecimentos e capacidades  Reconhecimento e classificação, pelo R/T T/C funções sociais da escrita. envolvidos na compreensão dos usos e formato, dos diversos suportes da escrita, funções sociais da escrita implica trazer, tais como livros, revistas, jornais, folhetos. para a sala de aula, e possibilitar a observação e o manuseio pelos alunos de  Identificação das finalidades e funções da muitos textos dos mais variados gêneros e suportes, permitindo-lhes perceber funções, leitura de textos a partir do exame de seus igualdades/diferenças, características físicas suportes. e de conteúdo. Orientar os alunos para a exploração de materiais escritos - do  Relação entre suporte e possibilidade de dinheiro ao vale transporte, da bula de significação, de temática, de gênero, de remédio à receita de bolo, da notícia à lista finalidade do texto. de compras - valorizando seus conhecimentos prévios, permitindo deduções e descobertas a respeito dos usos e funções sociais, incentivando-os a criar hipóteses e a confirmar ou descartar suas expectativas, significa contribuir para que o aluno viva bem e interaja com competência, nessa sociedade “grafocêntrica”.
  • 3. 1.4 - Desenvolver Ser capaz de se utilizar da escrita no Reconhecimento e utilização do suporte e R R capacidades necessárias contexto escolar perpassa pelo conhecimento instrumento de escrita usuais na escola e em outros para o uso da escrita no e pela ampliação das possibilidades de contextos, respeitando-se suas especificidades: contexto escolar. emprego dos diversos instrumentos de leitura e de escrita de que a escola dispõe.  Sequenciação do texto nas páginas; Entre eles estão os livros didáticos, livros de  Disposição do texto escrito na página literatura, dicionários, enciclopédias, os (margens, parágrafos, espaçamentos entre próprios materiais de uso do aluno (lápis, as partes, títulos, cabeçalho); borracha, cadernos, agendas) os computadores, os instrumentos de vídeo,  Relação entre o texto escrito e as entre outros. ilustrações; O professor deve desenvolver trabalhos com  Reconhecimento de nome do livro, de seu a perigrafia do livro, isto é, analisar, saber as autor, editora e data de publicação; funções da capa, das orelhas, da quarta capa, do sumário, da apresentação, do prefácio.  Localização, no livro didático, no livro Também trabalhar com a utilização dos literário, no dicionário, na enciclopédia, na cadernos de forma organizada, orientando o internet, de uma informação desejada; aluno a respeitar margens, separar as atividades e disciplinas; com os textos  Consulta a índice, sumário; produzidos, sejam manuscritos, digitalizados no computador, máquina de escrever. É  Reconhecimento e utilização de saberes importante trabalhar a sua diagramação, relativos a como funcionam no disposição na página, a utilização da computador: estrutura pertinente ao gênero, o emprego de parágrafos, respeitando-se o alinhamento; no - a sequenciação do texto, trabalho com a confecção de cartazes, - a disposição na página, panfletos, propagandas, é necessário discutir e acordar quanto a utilização da letra no - a relação com imagens e ilustrações. tamanho adequado, a conjugação entre linguagem verbal e não-verbal, a disposição  Reconhecimento e utilização do texto, no da informação; enfim preparar o aluno para cartaz considerando-se: disposição, tipos estar apto a se utilizar de todas as de letra, recursos gráficos. possibilidades de leitura e de escrita, no ambiente escolar e, consequentemente, fora  Reconhecimento de como se leem dele. histórias em quadrinho, tirinhas, livros literários (capa, contracapa, orelhas), jornais (primeira página, cadernos, seções), revistas (índices por tema ou por seção), textos de opinião, notícias, propagandas, classificados, entre outros.
  • 4. 1.5 - Desenvolver Desenvolver capacidades para o uso da  Manuseio de livros escolares, de literatura, R/T T capacidades necessárias escrita nos contextos sociais supõe preparar de pesquisa, dicionários, enciclopédias, para o uso da escrita em o aluno para a compreensão e o emprego dos cadernos, computador, e de demais diferentes ambientes, diversos gêneros textuais que circulam na instrumentos de leitura e escrita. contextos sociais. sociedade. Essa interação com os textos, seus suportes (jornais, revistas, out-doors,  Cuidado com os textos manuscritos: letra embalagens, entre outros) seus usos e legível, conservação dos espaços na funções, seu contexto de circulação é página, paragrafação, diagramação construída também e inclusive com o conforme as características físicas do trabalho do professor, em sala de aula. gênero, dando prioridade à adequação e a Explorar jornais, revistas; desenvolver ações estética da apresentação do texto; como planejar e realizar excursões, visitas a feiras de cultura, idas a teatro, a exposições  Cuidado com os textos digitalizados: de arte, a cinema; realizar atividades que disposição do texto na tela, diagramação e exijam leitura de resenhas, de planfletos, de formatação adequadas às características do propagandas, de planos de viagens; que gênero e do suporte de circulação; exijam produção de convite de solicitação,  Atenção ao conteúdo: fidelidade ao tema, de permissão, de comunicados, de tratamento adequado ao conteúdo é a planejamento, antes, e de relatórios, após a linguagem, considerando-se o destinatário, realização do evento, são experiências que a situação comunicativa e o objetivo do permitem colocar o aluno em situações reais texto a ser escrito, respeitando-se o gênero de leitura e de produção de textos orais e e o suporte em que o texto poderá circular. escritos. Abre possibilidades para que o aluno se torne usuário da leitura e da escrita, no universo social, com competência. .
  • 5. CICLO COMPLEMANETAR EIXOS CAPACIDADES DETALHAMENTO CONTEÚDOS/CONCEITOS 4° ANO 5º ANO 2.1 Desenvolver atitudes As disposições favoráveis à leitura Desenvolvimento de atitudes de leitura: e disposições manifestam-se pela adesão a práticas sociais favoráveis à leitura. próprias do universo da cultura escrita.  Atitudes de leitura: visita a bibliotecas, a R/T T Dentre essas práticas, estão ir a bibliotecas, banca de jornal, a livrarias; atenção aos freqüentar livrarias e bancas, visitar sebos, escritos urbanos e escolares; uso do ter disposição para ler os escritos que computador: busca de informações na organizam o cotidiano da escola e do meio internet, uso das salas de bate-papo, social. Estão também atividades de produzir manutenção de correspondência ( e-mail). e organizar espaços, na escola e no meio em que se vive, para realização de leituras, para produção de instrumentos como jornais, murais, para levar e buscar informações, para ler, para se comunicar. Assim, adotar atitudes coerentes com esses ambientes, como também saber utilizar-se das EIXO 2 - Leitura EIXO 2 - Leitura possibilidades e recursos que esses espaços têm a oferecer são comportamentos e aprendizagens que a escola, continuamente, deve ajudar o seu aluno a desenvolver, praticando essas atividades com ele. 2.2 Identificar diferentes Para o desenvolvimento dessa capacidade  Gêneros sugeridos para leitura, gêneros textuais, de identificar diferentes gêneros textuais, há compreensão, análise e interpretação, para a considerando sua função que se considerar, nessa etapa escolar, a R/T T/C etapa: textos instrucionais, manchetes, social, seu circuito introdução de gêneros ainda não trabalhados, reportagens, legendas, artigos de divulgação comunicativo e suas características ou a escolha de textos de gêneros já científica, verbetes de dicionário e lingüístico-discursivas. trabalhados, mas com maior grau de enciclopédia, textos informativos, cartas de (vocabulário, nível de complexidade adequado à etapa escolar. leitor, tiras de jornal, relatos de experiência, linguagem, emprego de Essa complexidade pode ser observada na entrevistas, tabelas, diagramas, textos não - determinadas palavras, temática desenvolvida, na estruturação do verbais, textos mistos (verbal e não- verbal), frases mais elaboradas, texto, no vocabulário menos comum, na entre outros. presença dos conectores, utilização de frases mais elaboradas, entre entre outros). outros aspectos. Identificar o gênero do texto  Exploração de gêneros diversos (já pela função, finalidade, pelo ambiente de trabalhados no ciclo anterior e os circulação, pelos aspectos lingüístico-
  • 6. discursivos supõe ser capaz de reconhecer o recomendados para esta etapa): seu destinatário pela linguagem empregada, se gírias, se linguagem formal, o ambiente -Contos infantis, tirinhas, notícias, cartilha comunicativo, para que servem , se para educativa, instruções de usos, de operação e informar, convencer, advertir, instruir, montagem de aparelhos e objetos, de confecção, comentar, divertir, explicar, orientar, etc. É texto didático, enunciado de questões, poemas, importante, no trabalho com esse aspecto da artigos de divulgação científica (de revistas competência, utilizar estratégias de ensino voltadas para o público infantil), mapas, tabelas, para se discutir, por exemplo, a diferença gráficos, outros. entre relatar uma informação e informar algo  Exploração de imagens, título, autor dos e que relatar é contar um fato e que, quando textos lidos, fonte, datade publicação, se informa, tem-se a intenção de apresentar suporte, outros. uma idéia um conhecimento novo ao leitor. E tudo isso se faz com leitura e análise de  Exploração da perigrafia do livro (capa, textos de gêneros variados, trabalhando folha de rosto, sumário, quarta capa, esses saberes. orelhas, prefácio, etc.). 2.3 Antecipar conteúdos Criar expectativas para leitura, questionando de textos a serem de onde vem o texto, se vem de jornal, lidos a partir do revista, livro, folheto, se acompanha um R/T T/C  Adoção de procedimentos de leitura: suporte, do gênero, produto, um remédio; quanto ao formato, se da contextualização, se parece com algum texto já lido, de que recuperação de informações, de das características assunto deve tratar, para que e para quem foi sequências, de assuntos, de temas, de gráficas e de escrito, a data de publicação, o autor, a vocabulário; estratégias de antecipação, de conhecimentos editora, o suporte de onde foi extraído decifração, seleção, inferência e prévios sobre o tema. possibilita a motivação e facilita a verificação. compreensão. Essas hipóteses levantadas, entretanto, precisam ser confirmadas ou  Levantamento e confirmação de hipóteses, descartadas/substituídas, durante a leitura, antes e no decorrer da leitura. considerando-se os elementos do texto que garantam isso.  Identificação das finalidades e usos sociais É preciso também levar em conta os de textos e seus portadores. conhecimentos prévios dos alunos sobre aquele assunto, o que eles sabem a respeito  Reconhecimento das condições de da temática, levantar hipóteses sobre o produção e leitura de textos. ambiente em que o texto circulará e para quem foi escrito. Esses são caminhos para o professor, além de incentivar para a leitura, criar ambiente para a sua compreensão.
  • 7. 2.4 Levantar e confirmar Uma vez levantadas as hipóteses antes da hipóteses relativas ao leitura, é preciso confirmá-las ou descartá- conteúdo de las, durante a leitura. E suscitar novas, junto R/T T/C passagens diversas com os alunos, para as passagens que estão (acontecimentos, partes do texto, os por vir. Um leitor proficiente já faz isso fatos que estão instintivamente, é preciso criar esse hábito expressos no texto) nos leitores iniciantes. As fábulas, os contos, do texto que está os romances, lidos pelo professor em forma  Hipóteses sobre a função e funcionalidade sendo lido. de capítulos são excelentes instrumentos da escrita. para o desenvolvimento dessa capacidade. Utilizar a técnica de leitura da pausa protocolada possibilita o desenvolvimento dessa capacidade, com sucesso. 2.5 Selecionar Para cada gênero textual se adotam procedimentos de diferentes posturas de leitura. Não se lê uma leitura adequados a carta de amor como se lê uma receita R/T T diferentes objetivos e culinária ou um manual de instrução. Essa interesses (ler para se divertir, para obter capacidade precisa ser desenvolvida na informações, para escola, e isso se faz ao trabalhar com o  Adoção de procedimentos de leitura seguir instruções, etc) aluno, em sala de aula, com textos de adequados aos interesses e objetivos: e às características do gêneros variados: notícias, avisos, anúncios, desenvolvimento de estratégias de leitura gênero. cartas, contos, poemas, bulas, entre outros, (folhear um livro ou uma revista, lendo evidenciando o “para que” se lêem esses somente títulos e subtítulos; buscar textos, o que se busca neles quando são informações específicas em jornais, lidos. É esse exercício que possibilita ao folhetos de supermercados, rótulos de aluno adotar atitudes diferentes de leitura ao produtos alimentícios, catálogos se colocar diante de um texto. telefônicos, escolher as entradas pertinentes entre as possibilidades oferecidas pelos sites de busca da internet, avaliar numa pagina os links que podem interessar, usar o índice ou sumário para buscar a informação desejada; ler cuidadosamente palavra por palavra para revisar o texto; sublinhar palavras ou trechos para recuperação futura de informações, etc. ).
  • 8. 2.6 Relacionar o texto que O trabalho com essa capacidade possibilita R/T T está sendo lido a ao aluno reconhecer as diferenças e outros textos orais ou proximidades entre textos que tratam do escritos, reconhecendo mesmo tema, do mesmo assunto, em função diferentes formas de  Relações entre textos: tratar uma do leitor-alvo, da ideologia, da época em que informação, em foi produzido e das intenções comunicativas. - Identificação de relações intertextuais função das condições Como exemplo disso, encontram-se em que o texto foi historinhas infantis utilizadas nos textos - Estabelecimento de relação entre textos que produzido e daquelas publicitários, textos clássicos trazidos para tratam do mesmo tema, reconhecendo em que será recebido. explicar ou como recurso para análise crítica posicionamentos semelhantes ou distintos do cotidiano, entre outros, em que se relativos ao tema desenvolvido. estabelece o diálogo entre textos. Uma estratégia para o desenvolvimento dessa capacidade é proporcionar ao aluno a leitura de textos relacionados ao mesmo tema, contendo diferentes posições. Podem ser textos retirados de diferentes portadores – jornais, revistas, internet, campanhas publicitárias, entre outros. É importante despertar nos alunos a consciência de que há vários textos de diferentes gêneros textuais que, embora tratem do mesmo tema, podem expressar sentidos diferentes, conforme a intenção do autor. 2.7 Compreender Ler com compreensão inclui, entre outros, globalmente os textos três componentes básicos: a compreensão lidos, identificando o linear, a produção de inferência, a tema central, sendo compreensão global. A compreensão linear capaz de localizar R/T T supõe ler o que está escrito e saber, ao final  Relação título/ texto na construção da informações explícitas e de inferir da leitura, se texto narrativo, o que acontece, coerência do texto lido. informações onde, quando, quem fez o que, com quem, implícitas, inter- como e por quê. Se o texto for  Aplicação de estratégias básicas para a relacionando essas argumentativo, saber de que fala o texto, que produção de respostas pertinentes a informações no idéias defende, que argumentos utiliza para perguntas feitas (Como? Quando? Onde? processo de Por quê? Quem? O Quê? Explicite. convencer o leitor, a que conclusões compreensão. Argumente. Explique. Justifique.) chega.Com isso se permite identificar o tema do texto, sendo capaz de compreender o que
  • 9. é informação principal e o que é secundária.  Identificação do assunto dos textos lidos. O segundo componente – a produção de  Associação dos temas dos textos ao seu inferências – diz respeito à compreensão do conhecimento prévio ou de mundo. que está sugerido no texto, mas não está dito às claras, não está explicitado em palavras,  Articulação de informações explícitas e valendo-se dos conhecimentos prévios do implícitas, estabelecendo relações entre leitor e das pistas que o próprio texto elas para a produção de sentidos. oferece. Assim, a compreensão global do texto, terceiro componente, não se dá apenas pelo processamento das informações explícitas, mas pela integração das informações expressas, com os conhecimentos prévios do leitor e/ou com elementos pressupostos no texto. 2.8 Inferir, pelo contexto o Os alunos do Ciclo Complementar devem R/T T sentido das palavras ou ser preparados para inferir o sentido de uma expressões. palavra ou expressão a partir do contexto no qual ela aparece. As palavras são  Exploração de palavras e /ou expressões polissêmicas, isto é, podem assumir sentidos desconhecidas apresentadas nos textos diferentes em contextos diferentes. É preciso lidos. que o professor trabalhe com os alunos essa capacidade de forma que sejam capazes de  Reconhecimento dos efeitos de sentido realizar esse tipo de inferência, percebendo o produzidos no texto pelo uso intencional sentido que a palavra assume dentro do de palavras, expressões, recursos gráfico- texto. visuais, pontuação. Numa frase como: Scliar “é ainda um biógrafo de mão cheia.” A expressão de “mão cheia” foge ao seu sentido próprio para significar um biógrafo talentoso, competente. (Para Gostar de Ler volume 27. História sobre Ética . Ática, 1999.) É diferente de uma frase, por exemplo, construída assim: Saiu com a mão cheia de
  • 10. doces. Essa expressão não traz nenhuma conotação, nenhum sentido figurado, é mesmo literal o seu significado. Não depende do contexto a sua compreensão. Os textos poéticos, literários, publicitários são especialmente úteis para o trabalho com os diferentes sentidos das palavras e das expressões dentro do contexto. O professor deve se dar conta de que é bom considerar nessas atividades o conhecimento de mundo dos alunos. Sua experiência com as palavras e as expressões prontas (idiomáticas) ajuda no desenvolvimento dessa capacidade. Com o trabalho freqüente de leitura e análise de textos, buscando-se compreender o sentido das palavras e das expressões neles contidas, o aluno chegará a inferir o sentido até mesmo de expressões pouco familiares, de vocabulários mais complexos, considerando pistas textuais e valendo-se de sua experiência de mundo e leitor. 2.9 Identificar variedades Essas competências 2.9 e 2.10 relacionam-se linguísticas que ao fato de que a língua não é imutável e faz  Reconhecimentos das variantes concorrem para a parte do patrimônio social e cultural de uma lingüísticas presentes no texto em construção do sentido sociedade. Assim, identificar marcas articulação com a identificação do locutor R/T T do texto, isto é, lingüísticas significa reconhecer as variações e do interlocutor, dentro do texto e no reconhecer as marcas que uma língua apresenta, de acordo com as processo de comunicação. da linguagem condições sociais, culturais, regionais e coloquial ou da históricas em que é utilizada. As variações  Variantes lingüísticas contextuais linguagem formal, lingüísticas, evidentemente, manifestam-se identificando o locutor por formas, marcas, estruturas que revelam ou o interlocutor por características (regionais ou sociais) do meio dessas marcas. locutor (quem assume a voz no texto) e, por
  • 11. 2.10 Reconhecer a presença vezes, do interlocutor (a quem se destina o de diferentes texto). Essas variações são, portanto, enunciadores resultado do empenho dos interlocutores  Identificação de recursos lingüísticos e (narrador, gráficos utilizados nos textos, como para se ajustarem às condições de produção personagens, marcadores de enunciação (fala do R/T T/C participantes de e de circulação do texto. enunciador). diálogo, enfim quem assume a voz), nos O professor, em sala, deve trabalhar com textos lidos, textos que contenham muitas variantes  Leitura de contos, histórias em quadrinhos, identificando as lingüísticas, como expressões informais, anedotas, piadas, em que apareçam marcas gráficas e expressões regionais, expressões personagens que utilizam variedades linguísticas que características de uma faixa etária ou de uma lingüísticas diferentes da padrão ( por ex, sinalizam suas vozes época, etc. Pode trabalhar a variação Chico Bento) e exploração dos efeitos de (aspas, dois pontos, sentido provocados por esses usos. lingüística em gravações de áudio e vídeo de travessão, emprego do verbo na 1ª textos orais, dramatização de textos de vários gêneros e em atividades com música  Exploração de variedades lingüísticas em pessoa, emprego do pronome você nos de gêneros variados. diferentes situações comunicativas. textos publicitários, discurso direto e É importante que o aluno perceba as marcas  Identificação de recursos usados em indireto, etc). de coloquialidade ou de formalidade de uma entrevistas para diferenciar as perguntas modalidade lingüística e identifique o do entrevistador das respostas do locutor e o interlocutor por meio das marcas entrevistado. lingüísticas e gráficas que sinalizam suas  Uso das aspas para marcar falas de vozes. personagens.  Identificação de recursos usados nas histórias em quadrinhos para marcar as falas das personagens.  Exploração dos efeitos de sentido provocados pelo uso de verbos que introduzem falas (verbos de elocução): murmurar, dizer, contestar, resmungar, protestar, interrogar, etc.  Reconhecimento da utilização de regras básicas de concordância verbal e nominal em textos escritos na norma padrão.
  • 12. 2.11 Distinguir fato de O desenvolvimento dessa capacidade R/T T/C opinião. possibilita ao aluno identificar, no texto, um  Exploração de notícias, reportagens, fato relatado e diferenciá-lo do comentário resenhas publicadas em cadernos de que o autor, ou narrador, ou a personagem jornais voltados para o público infantil, fazem sobre esse fato. Recorrendo a textos identificando palavras ou expressões que de gêneros variados como notícias, contos, introduzem opinião (eu acho, penso, crônicas e outros, dentre os narrativos e entendo, etc.), dos verbos de elocução também em meio aos argumentativos, o (dizer, exclamar, resmungar, argumentar, professor possibilitará ao aluno reconhecer o etc). que é opinião e o que é fato narrado. Por exemplo, no texto de Rubem Braga, As  Percepção das escolhas lexicais (como enchentes da minha infância, linha 10 – adjetivação do fato ou das atitudes, uso de “Então vinham todos dormir em nossa casa. advérbios, etc.) dos articuladores usados Isso para nós era uma festa...” traduz seu para introduzir opiniões e contraopiniões ( sentimento, seu ponto de vista com relação no entanto, apesar disso, embora, etc.) e ao fato narrado. recursos de modalização (advérbios, verbo auxiliar modal, etc.) O fato real está no relato “vinham todos dormir em nossa casa”. O que retrata a opinião, o que poderia ser diferente conforme a concepção do narrador- personagem está no trecho: “Isso para nós era uma festa...”. Esse traduz seu sentimento, seu ponto de vista com relação ao fato narrado. 2.12 Identificar efeitos de A ironia consiste em, aproveitando-se do R/T T/C ironia ou humor em contexto, utilizar palavras que devem ser  Interpretação de recursos que provocam textos variados. compreendidas no sentido oposto do que humor e/ou ironia (caricatura, aparentam transmitir. ambigüidades, exageros, duplicidade de sentido, metáforas, recursos gráficos, Compreender a ironia presente no texto imagens, etc.) supõe, num processo de inferência, que o leitor ou o ouvinte devem entender que o que é dito corresponde, na verdade, ao contrário do que é explicitamente afirmado.
  • 13. Textos ,como quadrinhos, anedotas, charges, tiras, propagandas, entre outros, se utilizam largamente de recursos expressivos. O  Exploração de textos de humor (tiras, professor deve provocar, seus alunos para charges, anedotas, etc.) que percebam neles os efeitos de sentido que o autor, intencionalmente, quis provocar, se ironia, se humor, com o emprego das palavras de duplo sentido (ambigüidades), jogo de palavras, da pontuação, de expressões metafóricas, de onomatopéias, de palavras de sentido conotativo e de outros recursos. Sem compreender a ironia ou o humor de uma piada não se compreende o texto. 2.13 Identificar os Identificar os elementos estruturadores de elementos que uma narrativa significa dizer onde, quando, constroem a narrativa como, com quem os fatos ocorrem, bem R/T T/C (lugar, tempo, o fato como sob que ponto de vista a história é propriamente dito, narrada. Essa capacidade envolve ainda o  Exploração de contos infantis, narrativas com quem os fatos ocorrem, sob que reconhecimento do fato que deu origem à de aventuras, identificando o narrador, o ponto de vista a história. (conflito ou fato gerador), o clímax espaço em que se desenvolve a ação, as história ou o fato é e o desfecho da narrativa. Esses elementos personagens, o fato que deu origem à narrado), como dizem respeito tanto às narrativas literárias trama envolvendo as personagens. também reconhecer o (contos, fábulas, romances) como as não – que deu origem à literárias como as notícias dos jornais. história ou ao fato narrado, isto é, o É trabalhando esses elementos, a partir das conflito gerador do enredo. narrativas mais simples até as mais complexas (lidas, contadas, encenadas), que o professor ajudará seus alunos a dominar essa capacidade.
  • 14. 2.14 Reconhecer as relações Em todo texto de maior extensão, aparecem que organizam o expressões conectoras – sejam conjunções, conteúdo dos textos: preposições, advérbios e respectivas  Reconhecimento de expressões conectoras R/T T tempo, espaço, causa, (conjunções, preposições, advérbios e suas locuções – que criam e sinalizam relações consequência, locuções), seus significados e as relações finalidade, condição, semânticas (de significado) de diferentes naturezas. Reconhecer essas palavras ou de sentido que estabelecem dentro do oposição, conclusão, comparação, entre expressões e seus respectivos significados e texto. outras. funções possibilitam ao aluno reconhecê-las  Reconhecimento das flexões verbais de nos textos lidos, compreendendo as relações de sentido que estabelecem, como também modo e de tempo como recursos lingüísticos em favor da coerência e do empregá-las em seus próprios textos fortalecimento das relações de sentido. conforme a sua intenção comunicativa. Para desenvolver essa capacidade, o professor pode se valer de textos de gêneros variados para trabalhar as relações lógico- discursivas (isto é, trabalhar as relações que possibilitam organizar o discurso, o texto, as idéias conforme a intenção do autor). É preciso mostrar aos alunos que todo texto se constrói a partir de múltiplas relações de sentido que se estabelecem entre os enunciados que compõem o texto. Os textos argumentativos, os textos informativos (como as notícias), os literários são excelentes para trabalhar o desenvolvimento dessa capacidade, uma vez que se utilizam largamente desses recursos. 2.15 Reconhecer os elementos Diferentes partes de um texto podem estar que compõem a cadeia de interligadas por uma expressão que se repete referentes de um texto,  Reconhecimento de recursos lingüísticos literalmente, ou que é substituída por um compreendendo o que sinalizam a continuidade de pronome, por um sinônimo, por uma palavra processo de introdução e informações e a introdução de informações de retomada de ou expressão da mesma família de novas ( pronomes, expressões nominais informações possibilitado significado, isto é, do mesmo campo R/T T referenciais – sinônimos, palavras e pelo emprego de semântico (hiperônimo, hipônimo). expressões do mesmo campo semântico, pronomes, como os pessoais, os Por essas vias, nada no texto está solto. Tudo etc.). demonstrativos, os continua e se articula numa rede de relações,
  • 15. possessivos, relativos, e de forma que o texto resulta numa unidade, pelo emprego de num todo articulado e coerente. sinônimos ou expressões do mesmo campo O professor, ao trabalhar o texto com os semântico. alunos, deve exercitar a percepção da coesão textual, isto é, a relação que as palavras e frases de um texto mantêm entre si. (Ex: A que informação do texto se referem o pronome ele, e expressões como naquele dia, seu brinquedo? E as expressões a pobre menina, a garota de coração novo? E o pobre lenhador, o vendedor de lenha dentro da história de João e Maria?) Sugere-se, nessa etapa escolar, que o professor trabalhe, principalmente, a referência pessoal, representada pelos pronomes pessoais, e a coesão textual, por meio de termos sinônimos ou mesmo palavras afins que pertençam a um mesmo campo semântico. Os textos verbais, de gêneros variados, possibilitam esse trabalho. 2.16 Perceber a pontuação Os sinais de pontuação, como reticências, como um dos ponto final, vírgulas, exclamação, elementos interrogação, podem expressar sentidos R/T R/T orientadores na variados, além dos próprios, e possibilitar produção de sentido. uma leitura para além dos elementos  Percepção da presença e do efeito de superficiais do texto é auxiliar o leitor na sentido produzido pelo emprego da construção de novos significados. pontuação no texto lido. Reconhecer, por exemplo, que a frase “Tudo bem?”, em um cumprimento, não é interrogativa, mas apenas uma saudação e que “Que bonito!”, quando alguém observa que se fez algo não muito recomendável, não é uma exclamação de elogio, mas uma censura, uma reprovação é ampliar o
  • 16. horizonte de compreensão e significado para além das regras. Com o objetivo de desenvolver essa capacidade, o professor pode orientar os alunos, ao longo do processo de leitura, a perceber e analisar a função desses sinais como elementos significativos para a construção de sentidos e não apenas para a sua função gramatical. Utilizar, nas aulas, textos publicitários, poemas, as narrativas com discurso direto, as anedotas, entre outros que utilizam amplamente dos recursos da pontuação expressiva possibilitará aos alunos o exercício de perceber os efeitos de sentido, no texto, provocados por eles. 2.17 Interpretar textos Construir a compreensão global do texto levando em conta perpassa pela análise do texto verbal e de pistas gráficas (caixa tudo o mais que o autor utilizou, R/T T/C alta, grifo, etc), conscientemente, na construção do seu texto: imagens (fotos,  Reconhecimento de pistas gráficas (itálico, ilustrações, gráficos, as imagens, a ilustração, os recursos gráficos caixa alta, negrito, etc.), imagens etc) e elementos e os mecanismos de notação, como o itálico, (ilustrações, gráficos, etc.) e elementos contextualizadores o negrito, a caixa alta, o tamanho da fonte e (data, local, suporte, contextualizadores (data, local, suporte, outros. etc). editora, autor) na composição do sentido Reconhecer o suporte, o gênero , quando o do texto lido. texto foi escrito e publicado, o seu autor, entre outras informações, que são elementos contextualizadores, isto é que permitem ao leitor situar o texto no tempo e no espaço contextuais, possibilita ao leitor dispensar ao texto o devido tratamento, como credibilidade, confiança na informação, utilização dos dados, dentre outros. Esse trabalho se inicia na escola. Cabe ao professor, ao desenvolver com os alunos
  • 17. essa capacidade, instigá-los a exercitar a análise e a observação desses itens além do texto propriamente dito, uma vez que é esse conjunto que compõe o sentido do texto. 2.18 Avaliar crítica e Compartilhar emoção, compreensão, afetivamente o texto posicionamento crítico com os colegas e lido, fazendo professores, projetando o sentido do texto R/T T/C apreciações quanto a para outras vivências, realidades, valores que o texto possibilita realizar. conhecimentos de mundo, de forma  Discussão a respeito dos textos lidos pertinente, com base no texto, faz parte do (gostou, não gostou, por quê? O que você exercício da compreensão global do texto e pensa a respeito da atitude da personagem? da sua inter-relação com outros textos e com Você agiria assim? Por quê? Você a vida. concorda com as idéias do texto? Argumente.) Esse momento de discussão, tendo por base o texto lido, deve ser realizado, sempre na escola. Gostar ou não gostar do texto, aprovar atitudes de personagens ou reprovar, com base em argumentos pessoais, concordar ou não com pontos de vista diferenciados no texto, apresentando os próprios porquês, tecendo comentários, levando-se em conta conhecimentos de mundo e os próprios princípios, tudo isso sem perder o texto de vista, são exercícios importantes para o desenvolvimento dessa capacidade. 2.19 Ler com compreensão A leitura, com compreensão, de diferentes diferentes gêneros gêneros textuais perpassa pelo entendimento textuais. de que cada gênero requer um R/T T/C comportamento de leitura, como já se disse  Leitura individual de textos de diferentes na capacidade 2.5. gêneros, adotando-se a postura adequada, discutindo sobre o que leu. Para contribuir com o desenvolvimento dessa capacidade, é importante que o professor proporcione aos alunos a familiaridade com os mais diversos gêneros
  • 18. textuais, reconhecendo as suas características gerais, do que costumam tratar, como costumam se organizar, que recursos lhe são comuns, para que servem. Reconhecer diferentes gêneros textuais e suas características gerais, seu suporte de circulação, seu autor, época em que foi publicado, com que objetivos foi escrito, entre outros, favorece bastante a compreensão, orienta adequadamente as expectativas do leitor diante do texto e durante a sua leitura, mesmo que nem todas as características se confirmem em todos os textos do mesmo gênero. 2.20 Ler oralmente com Ler com fluência e expressividade, e com fluência e compreensão, supõe preparo. Para tanto, o expressividade. (com professor pode criar situações em que o R/T/C T/C ritmo, entonação aluno se sinta, como participante do texto,  Leitura expressiva de poemas, de textos adequada) teatrais, participação em jograis, etc. na função de narrador, de repórter de rádio ou de televisão, em coro falado, em situação de encenação. E o aluno, para esse momento, que se prepare lendo silenciosamente, lendo em voz alta, com expressividade, ritmo, em situação real, como para os pais e outros, em casa. Só quem exercita compreende o que lê e é capaz de fazer uma leitura oral competente. 2.21 Ler silenciosamente A compreensão plena de textos de gêneros com compreensão e  Leitura silenciosa de textos, como os que variados supõe exercício permanente. Cabe autonomia. exigem tomada de atitude, para realizar R/T/C T/C ao professor preparar o aluno para a leitura tarefas (receitas, mapas de trajeto, manuais autônoma, silenciosa, com compreensão, e de instrução, regras de jogo, enunciado de isto se faz colocando-o em contato com questões, etc.) textos de gêneros diversos, orientando-o a adotar posturas de leitura adequadas a cada gênero. É lendo que se aprende a ler num processo de interação entre leitor e texto.
  • 19. 2.22 Ler obras literárias Despertar o gosto pela leitura, Conhecimentos Literários adequadas à faixa principalmente a literária, um dos propósitos etária com gosto e da escola, só acontece se o aluno perceber a  Leitura dos gêneros sugeridos para leitura, compreensão. compreensão, análise e interpretação nesta leitura como um ato prazeroso e necessário, etapa: novelas, romances, contos, R/T T e se tiver um adulto como modelo. E o crônicas, lendas, mitos, poemas, letras de professor é esse modelo, quando lê para o músicas, fábulas. aluno e com o aluno, quando se mostra um professor – leitor proficiente. Muitas vezes,  Reconhecimento das condições de o aluno, como qualquer leitor, se sente produção e recepção de textos literários. despertado para a leitura, mediante a  Reconhecimento dos elementos recomendação, o depoimento, o comentário constitutivos dos gêneros indicados para a de um outro leitor. Para o aluno, esse outro leitura no ano. leitor é, em especial, o seu professor. Realizar sessões em que professor e alunos  Identificação dos elementos constitutivos leem, apresentam e discutem os livros lidos, da organização interna da narrativa além de ser momento de prazer, é momento literária (personagens, foco narrativo, local, tempo, descrições, conflito gerador, de despertar, incentivar o outro para a leitura enunciador do discurso direto, etc.) de outros livros, de outros gêneros literários.  Elementos constitutivos da organização interna do poema (versos, rimas, estrofação, etc.)  Intertextualidade: temas e gêneros  Textos da literatura: leitura e manejo do suporte, escolhas, discussão e comentários sobre a autoria, pesquisas.  Textos literários adaptados em outras mídias, por exemplo cinema, novelas, etc.  Atitudes de leitura do texto literário.  Pesquisas sobre autores e obras.  Reconhecimento dos elementos constitutivos da estrutura dos gêneros indicados para a etapa.
  • 20. CICLO EIXOS CAPACIDADES DETALHAMENTO CONTEÚDOS/CONCEITOS COMPLEMANETAR 4° ANO 5º ANO 3.1 Identificar as letras, Compreender que não se pode escrever  Reconhecimento do alfabeto e da R/T/C C reconhecendo visual e qualquer letra, mesmo que elas se pareçam correspondência grafema/fonema graficamente as de graficamente, em qualquer posição numa traçado semelhante. palavra, significa ter consciência de que as letras representam, na escrita, os fonemas que são articulados na fala. Ler em voz alta, o que se escreve, orientado pelo professor, possibilita ao aluno perceber alguma troca de letra e que a palavra escrita não foi bem EIXO 3 – Conhecimentos Ortográficos e Linguísticos aquela que se pretendia escrever. Não basta, portanto, corrigir a escrita do aluno, é preciso provocar a análise e a reflexão a respeito dessa escrita. É o conflito que provoca a busca pela adequação da escrita. 3.2 Conhecer os usos das Sempre que se escreve, escreve-se para ser  Emprego de letra maiúscula: nomes R/T/C C letras maiúsculas e lido, mesmo que seja pelo próprio autor. A minúsculas, próprios, início de frases e parágrafos. partir dessa máxima, desenvolve-se a idéia observando a caligrafia de que a letra precisa seguir um traçado e a legibilidade. padrão e que escrever de forma legível é uma necessidade para quem deseja que seu texto seja lido. O emprego da letra cursiva, da caligrafia legível e o da boa apresentação para o texto, além da organização do texto na página ainda continuam sendo objetivos a serem alcançados por alunos e professores. O emprego das letras maiúsculas e minúsculas, nessa etapa da vida escolar, já se supõe ser um conhecimento, se não consolidado, em processo de consolidação. Por supor regra ortográfica - letras maiúsculas para nomes próprios e para início de frase e minúsculas para as demais palavras - esse aprendizado deve ser
  • 21. sempre retomado tão logo se verifique o não uso da norma. Em discussões coletivas, sobre adequação ortográfica de textos produzidos pelos alunos, bem como, individualmente, em orientação para a autocorreção e a reescrita do texto, a intervenção do professor deve sempre ocorrer. 3.3 Distinguir as consoantes Trocar o /f/ pelo /v/, grafando vazenda, homorgânicas e quando se quisera escrever fazenda, explica- dominar seu uso. se pela confusão provocada por fonemas que  Domínio do emprego das consoantes T/C T/C (Consoantes homorgânicas têm um mesmo ponto de articulação, cuja homorgânicas são aquelas cuja pronúncia diferença se dá na sonoridade. É preciso que se dá no mesmo ponto a sílaba se constitua, porque os sons desses de articulação. A fonemas são definidos sempre a partir do diferença entre os apoio da vogal. pares está na sonoridade. (/f/e /v/, p Nem todos os alunos têm dificuldades com e b, t e d, q e g, os fonemas consonantais homorgânicos, mas (qu/gu). o professor precisa estar atento para as situações em que a dificuldade ocorrer e trabalhar com seus alunos os casos em pares – guerra diferente de quero, vez diferente de fez, bata diferente de pata - e assim por diante. 3.4 Dominar a grafia de Essa é uma capacidade que deve estar R/T/C T/C palavras que podem praticamente consolidada, entretanto o  Reconhecimento da diferença entre fala e ter, na escrita, a professor precisa estar atento, porque pode escrita. interferência das ser que os alunos já se tenham características da fala, conscientizado de que o /i/ e o /u/ átonos de  Domínio da grafia de palavras que sofrem isto é, não se escreve como se fala, por final de palavras sejam escritos com e e o interferência da fala. exemplo, falam-se respectivamente – dente, pato. Mas há “denti”, “mininu”, situações, como o -r final dos infinitivos “tumati” escrevem-se
  • 22. dente, menino, tomate. verbais, o -ndo nos gerúndios, os ditongos não pronunciados, que requerem uma atenção especial do professor. Como exemplo, podemos citar que, na fala coloquial reproduzimos “Vô trabalhá/Tô escreveno/O pexe nadô nu riberão, mas a escrita, a não ser que seja fala de personagem que dessa forma se expresse, exige o padrão: Vou trabalhar. Estou escrevendo. O peixe nadou no ribeirão. 3.5 Dominar grafias A capacidade aqui descrita diz respeito ao regidas por regras emprego de grafemas, (letras) conforme sua  Domínio de grafias regidas por regras contextuais, isto é, posição na sílaba ou na palavra, ou às letras contextuais aquelas que dependem que vêm antes e/ou depois. São os grafemas da posição que os R/T/C T/C fonemas/grafemas c, g, h, l, m, n, r, s, x, z. O l têm valores ocupam na palavra diferentes caso esteja no começo ou no final (por exemplo: e/o da sílaba – bala e luva, alma, polvo e sol. No átonos em final de começo não traduz dificuldade, é palavras; l, r, s, em correspondência unívoca:som, letra. No final começo e final de da sílaba, para falantes de algumas regiões sílabas; c e g diante de do país, tem som da vogal u. a/o/u e diante de e/i, em início de palavras e O h não tem valor sonoro no início de entre vogais etc.). palavras (hora, homem) mas compõe os dígrafos ch, lh, nh. As dificuldades poderão surgir, no caso do ch cujo som corresponde a alguns usos do x (chave e xarope) do lh pela concorrência na pronúncia, por exemplo, de velha e família, do nh em conseqüência da nasalidade da vogal anterior. O s e r apresentam valores diferentes: se iniciais como em ramo e santo e se intervocálicos, como em cara e rosa,
  • 23. entretanto a regularidade se mantém. O c e o g apresentam também valores diferentes: se vierem antes a, o, u, correspondem, respectivamente, aos fonemas /K/ e /g/, antes de e, i, o c corresponde a /s/ e o g a /j/. Em todos esses casos a regularidade se mantém, há padrões que se repetem na escrita e na leitura. É importante que o professor possibilite aos alunos analisar e entender essas correspondências, através da exploração sistemática, contrapondo exemplos adequados, para que a convenção ortográfica seja apreendida e se consolide a aprendizagem. Quanto às vogais, é preciso que o professor atente para o fato de que são apenas cinco letras para, pelo menos, sete vogais orais (casa, pele, cabelo, tipo, bola, bolo, pulo) e cinco vogais nasalizadas (lã, pente, tinta, ponto, assunto). Caso as vogais e, o sejam tônicas, assim serão pronunciadas e escritas, caso não sejam tônicas, em final de palavras, são pronunciadas como u/i mas escritas com e/o (pente/sapo ), mesmo quando pretônicas, em alguns casos de linguagem coloquial, isso também ocorre, como em menino, tomate cuja pronúncia ocorre como mininu, tumati.
  • 24. 3.6 Dominar e aplicar as A situação da nasalidade possibilita formular  Domínio de regras ortográficas relativas à R/T/C C regras ortográficas regras. É preciso familiarizar-se com as sinalização da nasalidade relativas à sinalização palavras escrevendo-as, lendo-as nos textos. de nasalização (m, n e Ex: lã, andar, comando, vento, tinto. til), bem como o uso da letra m antes de p e Compor o banco de palavras possibilitará b e da letra n antes das favorecer essa percepção. demais consoantes. Quanto ao emprego de M antes de P e B, e N antes das demais consoantes, há regularidade o que facilita para os alunos a sistematização. Entretanto é preciso que o professor trabalhe sempre com esses casos para que virem automatismo. Isso pode ser realizado com a observação das palavras nos textos, com jogos, como caça-palavras, cruzadinhas e outros. 3.7 Dominar grafias regidas Quanto a grafias regidas por regras  Domínio de grafias regidas por regras por regras morfológicas. morfológicas, há situações que podem ser morfológicas. Ex: viajem (verbo) e sistematizadas com a ajuda do professor e R/T/C T/C viagem (substantivo), sufixo -eza nos com alguns conhecimentos básicos de  Compreensão do processo de derivação na substantivos derivados morfologia, mesmo que de forma intuitiva, formação de palavras. de adjetivos – beleza, com exemplos e elaboração de regras grandeza; sufixo – oso – simples. A montagem do banco de palavras  Identificação das classes de palavras. formador de adjetivos para esses casos, com os alunos, surte bom derivados de efeito, dando-se realce a cada caso.  Compreensão das flexões verbais (modo , substantivos – guloso, tempo e pessoa). gostoso. Entre as situações de ortografia que Regras morfológicas de envolvem conhecimentos morfológicos e ortografia são aquelas que que podem ser sistematizadas estão: levam em conta as classes gramaticais, os processos de composição e de derivação,  Substantivos abstratos derivados de o emprego de sufixos e de adjetivo com o emprego do sufixo – desinências, entre outros eza e – ez. relativos à morfologia.  Ex: belo –beleza
  • 25. grande – grandeza limpo – limpeza rápido – rapidez grávido – gravidez escasso – escassez  Desinência Modo-Temporal Pret. Imperfeito do Subjuntivo -SSE Cantasse Vendesse Brincássemos Lavassem  3ª pessoa do singular do Pret. Perfeito do Indicativo sempre com ditongo terminado com u. Ex: cantou/vendeu/abriu/lavou  3ª pessoa do plural do Futuro do Presente do Indicativo sempre com -ão (por ser tônica) cantarão, - venderão, partirão, diferente da 3ª pessoa do singular do Pret. Perfeito do Indicativo - am (por ser átona) venderam, partiram, cantaram.  Sufixo – oso formador de adjetivos a partir de substantivos: Ex: corajoso/gostoso/feioso/meloso Sufixo – izar para formar verbos. Ex: legalizar/agilizar/uniformizar (situação diferente de analisar em que se acrescentou apenas – ar)
  • 26. Sufixo –gem formador de substantivos Ex: folhagem/estiagem/viagem (diferente do verbo viajar que se escreve com j – Que eles viajem) O aluno por si só não é capaz de fazer todas essas associações. Cabe ao professor, com habilidade, num processo gradual, retomando sempre, com atividades de ensino, possibilitar ao aluno o automatismo da escrita desses casos que permitem sistematização. A aprendizagem dessas regularidades garante ao aluno a escrita correta de toda e qualquer palavra que se enquadre nessas situações sistematizadas, com raras exceções. 3.8 Memorizar a escrita Quanto as grafias que não permitem R/T/C T/C ortográfica de palavras sistematização, por serem escritas em que as relações  Domínio da escrita de palavras de grafia arbitrárias, não tendo apoio nem na posição fonema/grafema arbitrária (palavras de uso mais comum). na palavra, nem no contexto, sendo situações (som/letra) são arbitrárias, isto é, não específicas, particulares de cada caso, a obedecem a princípios aprendizagem se faz por meio da fonético-fonológicos visualização e da memorização. É na (ex.: h inicial, l em freqüência de usos, nas situações de leitura e final de sílabas, alguns de escrita, na compreensão de seu casos de s e ss, de g e significado (dimensão semântica) dentro dos j, de ch e x, etc). textos, na observação da família de palavras, que se dará o aprendizado delas. O professor poderá estimular a observação e, consequentemente, a memorização, com atividades de uso de dicionário, com jogos de ortografia, como palavras cruzadas, caça- palavras, charadas, entre outros, em que palavras cujas grafias apresentem
  • 27. dificuldades sejam o alvo da “brincadeira de aprender”. O professor pode também utilizar-se das aulas de informática para o trato final aos textos produzidos. Ao digitalizá-los, com o “corretor ortográfico” acionado, a palavra será destacada. Com o acompanhamento do professor, o aluno se questionará se a palavra está escrita incorretamente ou se não faz parte do dicionário do computador. De qualquer maneira será necessário certificar-se. Pode ocorrer de uma palavra com mais de uma grafia (seção, sessão e cessão – caçar e cassar), empregada, inadequadamente, não ser destacada pelo computador. Para esses casos, o acompanhamento do professor é sempre necessário e o uso do dicionário será fundamental, já que essas palavras, ao mudar a grafia, ganham outro significado (parônimos homófonos). No grupo das irregularidades ortográficas temos os casos como: a) Um fonema (som) com vários grafemas (letras) Fonema /S/ antes de vogal:  No início de palavras: Pode ser com S (santo, sentar, sino, sono, sendo), com C antes de e , i (cebola, cinema).  No meio de palavras: Escrevem-se com c - bicicleta, acidente -, com ss - processo, essencial -, com xc - exceção, exceto -, com ç - ação, criança -,
  • 28. com sc -nascer, crescimento-. Antes de vogal e depois de l e n o fonema /s/ pode ser escrito com c (vencem, calcem), ou s ( pensem, embasar, valsa); ou ç (calças, dançar, avançar) b) Um grafema (letra) representando outro ou vários fonemas:  Grafema X - entre vogais, pode representar o fonema /Z/ (exame, exaltar), os fonemas /K S/ (táxi, reflexo)  Grafema G - representando fonema /j/ antes de e, i: (garagem, girafa, gesso, gibi) É importante que o professor estude e planeje suas aulas de ortografia, a partir das necessidades percebidas nos textos produzidos (reescrita) pelos alunos, de situações reais de leitura e de escrita. Ter clareza das particularidades de cada tipo e dos caminhos, das estratégias pedagógicas permitirá ao professor ajudar, com competência, seus alunos, no complexo aprendizado da escrita, mesmo sabendo que não se consolidam todas essas aprendizagens nessa etapa, já que a necessidade, a descoberta e a apropriação de novas palavras acompanham o indivíduo pela vida afora.
  • 29. 3.9 Usar o dicionário para Aprender a usar o dicionário, em R/T/C C sanar dúvidas quanto à conseqüência da compreensão do uso da grafia das palavras. ordem alfabética, trará para o aluno a  Emprego do dicionário para certificação da possibilidade de certificação do como se escrita correta. escreve uma determinada palavra. Esse é um dos usos do dicionário, entretanto a escola não deve se restringir a ele. O dicionário deverá ser instrumento permanente na escola, tanto para esse caso como para busca de significado, de classe gramatical entre outros. 3.10 Conhecer os usos da Conhecer os usos da pontuação supõe R/T/C C pontuação de final de compreender o seu emprego em favor do frases e de sinalização texto e da finalidade comunicativa adotada de diálogos. por quem o escreveu. Supõe também  Emprego da pontuação em final de frase e compreender que a pausa da fala não é em situação de diálogo (interrogação, exatamente a pausa da escrita e que é esse exclamação, reticências, travessão, dois conhecimento que não nos permite utilizar pontos, vírgula nas enumerações e para vírgulas e pontos sem os critérios separar vocativo e aposto). orientadores do emprego da pontuação. Um terceiro ponto importante é saber que o uso da pontuação nos textos tem o objetivo de tentar traduzir, na escrita, a ênfase, a Padrões da escrita emoção, a intenção da fala, mesmo que seja apenas por aproximação.  Acentuação de palavras conhecidas. Nessa etapa, o aluno precisa desenvolver a  Acentuação gráfica das proparoxítonas. capacidade de empregar a pontuação em  Escrita de palavras de uso freqüente . final de frase – ponto final, interrogação, exclamação, reticências – imprimindo aqui a  Nasalização: “m” antes de “p” e “b”; intenção do emprego desses sinais associada contraposição (fazendo/fazeno) – uso à intencionalidade contida no texto, se é popular do gerúndio; sibilantes: /s/, /z/ declarar, perguntar, admirar-se ou deixar em representados pela letra “s” (sapo, casa): suspense o pensamento não acabado. sufixo: eza; fonemas /ch/, /ksi/, /s/, /z/ representadas pela letra “x” (xarope, fixo, É claro que o professor, ao analisar, nos próximo, exato); verbos na terceira