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Métodos laboratoriais II | Sistemas de análise,
documentação e registo de elementos coreográficos
Maria João Alves
FMH
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• Investigadores constroem os seus padrões, categorias e temas a partir
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“H” in HCI: Enhancing perception of interaction through the performative. In
Lecture Notes in Computer Science (including subseries Lecture Notes in Artificial
Intelligence and Lecture Notes in Bioinformatics) (Vol. 5622 LNCS, pp. 3–12).
Springer. http://doi.org/10.1007/978-3-642-02771-0_1
Creswell, J. W. (2007). Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto.
Porto Alegre: Artmed. http://doi.org/10.1017/CBO9781107415324.004
Creswell, J. (2013). Qualitative Inquiry and Research Design Choosing Among Five
Approaches (3rd ed.). Los Angeles: SAGE Publications.
http://doi.org/10.1111/1467-9299.00177
Royo, A. L. (2002). Archaeology for dance: An approach to dance education. Research in
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Schutt, R. K., & Chambliss, D. F. (2013). Qualitative Data Analysis. In Making Sense of
the Social World: Methods of Investigation (pp. 320–357).
http://doi.org/10.1136/ebnurs.2011.100352
Seidel, J. V. (1998). Qualitative Data Analysis. The Ethnograph, 4(c), 1–15. Retrieved
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Procedimentos qualitativos na investigação MID II

  • 1. Métodos laboratoriais II | Sistemas de análise, documentação e registo de elementos coreográficos Maria João Alves FMH
  • 2. Resumo Procedimentos quantitativos, qualitativos e de métodos mistos na investigação. Recolha de dados. Registo e análise dos dados qualitativos. Codificação. Critérios de qualidade. Softwares para análise qualitativa. Instrumentos de análise de movimento. As abordagens representativas do movimento humano. Interação interdisciplinar: corpo(s) vs. Instrumentos digitais. Recursos de dança baseados em instrumentos da web. Documentação e arqueologia da dança. Procedimentos qualitativos na investigação
  • 3. Técnica quantitativa • Uso de alegações pós-positivistas • Desenvolvimento de conhecimento • Estratégias de investigação experimentais com instrumentos que geram dados estatísticos Técnica qualitativa • Alegações segundo perspetivas construtivistas, participatórias ou ambas • Estratégias de investigação como narrativas, fenomenologias, etnografias, estudos teóricos • Recolha de dados emergentes abertos Técnica de métodos mistos • Alegações em elementos pragmáticos • Estratégias de investigação com recolha de dados simultânea ou sequencial • Recolha de informação numérica e textual
  • 4. •Recolha de dados no campo onde decorre a investigação •Interação face-a-faceContextos naturais • Recolha da informação pelos próprios investigadores através da análise de documentos, observação de comportamentos e entrevistando participantes Investigador como instrumento-chave • Recolhas de dados de múltiplas formas: Entrevistas, Observações e Documentos • Revisão e encontram um sentido, categorizam ou encontram temas para tudo o que atravessa as fontes de informação Métodos múltiplos • Investigadores constroem os seus padrões, categorias e temas a partir de uma leitura “bottom up”, pela organização de dados indutivamente até aumentar a abstração das unidades de informação • Investigadores usam também o pensamento dedutivo quando constroem temas que estão constantemente a ser verificados relativamente aos dados Raciocínio complexo através das lógicas indutivas e dedutivas
  • 5. Creswell (2013) Schutt & Chambliss (2013) ethnography netnography ethnomethodology qualitative comparative analysis narrative analysis conversation analysis grounded theory case-oriented understanding Ethnography Narrative research Phenomenology Grounded theory Case study
  • 7. Sequencial Elaboração ou expansão Simultânea Convergência e acomodação Transformador Integração
  • 8. Implementação Prioridade Integração Perspetiva teórica Sem sequência simultânea Igual Na recolha de dados ExplícitaSequencial, qualitativa primeiro Qualitativa Na análise de dados Na interpretação de dados Sequencial, qualitativa primeiro Quantitativa Implícita Com alguma combinação
  • 9. método quantitativo • predeterminado • perguntas baseadas em instrumento • dados de desempenho, de atitude, observacionais e de censo • análise estatística método qualitativo • métodos emergentes • questões abertas • dados de entrevista, de observação, de documentos e audiovisuais • análise de texto e de imagem método misto • métodos predeterminados e emergentes • questões abertas e fechadas • formas múltiplas de dados • análise estatística e textual
  • 10. Tipo de recolha Opções Vantagens Limites Observações Participante completo: pesquisador oculta papel Pesquisador tem uma experiência em primeira mão Pesquisador pode ser visto como intruso Observador como participante: papel do pesquisador é conhecido Pesquisador regista informações à medida que são reveladas Podem ser observadas informações privadas que o pesquisador não pode relatar Participante como observador: papel de observação secundária relativamente ao papel de participantes Aspetos não-usuais podem ser notados durante a observação O pesquisador pode não ter boas aptidões de atenção e observação Observador completo: pesquisador observa sem participar Útil para explorar tópicos potencialmente desconfortáveis para discussão Certos participantes podem apresentar problemas de harmonia Entrevistas Face a face: entrevista pessoal um a um Útil quando os participantes não podem ser observados diretamente Fornece informações indiretas filtradas através das visões dos entrevistados telefone Participantes podem fornecer informações históricas Fornece informações num local designado, e não no cenário natural de campo Grupo: o pesquisador entrevista os participantes em grupo Permite ao pesquisador controlar a linha de questionamento A presença dos pesquisadores pode enviesar as respostas As pessoas não são igualmente articuladas e percetivas
  • 11. Tipo de recolha Opções Vantagens Limites Documentos Documentos públicos como atas e jornais Permite ao pesquisador obter a linguagem e as palavras dos participantes Pode ser informação protegida, não disponível publica ou privadamente Documentos privados como registos, diários e cartas Pode ser acedido nos momentos convenientes para o pesquisador Exige que o pesquisador procure a informação em locais difíceis Discussões por email Representa dados refletidos Exige a transcrição ou leitura ótica para passar para o computador Como prova escrita economiza tempo do pesquisador ao dispensar a transcrição Os documentos podem estar incompletos Materiais audiovisuais Fotografias Pode ser um método não-oportuno para recolha de dados Pode ser difícil de interpretar Ficheiros vídeo ou filme Dá oportunidade para os participantes partilhem diretamente a sua realidade Pode não estar acessível publica ou privadamente Objetos de arte Criativo ao chamar a atenção visualmente A presença de um observador pode interromper e atrapalhar as respostas Software computador
  • 12.
  • 13. Utilização de protocolo observacional • Registo de dados • Notas descritivas (descrição participantes, relato de eventos, etc.) • Notas reflexivas (considerações pessoais como ideias, sentimentos, problemas, impressões, etc.)
  • 14. Utilização de protocolo de entrevista • Registo de informações durante a entrevista (cabeçalho, declarações de abertura, questões, instruções de aprofundamento, espaço para comentários e registo de notas reflexivas) • Notas manuscritas, gravação áudio ou vídeo • Registo de documentos e materiais sobre se representam material primário ou secundário audiovisuais
  • 15.
  • 17. grounded theory Apresenta passos sistemáticos que implicam gerar categorias (codificação aberta) e posicioná-las num modelo teórico (codificação axial) e depois narrar a interconexão entre estas categorias (codificação seletiva) pesquisa etnográfica e estudo de caso Envolve uma descrição detalhada do cenário e das pessoas, seguida da análise de dados para temas ou questões Pesquisa fenomenológica Análise de declarações significantes, geração de unidades de significado e desenvolvimento de uma descrição da “essência” Pesquisa narrativa Recriação de histórias dos participantes com o uso de mecanismos estruturais, como plano, cenário, atividades, clímax e desenlace Adaptação da análise de dados a partir de métodos mais genéricos
  • 18. 8 passos para a codificação segundo Tesch (1990) in Creswell (2007)
  • 19. Códigos de cenário e contexto Perspetivas dos participantes Maneira de pensar dos participantes sobre pessoas e objetos Códigos de processos Códigos de estratégia Códigos de relação e estrutura social Esquemas de codificação predefinidos
  • 20. ATLAS.ti NVivo MAXqda Dedoose HyperRESEARCH Open Code
  • 21.
  • 23. 8 passos para a confirmação da exatidão dos resultados Creswell (2007)
  • 24. Captura de Movimento (filme, vídeo, Motion Capture Systems) Projetos multimédia - CD-ROMs / DVD-ROMs ou plataformas online (ex: William Forsythe’s Improvisation Technologies) Softwares de dança (ex: danceforms, MovEngine - visualizing dance archives) Investigação biomecânica (ex:Motion Capture, electromyography, dynamography e dynamometry)
  • 25. “Similarly, in documenting dance we can only capture fragments of the dance experience. These may range from photographs, video-recordings, notated scores, personal memory, embodied memory, performance publicity, tickets, clothing etc. Documentation can only be fragmentary and so is reconstruction, which is based on reassemblages of fragments and traces and interpretation of these.” (Royo, 2002, p.149-150) Arqueologia para a dança Documentação em dança
  • 27. motion capture systems real-time video based motion analysis dynamic use of graphical elements full-body interaction systems interactive video/ stage environments video tracking systems visual temporal differencing systems
  • 28. Biggs, S., Dima, M., Ekeus, H., Hawksley, S., Timmons, W., & Wright, M. (2009). The “H” in HCI: Enhancing perception of interaction through the performative. In Lecture Notes in Computer Science (including subseries Lecture Notes in Artificial Intelligence and Lecture Notes in Bioinformatics) (Vol. 5622 LNCS, pp. 3–12). Springer. http://doi.org/10.1007/978-3-642-02771-0_1 Creswell, J. W. (2007). Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Artmed. http://doi.org/10.1017/CBO9781107415324.004 Creswell, J. (2013). Qualitative Inquiry and Research Design Choosing Among Five Approaches (3rd ed.). Los Angeles: SAGE Publications. http://doi.org/10.1111/1467-9299.00177 Royo, A. L. (2002). Archaeology for dance: An approach to dance education. Research in Dance Education. http://doi.org/10.1080/1464789022000034703 Schutt, R. K., & Chambliss, D. F. (2013). Qualitative Data Analysis. In Making Sense of the Social World: Methods of Investigation (pp. 320–357). http://doi.org/10.1136/ebnurs.2011.100352 Seidel, J. V. (1998). Qualitative Data Analysis. The Ethnograph, 4(c), 1–15. Retrieved from ftp://ftp.qualisresearch.com/pub/qda.pdf

Notas do Editor

  1. Desenvolvimento de conhecimento (raciocínio causa-efeito, redução variáveis específicas, hipóteses e questões, mensuração e observação, teste de teorias)
  2. Este processo indutivo obriga os investigadores a trabalhar para a frente e para trás entre temas e entre os dados até estabelecerem um conjunto de temas compreensivo. Pode envolver a colaboração com os participantes numa interação de modo a terem a oportunidade de modelar os temas ou abstração que emergem do processo. A lógica processual indutiva-dedutiva significa que o investigador qualitativo usa habilidades do raciocínio complexo ao longo do processo de pesquisa Creswell, J. (2013). Qualitative inquiry and research design: Choosing among five approaches.
  3. Schutt, R. K., & Chambliss, D. F. (2013). Qualitative Data Analysis. In Making Sense of the Social World: Methods of Investigation (pp. 320–357). http://doi.org/10.1136/ebnurs.2011.100352 ethnography, and its new online cousin, netnography); ethnomethodology; qualitative comparative analysis; narrative analysis; conversation analysis; case-oriented understanding; and grounded theory
  4. Sequencial - Investigadores elaboram ou expandem os resultados de um método com o outro. Significa começar com um e terminar com outro. Exemplo: começar com QUALIT pra fins exploratórios e continuar com QUANTI usando uma amostra maior. Ou começar com QUANTIT para testar teorias ou conceitos e depois prosseguir com um estudo QUALIT de exploração detalhada de poucos casos ou pessoas Procedimentos concomitantes, em que o investigador faz a convergência de dados quantitativos e qualitativos para obter uma análise ampla do problema de pesquisa. 2 formas de dados ao mesmo tempo durante o estudo e depois integra informações na interpretação dos resultados gerais. O pesquisador acomoda uma forma de dados dentro de uma recolha maior de dados para analisar diferentes questões ou níveis. Nos procedimentos transformadores, o investigador usa uma lente teórica com uma perspetiva integradora dentro de um projeto que contenha dados quantit e qualitat. A lente fornece uma estrutura para tópicos de interesse, métodos de recolha de dados e resultados ou mudanças previstas pelo estudo. Pode socorrer-se de uma técnica sequencial ou concomitante.
  5. Para tomar decisões na determinação de uma estratégia de investigação de métodos mistos Creswell propõe atentar aos seguintes aspetos.
  6. Creswell, J. W. (2007). Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Artmed.
  7. Creswell, J. W. (2007). Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Artmed.
  8. Schutt, R. K., & Chambliss, D. F. (2013). Qualitative Data Analysis. In Making Sense of the Social World: Methods of Investigation (pp. 320–357). http://doi.org/10.1136/ebnurs.2011.100352 Interpretation is a complex and dynamic craft Miller and Crabtree (1999b) identify three different modes of reading the text within the dance of qualitative data analysis: 1. When the researcher reads the text literally, she is focused on its literal content and form, so the text “leads” the dance. 2. When the researcher reads the text reflexively, she focuses on how her own orientation shapes her interpretations and focus. Now, the researcher leads the dance. 3. When the researcher reads the text interpretively, she tries to construct her own interpretation of what the text means.
  9. O processo de análise qualitativa é complex! As Figure 1 suggests, the QDA process is not linear. When you do QDA you do not simply Notice, Collect, and then Think about things, and then write a report. Rather, the process has the following characteristics: C Iterative and Progressive: The process is iterative and progressive because it is a cycle that keeps repeating. For example, when you are thinking about things you also start noticing new things in the data. You then collect and think about these new things. In principle the process is an infinite spiral. C Recursive: The process is recursive because one part can call you back to a previous part. For example, while you are busy collecting things you might simultaneously start noticing new things to collect. C Holographic: The process is holographic in that each step in the process contains the entire process. For example, when you first notice things you are already mentally collecting and thinking about those things. Thus, while there is a simple foundation to QDA, the process of doing qualitative data analysis is complex. The key is to root yourself in this foundation and the rest will flow from this foundation Seidel, J. V. (1998). Qualitative Data Analysis. The Ethnograph, 4(c), 1–15. Retrieved from ftp://ftp.qualisresearch.com/pub/qda.pdf
  10. Os processos e os termos diferem entre estratégias analíticas
  11. Softwares para análise qualitativa. Schutt, R. K., & Chambliss, D. F. (2013). Qualitative Data Analysis. In Making Sense of the Social World: Methods of Investigation (pp. 320–357). http://doi.org/10.1136/ebnurs.2011.100352 Computer-Assisted Qualitative Data Analysis These programs now allow multiple types of files, including pictures and videos as well as text. Exhibit 10.16 displays the different file types and how they are connected in the organization of a project (a “hermeneutic unit”) with ATLAS.ti.
  12. Softwares para análise qualitativa. Schutt, R. K., & Chambliss, D. F. (2013). Qualitative Data Analysis. In Making Sense of the Social World: Methods of Investigation (pp. 320–357). http://doi.org/10.1136/ebnurs.2011.100352 Computer-Assisted Qualitative Data Analysis These programs now allow multiple types of files, including pictures and videos as well as text. Exhibit 10.16 displays the different file types and how they are connected in the organization of a project (a “hermeneutic unit”) with ATLAS.ti.
  13. A validação ocorre em todos os passos da pesquisa. É necessário verificar sempre a precisão e a credibilidade de cada passo. A validade na pesquisa qualitativa está limitada à fiabilidade de verificação da consistência de padrões no desenvolvimento de temas. Sinónimos de validade = integridade, autenticidade e credibilidade Recomenda-se estratégias de confirmação da exatidão dos resultados
  14. Atualmente vivemos numa forte exploração do potencial dos media. Os media fílmicos e digitais como formas de visualização de movimento assumem um papel importante como instrumentos de análise de movimento. Envolvem sempre conceitos de observação de movimento. Como as técnicas de captura de movimento digitais evoluíram imenso possibilitam a analise do movimento por computador e por animação ou reanimação. Surgiram nos últimos anos projetos multimédia ou plataformas online de associação de conceitos de movimento e de elementos coreográficos, alguns deles consideram também propósitos documentais baseados na web (normalmente com registos fílmicos e videográficos) ao assumir-se como arquivos de recursos de artistas, de movimentos ou de técnicas de dança.
  15. Royo (2002) defende que é através do conceito de arqueologia para a dança (assente na premissa de que a realidade é que apenas podemos aceder a fragmentos do passado) que poderemos tornarmo-nos conscientes do processo de documentação como inevitavelmente PARCIAL, NUNCA neutro em termos de VALOR e BASEADO EM CLASSIFICAÇÕES que não podem e nem refletem uma ordem definitiva. Royo, A. L. (2002). Archaeology for dance: An approach to dance education. Research in Dance Education. http://doi.org/10.1080/1464789022000034703
  16. As abordagens representativas do movimento humano passam assim pela Notation, Animation and Motion Capture
  17. digital tools for the analysis and creation of dance Interação interdisciplinar: corpo(s) vs. Instrumentos digitais Biggs, S., Dima, M., Ekeus, H., Hawksley, S., Timmons, W., & Wright, M. (2009). The “H” in HCI: Enhancing perception of interaction through the performative. In Lecture Notes in Computer Science (including subseries Lecture Notes in Artificial Intelligence and Lecture Notes in Bioinformatics) (Vol. 5622 LNCS, pp. 3–12). Springer. http://doi.org/10.1007/978-3-642-02771-0_1