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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA
DISCIPLINA DE ENGENHARIA TECIDUAL
PROFESSORA FERNANDA NEDEL
Carolina Ximendes
Caroline Lucas
25 de Abril de 2011
Nanomateriais e cultivo celular
1
NANOMATERIAIS
 Potenciais efeitos adversos na saúde humana
 Testes de toxicidade
 Material é colocado em contato com a cultura
 Busca de alterações celulares por diferentes mecanismos
2
Introdução
CULTIVO CELULAR
3
Introdução
Células epiteliais Células mesoteliais
Confluência
de 80-90%
4
Introdução
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 Proliferação celular
 Genotoxicidade
 Expressão gênica
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AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE
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 Importante no desenvolvimento de produtos para uso
em humanos e animais
 Aplicado à biomateriais
 Liberação de substâncias tóxicas
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AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE
Teste de exclusão de Trypan Blue
8
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Identifica o número de
células viáveis
AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE
Teste de exclusão de Trypan Blue
9
Nanopartículas Tipo celular Resultado
Amianto crocidolita Células mesoteliais Citotóxico
PLA para entrega de
genes
Células epiteliais
Não citotóxico
(até 4mg/mL)
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nanotubos de
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Células do pulmão
CuO - Citotóxico
Ferro - Pouca toxicidade
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 MTT [3-(4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5diphenyltetrazolium
bromide]
 Enzima desidrogenase
10
AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE
Microcultura de tetrazólio (MTT)
11
Adição do
tetrazólio
Controle: Cultivo +
tetrazólio
AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE
Microcultura de tetrazólio (MTT)
12
Nanopartículas Tipo celular Resultado
Nanopartícula para
entrega de fármaco
Células mesoteliais
Aumento da
citotoxicidade
PLGA + Paclitaxel Células do pulmão
Diminuição da
viabilidade celular
Hillegas et al; Fonseca et al
AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE
Lactato desidrogenase (LDH)
 Enzima citosólica
 Indicadora de morte celular
 Integridade da membrana
13
AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE
Lactato desidrogenase (LDH)
14
Nanopartículas Tipo celular Resultado
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polialquilcianoacrilato
Células de pulmão
Albumina – Não apresentou
aumento de LDH
Polialquil – Aumento de LDH
Diferentes metais Células do fígado
Diâmetro maior – Mais
liberação de LDH
Brzoska et al; Hussain et al
AVALIAÇÃO DA PROLIFERAÇÃO CELULAR
 Ensaios para avaliar a multiplicação celular
 Métodos histoquímicos e imunohistoquímicos
15
AVALIAÇÃO DA PROLIFERAÇÃO CELULAR
 Conteúdo de DNA
 Incorporação de timidina
 Ki-67
 Detecção por PCNA
16
AVALIAÇÃO DA PROLIFERAÇÃO CELULAR
Conteúdo de DNA
 Observação e contagem de células em mitose
 Quantificar e identificar agentes inibidores ou indutores
 Resultado: divisão do número de células em mitose pelo
número total de células em uma população
17
AVALIAÇÃO DA PROLIFERAÇÃO CELULAR
Incorporação de timidina
 Indicativo do número de células em proliferação
 Técnica dispendiosa
 Exige treinamento e instalações especiais
 Longo período de incubação
18
AVALIAÇÃO DA PROLIFERAÇÃO CELULAR
Antígenos nucleares
Ki-67
 Presente em todas as fases do ciclo celular
PCNA
 Associados com síntese e reparação do DNA
19
AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE
 Nanomateriais com propriedades físico-químicas
distintas.
 Propriedades de superfície estão diretamente
relacionadas com o potencial genotóxico.
 Análise dos efeitos diretos no DNA fornecem
informações preliminares sobre o potencial de
genotoxicidade.
20
AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE
 Teste de Ames em Salmonella typhimurium e
Escherichia coli.
 Identificação de mutações no DNA por avaliação da
oxidação de guanina
 Análise de cariótipos- Ensaio de aberrações
cromossômicas e Teste do micronúcleo
 Ensaio cometa 21
AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE
Teste de Ames
 Ames e colaboradores desenvolveram uma forma de
simular o metabolismo humano no sistema bacteriano.
 Realizado em presença ou ausência de sistema de
metabolização exógeno (mistura S9).
 Incorporação de enzimas do fígado de mamífero no
sistema de teste em bactérias.
22
AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE
Teste de Ames
 Ocorrência de uma mutação genética que não causa
exigência a um determinado nutriente, que antes era
indispensável ao microrganismo.
 S. typhimurium- histidina
 E. coli- triptofano
23
AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE
Teste de Ames
Salmonella typhimurium
24
AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE
Teste de Ames
Nanopartículas Bactérias Resultado
Partículas de
UF·TiO2
S. typhimurium cepas TA98,
TA100, TA1535, e TA1537 e E. coli
cepa
WP2uvrA
Não
mutagênica
Fulerenos
S. typhimurium strains TA98,
TA100, TA1535, e TA1537 e E. coli
cepa
WP2uvrA
Não
mutagênica
Amianto crocidolita
ferro dependente
S. typhimurium TA102 Mutagênica
25
AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE
Teste de Ames
 Possíveis diferenças na captação celular das nanopartículas
e complexidade genômica entre procariontes e eucariontes.
 O ensaio de Ames deve ser complementado por outros
estudos.
26
AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE
Identificação de mutações no DNA por avaliação da
oxidação de guanina
 Mutações pontuais podem ser identificadas mediante a
análise da oxidação de guanina.
 Formação de (8-OHdG) e (oxo-dG).
 Potencial do nanomaterial para gerar ROS.
27
AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE
Identificação de mutações no DNA por avaliação da
oxidação de guanina
Nanopartícula Tipo celular
Níveis de (8-OHdG) e
(oxo-dG)
Liga de cromo-cobalto (∼30 nm)
Fibroblastos
humanos
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Sílica luminescente (∼50 nm)
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no grupo exposto e no
controle.
28
AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE
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 Avalia efeitos no número e na integridade dos
cromossomos através da análise de cariótipos.
 Técnicas de coloração e microscopia.
 Tratamento durante a fase S.
29
AVALIAÇÃO DA GENOTOXICIDADE
Ensaio de aberração cromossômica (CA)
Nanopartícula Concentração (μg/mL)
CA e aumento no
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UF·TiO2 (≤60 nm) 209.7 a 5000 Não
UF·TiO2 (∼140 nm) 25 to 2500 Não
Fulerenos 5000 5% das células testadas
30
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 Micronúcleos se formam pela extrusão de cromossomos
inteiros ou seus fragmentos durante a divisão celular.
 Permite identificar eventual aumento na frequência de
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31
AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE
Teste do Micronúcleo
Nanopartículas Linhagem celular
Formação de
micronúcleos
UF·TiO2 (≤20 nm)
Fibroblastos de embriões de
hamster sírio.
Aumentou
UF·TiO2
(<100 nm)
Linfócitos humanos do sangue
periférico.
Aumentou
UF·TiO2 (<100 nm) WIL2-NS Aumentou
TiO2, liga cobalto-
cromo (∼30 nm)
Fibroblastos humanos Aumentou 32
AVALIAÇÃO DA GENOTOXICIDADE
Ensaio Cometa
 Identificação de quebras simples e duplas no DNA.
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apresentam migração mais rápida do material genético.
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genético (cauda do cometa formada) em relação ao núcleo.
33
AVALIAÇAO DE GENOTOXICIDADE
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34
AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE
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Nanopartículas Células
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TiO2 (<100 nm)
Linfócitos humanos do
sangue periférico
0-24 h
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UF·TiO2 (<100 nm WIL2-N - Aumento de 5 vezes
Fulereno C60 - - Aumentou
Liga de cobalto-cromo
(∼30 nm)
Fibroblastos humanos 24 h Aumentou
Silica luminescente
(∼50 nm)
A549 -
Não ocorreu mudança
significativa
35
AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA
Técnicas para avaliação da expressão gênica
 Northern blotting
 Ensaio de proteção à ribonuclease (RPA)
 Ensaios de PCR- RT-PCR e Real-Time PCR
 Microarrays
36
AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA
Northern blotting
 Analisa a localização e a quantidade de mRNA.
 Compara padrão de expressão gênica entre duas amostras.
 Desnaturação do RNA e corrida em gel de agarose.
 Trasferência para membrana por ação capilar.
 Sondas de RNA ou DNA para hibridizar.
37
AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA
Ensaio de proteção a ribonuclease (RPA)
 Detecta e quantifica transcrições específicas de mRNA.
38
AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA
Real-time PCR
 Método quantitativo para detecção do número de
cópias do fragmento alvo.
 Quantificação realizada a cada ciclo, baseada na
detecção e quantificação de fluorescência emitida
durante a reação.
 Detecção específica e não específica
39
AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA
RT-PCR
 Reação da transcriptase reversa, seguida pela PCR.
 A partir do RNA, a enzima transcriptase reversa sintetiza
uma cadeia de DNA complementar (cDNA).
 Amplamente utilizada para verificar a expressão gênica.
40
AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA
 Microarrays
 Arranjo pré-definido de moléculas de DNA
quimicamente ligadas à uma superfície sólida.
 Detecção e quantificação de ácidos nucleicos (mRNA na
forma de cDNA ou DNA genômico) provenientes de
amostras biológicas.
41
ANÁLISE DA EXPRESSÃO GÊNICA
Ensaio Células Resultado
Partícula magnética coberta
por ferritina x tratamento sem
partícula magnética
Fibroblasto
Humano
Diferença de expressão de 1718 mRNA , genes
responsáveis pela organização do citoesqueleto e
sinalização celular
PLA-PEG
Células
hepáticas de
camundongos
Super expressão de transportadores ABC e baixa
expressão de Glutationa-S-transferase P1
Inalação de TiO2 -
Efisema e indução da expressão de genes
relacionados com o ciclo celular, apoptose e
expressão de quimiocinas.
TiO2 revetido por BSA -
Expressão do fator inibidor da migração de
macrógafos (MIF)
Partículas submicrométricas
de titânio
-
Indução do fator estimulador de
colônia de macrófago (M-CSF) em osteoblasto.s
Nanopartículas de carbono A549 Aumento da transcrição da heme oxigenase-1
Nanopartículas de cobalto
Fibroblastos de
camundongos
Ativação de vias celulares de defesa e de
mecanismos de reparo. 42
CONCLUSÃO
 As técnicas podem ser utilizadas para avaliar a toxicidade das
nanopartículas, porém um número significativo de falsos
sinais positivos são gerados.
 Mais de um ensaio e tipo celular devem ser empregados.
 Realizar completa caracterização da variação de tamanho,
área superficial e composição química dos nanomateriais.
 Utilizar novas tecnologias, sistemas e métodos emergentes.
43
REFERÊNCIAS
 Jedd M Hillegass, Arti Shukla, Sherrill A Lathrop,
Maximilian B MacPherson, Naomi K Fukagawa, Brooke T
Mossman. Assessing nanotoxicity in cells in vitro. Wiley
interdisciplinary reviews Nanomedicine and
nanobiotechnology, 2010.
 S.M. Hussain, K.L. Hess, J.M. Gearhart, K.T. Geiss, J.J.
Schlager. In vitro toxicity of nanoparticles in BRL 3A rat
liver cells. Elsevier, 2005.
 Arora S, Jain J, Rajwade JM, Paknikar KM. Inter- actions
of silver nanoparticles with primary mouse fibroblasts
and liver cells. Toxicol Appl Pharmacol, 2009. 44
REFERÊNCIAS
 Bejjani RA, BenEzra D, Cohen H, Rieger J, Andrieu C, et
al. Nanoparticles for gene delivery to retinal pigment
epithelial cells. Mol Vis, 2005.
 Shukla A, Macpherson MB, Hillegass J, Ramos-Nino ME,
Alexeeva V, et al. Alterations in gene expression in
human mesothelial cells correlate with mineral
pathogenicity. Am J Respir Cell Mol Biol, 2009.
 Eva Herzog, Alan Casey, Fiona M. Lyng, Gordon
Chambers, Hugh J. Byrne, Maria Davoren. A new
approach to the toxicity testing of carbon-based
nanomaterials—The clonogenic assay. Elsevier, 2007. 45
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Ensaios in vitro de citotoxicidade, genotoxicidade e avaliação da expressão gênica de nanomateriais em cultivo celular

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA DISCIPLINA DE ENGENHARIA TECIDUAL PROFESSORA FERNANDA NEDEL Carolina Ximendes Caroline Lucas 25 de Abril de 2011 Nanomateriais e cultivo celular 1
  • 2. NANOMATERIAIS  Potenciais efeitos adversos na saúde humana  Testes de toxicidade  Material é colocado em contato com a cultura  Busca de alterações celulares por diferentes mecanismos 2 Introdução
  • 3. CULTIVO CELULAR 3 Introdução Células epiteliais Células mesoteliais Confluência de 80-90%
  • 5. ENSAIOS IN VITRO  Citotoxicidade  Proliferação celular  Genotoxicidade  Expressão gênica 5 Introdução
  • 6. AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE  Detectar o potencial de um material em produzir efeitos letais ou subletais  Importante no desenvolvimento de produtos para uso em humanos e animais  Aplicado à biomateriais  Liberação de substâncias tóxicas  Lesão celular ou redução da taxa de crescimento 6
  • 7. AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE  Teste de exclusão de Trypan Blue  Microcultura de tetrazólio  Ensaio da Lactato Desidrogenase 7
  • 8. AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE Teste de exclusão de Trypan Blue 8 Controle Identifica o número de células viáveis
  • 9. AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE Teste de exclusão de Trypan Blue 9 Nanopartículas Tipo celular Resultado Amianto crocidolita Células mesoteliais Citotóxico PLA para entrega de genes Células epiteliais Não citotóxico (até 4mg/mL) Diferentes metais e nanotubos de carbono Células do pulmão CuO - Citotóxico Ferro - Pouca toxicidade NTCs - Citotóxicos Hillegas et al; Bejjani et al; Karlsson et al
  • 10. AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE Microcultura de tetrazólio (MTT)  Ensaio metabólico colorimétrico  MTT [3-(4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5diphenyltetrazolium bromide]  Enzima desidrogenase 10
  • 11. AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE Microcultura de tetrazólio (MTT) 11 Adição do tetrazólio Controle: Cultivo + tetrazólio
  • 12. AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE Microcultura de tetrazólio (MTT) 12 Nanopartículas Tipo celular Resultado Nanopartícula para entrega de fármaco Células mesoteliais Aumento da citotoxicidade PLGA + Paclitaxel Células do pulmão Diminuição da viabilidade celular Hillegas et al; Fonseca et al
  • 13. AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE Lactato desidrogenase (LDH)  Enzima citosólica  Indicadora de morte celular  Integridade da membrana 13
  • 14. AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE Lactato desidrogenase (LDH) 14 Nanopartículas Tipo celular Resultado Albumina e polialquilcianoacrilato Células de pulmão Albumina – Não apresentou aumento de LDH Polialquil – Aumento de LDH Diferentes metais Células do fígado Diâmetro maior – Mais liberação de LDH Brzoska et al; Hussain et al
  • 15. AVALIAÇÃO DA PROLIFERAÇÃO CELULAR  Ensaios para avaliar a multiplicação celular  Métodos histoquímicos e imunohistoquímicos 15
  • 16. AVALIAÇÃO DA PROLIFERAÇÃO CELULAR  Conteúdo de DNA  Incorporação de timidina  Ki-67  Detecção por PCNA 16
  • 17. AVALIAÇÃO DA PROLIFERAÇÃO CELULAR Conteúdo de DNA  Observação e contagem de células em mitose  Quantificar e identificar agentes inibidores ou indutores  Resultado: divisão do número de células em mitose pelo número total de células em uma população 17
  • 18. AVALIAÇÃO DA PROLIFERAÇÃO CELULAR Incorporação de timidina  Indicativo do número de células em proliferação  Técnica dispendiosa  Exige treinamento e instalações especiais  Longo período de incubação 18
  • 19. AVALIAÇÃO DA PROLIFERAÇÃO CELULAR Antígenos nucleares Ki-67  Presente em todas as fases do ciclo celular PCNA  Associados com síntese e reparação do DNA 19
  • 20. AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE  Nanomateriais com propriedades físico-químicas distintas.  Propriedades de superfície estão diretamente relacionadas com o potencial genotóxico.  Análise dos efeitos diretos no DNA fornecem informações preliminares sobre o potencial de genotoxicidade. 20
  • 21. AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE  Teste de Ames em Salmonella typhimurium e Escherichia coli.  Identificação de mutações no DNA por avaliação da oxidação de guanina  Análise de cariótipos- Ensaio de aberrações cromossômicas e Teste do micronúcleo  Ensaio cometa 21
  • 22. AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE Teste de Ames  Ames e colaboradores desenvolveram uma forma de simular o metabolismo humano no sistema bacteriano.  Realizado em presença ou ausência de sistema de metabolização exógeno (mistura S9).  Incorporação de enzimas do fígado de mamífero no sistema de teste em bactérias. 22
  • 23. AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE Teste de Ames  Ocorrência de uma mutação genética que não causa exigência a um determinado nutriente, que antes era indispensável ao microrganismo.  S. typhimurium- histidina  E. coli- triptofano 23
  • 24. AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE Teste de Ames Salmonella typhimurium 24
  • 25. AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE Teste de Ames Nanopartículas Bactérias Resultado Partículas de UF·TiO2 S. typhimurium cepas TA98, TA100, TA1535, e TA1537 e E. coli cepa WP2uvrA Não mutagênica Fulerenos S. typhimurium strains TA98, TA100, TA1535, e TA1537 e E. coli cepa WP2uvrA Não mutagênica Amianto crocidolita ferro dependente S. typhimurium TA102 Mutagênica 25
  • 26. AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE Teste de Ames  Possíveis diferenças na captação celular das nanopartículas e complexidade genômica entre procariontes e eucariontes.  O ensaio de Ames deve ser complementado por outros estudos. 26
  • 27. AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE Identificação de mutações no DNA por avaliação da oxidação de guanina  Mutações pontuais podem ser identificadas mediante a análise da oxidação de guanina.  Formação de (8-OHdG) e (oxo-dG).  Potencial do nanomaterial para gerar ROS. 27
  • 28. AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE Identificação de mutações no DNA por avaliação da oxidação de guanina Nanopartícula Tipo celular Níveis de (8-OHdG) e (oxo-dG) Liga de cromo-cobalto (∼30 nm) Fibroblastos humanos Não ocorreu aumento de (8-OHdG) Sílica luminescente (∼50 nm) Células de adenocarcinoma de pulmão (A549) Mesmo níveis de (oxo-dG) no grupo exposto e no controle. 28
  • 29. AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE Ensaio de aberrações cromossômicas (CA)  Avalia efeitos no número e na integridade dos cromossomos através da análise de cariótipos.  Técnicas de coloração e microscopia.  Tratamento durante a fase S. 29
  • 30. AVALIAÇÃO DA GENOTOXICIDADE Ensaio de aberração cromossômica (CA) Nanopartícula Concentração (μg/mL) CA e aumento no número de cromossomos UF·TiO2 (≤60 nm) 209.7 a 5000 Não UF·TiO2 (∼140 nm) 25 to 2500 Não Fulerenos 5000 5% das células testadas 30
  • 31. AVALIAÇÃO DA GENOTOXICIDADE Teste do micronúcleo  Micronúcleos se formam pela extrusão de cromossomos inteiros ou seus fragmentos durante a divisão celular.  Permite identificar eventual aumento na frequência de mutações em células. 31
  • 32. AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE Teste do Micronúcleo Nanopartículas Linhagem celular Formação de micronúcleos UF·TiO2 (≤20 nm) Fibroblastos de embriões de hamster sírio. Aumentou UF·TiO2 (<100 nm) Linfócitos humanos do sangue periférico. Aumentou UF·TiO2 (<100 nm) WIL2-NS Aumentou TiO2, liga cobalto- cromo (∼30 nm) Fibroblastos humanos Aumentou 32
  • 33. AVALIAÇÃO DA GENOTOXICIDADE Ensaio Cometa  Identificação de quebras simples e duplas no DNA.  Células com maior quantidade de danos no DNA apresentam migração mais rápida do material genético.  Extensão do dano avaliada pelo deslocamento do material genético (cauda do cometa formada) em relação ao núcleo. 33
  • 35. AVALIAÇÃO DE GENOTOXICIDADE Ensaio Cometa Nanopartículas Células Tempo de exposição OTM TiO2 (<100 nm) Linfócitos humanos do sangue periférico 0-24 h Aumento dose e tempo dependente UF·TiO2 (<100 nm WIL2-N - Aumento de 5 vezes Fulereno C60 - - Aumentou Liga de cobalto-cromo (∼30 nm) Fibroblastos humanos 24 h Aumentou Silica luminescente (∼50 nm) A549 - Não ocorreu mudança significativa 35
  • 36. AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA Técnicas para avaliação da expressão gênica  Northern blotting  Ensaio de proteção à ribonuclease (RPA)  Ensaios de PCR- RT-PCR e Real-Time PCR  Microarrays 36
  • 37. AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA Northern blotting  Analisa a localização e a quantidade de mRNA.  Compara padrão de expressão gênica entre duas amostras.  Desnaturação do RNA e corrida em gel de agarose.  Trasferência para membrana por ação capilar.  Sondas de RNA ou DNA para hibridizar. 37
  • 38. AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA Ensaio de proteção a ribonuclease (RPA)  Detecta e quantifica transcrições específicas de mRNA. 38
  • 39. AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA Real-time PCR  Método quantitativo para detecção do número de cópias do fragmento alvo.  Quantificação realizada a cada ciclo, baseada na detecção e quantificação de fluorescência emitida durante a reação.  Detecção específica e não específica 39
  • 40. AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA RT-PCR  Reação da transcriptase reversa, seguida pela PCR.  A partir do RNA, a enzima transcriptase reversa sintetiza uma cadeia de DNA complementar (cDNA).  Amplamente utilizada para verificar a expressão gênica. 40
  • 41. AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA  Microarrays  Arranjo pré-definido de moléculas de DNA quimicamente ligadas à uma superfície sólida.  Detecção e quantificação de ácidos nucleicos (mRNA na forma de cDNA ou DNA genômico) provenientes de amostras biológicas. 41
  • 42. ANÁLISE DA EXPRESSÃO GÊNICA Ensaio Células Resultado Partícula magnética coberta por ferritina x tratamento sem partícula magnética Fibroblasto Humano Diferença de expressão de 1718 mRNA , genes responsáveis pela organização do citoesqueleto e sinalização celular PLA-PEG Células hepáticas de camundongos Super expressão de transportadores ABC e baixa expressão de Glutationa-S-transferase P1 Inalação de TiO2 - Efisema e indução da expressão de genes relacionados com o ciclo celular, apoptose e expressão de quimiocinas. TiO2 revetido por BSA - Expressão do fator inibidor da migração de macrógafos (MIF) Partículas submicrométricas de titânio - Indução do fator estimulador de colônia de macrófago (M-CSF) em osteoblasto.s Nanopartículas de carbono A549 Aumento da transcrição da heme oxigenase-1 Nanopartículas de cobalto Fibroblastos de camundongos Ativação de vias celulares de defesa e de mecanismos de reparo. 42
  • 43. CONCLUSÃO  As técnicas podem ser utilizadas para avaliar a toxicidade das nanopartículas, porém um número significativo de falsos sinais positivos são gerados.  Mais de um ensaio e tipo celular devem ser empregados.  Realizar completa caracterização da variação de tamanho, área superficial e composição química dos nanomateriais.  Utilizar novas tecnologias, sistemas e métodos emergentes. 43
  • 44. REFERÊNCIAS  Jedd M Hillegass, Arti Shukla, Sherrill A Lathrop, Maximilian B MacPherson, Naomi K Fukagawa, Brooke T Mossman. Assessing nanotoxicity in cells in vitro. Wiley interdisciplinary reviews Nanomedicine and nanobiotechnology, 2010.  S.M. Hussain, K.L. Hess, J.M. Gearhart, K.T. Geiss, J.J. Schlager. In vitro toxicity of nanoparticles in BRL 3A rat liver cells. Elsevier, 2005.  Arora S, Jain J, Rajwade JM, Paknikar KM. Inter- actions of silver nanoparticles with primary mouse fibroblasts and liver cells. Toxicol Appl Pharmacol, 2009. 44
  • 45. REFERÊNCIAS  Bejjani RA, BenEzra D, Cohen H, Rieger J, Andrieu C, et al. Nanoparticles for gene delivery to retinal pigment epithelial cells. Mol Vis, 2005.  Shukla A, Macpherson MB, Hillegass J, Ramos-Nino ME, Alexeeva V, et al. Alterations in gene expression in human mesothelial cells correlate with mineral pathogenicity. Am J Respir Cell Mol Biol, 2009.  Eva Herzog, Alan Casey, Fiona M. Lyng, Gordon Chambers, Hugh J. Byrne, Maria Davoren. A new approach to the toxicity testing of carbon-based nanomaterials—The clonogenic assay. Elsevier, 2007. 45